l IFE: nº 1.778 - 30
de março de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Usinas de Estreito e São Salvador devem sair do papel ainda esse ano A Tractebel
pretende iniciar neste ano as obras de duas das principais hidrelétricas
programadas pelo governo: Estreito (1.087 MW) e São Salvador (280 MW),
ambas no rio Tocantins. As usinas exigirão da Tractebel investimentos
de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos. Segundo o presidente do conselho
de administração da empresa, Maurício Bähr, as hidrelétricas estão à espera
do próximo leilão de energia para saírem do papel. O licenciamento ambiental
foi um grande problema para que as duas hidrelétricas saíssem do papel.
A concessão de Estreito foi arrematada pela Tractebel em 2002 e até hoje
as obras não foram iniciadas por falta dos documentos ambientais. A usina
tem licença prévia, mas a licença de instalação do projeto deve sair ainda
no mês de abril. No caso de São Salvador, a licença ambiental saiu no
fim de 2005. Devido às características hidrológicas do rio Tocantins,
as obras da usina de São Salvador precisam ser iniciadas até junho para
que se possa oferecer energia no leilão de energia neste ano. Mantido
esse cronograma, a hidrelétrica estaria pronta para operar em 2009. Já
Estreito, caso as obras comecem ainda em 2006, é provável que a usina
entre em operação comercial a partir de 2011. (Valor Econômico - 30.03.2006)
2 Tractebel espera que questão referente ao UBP seja resolvida Segundo
o presidente do conselho de administração da Tractebel, Maurício Bähr,
além dos entraves ambientais, ainda faltam alguns ajustes para a construção
das hidrelétricas de Estreito e São Salvador: O principal deles seria
com relação ao Uso do Bem Público (UBP), taxa estabelecida no governo
FHC nas privatizações do setor elétrico. O problema é que o novo modelo
não utiliza mais a UBP, mas essa taxa virou um ônus para quem comprou
usinas pelo modelo antigo. "Estou confiante que haverá uma solução em
breve com relação à UBP", disse Bähr. (Valor Econômico - 30.03.2006) 3 Liminar suspende licenciamento ambiental da usina de Belo Monte O Ministério
Público Federal obteve uma liminar que suspende indefinidamente o processo
de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A decisão cancela as reuniões públicas previstas para hoje e amanhã, com
associações locais e comunidades indígenas, conduzidas pelo Ibama. Os
técnicos do Ibama que estavam na região do rio Xingu desde segunda-feira
paralisaram as vistorias que deveriam terminar até sexta-feira. As reuniões
e as vistorias serviriam para determinar os termos de referência (exigências)
que vão balizar a elaboração dos estudos de impacto ambiental do empreendimento.
Com capacidade prevista de aproximadamente 5,5 mil MW, a usina consta
como uma das prioridades do plano decenal de energia preparado pelo governo.
A liminar atende uma ação movida pelo MPF do Pará e foi concedida pelo
juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo, da vara pública de Altamira.
O magistrado entendeu que o processo de licenciamento não poder começar
sem ouvir representantes das reservas de cinco comunidades indígenas na
região da hidrelétrica. O Ibama informou que vai cumprir integralmente
a liminar e já ordenou o retorno dos técnicos responsáveis pelas vistorias
em curso, mas reagiu com irritação à atuação dos procuradores federais.
(Valor Econômico - 30.03.2006) 4
Lula indica dois novos diretores para Aneel
Empresas 1 Eletrobrás avalia projetos no exterior A Eletrobrás
avalia, dentro do potencial de mercado, a participação na construção de
uma usina hidrelétrica no México, com capacidade para mil MW de geração.
Além disso, estuda projetos de geração a base de carvão na Ásia e empreendimentos
na Colômbia e América Central. Ele defendeu uma participação mais agressiva
no mercado internacional, ressaltando que há espaço para isso. "Os empreendimentos
no exterior têm toda a condição de serem implementados por grupos brasileiros.
