l

IFE: nº 1.715 - 12 de dezembro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma Roussef: "Luz para Todos" não será usado politicamente
2 Consumidor entra o ano devendo R$ 7,2 bi em subsídios
3 Abradee: aumento dos encargos é uma das principais preocupações do setor
4 Brasil pagará mais pela energia de Itaipu comprada do Paraguai
5 CCEE finaliza liquidação financeira de outubro

Empresas
1 Eletronorte investe R$ 64,5 mi
2 Eletropaulo: regularização de ligações elétricas
3 Light apresentará valores do PIS e da Cofins na conta
4 AES Tietê aprova pagamento de R$ 44 mi de juros sobre capital próprio
5 Comerc realiza leilão de compra de energia
6 Cotações da Eletrobrás
7 Curtas

Leilões
1 Ibama nega licença prévia para Ipueiras
2 EPE espera licenciamento de mais quatro empreendimentos

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Brasil fecha acordo de fornecimento de gás da Argentina
2 Victer: leilão de energia será decisivo para Angra 3
3 Gasup será definido em 2006

Grandes Consumidores
1 Sócios iniciam construção da Ceará Steel
2 Vale aumenta para 99,2% sua fatia na Canico
3 Petroquímica investe no Sudeste

Economia Brasileira
1 Balança tem superávit de US$ 643 mi na segunda semana do mês
2 Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB de 2005 para 2,52%

3 Mantega alega que houve "excesso de zelo" na política monetária
4 Inflação de SP recua para 0,18% nos últimos 30 dias
5 Inflação medida pelo IGP-M diminui para 0,06% na primeira prévia de dezembro
6 Focus: Mercado eleva projeção do IPCA de 2005 para 5,68%
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Brasil, Argentina e Venezuela assinam acordos de integração energética
2 Grupo técnico dos três países vai se reunir para elaborar projeto de gasoduto
3 Gasoduto pode integrar outros países sul-americanos
4 BNDES e CAF fecham acordo para obras de integração
5 Construção de Gasoduto da Europa do Norte tem início hoje

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma Roussef: "Luz para Todos" não será usado politicamente

A ministra Dilma Roussef garantiu que o Programa "Luz para Todos" não será usado politicamente. Para isso, ela solicitou a presença do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, ao seu gabinete, no momento da audiência ao governador José Reinaldo, que se comprometeu a verificar as denúncias e a modificar o encaminhamento do programa, no Maranhão, inclusive com o cumprimento das metas acertadas pelo comitê gestor do "Luz para Todos". O Governo do Maranhão, através de seus representantes do Comitê Gestor, vem detectando uma série de problemas no "Luz para todos" com a falta de cumprimento das metas acertadas, motivo de reclamações, também de deputados federais e estaduais. Diante da ministra Dilma Roussef, o seu colega Silas Rondeau, titular do MME afirmou que vai mandar apurar essas denúncias. (Elétrica - 09.12.2005)

<topo>

2 Consumidor entra o ano devendo R$ 7,2 bi em subsídios

Os consumidores já entram em 2006 com uma conta de energia de, pelo menos, R$ 7,2 bilhões a pagar, referentes a subsídios à expansão da rede, aos consumidores de baixa renda, energia renovável e geração no Norte do País. A conta independe do volume de energia gasta. Se o valor fosse dividido pelo total de 46,5 milhões de domicílios, cada morador pagaria R$ 154,80. A conta deve subir mais nos próximos dias, quando a Aneel conclui a estimativa do valor da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) para 2006. A expectativa é de que a CCC, que custeia o combustível para as térmicas da Amazônia, seja maior que os R$ 3,3 bilhões gastos este ano, devido ao aumento do preço do diesel e do consumo da região. Esta semana, a Aneel informou que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) vai arrecadar R$ 2,3 bilhões em 2006, a ser gasto principalmente no subsídio à baixa renda e na universalização da rede de energia. A agência anunciou ainda uma conta de R$ 328 milhões, que também será rateada por todos os consumidores, para o pagamento dos primeiros projetos do Proinfa, que entra em operação no próximo ano. (Jornal do Commercio - 12.12.2005)

