l IFE:
nº 1.759
- 23
de fevereiro
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Luz para Todos não chega a Roraima As 2,8 mil
famílias do interior de Roraima que deveriam ter sido beneficiadas pelo
programa federal Luz para Todos até o ano passado continuam sem prazo
para sair do escuro. O governo do estado adiou mais uma vez a resolução
da dívida que impe a CER de receber os R$ 23,89 milhões disponibilizados
pelo MME desde 2004. O coordenador estadual do Luz para Todos informou
que o governo federal ainda não repassou as obras a outra empresa porque
o governo de Roraima é parceiro do programa. A ele e à concessionária
cabe a contrapartida de 20% dos investimentos totais na construção de
pequenas usinas geradoras ou na extensão de redes de distribuição de energia
elétrica. Do total de quatro mil famílias do interior do estado que deveriam
ter sido beneficiadas em 2004 e no ano passado, 1,2 mil seriam atendidas
com verba do governo estadual (R$ 5,97 milhões) e 2,8mil com recursos
do governo federal (R$ 23,89 milhões). (Elétrica - 22.02.2006) 2 SC exporta tecnologia de automação de hidrelétricas para África As tecnologias
de automação produzidas em Santa Catarina para fazer as hidrelétricas
funcionarem vão chegar à África via Rússia. O negócio envolve quatro conjuntos
de sistemas para controle e automação das unidades geradoras da hidrelétrica
de Chicapa, que está sendo construída com investimento russo a cerca de
mil km de Luanda, em Angola. Os equipamentos que serão instalados neste
ano são essenciais para o funcionamento de uma usina hidrelétrica, porque
regulam a tensão do gerador e a velocidade das turbinas. (Diário Catarinense
- 23.02.2006) O Programa Luz para Todos lança obras de eletrificação rural que atenderão 395 domicílios do município de Amambai, em Mato Grosso do Sul. O investimento no projeto será de R$ 1,6 milhão. As obras serão feitas pela Enersul. (Agência Canal Energia - 22.02.2006) Castro Alves, com barragem entre os municípios de Nova Pádua e Nova Roma do Sul, será a próxima usina a gerar energia dentro do projeto da Companhia Energética Rio das Antas, na região Nordeste do Estado. A estimativa é para dezembro de 2007. A empresa trabalha na construção do Complexo Ceran, composto por três usinas hidrelétricas que, juntas, terão potência instalada de 360 MW. (Eletrosul - 22.02.2006)
Empresas 1 Entrada da Eletrobrás em empresas Lajeado gera estabilidade A entrada
da Eletrobrás nas empresas Lajeado como acionista permanente, com a compra
de 40,07% das ações preferenciais das empresas que compõem a Investco
- consórcio gerenciador da usina Lajeado (TO, 902,5 MW), foi favorável
para a estabilidade do negócio. Segundo o diretor de Relações com Investidores
da Energias do Brasil, Antonio José Sellare, a maior vantagem da operação
é que a Eletrobrás deixa de ser um acionista temporário sem perspectiva
de retorno do negócio, para ser um acionista permanente, com retorno previsível
a longo prazo. O volume de ações, que representa 40,07% de participação
em cada uma das empresas, sem direito a voto, demandará aporte de R$ 414,6
milhões pela estatal. Controlam a usina as empresas Rede Lajeado, majoritária,
com 45% de participação, EDP Lajeado, com 27%, CEB Lajeado (20%) e Paulistas
Lajeado (8%). Já os títulos representativos de partes beneficiárias têm
rendimento correspondente a 10% do lucro anual das quatro empresas e são
resgatáveis ao final do prazo de concessão da hidrelétrica, em 2032. A
Eletrobrás, segundo os termos do acordo, tem opção de converter os títulos
em ações preferenciais. O total da operação é de R$ 1,067 bilhão. (Agência
Canal Energia - 22.02.2006) 2 TCU quer que órgãos de controle fiscalizem Itaipu O presidente do Tribunal de Contas da União, Adylson Motta, pediu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, revisão do Tratado Constitutivo da hidrelétrica de Itaipu, firmado entre os governos brasileiro e paraguaio. O objetivo é permitir que os órgãos de controle dos dois países possam fiscalizar a entidade, responsável por movimentar R$ 2,2 bilhões por ano. (Agência Canal Energia - 22.02.2006) 3 Leilão de privatização da Cteep é adiado O leilão
de privatização da Cteep, previsto para o dia 15 de março, deverá ser
novamente adiado. O edital com o preço mínimo, que estava programado para
ontem, deve sair só dia 6 de março. O novo atraso foi provocado pela indefinição
da revisão tarifária da Cteep, trabalho que está sendo feito pela Aneel.
(Valor Econômico - 23.02.2006) 4
Aneel mantém multa de R$ 273 mil contra Cataguazes-Leopoldina 5 CPFL Brasil realiza leilões de compra e venda de energia A CPFL Brasil
realiza na próxima quinta-feira, 23 de fevereiro, leilão de compra de
energia para fornecimento no mês de fevereiro. A comercializadora comprará
190 MW médios divididos em dez produtos, sendo nove de 20 MWm e um de
10 MWm. O centro de gravidade será decidido pelo proponente vencedor no
termo de adesão. O leilão terá preço suplementar máximo de R$ 8,10 por
MWh e preço reserva de R$ 4,10 por MWh. A comercializadora promove no
próximo dia 2 de março leilão simultâneo de compra e venda de energia.
A licitação ofertará quatro produtos para os submercados Norte, Nordeste,
Sudeste e Sul. O leilão eletrônico ocorrerá das 11 às 17 horas. O lote
padrão da disputa será de 0,5 MW médio. Os editais estão disponíveis no
site: www.cpflbrasil.com.br. (Agência Canal Energia - 22.02.2006) 6 CPFL Piratininga encerra distribuição de debêntures A CPFL Piratininga
anunciou nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, o encerramento da distribuição
de 40 mil debêntures, em série única. Cento e três fundos de investimentos
ficaram com 38.437 papéis cotados a R$ 10 mil cada. No total, 108 investidores
desembolsarão R$ 400 milhões pelas debêntures com classificação de risco
brA dado pela agência de risco Standard & Poor's. (Agência Canal Energia
- 22.02.2006) 7 Demanda por Bônus da Cesp chega a US$ 1,5 bi A demanda
pelos bônus da Cesp emitidos ontem, no valor de US$ 300 milhões, chegou
a US$ 1,5 bilhão, segundo os bancos líderes, o português Finantia e o
Banco Standard de Investimentos. Como o Valor antecipou na sua edição
de ontem, o rendimento pago pela Cesp nos US$ 300 milhões foi mesmo de
10,25% ao ano. O cupom (juro nominal) foi de 10%. "Essa foi a primeira
vez que a Cesp lançou papéis no mercado asiático", disse o diretor financeiro
da empresa, Vicente Okazaki, ao Valor. De acordo com ele, apesar da procura
de US$ 1,5 bilhão, a operação não foi ampliada além dos US$ 300 milhões,
pois a Cesp - controlada pelo governo estadual de São Paulo - só tinha
autorização do Tesouro Nacional para captar US$ 300 milhões. Os recursos,
segundo informou, serão usados para quitar dívida com o Tesouro Nacional.
Do total de US$ 4 bilhões de dívida bruta da Cesp, 50% são com o governo
federal e com o BNDES. Os recursos obtidos pela Cesp têm prazo de vencimento
em cinco anos e vão alongar o prazo médio da dívida da empresa, que vencia
em sua maior parte em três anos. No total, mais de 180 investidores diferentes
participaram da compra. Da demanda de US$ 1,5 bilhão, 52% vieram da Europa
(22% da Suíça, 19% do Reino Unido e 5% de Portugal), 23% dos Estados Unidos,
10% de investidores brasileiros "offshore" e 9% da Ásia. Os fundos de
private banking, que reúnem os recursos das pessoas físicas ricas, foram
responsáveis por 44% das ordens de compra; os fundos de hedge, menos avessos
a risco, por 23%; os fundos mútuos, por 14%; os bancos, por 12%; os corretores,
por 5%, e as seguradoras, por 2%.(Valor Econômico - 23.02.2006) 8 Celesc lança edital para seleção de projetos de Eficiência Energética A Celesc, por meio do seu Programa de Eficiência Energética - ciclo 2005/2006, lançou novo edital para seleção de projetos de conservação e uso racional de energia elétrica. As áreas de interesse contempladas pelo edital são: Indústria, Comércio e Serviços, Poderes Públicos e Serviços Públicos. Serão selecionados projetos que visam a diminuição da demanda de energia elétrica, o combate ao desperdício e a eficientização de equipamentos e infra-estrutura em geral.O prazo para inscrição e apresentação de propostas encerra-se às 17 horas do dia 20 de março. O edital completo pode ser obtido no site da Celesc: www.celesc.com.br. Podem participar da Chamada Pública todos consumidores atendidos pela Celesc que estejam em dia com suas obrigações contratuais. (Elétrica - 22.02.2006) No pregão do dia 22-02-2006, o IBOVESPA fechou a 38.246,40 pontos, representando uma alta de 0,21% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,27%, fechando a 12.340,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,49 ON e R$ 48,70 PNB, alta de 3,77% e 3,62%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. DestacaNa abertura do pregão do dia 23-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,10 as ações ON, alta de 1,31% em relação ao dia anterior e R$ 48,70 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 23.02.2006) A Celesc está anunciando a construção, em Florianópolis, nas proximidades do maciço do Morro da Cruz, da primeira subestação blindada do Estado. Trabalhadores da comunidade serão empregados na construção, que deve se prolongar até o final do ano. O modelo já existe em grandes metrópoles como Paris, Londres, Nova York, Tóquio, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. (Eletrosul - 22.02.2006) Os clientes da Cemig poderão contar, até final deste ano, com atendimento padronizado em qualquer agência de atendimento da empresa, que faz parte do projeto Agência Nota 10. O projeto está modernizando as 127 agências e permitirá atendimento igualitário para seus clientes. A Cemig já possui 78% de suas agências certificadas pela ISO 9000. (Elétrica - 22.02.2006) Para garantir maior agilidade e segurança dos veranistas e moradores do Litoral Norte, a CEEE providenciará no início do mês de abril, a recolocação de parte da rede elétrica na praia de Costa do Sol, em Cidreira. Serão instalados 20 mil metros de cabos multiplexado de alumínio com neutro isolado, substituindo cabos da rede de alta e baixa tensão e ramais de ligação. O investimento total do material para recolocação da rede é de R$ 250 mil. (Elétrica - 22.02.2006) A empresa Comercial Boyes foi autorizada pela Aneel a explorar a PCH Boyes, com 1,12MW, localizada no Rio Piracicaba, no município de Piracicaba. (Investnews - 23.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS vai atualizar curvas de aversão ao risco A Aneel
autorizou o ONS a atualizar as curvas de aversão ao risco dos submercados
Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Os novos valores correspondem
ao período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2007. O ONS terá
de apresentar a atualização das curvas à Aneel até 15 de outubro de cada
ano. (Agência Canal Energia - 22.02.2006) 2 Queda de energia afeta oito regiões no RS A forte chuva que caiu na tarde de ontem em todo o Estado provocou queda de energia em oito regiões: Florianópolis, Joinville, Rio do Sul, Blumenau, Concórdia, São Miguel do Oeste, Lages e Videira. Os maiores estragos foram na cidade de Joinville, no Norte, com 11 bairros que ficaram no escuro. A ventania provocou a queda de postes, rompimento de fios de alta tensão e jogou galhos de árvores em cima da rede elétrica. A Celesc informou que equipes de São Bento do Sul, Jaraguá do Sul e Itajaí se deslocaram para Joinville para fazer os reparos. O plantão da Celesc não estimou previsão para o retorno da energia a algumas áreas da cidade. Em Florianópolis, bairros do Norte da Ilha de Santa Catarina ficaram sem energia com a queda de 10 postes na SC-401. Ontem à noite, a parte continental da Capital voltou a enfrentar a falta de luz, por volta das 21h30min, por cerca de uma hora. (Eletrosul - 22.02.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Usina Alcana produzirá 20 MW por cogeração A usina Alcana, em processo de construção no município de Campos (RJ), entrará em operação em 2008. Os investimentos são da ordem de R$ 300 milhões. A capacidade de produção estimada é de 45 milhões de litros de álcool e 207 mil toneladas de açúcar por ano, além de 20 MW de energia elétrica por co-geração. (Eletrosul - 22.02.2006) A empresa Hidrotérmica foi autorizada pela Aneel a transferir a PCH Palanquinho para a empresa Serrana Energética. A usina, que será construída na Rio Grande do Sul, terá 19,08 MW de capacidade instalada. A previsão é que a usina inicie operação em agosto de 2007. (Investnews - 23.02.2006) A Aneel autorizou a transferência da exploração da Central Geradora Termelétrica Ibirité da empresa Ibiritermo para a Petrobras. A usina, que possui 226 MW de capacidade instalada, utiliza gás natural e está em operação desde de 2002, em Minas Gerais. (Investnews - 23.02.2006)
Grandes Consumidores 1 Suzano cumpre exigência do Bird A Suzano
Petroquímica anunciou ontem o cumprimento de uma exigência ambiental imposta
pelo Banco Mundial para a confirmação de empréstimo de US$ 200 milhões.
O dinheiro foi repassado em dezembro do ano passado para que a Suzano
adquirisse a Polibrail, fábrica de polipropileno localizada em Mauá, na
Grande São Paulo. O plano de ação do Banco Mundial incluía itens de segurança,
saúde e meio-ambiente. Entre as ações ambientais estava a ampliação do
programa de tratamento de efluentes. Toda a água utilizada na planta da
fábrica deveria ser tratada antes de ser devolvida à natureza, despejando
taxas mínimas de poluentes. A legislação prevê que essa água, ao ser despejada
em rios por qualquer petroquímica, tenha, no máximo, 20 miligramas de
óleo por litro. Os parâmetros do Banco Mundial são menores, 10 miligramas.
E foi isso que a Suzano Petroquímica conseguiu em Mauá. A Suzano informou
que existe um projeto para que, a partir de junho, 1,5 metros cúbicos
de água por hora sejam reutilizados pela companhia. (Jornal do Commercio
- 23.02.2006) 2 Produção de químicos industriais cai em 2005 A produção
brasileira de químicos de uso industrial recuou 1,04% em 2005 em relação
ao ano anterior, de acordo com dados da Abiquim. Onze dos 15 grupos analisados
pela entidade tiveram queda na produção no ano passado, sendo os maiores
declínios registrados nos segmentos intermediários para plastificantes
(-20,46%), plastificantes (-16,06%) e elastômeros (-10,18%). A queda na
produção é creditada ao enfraquecimento do mercado interno, que se acentuou
no segundo trimestre do ano passado. As vendas no mercado brasileiro caíram
3,07% no acumulado do ano em comparação com 2004. Doze dos 15 grupos registraram
queda. As exportações de produtos químicos subiram 24,6% em relação ao
ano anterior e somaram US$ 7,38 bilhões em 2005. Já as importações desses
produtos cresceram 5,7% e totalizaram US$ 15,33 bilhões. Em dezembro de
2005, a produção de químicos aumentou 5,64% em comparação a novembro.
Já as vendas internas caíram 3,85% no último mês do ano passado se comparadas
ao mês de novembro. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006) 3 Merrill Lynch cautelosa com Suzano A corretora
americana Merrill Lynch iniciou a cobertura dos papéis preferenciais série
A da Suzano Papel e Celulose com recomendação neutra. A cautela se dá
pelo fato de a maior parte do ganho da empresa depender do fluxo de caixa
originário de projetos de longo prazo para expansão da produção de celulose,
em um mercado cujos preços são extremamente voláteis. Em três anos, a
instituição acredita que o papel possa chegar a R$ 34,13, um potencial
de 149% acima dos R$ 13,70 do fechamento de terça-feira. Segundo o relatório,
os papéis da Suzano são negociados com preços acima dos de suas concorrentes
locais. A corretora destaca, porém, que a Suzano tem o maior potencial
no longo prazo. A maturação dos projetos a torna a empresa com melhor
expectativa no mercado de papel e celulose nos próximos três anos. Já
no curto prazo, esses mesmos projetos aumentam as incertezas. (Valor Econômico
- 23.02.2006) 4 Arcelor Brasil negocia compra de centro de distribuição de aços A Arcelor
Brasil negocia a compra da Manchester Tubos e Perfilados S.A., empresa
mineira de processamento e distribuição de aços planos instalada em Contagem,
cidade da região metropolitana de Belo Horizonte . Fontes do setor dão
como certa a aquisição pela siderúrgica, com uma proposta em torno de
R$ 100 milhões. Nenhuma das duas companhias, no entanto, confirma as negociações.
A direção da Arcelor Brasil, por meio da assessoria de imprensa, informou
que não tem o que comentar sobre o assunto. Por sua vez, a direção da
Manchester informou que há "muita especulação a respeito do assunto".
E acrescentou que "nada de concreto existe neste momento". O movimento
da Arcelor Brasil nesse setor, poderá deslanchar uma onda de consolidação
no segmento, como vem ocorrendo na produção de aço. Gerdau, CSN, Usiminas
e a espanhola Gonvarri são os principais competidores no setor. (Valor
Econômico - 23.02.2006) 5 Taurus recorrerá para ter crédito fiscal sobre energia A Forjas
Taurus S.A. recorrerá da decisão do STJ que ontem negou o pedido da empresa
para utilizar o chamado "crédito presumido" sobre a energia elétrica,
correspondente aos valores pagos sobre a energia durante o processo de
fabricação para compensá-los na quantia cobrada a título de IPI sobre
a saída do produto final. Geraldo Neves, membro do Grupo Jurídico-Tributário
da Abrace e representante da Dow Brasil S.A. , informa que as empresas
filiadas à associação enfrentam duas grandes questões no campo tributário:
a discussão sobre a utilização do crédito presumido do IPI, dependente
de definição por parte do Supremo, e a questão sobre a incidência do ICMS.
Segundo Neves, o problema relativo à cobrança de ICMS reside no fato de
os fiscos estaduais terem contrariado a jurisprudência pacífica dos tribunais
superiores, cobrando o tributo sobre a chamada demanda contratada. Apesar
do entendimento contrário por parte dos tribunais, as autoridades fiscais
de todos os estados da Federação, com a exceção do Paraná, continuam a
cobrar ICMS sobre tal demanda, o que dá causa a diversas ações por parte
das empresas, afirma Geraldo Neves. (Eletrosul - 22.02.2006)
Economia Brasileira 1 Fundo deve movimentar US$ 1 bi este ano Os fundos de private equity e venture capital devem movimentar US$ 1 bilhão este ano e em 2007, prevê a ABVCap, o dobro do valor que movimentava anualmente nos últimos dez anos. Entre as novidades preparadas para este ano, está um fundo de US$ 500 milhões da Finep, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Além disso, o BNDES prepara um novo programa de investimentos para as carteiras de private equity que investem no setor de infra-estrutura e o Banco do Brasil, que tem R$ 280 milhões disponíveis para aplicar em private equity, informou que prepara uma revisão de sua política para o segmento. O programa do BNDES deve ter um orçamento maior que os atuais R$ 260 milhões que o banco destina para os fundos de private equity e venture capital. Deste total, o BNDES ainda tem em caixa R$ 100 milhões que serão investidos em quatro fundos ainda este ano. O BB também resolveu apostar no private equity e criou há dois anos um programa específico para aplicar em fundos de capital de risco. O banco separou R$ 400 milhões, dos quais já investiu R$ 120 milhões em duas carteiras, uma da GP Investimentos e outra do Banco Pactual para o setor de energia que já está pronta para investir. Segundo o presidente da ABVCap, do cerca de US$ 1 bilhão esperado para este ano, a maior parte dos investimentos será destinado para o setor de infra-estrutura. (Valor Econômico - 23.02.2006) 2 Bancos elevam spread em janeiro Os bancos voltaram a ampliar os spreads bancários em janeiro, em parte para cobrir o aumento dos custos de inadimplência. Segundo o Banco Central, o spread médio dos empréstimos a empresas e famílias subiu 0,8%, para 29,6%. A margem bruta dos bancos já acumula incremento de 1,2% desde maio de 2005. A conseqüência do aumento dos spreads bancários é que nem todos os ganhos com a redução dos juros estão sendo transferidos aos tomadores finais de crédito. Desde maio de 2005, o custo de captação dos bancos caiu 2,9%, para 16,5% ao ano, em janeiro. Mas os juros médios cobrados de pessoas físicas e jurídicas recuaram apenas 1,7% no período, para 46,1%. No mesmo período, a inadimplência subiu 0,5%, para 3,7% em janeiro, considerando as operações de crédito vencidas há mais de 90 dias. (Valor Econômico - 23.02.2006) 3
IPC-S desacelera para 0,10% O mercado
financeiro teve uma manhã relativamente tranqüila, com o cenário interno
positivo. O dólar encerrou o período em baixa de 0,84%, cotado a R$ 2,121
na compra e R$ 2,123 na venda. Ontem, no fechamento, o dólar acusou queda
de 0,69%, valendo R$ 2,1390 na compra e R$ 2,1410 na venda. Pela manhã,
a moeda chegou a subir 1,39%, aos R$ 2,1860, na máxima do dia. O menor
preço registrado foi R$ 2,1370 (- 0,88%). (O Globo Online e Valor Online
- 23.02.2006)
Internacional 1 Enel demonstra interesse pela Suez e em apoiar a Gas Natural A maior
companhia de serviço público da Itália, a Enel pode considerar fazer oferta
pela francesa Suez e apoiar a proposta da Gas Natural para compra da Endesa,
disse presidente-executivo da empresa italiana, Fulvio Conti. A Enel afirmou
que planejava gastar 15 bilhões em aquisições estrangeiras. A empresa
acrescentou que pretendia comprar participação na belga Electrabel, controlada
pela Suez. Analistas disseram que a Enel estaria escalando novamente seu
ambicioso plano de expandir na Espanha, depois que a alemã E.ON lançou
oferta de 29,1 bilhões para compra da espanhola Endesa. Conti afirmou
que a Enel ainda estava ansiosa para se expandir na Espanha e poderia
apoiar a Gas Natural, se ela relançar sua oferta para a Endesa. Ele afirmou
ainda que a companhia italiana estava interessada em ativos que a Gas
Natural seria forçada a vender para atender a normas anti-trustes. A E.ON
havia declarado que não pretende vender os ativos da Endesa. (Gazeta Mercantil
- 23.02.2006) 2 Zapatero quer frear venda da Endesa à E.ON O primeiro
ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, invocou o interesse
nacional para frear a contra-oferta da gigante alemã E.ON pela Endesa,
que poderá dificultar o projeto governamental de criar uma gigante nacional
de energia. "As regras do jogo internacionais são determinantes e tem
de ser compatíveis com um razoável interesse nacional, que todos os países
têm", declarou Rodriguez Zapatero. Com respeito à possibilidade de o governo
utilizar a "ação de ouro" na Endesa para bloquear a operação da E.ON,
Zapatero disse que, em princípio, não pensava em apelar para esse recurso.
No entanto, ele não descartou totalmente essa possibilidade. A Comissão
Européia aconselhou ontem as autoridades espanholas a não utilizar essa
ação privilegiada, que considera incompatível com o regulamento europeu.
O governo espanhol considera a energia como um setor chave na Espanha
e Rodríguez Zapatero lembrou que a oferta da E.ON afetava 50% da energia
nuclear espanhola, a energia derivada de carvão que "tem interesse estratégico"
e o abastecimento das ilhas Balearas e Canarias. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006)
3 E.ON deve ter volume de crédito recorde para compra da Endesa A E.ON AG, maior prestadora de serviços públicos da Alemanha, deverá obter pelo menos 29,1 bilhões em empréstimos para financiar sua pretendida aquisição da Endesa. O negócio pode se tornar a maior operação de crédito corporativo do mundo. O Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC Holding e o J P Morgan estão financiando em dinheiro a proposta de compra apresentada pela E.ON, disse o diretor financeiro da empresa espanhola, Erhard Schipporeit, que preferiu não especificar o montante exato que está sendo tomado. O custo integral da aquisição pleiteada pela E.ON é de 55,2 bilhões, quando se acrescentam as provisões referentes às dívidas e benefícios de aposentadoria de funcionários da Endesa. Os bancos que concederão o financiamento à E.ON foram escolhidos em parte como reconhecimento por terem assessorado a Endesa em sua defesa contra a oferta da Gas Natural, informou o principal executivo da E.ON, Wulf Bernotat. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006) 4
Bush pressiona Índia
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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