Quando eu digo grupos brasileiros é a engenharia brasileira, somada à
liderança da Eletrobrás", afirmou Aloísio Vasconcelos. Ele afirmou também
que a Eletrobrás deve dispensar maior atenção a projetos que permitam
a utilização dos créditos de carbono oriundos das vantagens que o Brasil
teria como signatário do Protocolo de Kyoto. "Estamos, infelizmente, atrasados
nisso, e queremos dar maior atenção daqui para frente", comentou. (Jornal
do Commercio - 30.03.2006) 2 Eletrobrás estuda contratação de empresas de gestão A Eletrobrás estuda a possibilidade de contratar empresas de gestão para administrar as federalizadas, grupo formado por Boavista Energia , Ceal , Ceam, Cepisa, Ceron, Eletroacre e Manaus Energia. A idéia é fazer com que estas administradoras tenham metas específicas para atingir o nível de saneamento financeiro, estabelecido pela holding, segundo informou José Drummond Saraiva, diretor da estatal. Drummond reafirmou que a Eletrobrás não fará mais adiantamento de capital para estas empresas, a não ser empréstimos de curto prazo. Ainda dentro do programa de gestão das federalizadas, Drummond contou que a Eletrobrás fará um controle diário do caixa das empresas. "Vamos implantar um programa intenso nestas companhias, pois ainda não atingimos níveis satisfatórios". (Agência Canal Energia - 29.03.2006) 3 EDF pretende continuar no País na área de geração A estatal
francesa EDF, que acaba de vender o controle acionário da Light, pretende
continuar no Brasil na área de geração, além de ter ficado com 10% de
participação na distribuidora fluminense. Segundo fontes do mercado, a
empresa francesa não bateu o martelo na venda da termelétrica Norte Fluminense
porque não quer apenas um comprador, mas sim um parceiro. A idéia é ter
uma participação relevante nesta usina, onde hoje detém 100% do capital,
e dar continuidade às obras da termelétrica Paracambi, atualmente na fase
de terraplenagem. O único empecilho para o negócio é a dificuldade em
conseguir garantia de fornecimento do gás natural para as usinas operarem.
Caso a EDF não consiga um parceiro que resolva o problema de abastecimento
do gás, a estatal francesa pode vender toda a sua participação. Também
não está descartada a possibilidade de futuramente colocar à venda os
10% de participação na Light. (O Estado de São Paulo - 30.03.2006) 4
EDF não descarta parceria em outros projetos de geração 5 EDF satisfeita com resultado da venda da Light Segundo
o vice-presidente do grupo EDF, Bruno Lescoeur, a estatal está "confortável"
com sua fatia de 10% das ações da Light após a concretização da venda
do controle da distribuidora do Rio de Janeiro para o consórcio Rio Minas
Energia (Cemig, Andrade Gutierrez, Pactual e JLA). O executivo considera
que o desfecho da negociação, que demorou cerca de oito meses, foi positivo.
"A experiência que tivemos na América do Sul mostrou que o negócio de
distribuição não pode ser tocado a 8 mil km de distância. É preciso contato
constante com os sócios, clientes, com o governo e com o regulador. E
isso é difícil. Então decidimos focar na Europa e no que sabemos fazer
melhor, que é geração de energia", afirmou o executivo. (Valor Econômico
- 30.03.2006) 6 Light terá investimentos ampliados em até 30% O futuro
presidente da Light, o executivo José Luiz Alquéres, ex-presidente da
Eletrobrás, anunciou ontem que aumentará em 30% os investimentos previstos
pela distribuidora de energia do Rio de Janeiro para os próximos anos.
Com isso, ampliará os desembolsos anuais dos atuais R$ 300 milhões para
cerca de R$ 400 milhões já a partir de 2006. Como forma de capitalizar
a companhia, Alquéres revelou que pretende ampliar a fatia de clientes
fora do estado, por meio de iniciativas que atraiam os chamados consumidores
livres - grandes indústrias. Alquéres disse acreditar que os novos controladores
assumam a gestão da distribuidora até o fim de maio, quando a operação
de aquisição deverá estar confirmada por todas as instâncias necessárias.
Afirmou que não deverão surgir problemas tanto com a Aneel quanto com
o BNDES, que, segundo ele, já teriam sido comunicados informalmente da
proposta do Rio Minas pela EDF. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006) 7 Novo presidente da Light aponta problemas a serem combatidos O futuro
presidente da Light, José Luiz Alquéres, aponta três problemas que a nova
gestão pretende combater. Entre eles a ativação da área de comercialização
de energia e desenvolvimento do mercado; e a redução de perdas e da inadimplência.
