l IFE: nº 1.776 - 28
de março de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel define quotas de custeio do Proinfa para transmissoras A Aneel
fixou os valores das quotas de custeio referentes ao Proinfa para o mês
de maio. O montante total relativo às transmissoras chega a R$ 3.297.322,49.
As quotas deverão ser recolhidas e repassadas à Eletrobrás até o dia 10
de abril para crédito da conta Proinfa. A medida é destinada a transmissoras
e distribuidoras que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor conectatos
à rede básica. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) 2 Aneel: aquisições e fusões não significam perda de competitividade no SE A Aneel
vê o processo de aquisições e fusões no setor elétrico como movimento
natural. A agência acredita que o processo que está se iniciando no país
não significa perda de competitividade do setor. Para Romeu Rufino, superintendente
de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, essa movimentação seria
preocupante se houvesse entrega de concessões. Rufino explicou que o setor
elétrico passa por profunda reestruturação, em função da lei que obriga
as concessionárias a se desverticalizarem. O superintendente acredita
que a desverticalização deve ter o maior movimento, já que muitas concessionárias
estão preferindo vender suas participações fora do seu core business.
(Agência Canal Energia - 27.03.2006) 3 Programa Luz para Todos já investiu 140 mi no PA O governo
federal repassou, até agora, R$ 140 milhões para obras do Programa Luz
para Todos em andamento no Pará. Até segunda-feira (27/03), mais de 167,3
mil pessoas foram atendidas no Estado. Os contratos do programa em andamento
no Pará, firmado entre a Eletrobrás e a Rede Celpa e entre a Celpa e o
governo do Estado, prevê investimentos de R$ 444,2 milhões. O programa,
que na região Norte é coordenado pela Eletronorte, conta no Estado do
Pará com um comitê gestor que é responsável por receber as demandas, definir
prioridades, acompanhar o cumprimento de metas e garantir a implementação
do programa. (Elétrica - 28.03.2006) 4
Curtas
Empresas 1 Ágora Senior eleva preço-alvo das ações da Eletrobrás A corretora
Ágora Senior elevou o preço-alvo para dezembro de 2006 dos papéis preferenciais
classe B da empresa de R$ 48,00 por mil ações para R$ 61,03 por mil ações,
o que sugere um potencial de valorização de cerca de 23%, tendo reiterado
a recomendação de 'manter', acreditando que eventos de curto prazo podem
dar sustentação a movimentos isolados de alta dos papéis.Já para as ações
ordinárias da companhia, cujo preço-alvo foi fixado também em R$ 61,03
e o potencial de valorização em aproximadamente 17%, a recomendação é
de compra. De acordo com os analistas da Ágora Senior, notícias em torno
da política de distribuição de dividendos da Eletrobrás serão o grande
catalisador de seus papéis em bolsa. (Elétrica - 28.03.2006) 2 Eletronorte encerra 2005 com prejuízo líquido de R$ 323 mi A Eletronorte fechou 2005 com prejuízo líquido de R$ 323,691 milhões, contra os R$ 1,055 bilhão, também negativos, registrados no ano anterior. Segundo a estatal, o resultado foi influenciado pela receita operacional, que aumentou 16,17%, passando para R$ 3,433 bilhões no ano passado. Em 2004, a receita havia ficado em R$ 2,955 bilhões. Outro fator que também contribuiu para o desempenho foi a queda nas despesas financeiras. Essas despesas caíram 53,73%, passando de R$ 750 milhões para R$ 347 milhões no ano passado. De acordo com a assessoria de imprensa da Eletronorte, essa variação se deu em função da valorização do real frente ao dólar no ano passado. No ano passado, as provisões alcançaram R$ 58 milhões, contra um montante de R$ 438 milhões em 2004. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) 3 Eletrosul investirá R$ 340 mi em redes de transmissão A Eletrosul
prevê a aplicação de R$ 340 milhões na ampliação e melhoria da rede de
transmissão, dos quais R$ 145 milhões deverão ser gastos ainda em 2006.
