l IFE:
nº 1.731
- 13
de janeiro
de 2006 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Adin contra lei que proíbe cobrança de tarifa básica tem parecer favorável O Ministério
Público da União proferiu um parecer favorável em uma ação direta de inconstitucionalidade
(Adin) movida contra uma lei aprovada pelo Distrito Federal em setembro
de 2004 que proíbe a cobrança de assinatura básica de telefonia e das
tarifas mínimas de energia, gás e TV a cabo. O entendimento é o de que
a competência para legislar sobre esses serviços é da União. O parecer
entendeu, no entanto, que a proibição da tarifa mínima para o fornecimento
de água é possível, já que sua regulação é municipal. O parecer do procurador-geral
da República, Antônio Fernando Souza, foi pela procedência parcial do
pedido, declarando a inconstitucionalidade apenas das expressões luz,
gás, TV a cabo e telefonia da legislação. (Valor Econômico - 13.01.2006)
2 Aneel: energia ficará R$ 190 mi mais cara entre 2008 e 2010 A energia
ficará R$ 190 milhões mais cara para o país, entre 2008 e 2010, por causa
da decisão da Justiça de excluir duas usinas hidrelétricas do leilão de
novos empreendimentos energéticos ocorrido no último dia 16 de dezembro.
O cálculo, divulgado ontem pelo diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman,
levou em consideração o valor mais caro da energia contratada para substituir
a carga prevista originalmente para as hidrelétricas. Gerada a partir
de usinas a gás natural, óleo combustível e diesel e bagaço de cana, a
energia térmica terá um peso maior tanto para os consumidores industriais,
quanto os comerciais e residenciais. Pelos cálculos de Kelman, só a troca
da energia de Mauá por térmicas agregará um custo adicional de R$ 108
milhões ao sistema. Já a de Dardanelos resultará em acréscimo de R$ 82
milhões aos consumidores. (Jornal do Brasil - 13.01.2006) 3 Encargos aumentam superávit primário e não chegam à Aneel O governo
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou consideravelmente o uso
de encargos cobrados nas contas de luz para engordar o superávit primário.
Por lei, os recursos levantados com a taxa de fiscalização cobrada dos
consumidores deveriam integralmente financiar as atividades da Aneel de
fiscalização. No ano passado, o valor retido para objetivos fiscais chegou
a 53,6% dos R$ 270,8 milhões levantados pelo encargo, que incide nas contas
de luz. Ou seja, a Aneel ficou com apenas 46,4% dos recursos provenientes
de uma taxa criada justamente para financiar as suas atividades. O diretor-geral
da agência, Jerson Kelman, disse que a escassez de recursos tem prejudicado
as ações do órgão regulador. Para o diretor da Aneel, um dos problemas
que precisam ser corrigidos é a liberação a conta-gotas de verbas para
a agência reguladora. Ele ressaltou que o descontingenciamento de recursos
no fim de cada ano dificulta o planejamento do órgão e algumas vezes até
impede a execução dos gastos. (Valor Econômico - 13.01.2006) 4
Aneel espera que Senado aprove indicações para diretoria a abril 5 Nomes para Aneel têm perfil técnico O governo
já trabalha com os novos nomes para indicar para a diretoria da Aneel
e deverá manter o perfil técnico das últimas indicações. São eles Romeu
Rufino, atual superintendente de Fiscalização Econômico-financeira da
agência, e Ivan Camargo, que já trabalhou no órgão como assessor da direção
e hoje é professor da Universidade de Brasília (UnB). Os nomes serão encaminhados
à Casa Civil para aprovação do Palácio do Planalto e, depois, passarão
pelo crivo do Senado. O ex-diretor Isaac Averbuch, cujo mandato terminou
esta semana, pode ser reconduzido, mas as chances são remotas. Essas indicações
são ainda reflexo da atuação da então ministra de Minas e Energia Dilma
Rousseff - hoje à frente da Casa Civil - de tentar despolitizar ao máximo
as indicações para as agências reguladoras do setor. Foi dela a indicação,
há um ano, do atual diretor-presidente da Aneel, Jerson Kelman. Desde
a sua implementação, a diretoria da Aneel contava com nomes técnicos,
porém ligados ao PFL e ao PSDB. (O Globo - 13.01.2006)
6 Aneel estabelece novas metas de DEC e FEC para sete distribuidoras A Aneel
estabeleceu as novas metas anuais que sete distribuidoras devem cumprir,
desde o último dia 1 º, para os indicadores de continuidade que medem
a DEC e a FEC de interrupções no fornecimento de energia elétrica ocorridas
nos conjuntos de unidades consumidoras atendidos pelas concessionárias.
Os novos patamares representam sinais de melhoria dos serviços prestados
pelas empresas em suas unidades consumidoras. Além da revisão das metas
para as sete distribuidoras, foram restabelecidos os índices DEC e FEC
para 15 das 16 concessionárias com revisão tarifária em 2005. Falta apenas
a Cemar, que deverá ter indicadores revistos ainda este mês. Até o próximo
31 de março, as distribuidoras deverão informar, na conta de energia de
todos os consumidores ou em carta anexa à fatura, os novos valores de
DEC e FEC a serem observados. (Aneel - 12.01.2006) 7 Aneel: compensação Financeira beneficia 598 municípios Recursos da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) favoreceram 598 municípios brasileiros com R$ 401,45 milhões em 2005. Comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 28,74% com a distribuição de R$ 311,83 milhões a 583 prefeituras. Além da Compensação Financeira, com o repasse de royalties pagos pela usina Itaipu Binacional, 341 prefeituras receberam R$ 195,06 milhões de janeiro a dezembro do ano passado, igual montante destinado a seis estados. (Aneel - 12.01.2006) 8
Corumbá IV entra em operação comercial em fevereiro 9 Paraná: uso de recursos hídricos para geração de energia é contestado A política
do estado do Paraná da utilização dos recursos hídricos para geração de
energia é contestada por ambientalistas. O governador é acusado de ignorar
a lei ao conceder licença para a construção de usinas hidrelétricas sem
levar em conta o impacto - como por exemplo, em Salto Mauá, entre os municípios
de Ortigueira e Telêmaco Borba. De acordo com o ambientalista e biológo,
Tom Grando, da Liga Ambiental, a prática política do governo é incoerente
com o discurso. A juíza da 1.ª Vara Federal de Londrina, Soraia Tullio,
concedeu a liminar após analisar o impacto ambiental e social que causaria
aos índios caingangues, da aldeia Mococa. Segundo o secretário estadual
de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, a reclamação é infundada. "A política
do estado é louvável e tem todas as preocupações ambientais, econômicas
e sociais." Cheida argumenta que o governo Lula pediu ao estado do Paraná
a construção de 15 hidrelétricas. "O governador descartou de início 12
delas. Admitiu construir apenas três: no Rio Chopin, no Rio Iguaçu e a
no Tibagi. A hidrelétrica no Tibagi sou contra", explica. (Eletrosul -
12.01.2006) 10
Ceará lança edital de construção de usina de energia das ondas A Celtins está autorizada, por meio da Resolução Autorizativa n° 392/05, a alterar a transferência da totalidade das suas participações societárias mantidas nas empresas Socibe Energia S/A, Isamu Ikeda Energia S/A, Alvorada Energia S/A, Celtins Energética S/A, Ipueiras Energética S/A e Rede Lajeado de Energia S/A para a empresa Caruá - Una Energia S/A. (Aneel - 12.01.2006)
Empresas 1 Governo paulista estuda adiar o processo de privatização da Cteep O governo
do Estado de São Paulo deverá adiar o leilão de privatização da Cteep,
marcado para o dia 8 de fevereiro. O principal problema é a definição
do preço mínimo de venda, que ainda não pôde ser calculado pelos consórcios
responsáveis. O primeiro consórcio é liderado pelo banco Máxima e realiza
a avaliação econômico-financeira da companhia. Já o consórcio Citigroup/Rio