"Esse último tem três vertentes, uma tecnológica, e a outra é de cidadania
em que vamos explicar ao público que quem vende um serviço precisa receber
por ele. Também vamos fazer uma articulação institucional". Alquéres explicou
que além de assumir a dívida de US$ 1,5 bilhão da Light, os novos controladores
também serão responsáveis pelos passivos ocultos, que eventualmente venham
a surgir. (Valor Econômico - 30.03.2006) 8 CEB tem lucro de R$ 27,5 mi em 2005 A CEB registrou lucro de R$ 27,5 milhões em 2005, revertendo o prejuízo de R$ 19,55 milhões apresentado em 2004. A receita bruta da companhia apresentou uma pequena elevação, saindo de R$ 1,11 bilhão em 2004 para R$ 1,25 bilhão no ano passado. Já a receita líquida ficou em R$ 859 milhões ante os R$ 775 milhões do ano anterior. Ainda de acordo com o balanço, o resultado operacional da CEB foi de R$ 40,8 milhões no ano passado, frente a um prejuízo de R$ 21 milhões em 2004. (Agência Canal Energia - 29.03.2006) 9 Cataguazes Leopoldina registra lucro consolidado de R$41,3 mi A CFLCL registrou lucro líquido consolidado de R$41,3 milhões em 2005, revertendo prejuízo de R$18,6 milhões em 2004. A controlada Energisa, holding que detém os investimentos nas concessionárias Energipe, CELB e Saelpa e na qual a CFLCL participa em 50,1% do seu capital, deu a maior contribuição para melhoria do resultado, obtendo lucro líquido de R$75,4 milhões. Já a CENF e a Cat-Leo Cise fecharam o período com R$11,8 milhões e R$5,2 milhões, respectivamente. O EBTIDA do Sistema Cataguazes-Leopoldina ajustado alcançou R$453,4 milhões no ano passado, contra R$382,9 milhões em 2004. Nos últimos quatro anos, o crescimento já chega a 140%, média anual de 24,4%. Além de potencializar os ganhos nas receitas, o Sistema Cataguazes-Leopoldina trabalhou para reduzir os custos operacionais, melhorar o perfil da sua dívida e adequá-la a estrutura de capital da companhia. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006) 10 Funcef e FondElec renunciam ao pedido de suspensão do aumento de capital da CFLCL A Fundação
dos Economiários Federais - Funcef, e a Fondelec Essential Services Growth
Fund, L.P. e The Latin America Energy and Electricity Fund I, L.P. renunciaram
ao direito no qual se fundavam as ações cautelares propostas contra a
CFLCL e Outros, cujas liminaresdeferidas: (i) suspendiam o aumento de
capital da CFLCL aprovado pelo Conselho de Administração em 21 de fevereiro
de 2006 e (ii) determinavam a abstenção da prática de quaisquer atos tendentes
a implementar o referido aumento de capital. Desta forma, e tão logo sejam
homologadas as desistências, o que já foi objeto de pedido ao Poder Judiciário,
a Companhia poderá dar prosseguimento ao aumento de capital, mediante
o reinício do prazo para o exercício do direito de preferência, pelo período
ainda não transcorrido antes da suspensão. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006)
11 Sobrapar adquire as participações acionárias da Funcef e FondElec na CFLCL A acionista Sobrapar Sociedade Brasileira de Organização e Participações Ltda. informou à Companhia que celebrou contratos de compra e venda de 12.452.374.290 ações preferenciais classe "A" de emissão da CFLCL com a Fundação dos Economiários Federais - Funcef, e de 6.256.522.235 ações ordinárias e 11.177.615.828 ações preferenciais classe "A" com FondElec Essential Services Growth Fund, L.P. e The Latin America Energy and Electricity Fund I, L.P., contratos esses sujeitos a determinadas condições precedentes que deverão ser verificadas até o dia 18 de abril de 2006. A Sobrapar e sua subsidiária a acionista Energia do Brasil Participações Ltda. manifestaram à Companhia o interesse em participar da discussão de uma eventual reformulação e simplificação da estrutura societária da Companhia e de suas controladas, sempre sem mudança da atual estrutura de controle societário, no âmbito do processo de segregação de atividades de geração e distribuição de energia elétrica imposto pela Lei nº 10.848/2004. A CFLCL manterá seus acionistas e o mercado informados acerca da evolução desta questão e da verificação das condições precedentes acima mencionadas, tão logo tais fatos lhe forem transmitidos pela Sobrapar. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006) 12 Cemig pede reajuste de 5% na tarifa de energia As tarifas
de energia elétrica da Cemig ficarão até 5% mais caras a partir da próxima
semana. A Cemig encaminhou à Aneel a planilha de custos da empresa referente
aos últimos 12 meses para justificar o aumento pretendido. Segundo fontes
da estatal mineira, é possível que o impacto final na conta dos consumidores
residenciais gire em torno de 3,5%. Se confirmada a média de 5% (incluindo
nesta conta as tarifas para os consumidores industriais e comerciais),
será o menor reajuste já aplicado pela empresa nos últimos seis anos.
