l IFE: nº 1.770 - 20
de março de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Problemas ambientais atrasam obras de hidrelétricas Das hidrelétricas
licitadas nos últimos anos, pelo menos 54% estão com algum impedimento
para início de operação ou início de construção. Isso significa 5.609
MW de energia. Um dos maiores problemas é o licenciamento ambiental. O
superintendente de fiscalização da Aneel, Jamil Abid, admite que há muitas
obras em atraso por causa de questões ambientais e decisão judicial. De
acordo com o relatório de fiscalização da Aneel, 33 usinas, de um total
de 41, estão com o cronograma atrasado. Boa parte delas por causa de problemas
ambientais. Entre os empreendimentos problemáticos, diz Jamil, estão as
usinas do Estado de Goiás. Ele explica que o órgão ambiental exigiu os
estudos das bacias dos rios que serão explorados. O problema é que essa
exigência surgiu após a licitação das unidades. Muitas outras unidades
estão paralisadas por problemas ambientais. Alguns empreendedores decidiram
pedir a devolução da concessão para a Aneel, como é o caso de Santa Isabel,
São Salvador, Itumirim e Cubatão. A devolução não foi aceita. (O Estado
de São Paulo - 19.03.2006) 2 Reluz vai investir R$ 2 bi em eficientização até 2010 O Reluz - programa
de iluminação pública eficiente da Eletrobrás e da Procel - investirá
cerca de R$ 2 bilhões até 2010 para tornar eficientes 5 milhões de pontos
de iluminação e instalar mais 1 milhão de novos pontos em cidades de todo
o país. Desta forma, será possível reduzir 300 MW da carga no horário
de maior consumo de energia. (Folha de São Paulo - 18.03.2006) 3 Plano Decenal: valores do CMO De acordo com
o Plano Decenal, o Custo Marginal de Operação (CMO) médio em 2007 será
de R$ 70 por MWh para o submercado Sudeste - Centro-Oeste - Rondônia,
enquanto esse valor pula para R$ 164 por MWh em 2008. O submercado Sul
tem CMO médio estimado em R$ 70 por MWh para 2007, enquanto no ano seguinte,
o valor passa para R$ 163 por MWh. No Nordeste, o CMO médio de R$ 70 por
MWh, em 2007, saltará para R$ 153 por MWh, em 2008. A previsão do CMO
médio para o submercado Norte - Manaus é de R$ 72 por MWh, em 2007, e
de R$ 157 por MWh, em 2008 (Agência Canal Energia - 17.03.2006) 4 EPE estima 2.142 km de novas linhas em operação
em 2006 5 Abraceel: custos de transporte devem ser atribuídos ao empreendimento A recente
divulgação do Plano Decenal de Energia Eletrica 2006 - 2015 despertou
uma preocupação entre os agentes do setor: o custo do transporte da energia
de grandes usinas, distantes dos principais centros de carga. Para Paulo
Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores
de Energia Elétrica (Abraceel), a entrada dos novos projetos deve se dar
em harmonia e sem perturbar o equilíbrio entre os mercados livre e cativo.
"A melhor solução é atribuir a cada empreendimento os custos de transporte
de sua energia, de forma a não criar sinais econômicos distorcidos", avalia
Pedrosa. Segundo o executivo, os reais custos da energia consumida precisam
ser alocados aos consumidores atendidos. "Caso os elevados custos de transporte
sejam alocados a todo o mercado e a energia de baixo custo for dirigida
apenas aos consumidores cativos, se promoverá um subsídio entre o mercado
livre e o cativo e se perderá a necessária transparência sobre o custo
da energia de cada empreendimento", ressalta. (Agência Canal Energia -
17.03.2006) 6 Aneel propõe novos critérios de repasse de recursos da CCC A Aneel disponibilizou
a proposta de aperfeiçoamento dos critérios de repasse de recursos da
Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis para empreendimentos que substituam
a geração térmica, reduzindo o uso de derivados de petróleo nos Sistemas
Isolados. As novas regras da CCC estão sendo discutidas em consulta pública
e as sugestões podem ser enviadas para a Aneel até 13 de abril pelo e-mail
ap005_2006@aneel.gov.br. (Agência Canal Energia - 17.03.2006) 7 PCHs: Aneel prorroga prazos de mais sete centrais A Aneel prorrogou os prazos para implantação de sete pequenas centrais hidrelétricas espalhadas pelo país. Quatro delas serão construídas no Tocantins pelas empresas Lagoa Grande Energética SA, Boa Sorte Energética SA, Riacho Preto Energética SA e Porto Franco Energética SA. As obras deverão começar até abril deste ano e a operação comercial até dezembro de 2007. A Energética Serra do Prata SA (BA), Santa Rosa II Geração de Energia Ltda. (RJ) e Caçador Energética SA (RS) têm até este mês para iniciar as obras. Já a comercialização da energia dessas hidrelétricas está prevista para dezembro do ano que vem. (Agência Canal Energia - 17.03.2006) 8 Recursos liberados pelo BNDES para
o SE têm redução de 70% 9 Anace é criada para atender consumidores A recém-criada
Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) pretende ser a
voz dos consumidores no setor elétrico. Inicialmente, a associação vai
atender consumidores industriais, comercial ou de serviços, na área de
energia elétrica e gás natural. No entanto, há a expectativa de ampliar
esse público para a área residencial. A meta é chegar ao final de 2006
com 100 associados. A Anace também vai atuar na defesa dos associados
em todas as demandas setoriais, ajudando na resolução de problemas com
as empresas e os órgãos reguladores. (Agência Canal Energia - 17.03.2006)
10 Curtas A Câmera de Comercialização de Energia Elétrica adiou para 28 de março a assembléia que definirá o nome do novo membro do Conselho de Administração, em substituição ao Antonio Soares Diniz, que saiu por motivos particulares. (Agência Canal Energia - 17.03.2006)
Empresas 1 Elektro investirá R$ 200 mi em 2006 A Elektro planeja
investir R$ 200 milhões nos programas de universalização e na modernização
e expansão do sistema de distribuição. O montante é 9,89% superior aos
R$ 182 milhões aplicados em recursos próprios no ano passado. Segundo
Marcelo Schmidt, diretor de finanças e relações com os investidores da
distribuidora, o investimento atenderá o crescimento médio do mercado,
de 4% ao ano. Em 2005, a Elektro registrou expansão de 4,5% no volume
de vendas totais, o que correspondeu a 12.137 GWh, e um faturamento de
R$ 3,25 bilhões. A distribuidora pretende concluir os trabalhos de universalização
até meados de 2007, que demandarão investimentos de cerca de R$ 20 milhões.
(Agência Canal Energia - 17.03.2006) 2 Lucro da Elektro cresce 153% em 2005 O diretor-presidente da Elektro, Orlando González, apresentou nesta sexta-feira, 17 de março, os resultados da empresa no ano passado. González considerou 2005 como o melhor ano da distribuidora desde sua criação. Em 2005, a companhia teve um lucro de R$ 658,325 milhões, resultado 153,8% superior ao obtido em 2004, quando a empresa lucrou R$ 259,812 milhões. Este resultado foi impactado pelo reconhecimento de um crédito fiscal, referente a imposto de renda e contribuição social diferidos, no total de R$ 324,6 milhões. Excluindo-se esses efeitos, o lucro real, no valor de R$ 333,7 milhões, representa um aumento de 28% em comparação a 2004. "Tivemos também no ano passado, o aumento tarifário de 2004 e 2005, o crescimento da receita de fio e a valorização do real frente ao dólar, que contribuíram para o resultado", completou. O executivo também destacou a reestruturação da dívida da companhia, que melhorou a estrutura de capital. Isto porque houve uma inversão na relação dívida líquida e patrimônio líquido, de 72%/28%, em junho de 2004, para 32%/68%, em dezembro do ano passado. Os acionistas da empresa fizeram uma capitalização de R$ 1,1 bilhão na Elektro para melhorar o perfil da dívida da empresa. (Agência Canal Energia - 17.03.2006) 3 Ampla investirá R$ 13 mi em projetos de eficiência energética A Aneel aprovou
na publicação do Diário Oficial da União, os programas de eficiência energética
para o ciclo 2004/2005. A Ampla prevê investimentos de R$ 13,814 milhões,
o que corresponde a 1,728% da sua receita operacional líqüida. A empresa
terá até 14 de março de 2007 para concluir seu programa. Em Tocantins,
a Celtins investirá R$ 1,292 milhão, equivalente a 0,504% da ROL da empresa
e com prazo de conclusão definido para 24 de novembro deste ano. Já a
Força e Luz do Oeste , vai reservar R$ 42 mil, equivalentes a 0,109% da
ROL, com previsão de conclusão até 10 de março de 2007. (Agência Canal
Energia - 17.03.2006) 4 Alusa mantém ritmo na expansão de geração e transmissão
5 Alusa: mais 210 quilômetros de linha neste ano Na transmissão,
no qual a Alusa já tem participação consolidada no mercado, a empresa
vai incorporar, este ano, mais 210 quilômetros de linhas em operação.
A previsão é de que as linhas Itutinga(MG)-Juiz de Fora(MG), com 150 quilômetros
e tensão de 345 kilovolts (kV), e Irapé(MG)-Araçuaí(MG), com 60 quilômetros
e 230 kV, sejam inauguradas no segundo semestre. A linha Barra Grande(RS)-Lajes(RS),
com 190 quilômetros de extensão e 230 kV, adquirida no último leilão de
transmissão, ocorrido em novembro, terá as obras iniciadas este ano, após
a assinatura do contrato de concessão, que será feita ainda este mês.
A previsão de conclusão é de 18 meses. A Alusa aguarda aprovação da Aneel
para assumir a Lumitrans, linha de 51 quilômetros que liga os municípios
de Campos Novos e Machadinho, em Santa Catarina. O investimento chegará
a R$ 72 milhões, e a previsão é de que a linha seja entregue em fevereiro
de 2007. O portfólio da Alusa conta com 2.850 quilômetros de linhas. Com
a conclusão dos projetos, a empresa dará um salto para 3.300 quilômetros.
(Jornal do Commercio - 20.03.2006) 6 Tractebel investirá R$ 235 mi este ano A Tractebel
Energia, do Grupo Suez Energy Internacional, pretende investir este ano
R$ 235 milhões em obras, revitalização e projetos de usinas que já estão
com licença prévia. O anúncio foi feito hoje durante a reunião da Apimec,
em São Paulo. Segundo o diretor financeiro da companhia, Marc Verstraete,
R$ 60 milhões estão destinados às obras e revitalização das usinas. O
restante, R$ 175 milhões serão utilizados em dois projetos, a construção
das hidrelétricas São Salvador, com capacidade instalada de 241MW e Estreito,
com capacidade instalada de 1.087 MW, que já está com licença prévia para
construção podendo entrar em operação em 2009. A empresa é a maior geradora
privada do setor elétrico do País. Possui 8% de capacidade instalada do
Brasil cobrindo os estados do Sul e Centro-Oeste. (InvestNews - 17.03.2006)
7 Procuradoria vai apurar negociações na Light A Procuradoria
da República instaurou procedimento administrativo com o objetivo de "acompanhar
o processo de venda do controle acionário da Light", segundo comunicado
enviado à direção da companhia, ao BNDES e à Aneel . Ao BNDES, que emprestou,
em 2005, R$ 727 milhões à Light por meio de debêntures conversíveis que
lhe dá direto a 30% da companhia, os procuradores indagam se o BNDES está
acompanhando o processo de venda, quais medidas já foram tomadas pela
instituição e quais os efeitos da operação de venda em relação à dívida
da Light com o banco. Para a Aneel, as indagações são sobre quais requisitos
legais devem ser observados pela controladora da Light, se qualquer empresa
pode adquirir o controle da distribuidora e se há risco de essa operação
acarretar uma piora nos serviços prestados à população. (Folha de São
Paulo - 18.03.2006) 8 Cemig otimista no processo de compra da Light A Cemig, embora admita a força dos concorrentes no processo de compra da Light, procura mostrar-se otimista, e descarta a repetição de resistências regionalistas, como a que impediu a empresa de concorrer na privatização da Ceterp. A Cemig, para agregar valor aos acionistas, precisa melhorar a rentabilidade e a eficiência das controladas. "Queremos entrar na Light para agregar experiência, que é diferente. Temos força na área industrial, a Light é mais residencial. Trabalhos complementares, portanto, de forma compatível com nosso plano de crescimento para os próximos 30 anos", argumenta o presidente do Conselho de Administração da empresa, Wilson Brumer. O foco do plano é expandir a empresa até os limites regulatórios (20% da energia distribuída no país), de forma sustentável, ou seja, com risco reduzido e geração de valor garantida. (Jornal do Commercio - 20.03.2006) 9 Cemig: Ágora recomenda 'compra' Após a Cemig divulgar seus resultados referentes ao ano de 2005, números que não trouxeram muito otimismo ao mercado e levaram suas ações a uma ampla seqüência de quedas, a companhia esclareceu os efeitos de itens não-recorrentes em seu resultado final. Segundo a corretora Ágora Senior, em relação ao Ebitda, que passou de R$ 3,2 bilhões em 2004 para R$ 2,4 bilhões em 2005, a companhia destacou os efeitos das provisões de RTE da Cemig Geração e Distribuição, além das despesas com eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento. Positivamente, a Ágora ressaltou que, ao longo de 2006, um driver para as ações da Cemig poderá ser a reversão de provisões, que poderão inflar o Ebitda da elétrica neste ano. Assim, passados os ajustes no resultado de 2005, a recomendação da Ágora para as ações preferenciais da elétrica é de compra. (Elétrica - 17.03.2006) 10 Bandeirante investe na melhoria do atendimento ao cliente A Bandeirante
Energia vem apostando na relação com o consumidor, através do Programa
Excelência no Atendimento. Para isso, a empresa investiu R$ 1,5 milhão
na reforma e abertura de novas lojas. Atualmente, a distribuidora conta
com 23 agências, sendo que seis delas já foram reformadas. A previsão
é inaugurar mais três novas unidades no meio deste ano. Segundo a companhia
o atendimento ao cliente será prioridade este ano. A capacitação de pessoal
também faz parte do Programa Excelência no Atendimento da Bandeirante,
que possui 130 atendentes, incluindo terceirizados. A distribuidora também
está investindo em novas ferramentes. O Power On, sistema de gestão de
despacho, em operação desde o ano passado, diminui o tempo de espera dos
consumidores. (Agência Canal Energia - 17.03.2006) No pregão do dia 17-03-2006, o IBOVESPA fechou a 38.049,17 pontos, representando uma baixa de 0,28% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,76 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,29%, fechando a 13.002,27 pontos. Este As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,98 ON e R$ 49,25 PNB, alta de 2,35% e 1,55%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 20-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,90 as ações ON, baixa de 0,17% em relação ao dia anterior e R$ 49,39 as ações PNB, alta de 0,28% em relação ao dia anterior. (Investshop - 20.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim refuta aumento do custo da energia em 2008 O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, refutou afirmações de que o custo da energia
será maior para os consumidores a partir de 2008. O executivo explicou
que o Plano Decenal considera a possibilidade de elevação apenas do Custo
Marginal de Operação (CMO) em 2008. Segundo ele, os cálculos para o risco
de déficit e do CMO não consideram as tendências hidrológicas previstas
pelo ONS. "Existe a probabilidade de aumento do CMO, que não necessariamente
vai ocorrer. Caso ocorra, não há conseqüência para os preços finais nem
para a segurança", destacou. O CMO é a base de cálculo do Preço de Liquidação
de Diferenças, utilizado no mercado spot. Tolmasquim afirmou que a exclusão
da tendência hidrológica foi recomendada pelo Cepel. (Agência Canal Energia
- 17.03.2006) 2 EPE prevê que 6.685 MW sejam incorporados ao sistema nacional em 2006 Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, só neste ano a expectativa é que 6.685 MW de energia sejam incorporados ao sistema nacional, resultado de investimentos da ordem de US$ 5 bilhões. Desse montante, 5.111 MW virão das usinas hidrelétricas licitadas em governos anteriores e que estão em fase final de construção. Outros 493 MW serão produzidos por unidades termoelétricas, movidas a diversos tipos de combustíveis. O Proinfa também dará sua contribuição. Serão cerca de 914 MW, informou Tolmasquim. Junta-se a isso 166 MW do sistema isolado, formado por Estados do Norte do País, como Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Amapá. Além das usinas que entram em operação neste ano, o País conta ainda com cerca de 5 mil MW de energia em usinas com algum tipo de empecilho ou em fase de licenciamento. (O Estado de São Paulo - 19.03.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 18/03/2006 a 24/03/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Expansão da Petrobras atrai investimentos Os fornecedores de equipamentos, componentes e serviços para a indústria de petróleo e gás vivem um momento de otimismo e expansão gerados, principalmente, pelo plano de investimento da Petrobras de US$ 56,4 bilhões até 2010, sendo US$ 49,3 bilhões no Brasil. Somente no Estado do Rio de Janeiro, atraídas por incentivos fiscais e pela principal concentração da indústria de petróleo e gás do país, pelos menos oito empresas estão neste momento em fase de instalação de fábricas. O investimento deste projeto supera US$ 130 milhões, segundo dados da Secretaria de Energia, Petróleo e Indústria Naval do Estado. A maior parte delas estima começar a funcionar ainda este ano. Novatas e tradicionais fabricantes estão, estão de olho, por exemplo, nas compras diretas de materiais da Petrobras. Para se ter uma idéia do que significa ter a estatal como cliente, somente em 2005 as compras dela cresceram 56%, chegando a US$ 2,8 bilhões. (Valor Econômico - 20.03.2006)
Grandes Consumidores 1 China suspende limites à importação de minério O governo chinês
anunciou que está suspendendo os limites impostos às siderúrgicas chinesas
para a importação de minério de ferro, medida que afeta especialmente
as maiores mineradoras do mundo, a Vale do Rio Doce e as australianas
Rio Tinto e BHP. Mas o governo diz que as siderúrgicas chinesas não suportam
novos aumentos de preços de até 20%, como pedem as mineradoras na negociação
dos contratos anuais de fornecimento de minério de ferro. A declaração
foi dada ontem pelo presidente da Comissão de Reforma e Desenvolvimento
Nacional da China. Analistas locais acreditam que a intervenção do governo
havia repercutido muito mal no exterior, especialmente na OMC. "O governo
não vai interferir na fixação dos preços, que serão definidos pelo mercado",
afirmou o mesmo presidente. (O Globo - 19.03.2006) 2 Corus intenciona propor fusão com CSN A siderúrgica
anglo-holandesa Corus considera apresentar uma nova proposta de fusão
para a brasileira CSN. A primeira proposta, feita em novembro de 2002,
acabou frustrada. Desta vez, baseada na experiência passada, a empresa
deve tentar obter um acordo de parceria, em vez de simplesmente comprar
a CSN, como proposto em 2002. O executivo-chefe da Corus disse que o Brasil
é uma das três regiões nas quais a empresa está interessada em uma coligação
com uma produtora de placas de aço a baixo custo, o que aumentaria sua
eficiência. As outras regiões são a Índia e repúblicas da antiga União
Soviética. "Discussões sobre atividades exploratórias estão em andamento.
Estamos prontos para entrar em parcerias locais apropriadas quando for
necessário", disse. (Folha de São Paulo - 20.03.2006) 3 Unipar: lucro cai 9% em 2005 Uma combinação
de fatores que inclui câmbio apreciado, petróleo em alta e juros na estratosfera
reduziu em 9% o lucro líquido da Unipar, que passou de R$ 204,047 milhões,
em 2004, para R$ 185,7 milhões no ano passado. Apesar do desempenho abaixo
do esperado, a petroquímica não só alcançou o segundo maior lucro de sua
história, como também atingiu o melhor resultado em 2005 entre as empresas
que atuam nesse setor no eixo Rio/São Paulo. A queda no lucro foi atenuada
pelos números favoráveis da Carbocloro, que alcançou no mesmo período
o maior resultado de sua história com lucro líquido de R$ 171,3 milhões,
43,8% superior ao de 2004. O presidente da Unipar afirmou que os preços
do petróleo tiveram maior peso para o resultado negativo da companhia
no ano passado. No quarto trimestre de 2005, a Unipar obteve lucro líquido
de R$ 46,6 milhões, 28,1% inferior ao alcançado no mesmo período de 2005.
Apesar da queda do lucro anual, no ano passado a empresa obteve uma receita
líquida 6% superior à de 2004. No período, a receita aumentou de R$ 2,2
bilhões para R$ 2,3 bilhões, apesar de uma ligeira queda de 1% nas vendas
das resinas termoplásticas produzidas pelas controladas. Isso foi possível
com o aumento dos preços desses produtos. (Gazeta Mercantil - 20.03.2006)
4 Mercado mais aquecido para petroquímica A expectativa
de um crescimento maior do PIB, a demanda interna mais aquecida e o cumprimento
de contratos de exportação são alguns dos fatores que vão melhorar o desempenho
do setor petroquímico este ano na avaliação da analista chefe da Lafis
Consultoria, Célia Murad. Célia informou que a consultoria está revendo
as projeções de crescimento do PIB, que era de 3,4% para 2006 e passou
para 3,7%. Com essa base, estudos da Lafis projetam alta de 13% nas vendas
da indústria química e petroquímica em 2006. No ano passado, os dados
preliminares mostram estabilidade com 2004 quando o setor faturou R$ 62,9
bilhões. Este ano, disse Célia, deve alcançar R$ 71 bilhões. "A maior
movimentação esperada na construção civil e na agricultura também deve
ajudar o setor", disse. (Gazeta Mercantil - 20.03.2006) 5 SDE abre processo para investigar CSN Única fabricante
de folhas metálicas para produção de latas de aço no Brasil, a CSN está
sendo investigada pela Secretaria de Direito Econômico por suspeitas de
que estaria "abusando de sua posição monopolista" neste mercado. O órgão,
que junto com o Cade é responsável pela defesa da concorrência, instaurou
um processo administrativo contra a siderúrgica no último dia 24 de fevereiro
que pode resultar em uma multa de até 30% do faturamento da companhia
em 2005. Processos como este costumam durar entre um e dois anos para
serem concluídos, segundo relatou uma fonte da secretaria. A investigação
que deu origem ao processo atual começou em 2002, quando as fabricantes
de latas Metalúrgica Matarazzo e a Rimet se uniram, dando origem à Companhia
Brasileira de Latas. Na ocasião, o Cade aprovou a fusão sem restrições,
mas recomendou que a SDE monitorasse o mercado e a CSN após a fusão. Entre
outras acusações que serão analisadas pela SDE está o que chamam de "venda
casada" de folhas metálicas com o serviço de transporte de entrega do
produto pela siderúrgica, que resulta em um preço até 30% mais caro se
retirassem o aço na usina. Apontam ainda a adoção de preços exorbitantes,
que chegam a ser 35% mais caros que os do mercado externo. (Valor Econômico
- 20.03.2006) Economia Brasileira 1 Governo acelera gasto com investimentos O governo federal acelerou os gastos com investimentos no primeiro bimestre deste ano. Em janeiro e fevereiro, as despesas da União para esse fim atingiram R$ 1,148 bilhão, 67,8% a mais do que no mesmo período de 2005, atualizando os valores pelo IPCA. Segundo analistas, o calendário eleitoral explica esse aumento dos investimentos. Por enquanto, esse aumento de gastos não coloca em risco a meta de superávit primário deste ano, de 4,25% do PIB, inferior aos 4,84% do PIB de 2005. A tendência é que os gastos tenham uma distribuição mais uniforme ao longo dos meses, não se concentrando no fim do ano, como ocorre em anos sem eleições. Os analistas ressaltam, porém, que cumprir a meta é incompatível com uma expansão muito forte dos investimentos em 2006, já que outros gastos públicos também vão crescer como as despesas com benefícios do INSS, devido ao reajuste do salário mínimo. Os gastos com investimentos neste ano se referem, em sua esmagadora maioria, ao pagamento de recursos inscritos como "restos a pagar" no fim de 2005. É um dinheiro que não foi usado em exercícios anteriores, que fica à disposição do governo para ser utilizado neste ano. Em 2005, os "restos a pagar" para o ano seguinte totalizaram R$ 13,479 bilhões, 136% a mais do que o volume deixado em 2004. (Valor Econômico - 20.03.2006) O IPC no município de São Paulo aumentou 0,26% na segunda medição de março. No levantamento anterior, a Fipe verificou inflação de 0,16%. Transportes apresentaram o incremento mais expressivo neste estudo, de 0,92%, acentuando a tendência de alta vista na primeira prévia, quando subiu 0,67%. Saúde viu elevação de 0,64%. Alimentação cresceu 0,50% depois de apurar acréscimo de 0,21% na pesquisa inicial deste mês. Habitação, por sua vez, inverteu o rumo tomado anteriormente e acabou a segunda quadrissemana de março com queda de 0,01%. Despesas Pessoais caíram 0,05% e Vestuário recuou 0,67%, sucedendo um decréscimo respectivo de 0,11% e de 0,61% da pesquisa inicial do mês. (Valor Econômico - 20.03.2006) 3 IGP-M apresenta deflação de 0,10% 4 Abdib vai aos EUA em busca de recursos para expansão do setor O presidente
e o vice da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base
(Abdib), estão prontos para mais uma viagem em busca de fontes de financiamento
(leia-se investidores institucionais) para os projetos de expansão do
setor. Desta vez o destino é New Orleans, onde será realizado o "4th Latin
American Leadership Forum", cenário de apresentação de projetos de obras
de infra-estrutura na América Latina que demandarão investimentos da ordem
de US$ 50 bilhões nos próximos três anos. A Abdib mostrará as oportunidades
de investimento no Brasil abertas a partir da aprovação do Fundo Garantidor
das PPP e da iminente retomada das concessões rodoviárias. No entender
do presidente da associação, iniciativas semelhantes às da Abdib "ajudam
a pavimentar o caminho para que o Brasil obtenha o ambicionado grau de
investimento. A queda do risco-país a níveis inéditos contribui para que
o Brasil se torne mais atraente aos olhos do investidor estrangeiro. Além
disso, o presidente da Abdib observou que o ciclo de investimentos na
China já "amadureceu" e agora os holofotes tendem a se voltar para o Brasil
e a Índia. (Gazeta Mercantil - 20.03.2006) 5 Desembolsos do BNDES devem atingir R$ 60 bi este ano A projeção do
BNDES é de que os desembolsos da instituição atinjam R$ 60 bilhões este
ano, contra os R$ 47 bilhões registrados em 2005. No entanto, hoje, em
entrevista coletiva concedida para falar dos resultados do BNDES no primeiro
bimestre deste ano, o presidente da instituição, Guido Mantega, disse
preferir não arriscar um número, e admitiu que uma projeção mais realista
diria que os desembolsos do banco ficariam "acima de R$ 50 bilhões". No
primeiro bimestre do ano os desembolsos do banco caíram 32%, dos R$ 6,2
bilhões, registrados nos dois primeiros meses do ano passado, para R$
4,2 bilhões, no mesmo período deste ano. "O desembolso olha o passado"
disse Mantega, explicando que por isso, a queda é reflexo da desaceleração
da atividade econômica verificada no segundo semestre do ano passado.
(InvestNews - 20.03.2006) 6 Focus: expectativa de Selic mais baixa no fim do ano O boletim Focus mostra que analistas e economistas reduziram a expectativa para o juro básico da economia ao final de dezembro. No relatório divulgado nesta segunda-feira, o mercado crê na taxa Selic de 14,38% no último mês do ano. Em linha com a redução da aposta para a Selic na virada do ano, o mercado também diminuiu a projeção para o juro médio em 2006, de 15,46% na semana passada para 15,34%. Para abril, o mercado mantém a expectativa de que o juro deve ser reduzido novamente em 0,75 ponto percentual. (Investnews - 20.03.2006) 7 Focus: diminui aposta para IGP-M, IGP-DI e IPC Fipe 8 Focus: projeção de expansão de 3,5% para o PIB O mercado financeiro
não alterou sua projeção para o crescimento da economia neste ano. A mediana
das expectativas revela expansão de 3,50% PIB para 2006 pela 46ª semana
consecutiva. Para o próximo ano, a estimativa média de aumento do PIB
continuou em 3,70% pela segunda semana seguida. Os analistas também mantiveram
a estimativa média para o superávit da balança comercial de 2006 em US$
40 bilhões, mas reviram para cima a expectativa do saldo comercial positivo
do próximo ano, de US$ 35 bilhões para US$ 35,5 bilhões. A previsão para
a entrada de investimentos estrangeiros em 2006 continuou em US$ 15 bilhões
e ficou em US$ 16,30 bilhões para 2007, o mesmo nível do estudo anterior.
A projeção média dos analistas para as contas correntes brasileiras em
2006 não apresentou alteração, mantida em um superávit de US$ 9 bilhões.
Em 2007, espera-se superávit de US$ 4,56 bilhões em vez dos US$ 4,5 bilhões
aguardados previamente. Para a produção industrial, a mediana das expectativas
dos analistas sugere um aumento de 4,11% em 2006 e uma elevação de 4,25%
nos 12 meses seguintes. (Valor Econômico - 20.03.2006) Depois de abrir
em pequena queda, o dólar comercial tinha alta de 0,24%, a R$ 2,129 na
compra e R$ 2,131 na venda. Na máxima já subiu 0,38% (R$ 2,134 na venda)
e na mínima caiu 0,19%, para R$ 2,122 na venda. No último pregão, o dólar
comercial terminou com alta de 0,75%, a R$ 2,1240 na compra e a R$ 2,1260
na venda. (O Globo Online e Valor Online - 20.03.2006)
Internacional 1 Bolívia não acredita no Gasoduto do Sul O ministro da
Presidência da Bolívia (equivalente a ministro-chefe da Casa Civil), Juan
Ramón Quintana, considerou ontem pouco provável a construção do 'faraônico'
gasoduto que leve gás da Venezuela à Argentina pela selva amazônica brasileira.
"Não damos muito crédito a esse projeto", disse. O gasoduto de 8 mil quilômetros
está orçado em US$ 20 bilhões. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
afirmou no início do mês que o Gasoduto do Sul é perfeitamente possível.
(O Estado de São Paulo - 19.03.2006) 2 Panorama político boliviano preocupa investidores O panorama político
boliviano ficou mais turvo depois que o procurador-geral da Bolívia, Pedro
Gareca, solicitou à Corte Suprema autorização do Congresso para abrir
processo contra quatro ex-presidentes. Esse tempero extra no caldo político
boliviano preocupa as empresas interessadas em ampliar investimentos no
país para elevar a oferta de gás para o Brasil, justo no momento em que
a TBG se prepara para ampliar o Gasbol. A TBG já iniciou o processo de
consulta pública para expansão do gasoduto. Com o chamado "concurso aberto",
outras empresas podem investir para garantir um pedaço maior do mercado
brasileiro. Até agora, as maiores interessadas eram a BG, a francesa Total
e a própria Repsol. Mas no mercado a avaliação de fontes da indústria
é que mais uma vez a Petrobras deve sair na frente porque deve ser a única
a correr o risco do investimento no atual cenário boliviano. Sem contratos
válidos e sem saber o teor dos novos contratos (que serão regidos pela
nova Lei de Hidrocarbonetos), essas empresas deverão ter dificuldade de
fechar o negócio com a TBG. Além disso, a expectativa é que a Petrobras
contrate logo até 12 milhões de metros cúbicos adicionais para se antecipar
à Lei do Gás brasileira. (Valor Econômico - 20.03.2006) 3 Empresas alemãs defendem energia nuclear Os dois maiores grupos de energia da Alemanha defenderam uma prorrogação da vida das centrais atômicas do país, a menos de três semanas da realização de uma cúpula nacional sobre o setor. As centrais nucleares deveriam funcionar enquanto isto "for sensato do ponto de vista técnico e econômico", disse Wulf Bernotat, presidente do maior grupo energético alemão, E.ON. Bernotat sugeriu que o país se oriente pelo exemplo americano ou sueco. "A média é de até 60 anos" de utilização, assinalou. O acordo para o abandono da energia atônica, adotado pelo governo de Gerhard Schroeder fixou um prazo de exploração médio de 32 anos para as centrais nucleares, o que significaria que o fechamento da última instalação ocorreria por volta de 2020. Já o presidente do maior grupo elétrico alemão, RWE, Harry Roels, disse que "a Alemanha não tem o direito de excluir uma fonte de energia, a nuclear, que deve eliminar sua conotação ideológica". (Gazeta Mercantil - 20.03.2006) 4 CS perto de acordo sobre a crise iraniana
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