l IFE:
nº 1.754
- 16
de fevereiro
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 CCEE lança coletânea de legislação sobre setor elétrico A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica distribui, nesse mês, a "Coletânea
de Legislação do Setor Elétrico Brasileiro" a todos os seus agentes. Trata-se
de uma publicação com as informações legais mais importantes do setor
dos últimos anos até outubro de 2005. "Apesar da celeridade da produção
legislativa do setor elétrico, o compêndio é uma ferramenta de apoio e
pesquisa permanente, facilitando o acesso ao exame de regras e normas",
afirma o presidente do conselho de administração da CCEE, Antônio Carlos
Fraga Machado. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) 2 TCU pede medida para fiscalização da Usina de Itaipu O presidente
do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Adylson Motta, pediu ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo brasileiro negocie
com o Paraguai uma reformulação de termos do acordo existente entre os
dois países para a operação da usina de Itaipu. Segundo informação da
Assessoria de Imprensa do TCU, a proposta de Motta é de que seja permitida
a fiscalização da usina pelo tribunal e pela Controladoria do governo
paraguaio. Nos moldes atuais, o acordo entre Brasil e Paraguai não prevê
a auditoria das atividades da usina pelos órgãos de controle dos dois
países. (Elétrica - 15.02.2006) 3 Execução do Luz para Todos pode ser transferida para a Eletronorte A Eletrobrás
e a Aneel propuseram ao Governo de Roraima que a Eletronorte assuma de
imediato a execução do programa Luz para Todos nos municípios do interior
do Estado, em decorrência da impossibilidade da CER, que ainda não conseguiu
sair do cadastro de inadimplência. Falta regularizar um débito de R$ 1,980
milhão com o FGTS. A proposta foi repassada à CER na quinta-feira passada
e será apresentada ao governador Ottomar Pinto. O presidente Aécio Medeiros
antecipou ontem que o Estado deve manter a decisão de coordenar a execução
das obras. "As principais dificuldades foram superadas. Só falta resolver
alguns entraves burocráticos para parcelar o FGTS", justificou. Medeiros
disse recentemente que o problema estaria resolvido na semana passada,
o que não aconteceu. O parcelamento depende de aprovação da Assembléia
Legislativa ou do Conselho Deliberativo da CER, que ficaria apta a receber
a primeira parcela do contrato com a Eletrobrás, no valor de R$ 7,5 milhões,
para iniciar as ações do Luz para Todos. (Eletrosul - 15.02.2006)
Empresas 1 Elétricas ajustam práticas de governança corporativa ao novo regulamento da Bovespa As empresas
do setor elétrico têm até 30 de abril para fazer as adaptações necessárias
ao novo regulamento de governança corporativa da Bovespa. Desde o último
dia 6 de fevereiro, estão em vigor novas regras que adequam o regulamento
à evolução das próprias companhias listadas e dos mercados doméstico e
internacional. As alterações também buscam uniformizar as definições da
Bovespa com as da Comissão de Valores Mobiliários. Das empresas do setor
com ações negociadas em bolsa, apenas oito estão listadas em algum nível
de governança - Cemig e Transmissão Paulista, no Nível 1; Celesc e Eletropaulo,
no Nível 2; e CPFL Energia, Energias do Brasil, Light e Tractebel, no
Novo Mercado. Apenas Transmissão Paulista e Cemig não precisarão fazer
adequações de cumprimento às novas regras. Isto porque a Bovespa fez pequenas
alterações no regulamento de listagem do Nível 1, com poucos impactos
