l IFE: nº 1.746 - 06
de fevereiro de 2006 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Liminar que suspendia Licença Operação de Corumbá IV é cassada O desembargador
Jirair Aram Megueriam, do TRF da 1ª Região, cassou, no dia 4 de janeiro,
a liminar concedida pelo juiz da 6ª Vara Federal, Rubem Lima de Paula
Filho, que havia suspendido a Licença de Operação para a Usina Hidrelétrica
de Corumbá IV, concedida pelo Ibama à empresa Corumbá Concessões S/A.
A medida judicial derrubada também cancelava a inauguração da usina. Com
a derrubada da liminar, a Corumbá Concessões levou a cabo a inauguração
da hidrelétrica. A cerimônia contou com a presença dos governadores do
DF, Joaquim Roriz, e de Goiás, Marcone Perilo, e de representantes do
GDF e do Governo de Goiás. Cerca de 5 mil pessoas assistiram ao início
do funcionamento das duas turbinas, que vão gerar energia suficiente para
uma cidade de 250 mil habitantes, ou 15% do atual consumo do DF. (Jornal
de Brasília- 04.02.2006 e Jornal do Commercio - 06.02.2006) 2 Complexo do rio Madeira vai substituir geração termelétrica Um dos principais
benefícios prometidos pelo complexo hidrelétrico do rio Madeira é a interligação
de parte da região Norte ao sistema elétrico nacional. Hoje, a energia
na região amazônica do país - chamada de sistema isolado - é feita com
geração termelétrica a óleo combustível, cara e poluidora. Somente para
bancar o óleo consumido na geração térmica do sistema isolado, o Brasil
gastará R$ 4,5 bilhões em 2006. Se esses sistemas fossem interligados
por redes de transmissão ao resto do país, não haveria mais a necessidade
desse subsídio, pago por todos os consumidores de energia do país diretamente
nas contas de luz. O nome desse encargo é Conta de Consumo de Combustíveis
(CCC) e está embutido nas tarifas de energia. Atualmente, os sistemas
isolados de Manaus (AM) representam em torno de 44% da CCC; os de Porto
Velho (RO) e de Rio Branco (AC), 23%; os da Ceam 10%; e o de Macapá (AP),
6 %. O restante da conta é distribuída nos sistemas isolados de outros
estados. As hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio tirariam dessa conta
Manaus, Porto Velho e Rio Branco - quase 70% do total. (Valor Econômico
- 06.02.2006) 3 MME faz balanço do Luz para Todos no Nordeste e Centro-Oeste O MME apresentou
um balanço do programa Luz para Todos nos estados do Nordeste e Centro-Oeste
do país na última quinta-feira, 2 de fevereiro. O investimento total do
governo federal nas duas regiões será de R$ 1,428 bilhão para implementação
do programa. Nos nove estados nordestinos, o governo federal prevê aplicação
de R$ 1,213 bilhão. Já na região Centro-Oeste, o montante a ser aplicado
pela União será de R$ 215,6 milhões. (Agência Canal Energia - 03.02.2006)
4 Pesquisa indica satisfação de beneficiados com
Luz para Todos
Empresas 1 Eletronorte investe R$ 80 mi em duas subestações A Eletronorte
iniciou a construção e montagem das subestações de Pimenta Bueno e Vilhena,
municípios localizados no sudeste de Rondônia. Os investimentos na construção
dos empreendimentos estão orçados em R$ 80 milhões. As obras fazem parte
da construção da linha de transmissão Ji-Paraná/Pimenta Bueno/Vilhena,
em 230 kV, que vai ampliar o atendimento no sistema Acre-Rondônia. Segundo
a estatal, todos os equipamentos já estão contratados e em fabricação.
Pelo cronograma da Eletronorte, as subestações devem ser concluídas até
outubro e a energização ocorrerá no mês seguinte. As obras em andamento,
subestações e linha de transmissão, estão orçadas em R$ 205 milhões. O
orçamento inclui R$ 5,9 milhões para a ampliação da subestação de Ji-Paraná.
Com a conclusão das obras, os municípios de que dependem apenas das pequenas
centrais hidrelétricas e a diesel passarão a contar com o suporte da termelétrica
Termonorte e da hidrelétrica Samuel. (Agência Canal Energia - 03.02.2006)
2 Cemat anuncia investimentos de R$ 400 mi O avanço da universalização e a interligação do sistema isolado a hidrelétricas serão os principais investimentos da Cemat no Mato Grosso este ano. A distribuidora divulgou nesta sexta-feira, 3 de fevereiro, que planeja investir R$ 400 milhões em 2006. Os maiores investimentos serão do programa Luz para Todos, que pretende atingir 20 mil consumidores até o final do ano. O programa investirá R$ 184 milhões, sendo R$ 27,6 milhões em recursos próprios da distribuidora e R$ 64,4 milhões em financiamento da Eletrobrás a ser pago pela Cemat. O restante virá do governo federal. A empresa tem que fazer mais 40 mil ligações até 2008 para zerar o déficit rural. Na área urbana, a Cemat atende a 98% das unidades existentes. Para avançar na universalização urbana, a distribuidora matogrossense aplicará R$ 6 milhões até o fim do ano. A substituição da energia gerada pelas termelétricas movidas a óleo diesel pela das hidrelétricas receberá investimentos de R$ 120 milhões da subrogação da Conta de Consumo de Combustíveis Fosséis. Os recursos da CCC serão usados na construção de 871 quilômetros de linhas, dos quais 645 km de transmissão, em 138 kV, e 226 km sub-transmissão, em 34,5 kV. (Agência Canal Energia - 03.02.2006) 3 Endesa Brasil criará banco de oportunidades para geração e distribuição A Endesa Brasil
pretende criar uma espécie de banco de oportunidades de negócios, com
vistas a expansão de sua atuação no Brasil, em especial nas áreas de distribuição
e geração. Segundo o novo presidente do Conselho de Administração da holding
espanhola, Mario Santos, o grupo ainda não definiu as metas de crescimento
nem quais serão os caminhos a serem tomados para o crescimento da participação
da empresa. Ele ressaltou, porém, que todas as eventuais oportunidades
nessas áreas não serão descartadas de início. O executivo, no entanto,
salientou que o setor de transmissão não está nos planos da companhia.
(Agência Canal Energia - 03.02.2006) 4 Celesc inaugura duas novas subestações no norte
do estado 5 Escelsa amplia capacidade instalada da hidrelétrica Mascarenhas A Escelsa vai
ampliar a capacidade instalada da hidrelétrica Mascarenhas, através da
implantação da quarta unidade geradora de 49,5 MW. Com a ampliação, prevista
para julho, a capacidade da usina passa de 131 MW para 180,5 MW. Para
implantar a nova unidade geradora, autorizada pela Aneel, a Escelsa assinará
aditivo ao contrato de concessão 001/1995. (Agência Canal Energia - 03.02.2006)
No pregão do
dia 03-02-2006, o IBOVESPA fechou a 37.261,73 pontos, representando uma
baixa de 0,11% em relação ao pregão anterior. As empresas que compõem
o IEE apresentaram valorização de 0,01%, fechando a 11.069,08 pontos.
As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas
a R$ 39,20 ON e R$ 41,22 PNB, alta de 1,03% e 1,40%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do
dia 03-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,20 as ações
ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 41,22 as ações PNB, baixa
de 0,05% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.02.2006)
Leilões 1 Complexo do rio Madeira pode ter forma inédita de leilão O complexo hidrelétrico
do rio Madeira, gigantesco projeto de geração de energia em Rondônia que
exigirá no mínimo R$ 20 bilhões em investimentos, é a prioridade do governo
federal na área de infra-estrutura. O objetivo, disse o ministro Silas
Rondeau, é levá-lo a leilão no fim de maio ou no máximo na primeira quinzena
de junho. A expectativa é que o licenciamento prévio seja emitido pelo
Ibama em março ou abril. Dentre as opções de modelo de licitação está
em gestação no governo uma forma inédita de leilão, já assegurando 49%
da usina para um consórcio formado pelas estatais Furnas, Chesf e Eletronorte
- todas subsidiárias integrais da holding Eletrobrás. Iria a leilão para
os investidores privados os outros 51% do projeto. A operadora da usina
seria Furnas, necessariamente, e o governo federal teria uma espécie de
"golden share", parcela do capital com direito a veto sobre as decisões.
(Valor Econômico - 06.02.2006) 2 Modelo de leilão é discutido no governo Esse modelo inédito de leilão para o complexo hidrelétrico do rio Madeira, apesar de defendido por alguns integrantes do governo, tem gerado controvérsia. Parte do executivo federal, ligada principalmente ao Ministério da Fazenda e também à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, acredita que essa fórmula espantaria empresas privadas do setor elétrico. Parte da área executiva do governo, porém, acredita que um projeto desse porte é sim um programa de governo (a exemplo do que foi a construção de Itaipu e Tucuruí), e que, do lado privado, em vez de empresas de energia, seria mais plausível atrair em consórcios empresas que não sejam exatamente do setor elétrico, mas construtoras e fabricantes de equipamentos, cujo interesse seria o de viabilizar a construção para vender máquinas e serviços. Segundo disse o ministro de Minas e Energia, várias propostas estão em estudo. Mas, lembrou, "o modelo de licitação ainda não foi decidido".(Valor Econômico - 06.02.2006) 3 Odebrecht Voith Siemens e Areva têm interesse no leilão O diretor de
contratos da Odebrecht, José Bonifácio Pinto Júnior, disse que a construtora
tem interesse em participar do leilão do complexo hidrelétrico do rio
Madeira em consórcio, mas prefere ter a parceria com Furnas já assegurada.
"O interesse da Eletrobrás e das suas subsidiárias é importante e ajuda
a viabilizar os 51% privados do projeto". Empresas fabricantes de equipamentos
elétricos - tanto na área de geração, como a Voith Siemens, quanto na
transmissão, como Areva - , também teriam interesse em participar em consórcio
da obra, segundo fontes que articulam a construção das hidrelétricas.
Está na pauta das discussões inclusive a instalação de fábricas ou montadoras
de máquinas elétricas na região para fornecer às usinas. (Valor Econômico
- 06.02.2006) 4 Petrobras planeja incluir Piratininga e Macaé Merchant no leilão de térmicas A Petrobras
planeja negociar contratos no leilão de térmicas previsto para o segundo
semestre deste ano. O montante refere-se à participação que a estatal
dispõe na termelétrica Piratininga (400 MW) e à Macaé Merchant (928 MW),
cujo acordo de compra foi fechado com a El Paso na última quarta-feira,
1° de fevereiro. O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer,
disse na última quinta-feira que a oferta das duas usinas tem o objetivo
de reduzir ao máximo as perdas obtidas nos empreendimentos, em especial
no caso da Macaé Merchant; e agregar valor aos ativos. "Acreditamos que
teremos boa chance de obtermos contratos satisfatórios. Se tivermos sucesso
nos próximos leilões, como tivemos no primeiro, pretendemos reduzir ainda
mais a exposição dessas usinas às perdas", afirmou. A térmica Piratininga
foi a única usina que a Petrobras tem participação societária que não
entrou no primeiro leilão de energia nova, em razão de problemas societários.
As alternativas para a questão envolvem a venda de participações acionárias
e a formulação de uma nova sociedade. (Agência Canal Energia - 03.02.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia aumenta 4,6% em 2005 O tímido
desempenho da indústria fez com que o consumo de energia elétrica no país
ficasse aquém do previsto no ano passado. Em relação a 2004, a expansão
do consumo foi de 4,6%, com um acréscimo de 14.639 GWh, totalizando 335.411
GWh. A estimativa inicial era de que esse crescimento chegasse a 5%. O
aumento do consumo de energia elétrica foi semelhante ao de 2004, quando
foi registrado um incremento de 4,7% em relação a 2003. Os dados da EPE
indicam que os setores residencial e, principalmente, comercial, compensaram
a baixa expansão do consumo industrial, que cresceu apenas 2,4% em relação
a 2004, quando a indústria havia elevado o consumo em 7,3%. "Em 2004,
o crescimento do consumo de energia elétrica foi puxado pela indústria.
Já no ano passado, com o desempenho inferior da atividade industrial,
o aumento do consumo foi influenciado pelo desempenho dos setores residencial
e comercial", explicou Maurício Tolmasquim. O segmento comercial, que
engloba o comércio e serviços, teve um incremento de 7,2% no consumo de
energia no ano passado, em comparação com os números de 2004. O total
consumido pelo comércio em 2005 chegou a 53.239 GWh. Tolmasquim disse
que os principais fatores para esse crescimento foram o aumento das atividades
turística e portuária, sendo esta última fortemente influenciada pelas
atividades de exportação. (Jornal do Commercio - 06.02.2006) 2 Tolmasquim esclarece queda no consumo industrial Ao analisar o consumo industrial em 2005, Tolmasquim lembrou que a queda do agronegócio, principalmente no Sul, e das produções têxtil e calçadista destinadas à exportação foram fatores determinantes para o resultado aquém do esperado. A crise da febre aftosa também pode ter tido forte influência, já que o consumo industrial no Centro-Oeste caiu 2,1% em 2005. Ao todo, a indústria brasileira consumiu 149.542 GWh no ano passado. "O episódio da febre aftosa pode ter impactado esses números. O Centro-Oeste possui muitos frigoríficos, que consomem bastante energia", salientou. Ele evitou fazer previsões para o consumo de energia elétrica do Brasil este ano, mas afirmou que dificilmente o crescimento passará de 5,2%, independentemente do desempenho do PIB. Ele ressaltou que o consumo de energia não está fortemente atrelado ao resultado da economia. "Em 2004, quando o PIB cresceu 5%, o consumo de energia cresceu 4,7%. Este ano, com o PIB abaixo de 3%, o aumento do consumo de energia será basicamente o mesmo", observou. Tolmasquim destacou que energia elétrica não será gargalo para o crescimento este ano. Ele garantiu que, se a economia crescer em média 5% anualmente nos próximos cinco anos, o País terá uma situação tranqüila em termos de abastecimento de energia. (Jornal do Commercio - 06.02.2006) 3 Tolmasquim: racionamento mudou o padrão de consumo residencial O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, disse nesta sexta-feira, 3 de fevereiro,
que a classe residencial ainda não retornou aos níveis de consumo registrados
antes do racionamento de energia, apesar de ter sido um dos segmentos
responsáveis pela alta na demanda nacional de 4,6% verificada no ano passado,
em relação a 2004. Segundo Tolmasquim, o consumo médio de cada residência
teve ligeiro aumento, ao passar de 140 kWh por mês em 2004 para 142 kWh
em 2005, número ainda abaixo dos 180 kWh por mês consumidos há cinco anos.
"O racionamento mudou o padrão de consumo residencial, que ficou mantido
ao longo de todos esses anos, desde o racionamento", explicou. Segundo
Tolmasquim, o principal fator do aumento foi a realização de 1,7 milhão
de novas ligações residenciais, que envolvem novas construções e unidades
atendidas por programas de universalização, como o Luz para Todos. O maior
aumento no consumo verificado pela classe residencial, de acordo com os
dados da EPE, ocorreu na região Nordeste, com crescimento de 7,5% no ano
passado em relação ao período anterior. Em seguida, o Centro-Oeste teve
aumento de 5,8% em relação a 2004. Em terceiro lugar ficou a região Sudeste,
com 5,1% de expansão. O Norte verificou avanço de 4,9%, enquanto o Sul
contabilizou percentual de 4,4% na carga consumida a mais em 2005, comparando-se
com o ano anterior. (Agência Canal Energia - 03.02.2006) 4 ONS estabelece diretrizes para atendimento ao sistema elétrico no verão O ONS divulgou
no final de janeiro nota técnica estabelecendo diretrizes para o atendimento
do sistema interligado nacional no período de verão. As medidas de segurança
são tomadas ao longo do ano, a cada mudança de estação, mas a novidade
deste ano é que houve uma formalização das diretrizes, que foram enviadas,
por meio de nota técnica, a todos os agentes envolvidos no processo -
geração, transmissão e distribuição. Para esta estação, as medidas a serem
tomadas pelos agentes levam em consideração a maior concentração turística
e os eventos mais relevantes programados nesta época do ano, que aumentam
o consumo de energia elétrica. A análise também considera a maior ocorrência
de grandes temporais e do número de descargas atmosféricas, trazendo maiores
riscos de desligamentos de linhas de transmissão. Com base nessas situações,
o ONS define as normas especiais de operação, avaliando, inclusive, a
necessidade de despacho de geração térmica complementar. (Agência Canal
Energia - 03.02.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 04/02/2006 a 10/02/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Lula: Biodiesel brasileiro deve ganhar o mercado internacional O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apropriou ontem do slogan usado no governo de Getúlio Vargas e declarou que "o biocombustível é nosso". Durante a cerimônia de assinatura do contrato entre a Petrobras e as quatro empresas que ganharam o leilão para fornecimento do biodiesel, Lula defendeu que o combustível pode ser uma fonte alternativa para substituir o petróleo. "É preciso investir em pesquisa para desenvolver a produção para que o biodiesel ganhe o mercado internacional. É nesse momento em que o Brasil se apresenta ao mundo como uma nação que, em vez de ficar chorando o preço do petróleo, busca com unhas e dentes acreditando no potencial do país, dos trabalhadores e da sociedade", afirmou. (Gazeta Mercantil - 06.02.2006) 2 Biodiesel supera expectativa A produção brasileira
de biodiesel poderá chegar a 1,12 bilhão de litros em 2007, prevê o MME.
Esse volume supera a previsão de outras áreas do governo federal, que
é de 840 milhões de litros. Esse é o volume estimado para que o país consiga
atender à exigência de adicionar 2% do biocombustível ao diesel vendido
ao consumidor final a partir do início de 2008. (Gazeta Mercantil - 06.02.2006)
3 Petrobras implantará termelétrica no Aeroporto de Congonhas A Aneel autorizou
a Petrobras Distribuidora S.A a implantar a termelétrica Aeroporto de
Congonhas. A empresa vai atuar como produtor independente de energia.
A usina terá 4,1 MW de potência e estará conectada ao barramento de distribuição
do Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo. A térmica deverá
entrar em operação até o mês de junho. Os produtores independentes são
empresas ou grupo de empresas reunidas em consórcio, com autorização ou
concessão para produzir energia destinada ao comércio de toda ou parte
da produção, por sua conta e risco. Os produtores independentes podem
ampliar e melhorar as condições de oferta e prestação de serviços, tendo
como garantia o livre acesso aos sistemas elétricos. Além disso, têm autonomia
para fechar contratos bilaterais de compra e venda de energia elétrica.
(Investnews - 03.02.2006) 4 Gás da Bacia de São Francisco revoluciona região O gás espalhado
no subsolo mineiro pode mudar a realidade de 1 milhão de habitantes dos
municípios da Bacia do São Francisco. A Petrobras, a multinacional inglesa
BG, a brasileira Geobras e o grupo argentino Oil & MS não perdem tempo:
demonstrando apetite inédito, disputaram dezenas de concessões na região,
durante o último leilão de áreas de petróleo e gás da ANP. O conhecimento
do fênomeno natural e a semelhança com a formação geológica da Rússia
fizeram da Bacia do São Francisco a mais atraente de toda a história das
rodadas de licitações. Das 43 concessões oferecidas, 39 foram arrematadas.
Estudo feito pela Geobras aponta para a existência de um trilhão de metros
cúbicos de gás natural na Bacia do São Francisco, combustível suficiente
para abastecer o Brasil por 60 anos. A projeção é preliminar mas foi suficiente
para convencer bancos estrangeiros a financiar a pequena empresa no projeto
de exploração de nove áreas da região, com R$ 114 milhões. Falta o aval
da ANP para aprovar os documentos da Geobras junto a investidores. (Gazeta
Mercantil - 06.02.2006)
Grandes Consumidores 1 Siderúrgicas, mineradoras e petrolíferas mantém forte investimento Na contramão
dos outros setores da economia, as indústrias siderúrgica, mineradora
e de petróleo devem manter um ritmo mais forte de investimentos em expansão.
Isso porque são beneficiados por um movimento mundial de alta das commodities,
iniciado em 2004. Empresas como CSN, CVRD e Petrobras ainda projetam ampliação
de capacidade para atender à forte demanda. Em 2005, o preço do minério
de ferro teve aumento de 71,5%, o mais elevado de sua história e, este
ano, a expectativa é de nova alta devido a uma demanda muito forte, principalmente
por parte das siderúrgicas chinesas.Nesse cenário favorável, a CVRD anunciou
um programa de investimentos de US$ 4,6 (R$ 10,1 bilhões) para 2006, recorde
na vida da companhia e 40% acima do investido no ano passado. A maior
parte dos investimentos para este ano, serão destinados à expansão da
capacidade de produção de minério nas minas de Carajás e Minas Gerais.A
CSN também está tocando um grande projeto na área de minério de ferro.
Segundo analistas do setor, a siderúrgica tem planos de investir US$ 983
milhões na ampliação da mina Casa de Pedra de 16 milhões de toneladas/ano
para 40 milhões de toneladas/ano a partir de 2008 ou 2009. (Valor Econômico
- 06.02.2006) 2 Real forte pode reduzir retorno da Suzano O peso da valorização
do real e as limitações à importação de equipamentos pelo regime de drawback
- que isenta de impostos a importação de equipamentos usados para projetos
exportadores - podem reduzir o retorno do projeto de expansão da Unidade
de Mucuri, Bahia, da Suzano Papel e Celulose. A diretoria teme que o investimento
de R$ 3,5 bilhões, totalmente voltado para a exportação, tenha sua competitividade
afetada pelo câmbio e os custos elevados em até US$ 10 milhões em função
do corte do benefício fiscal.O diretor-superintendente da Suzano Papel
e Celulose, Murilo Passos, diz que a situação cambial reduziu a competitividade
do projeto, que tem 70% de seus custos em real e teve sua viabilidade
avaliada com base em um dólar cotado a R$ 2,35."O pay back (retorno) ainda
nos preocupa, mas tudo dependerá da conjuntura macroeconômica e do mercado
de celulose. O Projeto Mucuri não foi enquadrado na isenção de PIS/Cofins
da MP do Bem porque a Suzano não atingiu o índice geral de 80% de exportação
da produção exigido pela medida provisória. A suspensão do benefício do
drawback no primeiro semestre do ano passado pode contribuir para a redução
do retorno do projeto. Se mantida, ela gerará despesas extras estimadas
em US$ 10 milhões em imposto de importação. Segundo o diretor do Projeto
Mucuri, Ernesto Pousada, existe um impasse entre os ministérios da Fazenda
e do Desenvolvimento. "O impasse pode reduzir o retorno estimado em 13,5%
para a expansão em até 5%", calcula. (Jornal do Commercio - 05.02.2006)
3 Suzano deverá ter verba do BNDES este mês A Suzano Papel
e Celulose deverá ter liberado até o final deste mês a primeira parcela,
de até R$ 150 milhões, do empréstimo obtido no BNDES para seu projeto
de expansão em Mucurí (BA). O banco financiará 70% do investimento total,
que é de US$ 1,3 bilhão. Desse investimento do banco de fomento, R$ 24
milhões serão destinados a projetos sociais dos quais R$ 2 milhões irão
para um centro de capacitação. O investimento no projeto virá 30% da geração
de caixa própria da empresa e cerca de 62% do financiamento do banco de
fomento do governo. Os 8% restantes deverão vir também do BNDES, porém
como participação da instituição governamental no controle da empresa.A
Suzano divulgou que os prazos de financiamentos em negociação são de amortizações
em até 12 anos. (Gazeta Mercantil - 06.02.2006) 4 Eike Batista pretende captar US$ 750 mi O empresário
Eike Batista, dono da EBX, prepara o lançamento da MMX Mineração e Metálicos:
o projeto é captar pelo menos US$ 750 milhões em oferta primária de ações.
O foco da nova empresa será o minério de ferro, mas a própria razão social
deixa em aberto a possibilidade de integrar outros investimentos minerais
na nova holding, como a mina de ouro no Amapá e a siderúrgica na Bolívia.
Eike já controla jazidas e coordena pesquisas geológicas em Minas Gerais,
Amapá e Mato Grosso do Sul. Constatada a viabilidade comercial destas
minas e de outras jazidas independentes, Eike partiu para a construção
de porto em São João da Barra, no Norte Fluminense, e mineroduto de 462
km até este terminal. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo,
Wagner Victer, informou que o projeto, que deverá estar operacional em
2008, demandará US$ 1,3 bilhão e gerará mais de 3 mil empregos entre diretos
e indiretos. Quanto à rentabilidade do empreendimento, Victer afirmou
que este garantirá cerca de US$ 800 milhões por ano em exportações. (Jornal
do Commercio - 04.02.2006)
Economia Brasileira 1 IPC pode ficar próximo de zero em fevereiro A queda nos preços dos alimentos e a desaceleração no aumento do álcool combustível devem possibilitar que a inflação -em São Paulo fique perto de zero em fevereiro. A estimativa da Fipe para o IPC é de alta de apenas 0,10% em fevereiro, abaixo dos 0,50% registrados em janeiro. Em janeiro, o IPC fechou em aceleração, subindo 0,21 pontos percentuais em relação aos 0,29% de dezembro. O aumento sazonal é resultante da volta às aulas, que puxaram a alta de 4,51% do grupo educação. (Gazeta Mercantil - 06.02.2006) 2 Balança comercial registra superávit de US$ 145 mi As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 145 milhões na primeira semana de fevereiro, com três dias úteis. O saldo é resultado de exportações de US$ 1,293 bilhão, uma média diária de US$ 431 milhões, e de importações de US$ 1,148 bilhão, média de US$ 382,7 milhões por dia útil. As informações são da Secex. (Valor Econômico - 06.02.2006) 3 Superávit comercial acumulado no ano soma US$ 2,989 bi 4 Expectativas de inflação para 2006 têm leve aumento De acordo com
o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a previsão
para o IPCA passou de 4,6% para 4,66%. A expectativa para o IGP-DI passou
de 4,86% para 4,91%. Já a previsão do IGP-M também teve uma leve alta,
e subiu de 4,85% para 4,96%. No movimento contrário, os analistas esperam
agora um dólar mais barato até o final do ano, a queda foi de R$ 2,39
para R$ 2,35. Para o final do mês, a expectativa é que a moeda norte-americana
termine cotada em R$ 2,23. Também subiu a previsão para superávit da balança
comercial. O mercado espera que o saldo entre exportações e importações
fique positivo em US$ 40 bilhões, contra US$ 39 bilhões da semana anterior.
Por último, os analistas mantiveram a previsão para o crescimento do PIB
em 3,5% e, para o crescimento da produção industrial, em 4%. (Folha de
São Paulo - 06.02.2006) O mercado internacional
deu uma trégua na turbulência e os ativos brasileiros voltam a registrar
ganhos nesta segunda-feira. O dólar caiu abaixo dos R$ 2,20 e encerrou
a manhã em baixa de 1,04%, cotado a R$ 2,183 na compra e R$ 2,185 na venda.
Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,9%, a R$ 2,2050 na
compra e R$ 2,2070 na venda, no menor valor desde 7 de dezembro de 2005,
de R$ 2,1950. Na semana, a baixa acumulada foi de 0,45%. (O Globo Online
e Valor Online - 06.02.2006)
Internacional 1 Irã interrompe cooperação com AIEA O Irã interrompeu
ontem a cooperação com a AIEA, vetando o acesso de seus inspetores às
instalações nucleares do país e retomando o programa de enriquecimento
de urânio. A decisão foi uma retaliação à decisão da agência de denunciar
o país ao Conselho de Segurança da ONU. O anúncio foi feito pelo chanceler
Manuchehr Mottaki. Apesar disso, o Irã se disse aberto a negociações.
No sábado, 27 dos 35 países do Conselho de Governadores da AIEA, inclusive
o Brasil, aprovaram resolução segundo a qual o Irã deve ser levado ao
Conselho de Segurança devido à "falta de confiança de que seu programa
nuclear seja exclusivamente para fins pacíficos''. A resolução exige que
o Irã volte a congelar as atividades nucleares e dê à AIEA, ligada à ONU,
mais poder de inspeção. Os iranianos garantem que seu objetivo é apenas
produzir energia, mas os EUA suspeitam de que, na verdade, pretendam fabricar
armas atômicas. O envio do caso ao CS não significa necessariamente que
o Irã vá ser objeto de sanções. Por um acordo entre os membros permanentes
do CS ficou decidido que a ONU só examinará o caso em março, após a reunião
regular da AIEA. Além disso, Rússia e China deixaram claro que não pretendem
ir além da pressão diplomática. A Rússia constrói uma usina nuclear no
Irã e a China compra petróleo iraniano. (O Estado de São Paulo - 04.02.2006
e Zero Hora - 06.02.2006) 2 Irã suspende cooperação com AIEA O Irã interrompeu
ontem a política de cooperação com a Agência Internacional de Energia
Atômica, vetando o acesso de seus inspetores às instalações nucleares
do país e retomando o programa de enriquecimento de urânio. A iniciativa
foi em retaliação à decisão do órgão anteontem de reportar o país ao Conselho
de Segurança da ONU para a adoção de eventuais sanções, anunciou ontem
o chanceler iraniano, Manuchehr Mottaki. Anteontem, 27 dos 35 países do
Conselho de Governadores da AIEA, inclusive o Brasil, aprovaram resolução
segundo a qual o Irã deve ser levado ao CS. A resolução, preparada pela
União Européia e apoiada pelos EUA, exige que o Irã volte a congelar as
atividades nucleares e dê à AIEA mais poder de inspeção. A adoção ou não
de sanções econômicas ou políticas contra o Irã deve ser decidida em reunião
em março. O porta-voz da Chancelaria iraniana, Hamid Reza Asefi, afirmou
que será objeto de discussão proposta feita por Moscou de que as atividades
de enriquecimento de urânio sejam realizadas em território russo, como
meio de dissipar as suspeitas da comunidade internacional sobre as ambições
nucleares iranianas. (Folha de São Paulo - 06.02.2006)
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