l IFE:
nº 1.738
- 25
de janeiro
de 2006 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Lula destaca melhoras no setor energético Em ano de
campanha eleitoral, o presidente aproveitou a cerimônia no Palácio do
Planalto para garantir que seu governo está ampliando os investimentos
em infra-estrutura. Segundo o presidente, o País estaria mudando e o investimento
em infra-estrutura, crescendo. Lula destacou não apenas as ferrovias,
mas a provável auto-suficiência em petróleo, que poderá vir em março,
e o aumento dos investimentos em energia. "Do ponto de vista da energia,
eu posso dizer para vocês que se alguém teve medo, em algum momento, de
investir no Brasil por conta da falta de energia, o que foi feito na área
de Minas e Energia nesses três anos é uma marca que deixa adversário com
bronca e que deve deixar o povo feliz", afirmou. Lula ainda profetizou
que, até agora dependente da importação de petróleo, num futuro próximo
o País poderá exportar. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) Na última
reunião da Aneel no ano passado, a agência aprovou uma minuta que, caso
seja transformada em resolução, criará um passivo as grandes empresas
que se transformaram em consumidores livres de energia, após a crise de
abastecimento de eletricidade. A briga gira em torno da cobrança da RTE.
Atualmente isentos da taxa por terem saído do mercado regulado, os consumidores
livres terão que arcar com a cobrança do encargo, inclusive em caráter
retroativo, acertando a conta de tudo o que deixaram de recolher nos últimos
anos. Mas, se tende a prejudicar as indústrias que compram no mercado
livre, a medida da Aneel deverá beneficiar os consumidores residenciais
e mesmo os industriais que continuam fiéis à distribuidora da sua região.
Uma audiência pública agendada para o fim de março definirá o assunto.
As distribuidoras afirmam que a medida é pró-consumidor. (Valor Econômico
- 25.01.2006) 3 Aneel: resolução sobre cobrança da RTE pode parar na justiça De acordo
com a Aneel, mais de 29 distribuidoras que não conseguiriam repor as perdas
do racionamento, no prazo estipulado pela "conta do apagão", vão assegurar
a recomposição do prejuízo, se a resolução for aprovada. Entre as concessionárias
que se enquadram nessa situação estão Eletropaulo, Light, Ampla, Celpe,
CPFL, Elektro, Cemig, Celpe, Coelce, Celesc e Escelsa. Algumas ficarão
com sobra de caixa, revertendo em queda na conta para o consumidor. A
RTE está no 49º mês de cobrança. Os cálculos mais confiáveis estimam que
os consumidores livres deixaram de pagar R$ 860 milhões da conta do apagão.
Alguns agentes do setor trabalham com um número menor, perto de R$ 500
milhões. Para a Aneel, não se trata de cobrança retroativa, mas de uma
dívida a ser resgatada. Os consumidores que já eram livres na época do
racionamento continuarão isentos da cobrança porque assumiram, na ocasião,
um alto risco e foram onerados com a caríssima energia do mercado atacadista.
Mas os que eram cativos e só depois migraram para o mercado livre se beneficiaram
das tarifas reguladas na época e agora não contribuem com a reposição
das perdas, segundo a Aneel. O que deixou de ser pago poderá sofrer correção
pela taxa Selic, segundo a minuta de resolução da Aneel. Uma audiência
pública será realizada no fim de março para definir o assunto, que pode
parar na Justiça. "Não tenho dúvidas de que existem argumentos sólidos
para sustentar uma demanda judicial", diz Mário Menel, presidente da Abiape.