para as companhias. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) 2 Eletrobrás adquire controle de hidrelétrica de Lajeado A Eletrobrás assinou ontem acordo com o Grupo Rede, a Energias do Brasil e a CEB sobre o controle da hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, em Lajeado (TO). O acordo, que envolveu R$ 1,067 bilhão, prevê a troca de ações preferenciais envolvendo a Investco, companhia formada para construir a hidrelétrica. O acerto envolve a compra, pela Eletrobrás, de ações preferenciais das quatro empresas que controlam a Investco: Rede Lajeado, EDP Lajeado, CEB Lajeado e Paulistas Lajeado. Para a troca de ações, a estatal vai desembolsar R$ 414,6 milhões, e para a aquisição dos títulos, R$ 653 milhões. (Folha de São Paulo - 16.02.2006) 3 Tractebel Energia aumenta dividendo distribuído A Tractebel
Energia, que no fim do ano passado passou a integrar o Novo Mercado da
Bovespa, está focando no relacionamento com o mercado de capitais brasileiro
e na política de distribuição de dividendos como forma de tornar a empresa
mais interessante para o investidor local. Segundo Maurício Bähr, CEO
da Suez Energy, que controla a Tractebel, os dividendos de 2005 serão
pagos duas vezes, em abril e outubro. "Também já alteramos em estatuto
o dividendo mínimo a ser distribuído, que passou a ser 30% do lucro líquido",
disse Bähr. "No entanto, de fato, o desejo é distribuir pelo menos 55%
dos montantes, sempre que a geração de caixa e a previsão de investimentos
permitirem", completou. A empresa está satisfeita com os resultados obtidos
desde a oferta pública, realizada em 07 de dezembro do ano passado, quando
a Suez e o BNDESPar venderam no mercado 12,4% do capital por R$ 1,05 bilhão.
O objetivo é aumentar o número de ações em circulação no mercado (conhecido
como "free float") e a liquidez dos papéis. (Valor Econômico - 16.02.2006)
4
Escelsa vai realizar operação de empréstimo de R$ 200 mi 5 Cemat e Celpa realizam emissão de US$ 100 mi no exterior A Cemat
e a Celpa anunciaram na terça-feira, 14 de fevereiro, a emissão de US$
100 milhões em Note Units, no exterior. Os recursos serão divididos em
US$ 50 milhões cada entre as empresa do Grupo Rede. Os papéis serão remunerados
à taxa de 9,5% ao ano, com pagamento de juros semestrais. (Agência Canal
Energia - 15.02.2006) 6 Itaipu prevê pagamentos de US$ 168 mi em royalties em 2006 De acordo
com informações da direção da Itaipu Binacioanl, a previsão para este
ano é de que sejam pagos, no mínimo, US$ 168 milhões. A quantia prevista
para o corrente ano é 7,5% superior à projetada em janeiro de 2005 para
o ano todo, de US$ 156 milhões. (Gazeta Mercantil - 16.02.2006) 7 Suez Energy não descarta novas aquisições no Brasil Animada
com o desempenho da Tractebel no país, a Suez Energy não descarta novas
aquisições. O interesse da Suez é mais focado no segmento de geração.
Segundo Maurício Bähr, CEO da Suez Energy, se a companhia encontrar uma
grande oportunidade, não está descartada a possibilidade de realização
de uma oferta primária para captação de recursos. "É uma possibilidade,
mas isso se encontrarmos algo realmente de vulto", diz o CEO. (Valor Econômico
- 16.02.2006) 8 Aneel divulga documentos relativos a revisão tarifária da Cteep A Aneel vai analisar amanhã (16/02), em reunião extraordinária, a proposta de audiência pública relativa à revisão tarifária periódica da Cteep. O documento inclui as metodologias e os critérios gerais para definição da estrutura de capital, do custo de capital, da empresa de referência e da base de remuneração de ativos. O processo é necessário para a definição do valor de venda da Cteep, cujo leilão de privatização está previsto para o dia 15 de março. (Aneel e Agência Canal Energia - 15.02.2006) No pregão do dia 15-02-2006, o IBOVESPA fechou a 37.239,30 pontos, representando uma alta de 1,67% em relação ao pregão anterior,. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,52%, fechando a 12.079,22 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 43,49 ON e R$ 45,20 PNB, alta de 1,38% e 2,26%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 16-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 43,50 as ações ON, alta de 0,02% em relação ao dia anterior e R$ 45,21 as ações PNB, alta de 0,02% em relação ao dia anterior. (Investshop - 16.02.2006) A Cteep comunicou que a CESP disponibilizou no seu site, como complemento às informações antes oferecidas, o Anexo I às Diretrizes Básicas do Edital, referente à desestatização da CTEEP. (GESEL-IE-UFRJ - 16.02.2006) A Aneel informou no início da tarde desta quarta-feira, 15 de fevereiro, que retirou da pauta da reunião extraordinária de diretoria, prevista para acontecer na próxima quinta-feira, dia 16, o processo que trata da audiência pública sobre a metodologia da revisão tarifária das empresas de transmissão. O agendamento da audiência para a revisão tarifária da Transmissão Paulista foi mantido, segundo informações da agência. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) Com as novas informações sobre a revisão tarifária da Cteep, o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo , estuda a estratégia jurídica para impedir a realização da privatização da transmissora. (Eletrosul - 15.02.2006) O Fundo de Investimentos em Direito Creditório Cesp, administrado pelo Bradesco S.A., paga nesta quarta-feira (15/02) amortização de cotas seniores. O valor unitário da amortização a ser pago por cota é de R$ 5 mil e o valor de rendimento por cota é de R$1.369,933713333. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) A Cataguazes-Leopoldina paga nesta quarta-feira (15/02) juros e amortização para as debêntures não conversíveis em ações da sexta emissão, 1ª e 2ª séries, emitidas em 15 de julho de 2003. Os valores a serem pagos para a primeira série são de R$ 3.353,814531 para cada debênture a título de juros, e R$ 37.458,349035 para cada papel a título de amortização. Os valores de juros e amortização para a segunda série são de R$ 9.642,216777 e R$ 23.411,468147 por debênture, respectivamente. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) A Elucid, fornecedora de softwares de gestão para o setor elétrico, e a IBM anunciaram a formação de uma parceria voltada para o setor. O acordo, segundo comunicado da Elucid, pretende levar às distribuidoras uma solução completa de billing, alinhada às necessidades dos negócios. (Agência Canal Energia - 15.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão atinge meta de redução de energia Levantamento
preliminar do MME, em conjunto com o ONS, aponta que a redução da demanda
no horário de pico de consumo foi plenamente atingida, com redução de
1.665 MW (4,6%) no Sudeste e Centro-Oeste e 560 MW no Sul (5,6%), no total
de 2.225 MW. Os seguintes estados obtiveram a seguinte redução de energia
no horário de pico (MW economizados - percentual de MW economizados):
Rio de Janeiro (371 MW - 5,8%), Espírito Santo (47 MW - 3,8%), São Paulo
(856 MW - 4,8%), Minas Gerais (312 MW - 3,4%), Distrito Federal (24 MW
- 3,4%), Goiás (81 MW - 6,2%), Mato Grosso (38 MW - 5,9%), Mato Grosso
do Sul (43% - 7,6%), Rio Grande do Sul (247 MW - 6,3%), Santa Catarina
(104 MW - 4,1%), Paraná (210 MW - 6,2%). Os números definitivos serão
consolidados até 30 dias após o término do horário. (MME - 15.02.2006)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 74,1% O nível de armazenamento está em 74,1% no Sudeste/Centro-Oeste, o que representa um aumento de 0,4% em relação ao dia anterior, dia 13. O volume está 40,1% acima da curva de aversão ao risco. Nas usinas de Capivara e de Jurumirim, o volume acumulado é de 70,1% e 83,5%, respectivamente. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 66,4% As reservas
na região Sul apresentam 66,4% de capacidade acumulada, uma baixa de 0,5%
em comparação à medição anterior. O nível de armazenamento da hidrelétrica
de Jordão está em 49,3%.(Agência Canal Energia - 15.02.2006) 4 NE apresenta 77,1% de capacidade armazenada A capacidade
dos reservatórios é de 77,1% no Nordeste, com uma ligeira queda verificada.
O nível está 41,6% acima da curva de aversão ao risco. Sobradinho opera
com 81,8% do volume armazenado. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) 5 Norte tem 84,3% da capacidade de armazenamento Com alta
de 1,5%, a região Norte atinge 84,3% de capacidade de armazenamento. O
volume acumulado no reservatório de Tucuruí é de 91,4%. (Agência Canal
Energia - 15.02.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Grupo técnico se reunirá para discutir gasoduto sul-americano O grupo formado por técnicos dos governos venezuelano, argentino e brasileiro, que discute a construção do gasoduto que vai cruzar os três países, se reunirá amanhã, no Rio, para a primeira rodada de avaliação dos dados levantados desde o início das discussões sobre o tema. Até o momento, já foram realizadas três reuniões técnicas entre o grupo - uma em cada país -, sendo que a última aconteceu ontem, no Rio. Orçado em cerca de US$ 20 bilhões, o gasoduto poderá transportar gás da Venezuela até a Argentina, passando pelo Brasil e pelo Uruguai, com capacidade para levar até 150 milhões de metros cúbicos, ou cinco vezes mais que o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A expectativa é que as conclusões do trabalho de avaliação do projeto, de 9.283 quilômetros, sejam apresentadas em julho, para os governos envolvidos decidirem ou não pela execução da obra. A próxima reunião do grupo acontecerá em março, em Caracas, na Venezuela, quando deverá ser iniciada a discussão para a inclusão de representantes do Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Peru no grupo. (Jornal do Commercio - 16.02.2006) 2 Kirchner, Lula e Chávez discutem gasoduto sul-americano Os presidentes
da Argentina, Néstor Kirchner, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e
da Venezuela, Hugo Chávez, se reunirão no próximo dia 12 de março, na
província argentina de Mendonza, confirmou ontem o governo brasileiro.
A cúpula estava prevista originalmente para 10 de março, na véspera da
posse da nova presidente do Chile, Michelle Bachelet, na qual estarão
presentes os três governantes. Marco Aurélio García, assessor para assuntos
internacionais do presidente Lula, disse, ao confirmar a cúpula, que o
ponto central da agenda será o projeto do gasoduto do sul, que unirá Venezuela
e Argentina, passando pelo Brasil. Em Mendonza, os presidentes conhecerão
os primeiros estudos técnicos sobre o projeto, que levará gás da Venezuela
para a Argentina, passando pelo Brasil, ao longo de mais de 9 mil quilômetros.
(Gazeta Mercantil - 16.02.2006) 3 Investimentos da Petrobras na Bolívia não estão definidos A Petrobras
divulgou nota esclarecendo que, em relação aos investimentos na Bolívia,
a estatal só definirá o montante a ser investido na Bolívia depois de
concluídas as avaliações dos potenciais projetos. "Não é correto afirmar
que a Petrobras investirá US$ 5 bilhões em projetos na Bolívia. O montante
refere-se a uma estimativa dos investimentos totais que novos projetos
poderão mobilizar, caso se mostrem viáveis. Por investimentos totais entenda-se
a soma do que poderá ser investido pela Petrobras e seus parceiros, pela
YPFB e por diversas empresas privadas - de petróleo, petroquímica, siderurgia
e metalurgia, entre outras - envolvidas nos diversos projetos", esclareceu
a empresa. Ainda segundo a Petrobras, o custo do gás natural boliviano
destinado ao Brasil não é afetado pela recente mudança de legislação na
Bolívia. Em 2005, a variação do preço do gás natural, em dólares, para
a entrega às distribuidoras, foi de cerca de 40%. Devido à depreciação
da moeda americana em relação ao real, no entanto, o preço final do produto
para as distribuidoras brasileiras, em reais, teve um aumento de cerca
de 18%. (Jornal do Commercio - 16.02.2006) 4 Benefícios da Petrobras ao governo boliviano é negado O assessor
internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, negou que a Petrobras
esteja aumentando indistintamente as compras de gás da Bolívia para beneficiar
o governo do presidente Evo Morales. Na semana passada, Marco Aurélio
esteve em La Paz para discutir a preparação de um programa de cooperação
Brasil-Bolívia. O impacto sobre a Petrobras da nacionalização das jazidas
minerais anunciada pelo governo boliviano foi um dos temas tratados. Garcia
admitiu que a renegociação dos contratos de fornecimento de gás está em
discussão, mas ressaltou que o critério não é o de discutir apenas o passado,
mas também o futuro. Marco Aurélio Garcia disse ainda que as conversas
com o governo boliviano também se pautam por critérios políticos, e justificou.
"Se empresas brasileiras, não só a Petrobras, estão com projetos de fazer
investimentos no setor gás químico na Bolívia, de produzir energia elétrica
a partir do gás, é óbvio que é preciso levar em consideração a segurança
institucional desses investimentos. Ninguém está jogando dinheiro pela
janela". (Jornal do Commercio - 16.02.2006) 5 Lucro da Petrobras no quarto trimestre deve superar R$ 7 bi O mercado espera que a Petrobras divulgue, amanhã, fortes resultados referentes ao quarto trimestre de 2005. Os analistas projetam que a estatal teve lucro líquido entre R$ 7,4 bilhões e R$ 7,8 bilhões no período outubro-dezembro do ano passado. A confirmar-se essa previsão o lucro acumulado em 2005 poderá superar os R$ 23 bilhões, recorde histórico para a companhia. De janeiro a setembro de 2005, o lucro líquido acumulado pela Petrobras foi de R$ 15,58 bilhões. Ainda nas contas do Banco Pactual, as vendas líquidas no quarto trimestre ficaram em R$ 36,3 bilhões, 27% acima de igual período de 2004, e o lajida bateu em R$ 14 bilhões, 46% maior do que o do quarto trimestre de 2004. O economista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), trabalha com um lucro acumulado para a Petrobras, no ano passado, menor do que os bancos, na faixa dos R$ 20 bilhões. Ele disse que, em dólares, o lucro da Petrobras cresceu menos em 2005 do que algumas das maiores companhias petrolíferas do mundo, como Exxon-Mobil, Shell, BP e Phillips Conoco. (Valor Econômico - 16.02.2006) 6 Controle da UEG Araucária trará economia ao Paraná O Paraná pode economizar até R$ 1,4 bilhão a partir do momento que retomar o controle total da Usina Termelétrica a Gás de Araucária (UEG). A afirmação é do governador Roberto Requião. Na última segunda-feira, a direção da Copel foi autorizada pelo Conselho de Administração da Companhia a negociar com a El Paso e a Petrobras uma solução para a usina termelétrica UEG Araucária que foi inaugurada em 30 de setembro de 2002 e nunca entrou em operação. Foram investidos US$ 300 milhões na usina, sendo que, 20% deste valor foram aplicados pela Copel já que a estatal tem 20% de participação acionária no negócio. A americana El Paso tem 60% de participação na usina e a Petrobras 20%. De acordo com a assessoria de imprensa da Copel ainda não foi oficializada nenhuma proposta entre os três acionistas. A Copel informou ainda que não pode avançar em um conteúdo de proposta antes que haja um acordo e que as diretorias da El Paso e da Petrobras autorizem o início das negociações em âmbito de diretoria. Segundo informações do Governo do Estado do Paraná, os conselhos da Petrobras e da El Paso devem autorizar, nos próximos dias, a negociação de um acordo com a estatal paranaense. (Eletrosul - 15.02.2006) 7 Abertura de capital na setor nuclear é estudado Um esboço de estudo de abertura de capital no setor nuclear já circulou pela Casa Civil - garantem cientistas nucleares do eixo Rio-São Paulo. O argumento levado ao Governo, em relação à energia nuclear para a geração de eletricidade, tem como pano de fundo a captação de recursos mais baratos, via investidores na Bolsa de Valores; desvinculação dos investimentos de programas de déficits primários; e redução da importância da participação dos recursos fósseis não renováveis - petróleo e gás natural -, em processo de exaustão, na matriz energética do país. No setor elétrico, dentro do Ministério das Minas e Energia e no da Ciência e Tecnologia, e na Marinha o assunto só é abordado em 'off'. Um cientista ligado à área observa que o Governo tem como "atrativas para o mercado" a Nuclebrás e a Nuclep. (Eletrosul - 15.02.2006) 8 Angra 1 e 2 alcançam 100 milhões de MW/h As usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 atingirão, ainda neste mês, a marca de 100 milhões MW/h, gerados ao longo de 21 anos de operação comercial, desde que Angra 1 foi inaugurada. Esse volume de energia, de acordo com a Eletronuclear pode iluminar toda a cidade do Rio de Janeiro por sete anos, ou o estádio do Maracanã por 150 mil anos. O superintendente de Coordenação da Operação das usinas, João Carlos da Cunha Bastos, destacou que esse dado comprova a viabilidade da operação nuclear no Brasil, sendo um forte indicativo para a construção de Angra 3, que está em análise por parte do Governo federal. Atualmente, Angra 1, que tem capacidade para gerar 657 MW, encontra-se paralisada em função de uma parada programada para a substituição do rotor de uma turbina. (Jornal do Commercio - 16.02.2006) A BR Distribuidora, através de autorização da Aneel, vai explorar uma termelétrica no Aeroporto de Maceió. A central geradora possui duas unidades motogeradoras, com 790 kW de capacidade instalada no total. Com isso, a empresa passa atuar como produtora independente de energia. (Agência Canal Energia - 15.02.2006) A Aneel, por meio do despacho 296 publicado no Diário Oficial da última terça-feira, 14 de fevereiro, liberou para testes as unidades geradoras números 4 e 5, de 1.600 kW de potência cada, e a de número 6, de 25.000 kW de potência, da térmica JB, no Município de Vitória do Santo Antão, em Pernambuco. A J.B. Açúcar e Álcool Ltda, proprietária das geradoras, só poderá solicitar o início da operação comercial após a conclusão da operação em teste. (Agência Canal Energia - 15.02.2006)
Grandes Consumidores 1 Grandes consumidores não acreditam em novo apagão O vice-presidente
da Abrace, Eduardo Spalding, afirmou que não acredita em racionamento
de energia até o biênio 2010- 2011. Ressaltou, porém, que o governo brasileiro
deveria incentivar o aproveitamento do potencial hidrelétrico brasileiro,
para que diminuam os futuros riscos de desabastecimento e o preço da energia.
Depois do déficit registrado em 2001, na época do apagão, o Brasil registrou
um excedente de energia. Entretanto, as reservas disponíveis vêm caindo
ano a ano. (Eletrosul - 15.02.2006) 2 Acesita tem queda de 13,4% no lucro Siderúrgica
do grupo Arcelor registrou queda de 13,4% no lucro líquido em 2005. A
companhia siderúrgica Acesita, única produtora de aços planos inoxidáveis
da América Latina, apresentou ontem os resultados financeiros de 2005,
nos quais se destaca o lucro líquido de R$588,8 milhões, o segundo maior
da sua história. O presidente da empresa, Jean-Philippe Demaël, mostrou-se
especialmente otimista com o desempenho previsto para 2006, em decorrência
de sinais de recuperação do preço internacional do aço inoxidável, que
está abaixo de US$ 2 mil por tonelada. Internamente, a empresa desenvolve
ações para reduzir custos. Uma delas o uso do gás natural que substituirá,
já em 2007, o gás liquefeito de petróleo nas laminações. A ação resultará
em economia de 30% nos custos desse combustível para a usina. Segundo
relatório encaminhado à CVM, a receita líquida da empresa foi de R$ 3,1
bilhões em 2005, 1,7% inferior a do ano anterior. Segundo o diretor financeiro,
Gilberto Audelino, o mercado doméstico manteve-se retraído e acompanhou
a tendência de baixa dos preços internacionais, mas continuará merecendo
a preferência da empresa. Em 2005, a empresa vendeu 482 mil toneladas
no País, ante 228 mil exportadas. A receita com exportações foi de R$1,4
bilhão, R$ 89 milhões inferior à de 2004. Essa redução, segundo a empresa,
deveu-se aos menores volumes e preços, mas também à menor cotação da moeda
americana em reais. (Gazeta Mercantil - 16.02.2006) 3 Riopol negocia novo prazo para pagar bancos Os sócios
do Rio Polímeros (Riopol), empresa que fabrica na mesma unidade produtos
de primeira e de segunda geração petroquímica - eteno e polietileno -
, estão negociando com seus financiadores a prorrogação, por um ano, do
prazo de pagamento dos empréstimos totais de aproximadamente US$ 640 milhões
tomados para a construção da unidade. Do lado dos credores estão o BNDES,
o Eximbank americano e a Sace, instituição italiana que coordenou um "pool"
de bancos internacionais. Do lado dos sócios estão os grupos Unipar (33,3%
do capital), Suzano (33,3%), a Petrobras (16,7%) e o BNDES, que além de
financiar US$ 290 milhões detém outros 16,7% da petroquímica.Pelo cronograma
original, o pagamento seria feito em 11 anos e a primeira parcela seria
paga seis meses após o começo das operações da unidade.A estimativa era
de que a unidade, que tem capacidade nominal de 540 mil toneladas/ano,
produzisse até dezembro 130 mil toneladas de polietilenos. Isso geraria
uma receita de aproximadamente US$ 150 milhões, considerando que na época
o preço do polietileno estava em torno de US$ 1.150 por tonelada.Mas problemas
técnicos surgidos durante o início dos trabalhos, especialmente da unidade
de polietileno, retardaram esse montante de produção. É com base nessa
defasagem que a empresa está buscando agora uma reestruturação dos empréstimos.
(Valor Econômico - 16.02.2006) 4 Suzano recebe oferta maior de propeno A Suzano
Petroquímica e a Petrobras assinaram ontem um novo contrato de compra
e venda de propeno grau polímero. A estatal vai fornecer 30 mil toneladas
anuais, a partir da unidade separadora de propeno (petroquímico básico)
da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em Madre de Deus, na Bahia.
A petroquímica, fabricante de resinas termoplásticas, vai usar a matéria-prima
na ampliação da produção de polipropileno da sua fábrica situada em Duque
de Caxias (RJ). A Suzano Petroquímica está investindo US$ 80 milhões até
2008 para aumentar em 250 mil toneladas por ano a sua produção de polipropileno.
A unidade industrial de Duque de Caxias será ampliada 100 mil toneladas
por ano da resina, o que totalizará 300 mil toneladas por ano até 2007.
Com término previsto para o ano de 2008, as obras de ampliação nas três
unidades industriais da Suzano Petroquímica (Mauá-SP, Camaçari-BA e Duque
de Caxias-RJ), elevarão das atuais 625 mil toneladas de polipropileno
para 875 mil toneladas anuais a capacidade de produção da petroquímica,
que detém aproximadamente 45% do mercado brasileiro de polipropileno.
(Gazeta Mercantil - 16.02.2006)
Economia Brasileira 1 Presidente da Abdid se manifesta sobre isenção tributária O presidente da Abdib, Paulo Godoy, analisou em um artigo publicado na imprensa os impactos que a isenção tributária do IR traria ao setor de infra-estrutura em longo prazo. Ele faz referência aos atuais esforços do governo nesse sentido para melhorar o perfil da dívida pública, e diz que o mesmo poderia ser aplicado para o setor infra com um retorno muito mais interessante para o crescimento do país. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ e Abdib - 16.02.2006) 2 Produtividade industrial cresce menos em 2005 A indústria de transformação brasileira aumentou sua produtividade em 1,9% ao longo de 2005. Esse resultado representa uma forte desaceleração quando é comparado ao desempenho do ano anterior, mas pelo segundo ano consecutivo o ganho de eficiência foi alcançado pelo crescimento simultâneo da produção e do emprego industriais. A expansão da produtividade foi encabeçada pelo setor de calçados, com ganho de 9,5%. No entanto, não é um dado a ser comemorado, pois a produção e o emprego nesse ramo sofreram quedas de 3,2% e 11,7%, respectivamente. Por outro lado, no setor de máquinas e aparelhos eletrônicos e de comunicação, a atividade avançou mais de 14%, enquanto o número de ocupados assalariados teve um incremento de 3,75%. Com isso, o ganho de produtividade foi de 8%. A folha de pagamento, por sua vez, cresceu 3,4% no ano passado, uma alta superior a da produção, indicando que o salário foi um componente de pressão de custos industriais em 2005. (Valor Econômico - 16.02.2006) 3
IPC-S recua para 0,16% 4 Seis setores elevam superávit comercial O saldo
comercial de seis setores econômicos (mineral, abate de animais, siderurgia,
veículos automotores, açúcar e café) cresceu 43% em 2005 e somou US$ 36,7
bilhões, o equivalente a 82% do superávit comercial do país em 2005. Na
maior parte dos casos, a alta de preços compensou crescimentos mais modestos
em volumes. A exceção foi o setor automotivo, que repassou 11% aos preços
e ampliou em 26,5% a quantidade exportada. Os dados constam de levantamento
do comércio exterior brasileiro por setores feito pela Funcex. Eles mostram
que a maior contribuição para o saldo do País foi do setor extrativo mineral,
de US$ 8,119 bilhões. Já o maior resultado negativo continua com os eletrônicos
(US$ 5,3 bilhões). O estudo da Funcex mostra que 22 dos 25 setores analisados
tiveram perda de rentabilidade no ano passado. Mostra, ainda, que sete
setores somaram déficit comercial de US$ 20,8 bilhões em 2005, 3,2% abaixo
de 2004. (O Estado de São Paulo - 16.02.2006) As ordens
de venda prevaleceram no mercado de câmbio e o dólar à vista fechou a
manhã desta quinta-feira em baixa de 0,75%, cotado a R$ 2,121 na compra
e R$ 2,123 na venda. É a menor cotação desde março de 2001. Ontem, o dólar
comercial terminou estável, comprado a R$ 2,1360 e vendido a R$ 2,1380
- valor idêntico ao registrado em 10 de abril de 2001. (O Globo Online
e Valor Online - 16.02.2006)
Internacional 1 Holanda estuda ampliação do uso de energia nuclear A Holanda
deve estudar o aumento do uso de energia nuclear nas próximas décadas
para suprir as demandas de energia e atingir os objetivos ambientais,
disse um ministro do governo. Um relatório divulgado ontem pelo Centro
de Pesquisa de Energia holandês concluiu que a energia nuclear pode possibilitar
à Holanda uma economia de US$ 713,3 milhões por ano, enquanto o país procura
reduzir as emissões de dióxido de carbono e reforçar a economia. Há dois
anos, o atual governo estendeu a vida do único reator de energia nuclear
holandês e convocou um debate público sobre manter esta opção aberta.
Mas a chamada para expandir os recursos nucleares levou a discussão um
passo à frente e provocou a ira dos ambientalistas. Loes Visser, porta-voz
da Defesa do Meio Ambiente, disse que se opôs às instalações nucleares
porque elas são muito perigosas e porque ficar muito caro tratar o lixo
radioativo. A Defesa do Meio Ambiente preferiria um misto de investimentos
em tecnologias de energia solar e eólica. (Elétrica - 15.02.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GODOY, Paulo. Os fundos para infra-estrutura. Abdib, São Paulo, 09 fevereiro 2006. Disponível em http://www.abdib.org.br/opiniao.cfm?id_opiniao=80. Acesso em 15 fevereiro de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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