l IFE: nº 1.775 - 27
de março de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 RS pode perder parque eólico O Rio Grande
do Sul corre o risco de perder o investimento de R$ 320 milhões na Central
Eólica de Tramandaí. O projeto que prevê a geração de 70 MW foi aprovado
na primeira chamada pública do Proinfa e tem contrato de 20 anos com a
Eletrobrás desde julho de 2004 que ainda não saiu do papel. O motivo é
uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, que alega
irregularidades no processo de licenciamento ambiental. É que no processo
de licenciamento, a Fepam impôs uma mudança na localização do projeto,
sugerindo três áreas. Os empreendedores, a alemã Innovent e a gaúcha Elebrás,
escolheram a mais próxima de uma das torres de medição. Foram parcos 70
metros de mudança, mas o suficiente para avançar o limite de Cidreira
(primeira sede) para Tramandaí. Um mês depois, a Fepam concedeu a Licença
de Implantação. O problema é que, a Aneel, comunicada da mudança, demorou
a publicar uma nova autorização. Resultado: uma empresa concorrente não
aprovada no Proinfa denunciou à Eletrobrás irregularidades no processo.
(Eletrosul - 26.03.2006) 2 Seminário Internacional na Câmara discute energia renovável A utilização
de energia renovável será tema de seminário internacional promovido pelo
Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica e pela Frente Parlamentar
em Defesa da Energia de Fontes Renováveis. O evento, marcado para o dia
11 de abril, discutirá o desenvolvimento de projetos sobre energias eólica,
solar e de biomassa. (Elétrica - 24.03.2006)
Empresas 1 Eletrobrás precisa de R$ 20 bi só para o Madeira O Grupo Eletrobrás
está à frente dos maiores projetos de geração de energia elétrica que
deverão suprir a necessidade do País até 2015. A estatal comanda os estudos
de viabilidade de pelo menos quatro usinas previstas no Plano Decenal
de Energia, divulgado no início do mês pelo governo. São as hidrelétricas
Jirau (3.900 MW) e Santo Antônio (3.580 MW), no Rio Madeira, Belo Monte
(5.500 MW), no Rio Xingu, e a usina nuclear de Angra 3 (1.309 MW). Só
o complexo do Rio Madeira exigirá cerca de R$ 20 bilhões na construção.
O grupo não esconde que já se tem movimentado para fazer parcerias com
a iniciativa privada. A intenção, no entanto, é sempre entrar com participação
minoritária nos projetos, afirmou o presidente da empresa, Aloísio Vasconcelos.
De qualquer forma, se a empresa sair vencedora dos leilões, o que não
é muito difícil, sua participação no mercado brasileiro dará um salto
surpreendente. Hoje as empresas controladas pela holding (Furnas, Eletronorte,
Eletrosul, CGTEE, Itaipu, Chesf e Eletronorte) já detém cerca de 50% da
capacidade instalada do País, sem contar projetos em construção, usinas
arrematadas nos últimos leilões e as compras feitas pela estatal nos últimos
meses. (O Estado de São Paulo - 26.03.2006) 2 Recorde na distribuição de dividendos no SE Na tentativa de recuperar vários anos de perdas, principalmente durante o apagão, empresas do setor elétrico, ao fim da safra de balanços do ano passado, estão propondo pagar dividendos recordes aos seus acionistas. As propostas abrangem remunerações com valores que alcançam 95% do lucro líquido apurado no ano, segundo análise dos balanços de 18 companhias realizado pela consultoria Economática. Essas companhias lucraram juntas, no ano passado, R$ 7,3 bilhões. O montante de dividendos que estão propondo pagar relativos ao exercício de 2005 alcançam R$ 6,9 bilhões. Com isso, o setor elétrico é disparado o campeão em pagamento de dividendos aos acionistas, comparado a outros, segundo o levantamento feito pela Economática. Para o BES Securities, depois de um período de vários percalços, com o racionamento de energia e alta do dólar no passado recente, finalmente o setor elétrico voltou à lucratividade. (Valor Econômico - 27.03.2006) 3 CPFL Energia propõe pagar R$ 918 mi A holding CPFL
Energia lucrou R$ 1,02 bilhão em 2005 e propõe pagar R$ 918 milhões -
valor que corresponde a 95% dos ganhos. O presidente do grupo, Wilson
Ferreira Jr, diz que isso não significa nenhuma redução nos investimentos
das empresas do grupo. "A CPFL investe em média R$ 800 milhões por ano".
