l

IFE: nº 1.778 - 30 de março de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Usinas de Estreito e São Salvador devem sair do papel ainda esse ano
2 Tractebel espera que questão referente ao UBP seja resolvida
3 Liminar suspende licenciamento ambiental da usina de Belo Monte
4 Lula indica dois novos diretores para Aneel

Empresas
1 Eletrobrás avalia projetos no exterior
2 Eletrobrás estuda contratação de empresas de gestão
3 EDF pretende continuar no País na área de geração
4 EDF não descarta parceria em outros projetos de geração
5 EDF satisfeita com resultado da venda da Light
6 Light terá investimentos ampliados em até 30%
7 Novo presidente da Light aponta problemas a serem combatidos
8 CEB tem lucro de R$ 27,5 mi em 2005

9 Cataguazes Leopoldina registra lucro consolidado de R$41,3 mi

10 Funcef e FondElec renunciam ao pedido de suspensão do aumento de capital da CFLCL

11 Sobrapar adquire as participações acionárias da Funcef e FondElec na CFLCL

12 Cemig pede reajuste de 5% na tarifa de energia

13
CEEE ganha ação judicial de R$ 2 bi contra União
14 Tractebel Energia Comercializadora faz leilão de compra de 80 MW médios

15 Cotações da Eletrobrás

16 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,6%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 51,9%
3 NE apresenta 87,3% de capacidade armazenada

4 Norte tem 94% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Eletrobrás estuda usina a gás na Bolívia
2 Petrobras começa a se preocupar com Bolívia
3 Eletrobrás espera aprovação de Angra 3
4 CMADS aprova relatório sobre segurança nuclear

Grandes Consumidores
1 Vale propõe alta de 24% nos preços
2 Klabin: gastos são congelados até 2007
3 Klabin: expansão tem como foco Europa e EUA
4 Suzano e Unipar demonstram interesse em novo complexo petroquímico

Economia Brasileira
1 Indústria de SP espera diminuição da produção em março
2 Brasil encerrou 2005 com R$ 33,6 bi em capacidade de financiamento

3 PIB soma R$ 1,937 tri em 2006
4 BC aguarda trajetória declinante para inflação ao longo de 2006
5 IGP-M tem deflação de 0,23%
6 BC prevê crescimento de 4% para PIB de 2006
7 Projeção para IPCA de 2007 é de 3,9%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia quer elevar a 70% tributo sobre o gás
2 Enel procura alternativas a Suez
3 CS aprova advertência ao Irã

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Usinas de Estreito e São Salvador devem sair do papel ainda esse ano

A Tractebel pretende iniciar neste ano as obras de duas das principais hidrelétricas programadas pelo governo: Estreito (1.087 MW) e São Salvador (280 MW), ambas no rio Tocantins. As usinas exigirão da Tractebel investimentos de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos. Segundo o presidente do conselho de administração da empresa, Maurício Bähr, as hidrelétricas estão à espera do próximo leilão de energia para saírem do papel. O licenciamento ambiental foi um grande problema para que as duas hidrelétricas saíssem do papel. A concessão de Estreito foi arrematada pela Tractebel em 2002 e até hoje as obras não foram iniciadas por falta dos documentos ambientais. A usina tem licença prévia, mas a licença de instalação do projeto deve sair ainda no mês de abril. No caso de São Salvador, a licença ambiental saiu no fim de 2005. Devido às características hidrológicas do rio Tocantins, as obras da usina de São Salvador precisam ser iniciadas até junho para que se possa oferecer energia no leilão de energia neste ano. Mantido esse cronograma, a hidrelétrica estaria pronta para operar em 2009. Já Estreito, caso as obras comecem ainda em 2006, é provável que a usina entre em operação comercial a partir de 2011. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

2 Tractebel espera que questão referente ao UBP seja resolvida

Segundo o presidente do conselho de administração da Tractebel, Maurício Bähr, além dos entraves ambientais, ainda faltam alguns ajustes para a construção das hidrelétricas de Estreito e São Salvador: O principal deles seria com relação ao Uso do Bem Público (UBP), taxa estabelecida no governo FHC nas privatizações do setor elétrico. O problema é que o novo modelo não utiliza mais a UBP, mas essa taxa virou um ônus para quem comprou usinas pelo modelo antigo. "Estou confiante que haverá uma solução em breve com relação à UBP", disse Bähr. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

3 Liminar suspende licenciamento ambiental da usina de Belo Monte

O Ministério Público Federal obteve uma liminar que suspende indefinidamente o processo de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A decisão cancela as reuniões públicas previstas para hoje e amanhã, com associações locais e comunidades indígenas, conduzidas pelo Ibama. Os técnicos do Ibama que estavam na região do rio Xingu desde segunda-feira paralisaram as vistorias que deveriam terminar até sexta-feira. As reuniões e as vistorias serviriam para determinar os termos de referência (exigências) que vão balizar a elaboração dos estudos de impacto ambiental do empreendimento. Com capacidade prevista de aproximadamente 5,5 mil MW, a usina consta como uma das prioridades do plano decenal de energia preparado pelo governo. A liminar atende uma ação movida pelo MPF do Pará e foi concedida pelo juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo, da vara pública de Altamira. O magistrado entendeu que o processo de licenciamento não poder começar sem ouvir representantes das reservas de cinco comunidades indígenas na região da hidrelétrica. O Ibama informou que vai cumprir integralmente a liminar e já ordenou o retorno dos técnicos responsáveis pelas vistorias em curso, mas reagiu com irritação à atuação dos procuradores federais. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

