l

IFE: nº 1.759 - 23 de fevereiro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Luz para Todos não chega a Roraima
2 SC exporta tecnologia de automação de hidrelétricas para África
3 Curtas

Empresas
1 Entrada da Eletrobrás em empresas Lajeado gera estabilidade
2 TCU quer que órgãos de controle fiscalizem Itaipu
3 Leilão de privatização da Cteep é adiado
4 Aneel mantém multa de R$ 273 mil contra Cataguazes-Leopoldina
5 CPFL Brasil realiza leilões de compra e venda de energia
6 CPFL Piratininga encerra distribuição de debêntures
7 Demanda por Bônus da Cesp chega a US$ 1,5 bi
8 Celesc lança edital para seleção de projetos de Eficiência Energética

9 Cotações da Eletrobrás

10 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS vai atualizar curvas de aversão ao risco
2 Queda de energia afeta oito regiões no RS

Gás e Termelétricas
1 Usina Alcana produzirá 20 MW por cogeração
2 Curtas

Grandes Consumidores
1 Suzano cumpre exigência do Bird
2 Produção de químicos industriais cai em 2005
3 Merrill Lynch cautelosa com Suzano
4 Arcelor Brasil negocia compra de centro de distribuição de aços
5 Taurus recorrerá para ter crédito fiscal sobre energia

Economia Brasileira
1 Fundo deve movimentar US$ 1 bi este ano
2 Bancos elevam spread em janeiro

3 IPC-S desacelera para 0,10%
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enel demonstra interesse pela Suez e em apoiar a Gas Natural
2 Zapatero quer frear venda da Endesa à E.ON
3 E.ON deve ter volume de crédito recorde para compra da Endesa
4 Bush pressiona Índia

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Luz para Todos não chega a Roraima

As 2,8 mil famílias do interior de Roraima que deveriam ter sido beneficiadas pelo programa federal Luz para Todos até o ano passado continuam sem prazo para sair do escuro. O governo do estado adiou mais uma vez a resolução da dívida que impe a CER de receber os R$ 23,89 milhões disponibilizados pelo MME desde 2004. O coordenador estadual do Luz para Todos informou que o governo federal ainda não repassou as obras a outra empresa porque o governo de Roraima é parceiro do programa. A ele e à concessionária cabe a contrapartida de 20% dos investimentos totais na construção de pequenas usinas geradoras ou na extensão de redes de distribuição de energia elétrica. Do total de quatro mil famílias do interior do estado que deveriam ter sido beneficiadas em 2004 e no ano passado, 1,2 mil seriam atendidas com verba do governo estadual (R$ 5,97 milhões) e 2,8mil com recursos do governo federal (R$ 23,89 milhões). (Elétrica - 22.02.2006)

<topo>

2 SC exporta tecnologia de automação de hidrelétricas para África

As tecnologias de automação produzidas em Santa Catarina para fazer as hidrelétricas funcionarem vão chegar à África via Rússia. O negócio envolve quatro conjuntos de sistemas para controle e automação das unidades geradoras da hidrelétrica de Chicapa, que está sendo construída com investimento russo a cerca de mil km de Luanda, em Angola. Os equipamentos que serão instalados neste ano são essenciais para o funcionamento de uma usina hidrelétrica, porque regulam a tensão do gerador e a velocidade das turbinas. (Diário Catarinense - 23.02.2006)

<topo>

3 Curtas

O Programa Luz para Todos lança obras de eletrificação rural que atenderão 395 domicílios do município de Amambai, em Mato Grosso do Sul. O investimento no projeto será de R$ 1,6 milhão. As obras serão feitas pela Enersul. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

Castro Alves, com barragem entre os municípios de Nova Pádua e Nova Roma do Sul, será a próxima usina a gerar energia dentro do projeto da Companhia Energética Rio das Antas, na região Nordeste do Estado. A estimativa é para dezembro de 2007. A empresa trabalha na construção do Complexo Ceran, composto por três usinas hidrelétricas que, juntas, terão potência instalada de 360 MW. (Eletrosul - 22.02.2006)

<topo>

 