<topo>

3 Abradee: aumento dos encargos é uma das principais preocupações do setor

O aumento dos encargos é apontado pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) como uma das principais preocupações do setor pois, em caso de inadimplência, o dinheiro sai do caixa das próprias empresas. "Temos índice de inadimplência alto, principalmente no setor público, o que significa que pagamos os encargos ao governo, mas não conseguimos ressarcimento integral junto aos consumidores", diz o diretor técnico e regulatório da Abradee, Fernando Maia. Entre 1998 e 2004, os encargos aumentaram 535%, enquanto a tarifa média de energia subiu 128%. Ou seja, grande parte do aumento da conta de luz é provocada pelos gastos com subsídios. A boa notícia, diz Maia, é que o reajuste será parcialmente compensado pela extinção do Encargo de Capacidade Emergencial (ECE), o seguro-apagão, que arrecadou R$ 1,5 bilhão este ano. Há expectativa também de que a CCC comece a cair quando a Petrobras concluir os gasodutos ligando as reservas de Urucu, no Amazonas, a Porto Velho e Manaus, emperrados por problemas no licenciamento ambiental. (Jornal do Commercio - 12.12.2005)

<topo>

4 Brasil pagará mais pela energia de Itaipu comprada do Paraguai

O governo brasileiro continua sem dar sinais de que aceita discutir com o paraguaio a renegociação da dívida externa da usina de Itaipu, um pedido considerado importante pelo país vizinho. Em compensação, reajustará a partir de janeiro o preço da energia que compra do Paraguai e que é produzida pela usina, e aceitou tirar do papel o projeto de construção de uma ponte entre os dois países. O acerto de reajuste de preço é feito 13 anos após o último acordo semelhante e elevará em cerca de US$ 21 milhões os US$ 65 milhões pagos anualmente. Assunção pleiteava US$ 40 milhões a mais. O Paraguai tem direito a 50% da energia produzida por Itaipu, mas usa perto de 5%. O Brasil tem compromisso de adquirir o que não é utilizado pelo país vizinho. O acordo foi negociado entre os presidentes dos dois países, Luiz Inácio Lula da Silva e Nicanor Duarte Frutos, na noite de quinta-feira, em Montevidéu. O reajuste de preço se dará com a elevação de 4 para 5,1 do fator multiplicador usado para calcular o valor pago pela energia paraguaia. (Gazeta Mercantil - 12.12.2005)

<topo>

5 CCEE finaliza liquidação financeira de outubro

A CCEE informou nesta sexta-feira, 9 de dezembro, que concluiu a liquidação financeira relativa às operações realizadas no mês de outubro. Segundo a CCEE, participaram da liquidação 584 agentes, sendo 415 devedores e 169 credores, num total contabilizado de R$ 150,502 milhões. Os devedores fizeram depósitos de recursos financeiros que somaram R$ 148,461 milhões, correspondente a 98,64% de adimplência, ainda de acordo com a CCEE. Já o montante de garantias aportadas pelos devedores, para este ciclo de liquidação, resultou em montante correspondente a 57,90% do total contabilizado. (Canal Energia - 09.12.2005)

<topo>

 

Empresas

1 Eletronorte investe R$ 64,5 mi

A Eletronorte vai investir R$ 64,5 milhões para a instalação de dois compensadores estáticos nas subestações de São Luís II (MA) e de Sinop (MT), cada um. Os equipamentos foram contratados pela Siemens e serão entregues até dezembro de 2006. Em São Luís II, a obra será desenvolvida pelo Consórcio São Luís, formado pela Siemens e SME Engenharia. Já em Sinop, a Siemens executará sozinha a instalação. Segundo a estatal, as duas obras são importantes para garantir a confiabilidade e continuidade do atendimento em regiões que registram expansão da demanda de energia. No caso da subestação São Luís II, o compensador vai assegurar melhor controle do nível de tensão para o atendimento de usuários e clientes industriais do Maranhão, com base no aumento da demanda prevista para o período 2006/2007. O mesmo ocorrerá na SE Sinop, localizada em uma região que registrou crescimento médio anual de 15% da demanda de energia nos últimos três anos. (Cana Energia - 09.12.2005)