(Valor Econômico - 25.01.2006) 4
Abdib: meta de redução de 25% no prazo para licenciamento ambiental 5 Região Nordeste abriga metade dos beneficiados pelo Luz para Todos Os nove
Estados da Região Nordeste abrigam quase metade dos beneficiados pelo
Programa Luz para Todos até a primeira quinzena de janeiro de 2006. Em
pouco mais de dois anos de vigência, o programa levou eletricidade a 1,14
milhão de pessoas na região, quase 50% do total de atendidos em todo o
país (2,29 milhões). Depois dos nordestinos, a região mais beneficiada
pelo programa foi o Centro-Oeste, onde ficam as residências de 20% (463
mil) das pessoas que receberam energia elétrica. Em terceiro lugar ficou
o Norte, com 13% dos atendidos (290 mil). O Sul e Sudeste, mais urbanizados
e com índices de eletrificação maiores, ficaram com as menores fatias:
9% (205 mil) e 8% (191 mil), respectivamente. As obras do programa em
andamento, que atenderão 610 mil pessoas em todo o país, manterão a tendência
atual do programa: 44% (270 mil) dos futuros beneficiados estão no Nordeste,
25% (151 mil) no Centro-Oeste e 20% (119 mil) no Norte. Sul e Sudeste
ficarão com 6% (35 mil) cada. (Elétrica - 25.01.2005)
6 Apresentação de Carlos Augusto Ramos Kirchner O IFE publica
hoje a apresentação de Carlos Augusto Ramos Kirchner, Diretor Presidente
da TermoRio S.A. e Diretor do Ilumina, na palestra "Setor Elétrico Brasileiro
e o Leilão de Energia", proferida no último dia 17 de janeiro na UFRJ.
No evento, Kirchner defendeu que os leilões de energia se consolidam como
instrumento para buscar a modicidade tarifária. No entanto, segundo ele,
ainda há atraso no processo de contratação de novas energias. Para 2011,
a contratação já deveria ter sido feita no ano passado. Para ver a íntegra
da apresentação clique aqui.
(NUCA-IE-UFRJ - 25.01.2006)
Empresas 1 Credores externos ameaçam pedir default da Light A Light
trava "queda-de-braço" com detentores de bônus da dívida da companhia,
que ameaçam não aprovar a desverticalização concluída dia 13 de janeiro.
Caso não sejam atendidos, esses credores externos ameaçam declarar o "default"
da companhia. São fundos de investimento americanos, em sua maioria, que
detêm US$ 277 milhões em papéis da distribuidora. Sem acordo entre a Light
e os credores, os investidores podem pedir o pagamento antecipado da dívida
- cujo prazo final é 2013 - por descumprimento do contrato que foi renegociado
no ano passado. A negociação da Light com os credores começou em setembro,
quando começou a desverticalização. O último prazo para aceitação da nova
estrutura societária pós-desverticalização pelos credores nos Estados
Unidos foi adiado de 31 de janeiro para 3 de fevereiro. (Valor Econômico
- 25.01.2006) 2 Light fez proposta final aos credores O diretor de relações com investidores da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, disse que a companhia já atendeu a uma série de pedidos dos credores e que agora colocou na mesa o que ele chama de proposta final e irrevogável. "Temos confiança de que até o prazo para obtenção do waiver (consentimento), esses credores vão aprovar nossa proposta", disse Pinto. Ele explicou que os credores vêm alegando desconforto com a nova distribuição das garantias da dívida da Light depois da separação dos ativos. Uma das preocupações é o fato de a dívida ter ficado concentrada na distribuição - vinculado à Light Serviços de Eletricidade S.A. (Light SESA). Os demais ativos foram transferidos para a Light Energia. "Como a geração e transmissão contribuem com 18% da formação do caixa da distribuidora, os credores exigiram garantias adicionais. Entendemos a preocupação e negociamos com a Aneel um instrumento que assegura a transferência desses recursos para recompor o caixa da distribuidora. Com isso a situação do caixa não muda", explicou. (Valor Econômico - 25.01.2006) 3 Enersis reconhece interesse pela Light, mas nega negociações O grupo
chileno de energia Enersis afirmou nesta terça-feira ter interesse pela
distribuidora brasileira Light, além de outros ativos parecidos, mas não
está em negociações para comprar uma fatia na empresa. A Electricité de
France, controladora da Light, planeja desde o ano passado encontrar compradores
para sua participação na empresa. A Enersis, uma unidade da espanhola
Endesa, comunicou que a Endesa Brasil está "avaliando a Light, além de
outros investimentos no Brasil". "No entanto, nem a Enersis nem a sua
unidade Endesa Brasil tem mantido negociações com objetivo de adquirir
a totalidade ou parte da participação da Electricité de France na Light",
afirmou a Enersis em um comunicado. (Elétrica - 24.01.2006) 4
Eletropaulo discute taxa do poste na Justiça 5 Aneel aprova programa de eficiência energética de 10 elétricas A Aneel
aprovou o ciclo 2004/2005 dos programas de eficiência energética de 10
concessionárias do setor. Os projetos terão que ser concluídos até 31
de janeiro de 2007. A exceção é a Escelsa que terá de concluí-los até
15 de novembro deste ano. A AES Eletropaulo investirá o maior montante,
entre os aprovados pela Aneel, R$ 43.916.406,53. As aprovações estão em
despachos publicados nesta terça-feira, 24 de janeiro, no Diário Oficial
da União. A Bovesa investirá R$ 481.811,96 no programa de eficiência energética.
A Aneel também determinou que a empresa transfira 1,3176% da receita operacional
líquida para aplicação no ciclo 2005/2006 do programa. Já a Escelsa aplicará
R$ 5.174.683. A Agência determinou à distribuidora que o saldo equivalente
a 0,0204% da receita operacional líquida seja transferido para o ciclo
2005/2006. Por sua vez, a Celpa investirá R$ 7.903.683,17 no programa.
Outras empresas que tiveram os programas aprovados foram: Companhia Jaguari
de Energia - R$ 540.307,68 -, Companhia Sul Paulista de Energia - R$ 543.726,25
-, Companhia de Força e Luz Mococa - R$ 314.003,10 -, Empresa Elétrica
Bragantina - R$ 764.587,51 -, Companhia Paulista de Energia Elétrica -
R$ R$ 399.842,17 -, e a Hidrelétrica Paracambi - R$ 127.698. A Aneel também
republicou o despacho de aprovação do ciclo 2004/2005 do programa de eficiência
energética da Cemat com retificações. A distribuidora investirá R$ 8.077.1231,64
até 15 de novembro deste ano. (Agência Canal Energia - 24.01.2006) 6 Aneel aprova programas de eficiência energética da Caiuá e da CFLSC A Aneel
aprovou o ciclo 2004/2005 dos programas de eficiência energética das distribuidoras
Caiuá e CFLSC, ambas de São Paulo. A Caiuá investirá R$ 100 mil nos projetos
de eficiência, correspondente a 0,0609% da receita líquida operacional.
O prazo para conclusão dos projetos é até o dia 31 de janeiro de 2007.
Já a CFLSC, do grupo Votorantim, aplicará R$ 783.667,50 no programa, com
prazo de conclusão até o dia 23 de janeiro de 2007. A Aneel determinou
que a Santa Cruz adicione 0,0021% da receita líquida operacional ao percentual
a ser aplicado no ciclo 2005/2006. Segundo a agência, a distribuidora
não aplicará o percentual mínimo previsto no ciclo 2004/2005. As aprovações
estão nos despachos 106 e 110 publicados no Diário Oficial da União da
última segunda-feira, 23 de janeiro. (Canal Energia - 24.01.2006) 7 Pactual eleva recomendação para ações da Coelce O banco
Pactual elevou sua recomendação de underperform para outperform para as
ações da Coelce, o que significa que os papéis deverão ter um desempenho
superior à média do mercado. O banco prevê um potencial de valorização
de aproximadamente 70% para as ações da distribuidora cearense. Os analistas
sugerem aos investidores que aumentem sua exposição nas ações, que junto
com os papéis da AES Tietê, são o dividend play do banco no setor de energia.
Além disso, os analistas também acreditam que, caso a Endesa Brasil decida
emitir ações, os papéis da empresa poderão ganhar maior liquidez e até
uma melhor Governança Corporativa, com chances de inserção no Novo Mercado
da Bovespa. O Pactual acredita que a Coelce poderá implementar, em 2006,
uma política de payout de 95%, como conseqüência de aumento de tarifas,
que será implementado conforme o autorizado pela Aneel. (Elétrica - 24.01.2006)
8 Enersul vai distribuir R$ 40 mi em juros sobre capital próprio A Enersul vai pagar R$ 40 milhões de juros sobre capital próprio, referentes ao exercício de 2005, segundo ata da reunião extraordinária do conselho de administração, realizada em 28 de dezembro, divulgada nesta terça-feira, 24 de janeiro. Terão direito aos dividendos os acionistas na data-base de 30 de dezembro passado. A data do pagamento ainda será fixada pela distribuidora. (Agência Canal Energia - 24.01.2006) São Bernardo já definiu a data do início da cobrança da taxa do poste da Eletropaulo. O secretário de Finanças de São Bernardo, Marcos Cintra, garantiu que a Prefeitura começa a cobrar o tributo em 60 dias, no máximo. Segundo ele, a Secretaria de Obras está concluindo o levantamento do número de postes do município. (Diário do Grande Abc - 25.01.2006) Com a intenção de agilizar as respostas para as demandas dos clientes que sofrem com defeitos na rede elétrica, a Bandeirante Energia decidiu adotar a ferramenta Power On, sistema de gestão de despacho, que auxilia o trabalho do seu Centro de Operação do Sistema. (Canal Energia - 24.01.2006) O presidente da Celg, André Luiz Rocha, vai dar uma entrevista coletiva na quinta-feira, dia 26 de janeiro, para falar sobre os números do ano passado e mostrar quais são os investimentos que serão feitos pela Companhia neste ano. (Elétrica - 24.01.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Volume acumulado é de 71,2% no Sudeste/ Centro-Oeste Os reservatórios
operam com 71,2% de capacidade, com uma queda de 0,12% em comparação à
medição anterior. O nível está 40,5% acima da curva de aversão ao rico.
O reservatório da usina de Guarapiranga está com 73,9% de capacidade,
enquanto o de Camargos registra 33,4%. (Canal Energia - 24.01.2006) 2 Nível de armazenamento está em 72,3% no Sul O nível de armazenamento está em 72,3%, representando uma baixa de 0,2%, em relação ao dia anterior. Machadinho opera com 47,5% de capacidade armazenada. (Canal Energia - 24.01.2006) 3 Volume acumulado nos reservatórios atinge 77% no NE A capacidade
verificada no submercado atinge 77%, o que representa uma elevação de
0,3% em comparação ao dia 22. O nível está 46,1% acima da curva de aversão
ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra 82,4% de volume armazenado.
(Canal Energia - 24.01.2006) 4 Reservatórios tem 72,9% de capacidade armazenada no Norte Os reservatórios
operam com 72,9% de volume armazenado, um aumento de 0,3% em relação ao
dia anterior, dia 22. Tucuruí apresenta 77,4% de nível de armazenamento.
(Canal Energia - 24.01.2006)
Gás e Termoelétricas 1 CCJ pode votar projeto para marco regulatório do setor de gás O projeto de autoria do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) que estabelece o marco regulatório do gás natural (PLS 226/05) poderá ser votado nesta quarta-feira (25/01), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, em forma de substitutivo apresentado pelo próprio autor. A proposição tramita em conjunto com o PLS 100/04 e com o PLS 101/04, ambos do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que tratam do mesmo tema, e será ainda examinada pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços de Infra-Estrutura (CI). (Elétrica - 25.01.2006) 2 Atraso de gasoduto pode impedir produção de gás no ES O atraso
na construção de um gasoduto da Petrobrás pode impedir o aumento da produção
de gás natural no Espírito Santo. O diretor de Exploração e Produção da
estatal, Guilherme Estrella, disse que o gás que seria produzido no campo
de Peroá-Cangoá, a partir de fevereiro, terá de ser reinjetado no poço
para não ser perdido. A construção do gasoduto que liga Vitória ao município
de Cacimbas, foi suspensa no início de dezembro, quando o consórcio Masa/ARG,
vencedor da licitação, alegou dificuldades financeiras para tocar o projeto.
A ligação entre Cacimbas e Vitória é estratégica para o campo de Peroá-Cangoá,
porque permitirá o escoamento da produção inicial prevista, para este
ano, de 2,7 milhões de m3 por dia. Parte deste gás seria consumida pela
região metropolitana de Vitória e o restante poderá ser levado a outros
Estados. A Petrobrás decidiu abrir um novo processo de licitação, o que
ocorrerá nos próximos dias. (O Estado de São Paulo - 26.01.2006) 3 ANP: demanda de gás natural tem tendência crescente De acordo
com dados da ANP, a demanda de gás natural tem apresentado uma tendência
crescente. O Brasil passou de um consumo de 4,2 bilhões de metros cúbicos,em
1990, para 7,7 bilhões de metros cúbicos,em 1999, o que significa um crescimento
anual acumulado de 7%. A agência salienta, em documento do Fórum Canadá-Brasil
de Gás Natural, que a partir da interconexão com a Bolívia, inaugurada
em 1999, o consumo anual brasileiro cresceu 25,1%, chegando a 15,1 bilhões
de metros cúbicos em 2002. A ANP informa que, do total de gás natural
consumido no Brasil, 78% são utilizados pelos estados do Sul e do Sudeste.
São Paulo é o maior consumidor - 33,5%. Em seguida está o Rio de Janeiro,
que representa 24,96% do consumo. (Elétrica - 25.01.2006) 4 ANP: Brasil tem registrado crescimento na produção de gás Os dados
da ANP indicam que o Brasil registrou um crescimento de sua produção nacional:
a taxa anual acumulada entre 1990 e 2002 chegou a 7,8%. Das reservas provadas
de gás natural existentes no país, 48,54% estão no Rio de Janeiro. A Amazônia
possui 20,24%, a Bahia, 9,62%, e o Rio Grande do Norte, 8%.O Espírito
Santo apresenta 6,88% das reservas; Alagoas, 2,47%; Sergipe, 1,98%,; e
o Ceará, 0,62%. São Paulo - o maior consumidor nacional de gás natural
- possui 1,64% das reservas nacionais do produto. (Elétrica - 25.01.2006)
5 Abegás: volume de gás comercializado tem aumento de 10% De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), o volume médio em 2005 alcançou 40,9 milhões de metros cúbicos por dia, o que representou um aumento de 10% no comparativo ao ano anterior quando o volume não passou de 37,1 milhões de metros cúbicos diários. Na soma de todos os segmentos, o volume médio comercializado em dezembro registrou média de 44,9 milhões de metros cúbicos/dia, 17,5% acima do verificado em dezembro no ano anterior, que não passou dos 38,2 milhões de metros cúbicos/dia. Em comparação a novembro de 2005, no entanto, houve queda de 1,24%. Esses indicadores do volume comercializado no ano passado comprovam, segundo a Abegás, que a instabilidade política na Bolívia e a revisão dos planos da Petrobras não abalaram a vocação de crescimento do setor, embora já seja observada uma tendência de crescimento a menores taxas, o que, segundo as distribuidoras, é um movimento natural. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) 6 Mercado automotivo registra aumento de 22,8% no volume de gás natural O mercado automotivo foi o que apresentou maior crescimento no volume de gás comercializado em 2005. Em relação a 2004, o volume comercializado teve média de 5,3 milhões de metros cúbicos/dia, 22,8% acima dos 4,3 milhões de metros cúbicos/dia verificados em 2004. Em seguida, o mercado comercial apresentou crescimento de 14,5% em relação ao total comercializado em 2004 neste segmento. O maior mercado consumidor de gás, o industrial, registrou uma média diária de 24,8 milhões de metros cúbicos comercializados, 8,51% a mais do que os 22,8 milhões de metros cúbicos verificados no ano anterior. O crescimento mais tímido aconteceu no mercado residencial, que teve uma média de 608,4 mil metros cúbicos diários, 2,38% acima dos 594,2 mil metros cúbicos/dia no ano anterior. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) 7 Volume de gás comercializado pelo setor industrial registra queda O setor industrial, assim como em outubro, apresentou em dezembro queda em volume de gás comercializado. Na comparação com o mês anterior, houve retração de 3,64%, ficando em 25 mil metros cúbicos diários. Segundo a Abegás, essa queda aconteceu em função dos feriados de fim de ano, período em que muitas empresas entram em recesso. Em relação a dezembro de 2004, porém, houve crescimento de 7,54%. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) 8 Abegás: número de clientes já se encontra acima de 1,2 milhões Segundo a Abegás, o número de extensão de redes ultrapassou, ao final de 2005, os 13 mil km de extensão. Já o número de clientes já encontra-se acima de 1,2 milhão em todo o Brasil, abrangendo todos os segmentos de consumo. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) 9 Gaspetro negocia comprar da Gas Brasiliano Nas negociações da Gaspetro com o governo paulista, surgiu uma nova brecha para a estatal comprar a Gas Brasiliano. A proposta envolve a criação de uma golden share. Através deste instrumento, o governo do estado poderá impedir que a Gaspetro se torne acionista majoritária da concessionária. (Relatório Reservado - 25.01.2006)
Grandes Consumidores 1 Aprovada a proposta de incorporação da Caemi pela Vale A proposta
da Companhia Vale do Rio Doce de incorporar as ações da Caemi Mineração
e Metalurgia foi aprovada hoje pela sua controladora, a ValePar. Resta
apenas a ratificação da proposta pelo Conselho de Administração da CVRD
depois de amanhã. A operação consiste na troca de mais de 1,5 bilhão de
ações preferenciais das ações da Caemi por novas ações preferenciais que
serão emitidas pela Vale do Rio Doce. A Vale é proprietária de 100% das
ações ordinárias e 40,06% das ações preferenciais da Caemi, o que corresponde
a 60,23% de seu capital total. Com a incorporação das ações, a companhia
passará a deter a totalidade das ações de emissão da Caemi. Segundo a
Vale do Rio Doce, por meio de Comunicado enviado à Bolsa de Valores hoje,
a incorporação resultará em benefícios para os acionistas de ambas as
companhias, por força da redução de custos derivada da simplificação da
estrutura organizacional. Após o anúncio da incorporação, os papéis preferenciais
da Vale subiram 2,53% e as ações da Caemi avançaram 1,30%. (Investnews
e Jornal do Brasil - 24.01.2006) 2 Vale investe R$ 700 mi em estrada de ferro O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung,
e o diretor-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, participaram
ontem da assinatura da Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) que autoriza a construção de uma nova linha ferroviária no Espírito
Santo. O investimento estimado em R$ 700 milhões será realizado pela Companhia
Vale do Rio Doce, controladora da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), e pelo
governo do Estado do Espírito Santo. As obras devem ser iniciadas após
aprovação das licenças ambientais e do projeto pela ANTT e devem gerar
mil empregos. A construção da ferrovia, denominada Variante Litorânea
Sul da Ferrovia Centro-Atlântica, terá 165 quilômetros e ligará os municípios
de Cariacica e Cachoeiro do Itapemirim. O novo trecho vai atender, principalmente,
ao transporte de produtos siderúrgicos, celulose, rochas ornamentais e
cimento. (Jornal do Commercio - 25.01.2006) 3 Vipal cresce 30% e planeja investimentos Quando o
grupo Vipal adquiriu a Medabil Tessenderlo, em setembro de 2004, a empresa
caminhava para o quarto ano consecutivo de prejuízo. Após o primeiro exercício
completo sob novo comando, entretanto, o quadro mudou. O faturamento de
2005 cresceu 30% em relação a 2004, chegando a R$ 95 milhões, e a companhia,
desde então denominada Plásticos Vipal, já fechou o ano alcançando um
pequeno lucro. Conseguindo o equilíbrio financeiro em 2005, a empresa
traça as metas para 2006: dobrar a capacidade instalada de fábrica de
Santo Agostinho (PE) e instalar um Centro de Distribuição (CD) em São
Paulo. Para 2006, a Plásticos Vipal espera um crescimento de 20% no volume
global de vendas. Para suprir esta demanda, a empresa irá realizar adequações
nas duas fábricas para que os equipamentos possam suportar um crescimento
de 20% no número de horas trabalhadas. (Gazeta Mercantil - 26.01.2006)
4 Alcoa inicia obras de expansão em PE A Alcoa
iniciou ontem as obras para a expansão da sua produção de laminados (chapas
e folhas de alumínio), na unidade localizada em Itapissuma (PE). O anúncio
oficial contou com a presença do governador Jarbas Vasconcelos e do presidente
da Alcoa América Latina, Franklin Feder. A mineradora vai investir US$
30 milhões para ampliar em 30% sua produção, para 43 mil toneladas por
ano. O início das operações está previsto para julho de 2007. (Gazeta
Mercantil - 26.01.2006)
Economia Brasileira 1 Renda média cai mesmo com reajustes O economista Fábio Giambiagi, do Ipea, considera o aumento do salário mínimo parte de uma política essencialmente errada. Segundo ele, o Brasil é o único país a conceder aumentos reais para os aposentados. Com isso, enquanto os beneficiários do INSS vão ter um aumento do poder aquisitivo do salário mínimo de 90% entre 1994 e 2006, a renda média brasileira é inferior à observada na época da implantação do Plano Real. "Essa indexação dos benefícios além da inflação provoca uma pressão sistemática nos gastos governamentais sem atacar os principais problemas do País", afirma Giambiagi. O economista da LCA Consultores, Fábio Romão, diz que as projeções da consultoria consideravam reajuste para R$ 340 e o aumento superior em R$ 10 não muda as estimativas para o PIB e a inflação este ano. Ele estima que a renda média do trabalho, que exclui benefícios previdenciários, diminuirá o ritmo de crescimento em 2006. O aumento de 2,1% na renda média de 2005 deve desacelerar para 1,6% este ano, em razão da redução do ritmo de queda da inflação e do aumento da participação relativa dos setores de serviços e construção civil no mercado de trabalho. (Gazeta Mercantil - 25.01.2006) 2 Argentina e Brasil não chegam a acordo sobre salvaguardas Depois de uma exaustiva reunião, os negociadores argentinos e brasileiros não conseguiram chegar a um entendimento sobre a Cláusula de Adaptação Competitiva, e voltarão a reunir-se nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Ambos países estão com "severas dificuldades" de chegar a um entendimento para permitir a adoção automática de salvaguardas no comércio bilateral. Sem avanços nas discussões, conforme indicou uma fonte do governo argentino, dificilmente o texto estará pronto para que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner possam assinar no dia 31 de janeiro, conforme promessa do presidente brasileiro. Os negociadores argentinos dizem que o Brasil "está dificultando o entendimento por defender as posições da CNI", expressadas na última segunda-feira, através de um comunicado oficial, no qual criticava duramente a adoção de salvaguardas no comércio bilateral. O principal ponto que marca as diferenças entre os dois sócios diz respeito ao processo que determinará quando as exportações de um país para outro prejudicam a indústria deste. A Argentina aceita a proposta do Brasil de formar uma comissão ou um chamado Tribunal de Notáveis para acompanhar o processo que se iniciaria depois da denúncia, mas rejeita a idéia de que esse tribunal possa investigar os números apresentados pelo país denunciante. Em realidade, o que a Argentina não quer é que esse tribunal tenha o poder de contestar os números apresentados para justificar a denúncia de dano contra determinado setor da indústria. (O Estado de São Paulo - 25.01.2006) 3
Volatilidade cambial assusta analistas O dólar
comercial fechou a primeira etapa do dia em queda. Às 13h05m, a moeda
americana apresentava ligeira redução de 0,04%, a R$ 2,241 na compra e
R$ 2,243 na venda. Na máxima, o dólar chegou a ser vendido por R$ 2,243
e na mínima, por R$ 2,236. Ontem, o dólar comercial terminou com queda
de 0,62%, a R$ 2,2420 na compra e R$ 2,2440 na venda, no menor valor desde
8 de dezembro de 2005. (O Globo Online e Valor Online - 25.01.2006)
Internacional 1 Ministro boliviano: haverá necessariamente uma nova norma Em entrevista
ao jornal boliviano El Deber, o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia,
Andrés Soliz Rada disse acreditar que não haverá um consenso com as empresas
petrolíferas, como Petrobrás e Repsol, sobre as mudanças na Lei dos Hidrocarbonetos.
"Haverá necessariamente uma nova norma. A lei atual é uma camisa de força
que não nos deixa desenvolver políticas. Vamos propor reformas a artigos
pontuais, que nos permitam atuar com mais força como governo", disse o
ministro. (O Estado de São Paulo - 26.01.2006) 2 China e Arábia Saudita assinam cinco acordos de cooperação A visita
do rei Abdullah, da Arábia Saudita, à China foi encerrada com a assinatura
de cinco acordos de cooperação energética e econômica. Segundo informou
a imprensa estatal chinesa, a assinatura dos acordos aconteceu durante
o encontro de segunda-feira à noite entre o presidente da China, e o rei
saudita. "A China é um dos mercados mais importantes para o petróleo e
o petróleo saudita é uma das mais importantes fontes de energia para a
China", disse o ministro de Assuntos Exteriores saudita, príncipe Saud
Al Faisal. Explicou que o acordo energético estabelecerá o marco para
os investimentos neste setor, embora cada projeto concreto deverá ser
assinado entre as companhias petrolíferas de ambos os países. A Arábia
Saudita, cujas provisões representam na atualidade 14% das importações
de petróleo chinesas, pretende reforçar sua colaboração com Pequim em
todos os campos. Os acordos se somam aos que já estão em funcionamento,
como as explorações, por parte da petrolífera chinesa Sinopec, no deserto
saudita ou a construção de uma refinaria entre petrolíferas de ambos os
países na província chinesa de Fujian. (Gazeta Mercantil - 26.01.2006)
3 Italianos devem ter que racionar energia Milhões de italianos serão solicitados a reduzir a temperatura dos termostatos de seus aquecedores e a tomar duchas - em vez de banhos de banheira - após o pior inverno registrado na Rússia nos últimos 50 anos ter gerado uma escassez de gás natural na Itália, o terceiro maior mercado consumidor desse combustível da Europa. O gabinete do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi estuda medidas de emergência que devem obrigar escritórios e residências a reduzir as temperaturas de seus sistemas de aquecimento central. O governo também está pedindo aos italianos que tampem suas panelas enquanto cozinham para preservar o calor, e que não deixem os aparelhos de TV em modo "stand by". Uma frente fria proveniente da Sibéria atingiu o oeste do continente há uma semana e as temperaturas despencaram em toda a Europa. À medida que as temperaturas caíam, a Eni, a maior importadora de gás natural da Itália, recebeu menos gás do que havia encomendado da Gazprom, a exportadora de gás da Rússia. A Gazprom culpou a Ucrânia, por onde grande parte de seu gás é transportado para abastecer a Europa. (Gazeta Mercantil - 26.01.2006) 4
Lixo radioativo se apresenta como problema para o Reino Unido 5 Grupo de inspetores da AIEA viaja ao Irã almejando cooperação Um grupo
de inspetores da AIEA vai viajar ao Irã para dar ao país uma última oportunidade
de cooperar antes da reunião crucial sobre o programa nuclear iraniano
em fevereiro. A delegação será integrada por seis inspetores, encabeçados
pelo vice-diretor geral da AIEA, Ollie Heinonen. Ele quer visitar um ex-local
militar em Teerã, investigar sobre possíveis laços do Irã no mercado negro
internacional de produtos nucleares e saber se a República Islâmica está
realizando algum tipo de atividade destinada a fabricar a bomba atômica.
Os Estados Unidos e os países europeus acusam o Irã de querer possuir
armas atômicas, encobrindo o objetivo com sua reivindicação de poder contar
com um programa nuclear civil. (Diário do Grande ABC - 24.01.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Kirchner, Carlos Augusto Ramos. "Setor Elétrico Brasileiro e o Leilão de Energia". Rio de Janeiro: 17 de janeiro de 2006 Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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