l IFE:
nº 1.768
- 16
de março
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Furnas defende aproveitamento do potencial hídrico do país O presidente
de Furnas, José Pedro Rodrigues, defendeu que o país continue a apostar
no aproveitamento do potencial hidrelétrico, avaliado em 250 mil MW não
utilizados. "As hidrelétricas são mais baratas e menos poluentes que as
outras fontes", disse Rodrigues. Quanto aos investimentos, frisou que
Furnas estará sempre disposta a investir quando a taxa de retorno for
igual ou superior a 10%. "Não é possível que o retorno seja de cinco anos
em um empreendimento programado para funcionar cem anos", comparou, referindo-se
a decisão de empresas privadas de não participarem do leilão de energia
nova, devido à baixa taxa de retorno. A posição de Rodrigues foi corroborada
por Aloisio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás. O executivo disse que
a holding está disposta a investir em parceiras com a iniciativa privada.
"A Eletrobrás voltou a ser investidora ativa. Queremos uma participação
de 49% em sociedades com a iniciativa privada". (Agência Canal Energia
- 15.03.2006) 2 Furnas: questões ambientais devem ser equacionadas O presidente
de Furnas ressaltou que deve ser encontrado uma equação para que sejam
resolvidas as questões ambientais que vem atrasando a oferta de usinas
hidrelétricas nos novos leilões de energia. Rodrigues destacou que o Brasil
deve continuar priorizando o aproveitamento de seu imenso potencial hidrelétrico,
estimado em 250 mil MW não utilizados. Ele salientou que Furnas disputará
empreendimentos cuja taxa de retorno mínima seja de 10%. (Jornal do Commercio
- 16.03.2006) 3 Abradee: empresas fazem provisões por conta do apagão No último
trimestre de 2005, algumas das principais distribuidoras de energia do
país fizeram provisões em seus balanços contábeis que somavam R$ 843 milhões
até ontem, por conta de um esqueleto da época do apagão. O balanço foi
feito pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica
(Abradee) com 11 concessionárias que haviam divulgado o seu balanço até
ontem. Essas companhias representam mais de 70% do mercado nacional de
distribuição de energia. A Eletropaulo, por exemplo, declarou perdas de
R$ 176,9 milhões no último trimestre, e amargou no ano um prejuízo de
R$ 184 milhões. A CPFL Paulista e a Cemig, apesar dos lucros bilionários,
provisionaram R$ 79,3 milhões e R$ 277 milhões, respectivamente. Todo
o problema gira em torno da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE),
conhecida informalmente como a "conta do apagão", criada pelo governo
para recuperar as perdas que as empresas de energia tiveram na época do
racionamento. Nos últimos dois anos, houve uma forte migração de grandes
consumidores industriais da área cativa das concessionárias para o mercado
livre de energia. Na época do racionamento, havia apenas seis consumidores
livres no país, responsáveis por menos de 1% do consumo nacional. Hoje,
existem 770 consumidores livres industriais que representam cerca de 25%
de todo o consumo de energia do país. (Valor Econômico - 16.03.2006) 4
Audiência sobre cobrança da RTE é adiada 5 Empresas do mercado livre querem evitar cobrança da RTE As empresas
que atuam no mercado livre de energia querem postergar a data da audiência
pública, promovida pela Aneel e prevista para ocorrer no dia 30 de março,
cujo assunto em pauta é a cobrança da RTE (Recomposição Tarifária Extraordinária)
para os consumidores que exerceram a opção de sair do mercado cativo após
o surgimento dessa taxa, em abril de 2002. "Queremos adiar a audiência
para que possamos mostrar a Aneel o quanto é absurda e injusta essa idéia
de cobrar a RTE dos clientes livres", afirma Lindolfo Ernesto Paixão,
presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace).
Caso a proposta de cobrança seja levada adiante, os consumidores livres
terão que desembolsar um total de R$ 860 milhões, segundo a Anace. As
empresas do mercado livre alegam que, durante os quatro anos de vigência
da RTE, "jamais foram avisadas da possibilidade de terem de contribuir
com essa taxa". (Gazeta Mercantil - 16.03.2006) 6 Derrubada liminar que proibia interrupção no fornecimento de energia em SP Uma decisão
do Tribunal de Justiça (TJ) trouxe de volta o risco de repartições da
Prefeitura de São Paulo ficarem sem luz. A administração do prefeito José
Serra havia obtido uma liminar que proibia a interrupção de fornecimento
de energia nas repartições municipais. Anteontem (14/03), porém, o TJ
derrubou a liminar. De acordo com o TJ, qualquer interrupção no só poderá
ser feito 15 dias após a publicação da decisão que derrubou a liminar
da prefeitura. A Secretaria Municipal de Finanças diz que a prefeitura
está em dia com a empresa e alega não haver motivos para eventuais cortes
de luz. A Eletropaulo diz que tem a receber R$ 3,9 milhões em contas atrasadas
a partir de fevereiro de 2005. A distribuidora afirma que não pretende
cortar a luz, pois quer, antes, buscar uma saída negociada. (Folha de
São Paulo - 16.03.2006) 7 Segundo circuito da LT Teresina II/ Sobral III volta a operar O segundo circuito da linha de transmissão Teresina II/ Sobral III, sob responsabilidade da Chesf, já está operando em caráter definitivo. O circuito, em 500 kV, estava indisponível desde 19 de fevereiro com a queda de dez torres, devido ao rompimento de estais que as sustentavam. Arnaud acredita na hipótese de vandalismo. O primeiro circuito, que funcionava com torres de emergência e um condutor por fase, foi desligado no último dia 13 de março, e deve ser normalizado em 9 de abril. (Agência Canal Energia - 15.03.2006) 8
Curtas
Empresas 1 Eletrobrás vai propor medidas para solução de distribuidoras federalizadas O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcellos, informou que vai propor um leque
de soluções para resolver o problema das cinco distribuidoras estaduais
que foram federalizadas e que estão listadas em seu balanço como "investimento
temporário". Estão nessa lista a Ceal, Cepisa, Ceron, Ceam e a Eletroacre.
As medidas serão apresentadas na próxima reunião do conselho de administração
do grupo, presidido pelo ministro Silas Rondeau, no dia 22 de março. O
presidente da Eletrobrás adiantou que uma das sugestões que será levada
a Brasília é a fusão da Ceam com a Manaus Energia, que é uma subsidiária
da Eletronorte. Ele disse que a Eletrobrás encerra amanhã um plano de
ação para saneamento financeiro dessas distribuidoras, nos quais serão
incluídos contratos de gestão, medição de índices de desempenho gerencial
e metas para redução dos índices de perdas. (Valor Econômico - 16.03.2006)
2 Eletrobrás deve estreiar ADRs nível 2 na Bolsa de NY em junho Depois de vários adiamentos, o presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, prevê para junho a estréia dos ADRs nível 2 da Eletrobrás no pregão da Bolsa de Nova York. Desde 1995, a empresa tem o ADR nível 1, que só permite negociação no mercado de balcão. (Jornal do Brasil - 16.03.2006) 3 Pressão sobre Furnas pode trazer maiores ganhos A pressão
das empresas privadas pode render a Furnas, o maior investidor em geração
elétrica no País, retorno mais gordo sobre os investimentos - e energia
elétrica mais cara. Em busca de maior participação da iniciativa privada,
a estatal será capaz de elevar suas expectativas de rentabilidade para
chegar a um consenso com os potenciais parceiros. A estatal está disposta
a obter 10% de retorno ao ano nos investimentos, enquanto os potenciais
parceiros querem 15%. "Não posso opinar sobre como os empresários querem
fazer seus investimentos. Entre os 10% que topamos fazer e os 15% deles
têm espaço", afirmou José Pedro Rodrigues de Oliveira. Rodrigues conta
que já começou a conversar com empresários para a formação de parcerias
para os próximos leilões. Ele revela que têm interesse em arrematar a
concessão de todas as usinas localizadas no estado do Rio. Outro projeto
que lhe interessa é o do Rio Madeira. (Gazeta Mercantil - 16.03.2006)
4
Tractebel lucra R$ 920 mi 5 Vendas de energia da Copel crescem 3,6% A Copel
totalizou 18.696 GWh de consumo de energia elétrica em 2005, um crescimento
de 3,6% se comparado ao ano anterior. O desempenho foi influenciado pelo
aumento do consumo nas classes comercial e rural, com 6,8% e 5,2%, respectivamente.
A classe residencial cresceu 4,2%. Apenas a área industrial teve queda
de 9,3%, no mercado cativo, por causa da transferência dos consumidores
livres para a Copel Geração. Incluindo esses consumidores, o consumo industrial
total da Copel teve crescimento de 1,8%. (Agência Canal Energia - 15.03.2006)
6 S&P eleva ratings de subsidiárias do grupo Neoenergia A elevação,
segundo Standard & Poor's , reflete a melhora no perfil financeiro da
implementação consistente das estratégias financeiras e de eficiência
operacional estabelecidas pelo grupo. Em todos os casos, a perspectiva
dos ratings é estável. A Coelba teve seu rating de crédito corporativo,
atribuído na Escala Nacional Brasil, elevada de 'brA' para 'brA+'. A S&P
também elevou os ratings atribuídos à 3ª e 5ª emissões de debêntures da
distribuidora, no valor total de R$ 622,5 milhões. A Cosern teve seu rating
de crédito corporativo, na Escala Nacional Brasil, elevado de 'brA' para
'brA+', assim como o rating relativo à terceira emissão de R$ 179 milhões
em debêntures, que passou para 'br"A+'. Influenciada pela melhora da qualidade
de crédito das duas distribuidoras, o rating de crédito corporativo, na
Escala Nacional Brasil, da Neoenergia passou para 'brA+'. Somente a Celpe
teve o rating de crédito corporativo e sua segunda emissão de R$ 430 milhões
em debêntures reafirmados em 'brBBB+'. Neste caso, a S&P explica que a
reafirmação reflete os indicadores de proteção do fluxo de caixa da empresa,
ainda fracos, em função da pendência relacionada ao reajuste tariifário
de 2005. (Agência Canal Energia - 15.03.2006) 7 Cesp paga amortização e rendimento de cotas seniores O Fundo
de Investimento e Direitos Creditórios Cesp, administrado pelo banco Bradesco,
vai pagar amortização e rendimento de cotas seniores. O valor unitário
da amortização por cota chega a R$ 5 mil. Já o do rendimento por cota
é de R$ 1,442 mil. A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina também
pagará, juros e amortização de debêntures não-conversíveis da 6ª emissão,
1ª e 2ª séries, emitidas em 15 de julho de 2003. O valor dos juros da
1ª série é de R$ 2,174 mil por debênture, e o da amortização de R$ 37,458
mil por debênture. Os juros da 2ª série somam R$ 7,474 mil e o valor da
amortização totaliza R$ 23,411 mil, ambos por debênture. (Agência Canal
Energia - 15.03.2006) 8 Holding da Cemar vai à bolsa A GP Investimentos e o Banco Pactual resolveram lançar ações em bolsa da Equatorial Energia, holding que controla a Cemar.. A operação chama a atenção porque o preço pretendido pelos acionistas vendedores é várias vezes superior ao que o fundo de private equity do Pactual acaba de pagar para ingressar no capital da empresa.A oferta pública de ações, poderá ficar entre R$ 380,7 milhões e R$ 510,3 milhões. Depois da oferta, 49,4% do capital da Equatorial estará pulverizado no mercado. O Pactual só concluiu no último dia 7 a sua entrada no capital da Equatorial. Pagou R$ 87,5 milhões para ficar com 46,25% do capital total da Equatorial Holdings LLC, constituída no exterior. Pelo acordo de acionistas que fechou com a GP, compartilha o controle das holdings e, por consequência, da Cemar. (Valor Econômico - 16.03.2006) 9 S&P atribui rating à Bandeirante A Standard & Poor's atribuiu nesta quarta-feira, 15 de março, o rating de crédito corporativo 'brA-', na Escala Nacional Brasil, para a Bandeirante e para 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 250 milhões. Segundo a S&P, a persectiva do rating é estável. A classificação, de acordo com a instituição, reflete o perfil favorável de endividamento após o alongamento do passivo obtido com a emissão das debêntures. Como ponto positivo, a S&P destacou a reorganização societária dos ativos da Energias do Brasil, que controla a distribuidora, sob uma holding de capital aberto, melhora o acesso da Bandeirante ao mercado de capitais. (Agência Canal Energia - 15.03.2006) 10 STJ mantém suspensão de liminares que impediam reajustes da Celpe e Cosern A Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter suspensas
liminares que impediam o aumento das tarifas de energia elétrica pela
Celpe e a Cosern. O julgamento estava interrompido em razão do pedido
de vista do ministro Cesar Asfor Rocha, que, ao proferir o seu voto-vista,
divergiu do relator, ministro Edson Vidigal. O relator, ao votar pela
suspensão das liminares, ressaltou que o interesse público não se resume
à contenção de tarifas, mas vai além, devendo primar pela continuidade
e qualidade do fornecimento de energia. Por isso, a manutenção dos contratos
celebrados com o poder concedente é essencial para viabilizar investimentos
no setor. (Elétrica - 15.03.2006) No pregão do dia 14-03-2006, o IBOVESPA fechou a 38.243,99 pontos, representando uma alta de 1,87% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,41 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,78%, fechando a 12.972,83 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,21 ON e R$ 47,65 PNB, alta de 1,56% e 0,95%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 16-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,50 as ações ON, alta de 0,63% em relação ao dia anterior e R$ 48,49 as ações PNB, alta de 1,76% em relação ao dia anterior. (Investshop - 16.03.2006) A Eletrobrás volta a ocupar em abril o antigo endereço, na esquina das Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no Centro do Rio. O prédio foi desocupado após incêndio que destruiu todas as instalações da estatal, em dezembro de 2004. (Jornal do Brasil - 16.03.2006) O III Fórum Brasileiro sobre Agências Reguladoras, que acontece nos dia 3 e 4 de abril, em Brasília, fará uma análise interdisciplinar da atuação das agências e das propostas de alteração do marco legal de setores econômicos e de serviços públicos afetados pela regulação. (Agência Canal Energia - 16.03.2006)
Leilões 1 Licença ambiental para complexo do Rio Madeira sairá antes da licitação O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, afirmou que "as conversas estão adiantadas"
para que a licença ambiental para construção das usinas de Rio Madeira
saia antes do leilão do projeto, previsto para junho. Ele rebateu as críticas
feitas pelo presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia
Elétrica (CBIEE), Cláudio Sales, que afirmou que a oferta de um projeto
ainda sem autorização pode trazer riscos de desabastecimento e que, no
momento, o empreendimento não é viável financeiramente. "Temos de fazer
esse investimento. A usina faz parte de um projeto maior. Claro que vamos
entrar associados a um investidor privado", afirmou Vasconcelos, sem,
no entanto, dizer quem seria o parceiro na empreitada. (Jornal do Brasil
- 16.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 81,7% Com aumento
de 0,1%, o volume acumulado está em 81,7 % no Sudeste/Centro-Oeste. O
nível está 23,8% acima da curva de aversão ao risco. O reservatório da
usina de São Simão atinge 97,5% de capacidade, enquanto a hidrelétrica
de Chavantes funciona com 75,1%. (Agência Canal Energia - 15.03.2006)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 56,7% A região Sul apresenta 56,7% de capacidade, com queda de 0,8% em relação à medição anterior. A usina de Governador Bento Munhoz trabalha com 61% de volume armazenado. (Agência Canal Energia - 15.03.2006) 3 NE apresenta 80,1% de capacidade armazenada O nível
de armazenamento está em 80,1% no Nordeste, com alta de 0,7% em relação
ao boletim anterior. Sobradinho opera com 82% de capacidade. O volume
do submercado está 31,6% acima da curva de aversão ao risco. (Agência
Canal Energia - 15.03.2006) 4 Norte tem 92,2% da capacidade de armazenamento A capacidade
de armazenamento no Norte está em 92,2%, o que representa elevação de
0,4% em comparação à segunda-feira, dia 13. O volume acumulado em Tucuruí
está em 98,8%.(Agência Canal Energia - 15.03.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Lei do gás natural é criticada por secretários Secretários estaduais reunidos em Brasília no Fórum Nacional de Secretários para Assuntos de Energia, criticam a lei do gás natural enviada pelo governo à Câmara dos Deputados na última semana, e que propõe modificações na indústria de gás no Brasil. A opinião unânime dos secretários é de que o projeto governamental é extremamente danoso para os interesses estaduais uma vez que interfere na autonomia constitucional que têm os estados de regulamentar e agir no segmento da distribuição de gás natural nas suas respectivas áreas. Os secretários criticaram a maneira com que o projeto governamental foi elaborado, tendo sido frustradas, segundo eles, todas as tentativas de discutir o projeto com o MME antes de sua remessa ao Congresso. Na reunião, o fórum decidiu emitir uma moção em que registra a sua insatisfação pela forma em que o assunto foi tratado. (Gazeta Mercantil - 16.03.2006) 2 Petrobras estuda investimento em biodiesel A Petrobras
está analisando a possibilidade de investir em usinas de biodiesel no
país e criou um grupo para estudar o assunto. Caso a empreitada seja levada
adiante, a idéia é buscar associações com investidores privados para tocar
as plantas. A participação de um "player" de peso como a Petrobras na
produção é importante, até por sinalizar um compromisso ainda maior do
governo federal com o programa. No primeiro leilão de biodiesel do país
realizado pela ANP, no ano passado, a Petrobras comprou 100% dos 70 milhões
de litros vendidos. Do total, 93,3% foram adquiridos pela própria empresa
e 6,7% pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), onde a estatal é sócio
da Repsol YPF. (Valor Econômico - 16.03.2006) 3 Próximo leilão de biodiesel será dia 30 O próximo
leilão de biodiesel está marcado para o dia 30 deste mês de março, quando
serão oferecidos 170 milhões de litros do produto. A expectativa é que
a gigante petroleira novamente arremate o volume total ofertado. Rodrigo
Rodrigues, coordenador da Comissão Executiva Interministerial de Biodiesel,
adiantou que outros 400 milhões de litros deverão ser adquiridos pela
Petrobras em novo leilão em abril. De acordo com Rodrigues, os volumes
que serão comprados nesses dois próximos leilões terão de ser entregues
entre julho deste ano e dezembro de 2007. No caso dos 70 milhões de litros
arrematados no primeiro leilão, realizado em novembro de 2005, parte do
volume começou a ser comercializado. (Valor Econômico - 16.03.2006) 4 Bunge critica agricultura familiar para produção de biodiesel O governo
optou pelo caminho mais longo para a produção de biodiesel ao eleger a
agricultura familiar como fornecedora prioritária de matérias-primas,
declarou ontem o gerente de Novos Processos e Biocombustíveis, Tecnologia
e Inovação da Bunge Alimentos, Federico Kladt. Esse foi o motivo que levou
a multinacional a ficar fora do negócio, informou. Ele disse que sua empresa
não tem interesse em trabalhar com a agricultura familiar e não concorda
com a decisão do governo de dar tratamento tributário diferenciado às
empresas que não dispõem do que o governo denominou "selo social". Sem
esse requisito, os produtores de biodiesel receberão o mesmo tratamento
tributário dos produtores de combustível mineral. Em vez do biodiesel,
a empresa, segundo Kladt, optou por participar do mercado de açúcar no
Brasil e já está negociando os primeiros contratos da commodity em mercados
como a Rússia e países do Oriente Médio. O governo não vai abrir mão de
seu projeto de promover inclusão por meio da implantação do biodiesel
no Brasil, declarou o subchefe-adjunto da Casa Civil, Rodrigo Rodrigues.
(Gazeta Mercantil - 16.03.2006) 5 Eletronuclear defende construção de Angra 3 O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Luís Hiroshi Sakamoto, defendeu a construção da usina nuclear de Angra 3 como forma de garantir o suprimento energético no país. Segundo Sakamoto, as usinas nucleares em atividade em todo o mundo conseguem evitar a emissão para a atmosfera de dois bilhões de toneladas anuais de CO2 (dióxido de carbono), causador do chamado efeito estufa. Sakamoto afirmou que o Brasil tem competência e está pronto para fazer Angra 3. Para ele, é preciso haver mais usinas para geração de energia. "E, obviamente, Angra 3 é uma das candidatas". O diretor da Eletronuclear lembrou que Angra 3, como uma obra já iniciada, apresenta algumas vantagens. Uma delas é o fato de considerar no custo os gastos já efetuados. Esse entendimento leva a concluir que a usina de Angra 3 é competitiva em termos de custos em relação às demais unidades no mundo. Segundo Sakamoto, para concluir a obra, seriam necessários mais US$ 1,8 bilhão. (Elétrica - 15.03.2006)
Grandes Consumidores 1 Vale: preço do minério de ferro vai subir O diretor-executivo
de Finanças da Companhia Vale do Rio Doce, Fábio Barbosa, acredita que
as pressões da China não deverão ter força suficiente para impedir o reajuste
do preço do minério de ferro. Ele disse que a forte demanda, num quadro
de oferta escassa, deverá fazer com que prevaleça a regra de mercado,
com o aumento dos preços. "O mercado é implacável, vai prevalecer". Ele
afirmou que as medidas administrativas anunciadas pela China regular as
importações de minério de ferro estão fadadas ao fracasso, comentando
que não mudam a política da empresa de continuar discutindo preços diretamente
com clientes. Ele acrescentou que a decisão das usinas chinesas de concentrar
na siderúrgica Baoesteel a responsabilidade de negociar com a mineradora
é um movimento normal, que reflete a extrema organização do mercado. "Atualmente
discutimos com dois grandes grupos europeus e dois asiáticos." (O Estado
de São Paulo - 16.03.2006) 2 Vale tem planos de ampliar produção de minério A Vale do
Rio Doce tem planos de elevar sua produção de minério de ferro para 300
milhões de toneladas até 2007, um crescimento de 67 milhões de toneladas
ante o volume produzido em 2005. Para este ano, a estimativa é de 264
milhões de toneladas. A empresa está operando à plena capacidade e não
tem excedentes nos portos ou estoques para lidar com nenhum tipo de incidente.
(O Estado de São Paulo - 16.03.2006) 3 Riopol revê para baixo previsão para produção A Rio Polímeros,
empresa do pólo gás-químico de Duque de Caxias (RJ), reviu para baixo
sua previsão de produção para este ano em consequência de mais um atraso
na fase final da operação. Desta vez, os sócios da companhia prevêem uma
produção de 370 mil toneladas de polietileno, em vez das 460 mil toneladas
projetadas anteriormente no fim de 2005, segundo informou o diretor financeiro
da Suzano Petroquímica. Os sócios só devem assumir a responsabilidade
pela gestão da empresa no fim deste mês. A Riopol está em fase final dos
testes operacionais conduzidos pelo consórcio construtor, a ABB Lummus/Snamprogetti.
A previsão é que a capacidade nominal de 540 mil toneladas de produção
da resina seja alcançada apenas em 2007. O executivo disse que os sócios
conseguiram postergar por um ano o prazo para o pagamento dos financiamentos
e dos juros do projeto aos credores. O novo prazo vence agora em 2016.
O valor do investimento cresceu de US$ 1,080 bilhão para US$ 1,155 bilhão.
A Suzano fez um aporte adicional de US$ 21 milhões no investimento da
Riopol. Além da Suzano, Unipar, Petrobras e BNDES completam o grupo de
acionistas. (Valor Econômico - 16.03.2006) 4 Pólo petroquímico será construído em Itaguaí O município
de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, foi o escolhido para sediar
a construção de um novo pólo petroquímico no Estado do Rio liderado pela
Petrobras e pelo grupo privado Ultra. Itaboraí foi escolhida por ter melhores
condições ambientais e não necessitar de porto. Os produtos serão escoados
pela Ilha D'Água, da própria Petrobras, hoje uma base de armazenamento
de combustíveis na Baía de Guanabara. A estimativa da Petrobras é que
nos próximos cinco anos sejam gerados na região cerca de 450 mil empregos
diretos e indiretos com o projeto. O empreendimento prevê a construção
de uma refinaria que vai usar o petróleo pesado extraído em Marlim, na
Bacia de Campos, para produzir propeno e eteno. Essa refinaria deve receber
investimentos da ordem de US$ 3,5 bilhões que serão aplicados pela Petrobras
e pelo Ultra. A outra etapa, que será construída ao mesmo tempo, são as
unidades petroquímicas que usarão esses insumos para produzirem as matérias-primas
para a indústria de plástico. A expectativa é de que o pólo atraia ainda
novas indústrias de plásticos para o estado, que poderão representar investimentos
de mais US$ 2 bilhões. (O Globo - 16.03.2006) 5 Atraso na Riopol reduz lucro da Suzano O atraso
no início das operações do Pólo Gás-químico do Rio de Janeiro comprometeu,
junto com a apreciação do câmbio, o resultado de 2005 da Suzano Petroquímica.
A Suzano registrou, entre 2004 e 2005, uma queda de 86% no lucro líquido,
que baixou de R$ 109 milhões para R$ 15,2 milhões. A receita operacional
líquida, nesse mesmo período, apresentou ligeiro aumento de 1%, ao passar
de R$ 2,516 bilhões para R$ 2,520 bilhões. Além do atraso do Pólo, a Suzano
atribuiu o resultado a uma série de fatores que inclui a alta dos juros
no Brasil e do petróleo no mercado internacional. Os juros contribuíram
para a queda de 3,8% da demanda por resinas de polipropileno. Já as cotações
do petróleo pressionaram os preços da nafta, a principal matéria-prima
petroquímica, enquanto o câmbio favoreceu o aumento das importações de
produtos transformados, fabricados a partir de resinas termoplásticas.
Porém, se não fosse o atraso das operações, a empresa poderia ter minimizado
esses impactos. O atraso, assim como o câmbio, reduziram em 44% a geração
de caixa que passou de R$ 414,4 milhões, em 2004, para R$ 232,8 mihões
no ano passado. A margem do Ebitda caiu de 16,5% para 9,2%. (Gazeta Mercantil
- 16.03.2006) 6 Vale incorpora ações da Caemi A Companhia
Vale do Rio Doce e a Caemi Mineração e Metalurgia irão submeter às respectivas
assembléias gerais extraordinárias a oferta de incorporação das ações
de emissão da Caemi pela Vale. As assembléias foram marcadas para o próximo
dia 31. Com a unificação das ações em mercado, a Vale, controladora da
Caemi, projeta um ganho de R$ 300 milhões em sinergias operacionais e
fiscais, particularmente no mercado de minério de ferro. Os termos da
proposta foram aprovados pelos Conselhos de Administração das duas empresas.
O capital social da Vale passará de R$ 14 bilhões para R$ 19,492 bilhões,
ao fim da incorporação. O aumento de R$ 5,492 bilhões no capital social
corresponde ao valor das açõres preferenciais da Caemi incorporadas ao
patrimônio da Vale. O aumento de capital se dará pela emissão de 64.151.361
ações preferenciais classe A de emissão da Vale. As novas ações PN oferecerão
dividendo prioritário, no maior valor entre 3% do valor do patrimônio
líquido da ação e 6% da parcela de capital constituída por este tipo de
ação. Os papéis também darão direito de voto, exceto nas deliberações
para a eleição de membros para o Conselho de Administração. (Jornal do
Commercio - 16.03.2006) 7 Cade autoriza compra da Rio Verde O Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou ontem a Companhia
Vale do Rio Doce a continuar o processo de aquisição da Rio Verde Minerações,
em Minas Gerais. Com essa autorização, o conselho rejeitou pedido da Secretaria
de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, para que
o negócio fosse congelado até que a Justiça se pronuncie sobre a ação
que a Vale move contra a decisão do Cade que restringiu outros sete negócios
da mineradora. Por cinco votos a dois, o conselho aprovou o entendimento
de que a compra da Rio Verde pela Vale não tem relação direta com as aquisições
anteriores da mineradora. A Seae argumentava que essa nova compra da Vale
agravaria "a concentração e o poder de mercado da companhia", sobretudo
na região Sudeste. (Jornal do Commercio - 16.03.2006)
Economia Brasileira 1 Produção industrial cresce em 12 regiões A produção industrial regional cresceu, em janeiro, em 12 das 14 áreas pesquisadas, na comparação com igual mês de 2005, divulgou ontem o IBGE. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física Regional, as regiões que apresentaram desempenho acima da média nacional de 3,2% foram Pará (10,7%), Espírito Santo (10,1%), Ceará (9,9%), Bahia (6,6%), Rio de Janeiro (5,8%), Amazonas (5,6%), Minas Gerais (5,2%) e Pernambuco (4,3%). Os demais locais que apresentaram crescimento, mas abaixo da média nacional, foram Santa Catarina (2,1%), região Nordeste (1,9%), São Paulo (1,7%) e Goiás (1,2%). Somente as indústrias do Rio Grande do Sul (-2,0%) e do Paraná (-5,3%) registraram queda de produção. O resultado de janeiro (3,2%) para o total da indústria nacional mostrou ritmo mais acelerado em relação ao índice do quarto trimestre de 2005 (1,3%). Esse movimento esteve presente em 13 dos 14 locais investigados. São Paulo apresentou leve aceleração no ritmo produtivo entre os dois períodos (de 1,5% para 1,7%), já Pernambuco foi o único local com perda de dinamismo (de 6,1% para 4,3%). (Gazeta Mercantil - 16.03.2006) 2 Copom: previsão de aumento de 4,6% para preços administrados neste ano O Copom manteve inalterada a estimativa de aumento para o conjunto dos preços administrados por contrato em 2006. A projeção é de alta de 4,6% para este ano, conforme indicado na ata da reunião de março. Segundo o documento, os itens administrados têm peso total de 33,33% no IPCA. Tal previsão já constava do Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo Banco Central em dezembro do ano passado. O Copom também manteve a previsão do Relatório de Inflação de reajuste de 6,2% do conjunto de itens administrados e por contrato em 2007. (Valor Econômico - 16.03.2006) 3
Copom: corte gradual no juro responde melhor à incerteza 4 Vendas da indústria crescem 4,42% em janeiro sobre dezembro As vendas
reais da indústria tiveram crescimento de 4,42% em janeiro sobre dezembro
(já descontados efeitos sazonais), segundo os indicadores industriais
da CNI divulgados hoje. Já em relação a janeiro do ano passado, o crescimento
foi de 4,92%. De acordo com a avaliação da CNI, a forte expansão no primeiro
mês do ano sugere a perspectiva de uma breve recuperação da atividade
industrial. A resultado de janeiro mostra um cenário semelhante ao do
final de 2005, com vendas em alta e produção em queda. O contraste deve-se
ao menor número de horas trabalhadas, que caíram 0,87% em relação a dezembro.
Já o pessoal empregado na indústria ficou praticamente estável em relação
a dezembro, com alta de 0,07%. Para a CNI, há, portanto, uma sinalização
de redução de estoques, o que já vinha sendo observado desde o quarto
trimestre. Os economistas da CNI atribuem a alta nas vendas ao aumento
do consumo das famílias. (Folha de São Paulo - 16.03.2006) O dólar
comercial caía às 12h25m para o nível mais baixo desde março de 2001.
A moeda americana tinha redução de 0,80%, a R$ 2,102 na compra e R$ 2,104
na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com baixa de 0,19%, a R$ 2,12
na compra e R$ 2,1220 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 16.03.2006)
Internacional 1 EUA propõem associação mundial sobre energia nuclear civil O secretário
de Energia dos Estados Unidos, Samuel Bodman, propôs uma associação mundial
sobre a energia nuclear que permitiria aos países em desenvolvimento um
acesso melhor ao campo nuclear civil, sob a vigilância da AIEA. "Temos
a opção de brincar de gato e rato ou de começar a tornar o mundo mais
seguro. O programa está no início, mas as primeiras discussões com França,
Rússia e China são promissoras", declarou Bodman. O chefe da diplomacia
russa, Serguei Lavrov, afirmou que Rússia e Estados Unidos poderiam apresentar
uma proposta conjunta sobre o desenvolvimento da energia nuclear civil
no mundo sem riscos de proliferação militar. A Rússia organiza nesta quarta-feira
e quinta-feira uma reunião mundial de alto nível sobre segurança energética.
(Elétrica - 15.03.2006) 2 UE quer incremento da cota de energias renováveis A União
Européia vai considerar o estabelecimento de metas maiores para o uso
de energias renováveis e biocombustíveis para 2015, na reunião de cúpula
que será realizada na próxima semana em Bruxelas. A Comissão Européia
vai estudar o incremento da cota de energias renováveis para 15% da energia
gerada nos 25 países que formam a UE, de uma meta de 12% para 2010. Os
países da UE já acham difícil cumprir os objetivos que eles mesmos estabeleceram
em 2010 e a CE, divisão executiva da UE, está buscando meios para ajudar
os estados-membros a alcançar essas metas. Essa incerteza foi refletida
na minuta, que instou a "produzir uma análise da CE sobre como alcançar
os objetivos existentes (2010) de fontes renováveis e como promover mais
(roteiros) das energias renováveis, que considera aumentar sua cota para
15% antes de 2015". (Gazeta Mercantil - 16.03.2006) 3 Rússia quer ampliar participação nuclear O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que quer ampliar de 16% para 20% a participação da energia nuclear na base energética do país. "Temos de aumentar nossa participação nuclear para o nível de alguns países europeus", disse ele. A Rússia quer aumentar o consumo de energia nucleares para exportar mais gás natural para a Europa, que tem grande demanda. (Valor Econômico - 15.03.2006) 4
G-8 deve apoiar expansão da energia nuclear
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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