l

IFE: nº 1.745 - 03 de fevereiro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
III Encontro de Integração de Eficiência Energética
2 Aneel vai rever resolução que determina a constituição de CERs
3 Aneel fixa cota do Proinfa para distribuidoras
4 MMA instala centro unificado de informação e documentação ambiental
5 Hidrelétrica de Corumbá será inaugurada oficialmente neste sábado
6 Peixe Angical iniciará operação comercial em maio
7 Curtas

Empresas
1 Ipea: distribuidoras tiveram retorno do capital negativo até 2003
2 Aneel autoriza reajuste tarifário de sete distribuidoras
3 Endesa consolida ativos no Brasil
4 Delta Energia vende 70% da energia do leilão da BM&F
5 Celg anuncia investimento de R$ 350 mi em 2006
6 Cemat anuncia investimentos em energia
7 Aneel aprova programas de P&D de cinco distribuidoras
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia bate recorde em janeiro
2 Aneel: geração dá salto no primeiro trimestre
3 Volume dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste é de 71,4%

4 Capacidade do Sul é de 71,4%

5 Nível de armazenamento do NE está em 77,4%

6 Reservatórios da região Norte têm 73,4% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Petrobras compra Macaé Merchant da El Paso
2 Aneel autoriza aumento de 25% na CCC
3 Aneel vai acompanhar variação de preços de combustíveis de térmicas

Grandes Consumidores
1 Cade suspende liminar que favorecia a Vale

Economia Brasileira
1 IPC da Fipe aumenta 0,50%
2 BB prepara venda de ações e pode aumentar a fatia de estrangeiros

3 Azevedo confirma discussão sobre tributação de estrangeiros
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Julgamento da Enron
2 Gazprom anuncia interesse em distribuidora do Reino Unido
3 Carteira de energia renovável lança fundo para projetos no Reino Unido
4 Irã pode interromper colaboração com a AIEA

Biblioteca Virtual do SEE
1 Rocha, Kátia; Bragança, Gabriel Fiuza de; Camacho, Fernando. "Remuneração de Capital das Distribuidoras de Energia Elétrica: Uma Análise Comparativa". Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. Rio de Janeiro: janeiro de 2006.

Regulação e Novo Modelo

1 III Encontro de Integração de Eficiência Energética

Ontem (02), foi realizado, no Rio de Janeiro, o III Encontro de Integração de Eficiência Energética. Na parte da manhã, o prof. Reinaldo Castro, apresentou os resultados das pesquisas de campo das classes residencial, comercial e industrial de baixa tensão, realizada pelo consórcio PUC-Rio/Ecoluz com apoio do PNUD e recursos do GEF/BIRD. Segundo Castro, o objetivo da pesquisa é conhecer o potencial técnico e econômico do mercado de energia elétrica e nortear as ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, o PROCEL. Em seguida, apresentaram-se os resultados das classes industrial e comercial de alta tensão. A parte da tarde, coube a apresentação da Claude Cohen, da COPPE/UFRJ, sobre o Sistema Simulador de Potenciais de Eficiência Energética. O objetivo do modelo é avaliar o potencial de conservação de energia pelo lado da demanda. (NUCA-IE-UFRJ - 03.02.2006)

<topo>

2 Aneel vai rever resolução que determina a constituição de CERs

A Aneel decidiu rever a resolução 205, publicada no final do ano passado, que determina a constituição de CERs. Os cooperativados alegavam que a mudança nas regras ameaçava a sobrevivência das empresas, devido ao aumento de custos, e feria lei federal sobre as cooperativas. Em reunião realizada nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, com a Organização das Cooperativas Brasileiras e parlamentares, a Aneel prometeu estudar uma forma de resolver a questão. Uma das propostas é a criação da figura da Cooperativa de Propósito Específico para os ativos de distribuição das CERs, segundo a assessoria de imprensa da Aneel. As cooperativas de outros ramos de atividades e que têm distribuição de energia terão que criar uma entidade responsável pelos ativos de distribuição. Essa entidade jurídica terá que seguir as regras do setor e será fiscalizada pela agência. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