A estimativa é do diretor técnico da empresa, Ronaldo Custódio. Entre
os investimentos, o executivo destaca a ampliação da subestação Caxias
5, em parceria com a RGE (RS), e da subestação Caxias. Juntas, as obras
exigiram investimento total de R$ 75 milhões. Ainda segundo ele, até o
final do ano deve ser concluída a obra de construção da linha de transmissão
Florianópolis Ilha/ Biguaçu. Outras quatro novas subestações, além de
ampliações de subestações já existentes, devem ser concluídas neste ano.
De acordo com a Eletrosul as melhorias na subestação de Caxias 5 aumentará
sua potência em 215 MWA, totqalizando um investimento de R$ 40 milhões.
Já na subestação Caxias foram investidos R$ 35 milhões para instalação
de três transformadores. Com o investimento, a subestação passará a operar
com 10 transformadores que gerarão, juntos, 672 MVA de potência para atender
uma população de aproximadamente um milhão de habitantes. (Agência Canal
Energia - 27.03.2006) 4
Fórum Permanente do Consumidor vai ao MPF contra reajuste tarifária da
Enersul 5 Eletropaulo pode fazer acordo com prefeitura A Prefeitura
de São Bernardo, que está cobrando a Eletropaulo pelo uso do solo, pretende
propor um acordo com a empresa. Pelos cálculos da administração, a concessionária
de energia deve R$ 3.230.539,32 de taxa pelo uso de postes na cidade desde
2003, só que a prefeitura é devedora de R$ 9,5 milhões, por uso de energia
e serviços. "Se eles decidirem entrar em negociação, com certeza fareia
esta proposta", disse nesta segunda o secretário de Finanças, Marcos Cintra.
Segundo o secretário, mesmo sabendo ser difícil um entendimento, o acordo
seria uma saída viável para sanar as dívidas de ambas as partes. A empresa
informou que ainda não foi notificada sobre o pagamento da taxa, mas adiantou
que irá recorrer à Justiça, alegando inconstitucionalidade da cobrança,
conforme orientação da Aneel. (Diário do Grande ABC - 28.03.2006) 6 CPFL Energia pagará R$ 390 mi em dividendos A CPFL Energia
divulgou que vai ratificar a declaração de dividendo e dos juros sobre
o capital próprio na próxima Assembléia Geral Ordinária. Segundo a empresa,
o valor do dividendo, referente ao segundo semestre de 2005, chega a R$
389.194.478,52. O montante corresponde a R$ 0,811232973 por ação ordinária.
(Agência Canal Energia - 27.03.2006) 7 Cemig GT realiza leilão de energia de curto prazo A Cemig
GT realiza na próxima sexta-feira, 31 de março, leilão de energia de curto
prazo, no período de 1º a 31 de março deste ano, para entrega no submercado
Sudeste/Centro-Oeste. A empresa disponibiliza para o período 14,88 mil
MWh, sendo 5,3 mil MWh na carga leve, 7,96 mil MWh na carga média e 1,62
mil MWh na carga pesada. O preço mínimo de venda da energia será o PLD
do mês para o submercado mais acréscimo de 15% no máximo. (Agência Canal
Energia - 27.03.2006) 8 União Energia realiza leilão de compra de curto prazo A União Energia realiza leilão de compra de energia de curto prazo. Serão disputados dois produtos a partir de 1º de abril até 31 de agosto, o primeiro, e de 1º de setembro a 31 de dezembro deste ano, o segundo. A comercializadora estabeleceu R$ 40 por MWh como preço mínimo e R$ 60 por MWh como preço máximo. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) 9 Reserva de ações da Equatorial termina amanhã A Equatorial, holding que controla a Cemar, pretende vender, pelo menos, 32,4 milhões de units (recibos representativos de uma ação ordinária e duas preferenciais), sendo 12,8 milhões em papéis novos e 19,6 milhões já existentes. A polêmica operação pode superar os R$ 500 milhões, levando-se em conta o intervalo de preços sugerido pelos coordenadores, o Credit Suisse e Pactual, sem considerar eventual oferta de lote extra. Depois de a Cemar passar por uma intervenção administrativa de quase dois anos da Aneel, a avaliação de analistas é de que operacionalmente a empresa se saiu bem desse processo. Mas o que causa certa estranheza é a oferta em bolsa contemplar uma parcela do capital semelhante à adquirida recentemente pelo Banco Pactual no Brasil Energia I - o fundo de "private equity" administrado pela GP Investimentos desde que assumiu o controle da Equatorial em 2004, depois de ter comandado as negociações com os credores da Cemar. No início do mês, a Aneel aprovou a venda de 46,25% do capital da Equatorial para o Fundo Pactual por R$ 87,5 milhões, a R$ 1,33 por ação. Pelo prospecto do lançamento, considerando-se o preço médio de R$ 13,75 para as units, a oferta pode representar um aumento imediato de R$ 0,20 por ação no valor patrimonial contábil para os atuais acionistas e uma diluição simultânea de R$ 1,05 por ação para os novos investidores, o equivalente a 22,9%. Após a operação, 49,4% do capital da Equatorial estará pulverizado no mercado. (Valor Econômico - 28.03.2006) No pregão
do dia 27-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.641,06 pontos, representando
uma alta de 0,17% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,31
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,84%, fechando a 12.655,82 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,50 ON e R$ 48,10 PNB, baixa de
4,81% e 3,12%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 28-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 48,50 as ações ON, baixa de 2,02% em relação ao dia anterior e R$
47,50 as ações PNB, baixa de 1,25% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 28.03.2006) A Eletrobrás vai assinar um convênio com a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) para dar continuidade ao Projeto de Otimização de Sistemas Motrizes no setor industrial do estado. Com investimentos de R$ 500 mil da Eletrobrás e R$ 160 mil da Fiec, o projeto tem como objetivo a implementação de ações de eficiência energética e sua divulgação por meio de seminários e workshops. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) O diretor-presidente da CEEE, Antonio Carlos Brites Jacques, realiza nesta terça-feira (28/03), prestação de contas de sua gestão à frente da empresa, iniciada em 2003. Serão analisados os principais resultados econômico-financeiros da CEEE em 2005. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) A CPFL Paulista vai investir R$ 19,132 milhões no programa de eficiência energética do ciclo 2004/2005. O valor superou o do ciclo anterior que contou com R$ 18,7 milhões. A meta de economia para o período é de 26.462 MWh/ano e de 5.723 KW de demanda na ponta. O prazo de conclusão está previsto para janeiro de 2007. (Agência Canal Energia - 28.03.2006) A subestação da Celesc em Indaial, inaugurada domingo (26/03), vai ampliar em 30% o fornecimento de energia elétrica na região, possibilitando a instalação de novas indústrias e a ampliação das já existentes em Blumenau, Indaial, Rodeio, Ascurra e Apiúna. A Celesc investiu R$ 10 milhões na obra. (Elétrica - 28.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84% Os reservatórios
registraram 84% de volume armazenado na Sudeste/Centro-Oeste, com alta
de 0,5% em relação ao dia 25 de março. Índice ficou 25,3% acima da curva
de aversão ao risco. A usina de Corumbá I registrou índice de 95,7% e
Furnas de 95,6% de capaciade armazenada. (Agência Canal Energia - 27.03.2006)
2 NE apresenta 86,1% de capacidade armazenada O Nordeste apresentou volume armazenado de 86,1%, com alta de 0,6 em comparação ao sábado, dia 25 de março. Índice ficou 37,2% acima da curva de aversão ao risco. Sobradinho registrou 86,7% de capacidade. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 52,2% A região
Sul acumulou 52,2% de capacidade armazenada, com alta de 0,4% em relação
ao dia 25 de março. Machadinho operou com 64,3% de volume armazenado.