O executivo explica que houve uma boa performance de geração de caixa
da empresa, e houve uma captação de recursos com a abertura do capital
da holding no fim de 2004. Além da construção de usinas já adquiridas
no passado, a CPFL não investiu nos últimos dois anos na aquisição de
novos ativos. Há, portanto, uma folga para essa distribuição de dividendos,
afirma. A CPFL é candidata à aquisição da Companhia de Transmissão de
Energia Elétrica Paulista (Cteep), que está em processo de privatização.
Segundo ele, isso não comprometerá a distribuição dos dividendos programada,
porque a CPFL já pediu autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
para captar até R$ 6 bilhões e fazer frente a novas aquisições. No Caso
da CPFL, há ainda outro fator positivo: a empresa trocou recentemente
os indexadores de grande parte de sua dívida, passando a adotar o IGP-M,
que teve baixa variação no ano passado. (Valor Econômico - 27.03.2006)
4 Elektro propõe a distribuição de R$ 609 mi 5 Cemig: proposta de pagar R$ 2,07 bi No caso da Cemig,
que divulgou proposta de pagar R$ 2,07 bilhões ante um lucro líquido de
R$ 2 bilhões no ano passado, há uma negociação excepcional envolvendo
o acionista principal companhia, o governo do Estado de Minas e os outros
sócios. Esse acordo envolve uma dívida de R$ 3,1 bilhões que Estado tem
para com a Cemig . O débito é referente à Conta de Resultados a Compensar
(CRC ), mecanismo utilizado no passado para controlar as tarifas. Assim,
apesar do alto valor dos dividendos, o Estado ficará sem receber remuneração
da Cemig até o ano de 2035, como forma de pagamento dessa dívida. Os recursos
serão retidos pela estatal. Pela proposta, o Estado pagará à Cemig 61
parcelas semestrais, com vencimento em 30 de junho e 31 de dezembro de
cada ano. Houve, porém uma brecha nesse acordo para que o Estado de Minas
Gerais possa receber recursos oriundos dos ganhos da Cemig em 2005: será
constituído um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC,
cujos recursos captados serão distribuídos na forma de dividendos extraordinários.
Para pagamento em 2006, foi definido o montante de R$ 897 milhões, dos
quais os cofres do estado receberão 22%. (Valor Econômico - 27.03.2006)
6 Cemig planeja investir R$ 150 mi para expandir rede A Cemig inaugurou
nesta sexta-feira, 24 de março, a subestação de Lagoa Grande, no Noroeste
de Minas Gerais. O investimento foi de R$ 7 milhões aplicados na unidade,
de 15 MVA, e em 59 quilômetros de redes rurais de média tensão. O empreendimento
faz parte do Projeto Noroeste, que prevê investimento de R$ 150 milhões
para desafogar a atual rede elétrica da região. Para o projeto, o Banco
Interamericano de Desenvolvimento emprestou US$ 10 milhões ao governo
mineiro. Todas as obras estão em andamento e a previsão é concluir 90%
delas até setembro deste ano, com o término do projeto previsto para o
ínicio de 2007. O projeto prevê a construção de três novas subestações,
incluindo a de Lagoa Grande, e a ampliação de mais três unidades; além
da construção de 162 quilômetros de linhas de subtransmissão e média tensão,
em 138 kV, e de 1,3 mil quilômetros de alimentadores em média tensão.