3 Aneel fixa cota do Proinfa para distribuidoras

A Aneel fixou os valores das cotas de custeio referentes ao Proinfa para o mês de março, relativos às distribuidoras. As concessionárias terão que recolher R$ 28.800.210,75 até o dia 10 de fevereiro e repassar à Eletrobrás. As empresas da região Sudeste pagarão R$ 17.306.134,59; as da região Sul, R$ 5.375.234,42; do Nordeste, R$ 3.763.584,96; do Centro-Oeste, R$ 1.823.726,68; e do Norte, R$ 531.530,09. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 2 de fevereiro. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

4 MMA instala centro unificado de informação e documentação ambiental

O Ministério do Meio Ambiente iniciou nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, um grupo de trabalho para a criação de um centro unificado nas áreas de informação e documentação ambiental. O grupo discutirá também a incorporação de outros centros de informação na área ambiental, como o Centro de Desenvolvimento Sustentável/UNB e a Biblioteca da Agência Nacional de Águas. O centro de informação será coordenado pela diretoria de Educação Ambiental do MMA. Atualmente, existem bibilotecas e centros de informação espalhados pelo Brasil, mas sem uma integração. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

5 Hidrelétrica de Corumbá será inaugurada oficialmente neste sábado

Depois de quatro anos e quatro meses do início da obra, a Usina Hidrelétrica de Corumbá IV começa a produzir energia. A linha de transmissão para a subestação da CEB em Santa Maria, com extensão de 40km, será ligada sábado (04/02). Desde a última sexta-feira (27/01) as turbinas vêm funcionando para realização de testes, e a inauguração oficial está confirmada para este sábado. Quando estiver em pleno funcionamento, a usina será capaz de gerar 127 MW de energia, o suficiente para abastecer 15% de toda a energia consumida no Distrito Federal. As obras da Usina de Corumbá IV estão 100% concluídas. Ao todo, o empreendimento custou R$ 600 milhões aos cofres públicos - R$ 270 milhões do BNDES e R$ 330 milhões dos próprios dos acionistas da Corumbá Concessões, empresa que administra o complexo hidrelétrico. (Eletrosul - 02.02.2006)

<topo>

6 Peixe Angical iniciará operação comercial em maio

As obras da hidrelétrica Peixe Angical (TO, 452 MW) já estão na reta final. Com 95% das obras concluídas, a Enerpeixe, consórcio composto pela Energias do Brasil (60%) e Furnas (40%) para a construção da usina, realizará no dia 31 de março a descida do rotor da terceira turbina Kaplan à área de operação. Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Enerpeixe, Maurício Diniz, a hidrelétrica está com o início da operação comercial programado para o dia 10 de maio, quando será acionada a primeira turbina. Na seqüência, a segunda máquina inicia operação comercial em 10 de julho, enquanto a terceira tem operação prevista para o dia 1° de outubro. A usina demandou R$ 1,6 bilhão em investimentos, gerando 11,5 mil empregos, entre diretos e indiretos, de acordo com o executivo. Deste valor, R$ 670 milhões são oriundos do financiamento do BNDES. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

7 Curtas

A Aneel aprovou a transferência da autorização para a implantação da Central Geradora Eólica Millenium da Bioenergy. A usina terá potência instalada de 10,2 MW, e ficará localizada no município de Mataraca, na Paraíba. (Aneel - 03.02.2006)

O Unibanco obteve permissão da Aneel para a transferência de parte da autorização para exploração da usina termelétrica Bandeirante para a empresa Biogeração de Energia S/A. (Aneel - 03.02.2006)

A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terras em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro necessárias à implantação de PCHs. As declarações favorecem as empresas Carangola Energia S/A, Irara Energética S/A, Monte Serrat Energética S/A e Retiro Velho Energética S/A. (Aneel - 03.02.2006)

<topo>

 

