l IFE: nº 1.722 - 02
de janeiro de 2006 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Palocci entrega estudo sobre setor elétrico para Lula De acordo com
Relatório Reservado, Palocci entregou minucioso estudo para Lula, onde
apresenta preocupação com oferta de energia frente ao crescimento do PIB.
O estudo trabalha com crescimento do PIB de 5%, contra a previsão de 4%
formulada pela EPE. Esta diferença poderia gerar escassez de energia elétrica
provocando alta nas tarifas e exigindo ação rápida para ampliar a oferta
e evitar desequilíbrio maior. O governo poderia estimular a construção
de termoelétricas a gás, financiadas pelo BNDES, certamente usando a capacidade
de investimento e de conhecimento da Petrobras.A Além disto se as projeções
do MF se confirmarem o impacto das tarifas sobre a inflação seriam maiores,
comprometendo as metas do Banco Central e da redução das taxas de juros.
(Relatório Reservado - 02.01.2006) 2 BNDES aprova financiamento para 16 projetos do Proinfa A diretoria
do BNDES aprovou mais 16 financiamentos no âmbito do Proinfa. As operações,
no valor total de R$ 1 bilhão, se destinam à instalação de 15 PCHs e uma
térmica à biomassa nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O apoio
do banco permitirá que as empresas realizem investimentos, que somam R$
1,4 bilhão, nas obras para instalação das usinas e das linhas de transmissão
de energia. As usinas terão capacidade instalada total de 380 MW. Essa
energia já está contratada com a Eletrobrás e será integrada ao Sistema
Elétrico Interligado Nacional. (Gazeta Mercantil - 02.01.2006) 3 Aneel suspende cobrança do "seguro apagão" A diretoria
da Aneel decidiu suspender a cobrança do chamado "seguro apagão" nas contas
de luz dos consumidores. O fim do Encargo de Capacidade Emergencial (ECE),
nome oficial do seguro, foi garantido pela capitalização da estatal Comercializadora
Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), segundo a Aneel. A empresa responde
pelo repasse aos donos das usinas emergenciais dos valores arrecadados
pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica dos consumidores.
Cobrado desde fevereiro de 2002, o "seguro apagão" recolhia R$ 0,0035
por kWh nas contas de energia elétrica - o valor havia sido reajustado
em 20 de julho. (Valor Econômico - 23.12.2005) 4 Aneel fixa TFSEE para o exercício de 2006 O secretário
Hélcio Tokeshi, da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), afirma
que a pior fase das tarifas reguladas pelas agências reguladoras federais
já passou. Isso não o impede de criticar decisões da Anatel e da Aneel.
Na sua avaliação, a época em que os reajustes desses dois serviços seguiam
rigidamente o IGP, trouxe muitos problemas para os consumidores. Agora,
tanto em energia elétrica como em telefonia as regras já prevêem cálculos
que incorporam de forma mais elaborada algum índice de produtividade do
setor. Agora, o centro do debate está na definição do chamado "fator X",
que é o desconto no reajuste total das tarifas para obrigar o prestador
de um serviço quase monopolista a buscar eficiência, reduzir custos e
repassar esses benefícios aos consumidores. "Um bom reajuste é melhor
que desindexar", afirma. A crítica da Seae com relação à Aneel é contra
a definição da "empresa modelo" que serve de referência para a aferição
de custos e eficiência no setor. "Já iniciamos as discussões com a Aneel,
mas a metodologia é um pouco opaca e não sabemos o que está por trás dos
valores de perdas e eficiência", explica. (Valor Econômico - 02.01.2006)
6 LT Montes Claros 2/Irapé entra em operação comercial A linha de transmissão
Montes Claros 2 - Irapê, em 345 kV, entrou em operação comercial. O empreendimento
foi construído pela Companhia Transleste de Transmissão, que tem como
sócios Cemig, Alusa, Furnas e Orteng. A LT, de 140 quilômetros de extensão,
será operada pela Cemig. A linha escoará a energia da hidrelétrica de
Irapê para o sistema elétrico mineiro através da subestação Montes Claros
2. A usina tem potência de 360 MW e começa a gerar no primeiro semestre
de 2006, segundo informou a Cemig. A Transleste investiu R$ 122 milhões
na linha. (Canal Energia - 22.12.2005) O sistema brasileiro de transmissão de energia está crescendo, em extensão, quatro vezes mais que no período anterior a 99, ano de criação da Aneel. Antes desta data, a rede crescia cerca de 0,8% ao ano. Depois, 3,8%. Entraram em operação comercial em 2005 1.168 km de LTs. E outros 1.990 km estão prestes a ser acrescentados ao sistema. A Abdib estima fechar o ano de 2005 com uma rede básica de 82 mil km, 18 mil quilômetros a mais que no ano de 98. Para o período de 2006 e 2008, a Abdib acredita que será necessário construir mais 113 linhas de transmissão com 10.312 km para permitir a integração, ao sistema, das novas fontes de geração hidrelétrica e termelétrica disponíveis, envolvendo investimentos de R$ 7,7 bilhões. (Eletrosul - 27.12.2005) 8 Curtas A Aneel fará audiência pública presencial para discutir a cobrança da Recomposição Tarifária Extraordinária para consumidores livres. A audiência está prevista para o dia 30 de março de 2006. (Canal Energia - 22.12.2005)
Empresas 1 Eletrobrás pode receber mais liberdade para Investimentos O estudo elaborado
pelo Ministério da Fazenda entregue por Palocci para Lula concluiu sobre
a possibilidade de escassez de energia elétrica para atender o maior crescimento
do PIB em 2005 e anos subseqüentes. Para o MF o governo poderia contar
com importante instrumento para ampliar a oferta de energia através da
Eletrobrás. Ela receberia autorização para diminuir a contribuição à geração
de superávit primário, dando assim maiores condições para investimentos
e parcerias estratégicas para a criação de capacidade geradora. (Relatório
Reservado - 02.01.2006) 2 Rondeau negocia com CMN crédito para Eletrobrás O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, disse que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, ainda está negociando com o Conselho Monetário Nacional (CMN) uma forma de permitir que as controladas possam investir nesses projetos. O CMN é constituído pelo ministro da Fazenda, que preside o órgão, e ainda pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo presidente do Banco Central (BC). "O ministro está conversando com o CMN uma mudança de regras para financiar as estatais. Eu conto com isso e até guardei uma entrevista do vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca, onde ele garantia financiamento para todas as empresas que participassem do leilão", disse Vasconcelos. O problema que Rondeau precisa contornar é uma resolução do CMN que estabelece contingenciamento para empréstimos ao conjunto de empresas do setor público, à exceção da Petrobras. A restrição é dirigida a todo o sistema financeiro nacional e não apenas ao BNDES. (Valor Econômico - 29.12.2005) 3 Eletrobrás pretende investir R$ 5 bi em 2006 O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, informou que a estatal pretende investir
R$ 5 bilhões em 2006, o que inclui a construção de novas usinas adquiridas
no leilão de energia nova, a manutenção do atual parque gerador, e em
linhas de transmissão e modernização tecnológica. Os números poderão crescer
se o governo aprovar a construção de Angra 3 - investimento de US$ 1,6
bilhão - que teria forte participação da Eletrobrás, segundo Vasconcelos.
Além disso, a estatal quer participar dos projetos das hidrelétricas de
Belo Monte e Rio Madeira. A Eletrobrás aguarda para 2006 que o Congresso
Nacional aprove sua atuação fora do Brasil, assim como a listagem das
ações da empresa no nível 2 da Bolsa de Valores de Nova York. (Valor Econômico
- 29.12.2005) 4 Enersul vai receber financiamento de R$ 29 mi
do BNDES 5 Copel vai investir R$ 553 mi em 2006 A Copel revisou
seu plano de investimento para 2006 e, ao contrário dos R$ 338,6 milhões
previstos anteriormente, deverão ser aplicados R$ 553 milhões. Do total
previsto para o próximo exercício, a maior fatia, de R$ 317 milhões, irá
para a área de distribuição. Outros R$ 180 milhões irão para transmissão,
R$ 35 milhões para telecomunicações e o restante para geração e outros
serviços. (Valor Econômico - 02.01.2006) 6 Copel quer colocar em prática parceria com Eletrosul O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, quer colocar em prática, em 2006, a parceria
que fez com a Eletrosul para a construção de novas usinas. "Estávamos
prontos para comprar uma concessão no último leilão, mas ela acabou sendo
excluída", disse, referindo-se à hidrelétrica Mauá, no Rio Tibagi, cujo
projeto terá de ser refeito por questões ambientais. Pela parceria, a
Copel será sempre majoritária nos novos empreendimentos, já que uma lei
estadual impede que ela entre em qualquer negócio como minoritária. (Valor
Econômico - 02.01.2006) 7 Ampla vende hidrelétricas para o grupo Sabricorp A concessionária
de energia Ampla anunciou ontem a venda dos seus ativos de geração elétrica
para a Sabricorp Participações por R$ 105 milhões. O acordo envolve a
alienação de nove pequenas centrais hidrelétricas que juntas somam 63
MW. A negociação ainda depende de aprovação da Aneel. A Ampla chegou a
negociar a venda do seu parque gerador com a Arbeit Gestão de Negócios,
mas as conversas não foram levadas adiante. Os dois grupos anunciaram
a negociação em outubro, por R$ 103 milhões. Um mês depois, porém, desfizeram
o acordo. A venda dos ativos de geração faz parte do processo de desverticalização
imposto pelo novo modelo do setor elétrico. (Valor Econômico - 29.12.2005)
8 AES Eletropaulo realiza oferta de R$ 250 mi em debêntures A AES Eletropaulo iniciou em 23 de dezembro, a oferta pública de debêntures simples no valor de R$ 250 milhões. A oferta é realizada no âmbito do programa de distribuição de valores mobiliários da empresa de até R$ 1,5 bilhão. Serão ofertadas 25 mil debêntures no valor de R$ 10 mil cada. O prazo de vencimento das debêntures é de oito anos, com prazo final em 20 de dezembro de 2013. A data de encerramento da distribuição é 22/06/2006 com remuneração da taxa DI mais spread de 2,5%, e prêmio de 1,00/0,50% após 20/12/2011. (CVM - 23.12.2005) 9 Cemig e Governo de MG não chegam a acordo sobre dívida de R$ 3,1 bi O governo de Minas Gerais e os demais acionistas da Cemig fecharam o ano de 2005 sem um entendimento quanto à dívida de R$ 3,1 bilhões que o Estado possui com a estatal. O consórcio SEB (Southern Electric Brasil), que detém 32,96% do capital votante da Cemig, não aceitou a proposta feita pelo acionista majoritário, o governo mineiro, o que acabou levando ao cancelamento da Assembléia Geral Extraordinária (AGE) marcada para a última sexta-feira (30/12). Uma nova AGE foi agendada para o dia 5 de janeiro. O débito é referente à Conta de Resultados a Compensar (CRC). Pela nova proposta, o Estado pagará à Cemig 61 parcelas semestrais até o ano de 2035. O valor de cada parcela será corrigido pelo IGP-DI a partir de 1 de janeiro de 2005, até a data do seu efetivo pagamento. Um dos pontos centrais do desentendimento entre os sócios na Cemig é com relação à constituição de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC. Esse mecanismo é uma espécie de adiantamento dos créditos devidos pelo Estado de Minas Gerais referentes à CRC. Os recursos desse fundo serão distribuídos na forma de dividendos extraordinários em montante de R$ 897 milhões, dos quais o Estado de Minas Gerais receberá 22%. Mas o consórcio SEB não aceita essa proposta. (Valor Econômico - 02.01.2006) 10 Cteep atrai interesse de dez empresas O processo de
venda de 50,1% do capital votante da Transmissão Paulista atraiu o interesse
de dez investidores. Segundo o secretário de Energia, Recursos Hídricos
e Saneamento de São Paulo, Mauro Arce, das empresas que responderam ao
teaser enviado pelo governo estadual a potenciais investidores, quatro
se habilitaram para o processo ao fazer o pagamento da taxa que permite
acesso ao data room: as brasileiras CPFL Energia e Alusa, a colombiana
ISA e a italiana Terna. O leilão da Cteep está previsto para acontecer
no dia 8 de fevereiro. No dia 21 de dezembro foi realizada na sede da
Bovespa audiência pública sobre a privatização da companhia. A previsão
é que o edital esteja disponível na primeira quinzena de janeiro. Encerrada
a fase de contribuições ao edital, os próximos passos são a análise dos
pontos que o compõem e a aprovação de toda a documentação pela Aneel.
(Canal Energia - 22.12.2005) 11 Light aprova protocolo para incorporação de ações no processo de desverticalização A Light Serviços de Eletricidade (Light Sesa) aprovou o protocolo e justificação de incorporação de ações de emissão da companhia pela Light S.A., holding criada para controlar as subsidiárias de distribuição e de geração. A operação envolve a transferência de todas as ações de emissão da Light Sesa para a Light S.A., no valor de R$ 1,701 bilhão. Com a operação, a Light S.A. terá um aumento de capital, de R$ 1,701 bilhão, sendo representado pela emissão de 133.591.729.976 ações ordinárias. Já o capital social da Light Sesa ficará em R$ 4,411 bilhões, representado por 133.591.729.976. Ficarão sob o guarda-chuva da Light Sesa a Light Overseas Investments Limited e a LIR Energy Limited, até 31 de dezembro de 2006. (Canal Energia - 29.12.2005) 12 Celesc perde seu maior cliente industrial A maior consumidora
de energia da Celesc agora vai para o mercado livre. A Fundição Tupy,
empresa com sede no município de Joinville, segue o movimento de outras
25 grandes indústrias catarinenses, que também deixaram de ser consumidoras
cativas em busca de redução de custos. A maioria dessas empresas não renovou
contrato com a Celesc na ocasião do seu vencimento. Com a Tupy foi diferente.
A companhia decidiu não esperar e optou por antecipar o fim de um acordo
que venceria somente em 2007. "A decisão foi tomada porque ainda existem
oportunidades para comprar energia mais barata para 2006 do que compraríamos
da Celesc", explicou o presidente da Tupy, Luiz Tarquínio. Com a rescisão,
a Tupy pagou multa à distribuidora capixaba e devolveu recursos ganhos
via descontos por conta de um programa de fidelização de grandes clientes.
Esse programa foi implantado pela Celesc justamente para evitar uma debandada
generalizada de indústrias para o mercado livre. (Valor Econômico - 23.12.2005)
13 Aneel adia reajuste do Grupo Rede A Aneel através
de resoluções publicadas no DOU de 27/12/2005 alterou as datas de revisão
e reajuste de tarifas de quatro distribuidoras do Grupo Rede que atuam
no interior do estado de São Paulo. As novas tarifas de Bragantina, Caiuá,
Nacional e Paranapanema entrarão em vigor no dia 10 de maio de 2006. A
data original seria 3 de fevereiro. A Aneel também fixou a receita mensal
referente às instalações de conexão da Transmissão Paulista. A Bragantina
pagará R$ 30,3 mil à Cteep; a Caiuá vai pagar R$ 73,9 mil Nacional, R$
R$ 57,8 mil e Paranapanema, R$ 84,4 mil. Os valores referem-se ao período
de fevereiro a maio de 2006. No mesmo período, as quatro empresas pagarão
a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE). A Agência
fixou os valores em R$33,9 mil para a Paranapanema, R$ 19,3 mil para a
Nacional, R$ R$ 36,9 mil para a Caiuá e R$ 27,2 mil par a Bragantina.
(Aneel - 27.12.2005) 14 RGS e os investimentos no SE O Rio Grande
do Sul atraiu R$ 25,3 bilhões em investimentos de 2003 até agora, conforme
levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais
(Sedai). O setor de energia foi o que mais atraiu investimentos, R$ 10,1
bilhões - 40% do total. No segundo posto ficou a área de celulose, com
R$ 6,7 bilhões. Em seguida aparece o setor metalmecânico, com R$ 4,2 bilhões.
Entre os dez principais investimentos confirmados para o Rio Grande do
Sul, a metade é oriunda da secretaria estadual de Energia, Minas e Comunicações.
Estes investimentos estão vinculados à implantação de novas fontes de
energia no Estado, como a geração eólica, e de viabilização de dois projetos
termelétricos a carvão, Candiota 3 e Jacuí 1. Estima-se a criação de 55
mil empregos diretos e indiretos até 2010, somente nos investimentos previstos
para a área de energia. O governo pretende tornar o Estado auto-suficiente
na produção de energia até 2009. (Eletrosul - 27.12.2005) 15 CEEE poderá ter participação da UHE de Passo São João A Eletrosul
informou que a CEEE poderá ter uma participação de até 40% na hidrelétrica
de Passo São João, no RGS. A usina, com capacidade de 77,1 MW, terá um
investimento total de R$ 250 milhões e geração de 5,2 mil empregos até
dezembro de 2009. Sua concessão e venda de energia foram ganhas pela Eletrosul
no leilão de energia nova. O ingresso da CEEE no projeto da usina está
condicionado à conclusão do processo de desverticalização. A Proposta
de Emenda Constitucional solicitando a desverticalização da CEEE será
enviada em meados de fevereiro. O prazo final estipulado pela Aneel é
até 30 de junho de 2006. (Eletrosul - 21.12.2005) 16 Eletrosul e o planejamento setorial no RGS A Eletrosul
passou a integrar o Comitê de Operação e Planejamento do Sistema Elétrico
do Rio Grande do Sul (Copergs) formado pelas distribuidoras de energia
- CEEE, RGE e AES Sul -, tendo como coordenação a secretaria de Energia.
Os integrantes aprovaram a participação da Eletrosul e a renovação por
cinco anos o funcionamento do comitê. A Eletrosul informou que aplicará
R$ 200 milhões no Rio Grande do Sul em 2006. (Eletrosul - 21.12.2005)
17 Tractebel obtém licença para LT A Tractebel
Energia S/A obteve licença ambiental de operação, com validade por 96
meses, para a linha de transmissão 500 kV que interliga a usina hidrelétrica
Machadinho à linha de transmissão Itá-Campos Novos, localizada no município
de Piratuba. (Eletrosul - 23.12.2005) 18 Energias do Brasil vai pagar R$ 96 mi em juros sobre capital próprio A Energias do
Brasil pagará R$ 96,061 milhões em juros sobre o capital próprio, relativos
ao exercício de 2005. A operação foi aprovada em reunião do conselho de
administração realizada na quarta-feira, 28 de dezembro. A empresa avisou
que serão retidos 15% de imposto de renda na fonte, exceto para aqueles
acionistas que provarem serem isentos. As distribuidoras da holding -
Bandeirante Energia, Escelsa e Enersul - pagarão R$ 123,617 milhões em
juros sobre capital próprio aos acionistas. (Canal Energia - 29.12.2005)
A Cia. Bozano
articula um consórcio com investidores norte-americanos e europeus para
a construção de linhas de transmissão e geradoras de energia no Brasil.
A investida inaugural deverá ocorrer no primeiro leilão de energia nova
de 2006. No segmento de transmissão, o olhar da Cia. Bozano se volta para
as linhas que serão construídas para conectar o complexo de hidrelétricas
do Rio Madeira, na Amazônia, ao sistema interligado nacional de energia
elétrica. Esse bloco será licitado pela Aneel em 2006, tão logo esteja
concluída a venda das usinas do Rio Madeira. Dono de uma fortuna estimada
em US$ 1,6 bilhão, Bozano pretende investir cerca de R$ 100 milhões na
área de energia. A maior parte dos recursos virá dos sócios internacionais,
que deverão ser majoritários na maioria dos projetos. A investida traz
novas cores ao portfólio de investimentos de Julio Bozano. A Cia. Bozano
pretende focar seus investimentos em concessionárias com potencial de
rentabilidade de 15% a 20% ao ano. (Relatório Reservado - 23.12.2005)
20 Alusa estréia na geração elétrica A empresa nacional
de transmissão de energia Alusa, ao contrário de outros grupos privados
do setor elétrico, não se importou com o baixo preço estipulado pelo governo
para o leilão de energia nova, de R$ 116 o MWh. Sem nenhuma experiência
em geração, a empresa arrematou, sozinha, dois dos sete lotes oferecidos
para a construção de usinas hidrelétricas: um Goiás e outro no Rio Grande
do Sul. A previsão é investir R$ 500 milhões nas usinas. A estréia da
Alusa na área de geração, segundo o diretor de operações da empresa, José
Lázaro Rodrigues, tem uma explicação: com as novas regras do setor, os
investimentos em geração ficaram mais parecidos com o que já ocorria na
transmissão, segmento onde a Alusa é a companhia privada nacional líder.
Na transmissão, o retorno não é tão alto, mas há maior segurança. E assim
prometem ser os novos projetos de geração: "Tem a garantia da venda, e
os riscos são baixos, basicamente de performance da construção. E nisso
nós temos expertise", diz Rodrigues. (Valor Econômico - 21.12.2005) A Caixa Econômica Federal e o governo da Bahia assinaram um convênio de cooperação técnica com o grupo Neoenergia, por meio da Coelba, para o fornecimento de lâmpadas fluorescentes e geladeiras para imóveis populares. (Folha de São Paulo - 24.12.2005) Estão bem adiantados os preparativos para o processo de venda da Cepisa. O banco de dados sobre a empresa já foi montado. No primeiro trimestre de 2006, a Eletrobrás deverá abrir o data room da empresa piauiense. (Relatório Reservado - 28.12.2005) A disputa entre a família Botelho e a norte-americana Alliant continua. A Cataguazes-Leopoldina pretende fundir a Saelpa e a Celb, distribuidoras de energia da Paraíba. Sócia do grupo, a Alliant é contra. (Relatório Reservado - 02.01.2006) A Aneel anui a alienação das participações acionárias da Celtins (TO) para a Caruá-Una Energia. A distribuidora repassará a participação nas empresas Socibe Energia, Isamu Ikeda Energia, Alvorada Energia, Celtins Energética, Ipueiras Energética e Rede Lajeado Energia. (Canal Energia - 30.12.2005) A Celg inaugura esta semana quatro agências de atendimento ao público, como parte da política de modernização e padronização da relação com o cliente. Na última quarta-feira, 28 de dezembro, foi aberta a agência Sudoeste, em Goiânia, que teve a capacidade de atendimento ampliada para 400 pessoas por dia. (Canal Energia - 29.12.2005) A Cemat pagou na quinta-feira, 29 de dezembro, juros sobre capital próprio aos acionistas, relativo ao montante aprovado em reunião do conselho de administração de 23 de fevereiro deste ano. O valor a ser pago é de R$ 0,004446571 por ação ordinária e R$ 0,004891228 por ação preferencial. (Canal Energia - 29.12.2005) A Light está investindo R$ 3 milhões no plano de reformulação e expansão das agências de atendimento ao público. A distribuidora inaugura nesta quinta-feira, 29 de dezembro, a quinta unidade com o novo conceito arquitetônico e de atendimento. A empresa está programando para 2006 a reforma de mais três agências. (Canal Energia - 29.12.2005) A Calçados Azaléia concluiu as negociações de venda dos ativos de geração de energia para a Brascan Energética. Iniciado em 3 de outubro deste ano, o acordo envolve a totalidade da participação societária da Azaléia na Energética Campos de Cima da Serra (ECCS). (Canal Energia - 29.12.2005)
Leilões 1 Restrição ambiental elevou preço em leilão As restrições
ambientais à construção de hidrelétricas elevaram o preço médio da energia
que será fornecida pelas usinas licitadas no leilão de energia nova, ocorrido
no dia 16 de dezembro. Na avaliação do governo, a ausência de hidrelétricas
levou a uma presença maior de termelétricas, que produzem energia a um
custo maior. O preço médio da energia que será entregue em 2010 pelas
usinas é de R$ 138 por MWh. "Dadas as usinas que estavam disponíveis,
foi a menor tarifa possível", disse Maurício Tolmasquim, presidente da
EPE. "Teve mais termelétrica do que eu acho que seria necessário, se a
área ambiental liberasse mais usinas hidrelétricas, mais baratas", afirmou.
O governo teve problemas com licenciamento ambiental para licitar todas
as hidrelétricas que planejava. Inicialmente, a lista era de 17 usinas
(2.829 MW). Com as dificuldades de licenciamento, a lista foi diminuída.
(Folha de São Paulo - 21.12.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de eletricidade cresce 4,7% com tendência para baixo Segundo
dados da EPE, o consumo de energia elétrica cresceu 4,7% de janeiro a
outubro de 2005 em relação ao mesmo período de 2004. E de 2,0% em relação
ao mês de setembro de 2005, "sinalizando tendência de retração no ritmo
de expansão do mercado". Esta avaliação foi determinada pelo fraco desempenho
da classe industrial que vem apresentando tendência de diminuição do consumo
desde o início de 2005. O segmento industrial apresentou crescimento de
0,6% em agosto, 1,0% em setembro e -0,8% em outubro. Sendo que de janaeiro
a outubro de 2005 cresceu somente 2,8%. A classe residencial vem se recuperando
dos patamares da Crise do Apagão. Nos dez primeiros meses de 2005 cresceu
5,2% em relação ao mesmo período de 2004. A classe comercial teve crescimento
do consumo de 7,5% de janeiro a outubro. (EPE - 27.12.2005) 2 Ambiente de livre contratação com 20,6% do mercado O levantamento da EPE sobre o comportamento do consumo de energia entre janeiro e outubro de 2005 verifica tendência de crescimento do ALC - ambiente de livre contratação. No período, o segmento representou 20,6% do fornecimento, alcançando o patamar de 57.336 GWh. Em 2004, este segmento deteve 12% do mercado. Em 2005, o submercado Sudeste/Centro-Oeste representou 69% do consumo do ambiente de livre contratação, vindo depois o submercado Norte, com 19%. O volume de autoprodução transportada por grandes consumidores, entre as áreas de produção e os centros de consumo, ficou em 7.688 GWh. A maior parte deste valor, 94%, foi na região Sudeste. (EPE - 27.12.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 31/12/2005 a 06/01/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Brasil e Chile mantêm esforço para criar rede de gasodutos Os ministros de Minas e Energia do Brasil e do Chile, Silas Rondeau e Jorge Rodriguez Grossi, respectivamente, acertaram nesta quinta-feira, 22 de dezembro, a continuação do esforço para criação da Rede de Gasodutos do Sul, em uma tentativa de viabilizar a integração energética da América do Sul. Os dois ministros tatraram ainda sobre a possibilidade de o Brasil exportar para o Chile parte de sua energia elétrica excedente. Neste caso, Rondeau disse que o governo brasileiro buscará formas para atender o mercado chileno, desde que a situação hidrológica brasileira permita. Já em relação à criação da rede, o ministro chileno sugeriu que o governo brasileiro mantenha conversas com o Peru, a fim de demonstrar interesse pela continuação dos entendimentos em favor do estabelecimento da rede de gasodutos, a partir do gás de Camisea, no país peruano. O Rondeau concordou em visitar o Peru no início de 2006. (Canal Energia - 22.12.2005) 2 Estatal gaúcha aumenta produção de carvão em com Candiota 3 A Companhia
Riograndense de Mineração aumentará em 162,5% a produção de carvão com
a construção da termelétrica Candiota 3, prevista para entrar em operação
em 2010. A CRM investirá R$ 20 milhões já no ano que vem para preparar
a mina de Candiota para o incremento da produção, segundo informou a secretária
estadual de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul. Dos atuais
1,6 milhão de toneladas/ano, a CRM passará a produzir 4,2 milhões de toneladas/ano
para atender a Fase C da térmica. A partir de novembro de 2006, a estatal
passará a receber royalties da Carbonífera Criciúma pela exploração da
mina subterrânea Leão II, que abastecerá a usina Jacuí I, em Charqueada.
Com o início da geração de energia em 2009, a CRM passará a receber cerca
de R$ 500 mil por mês de royalties da Carbonífera, informou a secretária.
(Canal Energia - 22.12.2005) 3 Copel quer concluir negociação do caso UEG Araucária O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, tem como uma das metas prioritárias para 2006
a conclusão das negociações com a El Paso no caso da UEG Araucária. A
térmica custou US$ 300 milhões, foi inaugurada em setembro de 2002 mas
nunca funcionou devido a problemas técnicos. A El Paso tem 60% do empreendimento,
a Copel, 20%, e a Petrobras, 20%. "Estamos esperando o fim das negociações
e temos caixa para um possível acordo", afirmou o executivo. (Valor Econômico
- 02.01.2006) 4 Prisma Energy vende Termelétrica de Cuiabá A Prisma Energy,
que reúne ativos da finada Enron, vai vender a Termelétrica de Cuiabá
e o Gasmat, gasoduto que abastece a geradora com gás boliviano. Com a
dupla negociação, a Prisma espera embolsar cerca de US$ 500 milhões. (Relatório
Reservado - 30.12.2005) 5 Acre negocia alteração em traçado de gasoduto com o Peru O governador do Acre, o petista Jorge Viana, passou por cima do Itamaraty e do Ministério de Minas e Energia. Negocia com o governo peruano uma alteração no traçado do gasoduto que trará o gás da reserva de Camisea ao Brasil. Em vez de seguir para o Chile e, então, conectar-se ao Bolívia-Brasil, a tubulação entraria diretamente no Acre. (Relatório Reservado - 30.12.2005)
Grandes Consumidores 1 Alcoa prevê novos investimentos no Brasil Recém definidos
investimentos no valor de US$ 1,6 bi para os próximos 3 anos, a Alcoa
inicia estudos para novo ciclo de investimento estimados em US$ 5 bi para
a construção de uma fabrica de alumínio com capacidade para 500 mil toneladas
ano. Esta nova unidade produtiva poderá ficar perto das Hidroelétricas
de Belo Monte ou de Marabá que deverão ser leiloadas no próximo ano. A
intenção da Alcoa é deter entre 500 a 1500 MW e dessa forma viabilizar
a construção de uma fábrica de alumínio primário nas proximidades de uma
dessas usinas.A diretoria no entanto tenta condicionar este novo ciclo
a oferta de energia elétrica a preços que afirma conseguir obter em outras
partes do mundo: entre US$ 15 a 20 por MW. (Valor - 26.12.2005)
Economia Brasileira 1 BNDES corta spreads e reduz custos de financiamentos O presidente do BNDES, Guido Mantega, anunciou a redução média de um ponto percentual nos "spreads" cobrados pelo banco. O banco fez uma revisão de suas políticas operacionais, que vão favorecer prioritariamente, com custos mais baixos, setores que investirem em inovação, infra-estrutura e energia. "O BNDES está fazendo a revisão de suas políticas operacionais para contribuir de forma mais expressiva para o processo de desenvolvimento econômico em curso no país", afirmou Mantega. "Spread" é a diferença entre o custo de captação dos recursos e o que o banco cobra para emprestá-los. No caso do BNDES, o custo é o da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que está em 9%. Com o "spread", o banco cobre suas despesas, tributos e dividendos. Além disso, há também um "spread" de risco, taxa que contabiliza um eventual calote. Somadas a redução da TJLP (anunciada em Brasília também ontem) e o corte nos "spreads" do BNDES, o custo de um empréstimo no banco para aumentar a capacidade produtiva de uma empresa de grande porte, sem incentivos regionais, será reduzido em 12%. Nesse exemplo, o custo financeiro cai de 14,25% para 12,5%. Segundo Mantega, a decisão vai impulsionar a competitividade das empresas brasileiras no exterior. A mudança no "spread", porém, varia de acordo com o setor. (Folha de São Paulo - 23.12.2005) 2 Focus: Mercado mantém projeção de IPCA em 2005 de 5,68% O mercado financeiro manteve estável, pela terceira semana seguida, a projeção para o índice oficial de inflação de 2005. De acordo com o mais recente relatório de mercado, feito pelo Banco Central na semana passada, a previsão do IPCA de 2005 permaneceu em 5,68%. Assim, a projeção do mercado está acima da meta perseguida pelo BC para este ano, que é de 5,1%, mas em linha com a previsão do próprio presidente do BC, Henrique Meirelles, para quem o IPCA fecharia o ano por volta de 5,6%. A mediana das expectativas dos analistas para o IPCA de 2006 também ficou estável, em 4,50%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central as previsões para o IGP-DI de 2005 passaram de 1,18% para 1,16%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas permaneceu em 4,54%. A expectativa dos analistas para o IPCA de dezembro continuou em 0,35% e a do IGP-DI passou de 0,01% para zero. No IPC da Fipe, manteve-se em 0,30%. Para o mês de janeiro, a estimativa do IPCA permaneceu em 0,40% e a do IPC da Fipe, em 0,46%. A mediana das expectativas para o IGP-DI foi de 0,34% para 0,35% e, no IGP-M, de 0,30% para 0,34%. (Valor Econômico - 02.01.2006) 3 Analistas reduzem de novo estimativa de alta do PIB em 2005 4 Focus: Previsão de IPCA em 12 meses tem leve aumento A projeção média
do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12
meses teve ligeira alta. Segundo o relatório de mercado elaborado em pesquisa
feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas
dos analistas aponta para IPCA de 4,52%, contra a previsão de 4,50% da
semana retrasada. Nos demais índices analisados, as previsões também subiram,
com exceção do IPC da Fipe, cuja estimativa passou de 4,50% para 4,49%.No
IGP-DI, a estimativa passou de 4,28% para 4,44% e, no IGP-M, foi de 4,49%
para 4,60%. (Valor Econômico - 02.01.2006) 5 Banco Central retira limite para banco comprar dólar O mercado cambial
entra 2006 com uma restrição a menos sobre as instituições financeiras.
Está extinto, a partir de hoje, o limite de posição comprada dos bancos
em moeda estrangeira, que era de US$ 6 milhões. Para Luiz Fernando Figueiredo,
ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, embora mereça elogio,
a medida não propiciará recuperação do dólar norte-americano frente ao
real. A medida é boa, na sua opinião, porque " melhora estruturalmente
o mercado de câmbio no longo prazo " . Ao permitir que os bancos acumulem
mais ativo em moeda estrangeira, o BC dá melhores condições de equilíbrio
entre forças de oferta e de demanda, explica. Já no curto prazo, o fim
da antiga restrição não ajuda a sustentar o preço do dólar porque a posição
dos bancos em câmbio hoje é altamente vendida e não comprada, destaca
o economista. Segundo dados do BC, ao final de novembro de 2005, o saldo
da carteira de câmbio do conjunto do sistema financeiro estava liquidamente
vendido em US$ 3,42 bilhões. O BC confirmou que, de fato, não quis interferir
no nível atual da taxa de câmbio. Para a autoridade monetária, o limite
não se justificava mais diante de mudanças como a melhoria do balanço
de pagamentos externos, o aumento das reservas internacionais e a redução
da dívida pública interna indexada ao dólar. O Banco Central entende que
eventuais excessos de posição comprada serão inibidos pelas normas de
exigência de capital para carregamento de posições em moeda estrangeira.
O BC justifica ainda que a medida vai reduzir custo de transações financeiras
e garantir maior eficiência na formação de preços no mercado de câmbio.
(Valor Econômico - 02.01.2006) 6 Produtividade estanca a partir de 2003 A produtividade da economia brasileira passou a crescer mais devagar nos últimos anos. De 2003 a 2005, o crescimento da produtividade foi de apenas 0,4% ao ano, contra o avanço de cerca de 4,4% no período imediatamente anterior, de 1999 a 2002. Os cálculos são do economista Guilherme Maia, da consultoria Tendências, e preocupam porque, caso não seja revertida, a tendência de desaceleração do aumento da produtividade significará que o Brasil continuará convivendo com taxas de crescimento relativamente baixas e com taxas de juros mais ou menos elevadas. Há no mercadoum quase-consenso de que é realmente necessário aumentar a eficiência e a produtividade econômicas. Seja promovendo o que convencionou-se chamar de "agenda perdida" no Brasil ou melhorando o ambiente econômico, reduzindo juros e acertando câmbio, além de abrir espaço para investimentos em infra-estrutura."Há muito por se reformar, tanto na macro como na microeconomia, podendo-se citar a necessidade de mudanças nas áreas de tributação, do mercado de trabalho, da previdência, de independência do Banco Central, dos marcos regulatórios e da educação", conclui Maia. (Folha de São Paulo - 02.01.2006) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Imbróglio entre Rússia e Ucrânia afeta oferta de gás da União Européia A União Européia
já começa a sentir uma ruptura no fornecimento de gás vindo da Rússia,
de onde importa 25% de todo o gás que usa. O problema é resultado de um
imbróglio entre Rússia e Ucrânia quanto aos preços da commodity e pode
afetar a Europa num momento crítico, em que a demanda pelo gás aumenta
muito por causa do inverno. A querela começou porque Moscou decidiu aumentar
o preço do gás comprado pelos ucranianos de US$ 50 por mil metros cúbicos
para US$ 230 por mil metros cúbicos. A Ucrânia pagava valores subsidiados
por dar passagem para os gasodutos russos. A Ucrânia se recusa a aceitar
uma elevação tão grande em tão pouco tempo. Como um acordo não foi alcançado,
a Gazprom (estatal russa de gás) diminuiu ontem em 20% o volume enviado
pelos gasodutos - esse volume é o equivalente ao que a Ucrânia importa
do gás russo. Os ucranianos já haviam dito que continuariam a retirar
o gás, o que conseqüentemente faria com que uma menor quantidade chegasse
à União Européia. O primeiro sinal de que o corte afetou a UE foi a declaração
da distribuidora de gás húngara MOL de que a pressão dos gasodutos russos
havia caído 5%. Na Alemanha, entretanto, o grupo BGW, que representa 1.300
companhias de gás e saneamento no país, disse que não faltará gás para
o consumidor alemão, já que diversas empresas se anteciparam e estocaram
gás vindo da Noruega, da Holanda e dos próprios campos alemães. Mais de
80% do gás russo que vai para a UE são distribuídos por gasodutos que
passam pela Ucrânia. (Valor Econômico - 02.01.2006) 2 Endesa vende participação na Auna A empresa de
energia espanhola Endesa anunciou na sexta-feira que vai vender seus 5%
restantes na Auna ao Deutsche Bank, por 377,9 milhões de euros. A venda
da participação encerra a operação da Endesa para abrir mão de sua posição
na Auna, iniciada no começo deste mês, e a qual resultou em ganhos líquidos
de capital de ? 1,29 bilhão, segundo a empresa. No Brasil, a Endesa controla
a distribuidora de energia elétrica Ampla, que atua no Estado do Rio de
Janeiro. (Valor Econômico - 02.01.2006) 3 Bolívia quer YPFB na construção do gasoduto interligando a AL O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, será um empecilho à construção do gasoduto interligando todo o continente sul-americano, proposta dos governos do Brasil e da Argentina. Somente aceita participar se a transação envolver a YPFB, a estatal boliviana de gás que, aliás, não tem um quilômetro sequer de gasoduto. (Relatório Reservado - 23.12.2005)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|