(Agência Canal Energia - 27.03.2006) 4 Norte tem 93,6% da capacidade de armazenamento A região
Norte registrou 93,6% de capacidade armazenada, subindo 0,1% em relação
ao dia anterior, 25 de março. A usina de Tucuruí operou com 98,2% de volume
acumulado. (Agência Canal Energia - 27.03.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Ampliação do Gasbol atrai cinco empresas Cinco empresas manifestaram interesse em participar do processo de ampliação do Gasbol, com pedidos para trazer, em conjunto, 36 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O volume mais do que dobra a capacidade atual da tubulação. Na opinião do presidente da TBG, José Zonis, isso não deve ser concretizado. "Há empresas disputando os mesmos mercados", afirma o executivo. Segundo ele, a TBG e a ANP começam a agora a avaliar as propostas e, em um prazo mínimo de 45 dias, divulgam o volume final da expansão e as regras do processo. A Petrobras foi a autora da maior proposta, de 15 milhões de metros cúbicos por dia, seguida da espanhola Repsol (6,6 milhões) e da britânica da BG (6,1 milhões). A francesa Total pediu 5,65 milhões de metros cúbicos por dia e a Pan American, controlada pela britânica BP, outros 2,7 milhões de metros cúbicos. Segundo as propostas feitas à TBG, o Estado do Rio receberia cerca de 15 milhões de metros cúbicos por dia. As empresas que querem abastecer o mercado fluminense, porém, terão ainda que conseguir livre acesso ao Gasoduto Campinas-Rio. O diretor-presidente da TBG não quis comentar os problemas regulatórios na Bolívia e no Brasil, que poderiam impedir a expansão do Gasbol. Segundo ele, essas questões dizem respeito às empresas interessadas. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 2 Petrobras terá que rever metas de gás A Petrobras
admitiu que terá de rever sua meta de consumo de gás natural no País nos
próximos anos por conta de um crescimento na demanda maior do que o esperado.
A gerente geral de Desenvolvimento de Mercado da estatal, Luciana Rachid,
disse que o consumo deste combustível "está crescendo mais do que a Petrobras
havia previsto, e isso necessitará de ajustes". A executiva, entretanto,
não esclareceu qual seria o volume excedente entre o que se esperava e
o que vem sendo consumido de fato. Até então, todos os executivos da empresa
sempre negaram que as metas estivessem defasadas. Segundo o planejamento
estratégico da Petrobras para o período até 2010, a previsão é de que
o consumo cresça em média 10% ao ano, ante uma média de 20% em anos anteriores,
incluindo 2005. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 3 Mexilhão afastaria risco de falta de gás A meta de
consumo de gás natural no País na casa dos 10% ao ano é o principal argumento
da empresa para rebater previsões de especialistas que apontam falta do
combustível já para 2008. A estatal vem sustentando a tese de que a entrada
em produção do campo de Mexilhão, em 2008, afastaria este risco. O detalhe
que contradiz o argumento é o prazo de 45 meses estabelecido em edital
para a construção da plataforma fixa que será instalada no campo. A plataforma
ainda está sendo licitada e só deve ter seu contrato assinado no segundo
semestre. Outra falha no cronograma da Petrobras em relação ao atendimento
à demanda nacional é o Gasene, previsto para entrar em operação em 2008,
para transportar o gás de Mexilhão para o Nordeste, o que atenderia às
térmicas naquela região. O maior trecho do Gasene, de 900 quilômetros,
num total de 1.400, ainda não tem licença ambiental e sequer teve seu
processo licitatório concluído. Outro ponto considerado crítico por analistas
de mercado na pressão de demanda é a construção de novas usinas termelétricas,
que usam o gás como combustível. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 4 Coari-Manaus é atrasado por alto preço das construtoras Milhões
de reais são perdidos pela Petrobras em função do não aproveitamento do
gás natural que é retirado diariamente - misturado ao petróleo - de 60
poços localizados no meio da floresta. O prejuízo deve-se ao atraso na
construção do gasoduto Coari-Manaus, que possibilitará o escoamento do
combustível até os estados da região Norte do País. Com todas as licenças
ambientais liberadas, o projeto só não saiu do papel ainda devido aos
preços exorbitantes cobrados pelas construtoras interessadas na obra,
de acordo com o gerente da Transpetro, Giovanni Paiva. "Já realizamos
três licitações e, em todas elas, os preços cobrados ficaram acima de
40% do valor esperado e, por isso, elas foram canceladas", afirma Paiva.