Com forte vocação agrícola, a região do Noroeste mineiro engloba 19 municípios,
com uma população de 380 mil habitantes. (Agência Canal Energia - 24.03.2006)
7 Eletronorte tem prejuízo líquido de R$ 323,6 mi A Eletronorte
fechou 2005 com prejuízo líquido de R$ 323,691 milhões, contra os R$ 1,055
bilhão, também negativos, registrados no ano anterior. Segundo a assessoria
de imprensa da estatal, o resultado foi influenciado pela receita operacional,
que aumentou 16,17%, passando para R$ 3,433 bilhões no ano passado. Em
2004, a receita havia ficado em R$ 2,955 bilhões. Outro fator que também
contribuiu para o desempenho foi a queda nas despesas financeiras. Essas
despesas caíram 53,73%, passando de R$ 750 milhões para R$ 347 milhões
no ano passado. De acordo com a assessoria de imprensa da Eletronorte,
essa variação se deu em função da valorização do real frente ao dólar
no ano passado. A companhia destacou ainda a queda no volume de provisões
feitas em 2005. No ano passado, essas provisões alcançaram R$ 58 milhões,
contra um montante de R$ 438 milhões em 2004. Essa diferença, segundo
a assessoria, refletiu apenas uma atualização dos números. As provisões
envolvem crédito com a CEA (AP) e passivos cíveis e trabalhistas. (Agência
Canal Energia - 27.03.2006) O lucro líquido da Chesf atingiu R$ 746 milhões em 2005. O valor é cerca de 10% menor do que o obtido em 2004, quando a estatal lucrou R$ 836,78 milhões. Os números ainda não são oficiais, pois o balanço ainda não foi publicado. Em 2003, a companhia lucrou R$ 816,6 milhões. A queda nos resultados da Chesf em 2005 inverte a tendência de alta verificada nos últimos anos e deixam mais distante o objetivo de alcançar um lucro de R$ 1 bilhão. A empresa está concluindo os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental de sete novos aproveitamentos hidrelétricos nas bacias dos rios Parnaíba e São Francisco - Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Cachoeira, Estreito, Castelhano, Riacho Seco e Pedra Branca. Eles somam 1.171 MW de potência e investimentos de US$ 1,53 bilhão. Caso os empreendimentos consigam ser incluídos nos próximos leilões de energia nova, a Chesf irá disputá-los em igualdade de condições com outros investidores. Se não sair vencedora, será reembolsada pelos recursos aplicados nos levantamentos. (Eletrosul - 27.03.2006) 9 Geração Paranapanema tem lucro de R$ 113 mi A Duke Energy International Geração Paranapanema registrou lucro líquido de R$ 113,081 milhões no ano passado, conforme balanço divulgado hoje. O montante é 142,6% superior aos R$ 46,61 milhões obtidos em 2004. A receita bruta da empresa caiu para R$ 664,698 milhões em 2005, ante os R$ 680,247 milhões do ano anterior. A receita líquida também teve queda de R$ 641,339 milhões, para R$ 614,98 milhões no período de comparação. O balanço mostra que o resultado bruto da Geração Paranapanema subiu para R$ 340,37 milhões, contra os R$ 326,246 milhões verificados em 2004. O resultado operacional deu salto de 162,4% no ano passado para R$ 159,189 milhões, ante R$ 60,669 milhões registrados um ano antes. A Duke Energy é composta por oito usinas hidrelétricas com capacidade instalada total de geração de 2.237 MW, localizadas ao longo do Rio Paranapanema, nas divisas dos Estados de São Paulo e Paraná. (Investnews - 24.03.2006) 10 Cesp tem prejuízo de R$ 196 mi A Cesp, segunda
maior geradora do país, anunciou nesta sexta-feira prejuízo de R$ 195,76
milhões em 2005, depois do lucro de R$ 34 milhões em 2004 e apesar dos
benefícios obtidos pela valorização do real na dívida da empresa. A empresa
destacou como um dos pontos negativos do ano passado o aumento de 35,1%
no custo do serviço de energia elétrica. A receita líquida também registrou
leve queda, de R$ 1,92 bilhão em 2004 para R$ 1,84 bilhão em 2005. A companhia
fechou o ano com uma dívida financeira de R$ 10,3 bilhões, valor 7,2%
menor do que os R$ 11,1 bilhões registrados ao final de 2004. A redução
foi possível com a ajuda da valorização do real e emissão de Fundo de
Investimentos em Direitos Creditórios, além do acordo com o BNDES. "O
resultado financeiro negativo merece destaque face ao endividamento em
moeda estrangeira, item que representa 45% dos empréstimos e financiamentos
da Cesp, e, que em 2005 foi beneficiado pela valorização do real", explicou
a empresa em um comunicado. O ganho com a queda do dólar frente à moeda
brasileira proporcionou a reversão de R$ 776 milhões em variações cambiais
positivas, em contraposição à apropriação de despesas de encargos sobre
dívidas no total de R$ 688 milhões. (Jornal do Commercio - 26.03.2006)
11 Emae fecha balanço de 2005 com prejuízo de R$ 53 mi A Emae apresentou prejuízo líquido de R$ 53,073 milhões no ano passado, contra lucro líquido de R$ 9,18 milhões de 2004, segundo balanço divulgado pela Bolsa de Valores de São Paulo. O desempenho foi influenciado pelo resultado operacional da companhia. A receita bruta da geradora caiu 22,92%, passando de R$ 256,411 milhões para R$ 197,62 milhões. Já a receita líquida atingiu R$ 184,45 milhões, uma queda de 22,98% em comparação com o ano anterior. O resultado bruto fechou negativo em R$ 14,087 milhões em 2005, ante o resultado positivo de R$ 37,268 milhões de 2004. Por outro lado as despesas financeiras caíram de R$ 4,185 milhões, em 2004, para R$ 3,513 milhões no ano passado. (Agência Canal Energia - 24.03.2006) 12 Enersis investirá US$ 1,396 bi no país entre 2006 e 2010 A Enersis, braço
de investimento da Endesa na América Latina, investirá US$ 1,396 bilhão
no Brasil no qüiqüênio 2006-2010. A área de distribuição ficará com US$
1,314 bilhão concentrados na Ampla (RJ) e Coelce (CE), que atendem 4,4
milhões de consumidores. A geração receberá US$ 80 milhões para manutenção
das usinas da empresa no país. Há ainda US$ 2 milhões reservados para
outros investimentos não declarados. O montante brasileiro faz parte do
montante de US$ 3,251 bilhões que a Enersis planeja investir nos ativos
que detém na América Latina até 2010. O presidente da Endesa Brasil, Marcelo
Llévenes, disse que a matriz espanhola está muito satisfeita com o desempenho
das empresas no país. "Os investimentos serão feitos para melhorar o desempenho
das empresas", justificou. Ampla e Coelce planejam investir cerca de R$
750 milhões este ano na modernização e expansão das suas redes. Além das
duas distribuidoras, a empresa controla a Endesa Fortaleza e Cachoeira
Dourada, na área de geração. (Agência Canal Energia - 24.03.2006) 13 Ampla aumenta volume de investimento para R$ 400 mi anuais A Ampla prevê
investimentos de aproximadamente R$ 400 milhões para este ano, montante
muito próximo dos R$ 406 milhões aplicados em 2005. Os recursos são superiores
a média de R$ 250 milhões por ano aportados entre 1998 e 2004. Os investimentos
atendem a uma expectativa de crescimento de 5% no consumo na área de concessão
da empresa neste ano. A distribuidora vai priorizar os recursos para o
combate às perdas comerciais, as novas conexões e o programa Luz para
Todos. Em janeiro e fevereiro deste ano, a expansão foi próxima dos 10%
na região da concessionária. A distribuidora ganhou também, no ano passado,
mais 150 mil novos clientes. Destes, 40 mil necessitaram da expansão da
rede de distribuição. Sendo que seis mil novas ligações foram feitas no
âmbito do Luz para Todos e mais seis mil consumidores serão conectados
este ano. (Agência Canal Energia - 24.03.2006) 14 Aneel prorroga prazo para desverticalização da CLFSC A Companhia
Luz e Força Santa Cruz (CLFSC) teve prorrogado para o dia 30 de março
o prazo para a separação das atividades de geração do serviço de distribuição
de energia elétrica, programada inicialmente para janeiro deste ano. A
prorrogação foi solicitada em razão de dificuldades no processo de transferência
do controle dos ativos de geração. (APMPE - 24.03.2006) 15 Juíza torna sem valor venda de área da Celg A juíza Suelenita
Soares Correia, da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, decidiu
que não tem validade jurídica a venda de uma área de 45 mil metros quadrados,
localizada no Setor Sul, pela Celg à Associação Salgado de Oliveira de
Educação e Cultura (Asoec). A magistrada condenou a companhia ao pagamento
de multa de 1% sobre o valor atualizado do débito em execução, que gira
em torno de R$ 10 milhões. O Código de Processo Civil prevê que a multa
pode atingir até 20% do total da dívida, explica. (Eletrosul - 26.03.2006)
No pregão do
dia 24-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.577,05 pontos, representando uma
alta de 0,28% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,58
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,31%,
fechando a 12.763,37 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,00 ON e R$ 49,65 PNB, baixa de
0,95% e 2,42%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 27-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 51,10 as ações ON, baixa de 1,73% em relação ao dia anterior e R$
49,49 as ações PNB, baixa de 0,32% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 27.03.2006) A CPFL Paulista (SP) vai investir R$ 19,132 milhões no programa de eficiência energética do ciclo 2004/2005. O valor superou o do ciclo anterior que contou com R$ 18,7 milhões. (Agência Canal Energia - 27.03.2006) A Aneel homologou a reestruturação realizada pela Ludesa Energética S/A, por meio da transferência da totalidade das ações detidas pela Indústria de Papel L. Dall'Astra Ltda. - IPDL e pelo acionista César Augusto Dall'Astra para a Ludesa Holding Ltda e para o novo sócio Guilherme Weege. A transferência será feita em duas etapas distintas. (APMPE - 24.03.2006) A Eletrosul inaugura hoje a ampliação de duas subestações que melhorarão o abastecimento de energia elétrica na serra gaúcha. A Subestação Caxias 5 teve sua potência aumentada de 55 MVA (megavolt/ampère) para 215 MVA. (Zero Hora - 27.03.2006)
Leilões 1 MME divulga integrantes da Comissão Especial dos Leilões de Energia Elétrica O Ministério
de Minas e Energia divulgou os componentes da Comissão Especial dos Leilões
de Energia Elétrica. O coordenador da CELEE será o Secretário-Executivo
do Ministério de Minas e Energia, Nelson José Hubner Moreira. Também integram
a comissão o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do
MME, Márcio Pereira Zimmermann; o Secretário de Energia Elétrica do MME,
Ronaldo Shuck; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício
Tolmasquim; e o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica, Antônio Carlos Fraga Machado. A portaria também cria
o Grupo de Assessoramento Especial para atuar junto à CELEE. Farão parte
do grupo representantes do MME, da EPE e da CCEE. O documento estabelece
ainda que a EPE deverá fornecer ao MME informações e avaliações técnicas
necessárias à realização dos leilões. A decisão foi publicada na Portaria
ministerial nº 79, no Diário Oficial desta sexta-feira, 24 de março. (Agência
Canal Energia - 24.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 25/03/2006 a 31/03/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Grandes Consumidores 1 Vale inaugura expansão de Alunorte A segunda fase
da expansão da Alumina do Norte do Brasil S/A (Alunorte), que teve investimentos
de R$ 2 bilhões, foi inaugurada ontem em Barcarena, no Pará. Após dois
anos e meio de obras, a subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce passa
a ser a maior refinaria de alumina no mundo. Sua produção da matéria-prima
do alumínio pula de 2,5 milhões para 4,4 milhões de toneladas por ano.
Uma terceira fase de expansão da empresa também está prevista e deve ser
concluída em meados de 2008. O projeto terá investimentos de R$ 2,2 bilhões,
dos quais 40% devem vir do caixa da própria Vale, e o restante será provavelmente
financiado. Quando a ampliação for finalizada, a produção será elevada
para 6,2 milhões de toneladas de alumina por ano. A previsão é que a Alunorte
aumente de 60% para 80% o total produzido destinado à exportação, aproveitando
o bom momento da matéria-prima no mercado internacional. (O Estado de
São Paulo - 25.03.2006) 2 Efeito China faz cair ações da Vale A resistência
da China em aceitar novos preços para o minério, aliada à atual consolidação
da siderurgia mundial, tem reduzido o poder de negociação da Vale, segundo
analistas. O efeito disso começa a ser sentido nas ações da empresa, que
têm se depreciado nos últimos meses. Contribui para essa queda também
a a valorização do real frente ao dólar, já que parcela expressiva do
faturamento da empresa é formada pelas vendas externas. Segundo o analista
da ABN Amro Real Corretora Pedro Galdi, os papéis da Vale alcançaram o
pico de R$ 97,99 e vêm caindo nos últimos dois meses - fecharam ontem
a R$ 88,10. "A demanda por minério fez com que o mercado criasse uma expectativa
alta para o reajuste do minério, de até 40%. Mas, com a entrada da China,
as previsões foram reduzidas." Galdi espera agora um reajuste de 10% para
o minério neste ano e tem um preço-justo de R$ 123,37 para as ações da
companhia. (O Estado de São Paulo - 215.03.2006) 3 Vale estudará compra da AngloGold para voltar à produção de ouro A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) pode voltar a produzir ouro, área da qual saiu
em 2003. O presidente da empresa, Roger Agnelli, informou que a empresa
está estudando a compra da mineradora AngloGold, a terceira maior produtora
de ouro do mundo. A AngloGold tem sede na África do Sul. A AngloAmerica
está colocando a empresa à venda. Aqui, controla minas em Cuiabá, Córrego
do Sítio (MG) e Serra Grande (GO). Quanto à produção de alumínio, a Vale
está entusiasmada com a crescente demanda mundial e negocia com países
da África, como Moçambique, e nos Emirados Árabes, em busca de energia
mais barata para investir no metal. "Se pudesse ter mais energia, poderíamos
ampliar a produção de alumínio da Albras", disse Agnelli. (Gazeta Mercantil
- 27.03.2006) 4 Mittal e Arcelor interessadas na CSN A indiana Mittal
Steel Co., maior siderúrgica do mundo, e a européia Arcelor, segunda maior,
estão tentando comprar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), avaliada
em US$ 10 bilhões, segundo o jornal britânico 'The Business'. O jornal
afirma que executivos da Mittal e da Arcelor conversaram com dirigentes
da CSN, da qual Benjamin Steinbruch detém 47%.A CSN não comentou a notícia.
Analista do setor siderúrgico avalia que, antes de qualquer investida
sobre a siderúrgica brasileira, a Mittal e a Arcelor devem concluir o
processo de fusão pelo qual a indiana assume a européia. (Jornal do Commercio
- 27.03.2006) A Companhia
Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, está mergulhada num
grande projeto de expansão que exigirá complexas negociações com órgãos
ambientais e cerca de 1,9 mil famílias de agricultores que se dedicam
especialmente à cafeicultura. Maior detentora das reservas de bauxita
da Zona da Mata, principalmente no município de Itamarati de Minas, a
empresa trabalha numa nova frente mineradora que terá como base uma estação
de lavagem de minério associada a uma barragem de contenção de rejeitos.
A obra, em Miraí, está em fase adiantada e terá capacidade para produzir
3 milhões de toneladas de minério lavado. (Superávit - 27.03.2006) 6 Gerdau anuncia compra de 2ª empresa nos EUA A Gerdau Ameristeel,
subsidiária da siderúrgica brasileira Gerdau nos Estados Unidos, anunciou
nesta sexta-feira a compra da segunda empresa americana em menos de duas
semanas. Desta vez, a Gerdau comprou a Fargo Iron and Metal Company, com
sede em Fargo (Dakota do Norte). Os termos do negócio não foram divulgados.
No último dia 14, a empresa brasileira havia anunciado a compra, também
por um preço não-revelado, dos ativos da Callaway Building Products, uma
fabricante de vergalhões de aço com sede no Tennessee (EUA). (Superávit
- 26.03.2006) 7 Arcelor quer aumentar produção de aço em 80% no Brasil O grupo Arcelor
quer elevar nos próximos cinco anos a produção de aço na América Latina,
agrupada na Arcelor Brasil, dos 11 milhões de toneladas anuais para 20
milhões, um aumento de 80%. Este aumento será possível através da ampliação
das instalações da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e da Belgo Siderurgia
(antiga Belgo Mineira), dedicadas à fabricação de produtos planos e longos,
respectivamente. O investimento previsto é de US$ 240 milhões e sua implementação
acrescentará à produção outros 2,5 milhões de toneladas nos próximos anos,
até se alcançar um total de 10 milhões. (Investnews - 27.03.2006) 8 Belgo Suderugia estima aumento de 26% na capacidade de produção A Belgo Siderurgia
prevê o aumento de sua capacidade em 26% até 2012, para 10 milhões de
toneladas, graças ao crescimento orgânico da companhia, que significará
uma produção de 3 milhões de toneladas a mais com a aquisição de outras
companhias na América Latina, que aportarão mais 2 milhões de toneladas,
segundo os diretores da companhia. (Investnews - 27.03.2006) 9 VCP prevê margem maior com estabilidade no câmbio A Votorantim
Celulose e Papel (VCP) avalia que as margens operacionais serão melhores
em 2006, dado ao fato de a empresa esperar uma estabilidade do câmbio
no nível atual, vendas mais altas de papéis e celulose além de custos
menores. A expectativa consta do "guindace", uma espécie de guia para
investidores e analistas nortearem as previsões da empresa para o ano.
O quadro pode mudar dependendo do cenário econômico. A empresa trabalha
com câmbio de R$ 2,20 no primeiro trimestre. A VCP prevê fazer investimentos
de R$ 535 milhões em 2006, um número ligeiramente abaixo dos R$ 593 milhões
realizados no ano passado. No relatório, a empresa da família Ermírio
de Moraes prevê que o volume de vendas de celulose fique 6% maior neste
ano na comparação com o ano passado. O crescimento tem relação com a ampliação
feita pela companhia em sua fábrica em Jacareí (SP). A empresa adicionou
150 mil toneladas em capacidade por ano e espera vender 915 mil toneladas
em 2006. A nova capacidade fará a companhia atingirá o limite de 1 milhão
de toneladas em 2007. A VCP ressaltou que não está incluído o total vendido
por suas coligadas, a Ripasa e a Aracruz. (Valor Econômico - 27.03.2006)
10 Tribunal ordena fechamento de reator nuclear japonês O Tribunal Provincial
de Kanazawa ordenou o fechamento do segundo maior reator nuclear do Japão,
operado pela companhia Hokuriku Electric Power, devido aos riscos que
o mesmo oferece à população da região de Ochigata. A Corte deu a razão
a um grupo de cidadãos que denunciou a localização perigosa do reator.
O reator avançado de água em ebulição (ABWR, na sigla em inglês) de 1.358
MW, o 55º do Japão e o segundo maior no que diz respeito à produção, está
em operação desde o dia 15 de março. A empresa Hokuriku Electric Power
anunciou que apelará da sentença. Ela alega ter tomado todas as medidas
de segurança necessárias no funcionamento de um reator que considera uma
fonte de energia imprescindível para que a companhia possa assegurar uma
provisão de eletricidade estável na região. (Elétrico - 24.03.2006) O grupo siderúrgico
europeu Arcelor anunciou a pretensão de elevar nos próximos cinco anos
a produção de aço na América Latina, agrupada na Arcelor Brasil, dos 11
milhões de toneladas anuais para 20 milhões, um aumento de 80%. No mesmo
dia, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou oferta pública de
aquisição de ações da Acesita. A operação, coordenada pelo Unibanco, envolve
a compra pela Arcelor Spain Holding S.L. da totalidade de ações ordinárias
da Acesita em circulação e foi viabilizada porque a Arcelor Spain adquiriu
participações detidas pelos fundos de pensão Previ, Petros e Sistel, configurando
alienação do controle da companhia. (Gazeta Mercantil - 27.03.2006) Economia Brasileira 1 Petros terá mais ações e título privado A Petros, fundo de pensão dos petroleiros e segundo maior do país, quer aumentar sua carteira de ações e títulos privados, como forma de buscar ganhos diferenciados por conta da queda nas taxas de juros. Nos últimos três anos, a fundação já reduziu em dez pontos percentuais sua carteira própria de títulos públicos e elevou em de 13% para 28% a parcela de renda variável. A carteira de títulos privados vem sendo fortalecida nos últimos dois anos, com a inclusão de recebíveis e outros instrumentos, como Cédulas de Crédito Bancário (CCB). No segmento de infra-estrutura já foram aprovados investimentos de R$ 225 milhões no fundo do BID (InfraBrasil); R$ 187 milhões para outro fundo, da Andrade Gutierrez; e mais R$ 185 milhões no FIP Brasil Energia. "A maior parcela desses montantes ainda não foi efetivamente aplicada, seja porque os fundos estão em fase final de formatação ou porque os projetos estão sendo selecionados", diz Pinheiro. Ele avalia que boa parte dos recursos será aplicada este ano. (Valor Econômico - 27.03.2006) 2 Analistas fazem pequena elevação na projeção de inflação Os analistas do mercado financeiro promoveram uma pequena elevação na expectativa de inflação medida pelo IPCA, indicador oficial do governo, que passou de 4,55% para 4,57%. A meta para este ano é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. A previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) passou de 3,95% para 3,83%. Já para o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) a expectativa passou de 4% para 3,94%, segundo dados do boletim Focus, divulgados semanalmente pelo Banco Central. Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram a expectativa de um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que ocorrerá em abril. Hoje, a taxa está em 16,5% ao ano. A previsão para o crescimento da economia foi mantida. A pesquisa aponta para um crescimento do PIB de 3,5%. Já com sobre a produção industrial, os analistas esperam um crescimento de 4,21%, contra 4,11% da semana anterior. Foi o segundo aumento consecutivo. Já a projeção em relação ao superávit comercial --saldo positivo entre exportações e importações-- está em US$ 40 bilhões. (Folha de São Paulo - 27.03.2006) 3 Superávit comercial acumulado em março chega a US$ 8,682 bi 4 Balança comercial fica superavitária em US$ 864 mi na quarta semana de março As contas do
comércio exterior nacional apresentaram superávit de US$ 864 milhões na
quarta semana de março (dias 20 a 26), com cinco dias úteis. O saldo é
resultado de exportações de US$ 2,563 bilhões - uma média diária de US$
512,6 milhões - e de importações de US$ 1,699 bilhão - média de US$ 339,8
milhões por dia útil. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior
do Ministério do Desenvolvimento (Secex). Nas quatro primeiras semanas
de março, a balança comercial acumula saldo de US$ 3,016 bilhões, com
exportações de US$ 9,091 bilhões e importações de US$ 6,075 bilhões. (Valor
Econômico - 27.03.2006) O dólar comercial
encerrou a primeira etapa com valorização de 1,76%, para 2,190 na compra
e R$ 2,192 na venda, na maior alta desde 3 de fevereiro, quando terminou
em R$ 2,208 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de
0,37%, a R$ 2,1520 na compra e R$ 2,1540 na venda. Na semana, houve alta
de 1,32%. (O Globo Online e Valor Online - 27.03.2006)
Internacional 1 UE propõe nova dimensão da política energética Os obstáculos
nacionais e os monopólios no mercado europeu de eletricidade e gás, de
250 bilhões (US$ 299,59 bilhões), poderão significar faturas mais altas
para empresas e consumidores, reduzindo o abastecimento e prejudicando
a economia. A fragmentação também pode frustrar os esforços para que a
dependência dos 25 países da UE das importações energéticas se reduza
dos atuais 70% para 50% em 2030. "A CE tem razão em propor uma nova dimensão
européia da política energética", disse Katinka Barysch, economista-chefe
do Centro para Reforma Européia. O controle da política energética pelos
governos europeus persiste mesmo depois de terem cedido poderes em áreas
como defesa da concorrência, comércio e taxas de juros. Como a Defesa,
os governos vêem a energia como assunto estratégico no qual a cooperação
dentro da UE é limitada, mas não a arbitrariedade do poder nacional. A
tarefa imediata de José Barroso, presidente da UE, é impedir que o protecionismo
deteriore o difícil acordo obtido em 2003 que concedeu aos consumidores
liberdade para escolher as provedoras de gás e de eletricidade. Essa norma,
que se espera entrar em vigor no próximo ano, estimula ofertas de aquisição
hostil transfronteiriças e oposição política às mesmas. (Gazeta Mercantil
- 27.03.2006) 2 Ataque da Bolívia ao Brasil causa apreensão Os ataques feitos
pelo ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Solíz, em entrevista
às agências internacionais, causaram estranhamento. Ele anunciou que seu
país conduzirá de forma "dura" as negociações com o Brasil e a Argentina
para a elevação dos preços do gás e acusou o governo brasileiro de tratar
a Bolívia como uma "semicolônia". O Ministério das Relações Exteriores
encarou o episódio como uma tentativa de La Paz de criar um "clima favorável"
a seus interesses de curto prazo e nas futuras negociações contratuais
com a Petrobrás. Em sua entrevista, Solíz disse que apelaria à "compreensão"
dos vizinhos e enfrentaria as pressões geopolíticas do Brasil. "Todos
são maravilhosamente amigos até mexermos no bolso deles e dizermos que
têm de pagar mais", afirmou. "(O Brasil) Está sempre nos vendo como uma
espécie de semicolônia. Isso será levado para as nossas negociações".
O ministro boliviano reiterou o anúncio feito nesta semana pelo presidente
Evo Morales de que a nacionalização do setor de gás e de petróleo e a
reorganização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB) se
darão antes do dia 12 de julho deste ano. Ambos referiram-se à publicação
dos termos do decreto que regulamentará a Lei de Hidrocarbonetos, sancionado
no ano passado. A partir daí, devem ser iniciados os processos de renegociação
dos contratos de exploração e comercialização de gás e de petróleo com
as multinacionais do setor. Entre elas, a Petrobrás é a principal investidora,
com um total de US$ 1,5 bilhão injetado no país nos últimos 10 anos. (O
Estado de São Paulo - 26.03.2006) 3 CBH aceita plano de nacionalização A Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH) aceitou a nacionalização das reservas de gás natural, mas recomendou que seja feita sem expropriações. Em um comunicado, a CBH informou que "existe uma expectativa entre as empresas (diante dos anúncios do governo) , acerca de levar adiante o processo de nacionalização dos hidrocarbonetos". "Esperamos que o processo ocorra sem chegar a uma expropriação que pudesse perturbar o desenvolvimento da indústria." A câmara informou ainda que pretende colaborar com o processo para que aconteça "sem inconvenientes para o governo, sem traumas para consumidores e mercados externos e com a maior concordância possível entre os representantes do Estado e das empresas privadas". A nacionalização dos recursos naturais da Bolívia - entre eles as reservas de hidrocarbonetos- pode acontecer até julho deste ano, segundo o presidente Morales, que tem afirmado que a nacionalização irá respeitar os direitos de propriedade privada, sem confiscos ou expropriações. (Jornal do Commercio - 26.03.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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