l IFE: nº 1.727 - 09
de janeiro de 2006 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Vasconcelos critica órgãos ambientais Com críticas
ao Ibama - assim como aos organismos estaduais que, segundo ele, estão
dificultando a construção de novas usinas hidrelétricas - o presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, diz que os argumentos usados para
impedir as obras de empreendimentos de geração são, na maioria da vezes,
ideológicos, quando deveriam ser técnicos. O presidente da Eletrobrás
não esconde a indignação ao comentar que, no primeiro leilão de energia
nova, realizado no dia 16 de dezembro, o governo federal não conseguiu
oferecer dez novas usinas hidrelétricas, por não ter conseguido a tempo
as licenças ambientais. Vasconcelos afirma que é necessário compatibilizar
meio ambiente com desenvolvimento sustentável. "Nós entramos nesse processo
com realismo. O país precisa de energia, e eles estão entrando nesse processo
com radicalismo", frisou o presidente da Eletrobrás. (O Globo - 09.01.2006)
2 Apine preocupa-se com processo eleitoral O presidente
da Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine),
Luiz Fernando Leone Vianna, alerta para a necessidade de que os leilões
aconteçam todo ano, como prevê o novo modelo regulatório do setor. Mas
o que aflige Vianna são as eleições de outubro. "2006 e 2007 serão anos
cruciais, nos quais os empreendimentos necessários têm que andar conforme
o previsto para não termos riscos. O problema é que, mesmo que o Governo
seja reeleito, sempre se coloca um pé no freio durante um tempo. Imagine
então se mudar tudo", alerta. (Jornal do Commercio - 09.01.2006) 3 Aneel fixa cotas de custeio do Proinfa para mês de fevereiro A Aneel fixou
os valores das cotas de custeio referentes ao Proinfa para o mês de fevereiro
relativos às distribuidoras. As concessionárias deverão recolher até o
dia 10 de janeiro o montante de R$ 28,8 milhões à Eletrobrás para crédito
na Conta Proinfa. As empresas do Sudeste transferirão R$ 17,306 milhões;
as do Sul, R$ 5,375 milhões; do Nordeste, R$ 3,763 milhões; do Centro-Oeste,
R$ 1,823 milhão; e do Norte, R$ 531,53 mil. (Canal Energia - 06.01.2006)
4 RS terá maior parque eólico da AL 5 BNDES financia parque eólico do RS Dos R$ 670
milhões previstos para investimentos nos parques eólicos no RS, 69% serão
financiados pelo BNDES. Segundo o diretor da CIP-Brasil, do financiamento
de R$ 465 milhões já aprovado pela instituição financeira, R$ 105 milhões
serão financiados diretamente pelo Banco e R$ 360 milhões virão de um
consórcio formado pelo Banco do Brasil, Santander, ABN Amro Real, BRDE,
Caixa RS e Banrisul. Para conceder o financiamento, o BNDES exige no mínimo
60% de nacionalização do projeto. Para atender a esse requisito, a empresa
alemã Wobben -Enercom, montou uma fábrica em Sorocaba há quatro anos,
aonde vem produzindo parte dos insumos necessários à geração de energia
eólica. (Jornal do Commercio - 09.01.2006) 6 Estudo aponta aumento de 84% nas tarifas de energia de PE O preço da energia
elétrica em Pernambuco aumentou 84% no período de dezembro de 2000 a novembro
de 2005. Trata-se do maior reajuste do País verificado pelo IPCA, o parâmetro
oficial que mede a inflação no Brasil. No mesmo período, a inflação no
País foi de 59%. Os dados fazem parte de um estudo feito pela Secretaria
de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda sobre o comportamento
dos chamados preços administrados nos últimos dez anos. Segundo o estudo,
estes preços administrados - que são regulados por contratos de concessão
ou definidos por algum órgão público das esferas federal, estadual ou
municipal - sofreram reajustes bem maiores do que os livres. No caso da
energia, especificamente, o seu aumento médio no Brasil foi de 43%. O
segundo maior índice de reajuste da luz foi verificado em Belo Horizonte,
de 78%. O menor aumento foi registrado em São Paulo, 24%. O trabalho mostra
que a elevação nas tarifas da energia elétrica foi impulsionada pela alta
de 88% do IGP-M. (Eletrosul - 06.01.2006) 7 Rússia acena cooperação no SE Konstantin Kamenev, diretor da Divisão Brasil, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) da Federação Russa, falou sobre o novo comportamento que começa a marcar as relações sócio-econômicas entre os dois países. Segundo ele, o setor de energia é um dos que têm maior possibilidade de cooperação, não só na construção conjunta de usinas hidro e termelétricas, como também no fornecimento de equipamento russo para esses projetos, como turbinas, geradores e sistemas de controle automatizados. Há ainda interesse da Rússia na assinatura de acordos de transferência de tecnologia para produção de energia renovável, como no caso do etanol, e mesmo na troca de experiências na área petrolífera, tendo em vista que a Petrobras é, hoje, uma das empresas de referência na prospecção e produção de petróleo, em especial em águas profundas. Os acordos assinados pelos presidentes Lula e Putin em outubro do ano passado, em Moscou, prevêem ainda maior cooperação bilateral entre as empresas de petróleo e gás e na área petroquímica. (Jornal do Commercio - 09.01.2006) 8 Curtas
Empresas 1 Eletrobrás: novo presidente em abril A Eletrobrás
terá novo comando em abril. O presidente Aloísio Vasconcelos já comunicou
ao ministro Silas Rondeau que irá se desincompatibilizar para disputar,
por Minas Gerais, uma vaga na Câmara dos Deputados. (Eletrosul - 09.01.2006)
2 Eletros fecha 2005 com superávit de R$ 110 mi O Eletros - fundo de pensão do sistema Eletrobrás - encerrou 2005 com superávit de R$ 110 milhões, o segundo em dois anos. O fundo é patrocinado pela Eletrobrás, Cepel (Centro de Pesquisas da Eletrobrás) e NOS. Ocupando o 23º lugar no ranking do setor em patrimônio, o fundo alcançou uma rentabilidade de 18,2% no período, acima da média de 17% do mercado. Tais números capacitam o Eletros à condição de parceiro das empresas do sistema Eletrobrás nos novos investimentos de infra-estrutura energética previstos para 2006. O saldo em 2005, porém, é inferior ao atingido em 2004, quando o Eletros registrou resultado positivo em R$ 195 milhões entre receitas e despesas com benefícios. (Jornal do Brasil - 09.01.2006) 3 Eletros pretende participar de próximo leilão de LTs em 2006 A diretoria
do Eletros buscará, para o ano de 2006, oportunidades de investimentos
no setor elétrico. Uma das metas é participar do próximo leilão de linhas
de transmissão que será promovido pelo governo no segundo trimestre do
ano. A preferência seria será por projetos já ''maduros'', como explica
o presidente da entidade, Luiz Limaverde. "São linhas praticamente prontas
e que garantem retorno no curto prazo", justifica Limaverde. "São projetos
que garantam uma margem mínima de retorno de 8,1%, ou inflação mais 6%".
Ainda no plano de investimentos para 2006, está descartada a compra de
ações de empresas via Bolsa de Valores. O executivo justificou que o ano
eleitoral poderá reservar surpresas para aplicadores mais conservadores.
As decisões de investimentos do fundo passam, segundo Limaverde, pelo
crivo de pelo menos duas instâncias decisórias, até serem efetivados.
Além de um grupo formado por técnicos da área financeira do Eletros, as
propostas passam por um comitê executivo de investimentos, formado pela
diretoria do fundo. (Jornal do Brasil - 09.01.2006) 4 Eletronorte investe R$ 117 mi no Maranhão 5 Cinco grupos disputam compra dos ativos da Schahin Pelo menos cinco
grupos disputam a compra dos ativos de transmissão de energia elétrica
que a Schahin pôs a venda: participações na estatal mineira Cemig, nas
italianas Enel e Terna, na colombiana ISA e no fundo Pactual. Bancos de
investimentos consultados pelo Valor avaliaram o negócio entre R$ 500
milhões e R$ 600 milhões. Mas fontes próximas às negociações chegaram
a falar em R$ 900 milhões, dependendo das condições negociadas. Segundo
análises das instituições de investimentos, os cinco projetos têm receita
estimada em R$ 465 milhões no período 2005/2006; e um retorno sobre o
investimento de aproximadamente 14%. A receita da participação apenas
da Schahin é estimada em R$ 160 milhões no período. Para coordenar a operação
de venda dos ativos, a Schahin contratou o Credit Suisse First Boston
(CSFB) e o Banco do Brasil. A Schahin pretende participar dos próximos
leilões do governo federal de construção de linhas de transmissão e também
de hidrelétricas para a geração de energia. Além disso, a área da transportes
está dentro dos objetivos do grupo Schahin. Dentre as candidatas à compra
da fatia da Schahin na TBE, a que tem demonstrado o maior interesse é
a Cemig. (Valor Econômico - 09.01.2006) 6 Celpe terá de pagar multa definida pela Arpe A Aneel negou
o recurso da Celpe contra um auto de infração emitido pela Agência de
Regulação de Pernambuco (Arpe) referente a uma fiscalização feita em 2002.
Nela, segundo a Arpe, foi constatado o não cumprimento, por parte da Celpe,
de metas de qualidade e continuidade no fornecimento de energia em 12
pontos de distribuição de energia em Pernambuco. Essas metas são fixadas
pela Aneel. Com a decisão, volta a vigorar a multa de R$ 103,4 mil que
foi aplicada pela Arpe. A decisão da Aneel foi publicada no Diário Oficial
da União junto com dois despachos. O primeiro confirma uma multa de R$
376 mil reais (aplicada pela Arpe à Celpe) e outro confirma uma advertência
feita à distribuidora. Essa segunda multa foi quitada pela empresa. (Eletrosul
- 06.01.2006) 7 S.Bernardo parcela dívida com a Eletropaulo A Prefeitura
de São Bernardo acertou ontem com a Eletropaulo - distribuidora de energia
elétrica para a cidade - o parcelamento de uma dívida de pouco mais de
R$ 11 milhões. O valor é referente ao não-pagamento de débitos de abril
a setembro de 2005. Segundo a Eletropaulo, a Prefeitura tinha uma pendência
de R$ 12,6 milhões, mas durante a negociação o valor diminuiu. O acordo
foi dividido em duas partes: a Prefeitura aceitou parcelar o débito em
15 vezes - cinco parcelas de R$ 500 mil e dez de R$ 858,9 mil - e a empresa,
em contrapartida, aceitou pagar uma dívida de R$ 639 mil de IPTU (Imposto
Predial e Territorial Urbano) e taxas atrasados. Esse valor foi abatido
do débito. Com isso, o Executivo retirou a ação na Justiça que questionava
o valor devido. (Diário do Grande ABC - 07.01.2006) 8 Ampla inicia instalação de serviço pré-pago em março A Ampla foi autorizada pela Aneel a implantar o serviço pré-pago de tarifação, em caráter experimental, por dois anos a partir de março em sua área de operação no RJ. O diretor de Regulação da Ampla, José Alves, informou que ainda não está decidida a cidade onde será implantado o sistema primeiramente, mas poderão ser escolhidos clientes de Niterói, Duque de Caxias, Itaboraí ou Macaé. Como a adesão ao sistema pré-pago será voluntária, segundo as regras temporárias, a Ampla estuda uma forma de incentivar os consumidores a migrarem para o novo sistema. Entidades de defesa do consumidor são contrárias à idéia, pois ela permite o corte imediato, por inadimplência, do fornecimento de um serviço público essencial. (O Globo - 07.01.2006) 9 Neoenergia decide antecipar resgate de debêntures O grupo Neonergia decidiu resgatar antecipadamente a totalidade das debêntures da segunda série da segunda emissão pública de debêntures simples. Os papéis serão resgatados pelo valor nominal unitário atualizado na data do resgate, ainda não informada, segundo a decisão do conselho de administração do grupo. A operação foi aprovada em reunião do conselho em 13 de dezembro, de acordo com ata publicada nesta sexta-feira, 6 de janeiro. A Cosern começa a pagar R$ 41,5 milhões em juros sobre capital próprio, referentes ao exercício de 2005, na próxima terça-feira, 10 de janeiro. Os dividentos foram divididos da seguinte maneira: R$ 0,2414099 por ação ordinária, R$ 0,2655509 por ação preferencial classes A e B. Serão beneficiados os acionistas inscritos nos registros da empresa em 29 de dezembro passado. (Canal Energia - 06.01.2006) 10 Elektro: isenção de ICMS beneficiará mais de 500 mil clientes A Elektro calcula
que a isenção do ICMS para quem tem consumo mensal de 90 kWh beneficiará
cerca de 248 mil consumidores residenciais. Segundo a empresa, com a medida,
o total de isentos da cobrança de ICMS passará para mais de 500 mil clientes.
Ainda segundo a Elektro, os clientes beneficiados não precisarão preencher
cadastros ou formulários para terem a isenção. A mudança será processada
automaticamente. Com a iniciativa, informou a empresa, o cliente residencial
que pagou R$ 19,83 em dezembro de 2005 por um consumo mensal de 90 kWh,
por exemplo, passará a pagar R$ 17,30 pela mesma demanda quando a isenção
estiver efetivada. A lei sancionada pelo governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, na última semana de 2005, ainda depende de regulamentação. (Canal
Energia - 06.01.2006) 11 Energipe: R$ 2,3 mi para programa de eficiência energética A Aneel aprovou o programa de eficiência energética da Energipe para o ciclo 2004/2005. A distribuidora investirá R$ 2,301 milhões nos projetos selecionados, o equivalente a 0,6272% da receita operacional líquida da empresa. Os projetos deverão ser implementados até o dia 31 de janeiro de 2007, segundo despacho n° 5, publicado no Diário Oficial da União da última quinta-feira, 5 de janeiro. A Aneel autorizou a prorrogação da apresentação do programa de pesquisa e desenvolvimento, ciclo 2005/2006, da AES Tietê para até 28 de fevereiro. (Canal Energia - 06.01.2006) 12 Copel fecha acordo com Procon A Seju (Secretaria
de Estado da Justiça e da Cidadania), o Procon e a Copel assinaram nesta
sexta-feira convênio para melhorar o atendimento aos consumidores de energia
elétrica no Paraná. Pelo acordo, unidades do Procon terão um funcionário
da estatal à disposição para receber as reclamações e agilizar a solução
dos problemas. "O Procon tem como função harmonizar a relação entre o
fornecedor e o consumidor. E, neste caso, a Copel também estará cumprindo
a sua função social, que é atender bem ao público e assim buscar a excelência
nos seus serviços", afirmou o secretário de Justiça, Aldo Parzianello.
Num primeiro momento, o Procon de Curitiba contará com a ajuda de um funcionário
da Copel. (Eletrosul - 09.01.2006) 13 Parceria da Copel com o Procon deve ser estendida A idéia é que
a parceria entre Copel e o Procon seja estendida em breve para o interior,
principalmente para cidades pólo, como Ponta Grossa, Londrina, Maringá
e Cascavel. Para o presidente em exercício da Copel, Paulo Roberto Trompczynski,
o acordo é de suma importância e também tem um caráter preventivo. "Com
esta parceria, o Procon conseguirá agilizar o envio de resposta para os
cidadãos. Além disso, a Copel atenderá melhor aos seus clientes, já que
podemos fazer um diagnóstico das reclamações e atuar preventivamente para
que situações iguais não ocorram com outros consumidores", analisou ele.
O diretor de distribuição em exercício, Luiz Antônio Rossafa, reafirmou
a intenção da estatal em atender cada vez melhor os paranaenses. (Eletrosul
- 09.01.2006) 14 Koblitz pretende aumentar negócios nos próximos cinco anos Executora de
projetos e geradora de energia advinda de fontes alternativas, a Koblitz
quer dobrar seus negócios nos próximos cinco anos. A empresa inaugurou,
no fim do ano passado, um escritório em São Paulo, e pretende intensificar
ainda mais sua atuação nas regiões Sul e Sudeste, cujos negócios já representam,
em valores, 70% do total fechado pela companhia. A Koblitz também pretende
intensificar suas atividades no exterior. A empresa fechou seu primeiro
contrato para a construção de usinas na Itália, e a expectativa é de que
as vendas externas passem a representar 30% dos novos negócios em 2010,
diante de um quadro atual que não ultrapassa 5%. A Koblitz ainda não fechou
os dados referentes a 2005, mas a estimativa é de que o crescimento fique
entre 15% e 20%. Para 2006, a meta é crescer algo em torno dos 10%. Um
dos pilares desse crescimento certamente será a demanda de projetos do
Proinfa. (Jornal do Commercio - 09.01.2006) No pregão do
dia 06-01-2006, o IBOVESPA fechou a 35.475,02 pontos, representando uma
alta de 1,54% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,3 bilhões.
As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,90%, fechando
a 10.360,06 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 42,00 ON e R$ 42,20 PNB, alta de 1,20% e baixa de
1,83%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na
abertura do pregão do dia 03-01-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 41,39 as ações ON, baixa de 1,45% em relação ao dia anterior e R$
41,77 as ações PNB, baixa de 1,02% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 09.01.2006) A Ceron finalizou o sistema de instalação de uma subestação de 15 KVA, do Programa Luz Para Todos, que vai atender as necessidades do Programa de Conscientização Ambiental (Procam), que disponibilizará à sociedade rondoniense o Centro Temático de Educação Ambiental (Cetea); o Centro de Recuperação de Áreas Desflorestadas (Crad) e o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras). (Eletrosul - 06.01.2006) A Coelba montou operação especial para o verão 2006 para garantir a qualidade e a segurança do fornecimento de energia. A empresa investiu na manutenção preventiva e no melhoramento de rede e preparou um esquema especial de atendimento de solicitações de emergência para o período de férias. (Canal Energia - 06.01.2006)
Leilões 1 Abiape: grande participação de termelétricas no leilão pode encarecer custos Segundo o diretor-técnico
da Associação Brasileira dos Investidores em Auto-Produção de Energia
Elétrica (Abiape), Cristiano Abijaode, a grande participação das termelétricas
no leilão de energia nova pode encarecer os custos da energia que chegará
a todas as casas. Uma das principais preocupações de Abijaode é o alto
percentual de aquisição de novos projetos por parte das empresas estatais.
Ele lembra que, na década de 90, diversos projetos nas mãos dessas empresas
ficaram paralisados ou foram concebidos em ritmo bastante lento. "Tivemos
uma época em que havia 22 obras paralisadas nas mãos das estatais, por
absoluta falta de recursos para serem executadas. Diante do quadro de
risco que temos, com grande possibilidade de falta de energia, esse panorama
nos preocupa bastante", afirma. (Jornal do Commercio - 09.01.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 07/01/2006 a 13/01/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Brasil tem primeira emissão de créditos de carbono aprovada Um projeto ambiental de gerenciamento de gás de aterro sanitário em Salvador foi responsável pela primeira emissão de créditos de carbono para um projeto brasileiro no âmbito do Protocolo de Quioto. Os certificados de emissões reduzidas (CERs) foram obtidos pela Bahia Tratamento e Transferência de Resíduos (Battre, ex-Vega Bahia) no dia 30 de dezembro. Foram emitidos 45.988 títulos, correspondentes a igual número de toneladas de dióxido de carbono que deixaram de ir para a atmosfera em 2004 - a redução deve ser comprovada periodicamente. Essa é apenas a quarta emissão de CERs pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), braço da ONU que aprova as metodologias e emite os créditos. (Valor Econômico - 09.01.2006) 2 Petrobras quer aumentar produção de gás para 100 milhões de m3 O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirma que quer aumentar a produção
para cerca de 100 milhões de metros cúbicos até 2010 tanto no Brasil quanto
na Bolívia, onde a estatal é uma das principais produtoras. Lá, a produção
só aumentará se as condições impostas pelo governo forem vantajosas, diz.
O mercado do gás melhorou com o leilão de energia. "A demanda brasileira
cresce a ritmo muito grande [10% ao ano]. E a demanda térmica apresenta
menos instabilidade depois do leilão de energia. O leilão de energia define
mais ou menos um horizonte sobre a demanda térmica, porque passamos a
ter contratos de fornecimento, o que reduz a nossa incerteza", disse Gabrielli.
(Folha de São Paulo - 09.01.2006) 3 Gasmig aumenta parcela destinada ao consumo industrial em 2005 O total de gás
natural diário dirigido ao consumo industrial, sem contar pequenas indústrias,
comércio e GNV, saltou de 1,3 milhão de metros cúbicos ao dia em 2004
para 1,5 milhão de metros cúbicos ao dia em 2005, variação de 15% em todo
o Estado. Isso multiplicou o número de clientes da Gasmig para além de
tradicionais clientes-âncora como Belgo Mineira Participações, Belgo Mineira,
Daymler Crysler e Fiat Automóveis. Em 2005, a Gasmig registrou acréscimo
de 22 clientes de menor porte na carteira operacional, informa gerente
de planejamento da Gasmig Miriam de Paula Rêgo. Esses clientes não responderam
totalmente, mas foram parte importante do crescimento de 20% no total
de gás natural comercializado na região durante todo o ano passado. (Jornal
do Commercio - 09.01.2006) 4 Corumbá IV faz teste de turbinas Depois de quatro
anos e meio, a Usina Hidrelétrica Corumbá IV faz hoje, 9 de janeiro, o
primeiro teste das duas turbinas. Ainda este mês, a linha de transmissão
de 40 quilômetros será testada com a geração de energia de Luziânia (GO)
até a subestação de Santa Maria, no Distrito Federal. O Ibama concedeu
a última das três licenças que autorizam a empresa a funcionar. A Corumbá
Concessões prevê gerar energia só em fevereiro. Entretanto, a empresa
recebeu prazo da Aneel para fazer isso até o dia 31. Caso continue parada,
a agência abrirá processo administrativo contra a usina, que poderá ser
multada em até 2% do faturamento. A solenidade de inauguração está marcada
para o próximo dia 4, mas isso não garante que a usina já estará funcionando.
(Jornal do Commercio- 09.01.2006) 5 Aneel fixa rateio da cota da CCC referente ao mês de dezembro A Aneel estabeleceu as cotas de rateio da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis referentes a dezembro para as distribuidoras. As distribuidoras pagarão R$ 13.288.197,86, referentes ao sistemas interligados, até o dia 10 de janeiro. As empresas do Norte e Nordeste não desembolsarão o encargo este mês. As distribuidoras do Sudeste desembolsarão R$ 9.394.681,65. As distribuidoras do Sul vão pagar R$ 2.933.152,22. Já as do Centro-Oeste desembolsarão R$ 960.363,99. (Canal Energia - 06.01.2006)
Grandes Consumidores 1 BNDES libera verba para usina da Brascan O BNDES aprovou
financiamento suplementar à Brascan Energética no valor de R$ 10,5 milhões.
A operação de crédito se destina a apoiar obras adicionais na hidrelétrica
Passo do Meio, no Rio Grande do Sul, em operação desde novembro de 2003.
A suplementação do financiamento decorre do aumento do custo do projeto,
estimado inicialmente em R$ 66,4 milhões e ampliado para R$ 104,5 milhões
em função de gastos adicionais referentes à elevação do fornecimento médio
de energia em 15%, entre outros que não estavam previstos. (Eletrosul
- 09.01.2006) Economia Brasileira 1 Balança começa o ano com superávit de US$ 745 mi A balança comercial começou o ano com um saldo positivo de US$ 745 milhões. Esse resultado é a diferença entre exportações de US$ 2,124 bilhões e importações de US$ 1,379 bilhão registradas entre os dias 1 e 8 de janeiro, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. A média de exportações diária está em US$ 424,8 milhões na primeira semana de janeiro, um crescimento de 19,8% sobre o mesmo mês do ano passado. Na comparação com dezembro, há uma queda de 14,2%. Já a média de importações está em US$ 275,8 milhões, 10,1% maior que janeiro de 2005 e 7,4% menor que a registrada no mês passado. (Folha de São Paulo - 09.01.2006) 2 Abdib: período eleitoral poderá estimular o ritmo das PPPs A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib) tem acompanhado com especial interesse o andamento das PPPs e, na opinião de seu presidente, Paulo Godoy, o período eleitoral poderá estimular o ritmo do cronograma dos projetos. "Os governos estão se esforçando mais para que as coisas andem, o importante agora é soltar as licitações", diz ele. O governo federal avalia que não existem impedimentos legais para lançar projetos de PPP após abril, mesmo sendo 2006 um ano de eleições. Na avaliação do coordenador da unidade de PPP do Ministério do Planejamento, Maurício Portugal Ribeiro, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Eleitoral não apresentam restrições para que os contratos de PPP sejam assinados em qualquer período deste ano. (Gazeta Mercantil - 09.01.2006) 3 Focus: Mercado mantém estáveis projeções de IPCA em 2005 e 2006
4 Analistas esperam crescimento do PIB de 2,4% em 2005 e de 3,5% em 2006 O mercado financeiro
manteve estável a projeção para o crescimento da economia em 2005. A mediana
das expectativas aponta crescimento de 2,40% para o PIB no ano passado.
Para 2006, a estimativa média de crescimento do PIB continua em 3,50%,
há 36 semanas. Os dados constam do relatório de mercado pesquisado semanalmente
pelo Banco Central junto a instituições financeiras. Os analistas elevaram
ligeiramente a estimativa média para o superávit da balança comercial
de 2006, de US$ 36,98 bilhões para US$ 37 bilhões. A previsão para a entrada
de investimentos estrangeiros em 2005 baixou de US$ 15,5 bilhões para
US$ 15,3 bilhões e, para 2006, manteve-se em US$ 15 bilhões. A projeção
média dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005 ficou
em superávit de US$ 15 bilhões. Para 2006, espera-se superávit de US$
8 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos
analistas aponta crescimento de 3,15% em 2005 e de 4,05% em 2006. (Valor
Econômico - 09.01.2006) 5 Mercado prevê corte na Selic de 0,5 ponto em janeiro Os analistas
financeiros continuam esperando mais um corte de 0,5 ponto percentual
no juro básico da economia em janeiro. A mediana das expectativas dos
analistas aponta Selic em 17,5% anuais no primeiro mês de 2006, de acordo
com a pesquisa Focus.Para 2006, as medianas das estimativas para a Selic
média e para a taxa ao final do ano permaneceram estáveis em 15,94% e
15% anuais, respectivamente. A expectativa para a taxa de câmbio no final
deste ano continuou em R$ 2,40. (Valor Econômico - 09.01.2006) 6 IPC-S fica em 0,68% até 7 de janeiro O IPC-S de até 7 de janeiro deste ano subiu 0,69%, ante aumento de 0,46% no indicador anterior, de até 31 de dezembro de 2005. A informação foi divulgada pela FGV. O resultado anunciado ficou acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro que esperavam um resultado entre (0,35% a 0,57%), e acima da média das expectativas (0,44%). Segundo a FGV, a taxa mais elevada do indicador foi influenciada por acelerações, na passagem do IPC-S de até 31 de dezembro para o índice de até 7 de janeiro, nos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. Esses dois grupos responderam por 70% da taxa do IPC-S anunciado hoje, de acordo com a FGV. Dos sete grupos que compõem o indicador, cinco apresentaram acelerações de preços, e até deflação mais fraca, no mesmo período. (O Estado de São Paulo - 09.01.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Bolívia quer ingresso no controle da GTB Além do já manifesto
desejo de reestatizar as refinarias bolivianas, Evo Morales pretende também
intervir no transporte de gás. A Petrobras já recebeu sinalizações de
que o presidente eleito da Bolívia almeja o ingresso no controle da Gás
Transboliviano (GTB), responsável pela administração do Gasoduto Bolívia-Brasil
(Gasbol). A equipe de Morales já teria o esboço de um projeto de lei que
será encaminhado ao Congresso. Na caneta, o futuro governo boliviano quer
tornar obrigatória a participação da estatal YPFB em projetos de transporte
de gás no país, o que significa, na teoria e na praxis, a entrada da empresa
no capital da GTB. A disposição do governo boliviano atinge diretamente
todos os atuais acionistas da transportadora - além da própria Petrobras,
Enron, Shell, El Paso, BG e Total. A eventual mudança na composição acionária
da GTB também será um complicador a mais para a entrada da Repsol na empresa.
Não é de hoje, a Petrobras tenta viabilizar o ingresso do grupo espanhol
no bloco de controle da transportadora boliviana. (Relatório Reservado
- 09.01.2006) 2 Bolívia quer aumentar vendas de gás natural para Brasil e Argentina O novo governo
boliviano pretende aumentar as vendas de gás natural para o Brasil e para
a Argentina e buscar novos mercados para o produto na América do Sul,
tornando-se o principal fornecedor de energia para a região. "O que queremos
fazer é aproveitar esta oportunidade histórica que nos traz nossa reserva
de gás natural no contexto regional para nos convertermos no fornecedor
deste produto aos países que dele precisam, mas em termos de preços favoráveis
à Bolívia", disse o vice-presidente eleito do país, Álvaro García Linera,
ao jornal "La Razón".García Linera disse ainda que a tarifa de exportação
do gás natural ao Brasil deve ser estabelecida como preço mínimo do produto
para a venda na região. (Folha de São Paulo - 09.01.2006) 3 Bolívia negocia com a Argentina preço de gás igual ao do Brasil O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, vai propor ao governo do presidente Néstor Kirchner fixar em US$ 3,25 por mil BTU (unidades térmicas britânicas) o preço do gás que exporta para a Argentina, durante sua visita no próximo dia 17 a Buenos Aires. Morales negociará a aplicação do mesmo valor que cobra do Brasil. Segundo o vice-presidente eleito, Alvaro García Linera, a partir deste mínimo será necessário "olhar para cima na escala de preços do gás boliviano". Também afirmou que: "Com o Brasil temos uma fórmula que é parte do acordo, mas se houver possibilidades de melhorarmos o preço com o Brasil e com a Argentina, vamos aproveitá-la". Segundo Linera, a idéia da equipe econômica do governo eleito é que o gás se transforme crescentemente em um commodity, que gradualmente se aproxime dos preços internacionais. (Jornal do Commercio - 08.01.2006) 4 Irã negocia urânio em território russo
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