Assim, de acordo com o gerente da Transpetro, o imbróglio fez a estatal
adiar mais uma vez a entrada em operação do gasoduto de 380 quilômetros
de extensão. "Agora, com os atrasos nas licitações, a expectativa é de
que o gasoduto fique pronto somente em julho de 2007", diz Paiva. Anteriormente,
a Transpetro acreditava que o término das obras pudesse ocorrer em dezembro
deste ano. Com o funcionamento do gasoduto Coari-Manaus, a Petrobras pretende,
inicialmente, transportar 5,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
(Gazeta Mercantil - 28.03.2006) A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) registrou lucro líquido de R$ 319 milhões em 2005, valor 31% acima do obtido no ano anterior. A empresa comercializou 4,3 bilhões de metros cúbicos no ano passado, 13% superior ao volume registrado em 2004. O fato de 2005 ter sido o primeiro ano de "tarifa cheia", após a revisão tarifária ocorrida em julho de 2004, contribuiu para a melhora dos resultados no ano passado. "Em vez de apenas seis meses, tivemos o ano inteiro com novas tarifas", afirma o diretor da Comgás, Roberto Lage. Outro motivo foi a redução nos custos ocasionada pela desvalorização do dólar frente ao real, que barateou o preço do gás importado da Bolívia. O diretor da companhia também destacou a redução de 4,5% na despesa financeira líquida, para R$ 103 milhões, "resultado favorecido pelo alongamento das dívidas de curto prazo". No ano passado, a Comgás investiu o valor recorde de R$ 473 milhões, o que significou elevação de quase 70% em relação ao montante desembolsado em 2004, de R$ 280 milhões. Os recursos foram aplicados principalmente na expansão da rede de distribuição, com a ampliação de 594 quilômetros de tubulação. O setor industrial, que concentra 80% dos negócios da Comgás, elevou o seu consumo em 9%. (Gazeta Mercantil - 28.03.2006) 6 Eletronuclear recolhe US$ 14,5 mi para de descomissionamento de usinas A Eletronuclear informou que prevê um recolhimento anual médio de US$ 14,5 milhões para constituir o fundo de descomissionamento das usinas de Angra 1 e Angra 2, cujo custo está estimado em R$ 1,024 bilhão. Com o objetivo de obter a quantia necessária para que, depois de atingido o tempo de vida útil, as usinas sejam desativadas, o fundo será composto de recolhimentos mensais ao longo dos últimos 30 anos de operação das usinas. "Para Angra 1, o fundo estará totalmente constituído em 2025 e, para Angra 2, o mesmo começará a ser formado já em 2011", destaca Eletronuclear. O valor recolhido mensalmente representa, segundo o comunicado, 2,6% do faturamento anual médio da empresa, calculado em US$ 550 milhões. Para o presidente da Aben, Edson Kuramoto, "a vida útil de Angra 1 vai até 2025 e pode ser estendida por mais 20 anos se a Eletronuclear optar pela troca dos operadores", explicou, acrescentando que em relação à Angra 3 esse custo já está embutido na tarifa de R$ 144/MWh. Na opinião de Kuramoto, é importante destacar que o custo médio de descomissionamento de R$ 1 bilhão para Angra 1 e 2 não encarece o custo da energia nuclear. (Agência Canal Energia - 27.03.2006)
Grandes Consumidores 1 Alta no preço do minério de ferro deve ser menor A BHP Billiton,
a Rio Tinto e a Vale do Rio Doce poderão ser obrigadas pela China a restringir
seus aumentos de preços. As empresas devem obter aumento de cerca de 10%
para os preços do minério de ferro neste ano, percentual inferior aos
20% inicialmente previstos, disseram analistas. O governo da China disse
há duas semanas que suas siderúrgicas não vão aceitar aumentos de preços
e combaterão exigências "inaceitáveis" a fim de proteger seu setor de
siderurgia, que produz 33% do aço do mundo. As pressões exercidas pela
China estão adiando um acordo em torno dos preços do minério de ferro.
(Folha de São Paulo - 28.03.2006) 2 Braskem quer comprar fabricante de polietilenos A Braskem
está prestes a concretizar um negócio que contribuirá para consolidar
o setor petroquímico nacional. A empresa mantém negociações com a Suzano
Petroquímica para comprar a Politeno, a fabricante de polietilenos do
Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. Para ser concluído, o negócio
depende apenas da definição dos valores e da forma de pagamento pelo ativo.
Produtora de polietileno, a Politeno tem uma capacidade instalada para
produzir 360 mil toneladas anuais de resinas. Com o negócio, a petroquímica
do grupo Odebrecht passará de 35% para 70% do capital votante, incorporando
a parte da Suzano que detém 35%. A definição do negócio com a Suzano só
sairá depois da próxima sexta-feira. (Jornal do Brasil - 28.03.2006) 3 Vale suspende produção de pelotas em São Luís A Cia. Vale
do Rio Doce paralisou a produção de pelotas na unidade de pelotização
em São Luís, passando a fornecer apenas minério de ferro fino. De acordo
com o comunicado divulgado ontem pela empresa, a medida tem como objetivo
"antecipar a necessária manutenção da usina e permite a realocação de
finos que seriam destinados à produção de pelotas de São Luís para a realização
direta de embarques para seus clientes em outras regiões do mundo, atendendo
ao forte crescimento da demanda por esse produto". Ainda de acordo com
a Vale, o nível de estoques de pelotas da Vale e o aumento de produção
do material no Sistema Sul vão garantir o suprimento desse produto até
a retomada da unidade de São Luís, que ainda não foi definido. (Valor
Econômico - 28.03.2006) 4 CSN: lucro de R$ 2,005 bi em 2005 A CSN registrou
lucro líquido recorde de R$ 2,005 bilhões em 2005. O resultado foi 1,1%
superior ao do ano anterior, quando a siderúrgica teve lucro de R$ 1,962
bilhão. A receita líquida da companhia foi de R$ 10 ,038bilhões, ante
R$ 9,8 bilhões em 2004. A geração de caixa medida pelo critério Ebitda
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) chegou a
R$ 4,594 bilhões, ligeira queda de 4% em relação a 2004. Em seu balanço,
a companhia deixa clara a intenção de crescer na atividade mineradora,
tornando-se "um player mundial competitivo em qualidade e preço". De acordo
com o documento, a CSN afirma ter como meta triplicar seu tamanho nos
próximos quatro anos. A estratégia de crescimento tem como carro-chefe
a consolidação da área de mineração da CSN, com ampliação da mina de Casa
de Pedra, que inicia as exportações de minério de ferro no segundo semestre
desse ano. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 5 CSN: produção de aço bruto cai 4,2% em 2005 A produção
de aço bruto da CSN caiu 4,2% em 2005, somando 5,281 milhões de toneladas.
A CSN comercializou 4,864 milhões de toneladas no acumulado do ano, volume
2,6% superior ao de 2004. A participação do mercado interno nas vendas
da companhia caiu de 70% para 59%, refletindo a redução do consumo de
aço no País em 2005, efeito da retração da economia e elevado nível de
estoques dos clientes do setor no início de 2005, em função da perspectiva
de aumentos nos preços do aço. De acordo com a CSN, o crescimento de 2,4%
na receita líquida pode ser explicado pelo aumento no volume vendido no
ano, que compensou a queda dos preços médios praticados ao longo de 2005.
A margem Ebitda da companhia foi de 45,8%. Em 2005, a CSN distribuiu R$
2,3 bilhões em dividendos, referentes a 2004. A proposta de distribuição
dos dividendos referentes ao exercício passado é de R$ 1,3 bilhão, dos
quais R$ 937 milhões já foram pagos sob a forma de adiantamento de dividendos,
em fevereiro. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 6 Votorantim Participações tomará empréstimo de US$ 1,5 bi A Votorantim
Participações SA pretende tomar empréstimo de até US$ 1,5 bilhão junto
aos bancos após a empresa ter recebido classificação de crédito de recomendável
para investimento, no ano passado, disse o diretor financeiro da empresa,
Luis Felipe Schiriak. A Votorantim, está tentando obter empréstimos com
prazo de quitação de cinco anos a uma taxa de juros inferior em 1,2% à
taxa paga pela empresa atualmente. Com esses recursos a empresa pretende
amortizar a dívida que vencerá dentro de um prazo médio de dois anos e
meio, disse Schiriak. (Jornal do Commercio - 28.03.2006) 7 Votorantim investe na expansão da CBA A Companhia
Brasileira de Alumínio (CBA) vai iniciar abril com uma novidade que vai
ampliar sua competitividade e produtividade em relação aos concorrentes
locais e internacionais: dois gigantescos laminadores com capacidade de
processar até 120 mil toneladas de alumínio anualmente. E, agora, o presidente
da CBA, Antonio Ermírio de Moraes, admitiu que o sistema integrado da
fábrica permite que se exporte, sem maiores problemas, mesmo com o dólar
baixo. "Ganhamos em competitividade e produtividade e no aumento do valor
agregado dos nossos produtos. Hoje a produção de alumínio chega a utilizar
60% de energia própria", afirmou. Segundo ele, a CBA vai adquirir mais
um laminador, desta vez para processar mais 50 mil toneladas anuais. "Temos
investimentos em energia, com as hidrelétricas de Braço Grande já funcionando,
e em Campos Novos também, elas vão dar mais de 700 milhões de kWh/ano.
Praticamente faremos as 470 mil ton/ano com 60% de energia própria. Temos
mais planos para a energia, com o término das obras de Campos Novos e
Braço Grande.", disse. (O Estado de São Paulo - 28.03.2006) 8 Basell inaugura fábrica de polipropileno A Basell,
produtora de compostos de polipropileno, com sede na Holanda, inaugura
amanhã fábrica na cidade de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Com investimentos
de US$ 20 milhões, essa será a primeira unidade no País após a venda,
em agosto de 2005, dos 50% da Polibrasil para a Suzano Petroquímica. A
capacidade total de produção da nova unidade é de 80 mil toneladas anuais,
mas inicialmente a fábrica produzirá 35 mil toneladas de compostos de
polipropileno. "A meta é chegar ao final de 2006 com 50 mil toneladas",
diz o diretor-superintendente da Basell. Segundo ele, as ampliações de
produção podem acontecer já a partir de 2007. "Mas tudo depende do desempenho
futuro do mercado automobilístico brasileiro", afirma o executivo.A fábrica
atenderá as principais montadoras brasileiras, o que explica a escolha
do município para sediar o empreendimento. (Jornal do Commercio - 28.03.2006)
Economia Brasileira 1 Mantega: crescimento pode chegar a 4,5% em 2006 O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, manterá os fundamentos da política econômica calcados no tripé taxa de câmbio flutuante, regime de metas para a inflação e superávit primário de 4,25% do PIB; respeitará a autonomia do Banco Central na administração da Selic e considera que sua missão, agora, é uma só: ajudar a promover o crescimento econômico, que neste ano, segundo ele, poderá ser este ano de 4% a 4,5% , embora as expectativas sejam de 3,5% de crescimento. Perguntado se os juros básicos, agora, tomariam uma trajetória mais rápida de queda, ele respondeu que estava assumindo o ministério da Fazenda e não a presidência do Banco Central, e lembrou que taxa Selic é da competência do Copom, numa manifestação de que respeitará a autonomia do BC nessa questão. Com a saída de Mantega do BNDES, o vice-presidente, Demian Fiocca, assumirá a presidência do banco. (Valor Econômico - 28.03.2006) 2 Mantega: juros têm que ser "civilizados" Preservado o combate à inflação, não há razão que impeça uma queda mais expressiva na taxa Selic, que tem de ser mais "civilizada", disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O Brasil tem de ter taxas de juros civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo. A inflação estando sob controle, não há nada que impeça a queda das taxas de juros". O ministro disse que "é uma unanimidade no país que os juros poderiam ser mais baixos". "Evidentemente não podemos afrouxar no combate na inflação. Isso é sagrado", afirmou, "Preservado o combate a inflação, que é fundamental, temos que praticar juros mais baixos. O BC já está fazendo isso", concluiu. (Folha de São Paulo - 28.03.2006) 3
Despesa cresce e superávit cai para 2,33% do PIB no bimestre 4 IPC da Fipe tem alta de 0,24% Os preços
no município de São Paulo tiveram alta de 0,24% na terceira quadrissemana
deste mês, ligeira desaceleração em relação à quadrissemana anterior.
Na segunda quadrissemana de março, o IPC da Fipe havia apresentado alta
de 0,26%. A terceira quadrissemana de fevereiro, por sua vez, havia mostrado
deflação de -0,08%. Nos últimos 30 dias, a maior alta foi a registrada
no grupo Transportes, de 1,10%. A maior baixa, por sua vez, foi a do grupo
Vestuário, que teve deflação de 0,44%. Os demais grupos apontaram as seguintes
variações: Habitação (0,03%); Alimentação (-0,04%); Despesas Pessoais
(0,29%); Saúde (0,71%); e Educação (0,02%). (Folha de São Paulo - 28.03.2006)
O dólar
comercial voltou a operar na máxima do dia, com alta de 2,90% sobre o
fechamento de segunda-feira, a R$ 2,232 na compra e R$ 2,234 na venda.Ontem,
o dólar comercial terminou com alta de 0,78%, a R$ 2,1690 na compra e
R$ 2,1710 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 28.03.2006)
Internacional 1 Bolívia: nacionalização não afetará estrangeiros O vice-presidente
da Bolívia, Alvaro García Linera, anunciou que até o final de abril serão
anunciadas as medidas de nacionalização dos hidrocarbonetos. Linera assegurou
ainda que o plano do governo de Evo Morales é implantar essa nacionalização
sem afetar a propriedade das companhias - a idéia é fortalecer a estatal
YPFB. "São processos de subordinação do investimento externo a um plano
energético estatal, soberano e liderado pelo Estado boliviano", explicou.
De acordo com o vice-presidente, alguns objetivos da nacionalização são
recuperar o controle dos hidrocarbonetos na boca do poço, controlar os
processos de distribuição e comercialização, aumentar a porcentagem de
participação estatal nas petroleiras, industrializar o gás natural e distribuir
esse gás à população boliviana.. Também se pretende sancionar as empresas
que não cumprirem as regras estabelecidas pelo governo e garantir a segurança
jurídica dos investimentos estrangeiros. (O Estado de São Paulo - 28.03.2006)
2 Empresas do setor de utilities reavaliam estratégias de participação em ativos no setor elétrico As empresas
do setor de utilities do mundo inteiro estão reavaliando suas estratégias
de participação em ativos no setor elétrico. Segundo relatório da PricewaterhouseCoopers,
o risco regulatório e a volatilidade de preços, aliados à mudança de estratégias,
estão fazendo com que essas empresas reavaliem os investimentos em outros
países. Olhando para o Brasil, essa mudança de estratégia tem impactado
diretamente no setor elétrico, já que grande parte das concessionárias
são controladas por empresas estrangeiras. Um desses exemplos é a EDF,
controladora da distribuidora carioca Light. (Agência Canal Energia -
27.03.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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