<topo>

2 Eletropaulo: regularização de ligações elétricas

A AES Eletropaulo está investindo R$ 18 milhões na regularização de ligações elétricas em áreas carentes para reduzir as chamadas perdas comerciais da empresa. Em 2006, a previsão de investimento é de R$ 32 milhões. O processo de regularização de ligações é fundamental para reduzir as perdas da empresa que anualmente chegam a R$ 500 milhões, sem incidência de ICMS e PIS/Cofins. Nos 24 municípios da região metropolitana da capital atendidos pela Eletropaulo, estima-se que existam 477 mil ligações clandestinas que consomem 1.780 GW/h por ano. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, apenas no primeiro semestre de 2005 foram registrados 11 incêndios ocasionados por problemas na ligações irregulares de energia na área de concessão da empresa. (Jornal do Commercio - 12.12.2005)

<topo>

3 Light apresentará valores do PIS e da Cofins na conta

A partir deste mês a Light passará a apresentar na conta, de maneira destacada, os valores do PIS e da Cofins, a exemplo do que já acontece com o ICMS. Segundo Ângela Gomes, superintendente de Regulação da Light, essa mudança é para cumprir determinação da Aneel. O advogado Eurivaldo Neves Bezerra diz que a cobrança de PIS e Cofins do consumidor é descabida, pois a responsabilidade pelo pagamento destes dois tributos é da Light, já que incidem sobre o faturamento da empresa e não para o consumidor final, como o ICMS. Ângela diz que a partir de janeiro a conta mostrará, em reais, o custo de transmissão, o custo da compra de energia, os encargos setoriais (federais), os tributos e a parcela que fica com a distribuidora.(O Globo - 11.12.2005)

<topo>

4 AES Tietê aprova pagamento de R$ 44 mi de juros sobre capital próprio

O Conselho de Administração da AES Tietê aprovou na última quinta-feira, 8 de dezembro, o pagamento de juros sobre o capital próprio aos acionistas da empresa, no valor total de R$ 44 milhões. A partir do dia 29 de dezembro, o pagamento será feito aos acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais, sendo R$ 0,440404 por lote de mil para papéis ON e R$ 0,484445 também por lote mil para ações PN. Sobre o valor dos juros sobre o capital próprio deverá ser retido o imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, exceto para os acionistas comprovadamente imunes ou isentos. O valor dos juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda na fonte será imputado aos dividendos obrigatórios do exercício de 2005. (Cana Energia - 09.12.2005)

<topo>

5 Comerc realiza leilão de compra de energia

A Comerc Comercializadora de Energia realiza leilão para compra de energia elétrica nessa segunda-feira, 12 de dezembro. A energia será fornecida entre 2006 e 2009 com centro de gravidade na região Sudeste ou Sul. O vencedor será o fornecedor que oferecer o menor preço teto e a maior flexibilização. Segundo Marcelo Parodi, sócio-diretor da Comerc, o comprador pediu para não divulgar sua identidade. Para acessar o edital clique aqui. (Cana Energia - 09.12.2005)

<topo>

6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 09-12-2005, o IBOVESPA fechou a 32.921,76 pontos, representando uma alta de 1,36% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,96 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,37%, fechando a 9.487,96 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 37,25 ON e R$ 38,10 PNB, alta de 1,50% e 2,67%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 12-12-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 37,25 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 38,10 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 12.12.2005)

<topo>

7 Curtas

Na próxima terça-feira, dia 13 de dezembro a CEEE recebe o prêmio Top de Ecologia ADVB 2005. (Elétrica - 09.12.2005)