Empresas

1 Ipea: distribuidoras tiveram retorno do capital negativo até 2003

Após completar 10 anos do início do processo de privatização, um estudo revela que as distribuidoras perceberam uma recuperação parcial do custo do capital investido apenas a partir de 2005. Essa é uma das conclusões de um estudo do Ipea sobre o retorno do investimento das concessionárias desde a desestatização, iniciada em 1998. Segundo o trabalho "Remuneração de capital das distribuidoras de energia elétrica: uma análise comparativa", com base em informações financeiras de 25 empresas, a remuneração foi sistematicamente negativa entre 1998 e 2003. O estudo constatou ainda que Chile, Argentina e Estados Unidos são países que remuneram melhor os acionistas. O estudo foi elaborado por Kátia Rocha e Gabriel Fiuza de Bragança, ambos do Ipea, e contou com a participação de Fernando Camacho, do BNDES. Para a elaboração do trabalho, os economistas analisaram o desempenho das empresas entre 1998 e 2005 e compararam com o valor de retorno ideal, estimado em 16,08%, com base na metodologia adotada padrão para estimação de custo-capital, que é semelhante à da Aneel, e utilizada amplamente pelo mercado financeiro. Segundo a análise, o retorno médio sobre o patrimônio passou de - 6,73%, em 1998, para 19,39% no ano passado. Em 2004, segundo Kátia Rocha, os índices foram positivos - a média ficou em 8,35% - porém ainda abaixo do percentual de 16,08% proposto pelos analistas. A melhora dos dados, segundo Kátia Rocha, se deve à ocorrência do primeiro ciclo de revisões tarifárias, iniciado pela Aneel, entre 2003 e 2004. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

2 Aneel autoriza reajuste tarifário de sete distribuidoras

A Aneel autorizou reajuste da tarifa de sete distribuidoras. Segundo a agência, o índice médio de reajuste da concessionária Jaguari, de São Paulo, ficou em 5,68%. Caso não houvesse o reajuste da CCC, o reajuste seria fixado em 3,34%. Os reajustes médios das outras quatro empresas de São Paulo foram os seguintes: Companhia Luz e Força de Mococa (CLFM), 5,52%; Companhia Paulista de Energia Elétrica (CPEE), 7,62%; Companhia Sul Paulista de Energia (CSPE), 6,09%; e Companhia Luz e Força Santa Cruz (CLFSC), 7,08%. No Paraná, o aumento médio da Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO) ficou em 5,70% e na Paraíba, a tarifa da Companhia Energética de Borborema (Celb) subirá 8,32% a partir de hoje. Os percentuais serão diferenciados por classe de consumo de energia. O reajuste não inclui os impostos PIS-Cofins, cujo peso é calculado pelas próprias distribuidoras. (O Globo - 03.02.2006)

<topo>

3 Endesa consolida ativos no Brasil

Com dez anos de atuação no País, a espanhola Endesa consolidou a criação da holding que vai agrupar os cinco ativos do grupo no Brasil. O engenheiro Mario Santos, ex-diretor-geral do ONS, foi apresentado como o presidente do Conselho de Administração da Endesa Brasil. Santos afirmou que o objetivo da companhia é crescer juntamente com o setor elétrico brasileiro. O executivo ressaltou que a Endesa Brasil pretende ser um player de peso no País. Santos garantiu que o foco da empresa estará voltado para os segmentos de geração e distribuição de energia elétrica. "Vamos investir não só em qualidade, como em novos negócios. Como e quanto é algo que está sendo consolidado e estudado", disse. (Jornal do Commercio - 03.02.2006)

<topo>

4 Delta Energia vende 70% da energia do leilão da BM&F

A Delta Energia vendeu 70% da energia negociada no leilão de energia de curto prazo realizado na última quarta-feira, 1° de fevereiro, pela Bolsa de Mercadorias e Futuros e a Abraceel, no Rio de Janeiro. A comercializadora negociou 51 MW médios, dos 71 MW médios vendidos no leilão, o que rendeu R$ 1,16 milhão, segundo Ricardo Lisboa, sócio da Delta Energia. Este foi o segundo mês consecutivo que a comercializadora liderou as vendas no leilão. Em dezembro, a Delta concentrou 62% dos negócios realizados. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

5 Celg anuncia investimento de R$ 350 mi em 2006

A Celg anunciou esta semana que planeja investir este ano R$ 350 milhões, valor 130% maior que o aplicado no ano passado. A empresa focará os investimentos, sobretudo, no programa Luz para Todos e na ampliação da rede de distribuição. Somente o programa Luz para Todos receberá R$ 125 milhões para efetuar mais de 17 mil ligações na área rural, zerando o déficit do estado.Um dos projetos com início previsto para este ano é a obra da subestação Carajás, em Goiânia, avaliada em R$ 42 milhões, sendo metade deste valor investida em 2006, conforme contou executivo. A Celg também inaugura as subestações Pirineu e Piranhas em 2006.Outro projeto envolve a hidrelétrica de Rochedo, que terá a capacidade instalada aumentada de 4 MW para 13 MW, dentro do plano da Celg de ampliar a geração dos atuais 17 MW para 200 MW. A obra custará R$ 27 milhões e levará 22 meses para ser concluída - R$ 13,5 milhões serão investidos em 2006. O programa Reluz de eficientização da iluminação pública deve chegar à Goiás ainda este ano. Rocha afirmou que já está em negociação com a Eletrobrás para implantação dos projetos. A previsão é começar com nove municípios e chegar a 50 cidades goianas. Goiânia está fora porque tem contrato firmado com Furnas. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

