l IFE:
nº 1.755
- 17
de fevereiro
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Cadastramento de baixa renda é prorrogado A Aneel
prorrogou para 28 de fevereiro do próximo ano o prazo para a comprovação
de cadastramento no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal
de unidades consumidoras residenciais com ligação monofásica e consumo
médio entre 80 e 220 kWh mensais para obter redução na tarifa de energia
elétrica. O adiamento deverá proporcionar mais tempo para que os consumidores
possam superar as dificuldades detectadas para a inscrição no Cadastro.
O cadastramento é a condição principal para a classificação como consumidor
de baixa renda nessa faixa de consumo. A decisão foi anunciada em reunião
pública extraordinária da diretoria da Agência, a pedido do MME. O prazo
anterior terminaria no dia 28 de fevereiro próximo. Até a comprovação
do cadastramento, os consumidores poderão entregar uma declaração nos
postos de atendimento das concessionárias em que informarão que se enquadram
nos critérios socieconômicos exigidos para a manutenção ou concessão dos
benefícios da tarifa social. Essa declaração será recebida até 31 de janeiro
de 2007. (Aneel - 17.02.2006) 2 Governo inclui sete linhas de transmissão no PND O governo
federal incluiu no Programa Nacional de Desestatização sete linhas de
transmissão, com o objetivo de disponibilizar os ativos em licitação.
Segundo o decreto 5.702/2006, publicado nesta quinta-feira, 16 de fevereiro,
no Diário Oficial da União, as linhas serão implantadas na região Sudeste,
a título de reforços. As LTs também estão associadas à interligação Norte-Sul
III. A licitação das linhas, de acordo com o decreto, ficará a cargo da
Agência Nacional de Energia Elétrica. Os empreendimentos são os seguintes:
LT São Simão (GO) - Marimbondo (MG), em 500 kV; LT Marimbondo (MG) - Ribeirão
Preto (SP), em 500 kV; LT Ribeirão Preto (SP) - Poços de Caldas (MG),
em 500 kV; LT Estreito (MG) - Ribeirão Preto (SP), em 500 kV, mais a subestação
Ribeirão Preto, em 500/440 kV; LT Estreito - Jaguara (MG), em 500 kV;
LT Neves 1 - Mesquita (MG); e LT Mascarenhas - Verona (ES), mais a subestação
Verona, em 230/138 kV. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) 3 Transmissoras terão até março para recolher quotas de custeio do Proinfa As transmissoras
de energia elétrica terão até o dia 10 de março para recolher os valores
relativos às quotas de custeio com o Proinfa para o mês de abril. A decisão
foi publicada pela Aneel por meio de despacho nº 307 do Diário Oficial.
O recolhimento será feito por transmissoras que atendam consumidor livre
e autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da rede
básica do sistema interligado. No total, serão recolhidos R$ 3,51 milhões
pelas companhias de transmissão. A Aneel aprovou ainda os valores das
quotas do mês de dezembro de 2005 referentes aos encargos da Conta de
Consumo de Combustíveis e da Conta de Desenvolvimento Energético, que
serão recolhidos pelas transmissoras. Assim como será feito no recolhimento
das quotas do Proinfa, a arrecadação atenderá os consumidores livres e
autoprodutor com unidade de consumo conectada à rede básica. Para a CCC,
serão recolhidos R$ 41,684 milhões. Já para CDE, os valores somam R$ 15,158
milhões. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) 4
Aneel discute tarifas da Cteep 5 Aneel aprova versão 2006 das Regras de Comercialização de Energia Elétrica A Aneel
aprovou esta semana a versão 2006 das Regras de Comercialização de Energia
Elétrica com a incorporação de modificações decorrentes da legislação
do setor elétrico brasileiro. As regras de comercialização são o conjunto
de normas operacionais e comerciais que regulam os processos de contabilização
e de liquidação das transações realizadas pela empresas do setor no âmbito
da CCEE. Os aperfeiçoamentos das Regras de Comercialização levam em conta
o término da vigência dos contratos iniciais de compra e venda de energia
celebrados entre distribuidoras e geradoras no final da década de 90,
assim como o fim da cobrança da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis
(CCC) do Sistema Interligado Nacional em 31 de dezembro do ano passado.
(Aneel - 17.02.2006) 6 Faixas de terra para passagem de linhas de transmissão são declaradas de utilidade pública A empresa
Porto Primavera Transmissora de Energia Ltda (PPTE) foi beneficiada com
a declaração de utilidade pública de áreas de terras necessárias à passagem
das linhas de transmissão Porto Primavera - Dourados e Porto Primavera
- Imbirussu, no Mato Grosso do Sul. No trajeto das linhas, estão os municípios
de Dourados, Fátima do Sul, Glória dos Dourados, Ivinhema, Taquarussu,
Batayporã, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul e Nova Andradina. A linha
Porto Primavera - Dourados terá 190 quilômetros (km) de extensão e a Porto
Primavera - Imbirussu, 300 km. Os empreendimentos irão melhorar a qualidade
e a segurança do abastecimento energético de Mato Grosso do Sul a partir
da hidrelétrica Porto Primavera e reforçar as condições para o intercâmbio
Sudeste-Sul. No Rio Grande do Sul, a declaração de utilidade pública envolve
as obras da linha de transmissão Ramal Nova Santa Rita, formada pelos
trechos Itá-Nova Santa Rita (1,513 km) e Nova Santa Rita-Gravataí (1,832
km), localizadas no município de Nova Santa Rita. A Eletrosul Centrais
Elétricas S/A é a empresa responsável pelo empreendimento. (Aneel - 17.02.2006)
Acontece no dia 09 de março de 2006, em São Paulo, o 26º Fórum Projeto Brasil: Novas tecnologias do setor energético. O evento tratará de temas como "a matriz energética brasileira"; "energias alternativas"; "a energia do futuro"; "energia nuclear, gás e álcool: perspectivas e dificuldades". Inscrições podem ser feitas no telefone 0800-169966. (GESEL-IE-UFRJ - 17.02.2006) O Institute of Internacional Reaserch, com apoio das associações ABCE (concessionárias), Abrage (geradoras), Abraget (termelétricas) e Abegás (gás), vai promover a conferência "Tributação e Comercialização de Energia". O evento, que ocorre nos dias 29 e 30 de março, distutirá temas como os incentivos tributários para o setor, eficiência energética e gerenciamento de risco na comercialização de energia. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) As empresas Eletroriver S/A, Araguaia Centrais Elétricas S/A (Acesa) e BSB Energética S/A foram autorizadas esta semana pela Aneel a transferirem para a empresa PCH Participações S/A (PCHPAR) o controle societário que detêm sobre 13 produtores independentes de energia, responsáveis pela implantação e exploração de 13 PCHs nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás. (Aneel - 17.02.2006)
Empresas 1 Estatais querem criar plano municipal de gestão de energia elétrica As empresas
Eletrobrás, Eletronorte e Eletrosul, e representantes de municípios discutem
a criação do Plano Municipal de Gestão de Energia Elétrica (Plamge). O
objetivo é auxiliar as prefeituras no combate ao desperdício de energia
e na redução de custos. O Plamge baseia-se na metodologia do Instituto
de Brasileiro de Administração Municipal, que avalia os padrões de consumo
das prefeituras. Os municípios de Ananindeua (PA), Tucuruí (PA), Santarém
(PA), Presidente Dutra (MA), Imperatriz (MA), São José do Ribamar (MA),
Ariquemes (RO) e Candeias do Jamarí (RO) participam do plano, que discutirá
a gestão energética e a iluminação pública eficiente. (Agência Canal Energia
- 16.02.2006) 2 Eletrobrás assina reestruturação societária na Investco A Eletrobrás
assinou acordo de reestruturação societária referente a sua participação
na Investco S.A. Segundo comunicado da estatal ao mercado, a operação
envolvera créditos da Eletrobrás da ordem de R$ 1,067 bilhão detidos contra
a Investco. A transação estabelece a troca de ações preferenciais resgatáveis
de propriedade da Eletrobrás no capital social da Investco por ações preferenciais
do capital das outras companhias. (Eletrosul - 16.02.2006) 3
Copel: 5,5% de economia no Paraná durante o horário de verão 4 Celg triplica capacidade da usina de Rochedo A usina
de Rochedo, no município de Piracanjuba, a 85 quilômetros de Goiânia,
vai ganhar duas novas turbinas de 4,5 MW cada, triplicando sua capacidade
atual - de 4 para 13 MW. A solenidade de abertura do processo licitatório
da usina vai ser amanhã, 17, às 14 horas, na própria usina. A obra tem
o prazo de 22 meses para ser concluída e está orçada em R$ 27 milhões.
(Elétrica - 17.02.2006) 5 Coelba investe em projetos sociais A Coelba,
em parceria com o Instituto Ayrton Senna, vai beneficiar 5.490 crianças
com o programa "Educação pela Arte", na Bahia. A empresa investirá, nos
próximos dois anos, R$ 864 mil nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio
Grande do Norte. No estado baiano, o investimento será de R$ 432 mil para
as ONGs Liceu de Artes e Ofícios da Bahia; Associação Pracatum de Ação
Social; e Instituto Oyá. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) 6 Aneel aprova programa de eficiência energética da Light A Aneel
aprovou o programa de eficiência energética da Light para o ciclo 2004/2005.
O programa receberá investimentos de R$ 21 milhões, o que corresponde
a 0,5000% da receita operacional líquida da empresa. O relatório final
do programa deverá ser entregue no dia 15 de março de 2007. A Aneel também
adiou o prazo de conclusão do programa de eficiência energética da AES
Sul para 28 de fevereiro de 2006, com a entrega do relatório final. O
documento deverá ser entregue em duas vias impressas e um arquivo eletrônico.
(Agência Canal Energia - 16.02.2006) 7 BES Securities: compra de Araucária seria ruim para Copel A BES Securities considera a compra da UEG Araucária pela Copel (PR) "a pior solução" para a companhia. Para a corretora, o acordo ideal para a Copel seria a Petrobras assumir a participação da El Paso. O investimento não é considerado rentável para a Copel, por não trazer nenhum valor à empresa, afirmou a BES em boletim enviado nesta quinta-feira, 16 de fevereiro. A proposta feita à Petrobrás foi considerada insensata já que o gás não foi utilizado. A BES não considera como dívida o valor integral de R$ 721,5 milhões porque o gás nunca foi entregue. A corretora propôs que a conta seja zerada ou o gás entregue. Se a energia for adquirida pela Copel Distribuição, a BES Securities afirma que aumentará os custos da distribuidora com a aquisição de energia e diminuirá a competitividade da empresa no mercado livre. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) A Cesp vai lançar eurobônus de US$ 200 milhões, de prazo de vencimento em cinco anos e com rendimento ao investidor em torno de 10,5% ao ano, segundo a Dow Jones Newswire. Os líderes são o Banco Standard de Investimento e o Banco Finantia. O Banco Pine dobrou o valor inicial de sua captação. Prevista para chegar a US$ 15 bilhões, o total da emissão foi de US$ 30 milhões, com demanda de mais de US$ 42,5 milhões, segundo Ewerton Brandão Filho, responsável pela área de mercado de capitais do banco de investimento americano Bulltick. (Valor Econômico - 17.02.2006) 9 Eletropaulo combate inadimplência O programa
de combate a inadimplência feito pela Eletropaulo no ano passado já surte
efeito: de cada R$ 100 que emitiu em contas de luz, a concessionária conseguiu
receber R$ 99,03 em 2005, um faturamento recorde dos seus recebíveis.
Com relação à dívida do setor público, o resultado foi ainda melhor. Para
cada R$ 100 emitidos em faturas, ela conseguiu receber R$ 102,6, ou seja,
houve o pagamento de débitos antigos das prefeituras municipais que estão
na área de concessão da distribuidora elétrica. Apesar disso, a Eletropaulo
fechou 2005 com prejuízo de R$ 184,4 milhões, ante um lucro em 2004 de
R$ 5,6 milhões, segundo balanço contábil divulgado ontem à noite. A receita
operacional, no entanto, cresceu 11,8% e atingiu R$ 11,15 milhões.(Valor
Econômico - 17.02.2006) No pregão do dia 16-02-2006, o IBOVESPA fechou a 38.256,39 pontos, representando uma alta de 2,73% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,91 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,61%, fechando a 12.005,07 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,95 ON e R$ 47,70 PNB, alta de 5,66% e 5,53%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 17-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,00 as ações ON, alta de 0,11% em relação ao dia anterior e R$ 47,98 as ações PNB, alta de 0,59% em relação ao dia anterior. (Investshop - 17.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 79,5% O volume
armazenado, com aumento de 0,4% em relação à medição de terça-feira, está
em 79,5%. O nível está 40,4% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas
de Barra Bonita e Ernestina trabalham com 71,3% e 52,5%, respectivamente.
(Agência Canal Energia - 16.02.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 65,9% O volume acumulado está em 65,9%, com queda de 0,5% em comparação ao boletim anterior. A usina Passo Real opera com 78,1% de capacidade de armazenamento. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) 3 NE apresenta 77,2% de capacidade armazenada A região
registrou 77,2% de capacidade, o que representa uma pequena alta em comparação
ao dia anterior. O volume está em 41,6% acima da curva de aversão ao risco.
Em Sobradinho, o nível do reservatório está em 81,7%.(Agência Canal Energia
- 16.02.2006) 4 Norte tem 85% da capacidade de armazenamento Com elevação
de 0,7%, o nível dos reservatórios está em 85%. A capacidade de armazenamento
de Tucuruí está em 92,3%. (Agência Canal Energia - 16.02.2006) O MAB (Movimento
dos Atingidos por Barragens) invadiu na manhã de anteontem um escritório
da Baesa (o consórcio responsável pela usina de Barra Grande), fez por
sete horas reféns e, segundo a polícia, promoveu um quebra-quebra no local.
O incidente ocorreu na cidade de Anita Garibaldi. O MAB que realizou a
invasão para "exigir rapidez no cumprimento de um acordo", que, segundo
o movimento, "está atrasado e prevê a construção de assentamentos para
os que foram atingidos pela barragem de Barra Grande". Os integrantes
do MAB tiveram prisão preventiva decretada por causa da invasão. (Folha
de São Paulo - 17.02.2006)
Gás e Termoelétricas 1 El Paso sairá da geração de energia térmica A El Paso se afasta rapidamente do setor termelétrico no país, depois de enfrentar, e perder na Justiça, disputas com a Eletrobrás, Copel e Petrobras que a forçaram a se desfazer dos seus principais ativos de energia. Agora, a empresa está oferecendo, por R$ 41,92 mil mensais, o aluguel de todo o andar térreo do prédio onde tem sua sede na zona Sul do Rio. O aluguel do térreo pode não ter grande representatividade, mas no mercado o movimento é visto como o início de uma reorganização da empresa no Brasil, que pode não precisar de tanto espaço no futuro. A El Paso já manifestou anteriormente sua intenção de concentrar seus negócios no Brasil nas áreas de exploração e produção de petróleo e gás. A empresa deve ficar com apenas 50% de um ativo de geração: a TermoNorte. Ela tem ainda 9,67% da TBG, que opera o trecho brasileiro do gasoduto Bolívia Brasil, e 2% da empresa que controla o trecho boliviano. Na área de petróleo a El Paso tem participação em 15 áreas, das quais duas estão em produção: os campos de Pescada e Arabaiana, operados pela Petrobras, que tem 65%. A empresa americana é operadora de dois campos onde descobriu gás: Lagosta, na bacia de Santos, e Sardinha. (Valor Econômico - 17.02.2006) 2 El Paso: disputa com a Eletrobrás Logo que
assumiu a presidência da Eletrobrás, em 2003, Luiz Pinguelli Rosa e seu
diretor financeiro, Alexandre Magalhães, questionaram a renovação automática
dos contratos de compra, pela Manaus Energia, da energia das térmicas
de Manaus. A Eletronorte fez uma licitação de compra da qual a El Paso
não foi autorizada a participar com suas usinas porque a Eletrobrás exigiu
que elas fossem retiradas do local onde estão instaladas, em terreno que
pertence à Manaus Energia. A solução foi renovar os contratos com as usinas
El Paso Rio Negro Energia (até 2007) e com a El Paso Amazonas Energia
(até 2008), ao final dos quais as usinas passam para o controle da Eletrobrás.
(Valor Econômico - 17.02.2006) 3 El Paso: disputa com a Copel No Paraná,
a El Paso pode estar caminhando para resolver um impasse que começou imediatamente
após a posse do governador Roberto Requião, que em 2003 denunciou o contrato
de compra, pela Copel, da energia produzida pela térmica de Araucária,
na qual a própria Copel e a Petrobras têm participações minoritárias.
A pendência está sendo resolvida agora, com a venda da usina para a Copel
por US$ 190 milhões. O valor é inferior aos US$ 800 milhões em indenizações
e multas pleiteados pela El Paso quando teve início o processo arbitral
em Paris. (Valor Econômico - 17.02.2006) 4 El Paso: disputa com a Petrobras Com a Petrobras,
a companhia americana brigou durante dois anos. Em 2004 a petroleira estatal
entrou com processo arbitral para questionar as contribuições de contingência
previstas no contrato da Macaé Merchant, que eram bancados integralmente
por ela. A briga foi vencida pela estatal, que no dia 3 de fevereiro anunciou
a compra da usina por US$ 357,5 milhões, podendo sacar ainda R$ 518 milhões,
corrigidos, que estavam depositados em uma conta judicial. A americana
alegava ter investido US$ 800 milhões. (Valor Econômico - 17.02.2006)
5 Lucro da Petrobras Energia sobe A Petrobras Energia anunciou na quinta-feira, 16 de fevereiro, lucro de 819 milhões de pesos em 2005, crescimento de 17,5 por cento ante os 697 milhões de pesos obtidos no ano anterior. Analistas já esperavam a melhora no lucro por conta dos altos preços do petróleo no mercado internacional. A controladora da Petrobras Energia teve lucro de 613 milhões de pesos no ano passado, queda em relação aos 678 milhões de pesos em 2004. (Elétrica - 16.02.2006) 6 Lula pede ao BID financiamento de projetos de biodiesel O presidente Lula pediu ontem a Luis Alberto Moreno, presidente do BID, que o banco financie projetos para produção de biodiesel no Brasil e nos demais países da América Latina. Ouviu como resposta que o BID já está analisando projetos envolvendo biodiesel e etanol. Moreno afirmou que a energia é um dos temas mais relevantes atualmente em todo o mundo e que, por isso, o banco quer investir no gasoduto sul-americano (Venezuela a Argentina) e numa refinaria de etanol na região. Moreno contou que Lula quer tornar o Brasil um centro de excelência na produção de biocombustível e que o mundo está interessado nessas ações. "Foram discutidos ainda na reunião investimentos do BID em infra-estrutura, saneamento básico, na construção da hidrelétrica do Rio Madeira e nas chamadas PPPs ", afirmou Paulo Bernardo, ministro do Desenvolvimento. Lula e Moreno assinaram também convênio para a realização da 47ª Reunião do BID em Belo Horizonte, em abril. (O Globo - 17.02.206)
Grandes Consumidores 1 Lucro da Arcelor Brasil cai 3,04% A Arcelor
Brasil encerrou 2005 com lucro de R$ 3,255 bilhões, 3,04% inferior ao
valor registrado em 2004. O desempenho corresponde a lucro de R$ 5,025
por ação. Este é o primeiro resultado da Arcelor Brasil, ainda com dados
financeiros pró-forma, já que a união da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira,
Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e Vega do Sul foi iniciada em julho
de 2005. Em 2005, a empresa apresentou receita lí quida de vendas de R$
13,341 bilhões, o que significou crescimento de 7,02 % sobre R$ 12,466
bilhões (pró-forma) apurados ano anterior. A geração de caixa antes de
impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda) foi de R$ 5,052
bilhões em 2005, o que representa queda de 3,8% ante o valor obtido no
exercício anterior. Foram comercializadas 8,805 milhões de toneladas de
aços longos e planos, 2 ,36 % abaixo das 9,013 milhões de toneladas vendidas
em 2004. Os investimentos da empresa no ano passado totalizaram R$ 2,4
bilhões frente a R$ 1,07 bilhão do ano anterior. Do total investido, R$
1,949 bilhão foi direcionado para o projeto de expansão da capacidade
instalada da CST, de 5 milhões de toneladas/ano para 7,5 milhões de toneladas/ano,
com entrada das principais unidades prevista para o quarto trimestre deste
ano. O endividamento líquido da Arcelor Brasil alcançou R$ 1,291 bilhão
em 31 de dezembro de 2005, 29% a menos em comparação com o R$ 1,816 bilhão
de dezembro de 2004. (Jornal do Commercio - 17.02.2006) O Arcelor
Brasil vai elevar sua capacidade de produção no país das atuais 11 milhões
para cerca de 20 milhões de toneladas/ano (aços longos e planos) até 2012,
com investimentos de aproximadamente US$ 3 bilhões, que beneficiarão as
unidades da Belgo em Monlevade e Juiz de Fora, além da CST (ES) e Acindar,
na Argentina. As informações foram confirmadas ontem em Belo Horizonte
pelo diretor de Relações com Investidores do Arcelor Brasil, Leonardo
Horta. (Superávit - 17.02.2006) 3 Vale consegue nova liminar contra o Cade A CVRD conseguiu
uma nova liminar em Brasília dispensando a empresa de cumprir as exigências
do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a compra
de outras quatro mineradoras (Ferteco, Caemi, Samitri e Socoimex). O desembargador
federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal - 1a. Região, acolheu
o pedido de tutela antecipada da Vale, contido no Agravo de Instrumento
movido pelos advogados da mineradora. Isto significa que estão novamente
suspensos os efeitos da decisão do CADE. (Jornal do Commercio - 17.02.2006)
4 CSN aumenta investimentos na Casa de Pedra CSN investe
US$ 760 milhões na exploração de Casa de Pedra e na estrutura de escoamento
do minério até o terminal próprio da siderúrgica, na Baía de Sepetiba.
A MRS é uma das confirmadas na fase final de venda da Brasil Ferrovias.
A consolidação da liderança da CSN na MRS, com a anuência velada de Usiminas
e Gerdau, somada à aproximação do grupo de Benjamin Steinbruch à gigante
australiana Rio Tinto, rival da Vale nos mercados asiáticos e europeus,
tornaria muito próximo esse risco. (Jornal do Commercio - 17.02.2006)
5 Ipiranga busca ajuda da Petrobras O grupo
Ipiranga tenta preservar sua posição no setor petroquímico buscando ajuda
da Petrobras. O diretor-superintendente da IPQ, Paulo Magalhães afirmou
que o grupo começou negociações com a Petrobras para consolidar os ativos
da Ipiranga no sul do país. Embora não tenha dado detalhes a respeito
destas conversas, Magalhães disse que a estatal poderá ser sócia da IPQ.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto. A estatal comunicará até
o dia 31 de março se elevará de 10% para 30% sua participação no capital
acionário da Braskem, do grupo Odebrecht, concedendo em contrapartida
ativos petroquímicos, principalmente os do sul. A IPQ já possui uma linha
de crédito de US$ 150 milhões previamente aprovada pelo IFC. O grupo analisa
ainda a emissão de uma debênture num valor superior a R$ 400 milhões.
(Valor Econômico - 17.02.2006) Economia Brasileira 1 Medidas injetam R$ 46 bi na economia Um conjunto de medidas adotadas pelo governo federal neste início de ano deve colocar em circulação cerca de R$ 46 bilhões. Segundo estimativas da Rosenberg & Associados, essa é a renda extra que entrará na economia em 2006 com o aumento do salário mínimo, a correção da tabela do IR, o pacote da construção civil e a redução do superávit primário de 4,84% do PIB de 2005 para 4,25% do PIB neste ano. Desses quatro fatores, o mais importante é o reajuste do salário mínimo. O reajuste do salário mínimo deve provocar um aumento de 0,5% do PIB no déficit da Previdência, para a casa de 2,4% do PIB. O outro grande estímulo para a economia virá do pacote da construção civil. As medidas para incentivar o setor totalizam R$ 18,7 bilhões. A última medida importante é a correção da tabela do IR, que deve garantir mais R$ 2,5 bilhões. Não é muito em comparação com o aumento do salário mínimo, por exemplo, mas deve dar alguma ajuda à classe média. Os analistas ressaltam que as perspectivas para o crescimento do PIB está mais promissor, num ano em que os juros vão continuar em queda e a massa salarial real vai seguir em alta. (Valor Econômico - 17.02.2006) 2 Delfim Netto: começou o conserto da economia Segundo o economista Antônio Delfim Netto, a medida provisória que permite a isenção tributária ao investidor estrangeiro na compra de títulos públicos significa o início do conserto definitivo da economia. Caso o governo comece a caminhar para indexar a dívida pública a títulos prefixados e a adotar uma política fiscal capaz de controlar as despesas de custeio, o país terá condições de atingir o crescimento sustentável. Ele acha também que essa medida não irá valorizar excessivamente o real, e sim que o governo irá aplicar a medida com a cautela necessária para evitar esse risco. Para Delfim, o importante é que iniciativas como essa podem fazer com que o Brasil comece a construir uma curva normal de juros, livrando-se das taxas estratosféricas de hoje. (Folha de São Paulo - 17.02.2006) 3
Medida deve melhorar perfil da dívida 4 Sicsú: real se manterá apreciado Para o professor
da UFRJ, João Sicsú, a medida provisória deve levar a um acréscimo da
entrada de dividas estrangeiras no Brasil, o que fará o real ficar ainda
mais apreciado. "(A isenção de tributação) vai manter a taxa de câmbio
apreciada e isso vai trazer conseqüências graves para a exportação de
produtos manufaturados", diz. Apesar da alta dos embarques desses produtos
em fevereiro, as exportações de manufaturados tendem a perder competitividade
com um real apreciado, pois ficam mais caros diante de concorrentes internacionais.
O acadêmico também faz outras críticas à MP. "O governo introduziu uma
distorção tributária. Trabalhadores e empresários pagam impostos e investidores
estrangeiros terão carga zero." (Folha de São Paulo - 17.02.2006) O IGP-M
voltou a registrar deflação, de 0,01%, no segundo decêndio de fevereiro,
influenciado pela queda dos preços no atacado. O IGP-M soma 0,91% de alta
no bimestre e de 1,43% no acumulado de 12 meses. Na segunda parcial de
fevereiro, o IPA teve retração de 0,08%. Os produtos industriais aumentaram
0,07%. Os produtos agrícolas, por outro lado, tiveram deflação de 0,54%.
Os itens ligados à cadeia de produção da cana-de-açúcar continuam a observar
forte alta de preços. O IPC marcou inflação de 0,05% na segunda medição
de fevereiro, contra alta de 0,55% em igual período de janeiro. A desaceleração
expressiva deve-se quase exclusivamente à deflação de 0,68% apresentada
pelo grupo de Alimentos, que havia subido 1,01%. Essa baixa foi favorecida
pelo comportamento dos preços de hortaliças, legumes, frutas, carnes,
ovos, arroz e feijão. O INCC subiu 0,34%. Houve reajuste salarial em Belém
e os materiais e serviços aumentaram 0,63%. (Valor Econômico - 17.02.2006) 6 Inflação desacelera para 0,01% em SP A inflação do município de São Paulo manteve a desaceleração e ficou em 0,01% na segunda quadrissemana de fevereiro. A informação faz parte da pesquisa da Fipe divulgada hoje. Na divulgação da semana anterior, o IPC da Fipe havia apontado variação positiva de 0,20%, depois de registrar alta de 0,50% no encerramento de janeiro. Nos últimos 30 dias, o destaque foi o grupo Educação, com alta de 2,62%. Já entre as quedas, a maior foi a observada no grupo Vestuário, que apresentou deflação de 0,86%. Já os demais itens registraram as seguintes variações: Habitação (0,02%); Alimentação (-0,83%); Transportes (0,78%); Despesas Pessoais (-0,14%); e Saúde (0,51%). (Folha de São Paulo - 17.02.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Alto preço de energia incentiva fontes alternativas nos EUA O chairman
do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse ainda que os altos preços de energia
deveriam estimular o investimento em fontes alternativas e induzir à conservação
em longo prazo, mas eles tornam a economia vulnerável no curto prazo.
"Estamos em um período difícil", afirmou Bernanke, apontando que a alta
demanda por fornecimento global pode manter altos os custos de energia.
"E existe um risco de, se houver desequilíbrios significativos no fornecimento,
termos mais reajustes e movimentos nos preços de energia.". "No longo
prazo, os atuais preços de energia nos níveis atuais devem ser suficientes
para trazer várias fontes alternativas de fornecimento assim como induzir
à conservação significativa no lado dos consumidores e das empresas",
disse. "Estou na verdade razoavelmente otimista com 10, 15, 20 anos no
futuro porque esses altos preços vão permitir que a economia se ajuste.
Mas nos próximos cinco ou 10 anos, estamos em uma zona de vulnerabilidade
sem alternativas disponíveis." (Elétrica - 16.02.2006) 2 França alega que Irã tem programa militar e clandestino O chefe
da diplomacia francesa, Philippe Douste Blazy, classificou o programa
nuclear ontem, pela primeira vez, de militar e clandestino. "Hoje é muito
simples: nenhum programa nuclear civil pode explicar o programa nuclear
iraniano", declarou Douste Blazy. Segundo ele, pela primeira vez, a comunidade
internacional está atualmente unida. "E não apenas os europeus, quer dizer,
França, Alemanha e Grã Bretanha, mas também Rússia e China", afirmou.
"A partir desse momento, só o Conselho de Segurança decidirá o que fazer
e quais meios serão postos em prática para interromper, gerir e pôr fim
a esta crise terrível da proliferação nuclear", concluiu Douste Blazy.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, classificou ontem
o Irã como o banco central que financia o terrorismo mundial e acusou
Teerã de colaborar com a Síria para desestabilizar o Oriente Médio. (Jornal
do Commercio - 17.02.2006) 3 AIEA terá que fazer concessões ao Irã segundo diplomatas O diretor da AIEA, Mohamed ElBaadei, deu a entender que será difícil chegar a um compromisso sobre o programa nuclear do Irã sem permitir ao país um trabalho de enriquecimento de urânio em pequena escala, idéia que tem a oposição das nações ocidentais. O embaixador de um país ocidental vinculado à AIEA afirmou nesta quinta-feira que isto não deve ser interpretado como um apoio de ElBaradei ao enriquecimento de urânio por parte do Irã, e sim como o reconhecimento de uma realidade política. O diretor acredita que um eventual acordo poderia permitir ao Irã ter uma usina de enriquecimento piloto para um trabalho em pequena escala, caso o país apresente garantias sólidas de que não realizará um enriquecimento de urânio em escala industrial. O enriquecimento em escala industrial pode produzir urânio suficiente para fabricar 20 bombas atômicas ou mais por ano, segundo os especialistas. No entanto, o enriquecimento em pequena escala é insuficiente, a curto prazo, para a produção de armas nucleares. (Diário do Grande ABC - 17.02.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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