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IFE: nº 1.728 - 10 de janeiro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Ibama rebate as críticas feitas pela Eletrobrás
2 Aneel: indicadores de qualidade poderão ser instituídos para transmissão
3 Abrate começa a delinear proposta para indicadores de qualidade
4 Agências reguladoras vão realizar concursos
5 Curtas

Empresas
1 CPFL Piratininga inicia processo de lançamento de R$ 400 mi em debêntures
2 Copel terá R$ 4,5 mi para programa de auxílio a grandes consumidores
3 Light: lista com principais interessados é divulgada
4 Copel converte ações
5 PF investiga suposto caixa 2 em Furnas
6 Presidente Elektro monta consórcio para compra da empresa
7 Cemig registra valor de mercado recorde
8 Luz para Todos da Cemar beneficia 200 mil pessoas no Maranhão

9 Cotações da Eletrobrás

10 Curtas

Leilões
1 Grupo de Trabalho discute inclusão de usinas em leilão
2 Tourinho: leilão de energia nova resulta em aumento no custo de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Tourinho: Nordeste continua em situação de maior fragilidade
2 RS: previsão é de auto-suficiência em energia
3 Consumo em Goiás supera média nacional, segundo o ONS

4 Sudeste/Centro-Oeste está com 70,8% da capacidade

5 Reservatórios operam com 77,9% no Sul

6 Reservatórios estão com 71,5% no NE

7 Reservas do submercado Norte acumulam 55,6%

8 Curtas

Gás e Termelétricas
1 PIB fraco frustra estimativa da Petrobrás
2 Petrobrás desmente disposição de dividir gestão de refinarias na Bolívia
3 Gás natural sobe 5% no RS

Grandes Consumidores
1 Gerdau compra equipamentos da China
2 Votorantim se desfaz de mais uma participação não-estratégica
3 Lucro da Alcoa cai 6%

Economia Brasileira
1 Meirelles: aceleração econômica já está acontecendo
2 Meirelles defende quitação da dívida em dólar

3 Brasil perde espaço nos EUA e na UE
4 Estatais não cumprem meta para o superávit
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Vale e Petrobras pesquisam gás em Moçambique
2 Bolívia pede a China ajuda na exploração de gás
3 Países poluidores discutem uso de energia limpa
4 Energia nuclear é opção que ganha força no mundo
5 Interesse na energia nuclear pelo mundo

6 China vai à Nigéria em busca de energia

7 Irã não renunciará a seu programa nuclear, diz aiatolá

8
EUA ameaçam levar Irã ao Conselho de Segurança da ONU
9
Duke vende ativos nos EUA por US$ 1,5 bi
10 Duke Energy: fusão com a Cinergy é prioridade

Regulação e Novo Modelo

1 Ibama rebate as críticas feitas pela Eletrobrás

O Ibama rebateu as críticas feitas pelo presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, aos órgãos ambientais que, segundo o dirigente, têm impedido a construção de diversas usinas hidrelétricas no país. O diretor de Licenciamento do Ibama, Luiz Felippe Kunz, disse que a visão de desenvolver a qualquer custo foi dos anos 70 e não se ajusta aos tempos atuais. O diretor do Ibama explicou porque o órgão não concedeu a licença ambiental para a construção da usina Ipueiras, no Tocantins, decisão criticada pelo presidente da Eletrobrás. Segundo Kunz, a usina alagaria 1.066 quilômetros quadrados de áreas de cerrado usadas para procriação de 218 espécies. Segundo ele, o projeto tem uma das piores relações entre área alagada e energia gerada. Segundo o diretor do Ibama, Ipueiras produziria 0,45 MW por cada quilômetro quadrado alagado, enquanto que outros projetos produzem 1,54 MW por quilômetro quadrado alagado. O dirigente pergunta por que não foram iniciadas as obras de outras usinas hidrelétricas, por exemplo, a de Foz do Chapecó, de 866 MW de capacidade, no Rio Uruguai, ou a de São Salvador, de 245 MW. O Ibama já concedeu as licenças ambientais e, no entanto, segundo ele, as obras não foram ainda iniciadas. (O Globo Online- 09.01.2006)

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2 Aneel: indicadores de qualidade poderão ser instituídos para transmissão

A Aneel colocou em audiência pública a proposta de resolução que institui indicadores de qualidade para os serviços de transmissão de energia elétrica da rede básica do SIN. A minuta de resolução associa os indicadores de qualidade à disponibilidade de uso das instalações de transmissão do sistema interligado. As instalações serão consideradas indisponíveis sempre que estiverem fora de operação, em conseqüência de desligamentos programados e não programados e de atrasos na entrada em operação comercial do empreendimento. Segundo a proposta, se as metas estabelecidas para os indicadores Padrão de Duração de Desligamento e Padrão de Freqüência de Outros Desligamentos forem ultrapassadas, haverá redução na parcela da RAP correspondente a cada instalação. A redução será feito por meio de desconto: a Parcela Variável por Indisponibilidade (PVI) e a Parcela Variável por Restrição Operativa Temporária (PVRO). Em caso de atraso na entrada em operação, o desconto na receita anual será apurado mensalmente por um período máximo de 90 dias. (Canal Energia - 09.01.2006)

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3 Abrate começa a delinear proposta para indicadores de qualidade

A Associação Brasileira das Grandes Empresas de Energia Elétrica (Abrate) começa a alinhavar suas propostas para a audiência pública sobre os indicadores de qualidade do setor de transmissão na próxima semana. A Abrate vai trabalhar em cima das conclusões das transmissoras, que analisam a nota técnica e a minuta de resolução da Aneel desde dezembro passado. "Vamos analisar as propostas individuais das empresas, fazer o nivelamento das percepções e produzir uma proposta única", explicou Cesar de Barros Pinto, diretor-executivo da Abrate. Segundo a minuta de resolução, se as metas estabelecidas para os indicadores Padrão de Duração de Desligamento e Padrão de Freqüência de Outros Desligamentos forem ultrapassadas, haverá redução na parcela da Receita Anual Permitida (RAP) correspondente a cada instalação. A redução será feito por meio de desconto: a Parcela Variável por Indisponibilidade (PVI) e a Parcela Variável por Restrição Operativa Temporária (PVRO). Em caso de atraso na entrada em operação, o desconto na receita anual será apurado mensalmente por um período máximo de 90 dias. (Canal Energia - 09.01.2006)

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4 Agências reguladoras vão realizar concursos

Na última semana de 2005, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão prorrogou os contratos dos servidores temporários das agências. A portaria foi publicada apenas no dia 26 de dezembro de 2005, cinco dias antes do vencimento das contratações. Após isso, outros regalos foram feitos pelo ministério. Seis reguladoras receberam autorização para fazer novos concursos ou nomear candidatos selecionados em processos anteriores. Até o momento, estão confirmadas 422 novas vagas a serem preenchidas em concursos durante 2006. As reguladoras Anatel, Aneel, Ancine e ANA devem publicar os editais com as regras de seleção dos funcionários até fevereiro. (Eletrosul - 09.01.2006)

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5 Curtas

A qualidade dos serviços de fornecimento de energia será avaliada até o dia 20 de janeiro. Pesquisa nacional aplicada em 473 municípios brasileiros vai apurar o Índice Aneel de satisfação do consumidor 2005. A pesquisa, iniciada em dezembro será elaborada a partir de 19,2 mil entrevistas com consumidores residenciais. (Superávit - 09.01.2006)

A Aneel autorizou a exploração de três PCHs em Minas Gerais e São Paulo. As unidades totalizam 44,16 MW de capacidade instalada. A empresa Eletricidade São Pedro vai reativar e explorar a PCH São Paulo, de 2,16 MW, localizada em Itu (SP). A AES Minas PCH vai implantar a PCH Costa, de 19 MW, no município de Formoso (MG). A Aneel autorizou a empresa Central Hidrelétrica Pai Joaquim a transferir a autorização de exploração da PCH Pai Joaquim, de 23 MW, para a Cemig PCH. (Canal Energia - 09.01.2006)

A Aneel submeteu à audiência pública a minuta de resolução que propõe procedimentos para fixar os encargos financeiros de responsabilidade das distribuidoras no custo de obras para atender pedidos de aumento de carga em qualquer tensão. O regulamento terá normas para solicitações de novas ligações para unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 2,3 kV ou com carga instalada acima de 50 kW. (Canal Energia - 09.01.2006)

A Usina Hidrelétrica de Corumbá IV deve começar a transmitir energia elétrica para o Distrito Federal a partir de 4 de fevereiro. Apesar da falta de licença para transmissão de energia e de pendência na construção das torres, a Corumbá Concessões pretende interligar o sistema à subestação da CEB no dia da inauguração. (Jornal do Commercio - 10.01.2005)

A Aneel requisitou a 251 universidades os trabalhos acadêmicos aprovados na conclusão de cursos e programas de pós-graduação que abordem temas do setor elétrico. O objetivo da iniciativa é ampliar a divulgação do conhecimento gerado no meio acadêmico. (Canal Energia - 09.01.2006)

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Empresas

1 CPFL Piratininga inicia processo de lançamento de R$ 400 mi em debêntures

A CPFL Piratininga iniciou o processo de lançamento da primeira emissão de debêntures, em série única, da espécie subordinada, não conversíveis em ações da empresa. A distribuidora emitirá 40 mil debêntures, com valor nominal unitário de R$ 10 mil, totalizando o montante de R$ 400 milhões. Os papéis terão vigência de cinco anos, com vencimento em 1° de janeiro de 2011. O Banco Santander - coordenador líder da operação - e o BB Investimentos, o Bradesco Corporate e o ItaúBBA - coordenadores - receberão as indicações de interesse e os pedidos de aquisição no dia 31 de janeiro. (Canal Energia - 09.01.2006)

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2 Copel terá R$ 4,5 mi para programa de auxílio a grandes consumidores

Os grandes consumidores da Copel interessados em implementar programas internos de redução do desperdício de energia e promover o uso eficiente da eletricidade em suas instalações por conta da estatal têm prazo até o dia 2 de fevereiro para a apresentação de propostas. Esse é o objetivo da chamada pública aberta esta semana pela concessionária, que vai destinar R$ 4,5 milhões para custear a execução dos projetos selecionados. A oferta vale para todos os consumidores das classes industrial, comercial ou de serviços e poderes públicos ligados às redes elétricas da Copel e em dia com as suas obrigações contratuais com a empresa. Para cada segmento, a Copel reservou R$ 1,5 milhão para a execução dos projetos aprovados. Os projetos apresentados serão avaliados e pontuados seguindo as diretrizes, exigências e condições determinadas pela Aneel: o resultado da seleção será divulgado em 20 de fevereiro e os projetos têm previsão de implantação entre julho de 2006 e junho de 2007. (Elétrica - 09.01.2006)

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3 Light: lista com principais interessados é divulgada

Saiu uma lista com os principais interessados em entrar no capital da Light, que inclui seis consórcios. Só ficou de fora quem pretendia comprar apenas alguns ativos, caso da CPFL, que estava de olho nos negócios de geração da empresa. Os favoritos para se tornarem sócios da Light continuam sendo os grupos encabeçados por GP e Cemig. (Eletrosul - 09.01.2006)

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4 Copel converte ações

A Copel anunciou, nesta segunda-feira (09/01), que converteu em dezembro passado 10.412 ações preferenciais classe A (PNA) em classe B (PNB) a pedido de acionistas. A divisão dos papéis preferenciais, com a mudança, passa a ser de 403.715.012 de ações classe A e 128.220.580.476 como classe B, segundo a empresa. (Canal Energia - 09.01.2006)

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5 PF investiga suposto caixa 2 em Furnas

A direção-geral da Polícia Federal confirmou que investiga a origem e o conteúdo de papéis entregues no final de 2005 sobre a suposta existência de um caixa dois comandado por funcionários de Furnas Centrais Elétricas e que teria arrecadado cerca de R$ 40 milhões na campanha de 2002. Segundo os papéis - cinco páginas que são cópias de uma cópia autenticada -, 156 candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual de diversos Estados e partidos receberam recursos, nas eleições de 2002, por meio desse suposto esquema de caixa dois. O dinheiro teria sido conseguido "por intermédio de Furnas, entre colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços, construtoras, bancos, fundos de pensão, corretoras de valores e seguradoras", segundo diz o cabeçalho desses papéis. A declaração, datada de 30 de novembro de 2002, traz uma assinatura supostamente reconhecida em 2005 em um cartório do Rio de Janeiro e atribuída a Dimas Fabiano Toledo, que foi diretor de engenharia de Furnas durante 12 anos e trabalhou na empresa por mais de três décadas. A Polícia Federal está agora à procura do suposto documento original que deu base às cópias. O ex-diretor de Furnas Dimas Toledo enviou uma nota à Folha na qual nega a autenticidade do documento e afirma que tomou conhecimento da sua existência por meio de jornalistas. (Folha de São Paulo - 10.01.2006)

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6 Presidente Elektro monta consórcio para compra da empresa

O principal candidato à compra da Elektro está na própria empresa. Seu presidente, Orlando González, está montando um consórcio para adquirir o controle da distribuidora paulista. Tem o fundamental apoio dos antigos credores da Enron, donos da Elektro. (Relatório Reservado - 10.01.2006)

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7 Cemig registra valor de mercado recorde

A Cemig alcançou valor de mercado recorde na semana passada, chegando aos R$ 16,2 bilhões. As ações da estatal mineira romperam a barreira dos R$ 100 por lote de mil. É a maior cotação dos últimos 15 anos desde quando os seus papéis passaram a ser negociados no exterior. Em janeiro de 2003, o lote de mil ações preferenciais (PN) era de R$ 21,17. Esse mesmo papel fechou a semana passada cotado a R$ 100,20. A valorização em pouco mais de dois anos foi de 373%. Com a posição atingida, a Cemig entrou para a lista das 20 maiores empresas do Brasil, representando 1,3% do valor de todas as companhias listadas na Bovespa. O valor de mercado é calculado pelo número de ações da empresa, multiplicado pela cotação das mesmas em um determinado dia. (Superávit - 09.01.2006)

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8 Luz para Todos da Cemar beneficia 200 mil pessoas no Maranhão

Cemar já eletrificou mais de 40 mil novas unidades consumidoras em 116 municípios maranhenses, beneficiando mais de 200.000 pessoas, por meio do Programa Luz para Todos. A companhia, que atua como agente executor do programa no estado, faz balanço positivo dos trabalhos que vem desenvolvendo no Maranhão. Gustavo Fehlberg, gerente-geral do Luz para Todos na Cemar, afirma que as metas contratuais do programa estão sendo cumpridas, e, com este resultado, o Maranhão é um dos quatro estados brasileiros com maior número de beneficiados. Em termos efetivos, a Cemar ocupa hoje a 1ª posição em relação ao percentual de obras executadas - quando comparado à meta estabelecida pela Eletrobrás e ao volume de domicílios ligados - dentre as empresas com o maior número de domicílios a serem ligados. "Contamos hoje com estrutura de 38 empresas, além de sete fábricas de postes e uma de transformadores, todas no Maranhão, fornecendo a infra-estrutura necessária para executarmos as obras e gerando mais de 2 mil empregos diretos e indiretos. Já concluímos mais de 473 obras em 116 municípios e estamos trabalhando com segurança para atingirmos a meta estipulada pela Eletrobrás", explicou Gustavo Fehlberg. (Eletrosul - 09.01.2006)

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9 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 09-01-2006, o IBOVESPA fechou a 35.337,33 pontos, representando uma baixa de 0,39% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,01 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,54%, fechando a 10.415,65 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 41,00 ON e R$ 42,01 PNB, baixa de 2,38% e 0,45%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 10-01-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 40,83 as ações ON, baixa de 0,41% em relação ao dia anterior e R$ 42,01 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 10.01.2006) (Economática e Investshop - 10.01.2006)

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10 Curtas

A Aneel aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento, ciclo 2004/2005, da CEEE. A distribuidora aplicará 1,051 milhão, correspondentes a 0,3872% da receita operacional líquida. As metas físicas do programa deverão ser atingidas até o dia 31 de janeiro de 2007. (Canal Energia - 09.01.2006)

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Leilões

1 Grupo de Trabalho discute inclusão de usinas em leilão

Um grupo de trabalho composto de representantes da Casa Civil e do MME começa nesta segunda-feira (09/01) a discutir mecanismos para a inclusão das futuras usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau - a serem construídas no rio Madeira - no segundo leilão de energia nova previsto para o primeiro semestre de 2006. As usinas ainda não possuem licenciamento ambiental do Ibama. Quando concluídas e em operação, as hidrelétricas, que integram o complexo do Rio Madeira, terão capacidade de produzir 6.450 MW de energia.. (Elétrica - 09.01.2006)

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2 Tourinho: leilão de energia nova resulta em aumento no custo de energia

Estudo produzido pelo senador Rodolpho Tourinho Neto, ex-ministro do MME, a partir da análise do resultado do leilão de energia nova, aponta que o leilão, ocorrido em dezembro, agregou um custo adicional de US$ 1 bilhão por ano ao sistema interligado nacional. Segundo o documento, esse valor equivale ao custo anual de aquisição do óleo combustível que será necessário para operar as usinas termelétricas contratadas. Se não for repassado para as tarifas, o custo terá que ser absorvido pela Petrobras, a responsável pela oferta do insumo. Na avaliação do senador, o custo não será tão alto caso a Petrobras consegua garantir uma oferta adicional de 6,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, necessária para atender a demanda desses mesmos empreendimentos. Segundo Tourinho, as termelétricas demandarão 5,9 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, se operarem em ciclo aberto, ou 7,7 milhões de metros cúbicos/dia em ciclo combinado. Para garantir a oferta de gás, Tourinho argumenta que a Petrobras terá não só que colocar em operação o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, como também construir o Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene). Além disso, será necessária a aprovação do novo marco regulatório para o segmento de gás. (Jornal do Brasil - 10.01.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Tourinho: Nordeste continua em situação de maior fragilidade

O senador Rodolpho Tourinho, ex-ministro do MME, a partir da análise dos resultados do leilão de energia nova, afirma que a região Nordeste continua em situação de maior fragilidade no sistema interligado nacional. Ele argumenta que, além de responder pela menor parcela (8%) da energia contratada para o período 2008-2010, a região terá parte de sua oferta garantida por cogeração a partir de bagaço-de-cana. A região Sudeste responderá por 76% do total leiloado, enquanto o Sul, por 26%. "É muito arriscado ter esse tipo de usina na base do sistema. Elas são empreendimentos de produtores que não vêem a energia como principal negócio", adverte o ex-ministro do MME. (Jornal do Brasil - 10.01.2006)

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2 RS: previsão é de auto-suficiência em energia

No próximo governo, o Rio Grande do Sul será auto-suficiente em energia. Em 2007, a compra de energia do sistema interligado cairá para níveis entre 20% e 25%, garante o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres. No final deste ano, o Parque Eólico de Osório lançará 150 MW na rede elétrica. Para 2009, está previsto o início das operações da termelétrica de Jacuí I, com 300 MW e, em 2010, Candiota III passará a fornecer mais 350 MW. Na avaliação de Andres, o quadro energético do Rio Grande do Sul é de total segurança. A viabilização de Jacuí I e Candiota III, assegurada no leilão da Aneel, quadruplicará as vendas de carvão da CRM, segundo Andres. No curto prazo, em fevereiro, haverá inauguração da subestação do Pólo Petroquímico em Nova Santa Rita. Ela reforçará a energia na Capital e região Metropolitana Foi solicitada ao ONS e à Aneel construção de linha de reforço de 525 Kv, de Campos Novos a Santa Rita (R$ 150 milhões). (Eletrosul - 09.01.2006)

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3 Consumo em Goiás supera média nacional, segundo o ONS

O consumo de energia elétrica, em Goiás, vem superando a média nacional nos últimos anos. Em 2005, por exemplo, enquanto no País o consumo cresceu 4,3%, segundo o ONS, em Goiás o aumento foi de 5,5% em relação a 2004. Entre os setores atendidos pela Celg, a classe comercial foi a que apresentou o maior índice de crescimento no ano passado, com 6,2%, vindos a seguir a residencial, com mais 5,8%, rural, 4,3% e industrial, 3%. Segundo Sérgio dos Santos Júnior, gerente do Departamento de Comercialização da Celg, foram comercializados no ano passado 7,5 milhões de MWh, ante 7,2 milhões em 2004. A tendência para este ano, na avaliação do gerente, é continuar crescendo o consumo de energia, com a perspectiva de aumento do PIB, por conta de maior incremento na economia brasileira, especialmente nos segmentos industrial e agrícola. Entretanto, se não forem considerados os chamados consumidores livres, o crescimento do consumo no Estado ficou em 4,9%. Mesmo assim, índice de Goiás fica levemente superior ao nacional. (Eletrosul - 09.01.2006)

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4 Sudeste/Centro-Oeste está com 70,8% da capacidade

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios operam com 70,8% de volume acumulado, alta de 0,44% em relação ao dia anterior. O nível está 42,5% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Furnas e São Simão estão com 90,6% e 55,8% de capacidade de armazenamento, respectivamente. (Canal Energia - 09.01.2006)

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5 Reservatórios operam com 77,9% no Sul

Os reservatórios estão com 77,9% do nível de armazenamento no submercado Sul, resultado de uma leve queda de volume. A hidrelétrica de Salto Santiago opera com 83,66% da capacidade de armazenamento. (Canal Energia - 09.01.2006)

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6 Reservatórios estão com 71,5% no NE

As reservas do submercado Nordeste acumulam 71,5% da capacidade de armazenamento, com elevação de 0,6% em comparação com a medição anterior. O nível está 46,4% acima da curva de aversão ao risco. Sobrinho está com 73,9% de volume armazenado. (Canal Energia - 09.01.2006)

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7 Reservas do submercado Norte acumulam 55,6%

Os reservatórios da região Norte estão em 55,6% da capacidade de armazenamento, após aumento de 1,2% no nível em relação ao sábado, 7. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 54,2% do nível de armazenamento. (Canal Energia - 09.01.2006)

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8 Curtas

Quatro municípios do Sul do Estado ficaram sem energia ontem, 9 de janeiro, à tarde. Outras cidades do Litoral também tiveram o abastecimento prejudicado, com a redução da tensão. A Celesc informou que o desabastecimento foi causado por um problema na geração de energia no Complexo Jorge Lacerda, em Capiravi de Baixo. (Diário Catarinense - 10.01.2006)

A chuva forte que caiu sobre a capital ontem, 9 de janeiro, gerou picos de luz e sucessivas interrupções no fornecimento de energia em vários pontos de Brasília. Com o vento e as descargas elétricas, houve desligamento de algumas linhas. (Jornal do Commercio - 10.01.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 PIB fraco frustra estimativa da Petrobrás

A queda no ritmo de alta do PIB do Brasil e a quebra da safra agrícola na Região Sul frustraram as estimativas de aumento de consumo de petróleo e derivados da Petrobrás em 2005. O diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, adiantou ontem que o crescimento da demanda desses produtos será inferior ao esperado no ano passado, entre 2,6% e 2,8%. No acumulado de janeiro a novembro, o aumento de consumo foi de 2%. Os dados oficiais de consumo serão fechados pela Petrobrás no dia 15. Costa explicou que para o período 2006-2010, segundo o plano estratégico da Petrobrás, a expectativa é de um crescimento anual do consumo em torno de 2,6%. (O Estado de São Paulo - 10.01.2006)

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2 Petrobrás desmente disposição de dividir gestão de refinarias na Bolívia

A estatal desmentiu as informações distribuídas ontem pela agência boliviana de notícias Fides de que estaria disposta a dividir a gestão das refinarias. Segundo a empresa, ainda não há nenhuma conversa sobre o tema. A empresa deverá iniciar o diálogo após a posse do novo presidente boliviano, em 22 de janeiro. Antes disso, poderá haver negociações durante a visita de Morales ao presidente Lula no dia 13, em Brasília. O presidente da estatal, Sergio Gabrielli, reafirmou por meio de sua assessoria que está disposto a conversar e tem interesse em iniciar as conversações, mas até o momento ainda não foi procurado por representantes de Morales. A estatal reafirmou que respeita o governo eleito democraticamente e sua disposição de abrir negociações. A empresa garantiu que as operações transcorrem sem problemas na Bolívia. (Elétrica - 09.01.2006)

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3 Gás natural sobe 5% no RS

A partir da próxima segunda-feira, o gás natural vendido no Rio Grande do Sul ficará 5% mais caro. É o percentual de repasse definido pela Sulgás para o reajuste de 10,43% aplicado pela Petrobras desde 1º de janeiro no preço do combustível. O aumento vale tanto para o gás de uso industrial e comercial quanto para o gás natural veicular (GNV), que abastece veículos convertidos. Para os consumidores residenciais, porém, o peso será menor, de apenas 3%. A correção dos valores por parte da Petrobras está prevista no contrato de fornecimento de gás mantido com as distribuidoras. Em 2005, a estatal decidiu voltar a aplicar reajustes trimestrais sobre o preço do gás natural, em decorrência do aumento da tributação na Bolívia, de onde vem o combustível consumido no Estado. A Sulgás ainda não definiu se repassará ou não mais esses quatro aumentos ao longo do ano. (Zero Hora - 10.01.2006)

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Grandes Consumidores

1 Gerdau compra equipamentos da China

A China Minmetals Corp., maior empresa chinesa de comercialização de metais, e o China Metallurgical Construction Group obtiveram um empréstimo de US$ 236,5 milhões para fornecer um alto-forno, um forno de coque siderúrgico e instalações para uma unidade da brasileira Gerdau, maior produtora de aços longos da América Latina. O BNP Paribas e o Industrial & Commercial Bank of China foram os organizadores do empréstimo para o projeto, informou o BNP Paribas em comunicado divulgado ontem em Pequim. A China Export & Credit Insurance Corp. é a seguradora da transação. Esse investimento da Gerdau faz parte de um projeto maior, de US$ 1,1 bilhão, que visa a aumentar a capacidade produtiva de suas usinas. O contrato permitirá que a siderúrgica mineira do grupo, a Gerdau Açominas, amplie sua produção em 50%, para 4,5 milhões de toneladas por ano, informou o comunicado das companhias chinesas. (Gazeta Mercantil - 10.01.2006)

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2 Votorantim se desfaz de mais uma participação não-estratégica

O grupo Votorantim se desfez de mais uma participação não-estratégica. Depois de negociar a Votocel, fabricante de filmes flexíveis, no ano passado, o grupo vendeu sua posição, de 50%, numa joint-venture do setor químico. Por cerca de R$ 40 milhões, a Votorantim negociou a metade do capital que detinha na Nordesclor, fabricante de produtos químicos. A Arch Chemicals, multinacional americana de especialidades químicas, que tinha a outra parte da joint-venture, ficou com a totalidade das ações da empresa. A Nordesclor fabrica hipoclorito de cálcio (cloro granulado) usado em produtos para tratamento de água. Possui uma única fábrica em Igarassu, região metropolitana do Recife, aberta no início dos anos 90 - é a única produtora deste produto na América Latina. Fatura cerca de R$ 70 milhões por ano. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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3 Lucro da Alcoa cai 6%

A Alcoa, maior produtora de alumínio do mundo, registrou no ano passado faturamento mundial de US$ 26,2 bilhões, resultado 13% superior em relação ao exercício de 2004 e considerado o recorde histórico, informou a empresa ontem. O lucro líquido, de US$ 1,23 bilhão, é 6% inferior ante o exercício anterior por conta de impactos dos preços de matérias-primas, energia elétrica e outros custos financeiros. "Em 2006, a maior parte da indústria de metais vai ser beneficiada com o maior preço das commodities dos últimos 15 anos", afirmou Alain Belda, presidente mundial da Alcoa. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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Economia Brasileira

1 Meirelles: aceleração econômica já está acontecendo

Contente com os elogios da banca internacional sobre a condução da economia brasileira, o presidente do BC, Henrique Meirelles, espera que as críticas internas sejam atenuadas quando "ficar claro" que a aceleração econômica já estaria acontecendo. Visivelmente procurando responder a "ansiedade muito grande sobre o que está acontecendo", Meirelles afirmou que houve clara recuperação da atividade no quarto trimestre e que o país já está vivendo crescimento "extremamente positivo". O presidente do BC disse ter ouvido a avaliação mais positiva até agora sobre a economia brasileira, nos dois dias de reuniões com banqueiros privados e com as principais autoridades monetárias do planeta, no Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basiléia (Suíça). "A grande preocupação era como o Brasil ia fazer o ajuste", afirmou. O resultado faz com o país seja visto de forma bastante positiva para este e para os anos seguintes graças ao "ajuste suave que o Brasil fez em 2005, com inflexão de política monetária saindo de subida de juros para movimento de queda, a recuperação que a economia brasileira está mostrando e a mudança muito grande em alguns indicadores (reservas, dívida externa líquida do setor público, dívida cambial, melhora de índice de solvência)". (Valor Econômico - 10.01.2006)

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2 Meirelles defende quitação da dívida em dólar

O presidente do BC, Henrique Meirelles, defendeu ontem a política de acabar com a dívida líquida do país em dólar. Segundo o Bradesco, a dívida que chegou a US$ 124 bilhões em 2003, não passa de US$ 16 bilhões e pode chegar ao fim em um mês se mantido o ritmo atual de atuação do Banco Central na compra de dólares. O custo dessa política, ao aumentar o estoque da divida publica, elevaria em 10% ao ano os gastos com juros de parte da divida, segundo certos críticos. Ressalvando com um amplo sorriso de satisfação que o fim da divida é expectativa do mercado, Meirelles argumentou que existe algo nos bancos centrais chamado de "pecado original". É quando um país não consegue se endividar na própria moeda e precisa se endividar na moeda dos outros. "A longo prazo, o endividamento na moeda dos outros e a instabilidade que causa é sempre mais dispendioso, basta ver a história do Brasil", comentou. O presidente do BC insistiu que o peso ideal das reservas internacionais do Brasil será anunciado quando chegar a esse momento. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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3 Brasil perde espaço nos EUA e na UE

A participação dos Estados Unidos e da União Européia nas exportações brasileiras caiu quase 10 pontos percentuais nos últimos três anos. Em 2002, americanos e europeus compravam 51% dos produtos que o Brasil vendia no exterior. Em 2005, esse percentual recuou para 41,6%. No ano passado, as exportações brasileiras para os EUA e para a UE cresceram, respectivamente, 12% e 10%, metade da alta de 23% das vendas totais do país. Os dados também indicam que o Brasil pode estar perdendo espaço nos mercados americano e europeu para concorrentes como China e Índia. As vendas do Brasil para EUA e UE estão crescendo um pouco abaixo das importações totais desses países e significativamente menos que as vendas de China e Índia. Segundo os números mais recentes do Departamento de Comércio dos EUA, as importações totais do país subiram 14% de janeiro a outubro de 2005 ante igual período de 2004, percentual idêntico aos 14% projetados pelo FMI para o crescimento do comércio global em 2005. No caso da União Européia, as importações aumentaram 11% de janeiro a outubro, conforme o Eurostaat, órgão de estatísticas da UE. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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4 Estatais não cumprem meta para o superávit

As empresas estatais fizeram, em 2005, economia de gastos menor que a meta fixada pelo governo. Pelas regras, deveriam ter contribuído com 0,77% do PIB para a meta de superávit primário das contas públicas no ano passado. De janeiro a dezembro, o resultado acumulado pelas estatais foi de 0,70% do PIB. O desempenho das estatais federais, estaduais e municipais foi compensado com sobras por um maior esforço fiscal do governo central e dos Estados e municípios. O governo central fechou o ano passado, segundo dados oficiais, gerando superávit primário de 2,76% do PIB. A meta era atingir, pelo menos, 2,38% do PIB. Os governos estaduais e municipais, por sua vez, deveriam ter contribuído para o superávit primário com economia equivalente a 1,10% do PIB. Fizeram mais: 1,51% do PIB. No total, União, Estados, municípios e estatais produziram resultado primário, em 2005, de 4,97% do PIB, o segundo maior na história do país. Esse número, segundo um assessor, ainda pode mudar, caso o PIB do último trimestre tenha ficado abaixo do esperado. Nesse caso, o superávit primário, que não inclui os gastos com juros da dívida, terá sido ainda maior. Considerando-se o PIB dos 12 meses acumulados até novembro de 2005, o superávit primário representou economia de cerca de R$ 96,1 bilhões, dinheiro suficiente para pagar apenas 60,8% da despesa do governo com juros no mesmo período. Entre dezembro de 2004 a novembro do ano seguinte, o gasto acumulado com juros chegou a R$ 158,039 bilhões. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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5 Dólar ontem e hoje

A manhã de terça-feira foi de correções no mercado financeiro. A Bovespa continuou a realizar lucros e encerrou o período em baixa de 1,44%, com 34.830 pontos. O dólar subiu 0,84%, cotado a R$ 2,268 na compra e R$ 2,270 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com recuo de 1,4%, cotada a R$ 2,2480 para a compra e R$ 2,25 para a venda, no menor preço do dia. (O Globo Online e Valor Online - 10.01.2006)

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Internacional

1 Vale e Petrobras pesquisam gás em Moçambique

A Vale do Rio Doce e a Petrobras anunciam hoje a sua primeira parceria internacional. As duas companhias vão atuar na pesquisa e na exploração de gás natural em Moçambique. Se os estudos evoluírem, o gás vai servir para alimentar a futura mina de carvão que a Vale está desenvolvendo no país africano. (Folha de São Paulo - 10.01.2006)

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2 Bolívia pede a China ajuda na exploração de gás

O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, reuniu-se ontem em Pequim com o presidente da China, Hu Jintao. Morales disse que a China é um aliado ideológico e pediu ajuda ao país para explorar as grandes reservas de gás natural bolivianas. Morales disse esperar o fortalecimento dos laços entre seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), e o Partido Comunista Chinês. Essa aproximação ideológica deveria também, disse, se seguir à cooperação no campo de exploração de recursos naturais. Hu prometeu apenas que encorajaria empresas chinesas "fortes e de prestígio" a investir na Bolívia. (Valor Econômico - 10.01.2006)

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3 Países poluidores discutem uso de energia limpa

Seis dos países mais poluidores do mundo reúnem-se em Sydney nesta semana para defender a adoção de tecnologias de energia limpa como uma via de combate às mudanças climáticas sem o sacrifício do crescimento econômico. Estados Unidos, Japão, China, Índia, Austrália e Coréia do Sul realizarão o primeiro encontro da Parceria Ásia-Pacífico para o Desenvolvimento Limpo e o Clima, um pacto que, segundo afirmam, complementa o Protocolo de Kyoto. Autoridades disseram que a parceria pretende criar um fundo para ajudar a desenvolver tecnologias de energia limpa. A Austrália, por exemplo, doaria inicialmente US$ 75 milhões para dar início a esses programas. Os países presentes em Sydney também devem tentar atrair apoio da iniciativa privada para o desenvolvimento de tecnologias como a do carvão limpo e da energia renovável. (Gazeta Mercantil - 10.01.2006)

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4 Energia nuclear é opção que ganha força no mundo

A energia nuclear desponta como alternativa à era pós-petróleo e à crise do gás. Cada vez mais países no mundo são propensos a escolher o nuclear para enfrentar a era pós-petróleo e os riscos de conflitos sobre o gás, como a França, que assumiu abertamente essa opção ao lançar um projeto de reator de quarta geração. O petróleo e o gás representam 57% da energia utilizada no mundo. No entanto, essas fontes de energia poderiam se esgotar dentro de três décadas, consideram especialistas. O recente conflito do gás entre Ucrânia e Rússia, que afetou o abastecimento em gás natural de grande parte da Europa, leva também os países a querer garantir da melhor forma sua independência energética. ''Para a Europa, o nuclear é uma resposta à crise do gás'', diz, em Paris, o presidente do grupo energético francês Suez, Gérard Mestrallet. (Elétrica - 09.01.2006)

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5 Interesse na energia nuclear pelo mundo

Na Grã-Bretanha, o primeiro-ministro Tony Blair, favorável a uma retomada do programa nuclear, anunciou no mês passado uma avaliação completa das necessidades energéticas do país e estuda a construção de novas centrais nucleares. Os Estados Unidos não escondem o desejo de adquirir o reator EPR desenvolvido pelo grupo francês Areva e pelo alemão Siemens para substituir seu parque nuclear atual. A China, à procura de energia para alimentar seu forte crescimento, lançou um amplo programa nuclear com investimentos de quase 50 bilhões de dólares para contar com 40 reatores até 2020. Nesta data, a porção do nuclear na produção de eletricidade na China, atualmente de 2,4%, deverá passar a 4%. Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez confirmou o desejo de desenvolver um programa nuclear para diversificar suas fontes de energia. (Elétrica - 09.01.2006)

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6 China vai à Nigéria em busca de energia

Para alimentar seu espetacular crescimento e matar sua sede insaciável de energia, a China continua diversificando suas fontes de abastecimento e acaba de colocar um pé no litoral da Nigéria. A Nigéria é o primeiro produtor de cru da África e o sexto exportador mundial, com 2,5 milhões de barris diários. A maior companhia petrolífera chinesa, a China National Offshore Oil Corp (CNOOC), controlada pelo Estado, anunciou nesta segunda-feira ter adquirido uma participação de 45% num campo petrolífero na Nigéria, por 2,268 bilhões de dólares. A companhia sediada em Hong Kong assinou um acordo com a South Atlantic Petroleum (SAPETRO), única operadora do campo, batizado OML 130 (Oil Mining Licence 130). A compra será financiada com recursos próprios. (Elétrica - 09.01.2006)

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7 Irã não renunciará a seu programa nuclear, diz aiatolá

O Guia Supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, informou nesta segunda-feira à TV estatal que o país não renunciará a seu programa nuclear, acrescentando que as ameaças de sanções internacionais não terão qualquer efeito na determinação dos iranianos. Um porta-voz do governo iraniano afirmou que as atividades de pesquisa nuclear serão retomadas sob a supervisão da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). "O Irã recebe favoravelmente a participação dos países europeus e não europeus em seu programa nuclear, mas a República Islâmica não renunciará à ciência nuclear adquirida pelos jovens engenheiros iranianos", declarou Khamenei, referindo-se a uma proposta de participação de países estrangeiros no programa de produção de combustível nuclear. (Diário do Grande ABC - 09.01.2006)

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8 EUA ameaçam levar Irã ao Conselho de Segurança da ONU

A Casa Branca reiterou suas ameaças de levar o Irã ao Conselho de Segurança da ONU, depois do anúncio iraniano sobre sua intenção de retomar seu polêmico programa nuclear. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, acusou o regime islâmico de ingerência nos assuntos do vizinho Iraque, de apoiar o terrorismo e ignorar os direitos civis dos iranianos. "O regime iraniano continua indo pelo mau caminho em relação ao restante da região", afirmou McClellan, ao citar o progresso do Iraque, Afeganistão e Líbano. No conselho executivo da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), uma "maioria cada vez mais ampla" considera que o Irã deve "demonstrar sua boa-fé e fazer as negociações avançarem com os europeus", declarou o porta-voz. McClellan considerou que o Irã demonstrou, nos últimos 20 anos, que não se pode confiar nele e lembrou das declarações antiisraelenses do presidente Mahmud Ahmadinejad, que, segundo o porta-voz, "não fazem mais do que continuar isolando o Irã do resto da comunidade internacional". (Diário do Grande ABC - 09.01.2006)

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9 Duke vende ativos nos EUA por US$ 1,5 bi

A Duke Energy anunciou ontem, 9 de janeiro, que vai vender parte seus ativos de geração de energia localizados na América do Norte ao fundo de investimentos LS Power Equity Partners, por cerca de US$ 1,5 bilhão. Com isso, a companhia dá mais um passo em seu o objetivo de abandonar os negócios da Duke Energy North America (DENA), que administram essas usinas. Os ativos incluídos na transação totalizam 6.200 MW e se concentram no oeste e no nordeste norte-americano. As usinas que a companhia possui no centro dos Estados Unidos ficaram de fora da operação. O preço final do acordo poderá variar entre US$ 1,48 bilhão e US$ 1,54 bilhão, dependendo da avaliação da performance. Segundo estimativa das companhias, a operação - que ainda deverá ser aprovada pela Comissão Federal Reguladora de Energia dos Estados Unidos - deve ser concluída até de junho deste ano. (Gazeta Mercantil - 10.01.2006)

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10 Duke Energy: fusão com a Cinergy é prioridade

A Duke Energy afirmou que, com a venda das usinas, a companhia deverá registrar ganho recorde antes dos impostos de US$ 330 milhões. A empresa também disse que o acordo não irá afetar os lucros em curso, porque os ativos já estão incluídos nas operações descontinuadas. Paul Anderson, presidente executivo da Duke, ressaltou em comunicado que a venda desses ativos é um dos principais objetivos da empresa para este ano, que assim poderá se concentrar na fusão com a Cinergy, avaliada em US$ 8,5 bilhões. (Gazeta Mercantil - 10.01.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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