Empresas

1 Entrada da Eletrobrás em empresas Lajeado gera estabilidade

A entrada da Eletrobrás nas empresas Lajeado como acionista permanente, com a compra de 40,07% das ações preferenciais das empresas que compõem a Investco - consórcio gerenciador da usina Lajeado (TO, 902,5 MW), foi favorável para a estabilidade do negócio. Segundo o diretor de Relações com Investidores da Energias do Brasil, Antonio José Sellare, a maior vantagem da operação é que a Eletrobrás deixa de ser um acionista temporário sem perspectiva de retorno do negócio, para ser um acionista permanente, com retorno previsível a longo prazo. O volume de ações, que representa 40,07% de participação em cada uma das empresas, sem direito a voto, demandará aporte de R$ 414,6 milhões pela estatal. Controlam a usina as empresas Rede Lajeado, majoritária, com 45% de participação, EDP Lajeado, com 27%, CEB Lajeado (20%) e Paulistas Lajeado (8%). Já os títulos representativos de partes beneficiárias têm rendimento correspondente a 10% do lucro anual das quatro empresas e são resgatáveis ao final do prazo de concessão da hidrelétrica, em 2032. A Eletrobrás, segundo os termos do acordo, tem opção de converter os títulos em ações preferenciais. O total da operação é de R$ 1,067 bilhão. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

2 TCU quer que órgãos de controle fiscalizem Itaipu

O presidente do Tribunal de Contas da União, Adylson Motta, pediu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, revisão do Tratado Constitutivo da hidrelétrica de Itaipu, firmado entre os governos brasileiro e paraguaio. O objetivo é permitir que os órgãos de controle dos dois países possam fiscalizar a entidade, responsável por movimentar R$ 2,2 bilhões por ano. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

3 Leilão de privatização da Cteep é adiado

O leilão de privatização da Cteep, previsto para o dia 15 de março, deverá ser novamente adiado. O edital com o preço mínimo, que estava programado para ontem, deve sair só dia 6 de março. O novo atraso foi provocado pela indefinição da revisão tarifária da Cteep, trabalho que está sendo feito pela Aneel. (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

4 Aneel mantém multa de R$ 273 mil contra Cataguazes-Leopoldina

A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina teve seu recurso para anulação de multa imposta pela Aneel negado. De acordo com o despacho publicado nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, no Diário Oficial da União, a empresa terá que pagar R$ 273.302,64 mil por não ter submetido ao órgão a anuência da transação efetivada entre a concessionária, a Allyant Energy, a Cat-Leo (subsidiária de geração da Cataguazes-Leopoldina) e a termelétrica de Juiz de Fora. A Aneel informou que o despacho foi encaminhado à direção para apreciação. Ainda segundo o órgão, a Cataguazes-Leopoldina realizou, em abril de 2005, um acordo através do qual a Cat-Leo passou para a americana Alliant Energy Holdings do Brasil as ações da usina termelétrica de Juiz de Fora, no valor de R$ 60,35 milhões. Segundo a agência, para efetivar a transação, a companhia deveria ter pedido a anuência à Aneel. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

5 CPFL Brasil realiza leilões de compra e venda de energia

A CPFL Brasil realiza na próxima quinta-feira, 23 de fevereiro, leilão de compra de energia para fornecimento no mês de fevereiro. A comercializadora comprará 190 MW médios divididos em dez produtos, sendo nove de 20 MWm e um de 10 MWm. O centro de gravidade será decidido pelo proponente vencedor no termo de adesão. O leilão terá preço suplementar máximo de R$ 8,10 por MWh e preço reserva de R$ 4,10 por MWh. A comercializadora promove no próximo dia 2 de março leilão simultâneo de compra e venda de energia. A licitação ofertará quatro produtos para os submercados Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. O leilão eletrônico ocorrerá das 11 às 17 horas. O lote padrão da disputa será de 0,5 MW médio. Os editais estão disponíveis no site: www.cpflbrasil.com.br. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

6 CPFL Piratininga encerra distribuição de debêntures

A CPFL Piratininga anunciou nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, o encerramento da distribuição de 40 mil debêntures, em série única. Cento e três fundos de investimentos ficaram com 38.437 papéis cotados a R$ 10 mil cada. No total, 108 investidores desembolsarão R$ 400 milhões pelas debêntures com classificação de risco brA dado pela agência de risco Standard & Poor's. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

7 Demanda por Bônus da Cesp chega a US$ 1,5 bi

A demanda pelos bônus da Cesp emitidos ontem, no valor de US$ 300 milhões, chegou a US$ 1,5 bilhão, segundo os bancos líderes, o português Finantia e o Banco Standard de Investimentos. Como o Valor antecipou na sua edição de ontem, o rendimento pago pela Cesp nos US$ 300 milhões foi mesmo de 10,25% ao ano. O cupom (juro nominal) foi de 10%. "Essa foi a primeira vez que a Cesp lançou papéis no mercado asiático", disse o diretor financeiro da empresa, Vicente Okazaki, ao Valor. De acordo com ele, apesar da procura de US$ 1,5 bilhão, a operação não foi ampliada além dos US$ 300 milhões, pois a Cesp - controlada pelo governo estadual de São Paulo - só tinha autorização do Tesouro Nacional para captar US$ 300 milhões. Os recursos, segundo informou, serão usados para quitar dívida com o Tesouro Nacional. Do total de US$ 4 bilhões de dívida bruta da Cesp, 50% são com o governo federal e com o BNDES. Os recursos obtidos pela Cesp têm prazo de vencimento em cinco anos e vão alongar o prazo médio da dívida da empresa, que vencia em sua maior parte em três anos. No total, mais de 180 investidores diferentes participaram da compra. Da demanda de US$ 1,5 bilhão, 52% vieram da Europa (22% da Suíça, 19% do Reino Unido e 5% de Portugal), 23% dos Estados Unidos, 10% de investidores brasileiros "offshore" e 9% da Ásia. Os fundos de private banking, que reúnem os recursos das pessoas físicas ricas, foram responsáveis por 44% das ordens de compra; os fundos de hedge, menos avessos a risco, por 23%; os fundos mútuos, por 14%; os bancos, por 12%; os corretores, por 5%, e as seguradoras, por 2%.(Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

8 Celesc lança edital para seleção de projetos de Eficiência Energética

A Celesc, por meio do seu Programa de Eficiência Energética - ciclo 2005/2006, lançou novo edital para seleção de projetos de conservação e uso racional de energia elétrica. As áreas de interesse contempladas pelo edital são: Indústria, Comércio e Serviços, Poderes Públicos e Serviços Públicos. Serão selecionados projetos que visam a diminuição da demanda de energia elétrica, o combate ao desperdício e a eficientização de equipamentos e infra-estrutura em geral.O prazo para inscrição e apresentação de propostas encerra-se às 17 horas do dia 20 de março. O edital completo pode ser obtido no site da Celesc: www.celesc.com.br. Podem participar da Chamada Pública todos consumidores atendidos pela Celesc que estejam em dia com suas obrigações contratuais. (Elétrica - 22.02.2006)

<topo>

9 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 22-02-2006, o IBOVESPA fechou a 38.246,40 pontos, representando uma alta de 0,21% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,27%, fechando a 12.340,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,49 ON e R$ 48,70 PNB, alta de 3,77% e 3,62%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. DestacaNa abertura do pregão do dia 23-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,10 as ações ON, alta de 1,31% em relação ao dia anterior e R$ 48,70 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 23.02.2006)

<topo>

10 Curtas

A Celesc está anunciando a construção, em Florianópolis, nas proximidades do maciço do Morro da Cruz, da primeira subestação blindada do Estado. Trabalhadores da comunidade serão empregados na construção, que deve se prolongar até o final do ano. O modelo já existe em grandes metrópoles como Paris, Londres, Nova York, Tóquio, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. (Eletrosul - 22.02.2006)

Os clientes da Cemig poderão contar, até final deste ano, com atendimento padronizado em qualquer agência de atendimento da empresa, que faz parte do projeto Agência Nota 10. O projeto está modernizando as 127 agências e permitirá atendimento igualitário para seus clientes. A Cemig já possui 78% de suas agências certificadas pela ISO 9000. (Elétrica - 22.02.2006)

Para garantir maior agilidade e segurança dos veranistas e moradores do Litoral Norte, a CEEE providenciará no início do mês de abril, a recolocação de parte da rede elétrica na praia de Costa do Sol, em Cidreira. Serão instalados 20 mil metros de cabos multiplexado de alumínio com neutro isolado, substituindo cabos da rede de alta e baixa tensão e ramais de ligação. O investimento total do material para recolocação da rede é de R$ 250 mil. (Elétrica - 22.02.2006)

A empresa Comercial Boyes foi autorizada pela Aneel a explorar a PCH Boyes, com 1,12MW, localizada no Rio Piracicaba, no município de Piracicaba. (Investnews - 23.02.2006)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS vai atualizar curvas de aversão ao risco

A Aneel autorizou o ONS a atualizar as curvas de aversão ao risco dos submercados Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Os novos valores correspondem ao período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2007. O ONS terá de apresentar a atualização das curvas à Aneel até 15 de outubro de cada ano. (Agência Canal Energia - 22.02.2006)

<topo>

2 Queda de energia afeta oito regiões no RS

A forte chuva que caiu na tarde de ontem em todo o Estado provocou queda de energia em oito regiões: Florianópolis, Joinville, Rio do Sul, Blumenau, Concórdia, São Miguel do Oeste, Lages e Videira. Os maiores estragos foram na cidade de Joinville, no Norte, com 11 bairros que ficaram no escuro. A ventania provocou a queda de postes, rompimento de fios de alta tensão e jogou galhos de árvores em cima da rede elétrica. A Celesc informou que equipes de São Bento do Sul, Jaraguá do Sul e Itajaí se deslocaram para Joinville para fazer os reparos. O plantão da Celesc não estimou previsão para o retorno da energia a algumas áreas da cidade. Em Florianópolis, bairros do Norte da Ilha de Santa Catarina ficaram sem energia com a queda de 10 postes na SC-401. Ontem à noite, a parte continental da Capital voltou a enfrentar a falta de luz, por volta das 21h30min, por cerca de uma hora. (Eletrosul - 22.02.2006)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Usina Alcana produzirá 20 MW por cogeração

A usina Alcana, em processo de construção no município de Campos (RJ), entrará em operação em 2008. Os investimentos são da ordem de R$ 300 milhões. A capacidade de produção estimada é de 45 milhões de litros de álcool e 207 mil toneladas de açúcar por ano, além de 20 MW de energia elétrica por co-geração. (Eletrosul - 22.02.2006)

<topo>

2 Curtas

A empresa Hidrotérmica foi autorizada pela Aneel a transferir a PCH Palanquinho para a empresa Serrana Energética. A usina, que será construída na Rio Grande do Sul, terá 19,08 MW de capacidade instalada. A previsão é que a usina inicie operação em agosto de 2007. (Investnews - 23.02.2006)

A Aneel autorizou a transferência da exploração da Central Geradora Termelétrica Ibirité da empresa Ibiritermo para a Petrobras. A usina, que possui 226 MW de capacidade instalada, utiliza gás natural e está em operação desde de 2002, em Minas Gerais. (Investnews - 23.02.2006)


<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Suzano cumpre exigência do Bird

A Suzano Petroquímica anunciou ontem o cumprimento de uma exigência ambiental imposta pelo Banco Mundial para a confirmação de empréstimo de US$ 200 milhões. O dinheiro foi repassado em dezembro do ano passado para que a Suzano adquirisse a Polibrail, fábrica de polipropileno localizada em Mauá, na Grande São Paulo. O plano de ação do Banco Mundial incluía itens de segurança, saúde e meio-ambiente. Entre as ações ambientais estava a ampliação do programa de tratamento de efluentes. Toda a água utilizada na planta da fábrica deveria ser tratada antes de ser devolvida à natureza, despejando taxas mínimas de poluentes. A legislação prevê que essa água, ao ser despejada em rios por qualquer petroquímica, tenha, no máximo, 20 miligramas de óleo por litro. Os parâmetros do Banco Mundial são menores, 10 miligramas. E foi isso que a Suzano Petroquímica conseguiu em Mauá. A Suzano informou que existe um projeto para que, a partir de junho, 1,5 metros cúbicos de água por hora sejam reutilizados pela companhia. (Jornal do Commercio - 23.02.2006)

<topo>

2 Produção de químicos industriais cai em 2005

A produção brasileira de químicos de uso industrial recuou 1,04% em 2005 em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Abiquim. Onze dos 15 grupos analisados pela entidade tiveram queda na produção no ano passado, sendo os maiores declínios registrados nos segmentos intermediários para plastificantes (-20,46%), plastificantes (-16,06%) e elastômeros (-10,18%). A queda na produção é creditada ao enfraquecimento do mercado interno, que se acentuou no segundo trimestre do ano passado. As vendas no mercado brasileiro caíram 3,07% no acumulado do ano em comparação com 2004. Doze dos 15 grupos registraram queda. As exportações de produtos químicos subiram 24,6% em relação ao ano anterior e somaram US$ 7,38 bilhões em 2005. Já as importações desses produtos cresceram 5,7% e totalizaram US$ 15,33 bilhões. Em dezembro de 2005, a produção de químicos aumentou 5,64% em comparação a novembro. Já as vendas internas caíram 3,85% no último mês do ano passado se comparadas ao mês de novembro. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006)

<topo>

3 Merrill Lynch cautelosa com Suzano

A corretora americana Merrill Lynch iniciou a cobertura dos papéis preferenciais série A da Suzano Papel e Celulose com recomendação neutra. A cautela se dá pelo fato de a maior parte do ganho da empresa depender do fluxo de caixa originário de projetos de longo prazo para expansão da produção de celulose, em um mercado cujos preços são extremamente voláteis. Em três anos, a instituição acredita que o papel possa chegar a R$ 34,13, um potencial de 149% acima dos R$ 13,70 do fechamento de terça-feira. Segundo o relatório, os papéis da Suzano são negociados com preços acima dos de suas concorrentes locais. A corretora destaca, porém, que a Suzano tem o maior potencial no longo prazo. A maturação dos projetos a torna a empresa com melhor expectativa no mercado de papel e celulose nos próximos três anos. Já no curto prazo, esses mesmos projetos aumentam as incertezas. (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

4 Arcelor Brasil negocia compra de centro de distribuição de aços

A Arcelor Brasil negocia a compra da Manchester Tubos e Perfilados S.A., empresa mineira de processamento e distribuição de aços planos instalada em Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte . Fontes do setor dão como certa a aquisição pela siderúrgica, com uma proposta em torno de R$ 100 milhões. Nenhuma das duas companhias, no entanto, confirma as negociações. A direção da Arcelor Brasil, por meio da assessoria de imprensa, informou que não tem o que comentar sobre o assunto. Por sua vez, a direção da Manchester informou que há "muita especulação a respeito do assunto". E acrescentou que "nada de concreto existe neste momento". O movimento da Arcelor Brasil nesse setor, poderá deslanchar uma onda de consolidação no segmento, como vem ocorrendo na produção de aço. Gerdau, CSN, Usiminas e a espanhola Gonvarri são os principais competidores no setor. (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

5 Taurus recorrerá para ter crédito fiscal sobre energia

A Forjas Taurus S.A. recorrerá da decisão do STJ que ontem negou o pedido da empresa para utilizar o chamado "crédito presumido" sobre a energia elétrica, correspondente aos valores pagos sobre a energia durante o processo de fabricação para compensá-los na quantia cobrada a título de IPI sobre a saída do produto final. Geraldo Neves, membro do Grupo Jurídico-Tributário da Abrace e representante da Dow Brasil S.A. , informa que as empresas filiadas à associação enfrentam duas grandes questões no campo tributário: a discussão sobre a utilização do crédito presumido do IPI, dependente de definição por parte do Supremo, e a questão sobre a incidência do ICMS. Segundo Neves, o problema relativo à cobrança de ICMS reside no fato de os fiscos estaduais terem contrariado a jurisprudência pacífica dos tribunais superiores, cobrando o tributo sobre a chamada demanda contratada. Apesar do entendimento contrário por parte dos tribunais, as autoridades fiscais de todos os estados da Federação, com a exceção do Paraná, continuam a cobrar ICMS sobre tal demanda, o que dá causa a diversas ações por parte das empresas, afirma Geraldo Neves. (Eletrosul - 22.02.2006)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Fundo deve movimentar US$ 1 bi este ano