Bravo vai definir a modelagem de venda e oferta das ações de controle
da estatal. Para ser calculado, o valor mínimo depende da revisão tarifária
que será concedida à Cteep. A Aneel se comprometeu a calcular o índice
de revisão da Cteep até o dia 15 de fevereiro. De acordo com as regras,
o edital tem que ser publicado pelo menos 15 dias antes do leilão. Um
outro ponto, também relevante, é que o contrato atual de concessão vence
em 2015. E o governo paulista pretende leiloar uma concessão que terá
duração de 30 anos. Uma das opções é renovar agora o atual contrato, ou
propor a renovação automática em 2015, por mais 21 anos. (Valor Econômico
- 13.01.2006) 2 AES Sul investe R$ 75 mi em 2006 A AES Sul, distribuidora gaúcha de energia, anunciou ontem que vai realizar investimentos de R$ 75 milhões neste ano, com recursos próprios. O volume é 15% maior do que os R$ 65 milhões investidos no ano passado e é o mais alto desde 2004, quando foram investidos R$ 50 milhões. Do total, as maiores quantias estão divididas em três segmentos principais: melhoria nos serviços de atendimento ao cliente, que receberá R$ 32 milhões; R$ 23 milhões serão investidos na qualidade dos serviços; e R$ 16 milhões irão para a transmissão. De acordo com o diretor-geral da AES Sul, Charles Lenzi, os investimentos são necessários para garantir a ligação de novos clientes e um crescimento de demanda que pode acontecer no ano, sem que haja problemas no sistema. Em 2005, a empresa sofreu com a retração da economia gaúcha. A seca reduziu o consumo no segmento de agronegócio e o câmbio interferiu em importantes pólos exportadores atendidos pela AES Sul, como o calçadista. (Valor Econômico - 13.01.2006) 3 Controlador da Cemig e SEB fecham acordo O governo
de Minas Gerais e o consórcio Southern Electric Brasil (SEB) enfim selaram
o acordo da dívida de R$ 3,1 bilhões que Estado possui junto à estatal
de energia, a Cemig. O débito é referente à Conta de Resultados a Compensar
(CRC), mecanismo utilizado no passado para controlar as tarifas. O quarto
aditivo ao contrato e o novo estatuto da Cemig foram aprovados ontem pelo
conselho de administração da companhia, em nova assembléia extraordinária.
O Estado ficará sem receber dividendos da Cemig até o ano de 2035. Esses
recursos serão retidos pela estatal como forma de pagamento da dívida.
Pela proposta, o Estado pagará à Cemig 61 parcelas semestrais, com vencimento
em 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. O valor de cada parcela será
corrigido pelo IGP-DI a partir de 1º de janeiro de 2005, até a data do
seu efetivo pagamento. O acordo pavimenta também o caminho para a constituição
de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC. Os recursos
desse fundo serão distribuídos na forma de dividendos extraordinários
em montante de R$ 897 milhões, dos quais o Estado de Minas Gerais receberá
22%. (Valor Econômico - 13.01.2006) 4
Conselho da Copel destitui membro 5 AES Sul foca na renegociação de dívidas com prefeituras A AES Sul
pretende neste ano focar a estratégia em renegociação de dívidas com prefeituras.
De acordo com o executivo, 12 municípios negociaram seus débitos no ano
passado, que juntos somavam R$ 9 milhões. Agora, a distribuidora gaúcha
quer recuperar outras 32 prefeituras, que juntas devem R$ 100 milhões.
(Valor Econômico - 13.01.2006) 6 Neoenergia aprova distribuição de R$ 42 mi de juros sobre capital A Neoenergia
aprovou a distribuição de R$ 42 milhões de juros sobre capital próprio
referentes ao exercício social de 2005. O montante corresponde a R$ 0,007178706
por ação ordinária, antes da dedução do imposto de renda. Os dividendos
serão pagos até o dia 30 de junho, segundo ata da reunião do conselho
de administração ocorrida no dia 30 de dezembro e divulgada nesta quinta-feira,
12 de janeiro. (Agência Canal Energia - 12.01.2006) No pregão
do dia 12-01-2006, o IBOVESPA fechou a 35.779,30 pontos, representando
uma baixa de 0,48% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,27 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,05%, fechando a 10.502,81 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 41,15 ON e R$ 42,02 PNB,
baixa de 1,11% e 2,28%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 13-01-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 41,15 as ações ON, estável em relação ao dia anterior
e R$ 42,02 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop
- 13.01.2006) A Aneel aprovou o ciclo 2004/2005 do programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Cocel, do Paraná. A empresa investirá R$ 69.342,00 para cumprir as metas físicas do programa até 31 de janeiro de 2007. (Agência Canal Energia - 12.01.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios estão com 71,8% no Sudeste/Centro-Oeste O nível
de armazenamento está em 71,8% nos reservatório do submercado Sudeste/Centro-Oeste,
com alta de 0,2% em comparação à medição anterior. O nível está 43% acima
da curva de aversão ao risco. As usinas de Miranda e São Simão operam
com 89% e 55,9% do volume, respectivamente. (Agência Canal Energia - 12.01.2006)
2 Nível de armazenamento está em 76,7% no Sul Os reservatórios estão com 76,7% da capacidade no submercado Sul, com queda de 0,5% comparado com o dia anterior. Passo Real está com 88,4% do nível de armazenamento. (Agência Canal Energia - 12.01.2006) 3 Reservatórios estão com 73,1% no NE O volume
armazenado está em 73,1% nos reservatórios da região Nordeste, com elevação
de 0,4% em comparação ao dia anterior. O nível está 46,8% acima da curva
de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho está com 76,1% da capacidade.
(Agência Canal Energia - 12.01.2006) 4 Volume armazenado está em 59,7% no Norte Os reservatórios
estão com 59,7% da capacidade de armazenamento na região Norte, com alta
de 1,4% em relação à quarta-feira, 11. A hidrelétrica de Tucuruí opera
com 59,6% do nível de armazenamento. (Agência Canal Energia - 12.01.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Presidente eleito da Bolívia se reúne com Presidente Lula Os novos contratos de exploração de gás sob a lei de hidrocarbonetos e a situação das duas refinarias controladas pela Petrobras deverão estar no centro das conversas que o presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, terá nesta sexta-feira, em Brasília. Morales será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também agendou um encontro com a diretoria da Petrobras para discutir a situação da estatal brasileira na Bolívia. Uma das maiores preocupações do governo brasileiro é com uma transição "negociada" dos contratos de exploração de gás para os novos termos definidos pela lei de hidrocarbonetos. Estará igualmente na pauta de discussões a eventual entrada da estatal boliviana YPFB na gestão das duas refinarias controladas pela Petrobras, responsável pelo refino de 98% do petróleo do país. Compradas por US$ 102 milhões nos anos 90, as refinarias hoje valem cerca de US$ 200 milhões, segundo estimativas de mercado. (Valor Econômico - 13.01.2006) 2 Aneel libera oitava unidade geradora da TermoRio para operação A TermoRio
passa a contar com mais uma unidade geradora a partir da zero hora desta
sexta-feira, 13 de janeiro. A Aneel liberou a operação comercial da oitava
unidade geradora de 123,25 MW de potência da térmica, localizada em Duque
de Caxias, no Rio de Janeiro. O despacho n° 51 foi publicado no Diário
Oficial da União desta quinta-feira, 12. A Aneel programou para o dia
12 de outubro deste ano a entrada em operação da térmelétrica de Tambaqui,
localizada em Manaus. A usina conta com cinco motogeradores, sendo um
de 7,68 MW e quatro de 18,9 MW. A térmica pertence a Breitener Energética.
A liberação da operação comercial consta do despacho n° 52 publicado no
Diário Oficial. (Agência Canal Energia - 12.01.2006) 3 RS explora suinocultura para gerar biogás A transformação
de dejetos da suinocultura em biogás está começando a ser explorada no
Rio Grande do Sul. A secretaria estadual de Minas, Energia e Comunicações
está tocando um projeto para gerar o combustível a partir do metano. Estão
envolvidos 191 mil suínos de criadores de cinco municípios do estado.
Além de gerar energia, o objetivo é instalar um sistema integrado de tratamento
dos dejetos e uso do gás para transporte e reposição dos nutrientes no
solo. Segundo projeções da secretaria, O Programa Suinogás tem o potencial
de gerar 138.548 MW por ano de energia, a partir de 53,5 mil m³/dia de
biogás. O maior projeto é o da região de Grande Cerro Lago, que envolve
70 suinocultores, com investimentos previstos de R$ 12 milhões. A geração
de biogás é estimado em 20 mil m³/dia. O plano de negócios será apresentado
a um banco de investimentos alemão e ao Banco Regional de Desenvolvimento
do Extremo Sul, de acordo com a Semc. O governo gaúcho também pretende
captar até R$ 15,5 milhões com a comercialização de créditos de carbono
para o projeto. (Agência Canal Energia - 12.01.2006) 4 Aneel: energia térmica cara reforça argumentos pró-Angra 3 A usina
nuclear Angra 3 é economicamente competitiva: o custo da energia que produziria
é semelhante ao preço do insumo saído das termelétricas, considerando
o valor no último leilão, em dezembro. Além disso, a unidade estará perto
dos grandes consumidores brasileiros, o que lhe confere caráter estratégico
no abastecimento. A avaliação é do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman,
que implicitamente defendeu a obra. Ele comparou a estimativa de custo
da energia feita pelos defensores de Angra 3 - R$ 140 o mWh) - com o preço
na última licitação, que chegou a R$ 139 o mWh. Kelman deixou claro que
sua análise não leva em conta os valores já desembolsados na compra e
conservação dos equipamentos da usina, que serão perdidos se não houver
a construção. (O Globo - 13.01.2006)
Grandes Consumidores 1 Aracruz apresenta lucro recorde de R$ 1,167 bi A Aracruz
Papel e Celulose abriu ontem a temporada de balanços de 2005 com o anúncio
de lucro líquido recorde de R$ 1,167 bilhão, expansão de 9,30% ante 2004.
Favorecidas pela demanda mundial, as vendas de celulose aumentaram 11,16%
nos últimos três meses do ano, alcançando 777 mil toneladas e batendo
recorde da empresa. A produção acompanhou o movimento e foi recorde, com
759 mil toneladas, 16,06% a mais que no quarto trimestre de 2004. As vendas
de celulose cresceram 6,33% na mesma base de comparação, chegando a 2,605
milhões de toneladas. "O ano de 2005 foi muito bom para Aracruz. Atingimos
lucro líquido recorde a despeito da variação do dólar. Aliado a isso,
o preço em dólar subiu em média 10%, alcançamos recorde de vendas com
2,6 milhões de toneladas e inauguramos a Veracel. Ainda mais importante
foi o reconhecimento do mercado, com o investment grade em moeda estrangeira,
a entrada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, do qual só três empresas
brasileiras fazem parte, e o ingresso na carteira do Índice de Sustentabilidade
Empresarial da Bovespa", disse o diretor financeiro da companhia, Isac
Zagury. (Jornal do Commercio - 13.01.2006) 2 Aracruz estuda projeto de nova unidade O projeto
de nova unidade continua em estudo pela Aracruz, segundo o diretor financeiro
da companhia, Isac Zagury, mas ele não revelou se a decisão do Conselho
de Administração será tomada neste ano. Está definido, no entanto, que
o projeto será em parceria com a sueco-finlandesa Stora Enso - como a
Veracel - e será em região onde a empresa já mantém operações (Região
Sul, Espírito Santo ou Bahia). Também está em análise a duplicação da
capacidade de produção da Veracel. Ambos os projetos levariam cerca de
seis anos para entrar em operação a partir do momento de sua definição,
já que é necessário formar a base florestal para o fornecimento do eucalipto.
(Jornal do Commercio - 13.11.2006) 3 Aracruz aprova política de proteção cambial Prejudicada
pela valorização do real, a Aracruz, a fabricante de celulose cujos lucros
caíram 58% no quarto trimestre de 2005, aprovou uma nova política financeira
para tentar minimizar os efeitos do câmbio em seu balanço financeiro.
A empresa mudou sua postura ao adotar uma política de gestão de risco
com operações com derivativos. "Não controlamos o câmbio, uma das variáveis
que mais nos atinge", afirmou o diretor financeiro da Aracruz Celulose,
Isac Zagury. "Por isso, tomamos a iniciativa de fazer uma política própria
de gestão de risco uma vez que o BC é hoje o grande incentivador das oscilações
do câmbio", disse o executivo.A Aracruz tem os custos atrelados ao real,
mas suas receitas são basicamente em dólar por conta das exportações.
O câmbio tem sido apontado por analistas como o principal entrave para
a melhora nas ações da companhia. O diretor financeiro afirmou que o sistema
de proteção cambial, aprovado pelo conselho da Aracruz na metade do ano
passado, permitirá ganhos maiores ao longo de 2006. (Valor Econômico -
13.01.2006) 4 Merrill Lynch: incertezas diminuem potencial de Braskem A americana
Merrill Lynch, uma das maiores corretoras do mundo, começou a acompanhar
os papéis da empresa Braskem com uma recomendação "neutra", em virtude
das incertezas com relação ao ciclo dos produtos petroquímicos. O processo
de consolidação do segmento petroquímico brasileiro deve permitir que
a Braskem se torne líder no setor, crescendo em negócios via aquisições
e associações, além do crescimento orgânico. Uma esperada aliança com
a Petrobras pode permitir à empresa assumir a liderança no Pólo Petroquímico
do Sul, reforçando sua posição de principal empresa no Pólo Petroquímico
do Nordeste. Com relação aos resultados, a corretora espera que os lucros
da Braskem voltem a crescer neste ano e no próximo, depois de um terceiro
trimestre fraco em 2005. A corretora destaca que, apesar da recomendação
neutra, ela está otimista com a Braskem, levando em conta a expectativa
de crescimento da economia brasileira, que deve favorecer a recuperação
de preços e melhora dos lucros neste ano. A principal preocupação é com
relação aos preços futuros. (Valor Econômico - 13.01.2006) 5 Crescimento chinês é argumento para a CVRD A Companhia
Vale do Rio Doce ganhou um poderoso argumento para negociar um generoso
reajuste dos preços do minério de ferro. A demanda pela commodity permanece
altíssima, com o ritmo ainda acelerado de crescimento da economia chinesa.
Com isso, as cotações no mercado spot (à vista) seguem testando os recordes
históricos, beirando os US$ 70 a tonelada. Relatório da Macquarie Research,
de Londres, divulgado esta semana, revela que os estoques estão próximos
a zero. O motor principal é mesmo o forte crescimento chinês, que deve
ter fechado o ano passado acima dos 9%, conforme dados preliminares. A
preocupação das autoridades chinesas em relação à dependência das vendas
da Vale é evidente. O minério de ferro brasileiro tem os maiores índices
de pureza do planeta e a companhia entrega do outro lado do mundo no prazo
contratado, graças aos bilionários investimentos em logística realizados
nas últimas décadas. Pelo jeito, as estimativas de analistas, de reajuste
entre 10% e 20% nos preços da commodity, vai ser superada de longe pela
realidade. Como no ano passado, quando grandes bancos esperavam aumento
de 30% e a Vale impôs um índice de 71,5% a seus clientes japoneses, o
que acabou servindo de referência para todo o setor de mineração. (Jornal
do Brasil - 13.01.2006) Economia Brasileira 1 IBGE: Produção industrial cresce em oito dos 14 locais Em novembro, a produção industrial subiu em oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, comparativamente ao mesmo mês de 2004. Vale lembrar que, na média nacional, houve ligeira alta de 0,6% da atividade industrial, tanto no confronto com outubro passado quanto com novembro de 2004. No acumulado dos 11 meses de 2005, também comparado a igual período do exercício anterior, viu-se expansão em quase todas as regiões pesquisadas, exceto no Ceará (-1,1%) e no Rio Grande do Sul (-3,8%). Para esta base, a média nacional da produção industrial foi de 3,1%. (Valor Econômico - 13.01.2006) 2 Produção industrial de São Paulo sobe 0,3% em novembro A indústria de São Paulo produziu, em novembro, 0,3% mais frente a mês equivalente de 2004, reportou o IBGE. Entre janeiro e novembro, a produção industrial paulista avançou 3,7%, abaixo dos 4,1% observados em outubro. Considerando a taxa acumulada nos últimos doze meses, vê-se trajetória de desaceleração, já que o indicador passou de 5,1% até outubro de 2005 para 4,3% até o mês seguinte. Ao confrontar o resultado de novembro de 2005 com igual período de 2004, nota-se que o ligeiro aumento de 0,3% se deu a despeito do predomínio (12) de atividades com resultados negativos. No acumulado janeiro-novembro de 2005, frente a igual período do exercício anterior, 14 atividades apontaram aumento de produção. O crescimento total da indústria paulista, de 3,7%, ficou abaixo daquele visto em outubro (4,1%),A indústria farmacêutica (25,3%) manteve a liderança em termos de impacto sobre o índice geral no acumulado do ano. (Valor Econômico - 13.01.2006) 3
Agricultura destina R$ 100 mi para combate à doenças 4 Novos pedidos de financiamento ao BNDES caem 8% em 2005 As cartas-consulta,
termômetro da disposição do empresariado em realizar novos investimentos,
tiveram queda de 8% em 2005, segundo dados do BNDES. Entre os procedimentos
necessários para adquirir financiamento do BNDES, as cartas-consulta representam
o primeiro contado dos candidatos a financiamentos com o banco. Elas caíram
de R$ 98,4 bilhões em 2004 para R$ 90,6 bilhões em 2005. O BNDES destaca
que, apesar da queda, os novos pedidos cresceram 16% em novembro e 32%
em dezembro, o que representa um sinal da disposição do empresariado em
realizar investimentos produtivos no país, na avaliação do BNDES. Os enquadramentos,
primeiro nível de análise de pedidos de financiamento, cresceram 9% e
subiram de R$ 75 bilhões em 2004 para R$ 81,8 bilhões em 2005. As aprovações
de novos financiamentos cresceram 44% e atingiram ao fim do ano passado
R$ 54,5 bilhões. Em 2004, as aprovações haviam somado R$ 37,9 bilhões.
De acordo com o banco, o aumento significativo das aprovações sinaliza
uma aceleração nos desembolsos do BNDES ao longo de 2006. (Folha de São
Paulo - 13.01.2005) O mercado
financeiro brasileiro teve uma manhã de oscilações contidas, com as atenções
dos investidores divididas entre o cenário interno e o externo. O dólar
à vista encerrou a manhã em alta de 0,22%, cotado a R$ 2,268 na compra
e R$ 2,270 na venda. Ontem, o dólar caiu 0,83%, para R$ 2,2630 na compra
e R$ 2,2650 na venda. Ao longo do dia, a moeda chegou a ser negociada
a R$ 2,2850 no maior preço e R$ 2,26 na menor cotação. (O Globo Online
e Valor Online - 13.01.2006)
Internacional 1 Estudo: crescimento de China e Índia ameaça fornecimento Segundo
o Worldwatch Institute, uma organização sediada nos Estados Unidos, o
forte crescimento econômico na China e na Índia é potencialmente uma das
ameaças mais sérias ao meio ambiente no mundo. O planeta não terá suprimentos
de energia suficientes para atender à demanda global se o consumo de recursos
nos dois países chegar aos níveis dos países ocidentais, segundo o instituto.
O instituto recomenda que os Estados Unidos, que continuam sendo o maior
consumidor de recursos do planeta, cooperem com a China e a Índia para
ajudar a desenvolver práticas e tecnologias menos danosas ao meio ambiente.
(Elétrica - 13.01.2006) 2 Eni suspende processo de venda da Gas Brasiliano A petroleira
italiana Eni suspendeu o processo de venda da Gas Brasiliano, concessionária
de gás canalizado da região noroeste de São Paulo. A falta de propostas
satisfatórias e, principalmente, a descoberta, pela empresa, de jazidas
de gás na Bacia de Santos, mudaram os planos, dizem fontes da companhia.
A concessão da Gás Brasiliano foi arrematada pela Eni em 1999 por R$ 275
milhões, com ágio de 150% sobre o preço mínimo do leilão. O Santander
não quis se pronunciar e fontes ligadas à operação garantem que o processo
foi canceladoUma fonte da companhia afirmou que não fazia sentido se desfazer
da distribuidora de gás natural no momento em que espera confirmar a produção
do combustível no Brasil. (O Estado de São Paulo - 13.01.2006) 3 Endesa rechaça necessidade de fusão A espanhola Endesa, que é objeto de oferta hostil de compra pela Gas Natural, divulgou informe em que destaca sua posição de líder em mercados internacionais e descartou a necessidade de fusão para criar empresa forte de energia no país, como quer o governo espanhol. A Endesa lembrou que possui 22 milhões de clientes, o que a situa em quinto lugar no mundo, sendo a primeira na Espanha e a quinta na Europa, e a maior na América Latina. A Gas Natural fez oferta pública para adquirir a Endesa por 21,9 bilhões de euros (US$ 26,3 bilhões ),o que causa polêmica na Espanha. (Jornal do Commercio - 13.11.2006) 4
Governo espanhol pode aprovar venda da Endesa para a Gás Natural 5 Rússia : Irã perderá apoio caso não recue e adote moratória em seu programa nuclear Em Moscou,
o chanceler Serguey Lavrov disse que o governo iraniano "poderá perder
o apoio da Rússia", caso não recue e adote novamente a moratória em seu
programa nuclear. O Kremlin tem poder de veto no Conselho de Segurança,
e o Irã provavelmente contava com sua cumplicidade em caso de votação
de sanções. A China, por enquanto discreta, dificilmente correria o risco
de ficar isolada ao vetar uma resolução punitiva. (Folha de São Paulo
- 13.11.2006) 6 EUA pedem a ONU que exija o fim do programa nuclear iraniano A secretária
de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, agindo de forma coordenada com os
aliados europeus, pediu que as Nações Unidas encarem o "desafio" do Irã
e exijam que a República Islâmica interrompa seu programa nuclear. Rice
evitou tentar prever se o Conselho de Segurança buscará punir o governo
iraniano. No entanto, ela disse que "é bem claro que todos crêem que um
limite muito importante foi ultrapassado". Rice não descreveu outras medidas
que poderiam ser tomadas contra o Irã. (Elétrica - 12.01.2006) 7 Irã admite retomar negociações O secretário-geral
da ONU, Kofi Annan, recebeu ontem telefonema de Ali Larijani, o principal
negociador iraniano em questões nucleares, que lhe disse estar disposto
a reabrir "negociações sérias e construtivas" com Alemanha, Reino Unido
e França. Larijani também afirmou que, desta vez, pretende que essas negociações
tenham um prazo para terminar. O Irã nega que pretenda construir a bomba
atômica. Mas disse ontem "não estar preocupado" com sanções do Conselho
de Segurança, segundo Abdolreza Rahmani-Fazli, subsecretário do Conselho
Superior de Segurança de seu país. Enquanto isso, o presidente Mahmoud
Ahmadinejad declarou na televisão que quer escapar ao "monopólio das potências
nucleares civis". (Folha de São Paulo - 13.11.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|