l IFE:
nº 1.772
- 22
de março
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Justiça Federal nega liminar para suspensão das obras de Salto Pilão A Justiça
Federal negou liminar para suspender as obras de instalação da Hidrelétrica
de Salto Pilão, no rio Itajaí-Açu. A decisão foi do juiz da Vara Federal
de Rio do Sul, Gilson Jacobsen. A ação civil pública partiu da Associação
de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi) e do
Grupo Pau Campeche (GPC), contra a União, a Fatma, o BNDES e o Consórcio
Empresarial Salto Pilão (Cesap). (Diário Catarinense - 22.03.2006) 2 Ex-prefeita de SP defende legalidade de contratos do Reluz A ex-prefeita
de São Paulo, Marta Suplicy, disse, na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), que não cometeu irregularidade ao realizar operação relativa ao
Reluz, por meio do contrato realizado com a Eletropaulo, mesmo tendo feito
um segundo aditamento sem a prévia autorização do Ministério da Fazenda
e do Senado. Segundo Marta, a operação é normal, praticada por muitas
prefeituras, e o segundo aditamento não necessitava de autorização, pois
não modificou o projeto original. Senadores não concordaram com os argumentos,
alegando que ela descumpriu tanto a Resolução do Senado 43/01 como o artigo
32 da Lei complementar 101/00 - a Lei de Responsabilidade Fiscal. (Elétrica
- 21.03.2006) 3 Seminário aponta aumento da carga tributária sobre o SE O tema principal
do seminário "Tributação em Energia Elétrica", que aconteceu na Trevisan
Escola de Negócios, foi a pressão da carga tributária sobre o setor elétrico,
que deve atingir um nível recorde este ano, chegando a R$ 45,8 bilhões
de uma receita prevista de R$ 88,8 bilhões, o que representará um salto
de 19% em relação à carga de 2005. Segundo o diretor da Trevisan, Luiz
Nelson Porto Araújo, a carga tributária no Brasil é um dos fatores que
comprometem o desenvolvimento de todos os governos quando o tema é energia
elétrica. (InvestNews - 21.03.2006) 4
UFRJ Palestra da FUNCEF adiada A Aneel emitiu a penúltima autorização para que a Hidrelétrica de Corumbá IV inicie operação. Agora, a usina só precisa da liberação pelo ONS, o que poderá ocorrer ainda esta semana. (Jornal do Commercio - 22.03.2006) Cerca de 4 mil técnicos serão capacitados para ajudar as comunidades beneficiadas pelo programa Luz para Todos. A idéia é ensinar os pequenos agricultores a utilizarem melhor a energia elétrica, para melhorar a produção e desenvolver novas atividades. A iniciativa vai estimular o uso da energia como fator de geração de emprego e renda entre os pequenos agricultores. (Elétrica - 21.03.2006)
Empresas 1 VBC Energia lucra R$ 378,5 mi A VBC Energia
fechou 2005 com lucro líquido de R$ 378,554 milhões. O resultado é 45,46%
maior do que o verificado em igual período do ano anterior, quando a empresa
lucrou R$ 260,253 milhões. A receita operacional no ano passado alcançou
R$ 4,441 bilhões, ante uma receita de R$ 4,378 bilhões em 2004. A receita
operacional líquida passou de R$ 3,104 bilhões, para R$ 3,148 bilhões
no período de comparação. O resultado do serviço ficou em R$ 706,776 milhões
em 2005, o que representou um aumento de 26,11% em comparação com o ano
anterior. O resultado operacional cresceu 387,67%, passando de R$ 97,477
milhões, em 2004, para R$ 475,371 milhões no ano passado. (InvestNews
- 21.03.2006) 2 CEEE espera concluir avaliação sobre participação em Foz de Chapecó A CEEE espera concluir nesta semana a avaliação do ativo referente à sua participação na hidrelétrica Foz do Chapecó, de 855 MW e localizada na divisa dos estados de SC e RS. A estatal gaúcha possui 20% de participação no empreendimento e estuda o valor que esse percentual representa no mercado. Recentemente, a CVRD vendeu sua participação, de 40%, para Furnas Centrais Elétricas por motivos estratégicos. Também faz parte da composição societária da usina a paulista CPFL Energia, também com 40%. A possível saída da CEEE no empreendimento poderá atender à obrigação que as concessionárias têm de separar as atividades de geração, distribuição e transmissão. Segundo a diretoria Financeira da CEEE, a possibilidade ainda passa por avaliação. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 3 Neoenergia quer dobrar parque gerador até final de 2007 A Neoenergia
estabeleceu como meta dobrar a capacidade instalada, hoje de aproximadamente
1 mil MW, até o final de 2007. Segundo o diretor Erik da Costa Breyer,
a estratégia envolve a aquisição de novas concessões em leilões de energia
nova. A preferência, segundo o executivo, é por hidrelétricas e pequenas
centrais hidrelétricas. A empresa deu o primeiro passo no final do ano
passado, ao arrematar a usina de Baguari (MG, 140 MW), em consórcio com
Furnas e Cemig. O início das obras está previsto para março de 2007. A
participação da Neoenergia na usina é de 51%, enquanto a estatal mineira
tem 34% e a estatal federal 15%. A companhia começará neste ano as obras
das PCHs Goiandira (GO, 27 MW) e Nova Aurora (MG, 21 MW), além de prosseguir
com a implantação da termelétrica Termoaçu - que foi iniciada em 2000,
paralisada em abril de 2003 e retomada em outubro de 2005, após acordo
com a Petrobras, que permitiu renegociação da dívida. Esse acordo, cujo
termo de compromisso foi assinado em outubro de 2004, resultou na formação
de sociedade na qual a Petrobras tem 80% de participação na usina, ficando
os outros 20% com a Neoenergia. A térmica tem capacidade inicial de 340
MW, chegando a 500 MW com a instalação do ciclo combinado. O investimento
no projeto está estimado em US$ 300 milhões. Na carteira de geração, contou
Breyer, estão ainda as usinas Termopernambuco (PE, 520 MW) e Itapebi (BA,
450 MW), além das PCHs Alto Fêmeas, de 10 MW, e Correntina, de 8 MW. (Agência
Canal Energia - 21.03.2006) 4
Reestruturação financeira da Neoenergia deu resultado 5 Copel registra queda de 75% no índice de falhas nas grandes hidrelétricas A Copel
registrou queda de 75% no índice de falhas nas grandes hidrelétricas e
de 63%, nos das pequenas centrais hidrelétricas. Com isso, o número de
falhas nas hidrelétricas caiu de 4,73 em 1994 para 1,18 por ano em 2005.
E entre as PCHs, a redução foi de 26,35 em 1996 para 7,20 no ano passado.
Segundo a empresa, estas são as menores taxas registradas pela pesquisa
na série histórica. De acordo com a Copel, a crescente especialização
na atuação preventiva dos problemas conjugada com a automação e modernização
dos equipamentos e comandos das usinas, colaboraram para queda expressiva
dos índices de falhas. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 6 Eletrosul investe em pequena hidrelétrica A Eletrosul
discute a instalação de três Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH) no
rio Caveiras. A empresa recebeu em novembro do ano passado, da Aneel,
a autorização para construir quatro PCH, incluindo mais uma em Rio Fortuna,
e serão os primeiros projetos que marcarão a sua volta à geração de energia
após a privatização. (Diário Catarinense - 22.03.2006) No pregão
do dia 21-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.398,01 pontos, representando
uma baixa de 2,11% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,19 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,90%, fechando a 12.799,11 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,30 ON e R$ 50,41 PNB,
alta de 0,02% e 0,01%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 22-03-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 48,70 as ações ON, baixa de 1,22% em relação ao dia
anterior e R$ 50,06 as ações PNB, baixa de 0,69% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 22.03.2006) O Grupo Eletrobrás inaugurou ontem a sua nova sede em Brasília, no Edifício Varig. Com instalações mais modernas e bem localizadas, as negociações com o governo federal, acionistas e com os poderes Legislativo e Judiciário serão mais ágeis e produtivas. Segundo o presidente do grupo, Aluísio Vasconcelos, a inauguração da sede representa o início de uma nova fase para a Eletrobrás. (Jornal de Brasília - 22.03.2006) A CPFL Paulista e a CPFL Piratininga ampliaram para 24 horas, em todos os dias da semana, o horário de atendimento aos consumidores pela internet. Segundo a empresa, houve um crescimento na procura dos consumidores pelos serviços de chat e e-mail, oferecidos no site da empresa, se tornando o segundo canal de atendimento. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) A Cemig realizará na próxima quinta-feira, 23 de março, em BH, o III Workshop de Programa de Gestão Energética Estadual. O objetivo é anunciar perspectivas para redução de 15% no consumo de energia neste ano, em todos os órgãos e entidades do estado de Minas Gerais. O programa será apresentado com base no balanço econômico da empresa nos anos de 2004 e 2005. A CEEE vai investir cerca de R$ 14 milhões na implantação do sistema georeferenciado em toda a sua área de concessão, que engloba aproximadamente 1,3 milhão de consumidores em 72 municípios. Para isso, a empresa assinou contrato, no valor de R$ 5,2 milhões, com a Soluziona, que já instalou sistema deste tipo na Elektro e Light. Outros R$ 8,8 milhões serão destinados ao levantamento de dados e compra de hardware pela CEEE, duas etapas fundamentais para a atuação da Soluziona. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) A Elektro inaugurou uma nova sede na cidade do Guarujá, em São Paulo. A empresa investiu R$ 2,2 milhões no espaço, que atenderá os municípios da região. As novas instalações são adaptadas para deficientes físicos e o mobiliário é ergonomicamente adequado. (Agência Canal Energia - 21.03.2006)
Leilões 1 Terceiro leilão de energia nova será realizado no segundo semestre Será realizado
novo leilão de energia nova, no segundo semestre, com prazo até 2011.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, prevê a participação de pelo
menos uma das usinas de grande porte situadas no Rio Madeira, em Rondônia,
além de outras grandes usinas hidrelétricas que já tiverem licença ambiental.
(Valor Econômico - 22.03.2006) 2 Tolmasquim explica sistemática do leilão de energia nova O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, explicou a sistemática do leilão de energia nova, marcado para 12 de junho. O leilão será realizado em duas etapas. Na primeira, será colocado um preço para cada produto (hídrico ou térmico). Os empreendedores hídricos estipularão um preço e uma quantidade que eles querem vender. O mesmo ocorre em relação ao térmico, com a diferença de que ele terá que dar uma receita fixa. "No final, vai-se comparar tarifa para o hídrico e tarifa para o térmico", destacou Tolmasquim. Os preços definidos na etapa inicial serão classificados em ordem crescente, somando-se as quantidades ofertadas. Se a demanda for menor que a oferta, o leilão daquele produto será encerrado. No caso de a oferta ser maior, o leilão vai para a segunda etapa. Nessa fase, o último preço apresentado na fase anterior será considerado preço corrente. O investidor que não tiver ganho algum lance na fase anterior terá um prazo para oferecer um preço menor que o preço corrente da última usina aceita. Caso a nova proposta supere o lance previamente selecionado, o valor derrubado também poderá ser reformulado pelos interessados. "Essa oportunidade só acaba quando não houver mais proposta", disse Tolmasquim. (Valor Econômico e Gazeta Mercantil - 22.03.2006) 3 Tolmasquim prevê inclusão de muitas PCHs no Leilão As empresas
interessadas em participar do leilão de energia nova têm até 10 de abril
para se inscreverem, mas ainda não há nenhuma pré-habilitada. "Pelas conversas
vai ter muita PCH (pequenas centrais hidrelétricas), uma hídrica, térmicas,
bastante biomassa e talvez uma térmica a carvão", adiantou Mauricio Tolmasquim.
(Gazeta Mercantil - 22.03.2006) 4 Alteração na parcela referente ao Uso do Bem Público A nova sistemática
do leilão de energia nova modificou a parcela referente ao Uso do Bem
Público (UBP), paga ao Tesouro. A partir de agora, o agente hidrelétrico
vai poder repassar para a tarifa o valor dado no leilão, mais o valor
da UBP pago no leilão passado, limitado ao valor da última térmica mais
cara que entrar no leilão dos dois produtos (hídrico e térmico). "Se fiz
um lance de R$ 100 e tenho que pagar R$ 20 de UBP ao Tesouro, e a usina
térmica mais cara no leilão foi de R$ 110, posso passar para a tarifa
do consumidor R$ 110, e pago os R$ 10 restantes", disse Tolmasquim. (Valor
Econômico - 22.03.2006) 5 EPE realizará estudo para definir preço de referencia mais adequado O preço
de referência do segundo leilão de energia nova será divulgado em no máximo
um mês antes da licitação, a ser realizada em 12 de junho. A EPE fará
um estudo para avaliar qual valor será mais adequado para a energia. "Temos
que analisar a realidade em função das usinas que potencialmente podem
entrar para definirmos o preço", afirmou Mauricio Tolmasquim, presidente
da EPE. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 6 Térmicas de Seival e CTSul não devem participar do leilão Maurício
Tolmasquim disse que não acredita que as usinas térmicas de Seival e CTSul
consigam participar desse leilão. "Não acredito que as duas tenham condições
de construção para o tempo que o leilão prevê para entrega", comentou.
(Agência Canal Energia - 21.03.2006) 7 Demanda necessária pode ser divulgada com antecedência A organização
do leilão de energia nova estuda a possibilidade de divulgar antes da
licitação a demanda necessária para o período. "Tradicionalmente, não
divulgamos a demanda, mas pode ser que neste leilão façamos isto", disse
Maurício Tolmasquim. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 8 Propostas serão feitas pela internet O presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim, explicou que no próximo leilão de energia
nova, a ser realizado em 12 de junho, as propostas serão encaminhadas
pela Internet e sem o acompanhamento in loco da imprensa. (Gazeta Mercantil
- 22.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim: fornecimento de energia está garantido até 2010 O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou que o fornecimento de energia está
garantido até 2010 mesmo se ocorrer um cenário "catastrófico". "Até 2010
a situação é muito confortável", disse Tolmasquim. Segundo o presidente
da EPE, mesmo que os três piores cenários ocorram ao mesmo tempo não há
risco de desabastecimento e o déficit de energia permanecerá abaixo dos
5%, considerado aceitável. O primeiro cenário prevê atraso na construção
da usina de Araucária de 2009 para 2011, o segundo envolve a continuidade
na interrupção na importação de energia da Argentina e o terceira projeta
perda operacional de 20% no Proinfa. Segundo ele, se todos os problemas
acontecerem o risco de déficit de energia ficaria em 4,3% no Sudeste,
3,2% no Nordeste, 4,9% no Norte e 5,5% no Sul. (Gazeta Mercantil - 22.03.2006)
2 Resultados do Horário de Verão superaram expectativas O ONS apresentou os números finais dos benefícios da implantação do Horário de Verão (2005-2006). Os resultados superaram as estimativas iniciais. Na região Sul era esperada uma redução de demanda de 5,6%, e o resultado foi de 7%. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste o resultado esperado era de 4,6%, sendo registrada uma redução de demanda de 5%. As maiores reduções foram registradas nos estados do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul com 8,2% e 7,3%, respectivamente. Em relação à redução da energia, os resultados foram satisfatórios e muito próximos dos projetados. (MME - 21.03.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 82,9% Nível dos
reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste apresenta-se estável, com 82,9%
de capacidade. O volume está 24,6% acima da curva de aversão ao risco.
A usina de Corumbá I funciona com 95,8% de capacidade, enquanto a usina
de Nova Ponte atinge 100%.(Agência Canal Energia - 21.03.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 53,2% A capacidade
de armazenamento no Sul está em 53,2%, o que representa queda de 0,4%
em relação à medição anterior. A hidrelétrica Governador Parigot de Souza
trabalha com 65% de volume em seu reservatório. (Agência Canal Energia
- 21.03.2006) 5 NE apresenta 83,2% de capacidade armazenada Com aumento
de 0,4%, volume acumulado na região Nordeste é de 83,2%. O nível está
34,5% acima da curva de aversão ao risco. A capacidade de armazenamento
de Sobradinho é de 83,6%. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 6 Norte tem 93,2% da capacidade de armazenamento Nível de
armazenamento está em 93,2% de capacidade na região Norte, com pequena
baixa em comparação ao domingo, dia 19. Volume armazenado em Tucuruí é
de 98,9%.(Agência Canal Energia - 21.03.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Comissão aprova relatório sobre instalações nucleares A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados aprovou o relatório sobre a situação das instalações nucleares brasileiras quanto à segurança da população, do meio ambiente e dos trabalhadores do setor. O documento analisa a situação do uso da energia nuclear no Brasil, oferecendo recomendações e sugestões para que garanta o uso seguro deste tipo de energia, entre as propostas, apresenta a sugestão de criação de um órgão regulador autônomo e independente para cuidar da área de salvaguardas, radioproteção e segurança nuclear. O levantamento apresenta supostas irregularidades no funcionamento da usina de Angra 2 e na unidade de beneficiamento de urânio de Caetié. No documento, é apontada a inexistência de locais apropriados ao depósito de lixo radioativo, além de levantar dúvidas sobre a eficácia do plano de evacuação no caso de acidentes nucleares na região de Angra dos Reis. De acordo com informações da assessoria de imprensa, a CNEN garante que o uso de material radioativo no país é realizado com segurança. Leia aqui o Relatório Final do Grupo de Trabalho sobre Fiscalização e Segurança Nuclear. (Agência Canal Energia - 21.03.2006) 2 Obras da termelétrica Jacuí 1 começam até junho Segundo
o secretário de energia do RS, Valdir Andres, as obras da termelétrica
Jacuí 1, em Charqueadas (RS), vão até o final de junho. O investimento
total será de US$ 500 milhões para uma capacidade instalada de 350 MW,
com geração de energia programada para 1º de janeiro de 2009. O secretário
lembra que já foram assinados os 33 contratos de compra de energia de
Jacuí 1 com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), totalizando
254 MW de energia contratada, com R$ 289,2 milhões/ano de receita fixa
para a Eleja S.A, que tem 90% do capital controlado pela alemã CCC Machinery
e 10% pela Carbonífera Criciúma. A CEEE comprou cerca de 25% da futura
energia que será gerada por Jacuí 1 nos próximos 15 anos, no valor de
US$ 2 bilhões, reajustado mensalmente com base no IPCA. (Elétrica - 21.03.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale e Usiminas estudam usina de US$ 3 bi A Companhia
Vale do Rio Doce e a Usiminas estudam a construção de usina siderúrgica
na Região Sudeste para a produção de 5 milhões de toneladas de placas.
O custo do projeto é estimado em US$ 3 bilhões. A informação é do diretor
do departamento de participações siderúrgicas da Vale. Segundo ele, o
projeto está dentro da estratégia da empresa de assumir novos parceiros
para o fortalecimento da siderurgia no Brasil, como forma de fomentar
as vendas de minério de ferro no mercado nacional. De acordo com a Usiminas,
a siderúrgica tem interesse em projetos dessa natureza com duas condições:
buscar parceiros e ter empresa para laminar as placas de aço. (Jornal
do Commercio - 22.03.2006) 2 Vale dá terão apoio técnico e financeiro a assentados Siderúrgicas
e a Companhia Vale do Rio Doce encontraram um bom negócio nas carências
da reforma agrária. Resolveram misturar programa social com capitalismo
legítimo. Mais de mil famílias assentadas na região do arco do desmatamento
da Amazônia, no Pará, terão apoio técnico e financeiro das empresas para
plantar alimentos e florestas voltadas para a geração de renda. Em troca,
os agricultores destinarão parte do assentamento para a produção de carvão
vegetal, matéria-prima do ferro-gusa em escassez nos arredores da maior
mina de minério de ferro do mundo, Carajás. O Incra indica para as empresas
as áreas mais devastadas como prioritárias para o empreendimento social.
O Incra já selecionou para a Vale 32 assentamentos, com cerca de 50 hectares
cada um. A Cosipar já tem um projeto-piloto do negócio social, no qual
agricultores plantam árvores frutíferas, nativas e floresta industrial.
O plano da siderúrgica é formar parceria com cerca de 100 famílias distribuídas
em cinco mil hectares. O projeto da Vale sai do papel em setembro, como
antecipa o diretor de Meio Ambiente da mineradora, mas explica que vai
aguardar o período de estiagem para dar início às plantações. (Gazeta
Mercantil - 22.03.2006) 3 Refinaria de alumina será construída em São Luís Nilson Ferraz,
diretor do Consórcio Alumar, informou ontem que uma das sócias da empresa,
a BHP Billiton, vai investir US$ 1,5 bilhão nos próximos 30 meses para
construir uma nova refinaria de alumina em São Luís. Com isso, o consórcio
terá estrutura para, a partir de 2008, fabricar 3,5 milhões de toneladas
do produto por ano. (O Estado de São Paulo - 22.03.2006) 4 Polo Films investe R$ 100 mi em linha de produção A Polo Films
vai investir R$ 100 milhões na implantação de linha de produção de filme
de polipropileno biorientado (BOPP) na fábrica do distrito industrial
de Montenegro, no Pólo Petroquímico do Rio Grande do Sul. Com este novo
investimento, a empresa totaliza um aporte de cerca de US$ 120 milhões
desde 2000 em novas linhas para a unidade. O limite de produção será de
30 mil toneladas anuais, o que permitirá à empresa alcançar capacidade
instalada de 92 mil toneladas por ano. A nova linha deve iniciar suas
atividades em julho de 2007 e atingirá plena operação em meados de 2008.
Com isso, o faturamento deve dobrar de R$ 250 milhões em 2005 para R$
500 milhões em 2008, quando a nova linha estará em plena atividade. Para
2006, a expectativa é de que a receita chegue a R$ 300 milhões. O início
da produção da nova linha permitirá atingir faturamento de R$ 400 milhões
em 2007. (Jornal do Commercio - 22.03.2006) 5 Usinas podem arcar com alta de até 22% no minério As siderúrgicas
podem absorver um reajuste de até 22% dos preços do minério de ferro desde
que mantenham as despesas gerais inalteradas à medida que outros custos
caem, segundo a Merrill Lynch & Co. A redução dos preços do carvão firmada
entre siderúrgicas e mineradoras japonesas e a possibilidade da adoção
de tarifas menores para o frete marítimo permitirão que as usinas arquem
com a alta desses preços, disseram analistas da Merrill Lynch. Segundo
a Merrill, os preços do minério de ferro subirão 18% este ano. As produtoras
de minério de ferro "ainda estão em vantagem... nas atuais negociações
de preços", mas "poderão hesitar em pressionar demais" por uma alta, pois
têm "consciência da necessidade de manter uma relação estreita com as
maiores siderúrgicas mundiais". (Gazeta Mercantil - 22.03.2006) 6 Unipar também quer Petrobras como sócia em projetos futuros O grupo
Unipar quer compensações da Petrobras para o caso de a petroleira optar
por aumentar sua participação na petroquímica Braskem. Segundo um graduado
executivo do setor, a Unipar não só negocia uma espécie de garantia de
fornecimento de matérias-primas da Petrobras para a segunda etapa de expansão
da Petroquímica União (PQU), como também a participação societária da
estatal em futuros projetos de segunda geração. Para a Unipar, esse tipo
de acordo se justificaria pelo fato de a Petrobras deter a condição de
única fornecedora de insumos petroquímicos (nafta e gás natural) do País.
Na prática, o acerto impediria que, no futuro, ocorresse algum tipo de
problema que atravancasse futuros projetos de expansão da empresa. Além
da segunda etapa de expansão da PQU, de 700 mil toneladas de capacidade
para algo em torno de 1 milhão de toneladas, a empresa estuda uma série
de projetos da chamada segunda geração do setor ( para a produção de resinas
termoplásticas), que aguardam apenas a garantia de matérias-primas para
saírem da gaveta. Atualmente, Unipar e Petrobras discutem as bases da
segunda etapa do projeto de expansão da PQU, cuja fase inicial, de 350
mil para cerca de 500 mil toneladas, deverá estar concluída em 2008. (Gazeta
Mercantil - 22.03.2006) 7 Unipar: receita do grupo crescerá 40% As empresas
do grupo Unipar, que têm planos aprovados de investimentos de R$ 1,54
bilhão até 2008, vivem um "grande momento". A Unipar, que controla a Petroquímica
União (PQU), empresa do pólo petroquímico de São Paulo, faturou R$ 3,3
bilhões em 2005. Com os investimentos, a receita do grupo crescerá 40%.
Pode ir a R$ 4,6 bilhões em 2009. A empresa disse ainda que a Petrobras
deverá ter um papel importante na PQU. É a segunda maior acionista, com
17% do capital. "Queremos que ela aumente seu investimento na PQU. Estamos
sempre atrás dela (a Petrobras). "A Unipar deve investir cerca de R$ 885
milhões até 2008 no pólo petroquímico de São Paulo, de um total de R$
1,5 bilhão em investimentos totais a serem feitos pelas empresas em que
participa. Do montante a ser investido, a maior parcela será destinada
à PQU. Serão R$ 840 milhões. (Valor Econômico - 22.03.2006) 8 Votorantim vai tomar US$ 82 mi a 6% ao ano Robert Wright,
presidente da Export Development Canada (EDC), anunciou ontem empréstimo
de US$ 82 milhões para a Votorantim Participações (VPAR). O financiamento
tem prazo de sete anos e custo de Libor (a taxa interbancária de Londres)
mais 1,5% ao ano, o que representa encargo total, em dólares, de cerca
de 6% ao ano, estima Luís Schriak, diretor financeiro corporativo da VPAR.
Schriak disse que o dinheiro da EDC não é carimbado, pois não tem destinação
específica obrigatória, como a compra de máquinas e equipamentos canadenses.
Ele disse, porém, que para se habilitar ao empréstimo da EDC a empresa
precisa demonstrar que tem alguma relação comercial com o Canadá. Em 2002,
a Votorantim comprou em Toronto a empresa Saint Maris Ciment, com capacidade
de produzir 4 milhões de toneladas de cimento por ano. A cimenteira, que
exporta 60% da produção para os Estados Unidos, tem planos de expansão.
Schriak lembrou que o Canadá tem tradição na indústria de papel e celulose
e acrescentou que a VCP , controlada pela Votorantim, importa equipamentos
e exporta papel para o Canadá. (Valor Econômico - 22.03.2006)
Economia Brasileira 1 EDC planeja conceder empréstimos em reais A Export Development Canada (EDC), banco de apoio aos investidores e às exportações canadenses, vai começar a financiar empresas no Brasil em reais. O financiamento em moeda local busca aumentar os negócios da EDC no país, que totalizaram 1,1 US$ 880 milhões em 2005. A iniciativa também beneficiará empresas que não são exportadoras e têm receitas e despesas em reais. Os alvos são os setores de infra-estrutura e energia. "Os empréstimos em moeda local vão abrir maiores oportunidades para a EDC. É uma medida importante para nós e para as empresas porque hoje, para muitas companhias no Brasil, é muito difícil tomar risco em dólares americanos", diz o presidente da EDC. "A estabilidade da moeda e do contexto macroeconômico em ano eleitoral são um verdadeiro sinal de maturidade", afirma. O diretor da EDC para o Brasil e Cone Sul, diz que o financiamento em moeda local vai de encontro aos interesses do país em setores-chave, entre os quais infra-estrutura e energia. A questão para a EDC é identificar qual é o melhor caminho para apoiar os investidores e exportadores canadenses. O empréstimo em reais poderá ser dado a um investidor canadense no Brasil ou a uma empresa brasileira interessada na compra de bens e equipamentos do Canadá. (Valor Econômico - 22.03.2006) 2 BC espera ingresso de US$ 11 bi a mais no país O Banco Central refez suas projeções sobre o comportamento do mercado de câmbio neste ano e concluiu que o fluxo de moeda estrangeira para o país deve ficar US$ 11 bilhões acima do inicialmente esperado. O ingresso de recursos externos pode ajudar a manter a cotação do dólar nos níveis historicamente baixos observados nas últimas semanas. A maior entrada de divisas se deve, principalmente, ao benefício fiscal dado a investidores estrangeiros que aplicam em títulos públicos no Brasil, medida que já está atraindo um grande volume de capital para o mercado financeiro nacional. As exportações também devem ter um desempenho melhor do que o antecipado inicialmente, ajudando no equilíbrio das contas externas. No mês passado, investidores de outros países colocaram US$ 1,176 bilhão em títulos públicos brasileiros (em janeiro, foram US$ 74 milhões). No final de 2005, o BC estimava em US$ 4 bilhões o total de aplicações a serem feitas em 2006 por estrangeiros no mercado brasileiro de ações e títulos de renda fixa. Com o forte fluxo de dólares registrado em fevereiro, a previsão foi elevada para US$ 10 bilhões. (Folha de São Paulo - 22.03.2006) 3
Camex avalia medidas para facilitar as importações O mercado
financeiro se recupera nesta quarta-feira. O dólar comercial fechou a
primeira de hoje etapa em queda de 0,69%, a R$ 2,157 na compra e R$ 2,159
na venda. Na mínima, caiu 1,06%, a R$ 2,151 na venda. Ontem, o dólar comercial
terminou com alta de 1,06%, transacionado a R$ 2,1720 na compra e R$ 2,1740
na venda. (O Globo Online e Valor Online - 22.03.2006)
Internacional 1 Bolívia: regras da nacionalização não estão definidas Até ontem,
não havia sinal de La Paz sobre como será o decreto que regulamentará
a nova relação entre a Bolívia e as multinacionais que operam no setor
de gás e de petróleo no país. A declaração do presidente boliviano, Evo
Morales sobre a edição do decreto em 12 de julho levou observadores da
diplomacia brasileira a uma constatação: "Não temos a menor idéia do que
vai sair dessa caixa de Pandora", resumiu uma fonte do Itamaraty ao Estado.
"O governo não fala em estatização. Chegaram a falar da compra das refinarias
da Petrobrás no país. Mas depois transformaram o negócio em parceria.
Agora, não tocam mais no assunto", disse um diplomata. "Não há dinheiro
para estatizar." A rigor, vários dos ministérios, junto com a Yacimientos
Petrolíferos Fiscales de Bolívia, estão empenhados na formulação de regras
que deverão valer a partir de 12 de julho.. Do lado brasileiro, apesar
do US$ 1,5 bilhão injetados pela Petrobrás na Bolívia, há consciência
de que a ação diplomática e governamental chegou a um limite. "Não resta
alternativa senão esperar", disse a fonte do Itamaraty. (O Estado de São
Paulo - 22.03.2006) 2 Chávez: gasoduto sem Bolívia não faz sentido O presidente
venezuelano, Hugo Chávez, reiterou que o gigantesco gasoduto do Sul que
pretende construir não é possível sem a participação da Bolívia. "O gasoduto
para o Sul que estamos projetando não faz sentido sem a Bolívia, é com
a Bolívia, com a participação da Bolívia, que ele se justifica", disse
Chávez. O presidente revelou que havia conversado sobre o assunto com
o ministro de Energia da Bolívia, Andrés Soliz. Soliz havia declarado
que "fazer um anel energético com países que não têm gás e têm apenas
interesses em comprá-lo é mais difícil do que entrar num acordo primário".
Assim, o ministro defende "uma parceria com países produtores de gás,
como Peru, Bolívia e Equador". (Jornal do Commercio - 22.03.2006) 3 OPA da Gas Natural pela Endesa é suspensa A oferta de 22,6 bilhões de euros da Gas Natural pela Endesa SA, a maior proposta de compra hostil já registrada em nível mundial, foi suspensa por tribunal espanhol. A medida também afeta contrato entre a Gas Natural e a Iberdrola, a segunda maior empresa de geração de energia elétrica da Espanha, que previa que a Iberdrola adquiriria os ativos da Endesa que a Gas Natural pretendia vender. O tribunal disse ter suspenso a tentativa de aquisição porque a conclusão do negócio, antes de um parecer definitivo da Justiça, seria irreversível. A Endesa, com sede em Madri, rechaçou a oferta de compra não-solicitada apresentada pela Gas Natural na Justiça espanhola e européia, além de ter prometido pagar aos acionistas 7 bilhões de euros em dividendos ao longo de cinco anos. O tribunal disse que a Endesa tem de providenciar uma garantia bancária de 1 bilhão de euros dentro de 10 dias para que a suspensão entre em vigor. O dinheiro cobriria o pagamento de uma eventual indenização a alguma das partes envolvidas no negócio. (Jornal do Commercio - 22.03.2006) 4
Endesa mantêm planos de abertura de capital A Suez manteve
conversas indiretas com a empresa de energia elétrica italiana Enel, em
uma possível tentativa de oferta hostil de aquisição, mas esses contatos
foram suspensos. Suez e Gaz de France planejam uma fusão e podem ter que
vender alguns ativos para obter aprovação de autoridades européias de
regulação. Jornais franceses sugeriram que a Enel esteve em conversações
para comprar alguns negócios que poderão ser vendidos. O ministro francês
das Finanças, Thierry Breton, afirmou que a venda de ativos deve ser esperada
e que é normal. (Gazeta Mercantil - 22.03.2006) 6 Gasoduto levará gás russo à China China e
a Rússia assinaram um acordo para a construção de uma rede de gasodutos
que transportará grandes quantidades de gás dos campos da Sibéria para
o território chinês. Funcionários disseram que os gasodutos, que devem
estar prontos em cinco anos, poderão transportar mais de 80 bilhões de
metros cúbicos de gás por ano. Alexei Miller, diretor da Gazprom, disse
que os detalhes comerciais sobre o gasoduto ainda não foram negociados.
Segundo a agência Interfax, a construção poderia custar US$ 10 bilhões.
O ministro russo da Energia, Viktor Khristenko, disse que novas discussões
sobre o prazo de entrega serão realizadas após a conclusão de um estudo
de viabilidade. (O Estado de são Paulo - 22.03.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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