6 Cemat anuncia investimentos em energia

O Vice-Presidente de Operações da Cemat, Antonio da Cunha Braga, anuncia nesta sexta-feira (3) os investimentos para 2006 na área de distribuição de energia elétrica em Mato Grosso.Cerca de R$ 400 milhões serão aplicados na melhoria dos serviços prestados pela Concessionária, entre eles a Geração Termoelétrica, a Transmissão e Sub-Transmissão, a Universalização Urbana e a Universalização Rural (Luz Para Todos). Na entrevista, o executivo também vai abordar as mudanças que ocorreram na fatura de energia. A partir de 2006 todos os itens que compõem o valor do consumo, como os encargos setoriais, estão detalhados na conta de energia elétrica. (Elétrica - 02.02.2006)

<topo>

7 Aneel aprova programas de P&D de cinco distribuidoras

A Aneel aprovou os ciclos 2004/2005 e 2003/2004 dos programas de pesquisa e desenvolvimento de cinco concessionárias do país. As metas físicas terão que ser cumpridas até 28 de fevereiro de 2007. A Bandeirante Energia (SP) aplicará R$ 3.868.326,20 no ciclo 2004/2005, equivalente a 0,2013% da receita operacional líquida (ROL). A distribuidora deve cumprir os projetos plurianuais iniciados no ciclo 2003/2004 até 30 de novembro deste ano. A Ceal (AL) investirá R$ 501.272,64 no ciclo 2004/2005 do programa, equivalente a 0,1283% da ROL. A Aneel também determinou que os investimentos mínimos previstos para o ciclo 2005/2006 sejam acrescidos do percentual de 0,0717% da receita, correspondente a diferença não aplicada no atual ciclo. A Companhia de Luz e Força Santa Cruz (SP) vai investir R$ 367.183,00 no ciclo 2004/2005, equivalente a 0,235% da receita operacional líquida. As concessionárias Departamento Municipal de Energia de Ijuí (Demei) e Muxfeldt, Marin & Cia (MMC) investirão no ciclo 2003/2004 R$ 35.000,18 e R$ 9.160,62, respectivamente. Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 2 de fevereiro. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 02-02-2006, o IBOVESPA fechou a 37.304,19 pontos, representando uma baixa de 3,07% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,57 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,41%, fechando a 11.067,95 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 38,80 ON e R$ 40,65 PNB. Na abertura do pregão do dia 03-02-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,23 as ações ON, alta de 1,11% em relação ao dia anterior e R$ 41,98 as ações PNB, alta de 0,98% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.02.2006)

<topo>

9 Curtas

Os servidores da Eletroacre passaram a manhã de ontem sem trabalhar. O protesto, organizado pelo Sindicato dos Urbanitários, foi um alerta à diretoria para que o acordo coletivo de maio do ano passado, que deveria ter sido assinado em novembro, saia, enfim, do papel. Entre os pontos do acordo coletivo estão o reajuste de 8,07% nos salários, auxílios creche, escola, saúde e ticket alimentação. (Eletrosul - 03.02.2006)

A Escelsa foi autorizada a ampliar a capacidade instalada da usina hidrelétrica Mascarenhas. Com a implantação da 4ª unidade geradora, de 49,5 MW, a capacidade instalada da usina passará de 131 MW para 180,5 MW a partir do próximo mês de julho, data prevista para entrada em operação da nova unidade geradora. (Aneel - 03.02.2006)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia bate recorde em janeiro

O consumo de energia elétrica em janeiro foi recorde no País, ao atingir 47.698 MW médios diários, com acréscimo de 5,23% em relação a janeiro do ano passado, segundo dados preliminares do ONS. O consumo do mês superou o registrado em março de 2005, quando atingiu 47.320 MW médios, e vinha se mantendo como o recorde no Brasil. O consumo de janeiro representou aumento de 3,72% em relação ao observado em dezembro de 2005, quando atingiu a média de 45.988 MW médios. O ritmo de aumento do mês passado ficou bem acima do observado nos meses anteriores, mas dentro das previsões do ONS. Tradicionalmente, há aumento no consumo nos meses de janeiro e fevereiro, devido ao maior calor no Sudeste. Os dados do ONS não identificam quais segmentos estão demandando mais energia, o que só fica transparente com base em dados da EPE. O último relatório da EPE observa que os setores residencial e comercial vinham liderando a expansão do consumo, com a indústria registrando ritmo mais lento de expansão. (Jornal do Commercio - 03.02.2006)

<topo>

2 Aneel: geração dá salto no primeiro trimestre

A capacidade brasileira de geração de energia está dando um salto neste primeiro trimestre. Até março deverão ser agregados mais 1.644 MW ao sistema elétrico nacional. Um terço dessa nova eletricidade está vindo de Santa Catarina, segundo a Aneel. Ontem, entrou em operação a segunda turbina da hidrelétrica de Barra Grande. E para março, está prevista a entrada de operação da usina de Campos Novos. geração de energia está dando um salto neste primeiro trimestre (Elétrica - 02.02.2006)

<topo>

3 Volume dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste é de 71,4%

A capacidade de armazenamento do Submercado Sudeste/Centro-Oeste é de 71,4%. Em relação ao dia anterior, houve uma elevação de 0,2% no nível. O volume está 39,2% acima da curva de aversão ao risco. Nas usinas de Capivara e de Barra Bonita, o volume acumulado nos reservatórios é de 71,4% e 56,7%, respectivamente. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

4 Capacidade do Sul é de 71,4%

O nível de armazenamento do submercado Sul está em 71,4%, o que representa queda de 0,4% em comparação ao dia anterior. A usina de Jordão opera com 82,6% de capacidade armazenada. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

5 Nível de armazenamento do NE está em 77,4%

Os reservatórios da região Nordeste se mantêm estáveis e operam com 77,4% da capacidade. O nível de armazenamento está 43,3% acima da curva de aversão ao risco. A capacidade armazenada de Sobradinho é de 83,4%. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

6 Reservatórios da região Norte têm 73,4% da capacidade

O volume acumulado em seus reservatórios do submercado Norte é de 73,4%, representando alta de 0,1% em comparação à medição anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 78,5% de capacidade. (Agência Canal Energia - 02.02.2006)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobras compra Macaé Merchant da El Paso

Petrobras vai pagar US$ 357,5 milhões pela usina Macaé Merchant após dois anos de negociação. Herdeira do maior prejuízo provocado pelo último racionamento de energia elétrica, em 2001, a Petrobras encerrou ontem o imbróglio com as usinas térmicas montadas na época, mas que continuaram recebendo subsídios sem serem acionadas. Os contratos admitiam que as térmicas, avaliadas em US$ 800 milhões, abocanhassem US$ 2,1 bilhões numa espécie de seguro aos investidores. Como comprar as térmicas ficava mais barato que ir até o fim dos contratos, em 2008, a Petrobras anunciou ontem que adquiriu a Macaé Merchant, da El Paso, depois de uma negociação de dois anos. Com o memorando de entendimento, as empresas concordam em suspender os processos judiciais internacionais e no Rio de Janeiro. A El Paso informou, em comunicado, que os ganhos auferidos com a venda serão usados para repagar aproximadamente US$ 225 milhões de financiamento do projeto da unidade de Macaé. A empresa confirmou que as companhias querem assinar o acordo até meados de março e completar a venda ainda no primeiro semestre. A Petrobras também anunciou que é de sua intenção tentar incluir a usina Macaé Merchant no próximo leilão de energia. (Gazeta Mercantil e Elétrica - 03.02.2006)

<topo>

2 Aneel autoriza aumento de 25% na CCC

A Aneel autorizou um aumento de 25% na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) este ano. A CCC é paga pelos consumidores na conta de luz e se destina a cobrir os custos de combustíveis das usinas termelétricas dos sistemas isolados, a maior parte deles na Região Norte. O valor total que será cobrado dos consumidores, em parcelas de janeiro a dezembro deste ano, é de R$ 4,525 bilhões, contra R$ 3,6 bilhões em 2005. Porém, o aumento só poderá ser repassado às tarifas na época do reajuste anual. O impacto da correção da CCC começa a ser sentido pelos usuários de três estados hoje - em média, 1,43%. Isso porque passam a vigorar os reajustes das tarifas de energia de sete distribuidoras de São Paulo, Paraná e Paraíba. (O Globo - 03.02.2006)

<topo>

3 Aneel vai acompanhar variação de preços de combustíveis de térmicas

A Aneel vai acompanhar a variação de preços dos combustíveis usados nas termelétricas. Os técnicos estão preocupados com o aumento registrado no ano passado. A diretoria da agência poderá encaminhar à Secretaria de Direito Econômico (SDE) e ao Cade pedido de investigação de eventuais indícios de abuso de poder econômico por parte dos fornecedores de combustível. A área de fiscalização da Aneel está analisando também a evolução da CCC entre 1999 e 2005. (O Globo - 03.02.2006)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Cade suspende liminar que favorecia a Vale

O juiz substituto da 26ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Márcio José de Aguiar Barbosa, cassou ontem uma liminar que havia sido concedida à CVRD, suspendendo efeitos de uma decisão do Cade tomada em agosto de 2005. O Cade havia julgado um conjunto de sete negócios da mineradora, que foram aprovados com restrições. Os conselheiros montaram dois "pacotes" de condições a serem atendidas e deram à Vale um prazo de 30 dias para optar por um deles. A liminar suspendeu a contagem desse prazo. No julgamento, o Cade analisou os negócios referentes ao descruzamento das participações acionárias entre a Vale e a CSN. Os conselheiros concordaram com os negócios, desde que a Vale vendesse a Ferteco, uma mineradora independente. Alternativamente, a Vale poderia abrir mão de seu direito de preferência na compra do excedente de minério de ferro produzido pela mina Casa de Pedra e, ao mesmo tempo, unificar sua presença no comando da ferrovia MRS Logística, perdendo assim sua condição de maioria nas decisões da empresa. (O Estado de São Paulo - 03.02.2006)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 IPC da Fipe aumenta 0,50%

O IPC no município de São Paulo cresceu 0,50% em janeiro. Na terceira medição do mês passado, a inflação medida pela Fipe ficou em 0,62%. Em dezembro, o indicador aumentou 0,29%. Educação teve a alta mais expressiva, de 4,51%, depois de um incremento de 3,46% na prévia antecedente. Transportes aparecem logo em seguida, com elevação de 1,10%. Despesas Pessoais viram acréscimo de 0,89%, Saúde expandiu-se em 0,49% e Habitação subiu 0,23%. Alimentação e Vestuário, por sua vez, acabaram com variação negativa, de 0,21% e 0,23%, respectivamente, após avançarem nas três prévias de janeiro. (Valor Econômico - 03.02.2006)

<topo>

2 BB prepara venda de ações e pode aumentar a fatia de estrangeiros

O governo pretende fazer, ainda neste ano, uma oferta pública de ações do Banco do Brasil para aumentar o volume de papéis da instituição hoje negociado nas bolsas de valores e, assim, reduzir a subvalorização dessas ações, que analistas estimam em 30%, devido à baixa liqüidez. O governo também estuda ampliar o limite para participação do capital estrangeiro no BB, dos atuais 5,6% para até 21%. Em fato relevante enviado no início da noite à Comissão de Valores Mobiliários, o BB confirmou a intenção de ofertar em bolsa parte das ações hoje em poder do do Fundo de Garantia à Exportação, BNDES e da Previ, o fundo de pensões dos funcionários da instituição, para aumentar, o percentual do capital do banco negociado no mercado de valores. A operação pode envolver até 7,5% do capital, diz o fato relevante. Pela cotação de ontem, a oferta movimentaria R$ 3,6 bilhões. Com a venda, o percentual de ações do BB em circulação no mercado subiria dos atuais 6,8% para até 14,3%.O BB confirmou também que o governo discute ampliar a parcela do capital com venda autorizada a estrangeiros, mas afirmou não haver ainda decisão a respeito. (Valor Econômico - 03.02.2006)

<topo>

3 Azevedo confirma discussão sobre tributação de estrangeiros

O diretor de Política Monetária do BC, Rodrigo Azevedo, fez coro às afirmações do secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, confirmando que existe uma discussão no governo sobre o tratamento tributário diferenciado para o investidor estrangeiro no mercado doméstico. "Questionado se a Receita Federal seria um dos setores do governo que estariam "sensibilizados" a um tratamento tributário diferenciado, Azevedo respondeu apenas que "a Receita é um elo importante deste processo", mas afirmou não ter conhecimento sobre a posição da Receita. "Mais uma vez, quem está liderando essa discussão é o Tesouro", reafirmou o diretor do BC. (O Estado de São Paulo - 03.02.2006)

<topo>

4 Dólar ontem e hoje

O dólar abandonou a baixa e no fim da manhã subia 0,36%, a R$ 2,233 na compra e R$ 2,235 na venda. Ontem, a moeda norte-americana fechou com apreciação de 0,17% frente ao real, cotada a R$ 2,2250 para a compra e R$ 2,2270 para a venda. O giro foi de US$ 1,5 bilhão para operações com liquidação em dois dias. (O Globo Online e Valor Online - 03.02.2006)

<topo>

 

Internacional

1 Julgamento da Enron

O ex-diretor da Enron, Mark Koenig, disse ontem, 2 de fevereiro, durante o julgamento contra Jeffrey Skilling e Kenneth Lay, que os diretores da Enron sabiam dos prejuízos de US$ 689 registrados na unidade comercializadora de energia e que Skilling os teria omitido durante uma conference call com analistas ocorrida em 2001. Koenig disse também que Skilling e Lay presidiram reuniões em que os prejuízos foram discutidos, informou a Bloomberg. (Valor Econômico - 03.02.2006)

<topo>

2 Gazprom anuncia interesse em distribuidora do Reino Unido

O monopólio russo de gás Gazprom anunciou ontem interesse na compra da Centrica, maior distribuidora de gás do Reino Unido. "A questão está sob consideração", segundo a agência russa Interfax, que credita a declaração ao vice-diretor de exportação do Alexander Shkuta. O superior de Shkuta, Alexander Medvedev, disse no início deste mês que a Gazprom gostaria de ter 20% do mercado do Reino Unido, o maior da Europa ocidental. (Jornal do Commercio - 03.02.2006)

<topo>

3 Carteira de energia renovável lança fundo para projetos no Reino Unido

A desenvolvedora de projetos de energia renovável, KP Renewables, anunciou na quarta-feira a contratação da consultora financeira norte-americana Marathon Capital para levantar £ 125 milhões para financiar projetos de energia renovável no Reino Unido. Os recursos serão principalmente levantados nos Estados Unidos, acrescentou a KP Renewables. A empresa, junto com sua principal acionista, a Kwikpower International, informou ter feito um acordo com a Marathon para levantar £ 10 milhões em ações e £ 115 milhões de investidores de "project finance" para desenvolver, construir e adquirir um portfolio de projetos de energia renovável. Embora nenhum projeto tenha sido identificado ainda, um porta-voz da empresa disse que os projetos vão variar de força eólica a de ondas e biomassa. A Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários americana, impôs limites para este tipo de investimento a menos que o investimento seja feito por meio de um veículo para projetos especiais. "Essa é uma forma de os investidores norte-americanos abocanharem uma fatia da torta que de outro modo eles não poderiam alcançar", acrescentou o porta-voz. (Gazeta Mercantil - 03.02.2006)

<topo>

4 Irã pode interromper colaboração com a AIEA

O Irã informou oficialmente à AIEA que vai interromper a colaboração com a agência se esta recorrer ao Conselho. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, lançou novo ataque ao Ocidente: "O objetivo dos inimigos da Revolução Islâmica do Irã é fazer perdermos tempo no assunto do programa nuclear e em jogos políticos relacionados a esse tema. Mas descobrimos suas intenções". Diplomatas disseram que mais de 30 dos 35 membros da AIEA deverão aceitar a proposta da Europa, que seria rejeitada por Venezuela, Cuba e provavelmente Síria. Em carta ao diretor-geral da AIEA, Mohammed ElBaradei, o negociador-chefe do Irã para assuntos nucleares, Ali Larijani, informou que seu país "não terá outra opção" a não ser suspender a colaboração com a agência se o caso for levado ao Conselho. (O Globo - 03.02.2006)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 Rocha, Kátia; Bragança, Gabriel Fiuza de; Camacho, Fernando. "Remuneração de Capital das Distribuidoras de Energia Elétrica: Uma Análise Comparativa". Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. Rio de Janeiro: janeiro de 2006.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás