l IFE: nº 1.756 - 20
de fevereiro de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas
Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor Braço da Petrobras
para distribuição de combustíveis e líder do mercado brasileiro, a BR
Distribuidora vai participar do projeto de construção de 13 PCHs, que
terão investimento total de R$ 1,3 bilhão. O investimento é considerado
pelo presidente da companhia, Rodolfo Landim, como o maior projeto da
história da empresa na área de energia. Juntas, as PCHs terão potência
instalada de 292 MW. A estatal terá como sócias no projeto as empresas
BSB Energética, Araguaia e Eletroriver. A BR e os sócios já receberam
autorização da Aneel para o projeto, que terá uma modelagem financeira
complexa. Será criada uma companhia para cada uma das usinas, que serão
controladas por uma holding chamada Brasil PCH, da qual a estatal terá
49% das ações. A maior parte do financiamento (71%) será dado pelo BNDES.
Também serão emitidas debêntures que vão representar 15% do capital da
Brasil Holdings. Outros 11%, equivalentes a R$ 143 milhões, virão de capital
próprio dos acionistas e o projeto contará ainda com um sócio financeiro
que vai aportar 2% do investimento. A energia produzida pelas empresas
será integralmente comprada pela Eletrobrás, por meio de contratos de
compra garantida (PPA). (Valor Econômico - 20.02.2006) A BR Distribuidora
explicou que, assim como a Petrobras, a BR caminha para se tornar uma
empresa de energia. E por isso quer estar posicionada para, no futuro,
oferecer soluções energéticas para os seus clientes. "Queremos estar preparados
para sermos uma empresa de soluções de energia, e não apenas uma distribuidora.
Nossa visão estratégica é que devemos oferecer, no futuro, não apenas
combustíveis, mas calor ou energia para nossos clientes. E para alcançar
o objetivo de ser uma empresa de soluções energéticas é que estamos investindo
nesses novos ativos", explicou Rodolfo Landim. As treze usinas integram
o Proinfa, do MME, que prevê a contratação de 3,3 mil MW de energia renovável
para o Sistema Interligado Nacional (SIN), dos quais 1,1 mil MW oriundas
de biomassa, e outros 1,1 mil cada de fontes eólica e PCHs. Segundo Landim,
as PCHs produzem quantidade pequena de energia que poderá ser oferecida
de forma pulverizada para consumidores livres no mercado quando acabar
o contrato com a Eletrobrás. Por isso, segundo ele, esse investimento
é mais característico do varejo do que os grandes empreendimentos da área
de gás e energia da Petrobras. (Valor Econômico - 20.02.2006) A BR já é sócia
de três empresas que operam oito termelétricas no Nordeste: Brasympe Energia
S.A (20%), Breitener (30%) e Termoelétrica Potiguar (20%), que têm capacidade
instalada de gerar 570 MW durante a fase de contratação de energia emergencial
e cujos contratos estão acabando. Na maior delas, a Brasympe, tem como
sócias, além da BR, a Montagem Projetos Especiais (MPE) e a Soenergy (do
grupo Caterpillar) e controla seis térmicas a óleo no Espírito Santo,
Sergipe e Alagoas com potência instalada total de 368 MW. Na Breitener
Energética, que só opera uma usina no Ceará, a estatal é sócia da EIT,
Enerconsult e da sueca Skanska. (Valor Econômico - 20.02.2006) 4 BNDES desembolsa R$ 115 mi para projetos de energia
em janeiro 5 CCEE elege novo superintendente Leonardo Calabró,
conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, foi eleito
pelo conselho administrativo da entidade como seu novo superintendente.
Calabró, engenheiro eletricista, participou, em 1999, da criação da ASMAE,
que originou em 2004 a CCEE, a partir do novo modelo do setor elétrico.
O mandato dele vai até abril de 2008. A Assembléia Geral da CCEE deverá
deliberar em março sobre a eleição do novo conselheiro para completar
o mandato de Antonio soares Diniz, que renunciou o cargo por motivos pessoais.
(Agência Canal Energia - 17.02.2006) 6 Brasil vai exportar até 700 MW para o Uruguai O MME confirmou
que o Brasil realizará novo suprimento de energia para o Uruguai este
ano. A energia será exportada por meio do sistema argentino, a partir
da conversora de freqüência de Garabi, limitada a quantidade de 700 MW.
A previsão, segundo o MME, é que o primeiro despacho ocorra ainda em março.
O contrato prevê também despachos de setembro a dezembro. A energia, de
caráter interruptível, será gerada por usinas térmicas em montantes não
despachados para o Brasil e por hidrelétricas somente em caso de existência
de energia vertida turbinável nos reservatórios brasileiros. O Uruguai
realizará licitação para definir o comercializador brasileiro que administrará
os contratos e assumirá os intercâmbios de energia elétrica como agente
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Os custos de energia,
do transporte das redes básica e dedicada, das perdas e dos encargos de
serviços de sistema serão repassados à estatal de energia uruguaia Administración
Nacional de Usinas y Trasmisiones Eléctricas (UTE), além da taxa de comercialização
definida no processo licitatório, cujo valor é que define o vencedor da
licitação. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 7 BID estuda participar de obras de infra-estrutura O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiaram ontem uma parceria para investimentos em infra-estrutura no país. De concreto, o BID participará do projeto Pró-Cidades, que inclui a implantação de infra-estrutura em seis áreas municipais brasileiras, com investimentos na ordem de US$ 400 milhões, operados pela Caixa Econômica Federal. "Esperamos que esse convênio seja assinado em abril, quando acontecerá a 47ª Reunião da Assembléia dos Governadores do BID", confirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Lula e Moreno também discutiram a possibilidade de participação do BID em outras grandes obras de infra-estrutura, como a Hidrelétrica do Rio Madeira. O presidente Lula aproveitou para sugerir a Moreno uma parceria na produção de biodiesel. (Valor Econômico - 17.02.2006) 8 UFRJ: palestra sobre liberalização
do SE na Europa Empresas 1 Distribuidoras só iniciaram recuperação no ano passado O investimento
das distribuidoras de energia elétrica no Brasil teve remuneração financeira
negativa de 1998 a 2003, mostra estudo desenvolvido por técnicos do Ipea
e do BNDES. O levantamento, que acompanhou o desempenho das empresas até
junho de 2005, constatou que só no ano passado, depois do processo de
revisão tarifária periódica pós-privatização, foi iniciada uma relativa
recuperação. O Brasil foi o país que mais atraiu capital estrangeiro para
o setor elétrico: US$ 55 bilhões de 1990 a 2003, ou 21% de todos os recursos
destinados para o setor entre os países em desenvolvimento, de acordo
com dados do Banco Mundial. A pesquisadora do Ipea Katia Rocha, co-autora
do levantamento, ao lado de Gabriel de Bragança (Ipea) e de Fernando Camacho
(BNDES), diz que a retomada iniciada no ano passado foi garantida pela
recuperação da demanda depois da queda com racionamento de energia de
2001, e pela conclusão do primeiro ciclo de revisão tarifária da Aneel.
"É importante para a Aneel ter agora um panorama da rentabilidade do setor."
Katia lembra que a própria agência tinha como parâmetro um retorno em
torno de 17,5% ao ano. Em 2005, a média do setor chegou a 19,39%. Em 2002,
o pior ano para as distribuidoras, ficou em -36,5%. O estudo conclui que
"somente em 2005 o setor inicia processo de recuperação, apresentando
rentabilidade parcialmente consistente em relação ao custo de capital
estimado". Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
(O Estado de São Paulo - 20.02.2006) 2 Eletropaulo tem prejuízo de R$ 184 mi em 2005 A distribuidora de energia Eletropaulo, que atende aregião metropolitana de São Paulo, fechou 2005 com prejuízo de R$ 184,4 milhões -lucro de R$ 5,6 milhõesem 2004. Em contrapartida, a empresa registrou crescimentos de 12,2% na receita líquida, que foi de R$ 8,3 bilhões, e de 12,2% no Ebitda (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações), que ficou em R$ 1,9 bilhão. De acordo com a empresa, provisões extraordinárias levaram-na a registrar o prejuízo no período. Sem as provisões, ou seja, gastos sem retorno que a empresa teve, como a dívida da Prefeitura Municipal de São Paulo e a RTE (Recomposição Tarifária Extraordinária), a Eletropaulo teria lucro de R$ 134,1 milhões. O principal impacto no resultado anual da empresa foi a provisão de R$ 346,4 milhões devido à dívida da prefeitura paulistana. Além disso, no quarto trimestre de 2005, as novas regras para remuneração da RTE levaram a empresa a realizar outro provisionamento extraordinário, desta vez de R$ 176,9 milhões. (Folha de São Paulo - 18.02.2006) 3 Eletropaulo investirá R$ 300 mi em 2006 Os investimentos
da Eletropaulo em 2006 chegarão a R$ 300 milhões, R$ 50 milhões a menos
do que foi aplicado no ano passado, de R$ 355 milhões. A diferença não
significa mudanças nos planos de investimentos da companhia, mas um investimento
atípico realizado em 2005. Segundo Eduardo Bernini, presidente da Eletropaulo,
no ano passado, a empresa precisou recuperar alguns investimentos que
foram postergados pelos efeitos do racionamento, além de um esforço extra
para iniciar o programa de modernização tecnológica da distribuidora.
"Não estamos reduzindo o volume de investimentos. Apenas estamos adequando
a um nível razoável", comentou Bernini. Para o executivo, os recursos
que serão aplicados neste ano se aproximam do patamar de 2004, quando
a empresa investiu R$ 297 milhões. A tendência, segundo Bernini, é que
a Eletropaulo mantenha o nível de investimentos em R$ 300 milhões nos
próximos anos. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 4 Light lucrou R$ 242,8 mi no ano passado 5 Cemig promete manter Light no Rio O diretor-presidente
da Cemig, Djalma Bastos de Morais, assumiu o compromisso de manter a sede
da Light no Rio de Janeiro, caso o consórcio integrado pela estatal mineira
e pela Andrade Gutierrez seja o vitorioso na disputa pela distribuidora
de energia na capital e mais 23 municípios fluminenses. Na carta enviada
por Morais ao presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
do Estado do Rio (Crea- RJ), Reynaldo Barros, para justificar a ausência
numa audiência pública sobre a venda da Light promovida pelo órgão, Morais
reafirmou o interesse na compra, por meio de um consórcio, e o compromisso
de preservar o número de funcionários da distribuidora. (Jornal do Commercio
- 18.02.2006) 6 Registro de Debênture para a Cia. Piratininga de Força e Luz A CVM concedeu
registro de distribuição pública primária de debêntures simples para a
Companhia Piratininga de Força e Luz. Serão emitidos 40 mil papéis, ao
preço unitário de R$ 10 mil. A data de Encerramento de Distribuição e
16/08/2006 e o vencimento fica para 01/01/2011. Os juros são de 104,0%
da Taxa DI. O líder da operação é o Banco Santander Brasil S/A, e a instituição
depositária, o Banco Bradesco S/A. (CVM - 16.02.2006) 7 Elektro autoriza minoritários a estender preferência sobre ações oferecidas em aumento de capital Os acionistas
minoritários da Elektro que exerceram o direito de preferência no aumento
de capital ocorrido em julho de 2005 poderão estender a sua preferência
sobre a parcela de ações oferecidas aos minoritários que não exerceram
tal direito na ocasião. Segundo aviso aos acionistas divulgado nesta sexta-feira,
17 de fevereiro, os acionistas que preferirem estender a preferência só
poderão fazê-la apenas uma vez e na proporção das respectivas participações
A operação poderá ser feita sob as seguintes condições, de acordo com
a Elektro: o preço de aquisição será de R$ 4,45 por lote de mil ações,
cujo pagamento deverá ser feito à vista, no ato da aquisição. Com relação
à proporção do direito de preferência, a empresa informou que cada ação
ordinária dará direito à preferência de 0,00010848778 ação ordinária e
0,00055228928 ação preferencial. Ainda de acordo com o aviso, tendo em
vista o processo de desverticalização, que resultou na constituição da
Elektro Geração (EKG), eventuais alterações na participação acionária
da holding serão proporcionalmente refletidas na EKG, com a entrega das
ações respectivas. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 8 Neoenergia e suas subsidiárias realizam assembléias gerais ordinárias no início de março A Neoenergia e suas subisdiárias programaram a realização de assembléias gerais ordinárias, a serem realizadas nos dias 7 e 8 de março, segundo avisos divulgados nesta sexta-feira, 17 de fevereiro. Todas as reuniões visam à aprovação dos relatórios anuais da administração, com demonstrativos financeiros de 2005, destinação do lucro líquido e eleição de membros para os conselhos de administração e fiscal, além da respectiva remuneração dos novos conselheiros para 2006. Neoenergia e Coelba deliberarão ainda sobre a aprovação do orçamento de capital e a eleição do presidente e vice-presidente dos respectivos conselhos de administração.A primeira da série é a Cosern, que está programada para o dia 7 de março, às 08 horas. Em seguida, às 10 horas, será realizada a assembléia da Coelba. A AGO da Itapebi está prevista para às 12 horas, enquanto a assembléia da Celpe será às 14 horas. Na seqüência, a Termope reúne os acionistas às 16 horas. No dia 8 de março, a assembléia programada é a da Neoenergia. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 9 Brasiliana mantém cargo diretores no cargo Eduardo Bernini e Britaldo Pedrosa Soares foram mantidos nos cargos de diretor presidente e diretor vice-presidente e Relações com Investidores, respectivamente, na Brasiliana Energia, ambos com mandato de dois anos. A decisão foi formalizadas em eleição feita durante reunião do conselho de administração da holding, que aconteceu na última quinta-feira, 16 de fevereiro. Segundo a ata da reunião divulgada nesta sexta-feira, 17, entre outros pontos, os conselheiros aprovaram o relatório da administração e as demonstrações financeiras do ano passado. Segundo o documento, foi aprovada ainda a manutenção do prejuízo líquido da controladora, de R$ 142,449 milhões, na conta de prejuízos acumulados. Já a AES Elpa, que também realizou reunião do conselho de administração na última quinta-feira, 16, elegeu Britaldo Pedrosa para o cargo de diretor executivo da empresa, com mandato até 14 de janeiro de 2008. Além disso, os conselheiros elegeram o empresário venezuelano Andrés Ricardo Gluski Weilert para o cargo de presidente do conselho de adminstração da Elpa, e aprovaram o relatório de administação, mais demonstrativos financeiros da empresa, entre outros pontos. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 10 AES Sul tem lucro líquido de R$ 8,1 mi em 2005 A AES Sul informou
nesta sexta-feira, 17 de fevereiro, que registrou lucro líquido de R$
8,1 milhões em 2005, revertendo prejuízo de R$ 131,3 milhões verificados
em 2004. A receita operacional líquida, segundo a empresa, fechou o ano
passado com R$ 1,3 bilhão, o que corresponde a um aumento de 8,25% em
relação ao resultado apurado no ano anterior. Já a AES Uruguaiana apurou
lucro líquido de R$ 133,3 milhões, valor 150,6% superior ao obtido em
2004. A receita líquida fechou ao ano passado com R$ 510,9 milhões, 22,6%
acima do registrado no ano anterior. A margem líquida, de acordo com a
térmica, passou de 12,8% em 2004 para 26,1% em 2005. O volume de energia
comercializado pela termelétrica no ano passado totalizou 5 mil GWh. (Agência
Canal Energia - 17.02.2006) No pregão do dia 17-02-2006, o IBOVESPA fechou a 38.421,83 pontos, representando uma alta de 0,43% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,75%, fechando a 12.095,17 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,40 ON e R$ 48,40 PNB, alta de 0,98% e 1,47%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 20-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 45,80 as ações ON, baixa de 1,29% em relação ao dia anterior e R$ 48,02 as ações PNB, baixa de 0,79% em relação ao dia anterior. (Investshop - 20.02.2006) A usina de Rochedo,
no município de Piracanjuba, a 85 quilômetros de Goiânia, vai ganhar duas
novas turbinas de 4,5 MW cada, triplicando sua capacidade atual - de 4
para 13 MW. A solenidade de abertura do processo licitatório da usina
vai ser amanhã, 17, às 14 horas, na própria usina. (Elétrica - 17.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de Verão traz economia à SC O estado
de Santa Catarina, segundo os dados preliminares da Celesc, deverá ter
uma redução total de 38 mil MWh. Esse volume de energia elétrica representa
redução de demanda, no horário de ponta, de 4,1% da carga, o equivalente
a 115 MW. A redução da demanda propicia também o aumento da qualidade
de fornecimento de energia já que diminui problemas de sobrecargas na
rede elétrica. Eduardo Carvalho Sitonio, diretor da Celesc, explica que
há melhor distribuição da carga no sistema, principalmente nas horas de
pico: "O melhor aproveitamento da luz do sol reduz a entrada de cargas
no sistema ao cair da noite, como, por exemplo a iluminação pública e
o uso do chuveiro nas residências, evitando que a demanda máxima exceda
a capacidade de geração e provoque desligamentos não programados`, destaca.
(Elétrica - 17.02.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 18/02/2006 a 24/02/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras obtém lucro recorde A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,725 bilhões, em 2005, 40% acima dos R$ 16,887 bilhões obtidos no ano precedente. De acordo com a consultoria Economática, este é o mais alto lucro já apurado por uma empresa na América Latina. As vendas líquidas totalizaram R$ 136,605 bilhões, 23% acima dos R$ 111,128 bilhões verificados no ano anterior. O melhor desempenho operacional da empresa proporcionou geração de caixa (Ebitda) de R$ 47,808 bilhões, aumento de 30% em relação aos R$ 36,798 bilhões de 2004. Diante disso, a estatal realizou investimento recorde de R$ 25,710 bilhões, volume de recursos 14% superior ao do ano precedente (R$ 21,774 bilhões). Com este desempenho, a Petrobras gerou, no ano passado, em impostos, taxas e contribuições sociais, R$ 63,8 bilhões, com crescimento de 14% em relação ao exercício de 2003. Os valores divulgados levam em conta a instrução CVM 408/2004, que inclui as Sociedades de Propósito Específico (SPE) nos balanços contábeis do ano passado. Em função disso, o lucro líquido divulgado no ano passado, que foi de R$ 17,861 bilhões, foi reduzido para R$ 16,887 bilhões, com a atualização. A produção total da estatal, somando-se gás natural, em campos nacionais e internacionais, atingiu média de 2,217 barris de óleo equivalentes (boe) por dia, resultado 10% maior do que o verificado em 2004. A produção internacional da empresa, considerando-se apenas a produção de petróleo, caiu 8%, ficando em 156 milhões de barris/dia. (Jornal do Commercio - 18.02.2006) 2 Petrobras e YPFB estudam novas parcerias As estatais
brasileira e boliviana de petróleo analisam sete possíveis parcerias após
a eleição do presidente Evo Morales. O diretor de Gás e Energia da Petrobras,
Ildo Sauer, afirmou que alguns projetos estão em estudo com a YPFB. As
negociações, ainda em andamento, prevêem a assinatura de um Memorando
de Entendimento entre a Petrobras e a YFPB, no final deste mês ou início
de março. Segundo o diretor da Petrobras, as linhas de ação devem incluir
sete áreas de cooperação e associação entre as duas empresas. "Estes entendimentos
significam associação nas refinarias, na exploração e produção de petróleo,
cooperação na área de biocombustíveis, no desenvolvimento do mercado de
gás natural, na conversão veicular de gasolina e diesel para gás e até
na disseminação do uso do gás natural no setor residencial boliviano",
afirmou Sauer. Estão ainda entre estas sete áreas a possibilidade de transferência
tecnológica e formação de recursos humanos pelo Centro de Treinamento
da Petrobras. O objetivo é formar gerentes e técnicos necessários para
gerir o sistema de gás da Bolívia e desenvolver estudos sobre o complexo
industrial a ser criado na fronteira, que poderá eventualmente contemplar
a fábrica de fertilizantes, termoelétrica e um pólo gás-químico. (Elétrica
- 17.02.2006) 3 Oito países participarão do Gasoduto do Sul O comitê multilateral
de estudos para implantação do projeto do gasoduto do Cone Sul vai contar
com representantes da Bolívia, Peru, Chile, Paraguai e Uruguai a partir
de março, além dos atuais parceiros Brasil, Argentina e Venezuela. Segundo
Silas Rondeau, o projeto, que prevê um gasoduto de 9 mil quilômetros entre
a Venezuela e a Argentina, atravessando o Brasil, tem orçamento na casa
dos US$ 20 bilhões. Ainda segundo o ministro, a possibilidade levantada
nesta semana pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de o gás ser fornecido
a um custo mínimo subsidiado de US$ 1 por milhão de BTU, é "apenas uma
sinalização de boa vontade para com o projeto, e não uma premissa para
que se realize". Segundo uma fonte que participou da reunião no Rio, a
comitiva da Venezuela teria retirado a proposta e sugerido um preço de
US$ 1,40. O representante venezuelano, Jose Alberto Avila, não confirmou
a proposta. O comitê multilateral deverá entregar até 7 de julho um relatório
completo detalhando o projeto. O ministro confirmou que a idéia é atender
o mercado brasileiro até 2012. Para isso, as obras teriam de começar ainda
no final de 2006. (O Estado de São Paulo - 18.02.2006) 4 Argentina teria anulado concessão de duas áreas à Petrobras A Petrobras
teria protagonizado um delicado conflito com autoridades argentinas em
novembro de 2004, segundo o "Clarín", um dos principais jornais argentinos.
A crise teria sido desencadeada pela decisão do governo argentino de anular
a concessão de duas áreas de exploração de gás e petróleo na chamada Cuenca
Colorado Marina, localizada no Oceano Atlântico. A concessão teria sido
revogada a pedido da estatal argentina Enarsa, criada em novembro de 2004
pelo governo Kirchner com o objetivo de devolver ao Estado o espaço perdido
no mercado energético desde a privatização da YPF, na década de 90."Tratava-se
de uma operação ambiciosa. Só em exploração sísmica, o investimento estimado
era de US$ 40 milhões em 2006. Calcula-se que nessa região marítima, se
fossem encontradas as reservas de gás previstas em estudos, o investimento
superaria US$ 1 bilhão em cinco anos", afirmou o "Clarín". A decisão do
governo argentino, disse o jornal, não foi bem recebida pela diretoria
da Petrobras, que finalmente acabou negociando um acordo de exploração
conjunta com Enarsa e a espanhola Repsol-YPF. (O Globo - 20.02.2006) 5 Estudos sobre Gasoduto do Sul ficarão prontos até julho O MME anunciou nesta sexta-feira, 17 de fevereiro, que os estudos sobre o gasoduto da América do Sul deverão ser concluídos até julho. O comitê multilateral de trabalho sobre a interconexão gasífera entregará o trabalho que auxiliará os ministros de Brasil, Argentina e Venezuela nas decisões sobre o aprofundamento e a continuação do projeto. Numa segunda etapa, o comitê deverá apoiar o planejamento e a implementação da integração gasífera proposta, segundo o MME. Na terceira reunião do comitê, que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro, foram detalhadas as atividades previstas e a compatibilização ao cronograma geral do projeto. Em março, será realizada nova reunião, dessa vez na Venezuela, onde o cronograma será concluído e submetido aos ministros para aprovação. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 6 Copel anuncia intenção de comprar 60% da UEG O governo do Paraná anunciou, no fim da tarde desta sexta-feira, que a Copel formalizou a intenção de comprar os 60% de participação da multinacional americana El Paso no capital da Usina Elétrica a Gás (UEG Araucária). A estatal paranaense planeja pagar US$ 190 milhões pelo negócio. A usina, localizada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, tem potência de 484 MW. O outro sócio da UEG é a Petrobras, com 20% de participação. O acordo está previsto para ocorrer até o dia 30 de abril, depois que os termos e condições forem submetidos à apreciação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Assembléia Legislativa e da El Paso. (Jornal do Commercio - 18.02.2006) 7 AES Uruguaiana fecha 2005 com lucro de R$133,3 mi O despacho de energia pela térmica de Uruguaiana para atender a Argentina e Uruguai impactou diretamente no resultado financeiro da AES Uruguaiana. A empresa fechou 2005 com lucro líquido de R$ 133,3 milhões, valor 150,6% superior ao ano anterior. A margem líquida da companhia passou para 26,1% no ano passado, e a receita líquida chegou a R$ 510,9 milhões. O câmbio também influenciou no resultado da empresa, já que possui uma dívida atrelada ao dólar, no valor de US$ 300 milhões. Em termos de energia, a térmica comercializou 5 mil GWh no ano passado, apesar do corte de fornecimento de gás natural pela Argentina. Segundo Eduardo Bernini, presidente da Brasiliana Energia, a expectativa é que seja mantido o volume mínimo de fornecimento de gás natural pelo governo argentino, de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia, para cumprir os contratos bilaterais. (Agência Canal Energia - 17.02.2006) 8 Angra 3 continua esperando decisão do Governo Segundo o presidente da Aben, Edson Kuramoto, a conclusão das obras da Usina Nuclear Angra 3 depende de uma decisão política do Governo federal, para que se dê continuidade ao Programa Nuclear Brasileiro. Com as três usinas em operação, o complexo nuclear de Angra dos Reis terá uma capacidade de geração de aproximadamente 25 milhões de MWh por ano. Já foram adquiridos para Angra 3 um terço dos equipamentos necessários, no valor de US$ 750 milhões, e US$ 20 milhões são gastos anualmente para garantir a preservação desses equipamentos. Até agora, já foram feitas 30% das obras. Para a conclusão da usina, são estimados investimentos da ordem de 1,8 bilhão de euros. Segundo Kuramoto, na última reunião para se discutir a situação de Angra 3, em abril, ficou resolvido que outro encontro seria necessário para que representantes dos ministérios envolvidos fizessem uma reavaliação do relatório sobre a retomada do projeto, executado pela empresa estatal Eletronuclear. De acordo com o MME, a próxima reunião do CNPE está marcada para a segunda quinzena de fevereiro. A discussão da retomada da usina, porém, ainda não consta da pauta. (Jornal do Commercio - 20.02.2006) Grandes Consumidores 1 Arcelor Brasil segue os passos de seus controladores franceses A Arcelor Brasil
seguiu os passos de seus controladores franceses e decidiu procurar no
mercado serviço de assessoria jurídica em direito societário para orientá-los
no caso de a oferta hostil feita por Lakshmi Mittal ser aceita. A preocupação
maior é saber como ficará a situação dos acionistas minoritários que detêm
34% do capital social da siderúrgica brasileira. (Jornal do Brasil - 18.02.2006)
2 Começa nova rodada para fixar preço do minério O enfrentamento
entre mineradoras e siderúrgicas para fixar o preço do minério de ferro,
para 2006, parte esta semana para o quarto round. As siderúrgicas estão
fazendo jogo duro por conta da queda ocorrida nos preços do aço, de 35%,
somente na China. Nesse cenário, as usinas de aço não estão dispostas
a pagar pelo minério mais do que 5% a 10% de aumento. Do outro lado da
mesa, as mineradoras, que teriam pleiteado de 25% a 30% no início, agora
trabalhariam com 15%, segundo o mercado. A entrevista do presidente da
siderúrgica européia Arcelor, Guy Dollé, ao EuroBusiness Media, semana
passada, confirma as dificuldades. "Os produtores de minério querem alta
de preço e nós (siderúrgicas) temos pedido redução. Penso que a chave
desse jogo será a China. É por conta da China que os preços têm subido
e agora ela começou uma guerra interna de preços. Nós precisamos conseguir
uma redução nos reajustes do preço do minério para melhorar nossos resultados.
Acredito que nos próximos meses a China vai fixar uma referência de mercado
(ou seja, ditar o preço)." Na semana passada, o governo chinês anunciou
que vai aumentar em 34 milhões de toneladas sua produção de aço este ano,
totalizando 383 milhões de toneladas, ante 349 milhões em 2005.As projeções
de crescimento nas importações de minério de ferro pelos chineses são
também elevadas. Sora trabalha com estimativa de 320 milhões de toneladas
ante 270 milhões de toneladas importadas em 2005 pela China. Downey prevê
330 milhões. Andrea projeta 17% a mais que em 2005. Apesar desses números
robustos, o analista do Itaú está mais conservador em relação ao resultado
das negociações. Ele acredita que as conversas estão mais travadas do
que o mercado esperava. " O minério não vai subir tanto este ano porque
o aço caiu muito. Estamos lidando com uma cadeia de valor. O aumento certamente
virá como fruto do aperto entre oferta e demanda, mas não dá para ser
mais de 15%, pois o aço na China caiu 35%. As mineradoras não vão forçar
um aumento muito maior, pois estariam matando a sua galinha dos ovos de
ouro", destacou. (Valor Econômico - 20.02.2006) 3 Bayer cria distrito industrial privado Uma espécie
de distrito industrial privado está nascendo na Baixada Fluminense como
fruto de reestruturação e encolhimento de um dos mais antigos complexos
industriais instalados na região. A Bayer Brasil, filial da gigante alemã
do setor químico, está abrindo a área de 2 milhões de metros quadrados
do seu complexo industrial inaugurado em 1958 no município de Belford
Roxo para empresas que tenham sinergia com sua atividade, ou indústrias
em geral, e queiram se instalar em uma área com infra-estrutura já pronta.
Duas empresas já estão funcionando dentro da área da Bayer e outras três
serão inauguradas até o final do ano. Já estão instaladas no complexo
as empresas Air Liquid, fornecedora de gases industriais, e a Tribel,
especializada em tratamento de resíduos sólidos. Embora a Bayer seja cliente
das duas, Abreu ressalta que nenhuma delas trabalha com exclusividade
para o complexo onde estão instaladas, uma das características do "distrito"
industrial da Bayer. Outras três empresas, a Ebamag, especializada em
logística; a Geoplan, dedicada ao tratamento e fornecimento de água industrial;
e a Metalúrgica Barra do Piraí (MBP), fabricante de vasilhame de plástico,
devem inaugurar suas novas fábricas ainda este ano. "Nosso objetivo é
que de 30% a 40% dos custos do parque industrial sejam rateados entre
os parceiros", disse o diretor da Bayer. Segundo ele, a empresa que se
instalar dentro do complexo só pagará por investimentos em infra-estrutura
se eles forem demandados especificamente por sua chegada ao local. Abreu
disse que hoje há disponibilidades que chegam a 40% da capacidade, como
no caso da oferta de energia elétrica. (Valor Econômico - 20.02.2006)
4 Guascor procura sócios para projetos de PCHs A Guascor do
Brasil está disposta a negociar os cinco projetos de pequenas centrais
elétricas que têm autorização para construir no país. Segundo Marcela
Bragatto, diretora financeira da empresa, a Guascor não será investidora
dos projetos, por isso, estaria disposta a vender os ativos, dependendo
da proposta. A executiva disse que os projetos - localizados no Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina - já têm licença de instalação
aprovada. Marcela contou que os ativos em PCHs estão em estudo de viabilidade
econômica para decidir qual a melhor forma de negociá-los. Somente no
estado do Rio de Janeiro serão três empreendimentos, PCHs São Sebastião
(17 MW), Monte Alegre (19 MW) e Posse (16 MW). As outras duas são a PCH
Ouro (12 MW), no Rio Grande do Sul, e a Ibirama (21 MW), em Santa Catarina.
A diretora afirmou que a Guascor continuará a investir nas usinas térmicas
instaladas no sistema isolado do Norte do país. A empresa investirá R$
20 milhões entre 2006 e 2007 para aumentar a capacidade instalada na região.
(Agência Canal Energia - 17.02.2006) 5 Guascor estuda local para construção de fábrica de grupos cabinados A Guascor está
concluindo os estudos para determinar o local onde construirá sua primeira
montadora de grupos cabinados diesel/gás para operação em regiões isoladas
com clima tropical fora da Espanha. O investimento está estimado em R$
30 milhões para iniciar a produção no segundo semestre de 2008. Segundo
Marcela Bragatto, diretora financeira da Guascor do Brasil, as unidades
serão exportadas para todos os clientes do grupo espanhol em todo o mundo.
A previsão, disse a executiva, é iniciar com uma produção de 30 grupos
geradores até atingir o máximo de 60 unidades por mês. Segundo ela, o
objetivo é conseguir baratear os projetos de modo significativo, pois
os impostos sobre os equipamentos importados giram em torno de 40%. (Agência
Canal Energia - 17.02.2006) Economia Brasileira 1 Levy: desoneração afeta o câmbio O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, admitiu ontem que a isenção do pagamento do IR na compra de títulos federais para estrangeiros deverá fortalecer o real. "A isenção fiscal reforça a curva de juros e nos dá estabilidade. Isso abre caminho para taxas de juros mais baixas, que significam mais crescimento e, portanto, câmbio mais forte", disse. Ele acrescentou que a valorização do real também deve-se à forte posição em conta corrente do Brasil. Anteontem, ao divulgar a medida provisória da desoneração aos estrangeiros, Levy argumentara que a isenção de Imposto de Renda é um ajuste tributário pontual, que não teria efeitos expressivos sobre o câmbio. (Folha de São Paulo - 18.02.2006) 2 Classificação de risco do Brasil pode subir A Standard & Poor's pode elevar a classificação de risco do Brasil ainda neste ano, afirmou a diretora da S&P, Lisa Schineller. Se o Brasil obedecer a algumas condições básicas, o país pode ter sua nota de crédito elevada. Um dos requisitos é a melhora do perfil da dívida interna, com alongamento dos prazos do vencimento dos títulos e a troca consistente de parte dos títulos vinculados à Selic por prefixados.Outro fator essencial, segundo ela, é que os programas dos candidatos à Presidência não indiquem mudanças significativas na condução da política econômica, especialmente no que diz respeito ao combate rígido à inflação, administração das contas públicas com austeridade, redução do peso da dívida pública, especialmente a interna, e bom desempenho da conta corrente. Lisa elogiou a medida de desoneração os investimentos estrangeiros em títulos da dívida pública interna, pois a medida vai ajudar a melhorar o perfil do endividamento. (O Estado de São Paulo -18.02.2006) 3 Juros futuros mantêm tendência 4 Investimento em energia reduz exportação de cabos Os investimentos
em linhas de transmissão e o programa do governo federal Luz para Todos
fizeram da demanda interna a maior responsável pelo crescimento dos fabricantes
de cabos de alumínio no ano passado. Segundo a Abal, a produção de cabos
subiu 13,5%, passando de 111 mil para 126 mil toneladas. Grande parte
deste crescimento foi devido ao mercado brasileiro, que consumiu um volume
56% maior ante o ano anterior. As exportações, que chegaram a representar
metade das vendas, tiveram uma queda de 29%, totalizando 41 mil toneladas.
Além do aquecimento da demanda, a valorização do real foi a maior responsável
pela redução, porque diminuiu a rentabilidade das vendas externas. Este
ano, as exportações devem continuar caindo, a não ser que o dólar chegue
perto de R$ 2,80, de acordo com a entidade. Cada leilão de transmissão
de energia promovido pela Aneel gera uma demanda de cerca de 50 mil toneladas
de cabos para o mercado; já o Luz para Todos deve consumir anualmente
35 mil toneladas entre 2005 e 2008. (Valor Econômico - 20.02.2006) 5 Mantega: BNDES tem lucro alto em 2005 O presidente
do BNDES, Guido Mantega, disse na tarde desta sexta-feira que o lucro
do banco pode ser "um pouco menor" em 2006 devido à redução dos spreads
na concessão de financiamentos. "O lucro de 2006 poderá ser um pouco menor
devido à redução dos spreads. O BNDES não precisa se comparar com os bancos
privados. Nosso objetivo é baratear os custos para permitir investimentos
e o desenvolvimento da economia. O banco vai continuar dando lucro, porém
menor", disse. Mantega disse que o lucro recorde de 2005, de R$ 3,202
bilhões, é resultado, principalmente, do bom desempenho de carteiras de
ações do banco e do retorno com PIBB. Segundo ele, a carteira de ações,
composta por 185 empresas, sofreu forte valorização, com destaque para
papéis da Petrobras, da Vale do Rio Doce e de empresas de siderurgia como
a CSN. De acordo com Mantega, cerca de um terço do lucro do banco veio
da valorização da carteira da BNDES PAR. Já o restante é proveniente do
retorno das operações de empréstimo do banco. (O Globo - 18.02.2006) 6 Mercado prevê novo corte de juros Os analistas do mercado financeiro reduziram a previsão para a Selic, para este ano. Eles esperam que ela irá terminar o ano em 14,75% ao ano. Para a próxima reunião do Copom a expectativa é que a taxa caia para 16,5% ao ano. Já para a inflação, as expectativas apresentaram uma pequena queda. Segundo o boletim Focus, a previsão para o IPCA passou de 4,66% para 4,64%. A previsão para o IGP-DI passou de 4,76% para 4,50%. Já para o IGP-M a expectativa passou de 4,81% para 4,56%. A previsão para o crescimento da economia foi mantida. A pesquisa aponta para um crescimento do PIB de 3,5%. O mesmo ocorreu com a produção industrial, cuja expectativa de crescimento permaneceu em 4% em 2006. Já a projeção em relação ao superávit comercial está em US$ 40 bilhões. (Folha de São Paulo - 20.02.2006) 7 Balança comercial registra superávit de US$ 579 mi 8 Isenção pressiona queda da Selic A decisão do
governo de isentar os investimentos estrangeiros em títulos públicos pôs
o BC numa encruzilhada e deve forçar a aceleração do processo de queda
da Selic. Na avaliação de fontes do governo e do BC, com o impacto da
medida nas taxas de juros de longo prazo e na taxa de câmbio, o Copom
terá que reduzir a Selic mais rapidamente para evitar desequilíbrios na
economia. Com o aumento da demanda dos investidores pelos papéis públicos,
o Tesouro poderá impor taxas de longo prazo mais baixas. Nesse cenário,
fica difícil para o BC sustentar a Selic em níveis altos, sob pena de
desestimular o financiamento de longo prazo do Tesouro. Outro ponto que
foi apontado quinta-feira pelo próprio secretário do Tesouro Nacional,
Joaquim Levy, é o fato de que a queda no juro de longo prazo indica que
o mercado está apostando que a inflação cairá ainda mais no futuro. Portanto,
estaria aberto o espaço para um corte mais intenso na Selic. Sobre este
assunto leia, clicando aqui, artigo do Valor Econômico: Cresce aposta
de corte maior da Selic de Luiz Sérgio Guimarães. (O Estado de São Paulo
-18.02.2006) O dólar à vista
abriu em alta, mas virou o sinal e fechou a manhã em baixa de 0,24%, cotado
a R$ 2,118 na compra e R$ 2,120 na venda às 13h15m. A Bolsa de Valores
de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em baixa de 0,70%, aos 38.151
pontos. Na sexta, o dólar comercial terminou valendo R$ 2,1230 na compra
e R$ 2,1250 na venda, com alta de 0,43%. Na semana houve desvalorização
de 1,85%. (O Globo Online e Valor Online - 20.02.2006) Internacional 1 Venezuela busca fontes alternativas de combustíveis Hugo Chávez
disse ontem (19/02) que seu país, com a ajuda de outras nações, vai desenvolver
fontes alternativas de combustível, diante da aproximação da era pós-petrolífera.
O presidente aproveitou o anúncio para atacar o governo do presidente
George W. Bush, afirmando que a invasão do Iraque e as pressões da Casa
Branca contra seu regime já são sintomas de uma crise energética mundial,
que está preocupando as nações que são grandes consumidoras. O ministro
venezuelano de Petróleo, Rafael Ramírez, garantiu que o país está preparando
a "reconversão industrial" para usar fontes alternativas de combustíveis
no país. Chávez, por sua vez, acrescentou que as reservas de gás natural
da Venezuela serão usadas exclusivamente para abastecer o mercado doméstico
e países vizinhos da América do Sul e não os Estados Unidos. (O Globo
- 20.02.2006) 2 Irã negocia proposta nuclear da Rússia O Irã não renunciará
ao enriquecimento de urânio, insistiu ontem o chefe da delegação iraniana
encarregada de negociar a questão nuclear, Javad Vaidi. Ele acrescentou
que o pedido feito pelos países ocidentais é um sinônimo de "humilhação
nacional". Vaidi e o chanceler iraniano, Manuchehr Motaki, viajarão hoje
para Bruxelas para se reunir com o alto representante da União Européia
para Política Exterior, Javier Solana. O encontro ocorrerá em meio a novos
esforços diplomáticos para pôr fim ao impasse com o Ocidente em torno
do programa nuclear iraniano. O chanceler iraniano disse ontem (19/02)
que seu país poderia considerar uma proposta da Rússia para enriquecer
urânio em território russo, mas somente se forem satisfeitas certas exigências.
Ele reiterou que seu país não aceitará nenhuma "negociação condicional"
sobre seu programa nuclear. Começam hoje em Moscou negociações sobre a
proposta de transferir para o território russo a produção iraniana de
urânio enriquecido. O presidente cubano, Fidel Castro, recebeu o presidente
do Parlamento do Irã, Gholam Ali Haddad Adel, a quem ratificou o "firme
apoio de Cuba ao direito do Irã de usar a energia nuclear para fins pacíficos,
incluindo a produção do combustível pertinente", publicou ontem o jornal
Juventud Rebelde. (O Estado de São Paulo - 20.02.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Rocha, Katia; Bragança, Gabriel Fiuza de; Camacho, Fernando. "Remuneração de Capital das Distribuidoras de Energia Elétrica: Uma Análise Comparativa". Ipea. Rio de Janeiro: janeiro de 2006. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 Soares, M. Isabel R. T. "A liberalização do sector eléctrico e a Ciência Económica: o que a evidência empírica demonstra". Rio de Janeiro, Ciclo de Palestra do Setor Elétrico. Instituto de Economia-UFRJ, 15 fevereiro de 2006 Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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