Os fundos de private equity e venture capital devem movimentar US$ 1 bilhão este ano e em 2007, prevê a ABVCap, o dobro do valor que movimentava anualmente nos últimos dez anos. Entre as novidades preparadas para este ano, está um fundo de US$ 500 milhões da Finep, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Além disso, o BNDES prepara um novo programa de investimentos para as carteiras de private equity que investem no setor de infra-estrutura e o Banco do Brasil, que tem R$ 280 milhões disponíveis para aplicar em private equity, informou que prepara uma revisão de sua política para o segmento. O programa do BNDES deve ter um orçamento maior que os atuais R$ 260 milhões que o banco destina para os fundos de private equity e venture capital. Deste total, o BNDES ainda tem em caixa R$ 100 milhões que serão investidos em quatro fundos ainda este ano. O BB também resolveu apostar no private equity e criou há dois anos um programa específico para aplicar em fundos de capital de risco. O banco separou R$ 400 milhões, dos quais já investiu R$ 120 milhões em duas carteiras, uma da GP Investimentos e outra do Banco Pactual para o setor de energia que já está pronta para investir. Segundo o presidente da ABVCap, do cerca de US$ 1 bilhão esperado para este ano, a maior parte dos investimentos será destinado para o setor de infra-estrutura. (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

2 Bancos elevam spread em janeiro

Os bancos voltaram a ampliar os spreads bancários em janeiro, em parte para cobrir o aumento dos custos de inadimplência. Segundo o Banco Central, o spread médio dos empréstimos a empresas e famílias subiu 0,8%, para 29,6%. A margem bruta dos bancos já acumula incremento de 1,2% desde maio de 2005. A conseqüência do aumento dos spreads bancários é que nem todos os ganhos com a redução dos juros estão sendo transferidos aos tomadores finais de crédito. Desde maio de 2005, o custo de captação dos bancos caiu 2,9%, para 16,5% ao ano, em janeiro. Mas os juros médios cobrados de pessoas físicas e jurídicas recuaram apenas 1,7% no período, para 46,1%. No mesmo período, a inadimplência subiu 0,5%, para 3,7% em janeiro, considerando as operações de crédito vencidas há mais de 90 dias. (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

3 IPC-S desacelera para 0,10%

Segundo a FGV, o IPC-S diminuiu o ritmo de alta para 0,10% na quadrissemana encerrada em 22 de fevereiro. Nos 30 dias findos em 15 de fevereiro, o indicador havia registrado elevação de 0,16%. Das sete classes de despesas analisadas, seis indicaram desaceleração de suas taxas. Saúde e Cuidados Pessoais foi o único grupo com elevação maior nesta medição, de 0,54%, contra 0,46% da prévia anterior. A desaceleração do índice cheio deve-se principalmente à menor variação do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa caiu de 1,23% na medição anterior para 0,71% no cálculo mais recente. O grupo Vestuários foi responsável pelo segundo maior recuo. Saiu de uma deflação de 1,19% para uma variação também negativa de 1,43%. No item Transportes foi detectada uma taxa positiva de 1,15%, contra variação de 1,17% na semana antecedente. Despesas Diversas passou de alta de 0,33% para 0,24% nesta medição. Com variações menos pronunciadas, estão os grupos Alimentação (de -0,36% para -0,35%) e Habitação (de 0,00 para -0,03%). (Valor Econômico - 23.02.2006)

<topo>

4 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro teve uma manhã relativamente tranqüila, com o cenário interno positivo. O dólar encerrou o período em baixa de 0,84%, cotado a R$ 2,121 na compra e R$ 2,123 na venda. Ontem, no fechamento, o dólar acusou queda de 0,69%, valendo R$ 2,1390 na compra e R$ 2,1410 na venda. Pela manhã, a moeda chegou a subir 1,39%, aos R$ 2,1860, na máxima do dia. O menor preço registrado foi R$ 2,1370 (- 0,88%). (O Globo Online e Valor Online - 23.02.2006)

<topo>

 

Internacional

1 Enel demonstra interesse pela Suez e em apoiar a Gas Natural

A maior companhia de serviço público da Itália, a Enel pode considerar fazer oferta pela francesa Suez e apoiar a proposta da Gas Natural para compra da Endesa, disse presidente-executivo da empresa italiana, Fulvio Conti. A Enel afirmou que planejava gastar € 15 bilhões em aquisições estrangeiras. A empresa acrescentou que pretendia comprar participação na belga Electrabel, controlada pela Suez. Analistas disseram que a Enel estaria escalando novamente seu ambicioso plano de expandir na Espanha, depois que a alemã E.ON lançou oferta de € 29,1 bilhões para compra da espanhola Endesa. Conti afirmou que a Enel ainda estava ansiosa para se expandir na Espanha e poderia apoiar a Gas Natural, se ela relançar sua oferta para a Endesa. Ele afirmou ainda que a companhia italiana estava interessada em ativos que a Gas Natural seria forçada a vender para atender a normas anti-trustes. A E.ON havia declarado que não pretende vender os ativos da Endesa. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006)

<topo>

2 Zapatero quer frear venda da Endesa à E.ON

O primeiro ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, invocou o interesse nacional para frear a contra-oferta da gigante alemã E.ON pela Endesa, que poderá dificultar o projeto governamental de criar uma gigante nacional de energia. "As regras do jogo internacionais são determinantes e tem de ser compatíveis com um razoável interesse nacional, que todos os países têm", declarou Rodriguez Zapatero. Com respeito à possibilidade de o governo utilizar a "ação de ouro" na Endesa para bloquear a operação da E.ON, Zapatero disse que, em princípio, não pensava em apelar para esse recurso. No entanto, ele não descartou totalmente essa possibilidade. A Comissão Européia aconselhou ontem as autoridades espanholas a não utilizar essa ação privilegiada, que considera incompatível com o regulamento europeu. O governo espanhol considera a energia como um setor chave na Espanha e Rodríguez Zapatero lembrou que a oferta da E.ON afetava 50% da energia nuclear espanhola, a energia derivada de carvão que "tem interesse estratégico" e o abastecimento das ilhas Balearas e Canarias. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006)

<topo>

3 E.ON deve ter volume de crédito recorde para compra da Endesa

A E.ON AG, maior prestadora de serviços públicos da Alemanha, deverá obter pelo menos €29,1 bilhões em empréstimos para financiar sua pretendida aquisição da Endesa. O negócio pode se tornar a maior operação de crédito corporativo do mundo. O Citigroup, o Deutsche Bank, o HSBC Holding e o J P Morgan estão financiando em dinheiro a proposta de compra apresentada pela E.ON, disse o diretor financeiro da empresa espanhola, Erhard Schipporeit, que preferiu não especificar o montante exato que está sendo tomado. O custo integral da aquisição pleiteada pela E.ON é de €55,2 bilhões, quando se acrescentam as provisões referentes às dívidas e benefícios de aposentadoria de funcionários da Endesa. Os bancos que concederão o financiamento à E.ON foram escolhidos em parte como reconhecimento por terem assessorado a Endesa em sua defesa contra a oferta da Gas Natural, informou o principal executivo da E.ON, Wulf Bernotat. (Gazeta Mercantil - 23.02.2006)

<topo>

4 Bush pressiona Índia

George W. Bush exortou ontem a Índia a criar um plano para separar seus programas nucleares, civil e militar para que o programa civil seja submetido a inspeções internacionais. Em julho, os governos dos dois países fizeram um acordo que daria à Índia acesso a tecnologia de energia nuclear pela primeira vez em 30 anos. Mas depois entraram em divergência devido a um item do acordo segundo o qual a Índia deve abrir suas instalações à AIEA. O setor militar permaneceria isento de inspeções. "Continuarei a incentivar a Índia a produzir um plano confiável, transparente e defensível para separar seus programas nucleares militar e civil", disse Bush em discurso na Sociedade Ásia, preparando-se para uma viagem à Índia e ao Paquistão semana que vem. (O Globo - 23.02.2006)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás