l IFE:
nº 1.752
- 14
de fevereiro
de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Kelman: As contradições ambientais no setor elétrico O diretor
da Aneel, Jerson Kelman, analisou, em artigo publicado no JB, o que considera
um paradoxo existente em nosso país: como o desejo de produzir energia
sem grandes impactos ambientais acabou levando o Brasil a ter mais facilidade
em implantar novas usinas térmicas em detrimento das usinas hidrelétricas.
As usinas hidrelétricas produzem energia mais barata e não contribuem
para o efeito estufa. Kelman observa como tal paradoxo se refletiu negativamente
no leilão de energia nova, ocorrido em dezembro de 2005. Para ler o texto
na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ e JB - 12.02.2006) 2 Luz para Todos atende mais de uma família a cada minuto A meta do
programa Luz para Todos em 2006 é levar energia elétrica para 5 milhões
de pessoas. A informação foi dada pelo diretor nacional do programa, José
Ribamar Lobato Santana. De acordo com ele, 2,4 milhões de pessoas são
beneficiadas atualmente. "Atendemos mais de uma família a cada minuto".
Segundo José Ribamar Santana, a região que apresentou maior dificuldade
para a implantação do programa foi a Norte. "Estamos caminhando em ritmo
melhor a cada instante. É óbvio que não atendemos todos os anseios e vamos
avançar significativamente este ano", afirmou. José Ribamar Santana lembrou
que o atendimento é gratuito e que a instalação não fica só no poste,
mas chega até as casas. O programa foi lançado em novembro de 2003. É
coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e conta com a participação
da Eletrobrás. O objetivo é levar energia elétrica para 10 milhões de
pessoas do meio rural até 2008. (APMPE - 13.02.2006) 3 Ceará planeja usar ondas do mar para gerar eletricidade Líder na
geração de energia eólica no Brasil, com geração de 174 megawatts (MW)
vendidos, o Ceará vai receber o primeiro projeto de geração de energia
através das ondas do mar até o fim do ano. O projeto foi desenvolvido
pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe)
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com orçamento inicial da UFRJ
e depois com financiamento da Eletrobrás e do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). A usina piloto utiliza a tecnologia desenvolvida
no Rio e começa a ser construída em março, no porto de Pecém, perto de
Fortaleza. Serão instalados dois módulos com capacidade de gerar 25 KW
cada, financiados pelo governo do Ceará. (Valor Econômico - 14.02.2006)
4
Governo estuda incluir "ondas" no Proinfa 5 Coppe/UFRJ realiza estudo sobre segmento de energia alternativa A diretora
da Coppe/UFRJ, Angela Uller, revelou nesta segunda-feira, 13 de fevereiro,
que a instituição pretende iniciar um estudo chamado "Conjuntura Tecnológica"
com o objetivo de estudar a realidade existente em diversos setores da
infra-estrutura. Segundo ela, a primeira iniciativa ocorrerá na área de
energia alternativa. De acordo com a professora, dos mais de 600 projetos
da Coppe que foram contratados ano passado, num total de R$ 102 milhões,
38% eram ligados a área de energia. Esta fatia de projetos demandou metade
dos recursos investidos ou contratados no ano passado. Angela Uller frisou
que, atualmente, existe a necessidade de promover a tecnologia para o
desenvolvimento do país. (Agência Canal Energia - 13.02.2006) A Câmara de Franca deve votar hoje projeto de lei do vereador Joaquim Ribeiro (PSB), que estabelece a cobrança de taxa de uso e ocupação do solo e espaço aéreo de redes de transmissão de energia elétrica e telecomunicações no município. A proposta não fixa valor da taxa, que deverá ser definido pela prefeitura. (Jornal do Commercio - 14.02.2006) O Estado de Minas Gerais já possui um dos maiores parques de biodigestores do mundo. Graças a uma parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF) com a irlandesa AgCert International, principal empresa de produção e certificação do setor no mundo, o Estado conta com cerca de 300 biodigestores instalados e em instalação. Todos funcionam com dejetos de suínos e podem gerar energia elétrica usando o biogás. Somada, a capacidade de produção de energia desses 300 biodigestores é de 60.000 a 70.000 kWh. (Jornal do Commercio - 14.02.2006)
Empresas 1 Eletrobrás faz acordo com Light e Fecomércio-RJ A Eletrobrás
assinou nesta segunda-feira, 13, um acordo de cooperação técnica com a
distribuidora de energia Light e a Fecomércio-RJ, para o desenvolvimento
de medidas conjuntas que promoverão o uso eficiente e racional de energia
elétrica. A iniciativa atenderá 31 municípios do Estado e terá ênfase
nas atividades ligadas ao comércio. O protocolo de cooperação técnica
permitirá um apoio efetivo das empresas e da Fecomércio-RJ na implementação
das medidas, por meio da capacitação tecnológica, conscientização e implementação
de projetos que proporcionarão a redução dos custos e o aumento da competitividade
das empresas. Entre as iniciativas acertadas estão previstos cursos para
os comerciantes, com dicas e soluções para a melhor utilização da energia
elétrica, entre elas o reposicionamento mobiliário e o aproveitamento
da luz natural em determinadas horas do dia. Será criado ainda um canal
de comunicação por meio dos sindicatos filiados, entre a Light e o segmento
comercial. A medida atende aos esforços e programas da Eletrobrás/Procel.
(Jornal do Commercio - 14.02.2006) 2 Cemar fecha 2005 com lucro de R$ 359 mi A Cemar reverteu prejuízo líquido de R$ 31,074 milhões em 2004 e alcançou lucro líquido de R$ 359,651 milhões ao final de 2005. A empresa fechou o ano com receita bruta de R$ 884,185 milhões, contra uma receita bruta de R$ 706,178 milhões do ano anterior. A receita líquida cresceu 26,48%, atingindo R$ 665,444 milhões no ano passado. O resultado bruto da companhia passou de R$ 165,112 milhões, em 2004, para R$ 252,404 milhões, em 2005. Já as despesas financeiras caíram 36,7%, alcançando R$ 82,124 milhões. (Agência Canal Energia - 13.02.2006) 3 Alusa quer conhecer o mercado de geração A Alusa
pretende tornar-se um player forte no setor de geração. No entanto, a
cautela será a guia da empresa, segundo o diretor técnico da companhia,
José Lázaro Rodrigues. O objetivo da Alusa, disse o executivo, é conhecer
o mercado de geração a partir da construção das usinas Foz do Rio Claro
(GO, 73 MW) e São José (RS, 51 MW), antes de dar os próximos passos no
segmento. A estratégia de crescimento da Alusa, revelou, será por meio
da aquisição de novas concessões, sejam elas termelétricas, sejam hidrelétricas.
Com a previsão de investimentos da ordem de R$ 500 milhões, a Alusa estima
que os contratos de concessão das duas hidrelétricas serão assinados com
a Aneel em abril e que as licenças de instalação estejam liberadas até
agosto ou setembro, quando pretende iniciar as obras. (Agência Canal Energia
- 14.02.2006) 4
Alusa investirá R$ 280 mi em Foz do Rio Claro 5 Comitiva paraguaia discutirá fiscalização de Itaipu Uma comissão
de deputados do Paraguai, composta em sua maioria por representantes da
oposição, estará hoje, 14 de fevereiro, em Brasília para analisar com
legisladores brasileiros supostas irregularidades na administração da
hidroelétrica de Itaipu. Os deputados viajam a convite das Comissões de
Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Minas e Energia da Câmara dos
Deputados, informou o partido opositor Pátria Querida. Os parlamentares
paraguaios levantarão dados com seus colegas brasileiros sobre a administração
de Itaipu. Graças ao tratado especial de sua criação, a companhia não
precisa prestar contas aos órgãos de fiscalização de ambos países. (Gazeta
Mercantil - 14.02.2006) No pregão
do dia 13-02-2006, o IBOVESPA fechou a 36.113,95 pontos, representando
uma baixa de 2,33% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,72 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
1,30%, fechando a 11.747,44 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 41,00 ON e R$ 42,01 PNB, baixa de
0,36% e 1,85%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 14-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 41,20 as ações ON, alta de 0,49% em relação ao dia anterior e R$
42,22 as ações PNB, alta de 0,50% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 14.02.2006) A Furnas
promove, entre os dias 23 e 25 de maio, o V Encontro de Termografia, no
auditório do Centro Técnico de Ensaios e Medições, localizado na Usina
de Furnas (MG). Estarão em debate a termografia infravermelha na geração,
transmissão e distribuição de energia, calibração de câmeras térmicas
e detecção do efeito corona por ultravioleta na geração, transmissão e
distribuição de energia. (APMPE - 14.02.2006)
Leilões 1 EPE anuncia leilão para hidrelétricas do Rio Madeira O presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim, adiantou ontem que está em estudos a realização
de dois leilões, ainda no primeiro semestre, para licitar as usinas de
Jirau e Santo Antonio, ambas do Projeto Hidrelétrico do Rio Madeira. A
divisão em dois leilões é uma nova possibilidade, segundo Tolmasquim,
para aumentar o número de concorrentes para o projeto, que deverá ter
um investimento total de R$ 19 bilhões. Até então, a EPE só vinha estudando
separar o projeto do Rio Madeira do leilão de energia nova, que deve ocorrer
no segundo semestre. Com isso, pode ser realizado este ano um total de
quatro leilões, sendo um com energia de usinas térmicas para 2009, outro
com energia hidráulica e que compreenderá também as PCHs, a entrar em
operação em 2011, e outros dois referentes ao Rio Madeira. Segundo Tolmasquim,
o Plano Decenal do MME, que deverá conter a decisão sobre esses leilões,
está previsto para ser divulgado antes do carnaval. (Jornal do Commercio
- 14.02.2006) 2 Tolmasquim: desvantagens de fazer leilões separados Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, entre as desvantagens de fazer leilões separados para o Rio Madeira está o argumento dos investidores de que ambos os projetos poderiam ter a utilização de equipamentos e infra-estrutura em comum, o que poderia reduzir o custo final. Tolmasquim disse que a EPE está refazendo os estudos referentes ao projeto do Rio Madeira, que haviam sido elaborados em parceria entre a construtora Odebrecht e Furnas. "Precisamos ter a certeza de que o custo apresentado nos estudos é o real", justificou. (Jornal do Commercio - 14.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão termina à meia-noite de sábado Termina
à meia-noite do próximo sábado o horário de verão. Com isso, os moradores
das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país terão de atrasar seus
relógios em uma hora. A previsão inicial do governo era de que o horário
de verão 2005/2006 proporcionasse uma economia diária de 2.340 megawatts
no consumo de energia no horário de pico das regiões que tiveram o horário
alterado. No verão passado, a redução foi praticamente a mesma, de 2.387
megawatts no horário de maior demanda. O governo avaliava, em outubro
do ano passado, que o horário de verão deste ano, além da redução da demanda
por energia, resultaria em uma economia de R$ 35 milhões para o país,
por evitar a necessidade de geração adicional de energia em usinas termelétricas
nos horários de pico. O governo, porém, ainda não confirmou se esse nível
de economia foi obtido. (Diário do Grande ABC - 13.02.2006) 2 Falta de luz gera prejuízos em BH Milhares de moradores de Belo Horizonte e da região metropolitana ficaram sem luz no fim de semana e só tiveram a energia elétrica restabelecida ontem depois de muitos prejuízos. O serviço de atenção ao cliente da Cemig registrou atendimento recorde com 96 mil chamadas, e mesmo assim muitas pessoas não conseguiram se comunicar com a empresa. Junto com as chuvas, ventos de 70 km/h foram responsáveis por muitas quedas de árvores e 951 rompimentos de fios elétricos. A Cemig trocou 17 postes na capital que quebraram ou ficaram tombados sobre casas e muros. Até ontem de manhã, moradores dos bairros Coração Eucarístico, Dom Cabral, Pampulha e Barreiro estavam sem energia. Segundo a empresa, todo o fornecimento de luz foi reativado ontem até o fim do dia. Municípios como Rio Acima, Contagem, Betim e Sabará também foram atendidos ontem. (Jornal do Commercio - 14.02.2006) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 73,1% O volume
acumulado está em 73,1% no Sudeste/Centro-Oeste, representando aumento
de 0,6% em comparação ao sábado, 11 de fevereiro. As usinas de Jurumim
e Chavantes operam com 82,3% e 72,5% de capacidade, respectivamente. O
nível do submercado está 39,4% acima da curva de aversão ao risco. (Agência
Canal Energia - 13.02.2006) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 67,3% Estáveis,
os reservatórios registram 67,3% de capacidade no Sul. O nível de armazenamento
na hidrelétrica Governador Ney Braga está em 82,1%.(Agência Canal Energia
- 13.02.2006) 5 NE apresenta 77,2% de capacidade armazenada Com uma
pequena alta, o volume acumulado está em 77,2% no Nordeste. O volume está
41,9% acima da curva de aversão ao risco. Sobradinho opera com 82% de
capacidade. (Agência Canal Energia - 13.02.2006) 6 Norte tem 81,9% da capacidade de armazenamento As reservas
da região Norte atingem 81,9% de capacidade, com alta de 1,2% em relação
ao boletim anterior. Em Tucuruí, o volume acumulado está em 88,4%.(Agência
Canal Energia - 13.02.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras e YPFB pretendem investir mais de US$ 5 bi na Bolívia A Petrobrás pretende aplicar mais de US$ 5 bilhões no setor de gás da Bolívia, em parceria com a estatal YPFB. "Estamos trabalhando num programa de investimentos em associação com a YPFB de mais de US$ 5 bilhões nos próximos 5 ou 6 anos", disse Nestor Cerveró, diretor da Petrobrás. Ele acrescentou que a Petrobrás assinará um acordo inicial com a YPFB no final do mês, que incluirá parcerias na produção de gás, na industrialização do setor, na geração termoelétrica e na área de biocombustíveis. (O Estado de São Paulo - 14.02.2006) 2 Acordo Petrobras-YPBF vai incluir construção de pólo gás-químico Andrés Soliz
Rada, ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, disse que o acordo incluirá,
entre outros itens, compromissos para a construção de um pólo gás-químico
na fronteira entre os dois países, a participação da YPFB em duas refinarias
operadas pela Petrobrás, a venda de gás natural e um novo contrato para
a operação da empresa brasileira no país vizinho. (O Estado de São Paulo
- 14.02.2006) 3 Petrobras deve aumentar em até 114% gastos com importação de gás Segundo
estimativas do diretor de Energia e Gás da Petrobras, Ildo Sauer, em 2006
a estatal gastará de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,5 bilhão com as importações
do gás da Bolívia, ou até 114% mais que os cerca de US$ 700 milhões em
2005. Já os pagamentos com os tributos subirão de um patamar de US$ 60
milhões a US$ 70 milhões para US$ 700 milhões. O montante que a estatal
vai gastar com royalties e participações especiais (taxas) pagas ao governo
boliviano será até 900% maior. Esse forte aumento nos gastos com royalties
e outros tributos deve-se à nova lei de hidrocarbonetos aprovada ano passado
na Bolívia. Sauer também atribui o acréscimo dos gastos a dois fatores:
o aumento dos preços internacionais do gás natural, puxados pelas cotações
do petróleo, e a maior quantidade que deve ser importada pelo Brasil este
ano. (O Globo - 14.02.2006) 4 Petrobras deve importar cerca de 27 milhões de metros cúbicos de gás A expectativa
é que a Petrobras importe, em 2006, cerca de 27 milhões de metros cúbicos
por dia de gás natural, contra 23 milhões de metros cúbicos em 2005. Nos
dois casos, é quase metade do consumo no Brasil. As importações do gás
boliviano estão em curva ascendente e técnicos do governo acreditam que
deverão atingir, ainda este ano, 30 milhões de metros cúbicos por dia
- patamar máximo previsto para 2019, quando termina o contrato em vigor
entre Brasil e Bolívia. (O Globo - 14.02.2006) 5 Sauer: comprar gás boliviano ainda é vantajoso Os aumentos de custos na importação do gás natural boliviano já vêm sendo repassados aos consumidores no Brasil. De setembro a janeiro, a Petrobras reajustou os preços em cerca de 42% - e a partir deste ano os aumentos serão trimestrais. Os estados mais afetados são os do Sul e São Paulo, que consomem o gás boliviano. Ildo Sauer garante que ainda é vantagem comprar o gás da Bolívia. "O gás natural, que está custando cerca de US$ 30 o barril, só poderia ser substituído pelo GLP, que está custando US$ 60. Com os atuais preços do petróleo no mercado internacional, qualquer oferta de gás na América Latina, seja da Bolívia ou da Argentina, é melhor do que qualquer outro produto". (O Globo - 14.02.2006) 6 Petrobrás: nova lei do gás vai desestimular investimentos em exploração A Petrobrás avalia que a nova lei do gás, apresentada ao Congresso pelo senador Rodolpho Tourinho, é desnecessária e só fará desestimular os investimentos em exploração e transporte do combustível. "O mercado de gás já é livre", afirmou a gerente de Desenvolvimento de Negócios da área de gás e energia da estatal, Luciana Rachid. O texto de Tourinho deve passar esta semana pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A empresa quer rebater as críticas de que estaria defendendo o monopólio no setor. "Estamos defendendo nossos interesses, até porque 2/3 de nossos investidores são privados e temos obrigação de defendê-los", afirma Luciana. "Mas regulação não é garantia de novos investimentos". (O Estado de São Paulo - 14.02.2006) 7 Petrobras critica pontos do projeto de lei para mercado de gás natural Entre os pontos do projeto de lei contestados pela Petrobras estão a mudança do regime jurídico dos gasodutos - que atualmente precisam apenas de autorização da ANP - para concessão com licitações que garantem o equilíbrio econômico-financeiro do projeto, como ocorre nos segmentos de transmissão e distribuição de energia. Além disso, segundo interpretação da área jurídica da empresa, a Petrobrás perderá os direitos sobre o Nordestão, gasoduto que margeia o litoral nordestino, de Sergipe ao Ceará. Pelo texto de Tourinho, os gasodutos existentes migram para o regime de concessão após um período de carência. A empresa critica ainda a ausência, no texto de Tourinho, de um período de exclusividade para novos dutos - o projeto fala que terceiros poderão usar qualquer duto ocioso. (O Estado de São Paulo - 14.02.2006) 8 Petrobras vai se manter como principal investidora do setor de gás A Petrobras avalia que vai continuar como principal investidora no setor durante algum tempo, até que companhias privadas comecem a produzir gás no Brasil. Para justificar a posição, mostra estudo de duas consultorias - uma formada por professores da UFRJ e outra cujo nome não foi revelado - que conclui que mercados incipientes de gás natural precisam de empresas hegemônicas, que tomem para si a responsabilidade de investir em infra-estrutura. (O Estado de São Paulo - 14.02.2006)
Grandes Consumidores 1 CSN é alvo de disputa entre a Mittal e a Arcelor A CSN se
transformou em peça importante na disputa travada entre o grupo europeu
Arcelor e o grupo de origem indiana Mittal. No momento, a CSN está no
alvo das duas estrangeiras, segundo informações no mercado. A Mittal vê
na compra da CSN a possibilidade de ampliar atuação no Brasil e assim
dificultar uma escalada ao topo do ranking pela Arcelor. Já a Arcelor
pode obter com a CSN uma barreira contra o avanço concorrente. Um dos
principais atrativos da CSN é a mina de Casa de Pedra. Além de negociar
a compra da CSN, a Mittal mira também a Usiminas. (Gazeta Mercantil -
14.02.2006) 2 CSN: Casa de pedra é grande atrativo para Mittal O interesse
do indiano Lakshmi Mittal, CEO da Mittal, pelo Brasil, se deve a fatores
como uma indústria já consolidada e com mercado, matéria-prima abundante
e mão de obra barata. De acordo com o analista da S&P, Reginaldo Takara,
a CSN é uma ativo estratégico sobretudo por deter a Casa de Pedra, "A
Casa de Pedra é estratégica para qualquer empresa no mundo, pois tem uma
grande capacidade de produção e qualidade de minério de ferro comparada
a obtida pela CVRD", afirmou Takara. A siderúrgica confirmou ter recebido
uma visita de executivos da Mittal, em agosto do ano passado, mas negou
que tenha recebido ofertas de compra vindas da Mittal ou da sua rival
Arcelor. A CSN, contudo, informou que mantém conversas com essas empresas.
(Gazeta Mercantil - 14.02.2006) 3 CSN: projeto de expansão fica US$ 200 mi mais caro A CSN ampliou
em 26% o orçamento da expansão da jazida de minério de ferro de Casa de
Pedra e do porto de Sepetiba. Anteriormente previstas em US$ 783 milhões,
as obras vão consumir, entre 2005 e 2010, US$ 983 milhões. Os números
foram divulgados no início do mês, durante apresentação da CSN a analistas
da corretora Merril Lynch. Fatores como inflação, mudança de escopo e
taxa de câmbio encareceram o projeto em US$ 326 milhões. O montante levou
a empresa a refazer seu plano de investimento em uma usina de pelotização
de ferro, que teve o escopo reduzido em 50%. Com isso, o custo da obra
caiu US$ 126 milhões, para US$ 216 milhões. Uma das principais mudanças
do plano é o aumento da capacidade de Casa de Pedra para 45 milhões de
toneladas até janeiro de 2008. Os custos até 2010 estão orçados em US$
568 milhões. Devido à queda de teor de minério de ferro de Casa de Pedra,
a produção deve cair para 41 milhões de toneladas anuais entre 2012 e
2018; e será reduzida novamente para 35 milhões por ano, até 2029. Já
foram previstas vendas de minério para a Açominas, a Cosipa, Mitsubishi
(por meio do contrato de preferência da Vale do Rio Doce), além de importante
reserva para suprir a nova usina de pelotização. (Valor Econômico - 14.02.2006)
4 CSN: Porto de Sepetiba terá capacidade de 30 milhões de toneladas anuais O porto
de Sepetiba terá capacidade de carga de 30 milhões de toneladas anuais
em quatro anos; até o fim de 2006 será concluída a primeira fase da expansão,
apta a embarcar 7 milhões de toneladas. A empresa também já definiu a
cidade de Congonhas para abrigar a pelotizadora apta a produzir 3 milhões
de toneladas anais. O plano original previa uma usina de 6 milhões de
toneladas. Segundo a CSN, uma nova etapa de investimentos, entre 2010
e 2013, vai depender da "conjuntura do mercado" e prevê a aquisição de
direitos minerários, uma nova expansão do porto e outra unidade de pelotização
em Itaguaí (RJ) do mesmo porte do projeto de Congonhas. O custo por tonelada
adicional de minério de ferro será de US$ 33,90, um dos mais baixos entre
os projetos em curso no mundo. (Valor Econômico - 14.02.2006) 5 CSN: mineração responderá por 25% da geração em 2 anos Segundo
relatório de Marcelo Aguiar, analista do Merrill Lynch, em dois anos a
mineração deve responder por 25% da geração de caixa da CSN. "A qualquer
momento, o mercado vai reconhecer o peso da atividade nos papéis da CSN",
disse. O analista afirmou ainda que uma cisão das operações de minério
- e o lançamento das ações da nova empresa - pode estar sendo cogitada
pela direção da companhia para alavancar os planos de investimento. Outra
alternativa seria vender uma participação minoritária da jazida. (Valor
Econômico - 14.02.2006) 6 Minério de ferro: contratos anuais podem subir de 10 a 20% Os contratos
anuais de preços do minério de ferro para 2006 podem subir de 10% a 20%
depois de terem saltado 71,5% em 2005, disseram analistas, segundo a Reuters.
"Estamos prevendo aumento de 10%, mas acredito que há um risco de os preços
serem ainda mais altos", disse o analista de aço e minérios do ABN Amro,
Michael Sones. "A produção de aço da China não está desacelerando - o
que fica evidente nos dados de comércio do país". As exportações aumentaram
21% na comparação anual em janeiro. As importações caíram 19%. Segundo
o banco de investimentos UBS, as reservas de minério de ferro embarcadas
somaram 640 milhões de toneladas em 2005. A China importou 273 milhões
de toneladas de minério de ferro e produziu 397 milhões. (Valor Econômico
- 14.02.2006)
Economia Brasileira 1 Indústria de SP prevê exportar 8,1% mais este ano As empresas industriais paulistas esperam um aumento de 8,1% nas exportações em 2006. Esse resultado da sondagem, realizada pela Fiesp em dezembro do ano passado, foi considerado surpreendente pela entidade, pois mesmo com um câmbio pouco favorável as indústrias planejam expandir as vendas externas. No entanto, de acordo com o estudo da Fiesp, para que as exportações brasileiras atinjam a meta estabelecida pelo governo, de US$ 132 bilhões, será preciso que as exportações dos demais setores que não a indústria cresçam 32,3% no ano. Já para os produtos manufaturados o cenário é menos favorável por causa da concorrência com os produtos chineses e indianos. (Valor Econômico - 14.02.2006) 2 Demanda por crédito evita uma queda maior dos juros A maior demanda por crédito no primeiro mês do ano e a inadimplência impediram que os juros cobrados de pessoas físicas e empresas caíssem em janeiro, acompanhando a redução da Selic, segundo pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Para pessoas físicas, a taxa média de empréstimo pessoal nas financeiras caiu de 11,73% para 11,63% ao mês, levando a uma variação de 0,85% e registrando a menor taxa (274,43% por ano) desde maio de 2002. Os juros do comércio permaneceram inalterados, em 6,15% ao mês (104,66% ao ano). Já as taxas de juros para pessoa jurídica tiveram ligeiro aumento em janeiro. Para as empresas, os juros médios cobrados nas operações financeiras passaram de 4,42% para 4,43% ao mês. O maior aumento foi verificado nos descontos de duplicatas, de 3,82% para 3,87% ao mês. As taxas cobradas para capital de giro ficaram estáveis, em 4,23% ao mês. A maior redução foi dos descontos de cheques, de 4% para 3,97%. (Jornal de Brasília - 14.02.2006) 3
Indústria paulista cria 623 vagas em janeiro 4 Carga tributária e juros limitam expansão da economia A Sondagem
Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV mostra que a carga tributária
e os juros elevados são os principais limitantes ao crescimento sustentado
da economia, na avaliação dos empresários. Na avaliação de 43% das 1.003
empresas consultadas, a carga tributária é o principal fator limitativo.
Em segundo lugar na lista de entraves a uma expansão sustentada da economia
destaca-se a taxa de juros. Ela foi citada por 33% dos empresários. A
infra-estrutura deficiente obteve 5% das respostas, o mesmo percentual
atribuído ao desequilíbrio das contas públicas. O ambiente político interno
foi mencionado por 7% dos entrevistados. A pesquisa verificou ainda a
perspectiva de crescimento da capacidade instalada para 2006. O acréscimo
médio de capacidade instalada ficou em 8%. Para o triênio 2006-2008, a
média de expansão da capacidade ficou em 17%. (Folha de São Paulo - 14.02.2006)
5 Abidb: isenção tributária para fundo de infra-estrutura O pacote
de isenção tributária, que está em estudo no Ministério da Fazenda, é
visto como ponto crucial para atrair investidores internacionais a aplicar
em títulos públicos brasileiros, podendo multiplicar a oferta de recursos
para obras de infra-estrutura, segundo a Abdib. A isenção tributária pode
atrair R$ 75 bilhões, em quatro anos, para financiar projetos de energia
elétrica, transporte, saneamento e telecomunicações. A proposta da Abdib
para tal isenção é de que o governo inclua no pacote o fim da cobrança
de Imposto de Renda, Contribuição Social sobre Lucro Líquido, PIS e Cofins
sobre os rendimentos de aplicações efetuadas em fundos destinados exclusivamente
a financiar obras de infra-estrutura. Para isso, os fundos deverão estar
registrados na CVM. Cada cotista não poderia deter mais de 20% das cotas
e as aplicações deveriam ter prazo igual ou superior a dez anos. (Valor
Econômico - 14.02.2006) 6 Funcef apóia proposta de isenção tributária para fundo infra O diretor-presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, apóia a proposta de isenção da Abdib. "Temos que estimular os investidores a construir uma engenharia financeira de médio e longo prazos", afirmou Lacerda. Para a Funcef, a isenção é crucial porque ela lidera um grupo de fundos de pensão que lançará, nas próximas semanas, o Infra-Brasil, fundo de investimento voltado para o financiamento e participação societária de obras em energia, rodovias, ferrovias e metrôs. O conselho deliberativo da Funcef já aprovou a sua participação e a meta de Lacerda é buscar, a partir de agora, a adesão fundos de pensão americanos e europeus. (Valor Econômico - 14.02.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Enel quer comprar ativos da espanhola Gas Natural A principal
companhia de energia elétrica da Itália, Enel, manifestou interesse ontem
em comprar os ativos que a espanhola Gas Natural será obrigada a vender,
caso a oferta pública pela aquisição da Endesa seja bem sucedida. O presidente-executivo
da italiana, Fulvio Conti, disse que sua empresa estava interessada em
todos os ativos que a Gas Natural terá de vender na Península Ibérica.
A Gas Natural fechou acordo com a Iberdrola para venda de ativos que valem
entre 7 bilhões e 9 bilhões de euros se a oferta de compra da Endesa der
certo. O governo da Espanha não se manifestou sobre esse acordo, que terá
de ser analisado por autoridades do país e, eventualmente, por autoridades
européias, uma vez que o negócio envolve ativos na França e Itália. A
Enel informou que se comprar todos os ativos que serão vendidos pela Gas
Natural, sua filial espanhola, Enel Viesgo, terá sua participação de mercado
aumentada de 4% para 13,5%. A elétrica italiana informou que, graças ao
seu forte caixa, tem a possibilidade de realizar de forma imediata o desembolso,
que cobrirá o valor de todos os ativos. (Jornal do Commercio - 14.02.2006)
2 Irã retoma enriquecimento de urânio O Irã anunciou
ontem a retomada do processo de enriquecimento de urânio e adiou negociações
agendadas com a Rússia para a formação de uma empresa binacional que produziria
combustível nuclear em território russo. As duas informações são novos
marcos da escalada da crise e foram uma resposta à decisão tomada no último
dia 4 pela AIEA de transferir o caso do programa nuclear iraniano ao Conselho
de Segurança da ONU, que pode punir o Irã com sanções. Em janeiro último,
o país já anunciara o reinício do enriquecimento de urânio "em escala
experimental". Trata-se, agora, de acionar três ultracentrífugas na usina
de Natanz. A France Presse revela que existem naquela usina 164 centrífugas.
Há ainda oito inspetores da AIEA naquelas instalações, das quais o governo
iraniano pediu que fossem removidas as câmaras de monitoramento das atividades
internas. A Rússia foi surpreendida pela decisão iraniana de adiar o reinício
de negociações sobre a binacional de enriquecimento de urânio, marcado
para esta semana, pois não foi notificada do adiamento. (Folha de São
Paulo - 14.02.2006) 3 Annan exige que Irã tome decisões até março O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, exigiu nesta segunda-feira que o Irã tome até março decisões que permitam o reinício do diálogo sobre seu programa nuclear, e alertou para o risco de uma "escalada", ao final de uma reunião com o presidente americano, George W. Bush."Espero que entre hoje e o momento em que a AIEA publicar seu próximo relatório, tenhamos recebido do lado iraniano indícios e decisões que nos permitam constatar que as negociações não estão mortas, e que ambas as partes podem voltar à mesa de negociações e encontrar uma saída para a crise", declarou Annan no Salão Oval da Casa Branca. De todos os modos, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, voltou a pedir a Teerã a suspensão total das atividades de enriquecimento de urânio como quer a AIEA. "Não acreditamos que o regime iraniano deva ter a capacidade ou a tecnologia para produzir armas nucleares", frisou McClellan para a imprensa. (Diário do Grande ABC - 13.02.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 KELMAN, Jerson. Paradoxo ambiental. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 fevereiro 2006. Disponível em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/opiniao/2006/02/10/joropi20060210003.html. Acesso em: 13 fevereiro 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
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