l IFE:
nº 1.720
- 19
de dezembro
de 2005 Índice
Leilões
Leilões
1 Leilão garante contratação de energia Na última
sexta-feira, o primeiro leilão de novos empreendimentos energéticos garantiu
a contratação de praticamente 100% da energia prevista para os anos de
2008, 2009 e 2010. Foram arrematados 70% do total colocado em leilão.
Da carga necessária para garantir o equilíbrio entre oferta e consumo
de energia no futuro, falta contratar apenas 1,2% do total previsto para
2008 e 4,5%, para o total de 2009. (Gazeta Mercantil - 19.12.2005)
2 Leilão negociou um volume total de 3.286 MW O primeiro leilão de energia nova negociou um volume total de 3.286 MW médios de energia hidrelétrica e termelétrica. Segundo estimativas do governo, os contratos resultantes do leilão movimentarão negócios da ordem de R$ 64,8 bilhões. Ao todo, foram negociados 51 empreendimentos energéticos, das quais seis novas hidrelétricas, quatro das chamadas hidrelétricas botox - usinas já construídas, mas ainda sem contratos de fornecimento, 6 novas termelétricas e três termelétricas botox. (Gazeta Mercantil - 19.12.2005)
3 Carga de hidrelétricas será comercializada a R$ 106,95/MW Em 2008,
a carga produzida pelas hidrelétricas será comercializada a um preço médio
de R$ 106,95/MW. Já a das térmicas será vendida a R$ 132,26/MW. Para 2009,
a tarifa média das hidrelétricas ficou em R$ 113,89, enquanto das térmicas
foi de R$ 129,26. Para 2010, a tarifa das hidrelétricas ficou em R$ 114,83
e das térmicas em R$ 121,81. (Gazeta Mercantil - 19.12.2005)
4 Leilão de energia nova movimenta R$ 68,4 bi Finalizado
o primeiro leilão de energia nova, 51 usinas negociaram energia, resultando
na contratação de 3.286 MW médios, dos 5.434 MW médios disponibilizados
pelos geradores. Segundo o ministro Silas Rondeau, a licitação movimentou
R$ 68,4 bilhões. Segundo ele, do total de usinas que comercializaram energia,
20 são novas, sendo as sete novas hidrelétricas da primeira fase, quatro
hidrelétricas botox, seis térmicas novas e três térmicas botox. (Canal
Energia - 16.12.2005)
5 Novas hidrelétricas são arrematadas por Furnas Os novos
empreendimentos hidrelétricos do leilão de energia nova, sobre os quais
recaíram as maiores expectativas, foram arrematados por Furnas, que garantiu
o direito de construir as usinas de Baguari (140 MW) - em consórcio com
a Cemig e a Neoenergia - e Paulista (52,5 MW), além do complexo que une
os projetos de Simplício e Anta (333,7 MW). A Eletrosul também marcou
presença, ao assumir o empreendimento de Passo São João (77 MW). A empreiteira
Alusa também garantiu a concessão das usinas São José (51 MW) e Foz do
Rio Claro (68,4 MW), assim como a Orteng Equipamentos e Sistemas arrematou
o projeto de Retiro Baixo (82 MW). (Gazeta Mercantil - 19.12.2005)
6 Rondeau: Grupo Eletrobrás não fez propostas aventureiras O ministro
Silas Rondeau salientou ainda que a estratégia das empresas do Grupo Eletrobrás,
das quais integra o conselho de administração, teve como orientação disputar
todas as usinas com base nos critérios de viabilidade técnico-econômicos
estabelecidos pela própria holding. "Ele (o grupo) não esteve autorizado
a fazer propostas aventureiras", considerou. (Canal Energia - 16.12.2005)
7 Estatais são destaque em leilão de energia Impedidas
de participar da expansão do sistema elétrico no antigo modelo, as estatais
foram o destaque entre os novos empreendimentos licitados no leilão de
energia nova, realizado ontem no Rio. Estatais federais e estaduais ficaram,
sozinhas ou em consórcio, com quatro dos sete projetos de usinas concedidos.
Ao todo, 68 empresas participaram do leilão como vendedoras e interessadas
em novos empreendimentos. Outras 32 entraram como compradoras (distribuidoras),
segundo a Aneel. (Folha de São Paulo - 17.12.2005)
8 Furnas pretende obter financiamento do BNDES Furnas Centrais
Elétricas, que ganhou a concessão para construir a maior usina nova entre
as sete hidrelétricas licitadas na sexta-feira no leilão de energia nova,
a hidrelétrica Simplício (323,8 MW) e que tem projeto acoplado a uma PCH,
pretende obter financiamento do BNDES. O financiamento será pedido para
as três usinas que a estatal adquiriu, sozinha ou em consórcio. O presidente
de Furnas, José Pedro Rodrigues, explicou que pretende financiar 100%
do custo dessas usinas usando o programa do BNDES. Simplício e Paulistas
serão construídas por R$ 1,582 bilhão. Segundo estimativa da Aneel, Baguari
está orçada em R$ 487,5 milhões, o que significa que o investimento de
Furnas para garantir sua participação é de R$ 73 milhões. Com esse montante,
sobe para R$ 1,655 bilhão o programa de investimentos da empresa somente
nessas três usinas. "Todos esses projetos tem retorno econômico-financeiro
e taxa de retorno de 10%. Aliás, todo o império hidrelétrico construído
no Brasil pelas estatais foi feito com retorno de 10% ao ano do ativo
imobilizado", disse o presidente de Furnas. (Valor Econômico - 19.12.2005)
9 Furnas: Aloísio Vasconcellos negocia com o BNDES O presidente
de Furnas, José Pedro Rodrigues, explicou que as negociações para obtenção
do empréstimo do BNDES para as subsidiárias da Eletrobrás estão sendo
tocadas diretamente entre o presidente da holding, Aloísio Vasconcellos,
e a direção do banco estatal e por isso não tem detalhes. Ele não soube
dizer também como será contornado o limite do banco para financiamento
a estatais. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, já tinha informado
que o banco poderia financiar o grupo Eletrobrás por meio das Sociedades
de Propósito Específico (SPEs) que seriam criadas depois do leilão. Além
de Furnas, a Eletrosul vai construir a usina Passo São João (77 MW) e
a CGTEE uma térmica a carvão, a Candiota III. (Valor Econômico - 19.12.2005)
10 Furnas: projeto para Simplício já está pronto Furnas já
tem pronto o projeto de Simplício, que custará R$ 1,201 bilhão. Segundo
Rodrigues, a estatal já escolheu os fornecedores e o construtor por meio
de cotações de preços, onde venceram a Engevix (responsável pelo projeto),
a argentina Impsa (fornecedora de turbinas) e Odebrecht. Trata-se de um
projeto complicado na divisa de Minas com o Rio de Janeiro. A usina exigirá
a construção de sete túneis e sua energia será vendida por R$ 115,88 o
MWh com início em 2010. (Valor Econômico - 19.12.2005)
11 Vencedores do leilão terão apoio do BNDES O BNDES
vai atender todos os pedidos de financiamentos feitos pelos vencedores
do leilão de energia nova realizado na sexta-feira (16), desde que preencham
os requisitos de garantia usualmente adotados na análise de crédito. A
informação é do chefe do Departamento de Energia Elétrica da instituição,
Nélson Siffert Filho. "São empreendimentos que tiveram bom cadastro e
capacidade empreendedora dos pontos de vista técnico, jurídico e econômico.
Não haverá escassez de recursos". Os financiamentos, informou, serão destinados
a todos os empreendimentos que comercializarem energia no leilão. "No
caso de termelétrica, ainda, o BNDES pode financiar equipamento importado
sem similar nacional, com base no IPCA ou em cesta de moedas. Esse programa
se aplica a todos os empreendimentos que tiverem uma parcela da sua energia
comercializada no leilão", explicou. (Elétrica - 16.12.2005)
12 Governo vai promover dois novos leilões O presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim, e o ministro Silas Rondeau, avisaram que
o governo terá que promover dois novos leilões ainda em 2006 e em 2007.
Um deles, previsto para o primeiro semestre do próximo ano, licitaria
o aproveitamento do complexo do Rio Madeira, que poderia agregar cerca
de 7 mil novos MW ao sistema interligado nacional. Diante do resultado
de sexta-feira, porém, eles fizeram questão de, publicamente, afastar
o risco de um novo racionamento de energia no País, a exemplo do que comprometeu
o crescimento da economia em 2001 e 2002. "O leilão foi um sucesso", afirmou
Rondeau, ao confirmar que, além dos novos leilões, o governo estudará
a possibilidade de garantir o abastecimento total em 2008 e 2009 apenas
por meio de um mecanismo de transferência de energia entre as distribuidoras
descontratadas e as contratadas. Tolmasquim revelou que tais opções serão
analisadas nos próximos meses pelos técnicos do governo. (Gazeta Mercantil
- 19.12.2005)
13 Rondeau: usinas que ficaram de fora estarão no próximo leilão Com relação
às usinas que ficaram de fora, em especial, Dardanelos (MT), Mauá (PR),
Cambuci e Barra do Pomba, ambas no Rio de Janeiro, o ministro Silas Rondeau
destacou os esforços feitos pelos governadores dos respectivos estados
- Blairo Maggi, Roberto Requião e Luiz Paulo Conde - governador em exercício
e secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. No entanto, Mauá e Dardanelos
ficaram de fora por questões ambientais, frisou, e as usinas fluminenses,
não atenderam às regras da licitação. "Elas poderão entrar no próximo
leilão, já têm licença", afirmou. (Canal Energia - 16.12.2005)
14 Aneel justifica exclusão de Cambuci e Barra do Pomba no leilão O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, explicou na sexta-feira, dia 16 de dezembro,
que as hidrelétricas de Cambuci (50 MW) e Barra do Pomba (80 MW), ambas
no Rio de Janeiro, ficaram fora do leilão por que não cumpriram as regras
estabelecidas para o negócio. Segundo ele, as usinas não conseguiram obter
a tempo a licença prévia, o que motivou a Procuradoria Geral da Aneel
a orientar pela não inclusão delas na licitação. "O que as usinas conseguiram
foi uma autorização do Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA)
para que a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente emitisse a
LP", explicou Kelman, após ao final do leilão. Ele contou que a autorização
só saiu a menos de 48 horas da ocorrência do negócio. Em resposta a recomendação
feita pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de
Janeiro, Wagner Victer para as empresas prejudicadas pela exclusão das
usinas entrassem na Justiça, Kelman disse que a Aneel tomará todas as
providências devidas, caso isso aconteça. (Canal Energia - 16.12.2005)
15 Tolmasquim: crescimento de 5% demandaria novos leilões No que depender
da oferta de energia prevista para os próximos cinco anos, o PIB do Brasil
está fadado a crescer, no máximo, 4% ao ano. Tal perspectiva praticamente
compromete a intenção declarada pelo governo Lula de alcançar um crescimento
de 5% ao ano para a economia brasileira. O presidente da EPE, Mauricio
Tolmasquim, admitiu que, se o ritmo da atividade econômica resultar em
uma taxa de crescimento semelhante à de 2004 (4,9%), o governo terá que
promover novos leilões de energia, em caráter emergencial, semelhantes
aos da última sexta-feira, no Rio. Diferentemente da última disputa, no
entanto, esses leilões se limitariam a garantir contratos para novas usinas
termelétricas. Isso porque, segundo Tolmasquim, não haveria tempo hábil
para viabilizar novos empreendimentos hidrelétricos para antes de 2009.
Na média, uma usina desse porte demanda um mínimo de cinco anos de prazo
para construção. (Gazeta Mercantil - 19.12.2005)
16 Justiça barra licitação da Hidrelétrica Dardanelos A Hidrelétrica
Dardanelos, em Mato Grosso, foi excluída da licitação ocorrida na sexta-feira
para a execução de vários empreendimentos do gênero no Estado. A decisão
foi tomada pelo juiz da 2ª Vara de Justiça Federal no Rio, Jéferson Scheneider,
com base em ação movida por promotores de Justiça Federal e estadual de
MT, Kladson Dionysio de Oliveira e Gerson Barbosa, respectivamente, além
do procurador da República Mário Lúcio de Avelar. Na ação, eles provam
a existência de irregularidades no projeto, começando pela falta de licença
ambiental prévia. O que mais pesou foi possibilidade de destruição de
uma das poucas áreas nativas do Estado. "É uma obra muito impactante",
comentou o procurador. Segundo Avelar, "a situação só chegou à Justiça
porque se está dando muita ênfase política e econômica à o bra, deixando
em segundo plano os aspectos ecológicos e legais. (O Estado de São Paulo
- 17.12.2005)
17 Odebrecht estuda se recorrerá no caso de Dardanelos O consórcio
formado por Odebrecht, Eletronorte, PCE e Lenny Engenharia ainda vai avaliar
se recorrerá ou não da liminar que excluiu Dardanelos do leilão de energia
nova, que acontece nesta sexta-feira, 16 de dezembro, no Rio de Janeiro.
O consórcio foi responsável pelos estudos e relatório de impacto ambiental
da usina, de 256 MW de potência instalada e localizada no Mato Grosso.
"O consórcio ainda não sabe se vai recorrer da decisão judicial para tentar
incluir a usina no próximo leilão de energia nova", disse Luiz Fernando
Neves, advogado da Odebrecht. "A usina poderia ter participado do leilão.
Não havia problemas ambientais impactantes que pudesse prejudicar o negócio
posteriormente", lamentou Neves. O advogado contou que, pelos estudos
ambientais, a usina terá pequenos impactos ambientais, algo em torno de
oito quilômetros - incluindo impactos diretos e indiretos. Segundo ele,
o projeto aproveitará a queda d'água natural, considerada elevada, para
desviar parte do rio por um duto até chegar a usina. (Canal Energia -
16.12.2005)
18 Banco Pactual: preço final foi bom O leilão,
que gerou negócios de R$ 68,4 bilhões, foi considerado um sucesso pelo
governo e até por alguns críticos. Pedro Batista, do Banco Pactual, ressaltou
entre os pontos positivos o fato de terem entrado usinas novas que vão
agregar cerca de 1,4 mil MW médios ao sistema elétrico nacional, dos quais
60% privados. Batista destacou que a energia hidrelétrica mais cara foi
vendida por R$ 139 o MWh, o que define um patamar de preços para as novas
usinas, o chamado custo marginal da expansão. Esse valor é superior aos
R$ 116 por MWh fixado pelo governo como preço máximo para a compra de
energia das sete hidrelétricas leiloadas. "O preço final foi bom, as empresas
privadas foram as maiores vendedoras e o governo conseguiu garantir a
expansão da geração de energia". (Valor Econômico - 19.12.2005)
19 Cesp: estratégia não se chocou com o estabelecido pelo governo Dos 230
MW médios colocados, a Cesp conseguiu negociar 148 MW médios de Porto
Primavera, para 2010, a um preço de R$ 116 por MWh. Segundo Silvio Areco,
diretor de Geração Oeste da empresa, o resultado serviu para sinalizar
um novo patamar de preço para o mercado. "A estratégia das empresas do
governo de São Paulo não se chocou com o estabelecido pelo governo federal",
comentou Areco. No leilão, a Emae negociou 1 MW médio para 2008 e 1 MW
médio para 2009, por R$ 116 por MWh, e 8 MW médios para 2010, por R$ 115,99.
(Canal Energia - 16.12.2005)
20 Furnas: preços atenderam necessidades de retorno O presidente
de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues, gostou do resultado
do leilão. A empresa vendeu 100% da energia assegurada dos projetos que
colocou no leilão: Simplício, na divisa entre o Rio de Janeiro e Minas
Gerais, com 185 MW médios; Paulistas, em Goiás, com 47 MW médios; e Baguari,
na qual a empresa 11,5 MW médios, que correspondem a 15%. Neste projeto,
a Cemig Geração e Transmissão detém 34% e a Neoenergia entra com 51%.
"Os preços foram suficientes para atender as necessidades de retorno de
Furnas", comentou o presidente da estatal, que desde 1985 não inícia a
construção de um projeto novo. No caso de Baguari, a energia foi negociada
a um preço médio de R$ 115,10 por MWh; Simplício, por R$ 115,38; e Paulistas,
por R$ 114,37. Furnas também vendeu 90 MW médios da hidrelétrica de Manso
(botox), a um preço de R$ 112,89. (Canal Energia - 16.12.2005)
21 Suez Energy: preços não viabilizaram Estreito e São Salvador A Suez Energy
lamentou, em nota, que os preços "não foram suficientes para viabilizar
as hidrelétricas Estreito e São Salvador". Mesmo assim, o grupo terá receita
de R$ 6 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato pela venda de 200 MW
de energia das usinas Itá (116 MW médios, por R$ 115,90) e Machadinho
(84 MW médios, por R$ 114,00). "Temos a consciência de que a contratação
neste leilão significa fixar a receita das usinas por 30 anos e que essa
receita tem que viabilizar a construção, os programas ambientais e sociais,
reembolsar o financiador e remunerar o empreendedor. Porém, ainda existe
certo grau de incerteza com relação a esses projetos, que certamente nos
tornou menos competitivos", comentou o presidente da Suez Energy Brasil,
Maurício Bähr. (Valor Econômico - 19.12.2005 e Canal Energia - 16.12.2005)
22 Rede Lajeado: preço da negociação ficou dentro do previsto O vice-presidente
de Mercado e de Relações Institucionais da Rede Lajeado, José Antônio
Sorge, contou que a empresa vendeu 7 MW médios, aproximadamente 15 MW,
a um preço de R$ 108 por MWh, para 2009. Segundo ele, a companhia atingiu
o objetivo de manter a usina totalmente contratada para a venda dos ativos
de geração. O preço da negociação, de acordo com Sorge, ficou dentro do
previsto pelo plano de negócios da empresa. (Canal Energia - 16.12.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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