4 Lula indica dois novos diretores para Aneel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou dois novos diretores para a Aneel. Ambos são técnicos e sem vinculação partidária. As diretorias estavam vagas desde a virada do ano. Desde maio do ano passado, a Aneel não faz uma reunião de diretoria com o quorum máximo de cinco membros. A primeira indicação é do atual superintendente de fiscalização econômica e financeira da agência, Romeu Rufino, que ocupava o cargo desde 1998. A segunda indicação é do engenheiro mecânico José Guilherme Senna. Ele trabalhou na Aneel até janeiro de 2005, onde era assessor na superintendência de estudos de mercado. Para assumirem os cargos, os dois indicados ainda devem passar por sabatina na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal e serem aprovados no plenário da Casa. (Valor Econômico e Jornal do Commercio - 30.03.2006)

<topo>

 

Empresas

1 Eletrobrás avalia projetos no exterior

A Eletrobrás avalia, dentro do potencial de mercado, a participação na construção de uma usina hidrelétrica no México, com capacidade para mil MW de geração. Além disso, estuda projetos de geração a base de carvão na Ásia e empreendimentos na Colômbia e América Central. Ele defendeu uma participação mais agressiva no mercado internacional, ressaltando que há espaço para isso. "Os empreendimentos no exterior têm toda a condição de serem implementados por grupos brasileiros. Quando eu digo grupos brasileiros é a engenharia brasileira, somada à liderança da Eletrobrás", afirmou Aloísio Vasconcelos. Ele afirmou também que a Eletrobrás deve dispensar maior atenção a projetos que permitam a utilização dos créditos de carbono oriundos das vantagens que o Brasil teria como signatário do Protocolo de Kyoto. "Estamos, infelizmente, atrasados nisso, e queremos dar maior atenção daqui para frente", comentou. (Jornal do Commercio - 30.03.2006)

<topo>

2 Eletrobrás estuda contratação de empresas de gestão

A Eletrobrás estuda a possibilidade de contratar empresas de gestão para administrar as federalizadas, grupo formado por Boavista Energia , Ceal , Ceam, Cepisa, Ceron, Eletroacre e Manaus Energia. A idéia é fazer com que estas administradoras tenham metas específicas para atingir o nível de saneamento financeiro, estabelecido pela holding, segundo informou José Drummond Saraiva, diretor da estatal. Drummond reafirmou que a Eletrobrás não fará mais adiantamento de capital para estas empresas, a não ser empréstimos de curto prazo. Ainda dentro do programa de gestão das federalizadas, Drummond contou que a Eletrobrás fará um controle diário do caixa das empresas. "Vamos implantar um programa intenso nestas companhias, pois ainda não atingimos níveis satisfatórios". (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

3 EDF pretende continuar no País na área de geração

A estatal francesa EDF, que acaba de vender o controle acionário da Light, pretende continuar no Brasil na área de geração, além de ter ficado com 10% de participação na distribuidora fluminense. Segundo fontes do mercado, a empresa francesa não bateu o martelo na venda da termelétrica Norte Fluminense porque não quer apenas um comprador, mas sim um parceiro. A idéia é ter uma participação relevante nesta usina, onde hoje detém 100% do capital, e dar continuidade às obras da termelétrica Paracambi, atualmente na fase de terraplenagem. O único empecilho para o negócio é a dificuldade em conseguir garantia de fornecimento do gás natural para as usinas operarem. Caso a EDF não consiga um parceiro que resolva o problema de abastecimento do gás, a estatal francesa pode vender toda a sua participação. Também não está descartada a possibilidade de futuramente colocar à venda os 10% de participação na Light. (O Estado de São Paulo - 30.03.2006)

<topo>

4 EDF não descarta parceria em outros projetos de geração

O vice-presidente da EDF, Bruno Lescoeur, não descarta inclusive outros projetos em parceria em geração. Ele explicou que a companhia tem grande competência no planejamento, construção e operação de usinas ao redor do mundo. E por isso o negócio de geração no Brasil pode ser relevante. "Continuamos trabalhando com a Norte Fluminense e Paracambi, onde podemos fazer algo que sabemos e que faz sentido", explicou o executivo. Ao explicar que a EDF deseja atrair um parceiro para a geração - e o Rio Minas está incluído entre os que fizeram propostas - Lescoeur frisou, contudo, que a companhia francesa não deseja uma participação minoritária em apenas uma planta. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

5 EDF satisfeita com resultado da venda da Light

Segundo o vice-presidente do grupo EDF, Bruno Lescoeur, a estatal está "confortável" com sua fatia de 10% das ações da Light após a concretização da venda do controle da distribuidora do Rio de Janeiro para o consórcio Rio Minas Energia (Cemig, Andrade Gutierrez, Pactual e JLA). O executivo considera que o desfecho da negociação, que demorou cerca de oito meses, foi positivo. "A experiência que tivemos na América do Sul mostrou que o negócio de distribuição não pode ser tocado a 8 mil km de distância. É preciso contato constante com os sócios, clientes, com o governo e com o regulador. E isso é difícil. Então decidimos focar na Europa e no que sabemos fazer melhor, que é geração de energia", afirmou o executivo. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

6 Light terá investimentos ampliados em até 30%

O futuro presidente da Light, o executivo José Luiz Alquéres, ex-presidente da Eletrobrás, anunciou ontem que aumentará em 30% os investimentos previstos pela distribuidora de energia do Rio de Janeiro para os próximos anos. Com isso, ampliará os desembolsos anuais dos atuais R$ 300 milhões para cerca de R$ 400 milhões já a partir de 2006. Como forma de capitalizar a companhia, Alquéres revelou que pretende ampliar a fatia de clientes fora do estado, por meio de iniciativas que atraiam os chamados consumidores livres - grandes indústrias. Alquéres disse acreditar que os novos controladores assumam a gestão da distribuidora até o fim de maio, quando a operação de aquisição deverá estar confirmada por todas as instâncias necessárias. Afirmou que não deverão surgir problemas tanto com a Aneel quanto com o BNDES, que, segundo ele, já teriam sido comunicados informalmente da proposta do Rio Minas pela EDF. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)

<topo>

7 Novo presidente da Light aponta problemas a serem combatidos

O futuro presidente da Light, José Luiz Alquéres, aponta três problemas que a nova gestão pretende combater. Entre eles a ativação da área de comercialização de energia e desenvolvimento do mercado; e a redução de perdas e da inadimplência. "Esse último tem três vertentes, uma tecnológica, e a outra é de cidadania em que vamos explicar ao público que quem vende um serviço precisa receber por ele. Também vamos fazer uma articulação institucional". Alquéres explicou que além de assumir a dívida de US$ 1,5 bilhão da Light, os novos controladores também serão responsáveis pelos passivos ocultos, que eventualmente venham a surgir. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

8 CEB tem lucro de R$ 27,5 mi em 2005

A CEB registrou lucro de R$ 27,5 milhões em 2005, revertendo o prejuízo de R$ 19,55 milhões apresentado em 2004. A receita bruta da companhia apresentou uma pequena elevação, saindo de R$ 1,11 bilhão em 2004 para R$ 1,25 bilhão no ano passado. Já a receita líquida ficou em R$ 859 milhões ante os R$ 775 milhões do ano anterior. Ainda de acordo com o balanço, o resultado operacional da CEB foi de R$ 40,8 milhões no ano passado, frente a um prejuízo de R$ 21 milhões em 2004. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

9 Cataguazes Leopoldina registra lucro consolidado de R$41,3 mi

A CFLCL registrou lucro líquido consolidado de R$41,3 milhões em 2005, revertendo prejuízo de R$18,6 milhões em 2004. A controlada Energisa, holding que detém os investimentos nas concessionárias Energipe, CELB e Saelpa e na qual a CFLCL participa em 50,1% do seu capital, deu a maior contribuição para melhoria do resultado, obtendo lucro líquido de R$75,4 milhões. Já a CENF e a Cat-Leo Cise fecharam o período com R$11,8 milhões e R$5,2 milhões, respectivamente. O EBTIDA do Sistema Cataguazes-Leopoldina ajustado alcançou R$453,4 milhões no ano passado, contra R$382,9 milhões em 2004. Nos últimos quatro anos, o crescimento já chega a 140%, média anual de 24,4%. Além de potencializar os ganhos nas receitas, o Sistema Cataguazes-Leopoldina trabalhou para reduzir os custos operacionais, melhorar o perfil da sua dívida e adequá-la a estrutura de capital da companhia. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006)

<topo>

10 Funcef e FondElec renunciam ao pedido de suspensão do aumento de capital da CFLCL

A Fundação dos Economiários Federais - Funcef, e a Fondelec Essential Services Growth Fund, L.P. e The Latin America Energy and Electricity Fund I, L.P. renunciaram ao direito no qual se fundavam as ações cautelares propostas contra a CFLCL e Outros, cujas liminaresdeferidas: (i) suspendiam o aumento de capital da CFLCL aprovado pelo Conselho de Administração em 21 de fevereiro de 2006 e (ii) determinavam a abstenção da prática de quaisquer atos tendentes a implementar o referido aumento de capital. Desta forma, e tão logo sejam homologadas as desistências, o que já foi objeto de pedido ao Poder Judiciário, a Companhia poderá dar prosseguimento ao aumento de capital, mediante o reinício do prazo para o exercício do direito de preferência, pelo período ainda não transcorrido antes da suspensão. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006)

<topo>

11 Sobrapar adquire as participações acionárias da Funcef e FondElec na CFLCL

A acionista Sobrapar Sociedade Brasileira de Organização e Participações Ltda. informou à Companhia que celebrou contratos de compra e venda de 12.452.374.290 ações preferenciais classe "A" de emissão da CFLCL com a Fundação dos Economiários Federais - Funcef, e de 6.256.522.235 ações ordinárias e 11.177.615.828 ações preferenciais classe "A" com FondElec Essential Services Growth Fund, L.P. e The Latin America Energy and Electricity Fund I, L.P., contratos esses sujeitos a determinadas condições precedentes que deverão ser verificadas até o dia 18 de abril de 2006. A Sobrapar e sua subsidiária a acionista Energia do Brasil Participações Ltda. manifestaram à Companhia o interesse em participar da discussão de uma eventual reformulação e simplificação da estrutura societária da Companhia e de suas controladas, sempre sem mudança da atual estrutura de controle societário, no âmbito do processo de segregação de atividades de geração e distribuição de energia elétrica imposto pela Lei nº 10.848/2004. A CFLCL manterá seus acionistas e o mercado informados acerca da evolução desta questão e da verificação das condições precedentes acima mencionadas, tão logo tais fatos lhe forem transmitidos pela Sobrapar. (GESEL-IE-UFRJ - 30.02.2006)

<topo>

12 Cemig pede reajuste de 5% na tarifa de energia

As tarifas de energia elétrica da Cemig ficarão até 5% mais caras a partir da próxima semana. A Cemig encaminhou à Aneel a planilha de custos da empresa referente aos últimos 12 meses para justificar o aumento pretendido. Segundo fontes da estatal mineira, é possível que o impacto final na conta dos consumidores residenciais gire em torno de 3,5%. Se confirmada a média de 5% (incluindo nesta conta as tarifas para os consumidores industriais e comerciais), será o menor reajuste já aplicado pela empresa nos últimos seis anos. O aumento menor deve-se a queda da inflação nos últimos 12 meses. O IGP-M acumula alta de 1,45% (entre março de 2005 e fevereiro deste ano). Além da inflação, também interferem na formação das tarifas os chamados custos não-gerenciáveis - variação do dólar (por causa da compra de energia de Itaipu), CCC, Reserva RGR, taxa de fiscalização e encargos de transmissão. (Jornal do Commercio - 30.03.2006)

<topo>

13 CEEE ganha ação judicial de R$ 2 bi contra União

O STJ deu ganho de causa este mês à CEEE em uma ação judicial sobre perdas da empresa no valor de R$ 2 bilhões contra a União. A estatal gaúcha reclamava que havia recebido valores a menos que o exigido pela legislação entre 1981 e 1993 na equalização de tarifas promovidas pela Reserva Nacional de Compensação e Remuneração (Rencor) e da Conta de Resultados a Compensar (CRC). De acordo com Antonio Carlos Brites Jaques, diretor presidente da CEEE, o pagamento dos valores será feito através da compensação de dívidas da CEEE com a União por alguns anos. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

14 Tractebel Energia Comercializadora faz leilão de compra de 80 MW médios

A Tractebel Energia Comercializadora realiza na próxima sexta-feira, 31 de março, leilão de compra de energia para aquisição de 80 MW médios. A energia, adquirida no submercado Sul ou Sudeste/Centro-Oeste, deve ser entregue entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2008. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

15 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 29-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.491,57 pontos, representando uma alta de 2,21% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,17 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,44%, fechando a 12.174,56 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,49 ON e R$ 48,10 PNB, alta de 6,43% e 6,82%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 30-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 49,80 as ações ON, alta de 0,63% em relação ao dia anterior e R$ 48,49 as ações PNB, alta de 0,81% em relação ao dia anterior. (Investshop - 30.03.2006)

<topo>

16 Curtas

O diretor presidente da CEEE, Antonio Carlos Brites Jaques fez uma prestação de contas de sua gestão na CEEE, iniciada em setembro de 2003, apresentando os principais resultados econômico-financeiros obtidos pela Empresa em 2005, com destaque para o lucro obtido que superou os R$ 40,520 milhões. (Elétrica - 29.03.2006)

Acontece, nos dias 6 e 7 de abril, o treinamento "Gestão Energética Municipal e Iluminação Pública Eficiente para Administradores Municipais", em Florianópolis. O evento é uma parceria entre a Celesc, a USAID e a Eletrobrás/Procel. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

António Mexia, presidente executivo do grupo Energias de Portugal (EDP), será o presidente do Conselho de Administração da Energias do Brasil, controlada pela empresa portuguesa. Mexia substituirá Jorge Godinho, homem de confiança do presidente anterior da EDP, João Talone. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,6%

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste registraram 84,6% de armazenamento, com alta de 0,2% em relação ao dia anterior. O índice ficou 25,8% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Corumbá I operou com 96,5% de capacidade, já Furnas registrou 95,9% de armazenamento. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

2 Sul: nível dos reservatórios está em 51,9%

A região Sul apresentou 51,9% de capacidade, com queda de 0,2% em relação a segunda-feira, dia 27 de março. A hidrelétrica de Machadinho operou com nível de 62,1% de volume acumulado. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

3 NE apresenta 87,3% de capacidade armazenada

O Nordeste apresentou 87,3% de capacidade armazenada, registrando alta de 0,6% em relação à segunda-feira, dia 27 de março. O nível ficou 38,4% acima da curva de aversão ao risco. O reservatório de Sobradinho operou com 88% de armazenamento. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

4 Norte tem 94% da capacidade de armazenamento

A região Norte registrou 94% de volume acumulado, com alta de 0,2% em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí operou com 98,5% de capacidade. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Eletrobrás estuda usina a gás na Bolívia

A Eletrobrás estuda a construção de usina térmica a gás na divisa do Brasil com a Bolívia. Ainda em estudos preliminares, um dos projetos prevê a implementação da unidade no lado boliviano, para que o gás seja obtido a custo menor, já que a região em estudo, cuja localização não foi revelada, estaria sujeita a incentivos que barateariam o preço do gás. "Aqui no Brasil, varia entre US$ 2,5/Mbtu e US$ 2,7/Mbtu, que é caro. O bom para a usina é R$ 2,2/Mbtu, que é meio caro. Um dos estudos coloca a usina na Bolívia, o que reduziria o custo do gás, pois a região conta com incentivos. Poderíamos conseguir gás a US$ 1,6/Mbtu", afirmou o presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos. O executivo afirmou que já vem negociando com as lideranças do Congresso Nacional para que o projeto que cria a holding internacional da Eletrobrás, cujo texto está sendo finalizado na Casa Civil, seja aprovado rapidamente no Congresso para que os diversos projetos em estudo saiam rapidamente do papel. (Jornal do Commercio - 30.03.2006)

<topo>

2 Petrobras começa a se preocupar com Bolívia

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, manifestou preocupação com a dificuldade de diálogo da companhia com autoridades bolivianas da área de hidrocarbonetos. Ele disse existir um conjunto de investimentos que precisam ser realizados e que o processo decisório depende do que vai acontecer no país vizinho. "Se nós não tivermos um processo de negociação claramente em curso, teremos que retardar as nossas decisões. Começamos a ficar preocupados com as declarações das autoridades da Bolívia responsáveis pela área de hidrocarbonetos", disse. Segundo Gabrielli, desde o início de fevereiro as conversas com as autoridades bolivianas estão suspensas e não há um interlocutor claro. Ele lembrou que a Petrobras é uma empresa produtora de petróleo que não quer ser uma prestadora de serviços, o que acontecerá se ela não puder administrar a produção das reservas de gás que explora. Agora, Gabrielli admite que a companhia poderá adotar uma postura mais defensiva. "Se nós formos submetidos a decisões unilaterais, nós vamos reagir unilateralmente também", disse. "A Bolívia precisa do Brasil e o Brasil precisa da Bolívia", disse, para depois insistir que a solução é possível "se os canais de diálogo estiverem abertos". (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

3 Eletrobrás espera aprovação de Angra 3

O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, classificou como importante a viabilidade da usina nuclear de Angra 3. Segundo ele, a estimativa é que o assunto seja discutido na próxima reunião do CNPE, prevista para o dia 17 de abril. O executivo disse que a implantação da usina seria um importante reforço para a matriz energética nacional. Segundo ele, todos os fatores técnicos e financeiros mostram que é possível viabilizar a usina, cuja construção foi incluída no Plano Decenal 2006-2015. "São 1,3 mil MW no centro de carga, além de investimentos mínimos para complementar a implantação da usina", observou Vasconcelos, citando valor da ordem de U$ 1,8 bilhão. Para ele, do ponto de vista financeiro a térmica poderia oferecer um preço de R$ 148/MWh, valor próximo ao praticado no leilão de energia nova, em dezembro de 2005. (Agência Canal Energia - 29.03.2006)

<topo>

4 CMADS aprova relatório sobre segurança nuclear

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados aprovou relatório sobre a segurança das instalações nucleares brasileiras. O documento fez alertas quanto à segurança da população, do meio ambiente e dos trabalhadores do setor, apontando a inexistência de locais próprios para o depósito de lixo radioativo, entre outras denúncias. O assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse que o Brasil não desenvolveu ainda uma alternativa para a deposição dos rejeitos radiativos no país porque só sofrerá o problema em cerca de três décadas, e as autoridades preferem esperar até lá, quando deverá haver alternativas tecnológicas mais eficientes. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Vale propõe alta de 24% nos preços

A Vale do Rio Doce confirmou a informação de que propôs às siderúrgicas estrangeiras reajuste de 24% nos preços do minério de ferro tipo fino (sinter-feed) para o ano de 2006. Esse percentual levou em conta principalmente a valorização do real frente ao dólar nos últimos 12 meses, ao redor de 24%. O argumento da mineradora para esse nível de reajuste é que ele é fundamental para levar adiante seus planos de investimentos em expansão de suas minas de ferro no país, nos sistemas norte (Carajás) e sul (Minas Gerais). A proposta de reajuste da Vale foi levada à mesa de negociações no final da quarta rodada, encerrada nesta terça-feira. Ainda não houve contraproposta das usinas chinesas, japonesas e européias. As usinas chinesas esperam um aumento entre 5% a 10% no preço do minério. A expectativa é que seja fechado um acerto na próxima semana, pondo fim a cinco meses de negociações. (Valor Econômico e Gazeta Mercantil - 30.03.2006)

<topo>

2 Klabin: gastos são congelados até 2007

De um lado o real muito valorizado, de outro um mercado internacional de celulose e papel sem demanda suficiente para repassar preços na proporção do aumento nos custos de produção. Neste cenário a Klabin decidiu, a fim de tornar-se rentável mesmo com estes obstáculos, congelar seus custos fixos em R$ 700 milhões ao ano durante 2006 e 2007. O Programa de Demissões Voluntárias (PDV) realizado pela empresa no ano passado já faz parte do plano de retenção de custos. "A partir do momento em que vemos que vai ficar assim (o câmbio), que vai tirar parte da competitividade da Klabin, temos que enxugar a estrutura", disse o diretor-financeiro da Klabin. O PDV iniciado pela empresa no terceiro trimestre do ano passado, no qual já entraram 490 funcionários, também terá continuidade ao longo de 2006. (InvestNews - 29.03.2006)

<topo>

3 Klabin: expansão tem como foco Europa e EUA

Mesmo com o câmbio desfavorável para exportações e o custo dos fretes na venda à longa distância, a Klabin já decidiu que o resultado de sua ampliação de produção de 350 mil toneladas ao ano de cartões revestidos só será absorvido por Estados Unidos e Europa, mais especificamente Leste Europeu. A estratégia é a focar o crescimento da receita líquida na venda de cartões revestidos, papel de maior valor agregado e potencial maior de reajustes no decorrer dos próximos anos, segundo a empresa. O projeto de expansão da Klabin em sua unidade de Monte Alegre, no Paraná, orçado em R$ 1,5 bilhão, terá 40% investido já este ano. Outros 40% serão aportados em 2007 e o restante em 2008. A expansão fará com que a unidade do Paraná passe das atuais 390 mil toneladas ao ano de cartões revestidos para 740 mil ton/ano. Estes cartões são usados em embalagens de líquidos entre outras aplicações. (InvestNews - 29.03.2006)

<topo>

4 Suzano e Unipar demonstram interesse em novo complexo petroquímico

A Suzano e a Unipar, sócias da Petrobras na Riopol, são, por enquanto, os dois grupos mais interessados em fazer investimentos no novo complexo petroquímico de Itaboraí (RJ). A Suzano Petroquímica está interessada em produzir os dois produtos no novo pólo e examina também a possibilidade de ampliar a produção de borracha sintética da Petroflex, da qual é controladora em conjunto com a Unipar e a Braskem. Na Unipar, os estudos relacionados com o novo complexo estão menos adiantados, mas o grupo decidiu há algum tempo focar suas ações dentro da indústria petroquímica do Sudeste e o presidente da empresa, Roberto Garcia, já demonstrou interesse em avaliar tudo que se localiza na região. A Braskem está atenta às iniciativas da Petrobras e do Ultra, mas, por enquanto, seus executivos têm os olhos mais voltados para os planos da empresa na Bolívia e na Venezuela. Já a Ipiranga Petroquímica, a outra grande do mercado nacional, ainda não examinou as possibilidades. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Indústria de SP espera diminuição da produção em março

De acordo com uma pesquisa do Ciesp, mais da metade das indústrias ouvidas, 51%, esperam que sua produção diminua em março na comparação com o igual mês do ano passado. Ao mesmo tempo, apenas 26% delas apostam em um crescimento. E esse pessimismo vem tanto pelo lado das exportações como pelas vendas ao mercado interno. Para este mês, 53% dos industriais paulistas esperam recuo nas vendas domésticas, na mesma comparação. Em fevereiro, esse percentual era bem inferior: 43%. No caso das encomendas externas o resultado é bem pior. Quase dois terços, ou 65% das empresas esperam vendas menores no mês. Em fevereiro, metade delas tinha a expectativa de recuo nas exportações. Uma notícia positiva, entretanto, é a diminuição do nível de estoques das empresas. Agora em março 38% das empresas consideraram seus estoques dentro do esperado, contra um total de 40% em fevereiro. Para 24% delas esse indicador está acima do desejável agora, enquanto que no mês anterior essa era a situação vivida por 28% das companhias. A pesquisa do Ciesp ouviu 577 indústrias em todo o Estado. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

2 Brasil encerrou 2005 com R$ 33,6 bi em capacidade de financiamento

A capacidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 33,6 bilhões em 2005. Trata-se de uma leve redução de R$ 900 milhões frente a 2004. Segundo o IBGE, houve menos transferências de recursos para o país e mais remessas de lucros ao exterior. No quarto trimestre, a capacidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 7 bilhões, acima dos R$ 5,3 milhões apurados no mesmo período de 2004. O aumento na comparação com 2004 deve-se principalmente à melhora da conta de transações correntes, impulsionada pelo saldo comercial. A renda nacional bruta somou R$ 505,4 bilhões no quarto trimestre, contra R$ 462 bilhões no mesmo intervalo de 2004. Em todo o ano de 2005, atingiu R$ 1,876,0 trilhão, contra 1,708 trilhão em 2004. A poupança bruta passou de R$ 93,3 bilhões no quarto trimestre de 2004 para R$ 97 bilhões no mesmo intervalo de 2005. Em todo o ano passado, a poupança bruta alcançou R$ 430,5 bilhões, acima dos R$ 410,1 bilhões de 2004. (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

3 PIB soma R$ 1,937 tri em 2006

O PIB brasileiro totalizou R$ 1,937 trilhão no ano de 2005, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. No quarto trimestre, o PIB totalizou R$ 521,9 bilhões, contra R$ 478,3 bilhões no quarto trimestre de 2004. O crescimento do PIB em 2005 foi de 2,3%. Convertido em dólares, e considerando que em média a moeda norte-americana foi negociada a R$ 2,4341 no ano passado, o PIB alcançou US$ 795,776 bilhões e o Brasil saltou da 15ª para a 11ª posição no ranking das maiores economias do mundo. No ano, o consumo das famílias agregou ao PIB R$ 1,075 trilhão. Os investimentos representaram R$ 385,9 bilhões e o consumo do governo somou R$ 378,7 bilhões. Os impostos foram responsáveis por R$ 209 bilhões. A análise por setores mostra que a indústria contribuiu com o equivalente a R$ 690,6 bilhões. Já a agropecuária e os serviços somaram R$ 145,8 bilhões e R$ 985,3 bilhões, respectivamente. (Folha de São Paulo - 30.03.2006)

<topo>

4 BC aguarda trajetória declinante para inflação ao longo de 2006

A desaceleração da inflação medida pelo IPCA em 2006 está apoiada no " bem-sucedido esforço de desinflação levado a cabo em 2005, que possibilitará uma convergência ainda mais suave para a trajetória de metas " , salientou o Banco Central no Relatório de Inflação de março. Levando em conta o cenário de referência, de uma taxa de câmbio constante de R$ 2,15 e manutenção da taxa Selic em 16,5%, a projeção central para o IPCA deste ano é de 3,7% em vez dos 3,8% estimados em dezembro passado. O BC vislumbra uma trajetória declinante para a inflação deste ano. Partindo de uma projeção central de 5,3% para o primeiro trimestre deste calendário, a taxa deve cair para 4,7% entre abril e junho, sustentar esse nível nos três meses até setembro e encerrar o quarto trimestre em 3,7%. No cenário de mercado, que considera um dólar a US$ 2,25 e uma Selic média de 14,71% no último trimestre de 2006, a perspectiva é de uma inflação oscilante. No primeiro trimestre, a projeção central para o IPCA é de 5,3%, recuando para 4,9% nos três meses seguintes. Entre julho e setembro, o indicador volta a subir, alcançando 5,3%, para apresentar nova desaceleração e encerrar o quarto trimestre a 4,6%. (Folha de São paulo - 30.03.2006)

<topo>

5 IGP-M tem deflação de 0,23%

O IGP-M registrou deflação de 0,23% em março, segundo dados divulgados hoje pela FGV. Em fevereiro, o indicador havia registrado alta quase imperceptível de 0,01%. A taxa ficou abaixo das previsões de analistas. Segundo o último relatório de mercado organizado pelo BC, a previsão era de que a inflação ficasse em 0,01%. O comportamento dos preços foi ditado pela variação no atacado. O índice de preços do atacado recuou de -0,06% em fevereiro para -0,48% em março. Por outro lado, o IPC avançou de 0,11% para 0,22%. Os custos na construção civil registraram desaceleração para 0,23% após uma variação de 0,28% em fevereiro. (Folha de São paulo - 30.03.2006)

<topo>

6 BC prevê crescimento de 4% para PIB de 2006

O Banco Central manteve em 4%, a projeção para a evolução do PIB em 2006. O Relatório Trimestral de Inflação de março traz o mesmo patamar sugerido na publicação em dezembro de 2005. Segundo o BC, " o cenário esperado é de expansão da atividade econômica " neste ano, acima dos 2,3% da variação estimada para 2005 pelo Instituto IBGE. Em 2006, a previsão de " crescimento mais acelerado " é sustentada por perspectivas favoráveis para a safra agrícola; pelo esgotamento do ajuste de estoques da indústria e pela " continuidade da expansão da demanda interna, estimulada pelos reflexos positivos do cenário macroeconômico benigno sobre as decisões de consumo e investimentos. " (Valor Econômico - 30.03.2006)

<topo>

7 Projeção para IPCA de 2007 é de 3,9%

A inflação medida pelo IPCA deve terminar o ano de 2007 em 3,9%, percentual maior do que o calculado em dezembro, quando o Banco Central esperava 3,6%. Pelas projeções da autoridade monetária em março, o índice ficaria com variação ligeiramente acima da esperada para 2006, que é de 3,7%. Ambos os números estão abaixo do centro da meta fixada para os dois anos, que é de inflação de 4,5%. O cenário de referência considerado pela autoridade monetária nessas previsões inclui manutenção da taxa Selic em 16,5% ao ano e taxa de câmbio constante em cerca de R$ 2,15. No cenário usado pelo mercado financeiro, a Selic apresenta trajetória decrescente, até chegar a uma média de 13,57% anuais no último trimestre de 2007. A taxa de câmbio, ao contrário, caminha para cima e atingiria R$ 2,38 por dólar no quarto trimestre de 2007. Com essas variáveis, a previsão dos analistas financeiros para o IPCA de 2007 resulta em inflação de 5,4%, com pequena variação daquela calculada em dezembro, de 5,3%. Em ambos os casos, o IPCA ficaria acima da meta. (Valor Econômico - 30.03.2006)


<topo>

8 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro está bem mais tranqüilo nesta quinta-feira. Depois de três dias em alta, o dólar comercial fechou a manhã em queda de 0,95%, abaixo de R$ 2,20 novamente, (R$ 2,191 na compra e R$ 2,193 na venda). Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,22%, a R$ 2,2120 na compra e R$ 2,2140 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 30.03.2006)

<topo>

 

Internacional

1 Bolívia quer elevar a 70% tributo sobre o gás

O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Solíz Rada, defendeu aumentar para até 70% a tributação sobre o gás natural produzido em megacampos. A proposta afetaria diretamente a Petrobras e contraria a nova Lei de Hidrocarbonetos aprovada no ano passado, que já aumentou os tributos de 18% para 50% sobre o gás e o petróleo. O aumento da tributação sobre os megacampos diminuiria, em contrapartida, o imposto cobrado em campos de produção menores, que não poderiam pagar os 50% previstos na Lei de Hidrocarbonetos, cuja regulamentação - que vem sendo chamada de "nacionalização" pelo governo Evo Morales - deve sair nas próximas duas semanas. Entre os megacampos que estariam sujeitos a uma tributação maior, segundo o Ministério de Hidrocarbonetos, estão os de San Alberto e San Antonio, localizados no Departamento de Tarija, são responsáveis por toda a produção de gás da Petrobras Bolívia. A proposta inclui a realização de minuciosas auditorias nas empresas estrangeiras para avaliar se podem ou não pagar de 60% a 70% de tributação. Solíz fez duras críticas contra a Petrobras na sexta, encerrando um período de troca de elogios públicos. Ele previu uma negociação "muito complicada" com o Brasil. (Jornal do Commercio - 30.03.2006)

<topo>

2 Enel procura alternativas a Suez

A companhia italiana Enel pode partir para novos acordos por outros ativos em vez de lançar oferta multibilionária pela francesa Suez e procurar outros mercados para impulsionar seu crescimento internacional, dizem analistas. "Vejo grandes dificuldades para a Enel seguir adiante com a operação da Suez", disse o analista da Actinvest, Matteo Cariglia, sugerindo como muitos outros analistas que a empresa não deve continuar com a oferta. Analistas disseram que qualquer oferta hostil pode custar muito à Enel e alertam que oferta acima de € 40 por ação seria prejudicial para os acionistas, que inclui o Tesouro italiano. "Se a Enel decidir não fazer oferta, o mercado vai entender, mesmo que estrategicamente a oferta pela Suez seja um movimento muito importante para a Enel. Mas não fazer oferta seria melhor do que pagar demais", afirmou um analista. Fontes próximas da situação disseram que a Enel, Suez e Gaz de France mantiveram contato nos últimos dias para formular acordo de compromisso sobre a venda de algumas ativos de energia para a empresa italiana, que evitaria uma aquisição por preço elevado. (Gazeta Mercantil - 30.03.2006)

<topo>

3 CS aprova advertência ao Irã

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, uma advertência ao Irã para que suspenda o enriquecimento de urânio em suas instalações. O comunicado não tem caráter de cumprimento obrigatório - por não se tratar de uma resolução - e também não faz ameaças ao Irã. A Rússia, tradicional aliada do regime de Teerã, só aprovou o texto depois de terem sido retirados trechos que se referiam ao Conselho de Segurança como órgão "responsável pela paz e segurança internacional". Contrários a um documento com ameaças ao Irã, a Rússia e a China temiam que o comunicado pudesse ser usado como base para ações duras, como sanções econômicas ou diplomáticas, às quais se opõem. Ficou explícito no comunicado que, dentro de 30 dias, o diretor da AIEA e Nobel da Paz, Mohammed el-Baradei, deve encaminhar ao Conselho de Segurança um relatório sobre as ações adotadas pelo Irã para atender ao comunicado. (Zero Hora - 30.03.2006)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás