l IFE:
nº 1.763
- 09
de março
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Estudos ambientais custarão R$ 153 mi Os novos
estudos ambientais dos rios brasileiros a serem realizados pela EPE este
ano custarão R$ 153 milhões ao governo, segundo Maurício Tolmasquim, presidente
da EPE. Serão realizados três tipos de estudos: Avaliação Ambiental Integrada
(AAI), Estudo de Inventário com AAI e Estudo de Viabilidade de Aproveitamentos
Hídricos. Esses trabalhos são necessários para se conseguir a licença
prévia, pré-requisito para licitar um empreendimento. (APMPE - 08.03.2006)
2 EPE abre licitação para realização de estudo hidrográfico A EPE abrirá,
até o fim de março, licitação para a escolha de empresas de engenharia
que farão estudos do aproveitamento de cinco bacias hidrográficas brasileiras
para geração hidrelétrica. Localizadas na Região Amazônica, as bacias
têm um potencial estimado para geração de 14.750 MW. De acordo com o presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, o tempo mínimo para que os empreendimentos
nesses locais sejam ofertados em leilões é de quatro anos. A EPE coordenará
todos os estudos, que serão feitos nos rios Branco (2 mil MW estimados),
Trombetas (3 mil MW), Aripuaña ( 3 mil MW), Jari (1.100 MW), Sucunduri
(650 MW) e Juruena (5 mil MW). (Jornal do Commercio - 09.03.2006) 3 Corumbá IV ainda não iniciou fornecimento de energia A Usina
Hidrelétrica de Corumbá IV ainda não iniciou o fornecimento de energia
à CEB. O ONS está concluindo a fase de testes da conexão permanente entre
a usina e a subestação de Santa Maria. A previsão era de que a avaliação
fosse concluída ontem. A linha de comunicação entre os três pontos tem
de estar estável para que o ONS emita a última autorização antes de a
Aneel libere o início da operação comercial. O contato com o ONS fora
estabelecido no domingo (05/03), mas ainda havia ajustes a serem feitos
na conexão entre as operadoras de telefonia do Distrito Federal e do Rio
de Janeiro, a Brasil Telecom e a Telemar, respectivamente. A liberação
pelo ONS é a última etapa antes de Corumbá IV entrar em operação comercial.
(Jornal do Commercio - 09.03.2006) 4
Aneel prorroga prazo de implantação de PCHs e eólicas A EPE deve finalizar ainda este mês as avaliações ambientais integradas nos rios Teles Pires, Tapajós e Araguaia, na Região Norte; Parnaíba, Tocantins e Formadores do Tocantins, no Centro-Oeste; Paranaíba , Doce e Paraíba do Sul, no Sudeste; e as Bacias Uruguai, Tibagi e Iguaçu na Região Sul. (Jornal do Commercio - 09.03.2006) O governo do Rio Grande do Sul realiza em março três eventos que debaterão o futuro do setor energético no estado. A abertura se dará com o Fórum Internacional do Gás Natural, nos dias 13 e 14 de março, no Tribunal de Contas do Estado, em Porto Alegre.Em seguida, nos dias 16 e 17 de março, acontecerá o Fórum sobre o Aproveitamento Múltiplo do Rio Uruguai e seus Afluentes no Trecho Binacional, em Santo Ângelo. E, por último, o governo realizará o Fórum de Energia, nos dias 23 e 24 de março, também no Tribunal de Contas, em Porto Alegre. (Agência Canal Energia - 08.03.2006)
Empresas O BNDES
não pretende participar da gestão da Light nem prevê a destinação de recursos
novos para a companhia. A informação é do vice-presidente do banco, Demian
Fiocca. "Ninguém pediu [empréstimo]; não nos comprometemos", disse ele.
A afirmação é uma reação do BNDES às declarações do secretário de Energia
do Rio de Janeiro, Wagner Victer. O secretário afirmou que o banco de
fomento havia se comprometido a injetar recursos na Light em proporção
igual ou maior do que os grupos privados interessados em comprar a companhia.
Por esse raciocínio, o BNDES permaneceria no bloco de controle da concessionária
de energia. Segundo Fiocca, em nenhum momento o BNDES participou de negociações
sobre o modelo de venda da Light com o governo do Rio. Fiocca explicou
que, por contrato, o BNDES está obrigado a converter até R$ 363,5 milhões
em debêntures emitidas em 2005 para capitalizar a Light. O valor que efetivamente
será convertido ainda é uma incógnita. Esses R$ 363,5 milhões correspondem
à metade das debêntures lançadas em 2005 e significam algo entre 15% e
18% do capital total da Light, de acordo com Fiocca. (Folha de São Paulo
- 09.03.2006) 2 Light tem mais propostas do que o esperado Cinco grupos entregaram ontem propostas para a aquisição da Light e da térmica da Norte Fluminense. Uma surpresa foi a associação, de última hora, do BES Securities com o grupo formado pelo Banco Pátria e a Prisma Energy, que controla a Elektro e outros ativos da massa falida da Enron no Brasil. Como esperado, a Cemig aprovou ontem sua entrada na empresa JLA, que será constituída para comprar a Light. A JLA tem quatro sócios além da estatal mineira: Andrade Gutierrez, o Banco Pactual e Aldo Floris, cada um com participação igual de 25%. Os outros três consórcios são: o Energia do Rio, liderado pelo empresário Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira com apoio do fundo Millenium; a GP Investimentos, dona da Cemar, que é assessorada pelo ex-presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio; e o grupo formado pelo Banco Brascan com a Iposeira. Entre os grupos já conhecidos com acesso ao "data room" da Light, apenas o liderado pelo ex-comandante da AES, Tom Tribone com o fundo de investimentos Guggenheim não fez proposta. (Valor Econômico - 09.03.2006) 3 CPFL tem lucro recorde de R$ 1 bi em 2005 A CPFL Energia
obteve um lucro líquido de R$ 1,02 bilhão em 2005, valor 266% maior que
o alcançado em 2004, de R$ 279 milhões. O resultado posiciona a companhia
entre o seleto grupo de empresas nacionais que atingiram essa marca no
ano passado e mostra uma recuperação em resultados no setor no país. Os
ganhos foram ajudados pelo resultado financeiro, que contribuiu com R$
164 milhões no lucro final, mas houve expressivo ganho operacional no
período. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização)
atingiu R$ 2,120 bilhões em 2005, num crescimento de 26% sobre o valor
de R$ 1,681 bilhão apurado em 2004. Já a receita bruta do grupo cresceu
14% e chegou a R$ 10,9 bilhões. "Nós viemos ao clube dos que lucram acima
de R$ 1 bilhão para ficar", assegura o presidente do grupo CPFL, Wilson
Pinto Ferreira Jr. Para os próximos cinco anos, a CPFL tem um plano de
investimentos de R$ 3,5 bilhões, dos quais 83% deste total destinados
à expansão em geração elétrica. (Valor Econômico - 09.03.2006) 4
CPFL quer liderança nos segmentos de geração de energia 5 Receita Operacional da Cataguazes-Leopoldina atinge R$ 183 mi A receita
operacional bruta do Sistema Cataguazes-Leopoldina atingiu R$ 183,7 milhões
em janeiro deste ano. O resultado é 21,1% maior do que o registrado no
mesmo mês do ano passado. Segundo a empresa, o desempenho de janeiro foi
influenciado pelo incremento de R$ 10 milhões provenientes de receitas
do uso do sistema de transmissão e de distribuição por consumidores livres.
A demanda de energia do sistema Cataguazes-Leopoldina em janeiro chegou
a 567 GWh, um aumento de 3,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Sem considerar os consumidores livres, a demanda de energia atingiu 464
GWh no período. Entre as classes de consumo, a área industrial, incluindo
os consumidores livres, teve um crescimento de 6% em janeiro. O consumo
comercial e residencial cresceu 1,9% e 0,2%, respectivamente. (Agência
Canal Energia - 08.03.2006) 6 Coelba, Celpe e Cosern aprovam distribuição de dividendos As distribuidoras
Coelba, Celpe e Cosern , controladas pelo Grupo Neoenergia, divulgaram
na última terça-feira, as principais decisões sobre o destino de seus
respectivos lucros líquidos relativo ao exercício de 2005. Juntas, as
três empresas vão distribuir cerca de R$ 255,23 milhões em dividendos
ou juros sobre capital próprio. A Coelba destinará o lucro liquido de
2005 para o pagamento de dividendo e juros sobre capital próprio, já aprovados,
além da distribuição de dividendos complementares. A distribuidora vai
destinar R$ 136,37 milhões, equivalentes a cerca de 7 mil ações ON e ações
PNA; e 7,7 mil ações PNB. A Cosern destinará R$ 69,4 milhões em dividendos
ao longo de 2006. De acordo com informações da empresa, o valor corresponde
a R$ 0,4 por ação ON; e R$ 0,44 por lote de ações PNA e PNB. Já a Celpe
distribuirá dividendos no valor de R$ 49,46 milhões, equivalente a R$
0,65 por lote de ações ON; R$ 0,72 por lote de ações PNA; e R$ 0,72 por
lote de ações PNB. A empresa divulgou ainda a ratificação da declaração
de juros sobre capital próprio (bruto) e o pagamento da reserva de lucros
constituída em 2004, no valor total de R$ 116,54 mil. (Agência Canal Energia
- 08.03.2006) 7 Prysmian prevê investe na melhoria de cabos de energia A Prysmian
(antiga Pirelli Cabos) pretende investir R$ 20 milhões em 2006 na melhoria
dos processos de produção de cabos de energia, nos segmentos de transmissão
e distribuição. O objetivo é aprimorar a tecnologia utilizada pela empresa,
aperfeiçoando os métodos produtivos. O investimento não está incluído
no plano de construção da nova unidade de cabos umbilicais, em Vila Velha
(ES). Para este empreendimento, o investimento inicial da Prysmian é de
R$ 80 milhões. (Agência Canal Energia - 08.03.2006) No pregão do dia 08-03-2006, o IBOVESPA fechou a 37.289,08 pontos, representando uma baixa de 0,36% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,75 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,02%, fechando a 12.435,37 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 41,95 ON e R$ 43,50 PNB, baixa de 0,12% e 1,58%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 09-03-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 41,92 as ações ON, baixa de 0,07% em relação ao dia anterior e R$ 44,00 as ações PNB, alta de 1,15% em relação ao dia anterior. (Investshop - 09.03.2006) A CEEE inaugurou na última terça-feira, 7 de março, a nova agência de atendimento aos clientes do municípios de Balneário Pinhal. A unidade vai atender cerca de 35 mil clientes da região. O investimento na nova agência ficou em R$ 157 mil. (Agência Canal Energia - 08.03.2006) A Eletrosul inaugura na próxima quarta-feira, 15 de março, a casa eficiente. O projeto conta com uma parceria da Eletrobrás/ Procel e com a Universidade Federal de Santa Catarina. Foram investidos R$ 477 mil, dos quais R$ 177 mil vieram da Eletrobrás e os R$ 300 mil restantes da Eletrosul. A casa é equipada com placas fotovoltaicas para captar energia solar e transformá-la em energia elétrica. (Agência Canal Energia - 08.03.2006) A Copel elegeu, por unanimidade, Raul Munhoz Neto para o cargo de Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações, no lugar de José Ivan Morozowski. Raul Munhoz Neto também exercerá as funções de Diretor Superintendente das subsidiárias integrais Copel Geração S.A., Copel Transmissão S.A. e Copel Telecomunicações S.A., sem qualquer remuneração adicional pelos três cargos. (Agência Canal Energia - 08.03.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,4% Com alta
de 0,5%, os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste apresentam 80,4%
de capacidade. O volume está 23% acima da curva de aversão ao risco. Nas
usinas de Itumbiara e Marimbondo, o nível de armazenamento está em 91,4%
e 72,2%, respectivamente. (Agência Canal Energia - 08.03.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 60,6% A região Sul registra 60,6% de capacidade, com queda de 0,5% em relação à medição anterior. A hidrelétrica de Passo Real trabalha com 70,5% de capacidade armazenada. (Agência Canal Energia - 08.03.2006) 3 NE apresenta 78 % de capacidade armazenada O volume
registrado no submercado Nordeste está em 78%, com elevação de 0,1% em
relação ao dia anterior. O nível está 29,7% acima da curva de aversão
ao risco. Sobradinho opera com 81,1% de capacidade. (Agência Canal Energia
- 08.03.2006) 4 Norte tem 90,9% da capacidade de armazenamento O nível
dos reservatórios do Norte está em 90,9%, o que representa pequena baixa
em comparação ao boletim de segunda-feira, dia 6. O volume acumulado em
Tucuruí é de 98,3%.(Agência Canal Energia - 08.03.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Prospecção de gás no São Francisco começa este ano Os seis blocos de gás natural adquiridos pela parceria da Petrobras com a British Gas (BG), localizados na bacia terrestre do São Francisco, terão sua licitação para a aquisição sísmica feita no segundo semestre deste ano e a prospecção de gás começará antes do fim de 2006. As perfurações devem ter início já em 2007. O investimento com bônus de assinatura do consórcio foi de R$ 8,9 milhões. De acordo com Paulus Van Der Ven, gerente da Petrobras, o prazo inicial para a exploração dos blocos é de quatro anos, podendo ser prorrogado por mais dois se houver uma grande descoberta de gás. Estudo feito pela Geobras aponta para 1 trilhão de metros cúbicos de gás natural no local, o suficiente para abastecer o Brasil por 60 anos. Segundo Van Der Ven, a reserva só poderá ser dimensionada dentro de dois anos. As atividades foram iniciadas em janeiro, e o investimento previsto nos quatro anos iniciais é de US$ 20 milhões a US$ 25 milhões. (Jornal do Commercio - 09.03.2006) 2 Alíquotas de estações geradoras à gás caem para zero Já está
valendo a medida que elaborou a nova lista de exceção à tarifa externa
do Mercosul, com os 100 produtos que cada país tem direito de escolher,
independentemente da tarifa comum do bloco, para diferenciar suas alíquotas.
Entre os itens incluídos na medida, estão as importações de estações geradoras
de energia alimentadas a gás, cuja alíquota caiu de 18% para zero. A medida
foi tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, com o objetivo de controlar a elevação
de alguns produtos no mercado interno, decorrentes do aumento de demanda
que não acompanhou o crescimento da oferta. (Agência Canal Energia - 08.03.2006)
3 PR finaliza projeto de lei que autoriza compra da parte da El Paso O governo
do Paraná pretende enviar, nos próximos dias, o projeto de lei que pede
autorização para a compra da parte da El Paso na térmica de Araucária
para a Assembléia Legislativa estadual. No final do mês passado, a estatal
assinou memorando de intenções com a El Paso, em que se compromete a comprar
a totalidade das cotas da empresa norte-americana na térmica, o que representa
60% do capital social. O valor do negócio equivale a US$ 190 milhões,
a ser integralmente pago após assinatura do acordo definitivo, que deve
ocorrer até 30 de abril deste ano. Esse acordo depende ainda da aprovação
da Aneel e dos órgãos administrativos da El Paso. (Agência Canal Energia
- 08.03.2006) 4 Palocci discorda da proposta de usina nuclear As declarações
do ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, de que o governo
tem projeto para construir até sete usinas nucleares nos próximos 15 anos,
não contam com o apoio do ministro Antonio Palocci e do presidente do
BNDES, Guido Mantega. "O Brasil tem energia elétrica com vantagem comparativa
extraordinária, inclusive ambiental", disse Palocci. "A alternativa de
recursos hídricos é mais justificada, e no caso do Brasil é ambientalmente
mais equilibrada e mais barata." O ministro chegou a dizer que a energia
nuclear é menos poluente que a energia hidrelétrica. Enquanto Rezende
argumentava que a opção nuclear é importante inclusive por causa das lições
do apagão de 2001, Palocci retrucou que a produção de energia no Brasil
"não corre risco nenhum". Ele insistiu que o governo não tomou decisão
sobre o montante de investimentos públicos que irá para energia hidrelétrica
ou nuclear. (Valor Econômico - 09.03.2006) 5 CNPE discutirá Angra III no próximo dia 16 O Conselho Nacional de Política Energética se reúne na próxima quinta-feira, 16 de março, para discutir o estudo do MME sobre a viabilidade de implantação da usina nuclear de Angra III. (Agência Canal Energia - 08.03.2006)
Grandes Consumidores 1 Alcoa assume participação da BHP Billiton em Estreito A afiliada
brasileira da Alcoa, a Alcoa Alumínio, elevou sua participação no projeto
hidrelétrico de Estreito, no Nordeste do País, de 19,08% para 25,49. A
Alcoa Alumínio comprou 6,40% de participação da BHP Billiton, que está
saindo do projeto. Os termos do acordo não foram revelados. Ainda de acordo
com o mesmo comunicado, a Suez Energy South America comprou os 10,07%
restantes das ações da Billiton. Outros parceiros no projeto de Estreito
são a mineradora CVRD e a Camargo Corrêa Energia, uma das maiores construtoras
do Brasil. A participação dá à Alcoa Alumínio direito a adicionais 38
megawatts de energia, totalizando sua cota em 149 MWde energia para abastecer
a unidade de fusão a alumínio Alumar, da Alcoa Alumínio, em São Luiz,
no Maranhão.A construção da hidrelétrica de Estreito, de 1.087 MW, deve
ser iniciada em junho deste ano, dependendo de aprovações regulatórias
e ambientais do Governo. O começo da produção da unidade está marcado
para 2011. Estreito é o terceiro projeto de geração de energia da Alcoa
Alumínio no Brasil, precedido pela instalação de Machadinho, com capacidade
de 1.140 MW, e que está em operação desde 2002, e por Barra Grande, com
capacidade de 708 MW, que iniciou atividade no final de 2005. (Jornal
do Commercio - 09.03.2006) 2 Usiminas: lucro de R$ 3,9 bi em 2005 A siderúrgica
Usiminas alcançou no ano passado um lucro líquido de R$ 3,918 bilhões,
um aumento de 29,78% na comparação com o ganho de R$ 3,019 bilhões de
2004. A receita líquida do grupo no ano passado foi de R$ 13,041 bilhões,
a produção de aço bruto alcançou 8,661 milhões de toneladas e o Ebitda
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$
5,525 bilhões. O volume total de investimentos atingiu R$ 408 milhões,
uma redução de 36% em relação ao planejado. O lucro da empresa é o sexto
maior entre os divulgados pelas empresas brasileiras até agora e ficou
acima da projeção média dos analistas consultados pelo Estado. A estimativa
era de que o resultado teria alta de 8,64%, para R$ 3,28 bilhões. A receita
líquida e o Ebitda, porém, ficaram em linha com as estimativas. O faturamento,
de R$ 13,041 bilhões, representou um crescimento de 6,63% sobre os R$
12,230 bilhões registrados em 2004. A previsão dos analistas era de que
a receita seria 7,93% superior, para R$ 13,2 bilhões. O Ebitda fechou
2005 com uma pequena queda, de 1,34% para R$ 5,525 bilhões, quando a previsão
do mercado era uma variação positiva de 0,5% para R$ 5,64 bilhões. (O
Estado de São Paulo - 09.03.2006) A Gerdau
inaugura amanhã, na cidade de Araçariguama, a primeira unidade de produção
de aço bruto em São Paulo. O investimento, de R$ 500 milhões, redesenha
a forma como a Gerdau atenderá ao mercado paulista, que, sozinho, consome
900 mil toneladas de barras de ferro por ano. A unidade terá capacidade
de produção de 900 mil toneladas de aço bruto e de 600 mil toneladas de
vergalhões. Será da usina de Araçariguama a missão de fornecer vergalhão
para o norte do Paraná e para o Centro-Oeste do Brasil, regiões que, somadas,
representam um consumo de 1,4 milhão de toneladas de vergalhões por ano.
Nesta primeira fase, o complexo produzirá apenas aço bruto. A produção
atual atinge a marca de 500 mil toneladas por ano. A previsão é de que
a unidade alcance a capacidade total de 900 mil toneladas anuais em 2007.
A Gerdau ainda não definiu a data para o início da produção de vergalhões,
porém a estimativa é de que seja no terceiro trimestre deste ano, entre
julho e setembro. A meta é produzir até 600 mil toneladas de barras de
ferro. A usina pode ter elevada a produção de aço bruto para 1,3 milhão
de toneladas, e de vergalhão para 1,2 milhão de toneladas, dependendo
das condições de mercado. (Jornal do Commercio - 09.03.2006) 4 Gerdau: ano eleitoral terá impacto positivo sobre o setor A Gerdau
acredita que a retomada da economia neste ano de eleição e o pacote de
estímulo ao setor da construção civil (com a redução da alíquota de IPI
para materiais de construção, além da injeção de mais recursos para financiamento
no mercado), pode provocar um efeito positivo no setor. A expectativa
é de que o mercado da construção civil cresça entre 1% e 2% acima do PIB
neste ano. O pacote do Governo alcançou a Gerdau. O vergalhão foi um dos
itens mais beneficiados com o pacote para a construção civil. A alíquota
de IPI de 5% foi reduzida a zero e já há sinais de mercado, segundo a
empresa, que mostram recuperação das vendas. Os dados das vendas de vergalhões
em janeiro prenunciavam esta retomada, mas não tinham ainda relação com
o pacote do Governo, anunciado em fevereiro. Já eram, porém, um indicador
de que havia recuperação do setor. As vendas de vergalhões em janeiro
foram 17,9% superiores (em volume) às de igual mês de 2005. Foi este também
o crescimento em volume que a empresa teve em janeiro. (Jornal do Commercio
- 09.03.2006) 5 Valesul: baixo lucro foi influenciado pelo dólar e pelo preço do alumínio A Valesul,
fabricante de alumínio controlada pela CVRD e a BHP Billiiton, registrou
lucro líquido de R$ 1,730 milhão em 2005, abaixo dos R$ 75,592 milhões
registrados em 2004. Em relatório, a companhia apontou que o resultado
teve forte influência da desvalorização do dólar (já que a empresa exporta
boa parte de sua produção) e da subida de preço mais tímida do alumínio
no mercado internacional. Já a alumina, matéria-prima do alumínio, teve
forte alta no mercado interno. A receita operacional líquida foi de R$
493,016 milhões no ano passado, ante R$ 541,170 milhões verificados em
2004. O lucro bruto ficou em R$ 34,799 milhões, enquanto que no ano anterior
chegou a R$ 111,155 milhões. O Ebtida caiu de R$ 100,486 milhões em 2004
para R$ 23,618 milhões no ano passado. A receita líquida de vendas foi
de R$ 493 milhões em 2005, 9% abaixo dos R$ 541,2 milhões obtidos no ano
anterior. A Valesul apresentou produção de 93.401 toneladas de alumínio
primário em 2005. Já a reciclagem de sucatas de alumínio para terceiros
foi de 11.369 toneladas, com faturamento de R$ 7,4 milhões. (Jornal do
Commercio - 09.03.2006) 6 Vale amplia vida útil de minas A expectativa
de manutenção da demanda por minério de ferro levou a Companhia Vale do
Rio Doce a estender a vida útil de minas próximas do esgotamento e a buscar
novas jazidas no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. As medidas reforçam
a atuação da empresa na região, que ganhará impulso com o início das operações,
este ano, da mina de Brucutu, a maior unidade de concentração de ferro
em implantação no mundo. De acordo com a Vale, uma das alternativas estudadas
pela empresa é estender as operações da mina de Gongo Soco, uma das mais
antigas da região e com reservas estimadas até 2013. Atualmente, a jazida
produz cerca de 6 milhões de toneladas por ano. Outra medida que está
sendo avaliada é a exploração de outras três minas, praticamente virgens:
Maquine, Baú e Dois Irmãos. A primeira tem reservas estimadas de 149 milhões
de toneladas, mas ainda está em fase de estudos geológicos e de viabilidade
econômica. Já a de Baú, com reservas estimadas de 37 milhões de toneladas,
deve começar suas operações ainda este ano. (Jornal do Commercio - 09.03.2006)
7 Vale acelera expansão da mina de Brucutu Estimulada
pelo aumento da demanda e dos preços do minério de ferro, a Companhia
Vale do Rio Doce intensificou as obras de construção da mina de Brucutu,
localizada a quase cem quilômetros a leste de Belo Horizonte, e que deverá
extrair 30 milhões de toneladas do produto, por ano, dentro de 24 meses.
Trata-se de um empreendimento tão grandioso que até mesmo a sua mineração
em Carajás, no Pará, iniciou suas atividades com a metade dessa produção.
Com a explosão das compras chinesas, a Vale decidiu, em 2005, investir
U$1 bilhão na jazida com objetivo de quintuplicar a produção, o mais rápido
possível. Agora em 2006, serão investidos mais US$ 500 milhões e o restante
em 2007. A estimativa da empresa é a de que, quando entrar em operação,
a mina ofereça uma receita de US$ 1,2 bilhões anual à Vale. O cálculo
tem como referência a tonelada do minério cotada a US 40. (Gazeta Mercantil
- 09.03.2006) 8 Petrobras venderá reservas de potássio no AM Depois de
15 anos sob seus cuidados, a Petrobras vai se desfazer de gigantescas
reservas minerais no Amazonas. Ontem, a empresa lançou uma licitação para
ceder todos os direitos minerários de potássio, localizados numa área
a 140 quilômetros de Manaus. Os depósitos que já possuem concessão de
lavra, estimados de 300 milhões de toneladas de cloreto de potássio. As
reservas de potássio, descobertas em meados da década de 80, estão espalhadas
em mais de 400 milhões de hectares. A maior parte delas ainda está em
fase de pesquisa. As empresas interessadas terão até o dia 19 de maio
para visitar o "data room". Depois, os participantes terão até 240 dias
para realizar estudos e viabilidade e apresentar as propostas de desenvolvimento
da área e o valor a ser pago à Petrobras pela concessão dos direitos minerários.
Segundo cálculos, a mina tem potencial de cerca de 100 anos de atividades,
gerando vendas de US$ 150 bilhões durante sua vida útil. (Valor Econômico
- 09.03.2006)
Economia Brasileira 1 Selic cai 0,75 ponto para 16,5% O Copom do decidiu ontem reduzir em 0,75 ponto percentual, para 16,5% ao ano, a taca Selic. Três dos nove membros do colegiado votaram por uma redução de um ponto percentual. Após a reunião, ele divulgou uma breve nota: "Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 16,5% ao ano, sem viés, por seis votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 1 ponto percentual." Maiores detalhes sobre o que levou à divisão dos membros do Copom só devem ser conhecidos na semana que vem, quando for divulgada a ata do encontro de ontem. O Copom volta a se reunir em 18 e 19 de abril. (Valor Econômico - 09.03.2006) 2 Licha: conservadorismo econômico pode afetar crescimento do PIB Segundo Antônio Licha, coordenador do Grupo de Conjuntura da UFRJ, a postura conservadora do Copom pode comprometer o crescimento econômico deste ano. Ele lembra que a média de mercado projeta uma expansão do PIB da ordem de 3,5%, enquanto os emergentes têm crescido mais de 5% nos últimos dois anos. "Se a Taxa Selic continuar a cair nesse ritmo de 0,75 ponto percentual a cada reunião, teremos que revisar nossas projeções de crescimento de 3,8% em 2006, ainda otimista. Se o BC acelerar os cortes em abril, dado o prazo de cerca de seis meses para que a economia real sinta os efeitos da queda de juros, a atividade só responderá no último trimestre do ano. O governo Lula desfrutou de um céu de brigadeiro no cenário internacional, do qual todos os países emergentes tiraram proveito. No entanto, não apenas perdemos o bonde, mas aumentamos muito a diferença entre o Brasil e os outros emergentes. Estamos ficando cada vez mais para trás" avalia Licha. (O Globo - 09.03.2006) 3
Palocci: Brasil terá um forte crescimento em 2006 4 Ipea mantém previsão do PIB em 3,4% O Ipea manteve
em 3,4% a sua estimativa de crescimento do PIB para 2006, segundo o Boletim
de Conjuntura divulgado ontem. Apesar de ter revisado de R$ 2,42 para
R$ 2,25 o câmbio médio neste ano e de R$ 2,53 para R$ 2,28 o câmbio do
último trimestre, o Ipea elevou a estimativa para as exportações e manteve
praticamente estável a previsão para as importações. Com isso, a projeção
para o saldo da balança comercial aumentou de US$ 35,8 bilhões para US$
41,8 bilhões. A estimativa para as exportações passou de US$ 123,4 bilhões
para US$ 129,7 bilhões, enquanto as importações passaram de US$ 87,6 bilhões
para US$ 87,9 bilhões. O instituto também reduziu de 4,8% para 4,5% sua
previsão para o IPCA deste ano. Pelo lado da oferta, houve um aumento
da estimativa de crescimento para agricultura de 2,9% para 3,3%, da indústria,
de 4,7% para 4,8%, e dos serviços, de 2,4% para 2,5%. O Ipea trabalhava
com aumento de 4,3% nos tributos este ano e, nesta revisão, cortou a estimativa
para 3,3%. Na demanda, quem puxará o crescimento será o consumo das famílias,
que segundo o instituto crescerá 4,8% este ano. Os investimentos, por
sua vez, foram revistos para baixo, de um crescimento de 7% para 5,8%.
(Gazeta Mercantil - 09.03.2006) 5 IPC-S aponta aceleração em SP A inflação
na cidade de São Paulo medida pelo IPC-S subiu para 0,13% na primeira
apuração de março. A principal pressão para a alta foi dos alimentos,
que responderam por 88% do acréscimo verificado na taxa do índice e cuja
variação passou de 0,21% para 0,66%. Habitação foi a segunda maior influência
para o índice, com taxa que passou da deflação de 0,31% para a queda de
0,16%, puxada pelos preços da Eletricidade Residencial (0,02% para 0,13%)
e da Tarifa de Eletricidade Residencial ( de -1,57% para -1,16%). Os grupos
Transportes e Saúde e Cuidados Pessoais também apresentaram aceleração.
As taxas passaram de 0,57% para 0,66% e de 0,35% para 0,39%, respectivamente.
(Investnews - 09.03.2006) 6 Produção industrial cai 1,3% em janeiro Segundo o IBGE, a produção industrial caiu 1,3% em janeiro, em comparação ao patamar apresentado em dezembro, em termos dessazonalizados. Na relação com igual mês do ano passado, a produção subiu 3,2%. Nos 12 meses encerrados em janeiro, a expansão é de 2,9%. Os bens de consumo duráveis apontaram recuo de 5,7% ante dezembro. A produção de bens de capital encolheu 3,6% e a de bens não duráveis, 1,8%. Somente os bens intermediários tiveram resultado positivo, com expansão de 0,4% na atividade. Na relação com janeiro de 2005, a produção de bens de capital avançou 6,8% e a de bens duráveis subiu 18,4%, com destaque para automóveis, eletrodomésticos e celulares. A indústria extrativa avançou 12,8%, com a maior produção de minério de ferro e petróleo. Na indústria de transformação, cresceram 19 das 26 atividades pesquisadas, com destaque para máquinas de escritório e equipamentos de informática (77,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,3%). (Valor Econômico - 09.03.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 E.ON tomará empréstimo de US$ 38 bi A E.ON AG
receberá um empréstimo no valor de US$ 38 bilhões, o maior já negociado
no mundo, para levar adiante sua tentativa de adquirir a central de energia
elétrica espanhola Endesa SA, disseram banqueiros envolvidos na transação.
Os negociadores do empréstimo, que são o Citigroup, o Deutsche Bank AG,
o HSBC Holdings e o JP Morgan Chase & Co., estão tentando buscar mais
parceiros para conceder o financiamento, disseram os altos funcionários
dos bancos, que pediram para não ser identificados. As aquisições envolvendo
empresas européias saltaram para US$ 329 bilhões até esta altura do ano,
o maior valor járegistrado para o período. A E.ON, disse que pediria um
empréstimo para custear a oferta de 29,1 bilhões de euros que apresentou
pela Endesa. O custo total da aquisição da Endesa pela E.ON é de 55,2
bilhões de euros, se forem levadas em conta as dívidas e as provisões
relativas a planos de pensão da Endesa. (Jornal do Commercio - 09.03.2006)
2 China e Japão continuam em impasse sobre gás O Japão
rejeitou a proposta chinesa para resolver o contencioso bilateral relativo
à exploração das reservas de gás do Mar da China Oriental."Esta proposta
é inaceitável", disse o ministro japonês, Shinzo Abe, em referência à
oferta de exploração conjunta de duas jazidas de gás apresentada pela
delegação chinesa em meio às negociações realizadas em Pequim. A oferta
de Pequim se refere à prospecção e extração de gás e petróleo em duas
áreas do Mar da China Oriental, uma delas nas ilhas Senkaku - de fato
controladas pelo Japão, embora sejam reivindicadas tanto pela China quanto
por Taiwan. Para o Japão, esta proposta representa um retrocesso nas negociações
e "contradiz" a posição até agora defendida por Tóquio, pois vincula o
tema das reservas de gás à delicada questão das disputas territoriais
entre os dois países. Abe pediu à China que faça uma "sugestão realista"
e que aceite a proposta japonesa de exploração conjunta de quatro jazidas
de gás próximas ao que o Japão considera como linha de separação entre
o mar territorial dos dois países. (Gazeta Mercantil - 09.03.2006) 3 Questão iraniana vai ao Conselho de Segurança A AIEA concluiu três dias de reuniões sobre o programa nuclear iraniano com a decisão de enviar ao Conselho de Segurança da ONU um relatório para possível ação punitiva contra o Irã. Segundo uma autoridade americana, o CS deve reunir-se na segunda ou terça-feira para examinar a questão. O envio do informe ao CS era previsível, já que o Irã não atendeu à recomendação da AIEA de congelar seu programa de enriquecimento de urânio. Antes mesmo de confirmado o envio do relatório ao CS, Irã e EUA voltaram a trocar ameaças, num autêntico clima de guerra fria que levou Baradei, diretor da AIEA, a pedir moderação. Nas próximas semanas, o CS deve usar seu peso para persuadir o governo iraniano a suspender seu programa de enriquecimento de urânio e cooperar plenamente com a AIEA.. Rússia e China se opõem à adoção de medidas duras contra o Irã, defendidas em maior ou menor grau pelos EUA, França e Grã-Bretanha. Essas cinco potências são membros permanentes do CS, por isso têm direito de vetar resoluções. (O Estado de São Paulo - 09.03.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 BURATINI, Ricardo. Estado, capitais privados e concorrência no setor elétrico brasileilro: da constituição do modelo estatal à crise do modelo competitivo, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia, Campinas SP, 2004. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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