O aumento menor deve-se a queda da inflação nos últimos 12 meses. O IGP-M
acumula alta de 1,45% (entre março de 2005 e fevereiro deste ano). Além
da inflação, também interferem na formação das tarifas os chamados custos
não-gerenciáveis - variação do dólar (por causa da compra de energia de
Itaipu), CCC, Reserva RGR, taxa de fiscalização e encargos de transmissão.
(Jornal do Commercio - 30.03.2006) 13 CEEE ganha ação judicial de R$ 2 bi contra União O STJ deu
ganho de causa este mês à CEEE em uma ação judicial sobre perdas da empresa
no valor de R$ 2 bilhões contra a União. A estatal gaúcha reclamava que
havia recebido valores a menos que o exigido pela legislação entre 1981
e 1993 na equalização de tarifas promovidas pela Reserva Nacional de Compensação
e Remuneração (Rencor) e da Conta de Resultados a Compensar (CRC). De
acordo com Antonio Carlos Brites Jaques, diretor presidente da CEEE, o
pagamento dos valores será feito através da compensação de dívidas da
CEEE com a União por alguns anos. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)
14 Tractebel Energia Comercializadora faz leilão de compra de 80 MW médios A Tractebel
Energia Comercializadora realiza na próxima sexta-feira, 31 de março,
leilão de compra de energia para aquisição de 80 MW médios. A energia,
adquirida no submercado Sul ou Sudeste/Centro-Oeste, deve ser entregue
entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2008. (Agência Canal Energia -
29.03.2006) No pregão
do dia 29-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.491,57 pontos, representando
uma alta de 2,21% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,17
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,44%,
fechando a 12.174,56 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,49 ON e R$ 48,10 PNB, alta de 6,43%
e 6,82%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 30-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 49,80 as ações ON, alta de 0,63% em relação ao dia anterior e R$
48,49 as ações PNB, alta de 0,81% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 30.03.2006) O diretor presidente da CEEE, Antonio Carlos Brites Jaques fez uma prestação de contas de sua gestão na CEEE, iniciada em setembro de 2003, apresentando os principais resultados econômico-financeiros obtidos pela Empresa em 2005, com destaque para o lucro obtido que superou os R$ 40,520 milhões. (Elétrica - 29.03.2006) Acontece, nos dias 6 e 7 de abril, o treinamento "Gestão Energética Municipal e Iluminação Pública Eficiente para Administradores Municipais", em Florianópolis. O evento é uma parceria entre a Celesc, a USAID e a Eletrobrás/Procel. (Agência Canal Energia - 29.03.2006) António Mexia, presidente executivo do grupo Energias de Portugal (EDP), será o presidente do Conselho de Administração da Energias do Brasil, controlada pela empresa portuguesa. Mexia substituirá Jorge Godinho, homem de confiança do presidente anterior da EDP, João Talone. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,6% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste registraram 84,6% de armazenamento,
com alta de 0,2% em relação ao dia anterior. O índice ficou 25,8% acima
da curva de aversão ao risco. A usina de Corumbá I operou com 96,5% de
capacidade, já Furnas registrou 95,9% de armazenamento. (Agência Canal
Energia - 29.03.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 51,9% A região Sul apresentou 51,9% de capacidade, com queda de 0,2% em relação a segunda-feira, dia 27 de março. A hidrelétrica de Machadinho operou com nível de 62,1% de volume acumulado. (Agência Canal Energia - 29.03.2006) 3 NE apresenta 87,3% de capacidade armazenada O Nordeste
apresentou 87,3% de capacidade armazenada, registrando alta de 0,6% em
relação à segunda-feira, dia 27 de março. O nível ficou 38,4% acima da
curva de aversão ao risco. O reservatório de Sobradinho operou com 88%
de armazenamento. (Agência Canal Energia - 29.03.2006) 4 Norte tem 94% da capacidade de armazenamento A região
Norte registrou 94% de volume acumulado, com alta de 0,2% em relação ao
dia anterior. A usina de Tucuruí operou com 98,5% de capacidade. (Agência
Canal Energia - 29.03.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás estuda usina a gás na Bolívia A Eletrobrás estuda a construção de usina térmica a gás na divisa do Brasil com a Bolívia. Ainda em estudos preliminares, um dos projetos prevê a implementação da unidade no lado boliviano, para que o gás seja obtido a custo menor, já que a região em estudo, cuja localização não foi revelada, estaria sujeita a incentivos que barateariam o preço do gás. "Aqui no Brasil, varia entre US$ 2,5/Mbtu e US$ 2,7/Mbtu, que é caro. O bom para a usina é R$ 2,2/Mbtu, que é meio caro. Um dos estudos coloca a usina na Bolívia, o que reduziria o custo do gás, pois a região conta com incentivos. Poderíamos conseguir gás a US$ 1,6/Mbtu", afirmou o presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos. O executivo afirmou que já vem negociando com as lideranças do Congresso Nacional para que o projeto que cria a holding internacional da Eletrobrás, cujo texto está sendo finalizado na Casa Civil, seja aprovado rapidamente no Congresso para que os diversos projetos em estudo saiam rapidamente do papel. (Jornal do Commercio - 30.03.2006) 2 Petrobras começa a se preocupar com Bolívia O presidente
da Petrobras, José Sergio Gabrielli, manifestou preocupação com a dificuldade
de diálogo da companhia com autoridades bolivianas da área de hidrocarbonetos.
Ele disse existir um conjunto de investimentos que precisam ser realizados
e que o processo decisório depende do que vai acontecer no país vizinho.
"Se nós não tivermos um processo de negociação claramente em curso, teremos
que retardar as nossas decisões. Começamos a ficar preocupados com as
declarações das autoridades da Bolívia responsáveis pela área de hidrocarbonetos",
disse. Segundo Gabrielli, desde o início de fevereiro as conversas com
as autoridades bolivianas estão suspensas e não há um interlocutor claro.
Ele lembrou que a Petrobras é uma empresa produtora de petróleo que não
quer ser uma prestadora de serviços, o que acontecerá se ela não puder
administrar a produção das reservas de gás que explora. Agora, Gabrielli
admite que a companhia poderá adotar uma postura mais defensiva. "Se nós
formos submetidos a decisões unilaterais, nós vamos reagir unilateralmente
também", disse. "A Bolívia precisa do Brasil e o Brasil precisa da Bolívia",
disse, para depois insistir que a solução é possível "se os canais de
diálogo estiverem abertos". (Valor Econômico - 30.03.2006) 3 Eletrobrás espera aprovação de Angra 3 O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, classificou como importante a viabilidade
da usina nuclear de Angra 3. Segundo ele, a estimativa é que o assunto
seja discutido na próxima reunião do CNPE, prevista para o dia 17 de abril.
O executivo disse que a implantação da usina seria um importante reforço
para a matriz energética nacional. Segundo ele, todos os fatores técnicos
e financeiros mostram que é possível viabilizar a usina, cuja construção
foi incluída no Plano Decenal 2006-2015. "São 1,3 mil MW no centro de
carga, além de investimentos mínimos para complementar a implantação da
usina", observou Vasconcelos, citando valor da ordem de U$ 1,8 bilhão.
Para ele, do ponto de vista financeiro a térmica poderia oferecer um preço
de R$ 148/MWh, valor próximo ao praticado no leilão de energia nova, em
dezembro de 2005. (Agência Canal Energia - 29.03.2006) 4 CMADS aprova relatório sobre segurança nuclear A Comissão
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados
aprovou relatório sobre a segurança das instalações nucleares brasileiras.
O documento fez alertas quanto à segurança da população, do meio ambiente
e dos trabalhadores do setor, apontando a inexistência de locais próprios
para o depósito de lixo radioativo, entre outras denúncias. O assistente
da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse que
o Brasil não desenvolveu ainda uma alternativa para a deposição dos rejeitos
radiativos no país porque só sofrerá o problema em cerca de três décadas,
e as autoridades preferem esperar até lá, quando deverá haver alternativas
tecnológicas mais eficientes. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale propõe alta de 24% nos preços A Vale do
Rio Doce confirmou a informação de que propôs às siderúrgicas estrangeiras
reajuste de 24% nos preços do minério de ferro tipo fino (sinter-feed)
para o ano de 2006. Esse percentual levou em conta principalmente a valorização
do real frente ao dólar nos últimos 12 meses, ao redor de 24%. O argumento
da mineradora para esse nível de reajuste é que ele é fundamental para
levar adiante seus planos de investimentos em expansão de suas minas de
ferro no país, nos sistemas norte (Carajás) e sul (Minas Gerais). A proposta
de reajuste da Vale foi levada à mesa de negociações no final da quarta
rodada, encerrada nesta terça-feira. Ainda não houve contraproposta das
usinas chinesas, japonesas e européias. As usinas chinesas esperam um
aumento entre 5% a 10% no preço do minério. A expectativa é que seja fechado
um acerto na próxima semana, pondo fim a cinco meses de negociações. (Valor
Econômico e Gazeta Mercantil - 30.03.2006) 2 Klabin: gastos são congelados até 2007 De um lado
o real muito valorizado, de outro um mercado internacional de celulose
e papel sem demanda suficiente para repassar preços na proporção do aumento
nos custos de produção. Neste cenário a Klabin decidiu, a fim de tornar-se
rentável mesmo com estes obstáculos, congelar seus custos fixos em R$
700 milhões ao ano durante 2006 e 2007. O Programa de Demissões Voluntárias
(PDV) realizado pela empresa no ano passado já faz parte do plano de retenção
de custos. "A partir do momento em que vemos que vai ficar assim (o câmbio),
que vai tirar parte da competitividade da Klabin, temos que enxugar a
estrutura", disse o diretor-financeiro da Klabin. O PDV iniciado pela
empresa no terceiro trimestre do ano passado, no qual já entraram 490
funcionários, também terá continuidade ao longo de 2006. (InvestNews -
29.03.2006) 3 Klabin: expansão tem como foco Europa e EUA Mesmo com
o câmbio desfavorável para exportações e o custo dos fretes na venda à
longa distância, a Klabin já decidiu que o resultado de sua ampliação
de produção de 350 mil toneladas ao ano de cartões revestidos só será
absorvido por Estados Unidos e Europa, mais especificamente Leste Europeu.
A estratégia é a focar o crescimento da receita líquida na venda de cartões
revestidos, papel de maior valor agregado e potencial maior de reajustes
no decorrer dos próximos anos, segundo a empresa. O projeto de expansão
da Klabin em sua unidade de Monte Alegre, no Paraná, orçado em R$ 1,5
bilhão, terá 40% investido já este ano. Outros 40% serão aportados em
2007 e o restante em 2008. A expansão fará com que a unidade do Paraná
passe das atuais 390 mil toneladas ao ano de cartões revestidos para 740
mil ton/ano. Estes cartões são usados em embalagens de líquidos entre
outras aplicações. (InvestNews - 29.03.2006) 4 Suzano e Unipar demonstram interesse em novo complexo petroquímico A Suzano
e a Unipar, sócias da Petrobras na Riopol, são, por enquanto, os dois
grupos mais interessados em fazer investimentos no novo complexo petroquímico
de Itaboraí (RJ). A Suzano Petroquímica está interessada em produzir os
dois produtos no novo pólo e examina também a possibilidade de ampliar
a produção de borracha sintética da Petroflex, da qual é controladora
em conjunto com a Unipar e a Braskem. Na Unipar, os estudos relacionados
com o novo complexo estão menos adiantados, mas o grupo decidiu há algum
tempo focar suas ações dentro da indústria petroquímica do Sudeste e o
presidente da empresa, Roberto Garcia, já demonstrou interesse em avaliar
tudo que se localiza na região. A Braskem está atenta às iniciativas da
Petrobras e do Ultra, mas, por enquanto, seus executivos têm os olhos
mais voltados para os planos da empresa na Bolívia e na Venezuela. Já
a Ipiranga Petroquímica, a outra grande do mercado nacional, ainda não
examinou as possibilidades. (Valor Econômico - 30.03.2006)
Economia Brasileira 1 Indústria de SP espera diminuição da produção em março De acordo com uma pesquisa do Ciesp, mais da metade das indústrias ouvidas, 51%, esperam que sua produção diminua em março na comparação com o igual mês do ano passado. Ao mesmo tempo, apenas 26% delas apostam em um crescimento. E esse pessimismo vem tanto pelo lado das exportações como pelas vendas ao mercado interno. Para este mês, 53% dos industriais paulistas esperam recuo nas vendas domésticas, na mesma comparação. Em fevereiro, esse percentual era bem inferior: 43%. No caso das encomendas externas o resultado é bem pior. Quase dois terços, ou 65% das empresas esperam vendas menores no mês. Em fevereiro, metade delas tinha a expectativa de recuo nas exportações. Uma notícia positiva, entretanto, é a diminuição do nível de estoques das empresas. Agora em março 38% das empresas consideraram seus estoques dentro do esperado, contra um total de 40% em fevereiro. Para 24% delas esse indicador está acima do desejável agora, enquanto que no mês anterior essa era a situação vivida por 28% das companhias. A pesquisa do Ciesp ouviu 577 indústrias em todo o Estado. (Valor Econômico - 30.03.2006) 2 Brasil encerrou 2005 com R$ 33,6 bi em capacidade de financiamento A capacidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 33,6 bilhões em 2005. Trata-se de uma leve redução de R$ 900 milhões frente a 2004. Segundo o IBGE, houve menos transferências de recursos para o país e mais remessas de lucros ao exterior. No quarto trimestre, a capacidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 7 bilhões, acima dos R$ 5,3 milhões apurados no mesmo período de 2004. O aumento na comparação com 2004 deve-se principalmente à melhora da conta de transações correntes, impulsionada pelo saldo comercial. A renda nacional bruta somou R$ 505,4 bilhões no quarto trimestre, contra R$ 462 bilhões no mesmo intervalo de 2004. Em todo o ano de 2005, atingiu R$ 1,876,0 trilhão, contra 1,708 trilhão em 2004. A poupança bruta passou de R$ 93,3 bilhões no quarto trimestre de 2004 para R$ 97 bilhões no mesmo intervalo de 2005. Em todo o ano passado, a poupança bruta alcançou R$ 430,5 bilhões, acima dos R$ 410,1 bilhões de 2004. (Valor Econômico - 30.03.2006) 3
PIB soma R$ 1,937 tri em 2006 4 BC aguarda trajetória declinante para inflação ao longo de 2006 A desaceleração
da inflação medida pelo IPCA em 2006 está apoiada no " bem-sucedido esforço
de desinflação levado a cabo em 2005, que possibilitará uma convergência
ainda mais suave para a trajetória de metas " , salientou o Banco Central
no Relatório de Inflação de março. Levando em conta o cenário de referência,
de uma taxa de câmbio constante de R$ 2,15 e manutenção da taxa Selic
em 16,5%, a projeção central para o IPCA deste ano é de 3,7% em vez dos
3,8% estimados em dezembro passado. O BC vislumbra uma trajetória declinante
para a inflação deste ano. Partindo de uma projeção central de 5,3% para
o primeiro trimestre deste calendário, a taxa deve cair para 4,7% entre
abril e junho, sustentar esse nível nos três meses até setembro e encerrar
o quarto trimestre em 3,7%. No cenário de mercado, que considera um dólar
a US$ 2,25 e uma Selic média de 14,71% no último trimestre de 2006, a
perspectiva é de uma inflação oscilante. No primeiro trimestre, a projeção
central para o IPCA é de 5,3%, recuando para 4,9% nos três meses seguintes.
Entre julho e setembro, o indicador volta a subir, alcançando 5,3%, para
apresentar nova desaceleração e encerrar o quarto trimestre a 4,6%. (Folha
de São paulo - 30.03.2006) O IGP-M
registrou deflação de 0,23% em março, segundo dados divulgados hoje pela
FGV. Em fevereiro, o indicador havia registrado alta quase imperceptível
de 0,01%. A taxa ficou abaixo das previsões de analistas. Segundo o último
relatório de mercado organizado pelo BC, a previsão era de que a inflação
ficasse em 0,01%. O comportamento dos preços foi ditado pela variação
no atacado. O índice de preços do atacado recuou de -0,06% em fevereiro
para -0,48% em março. Por outro lado, o IPC avançou de 0,11% para 0,22%.
Os custos na construção civil registraram desaceleração para 0,23% após
uma variação de 0,28% em fevereiro. (Folha de São paulo - 30.03.2006)
6 BC prevê crescimento de 4% para PIB de 2006 O Banco Central manteve em 4%, a projeção para a evolução do PIB em 2006. O Relatório Trimestral de Inflação de março traz o mesmo patamar sugerido na publicação em dezembro de 2005. Segundo o BC, " o cenário esperado é de expansão da atividade econômica " neste ano, acima dos 2,3% da variação estimada para 2005 pelo Instituto IBGE. Em 2006, a previsão de " crescimento mais acelerado " é sustentada por perspectivas favoráveis para a safra agrícola; pelo esgotamento do ajuste de estoques da indústria e pela " continuidade da expansão da demanda interna, estimulada pelos reflexos positivos do cenário macroeconômico benigno sobre as decisões de consumo e investimentos. " (Valor Econômico - 30.03.2006) 7
Projeção para IPCA de 2007 é de 3,9% O mercado
financeiro está bem mais tranqüilo nesta quinta-feira. Depois de três
dias em alta, o dólar comercial fechou a manhã em queda de 0,95%, abaixo
de R$ 2,20 novamente, (R$ 2,191 na compra e R$ 2,193 na venda). Ontem,
o dólar comercial terminou com alta de 0,22%, a R$ 2,2120 na compra e
R$ 2,2140 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 30.03.2006)
Internacional 1 Bolívia quer elevar a 70% tributo sobre o gás O ministro
de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Solíz Rada, defendeu aumentar para
até 70% a tributação sobre o gás natural produzido em megacampos. A proposta
afetaria diretamente a Petrobras e contraria a nova Lei de Hidrocarbonetos
aprovada no ano passado, que já aumentou os tributos de 18% para 50% sobre
o gás e o petróleo. O aumento da tributação sobre os megacampos diminuiria,
em contrapartida, o imposto cobrado em campos de produção menores, que
não poderiam pagar os 50% previstos na Lei de Hidrocarbonetos, cuja regulamentação
- que vem sendo chamada de "nacionalização" pelo governo Evo Morales -
deve sair nas próximas duas semanas. Entre os megacampos que estariam
sujeitos a uma tributação maior, segundo o Ministério de Hidrocarbonetos,
estão os de San Alberto e San Antonio, localizados no Departamento de
Tarija, são responsáveis por toda a produção de gás da Petrobras Bolívia.
A proposta inclui a realização de minuciosas auditorias nas empresas estrangeiras
para avaliar se podem ou não pagar de 60% a 70% de tributação. Solíz fez
duras críticas contra a Petrobras na sexta, encerrando um período de troca
de elogios públicos. Ele previu uma negociação "muito complicada" com
o Brasil. (Jornal do Commercio - 30.03.2006) 2 Enel procura alternativas a Suez A companhia
italiana Enel pode partir para novos acordos por outros ativos em vez
de lançar oferta multibilionária pela francesa Suez e procurar outros
mercados para impulsionar seu crescimento internacional, dizem analistas.
"Vejo grandes dificuldades para a Enel seguir adiante com a operação da
Suez", disse o analista da Actinvest, Matteo Cariglia, sugerindo como
muitos outros analistas que a empresa não deve continuar com a oferta.
Analistas disseram que qualquer oferta hostil pode custar muito à Enel
e alertam que oferta acima de 40 por ação seria prejudicial para os
acionistas, que inclui o Tesouro italiano. "Se a Enel decidir não fazer
oferta, o mercado vai entender, mesmo que estrategicamente a oferta pela
Suez seja um movimento muito importante para a Enel. Mas não fazer oferta
seria melhor do que pagar demais", afirmou um analista. Fontes próximas
da situação disseram que a Enel, Suez e Gaz de France mantiveram contato
nos últimos dias para formular acordo de compromisso sobre a venda de
algumas ativos de energia para a empresa italiana, que evitaria uma aquisição
por preço elevado. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006) 3 CS aprova advertência ao Irã O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, uma advertência ao Irã para que suspenda o enriquecimento de urânio em suas instalações. O comunicado não tem caráter de cumprimento obrigatório - por não se tratar de uma resolução - e também não faz ameaças ao Irã. A Rússia, tradicional aliada do regime de Teerã, só aprovou o texto depois de terem sido retirados trechos que se referiam ao Conselho de Segurança como órgão "responsável pela paz e segurança internacional". Contrários a um documento com ameaças ao Irã, a Rússia e a China temiam que o comunicado pudesse ser usado como base para ações duras, como sanções econômicas ou diplomáticas, às quais se opõem. Ficou explícito no comunicado que, dentro de 30 dias, o diretor da AIEA e Nobel da Paz, Mohammed el-Baradei, deve encaminhar ao Conselho de Segurança um relatório sobre as ações adotadas pelo Irã para atender ao comunicado. (Zero Hora - 30.03.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|