Hoje, 12 de dezembro, será lançado o site Celesc Inclusão. O site foi elaborado segundo padrões internacionais de acessibilidade para oferecer às pessoas cegas as mesmas comodidades disponíveis na versão tradicional. (Elétrica - 09.12.2005)

<topo>

 

 

Leilões

1 Ibama nega licença prévia para Ipueiras

O Ibama negou nesta sexta-feira, 9 de dezembro, a licença prévia para a hidrelétrica Ipueiras, uma das usinas com habilitação condicionada para o leilão de energia nova, marcado para o dia 16 de dezembro, no Rio de Janeiro. Segundo o Ibama, o pedido foi negado por considerar inviável, do ponto de vista ambiental, a construção do empreendimento. Pelo projeto, a usina, de 480 MW, alagaria 1.066 quilômetros quadrados, numa área preservada pelo instituto. A inclusão da usina no leilão já havia sido descartada pelo MME nesta semana, quando foi anunciada a licença ambiental prévia de Paulistas, de 81 MW. Na avaliação do Ibama, Ipueiras estava prevista para uma região importante para a conservação de peixes e outros animais no rio Tocantins. Ao todo, o rio Tocantins possui sete empreendimentos instalados, em construção ou licenciados, somando potencial energético de 12.755 MW. (Ilumina - 09.12.2005)

<topo>

2 EPE espera licenciamento de mais quatro empreendimentos

A EPE, responsável pelo leilão, espera conseguir o licenciamento de mais quatro empreendimentos até quarta-feira, data-limite para novas inclusões. Outras cinco usinas foram excluídas por entraves ambientais. "Trata-se de um marco importante para o setor, já que este é o primeiro evento para a concessão de hidrelétricas com o novo modelo, que traz mudanças significativas em relação ao último leilão", afirma o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Ele lembra que agora ganhará a concessão quem oferecer a menor tarifa para construir a usina. Além disso, os projetos serão entregues já com a licença ambiental. Outra diferença é que a energia produzida só poderá ser comprada por meio de leilão público, o que acaba com a autocontratação. O vencedor terá um contrato de 30 anos. (O Estado de São Paulo - 11.12.2005)

<topo>

 

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 10/12/2005 a 16/12/2005.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             18,33  pesada                      18,33  pesada                     18,33  pesada                    18,33
 média                               18,33  média                        18,33  média                       18,33  média                      18,33
 leve                                  18,33  leve                           18,33  leve                          18,33  leve                         18,33
  
    Fonte: www.ccee.org.br


<topo>

Gás e Termoelétricas

1 Brasil fecha acordo de fornecimento de gás da Argentina

O Brasil assinou três acordos na área energética, na sexta-feira (09/12), durante a 29ª Cúpula do Mercosul. Um deles é com a Argentina. O país vizinho fornece gás na fronteira com Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. O contrato é um adendo a um de 2,5 milhões de metros cúbicos ao dia, e garante o fornecimento mínimo de metade desse volume. Um outro acerto foi feito com a Venezuela, sobre energia elétrica, para que se crie um grupo de trabalho para integração das bacias do rio Amazonas e do Caroni. O objetivo é estudar uma interligação na região por meio de sistemas de transmissão que transportem a energia produzida nas hidrelétricas existentes e nas futuras. Os países da América do Sul também assinaram um documento para haver maior complementariedade em gás, petróleo e energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 12.12.2005)

<topo>

2 Victer: leilão de energia será decisivo para Angra 3

O leilão de energia nova, que acontecerá na próxima sexta-feira, 16 de dezembro, será o ponto-chave para a definição sobre a construção da usina nuclear de Angra 3. Para o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, a licitação servirá de sinalização para que o governo perceba a importância da térmica para a matriz energética brasileira. Segundo ele, no leilão, será contrato energia de termelétricas emergenciais, que têm custo duas vezes maior que o preço da energia produzida por Angra 3. Além disso, o secretário estima que a oferta de energia proveniente de novos empreendimentos no leilão será pequena. "O leilão será a oportunidade para que se perceba que Angra 3 é necessária para o país", comenta. (Ilumina - 12.12.2005)

<topo>

3 Gasup será definido em 2006

O presidente da Sulgás, Artur Lorentz, considera fundamental que o Rio Grande do Sul aumente a pressão política para a construção do Gasup. Lorentz ressalta que a definição precisa acontecer este ano, para viabilizar o gasoduto a tempo de evitar uma crise elétrica em 2009. 'Após a decisão, o empreendimento precisa de dois a três anos para ser construído', afirma. Diante da crise energética da Argentina a alternativa é trazer o gás da Bolívia, passando pelo país vizinho. De acordo com o presidente da Sulgás, as negociações com a Bolívia para ampliação do fornecimento adicional de 4 milhões de metros cúbicos/dia estão adiantadas e podem ser um alavancador da decisão sobre o Gasup. (Eletrosul - 12.12.2005)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Sócios iniciam construção da Ceará Steel

A Ceará Steel, novo nome da Usina Siderúrgica do Ceará (USC), terá lançada a pedra fundamental nesta quinta-feira. O evento marca o início das obras da usina, com investimento de US$ 754 milhões no complexo industrial de Pecém. Estarão presentes os principais executivos dos sócios: a siderúrgica coreana Dongkuk, a produtora de equipamentos italiana Danieli e a Cia Vale do Rio Doce, além do BNDES, que está definindo sua participação acionária no projeto. O diretor financeiro da empresa, Manuel Thompson-Flôres, nega. Murilo Ferreira, diretor de participações e novos negócios da Vale, reconheceu que os novos projetos siderúrgicos enfrentam um aumento de custos no Brasil, devido à valorização do real frente ao dólar. O índice de nacionalização da Ceará Steel é estimado em 20%. A previsão é de que entre em operação em janeiro de 2009. A usina produzirá 1,5 milhão de toneladas de placas para exportação. (Valor Econômico - 12.12.2005)

<topo>

2 Vale aumenta para 99,2% sua fatia na Canico

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou na sexta à noite ter chegado a 99,2% do capital da Canico, junior company canadense que tem como principal ativo a mina de níquel de Onça Puma, no Pará. A oferta da Vale para aquisição de todas as ações ordinárias em circulação da Canico Resource Corp. expirou às 20h, horário de Toronto, do dia 8 de dezembro de 2005. Entre 20h, horário de Toronto, do dia 28 de novembro de 2005 e a expiração da oferta, a CVRD assumiu adicionalmente 2,748,366 ações ordinárias da Canico), incluindo ações depositadas via garantia de entrega ("guaranteed delivery"), por 20,80 dólares canadenses por ação ordinária, o equivalente a US$ 17,70 ou R$ 39,86, e pagamento à vista. Estas ações adicionais, somado ao montante previamente adquirido pela CVRD, correspondem a 99,2% das ações ordinárias da Canico, de acordo com critério de diluição total. O pagamento pela aquisição dessas ações adicionais deverá ser realizado até o próximo dia 12, e representará um desembolso pela Vale de aproximadamente 57 milhões de dólares canadenses. (Jornal do Commercio - 12.12.2005)

<topo>

3 Petroquímica investe no Sudeste

Berço da indústria petroquímica no País - inaugurada com a abertura da Petroquímica União (PqU), em Mauá (SP), no fim dos anos 60 -, o Sudeste se prepara para receber US$ 6 bilhões dos US$ 14,3 bilhões que as empresas do setor planejam investir até 2010. Acostumada às crises do petróleo, a indústria não demonstra estar intimidada com as elevadas cotações da matéria-prima. As empresas continuam a tocar seus projetos no Brasil, com destaque para o Sudeste. "A região representa 60% do mercado brasileiro de resinas plásticas", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor-superintendente da Suzano Petroquímica e presidente do Sindicato das Indústrias de Resinas Plásticas (Siresp). Um bom exemplo da atual disposição das companhias é a Rio Polímeros. Controlado igualitariamente pela Unipar (a empresa que fundou o setor, com a construção da PqU) e pela Suzano, o empreendimento começou a ser debatido no fim do anos 90 e só agora, em 2005, é que começou a funcionar de fato. (O Estado de São Paulo - 11.12.2005)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Balança tem superávit de US$ 643 mi na segunda semana do mês

A balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de US$ 643 milhões na segunda semana de dezembro. O resultado é diferença entre as exportações de US$ 2,478 bilhões e as importações de US$ 1,835 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento. O desempenho da segunda semana elevou o superávit comercial acumulado no mês para US$ 1,314 bilhão. Em novembro, o saldo ficou positivo em US$ 4,090 bilhões. No acumulado do ano, o superávit comercial está acima dos US$ 41 bilhões. O saldo positivo entre as exportações e as importações está em US$ 41,747 bilhões, um crescimento de 33,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também é maior que o superávit de 2004, que foi de US$ 33,664 bilhões. As vendas ao exterior somam até agora US$ 111,180 bilhões, um crescimento de 22,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizam US$ 69,433 bilhões, 17% maior. O Ministério do Desenvolvimento prevê um superávit comercial de US$ 44 bilhões. (Folha de São Paulo - 12.12.2005)

<topo>

2 Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB de 2005 para 2,52%

O mercado financeiro baixou, pela sexta semana seguida, a projeção para o crescimento da economia em 2005. A mediana das expectativas aponta crescimento de 2,52% para o PIB neste ano, contra 2,66% na pesquisa da semana anterior. Para 2006, a estimativa média de crescimento do PIB continua em 3,50%, há 32 semanas. Os dados constam do relatório de mercado pesquisado semanalmente pelo Banco Central junto a instituições financeiras.Os analistas elevaram a estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano de US$ 43 bilhões para US$ 43,73 bilhões. Faltando três semanas para o ano acabar, o saldo comercial informado pelo governo é de US$ 41,747 bilhões. Para 2006, a estimativa das instituições financeiras quanto ao saldo do comércio exterior subiu de US$ 35,66 bilhões para US$ 36 bilhões.A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 permaneceu caiu de US$ 16 bilhões para US$ 15,5 bilhões e, para 2006, baixou de US$ 15,45 bilhões para US$ 15 bilhões.A projeção média dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005 ficou em superávit de US$ 14 bilhões. Para 2006, espera-se superávit de US$ 6,70 bilhões.Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 3,15% em 2005 (na semana retrasada, a previsão era de 3,51%) e de 4,10% em 2006. (Valor Econômico - 12.12.2005)

<topo>

3 Mantega alega que houve "excesso de zelo" na política monetária

O presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou que a queda de 1,2% do PIB no terceiro trimestre frente aos três meses anteriores "pode indicar que houve excesso de zelo (com a taxa básica de juros)". E que o País poderia crescer entre 4% e 4,5% sem gerar inflação. Sua previsão é de que o PIB cresça de 2,5% a 3% em 2005. Segundo ele, não haverá uma virada na política econômica em 2006, mas "fala-se" num ajuste na política de juros. Segundo Mantega, o PIB do terceiro trimestre mostrou um desaquecimento dos investimentos, que crescerão 1% em 2005, em comparação aos 10% registrados no ano passado. "A melhor arma contra a inflação é a oferta", disse, o que está ligado ao papel do BNDES de fomentar a capacidade produtiva. O presidente do BNDES defendeu o superávit de 4,25% previstos para o orçamento deste e do próximo ano. "É o adequado para a sustentabilidade da dívida publica". E que nunca se cumpre exatamente o percentual, porém "o que não pode é ficar abaixo da meta". Mantega afirmou que o Conselho Monetário Nacional deverá analisar, em sua reunião desta quinta-feira, uma mudança na Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 9,75% nominal, e de cerca de 4% real. Para ele, a TJLP não impede a queda da Selic. (Gazeta Mercantil - 12.12.2005)

<topo>

4 Inflação de SP recua para 0,18% nos últimos 30 dias

O IPC da Fipe apontou inflação de 0,18% no município de São Paulo nos últimos 30 dias terminados em 7 de dezembro. O índice divulgado hoje é inferior ao apurado no fechamento de novembro, que ficou em 0,29%. A taxa é também a menor desde a segunda quadrissemana de setembro. No ano, a inflação de São Paulo deve fechar em torno de 4,5%, segundo revisão na estimativa feita na semana passada pelo coordenador da pesquisa da Fipe, Paulo Picchetti.Inicialmente, o economista projetava variação positiva entre 5% e 5,5% para o IPC neste ano. Depois, fixou a estimativa em 5%, mas agora já prevê taxa menor em razão da inflação de novembro ter ficado abaixo do 0,50% esperado e do 0,63% registrado em outubro. (Folha de São Paulo - 12.12.2005)

<topo>

5 Inflação medida pelo IGP-M diminui para 0,06% na primeira prévia de dezembro

O IGP-M apurou inflação de 0,06% na primeira prévia de dezembro. A desaceleração decorreu da deflação que foi novamente observada no índice de preços no atacado. Os outros dois componentes do IGP-M apresentaram taxas de variação positivas e superiores às da mesma medição do mês anterior. No acumulado de 2005, até o primeiro decêndio de dezembro, a elevação do IGP-M é de 1,28%.Na primeira parcial de dezembro, o IPA teve queda de 0,07%. Em período equivalente de novembro, o IPA havia subido 0,13%. O IPC assinalou 0,34% de alta na primeira prévia de dezembro, contra inflação de 0,22% na parcial de novembro. O INCC teve elevação de 0,21%, depois de aumentar 0,17% na medição inicial de novembro. (Valor Econômico - 12.12.2005)

<topo>

6 Focus: Mercado eleva projeção do IPCA de 2005 para 5,68%

O mercado financeiro elevou pela sexta semana consecutiva sua projeção para o índice oficial de inflação de 2005. De acordo com o mais recente relatório de mercado, feito pelo Banco Central na semana passada, a projeção agora é de IPCA de 5,68% neste ano, 0,05 ponto acima dos 5,63% previstos na semana retrasada. A mediana das expectativas dos analistas para o IPCA de 2006, porém, teve leve queda e foi de 4,51% para 4,50%.De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, as previsões para o IGP-DI de 2005 passaram de 1,49% para 1,47%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas subiu de 4,75% para 4,64%. Para o IGP-M, caiu de 1,56% para 1,50%.A expectativa dos analistas para o IPCA de dezembro passou de 0,36% para 0,35% e a do IGP-DI passou de 0,35% para 0,30%. No IGP-M, foi de 0,35% para 0,29% e, no IPC da Fipe, continuou em 0,40%.Para o mês de janeiro, a estimativa do IPCA permaneceu em 0,40% e a do IPC da Fipe, em 0,46%. A mediana das expectativas para o IGP-DI foi de 0,40% para 0,38% e, no IGP-M, de 0,38% para 0,35%. (Valor Econômico - 12.12.2005)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar avança pelo quarto dia seguido, como efeito dos ajustes das tesourarias bancárias iniciados na última semana. Para isso contribuem as agressivas compras de dólares feitas pelo Banco Central, confrontadas com o aumento das posições "vendidas" dos bancos. Às 12h28m, a moeda norte-americana subia 0,27%, a R$ 2,256 na compra e R$ 2,258 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 1,21%, valendo R$ 2,24 na compra e R$ 2,2520 na venda. Na semana, o acréscimo acumulado foi de 1,95%. (O Globo Online e Valor Online - 12.12.2005)


<topo>

 

Internacional

1 Brasil, Argentina e Venezuela assinam acordos de integração energética

Os presidentes de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Venezuela, Hugo Chávez, e Argentina, Néstor Kirchner, assinaram ontem um acordo para a construção de um grande gasoduto na América do Sul. A estrutura começará na Venezuela e irá até a região da Patagônia, na Argentina, passando pelo Brasil, e poderá ter de 8 mil a 10 mil km. Lula disse que esse gasoduto significaria a independência energética da região em relação ao gás natural - a Venezuela tem as maiores reservas do continente. "Assinamos um protocolo sobre o gasoduto, uma obra extraordinária que daria independência e garantia energética para muitos e muitos anos para muitos países", disse Lula. Na prática, o acordo foi firmado para que sejam feitos estudos de viabilidade do projeto. Lula, Kirchner e Chávez fizeram um encontro tripartite paralelamente à 29ª Cúpula do Mercosul. O financiamento da obra será arcado pelos países que farão parte do projeto, mas não se entrou em detalhes sobre como se daria. O ministro do MME, Silas Rondeau, disse, por exemplo, que se poderia pedir recursos para organismos como a Corporação Andina de Fomento (CAF), órgão multilateral de crédito para projetos de integração sul-americana. (O Globo e Gazeta Mercantil - 10.12.2005)

<topo>

2 Grupo técnico dos três países vai se reunir para elaborar projeto de gasoduto

O ministro do MME, Silas Rondeau, afirmou que com os gasodutos e conexões já existentes poderá haver a interligação com outros países, como Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia. Segundo Silas Rondeau, um grupo técnico dos três países vai se reunir em 30 dias e depois terá outros 90 para elaborar o projeto. No que chamou de uma estimativa "grosseira", Rondeau disse que o valor da obra pode variar de US$ 10 bilhões a US$ 17 bilhões, acima das projeções iniciais de US$ 4 bilhões, e levaria cerca de cinco anos para ser implantada. Dados como o traçado da obra, potencial de mercado, preço da commodity para o consumidor e valor do projeto estão entre os pontos a serem definidos. Parte da definição da extensão da obra depende da definição de seus ramais. (O Globo e Gazeta Mercantil - 10.12.2005)

<topo>

3 Gasoduto pode integrar outros países sul-americanos

De acordo com Silas Rondeau, o projeto do gasoduto é uma demanda dos presidentes, que têm a visão estratégica de integrar reservas de gás natural da região e facilitar que o produto seja comercializado dentro da própria América do Sul. Segundo o ministro, a idéia é que os outros países sul-americanos participem do projeto, e que o combustível não seja fornecido apenas pela Venezuela, que será destaque entre os fornecedores, mas que se utilize as reservas de outras economias. A idéia é que o Peru também possa ser integrado e a Bolívia, completou, é um parceiro importante no projeto. (Gazeta Mercantil - 12.12.2005)

<topo>

4 BNDES e CAF fecham acordo para obras de integração

BNDES e CAF (Corporación Andina de Fomento) assinaram, na sexta-feira (09/12), um convênio para atuação conjunta para financiamento de obras de integração estrutural da região. Para isso, o Brasil vai aumentar seu aporte financeiro ao banco de desenvolvimento da região Andina e subir de status: hoje é sócio do tipo C. Hoje, o governo brasileiro contribui com US$ 100 milhões e pode participar de financiamentos de até US$ 300 milhões. Agora entrará com US$ 300 milhões e poderá financiar US$ 2,4 bilhões. (Folha de São Paulo - 10.12.2005)

<topo>

5 Construção de Gasoduto da Europa do Norte tem início hoje

A Rússia começa hoje a construção do Gasoduto da Europa do Norte (NEGP), o maior da Europa, que abastecerá a Alemanha e outros países europeus com 27,5 bilhões de metros cúbicos de gás anuais. O novo conduto permitirá à Rússia fornecer gás diretamente à Alemanha, sem depender de outros países para o trânsito, como Ucrânia, Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia, com os quais Moscou mantém relações difíceis. O gasoduto germânico-russo, que custará U$ 5,7 bilhões (4,597 bilhões) e entrará em funcionamento em 2010, é uma empresa de joint venture participada pelo consórcio russo Gazprom, em 51%, e as alemães Basf e E.ON, em 24,5%, respectivamente. (InvestNews - 12.12.2005)

<topo>

 

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Camila Nobrega, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás