l IFE: nº 1.711 - 06
de dezembro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Novo Modelo 1 EPE analisa reflexos da economia do país no mercado de energia Utilizado como
base para a elaboração do Plano Decenal, cujo anúncio está previsto para
este mês de dezembro, a EPE divulgou seu mais recente estudo, os Cenários
Macroeconômicos para Projeção do Mercado de Energia Elétrica 2005-2016,
que analisam as condições da economia nacional e os reflexos no mercado
de energia. O trabalho formula diversos cenários sobre a evolução econômica
nacional, com a respectiva quantificação macroeconômica e regionalização,
a serem adotados como premissa básica na elaboração das projeções de demanda
por energia. Liderado pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o estudo
contou com a colaboração de especialistas do Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas e do Instituto de Economia da UFRJ. A análise, que leva em conta
cenários mundiais, nacionais e regionais, considera que o crescimento
do Produto Interno Bruto, em 2005, deverá ser menor do que o de 2004.
Para acessar os Cenários Macroeconômicos elaborados pela EPE clique aqui.
para as ler as Premissas Básicas adotadas, clique aqui.
(Canal Energia - 05.12.2005) 2 Livre acesso: MME não acredita em ações contra decreto O secretário
executivo do MME, Nelson Hubner, disse nesta segunda-feira, 5 de dezembro,
que a regulamentação do livre acesso dos grandes consumidores à rede básica,
na semana passada, não irá provocar uma enxurrada de ações judiciais.
Segundo Hubner, a questão foi amplamente discutida com as associações
envolvidas no tema - Abradee e Abrace - antes de um acordo. A Abradee
estuda recorrer à Justiça contra o decreto, alegando que há violação dos
contratos de concessão entre as concessionárias e a Aneel, entre outros
pontos. Hubner ressaltou que a publicação do decreto seguiu os dispositivos
legais já existentes e lembrou que existem condições definidas para a
obtenção do livre acesso. Entre elas está a necessidade comprovada de
aumento de carga ou o atestado de que a distribuidora não atende o consumidor
livre. Para saber as Premissas Básicas adotadas, clique aqui. (Canal Energia
- 05.12.2005) 3 Usina de Irapé recebe licença de operação em MG A hidrelétrica
de Irapé recebeu na última sexta-feira, 2 de dezembro, a licença de operação
da Câmara de Infra-Estrutura do Conselho Estadual de Politica Ambiental
de Minas Gerais. O enchimento do reservatório será iniciado somente após
assinatura de termo de caução pela Cemig, responsável pelo empreendimento.
O valor da caução está sendo calculado pela Fundação Estadual do Meio
Ambiente (Feam) a partir da quantificação de medidas ainda não cumpridas
pela empresa referente ao reassentamento da população atingida. Segundo
a Feam, entre as pendências estão a existência de fazendas em que o acesso
precário dificulta o acesso às escolas, postos de saúde fora de operação
e escolas em fase de construção. As famílias das áreas atingidas pelos
reservatórios foram reassentadas. (Canal Energia - 05.12.2005) 4 PCH recebe R$ 31,3 mi da Caixa 5 Brasil e Argentina resolvem impasse sobre fornecimento de gás O secretário
executivo do MME, Nelson Hubner, disse nesta segunda-feira, 5 de dezembro,
que o MME pretende assinar na próxima semana um convênio com o ministério
de energia da Argentina para garantir o fornecimento de gás para o Brasil,
em regime especial. Os dois governos estão em entendimento para buscar
uma saída para a importação do gás argentino para o mercado brasileiro,
até que o país vizinho resolva seus problemas de suprimento. Segundo Hubner,
o objetivo é garantir um suprimento mínimo do insumo nos contratos existentes.
A duração, de acordo com ele, é até 2009, quando se espera uma solução
definitiva para a comercialização de gás entre os dois países. Esse acordo
garantirá o fornecimento de gás natural argentino para o Sul do Brasil,
que desde o ano passado está comprometida em razão da crise energética
na Argentina. (Canal Energia - 05.12.2005)
6 Aneel: autorização para realizar concurso público O Ministério
do Planejamento autorizou a Aneel a realizar concurso público de nível
superior e médio para o preenchimento de 355 vagas nos cargos de especialista
de regulação, analista administrativo e técnico administrativo. Serão
preenchidas 200 vagas no ano que vem e 155 em 2007. A nomeação dos candidatos
aprovados no concurso deverá ocorrer a partir de junho de 2006 e o prazo
para a Aneel publicar o edital do concurso é de seis meses a partir de
hoje. (Valor Econômico - 06.12.2005)
Empresas 1 Eletrobrás: conclusão da captação e interesse em hidrelétricas A Eletrobrás
anunciou ontem, 5 dezembro, o interesse em pelo menos três das sete novas
usinas hidrelétricas que já receberam a licença para participar do leilão.
São elas: Baguari (MG), com capacidade para 140 (MW); Simplício (RJ/MG),
com 324,8 MW; e Dardanelos (MT), com 256 MW. O anúncio foi feito durante
a divulgação da conclusão do processo de captação de recursos da estatal,
na ordem de US$ 400 milhões. Desse total, US$ 100 milhões foram captados
por meio de um empréstimo sindicalizado, com a Corporación Andina de Fomento
(CAF) e o Banco Santander. Essa operação terá um custo inferior a 2% ao
ano, acima da variação da Libor, com prazo de liquidação de dez anos.
A empresa também lançou bônus no mercado internacional no valor de US$
300 milhões, com prazo de dez anos e com juros de 7,75% ao ano. A Eletrobrás
também anunciou que passará a compor a primeira carteira do ISE da Bovespa.
(Jornal do Brasil - 06.12.2005) 2 Eletrobrás deve investir um total de 4,6 bi O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, José Drumond Saraiva, informou que em 2006 a estatal estima investir um total de R$ 4,6 bilhões, contra R$ 4,2 bilhões em 2005 e R$ 2,8 bilhões em 2004. A empresa deverá contribuir com R$ 1,6 bilhão para a meta de superávit primário do Governo (de 4,25% do Produto Interno Bruto), mesmo montante previsto para este ano. Saraiva afirmou considerar normal a necessidade de contribuir para o superávit primário, que considera ter sido fundamental para criar a imagem de solidez da economia brasileira no mercado internacional. (Jornal do Commercio - 06.12.2005) 3 Eletrobrás fará captação para novos investimentos O diretor financeiro
da Eletrobrás deixou claro que a empresa tem interesse em fazer novas
captações para financiar investimentos em um futuro próximo, aproveitando
o momento favorável às empresas brasileiras. Nessa primeira operação,
liderada pelo banco Dresdner, a demanda chegou a US$ 776 milhões, 2,6
vezes superior ao total ofertado. José Drumond Saraiva explicou que a
empresa está legalmente proibida de fazer novas captações nos próximos
40 dias. Ele afirmou que a empresa priorizará aportes em projetos de transmissão
em geração no próximo ano, o que inclui o leilão de energia nova. Entre
os objetivos da companhia estão a construção da termelétrica a carvão
Candiota III, da CGTEE, e das usinas Belo Monte e do Complexo do Rio Madeira.
Para todos os empreendimentos, a Eletrobrás planeja ainda obter financiamentos
em diversas instituições de crédito, inclusive entidades multilaterais
como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial. (Jornal
do Commercio e Canal Energia - 06.12.2005) 4 Eletrobrás: preocupação com sustentabilidade da
Eletronuclear 5 Cataguazes é palco de nova briga dos sócios A americana
Alliant deu início a mais uma manobra na briga com a família Botelho,
sua sócia na holding Cataguazes Leopoldina. Os americanos entraram com
duas representações na Corte da Câmara de Comércio Internacional (ICC),
sediada em Paris, uma na sexta-feira passada e outra ontem, contra seus
sócios. Desta vez, a briga envolve a sociedade na Energipe; na Saelpa
e na Celb. A Alliant quer indenização por conta da quebra de contrato
por parte dos Botelho na Energisa (que controla a Energipe e a Celb) e
na PBpart, que por sua vez é a maior acionista da Saelpa. Os americanos
possuem 45,61% da Energisa e 49,9% da PBpart. Uma outra representação
pede indenização por conta da situação financeira da holding Cataguazes,
que, segundo o diretor da Alliant, Carlos Miranda, atingiu em setembro
uma situação crítica. O contrato entre os acionistas prevê a apresentação
de um plano de recuperação por parte dos controladores toda vez que esses
índices forem alcançados e isso ainda não aconteceu. O vice-presidente
da Cataguazes, Ricardo Botelho, afirma que ainda não tem conhecimento
dos dois processos iniciados pela Alliant na corte internacional de arbitragem,
por isso não comenta o seu conteúdo. (Valor Econômico - 06.12.2005) 6 Prefeitura de São Bernardo vai cobrar poste da Eletropaulo Vem aí o que
deve se tornar uma intensa disputa entre a Eletropaulo e a Prefeitura
de São Bernardo e que pode se estender para os demais municípios da região.
A empresa terá de pagar à cidade uma taxa ou espécie de aluguel pelo espaço
que os postes de distribuição de energia ocupam na cidade - a maior do
Grande ABC. A medida, ainda em estudo, segue o que o prefeito José Serra
(PSDB) estabeleceu por decreto em São Paulo. Em São Bernardo, entretanto,
a companhia terá de recolher também ISS (Imposto Sobre Serviços) em todas
as operações de sublocação para empresas de telefonia, TV a cabo etc.
O prefeito William Dib (PSB) disse segunda-feira que pretende cobrar até
mesmo os postes utilizados pela Eletropaulo. Ele afirma que, como São
Bernardo é uma cidade antiga, boa parte da rede foi comprada pelo município
e não pertence ao patrimônio da companhia privatizada. (Diário do Grande
ABC - 06.12.2005) 7 Guascor cria geradores para região amazônica O grupo espanhol
Guascor transformou o desafio de produzir energia na região amazônica
em um novo segmento de negócio. Para gerar energia elétrica na região,
onde há excesso de umidade e a temperatura é de mais de 40 graus Celsius
durante boa parte do ano, o grupo desenvolveu, no Brasil, um gerador elétrico
especial. A inovação foi um sucesso e o gerador "tropicalizado" atraiu
a atenção de outros países que possuem clima muito parecido com o da região
Norte brasileira. Encomendas de Cuba, Colômbia, Bolívia, República Dominicana
e Angola surgiram, e a Guascor descobriu um novo filão. Os planos agora
são de transformar o Brasil em um centro de exportação de geradores de
energia movidos a gás e diesel para países da América Latina e África.
(Valor Econômico - 06.12.2005) 8 Light faz assembléia geral para homologar aumento de capital A Light realizará no dia 19 de dezembro assembléia geral extraordinária a fim de deliberar sobre a proposta de aumento de capital da empresa. Segundo informou na semana passada ao mercado financeiro, a operação atingirá o montante de R$ 53.394.521,48, com a emissão particular de 4.795.197.259 ações ordinárias. O preço de emissão previsto é de R$ 11,135 por lote de mil ações. Está prevista ainda a homologação do aumento de capital por meio da conversão de debêntures em ações, no âmbito do plano de reestruturação financeira da companhia. Segundo a distribuidora, das 767.252 debêntures emitidas, foram convertidas 2.437 debêntures, entre 14 de outubro e hoje. (Canal Energia - 05.12.2005) No pregão do dia 05-12-2005, o IBOVESPA fechou a 32.701,17 pontos, representando uma baixa de 0,40% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,43 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,47%, fechando a 9.497,64 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 68,7 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 38,70 ON e R$ 39,00 PNB, baixa de 2,76% e 1,84%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 8,8 milhões as ON e R$ 20,6 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 30% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 06-12-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,00 as ações ON, alta de 0,78% em relação ao dia anterior e R$ 39,25 as ações PNB, alta de 0,64% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 06.12.2005) Termina hoje o prazo de reserva para a compra de ações ordinárias (ON, com direito a voto) da geradora Tractebel Energia. Com a oferta de até 79,2 milhões de ações, a empresa pode levantar mais de R$ 1 bilhão, considerando-se o preço dos papéis já negociados na Bovespa, na casa dos R$ 13. (Valor Econômico - 06.12.2005) Dados da Cemig mostram que o descuido na construção civil, as ligações clandestinas de energia e a tentativa de prender ou retirar objetos presos em cabos de energia são as principais causas de acidentes. Diante disso, a Cemig investiu, desde julho, R$ 2,5 milhões na confecção de panfletos com dicas de segurança e na veiculação de anúncios em rádio, TV e jornal. (Jornal do Commercio - 06.12.2005) A CPFL Energia foi eleita pela Apimec-SP como a empresa que realizou a melhor reunião com analistas de mercado em 2005. (Elétrica - 05.12.2005)
Leilões 1 Governo adia prazo de licença de hidrelétricas para leilão O governo adiou
ontem, pela segunda vez, o prazo para a apresentação das licenças ambientais
prévias dos projetos de novas usinas hidrelétricas que pretende levar
a leilão no próximo dia 16. A nova data prevê que os documentos precisam
ser apresentados até o dia 14. O prazo anterior se esgotaria hoje. O governo
quer ganhar tempo para colocar o maior número possível de projetos em
disputa. "Há algumas usinas que estão em vias de conseguir a licença",
explicou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Dos 13 projetos que
o governo pretende licitar, ele acredita que 12 conseguirão a licença
prévia dentro do novo prazo e poderão ser colocadas em disputa. (O Estado
de São Paulo - 06.12.2005) 2 MME confirma exclusão de Ipueiras do leilão O secretário executivo do MME, Nelson Hubner, descartou definitivamente a inclusão da hidrelétrica Ipueiras (TO, 480 MW) no leilão de energia nova, que acontece no dia 16 de dezembro, no Rio de Janeiro. Segundo ele, questões ambientais não permitiram a obtenção da licença ambiental prévia do empreendimento. Com isso, será de 12 o total de empreendimentos em oferta. Ainda segundo ele, Paulistas (GO/MG, 81) deve ter sua licença liberada até esta terça-feira, 6 de dezembro. Hubner disse ainda que acredita na liberação das licenças prévias das quatro usinas restantes - Salto Grande e Mauá, ambas no Paraná, Cambuci e Barra do Pomba, no Rio de Janeiro. (Canal Energia - 05.12.2005) 3 MME ajusta regras para processo de habilitação técnica O MME publicou
nesta segunda-feira, 5 de dezembro, portaria 547 que altera o processo
de habilitação técnica de projetos e novos empreendimentos interessados
no leilão de energia nova. Segundo a nova redação, os empreendimentos
que já estão em operação comercial ou que ainda faltam máquinas para serem
instaladas não precisam mais apresentar licença de operação na EPE. A
portaria 547 também estabelece que, excepcionalmente, a EPE poderá habilitar
tecnicamente e cadastrar empreendimentos de geração que não tenham apresentado
a licença ambiental, declaração de recursos hídricos e parecer para acesso
às instalações de transmissão ou distribuição. Para isso, segundo a portaria,
os empreendedores precisam demonstrar a efetiva possibilidade de apresentá-los
em até dois dias antes da data prevista para o leilão. Antes, esse prazo
era de 10 dias. (Canal Energia - 05.12.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 60,7% Os reservatórios
operam com 60,7% da capacidade de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste,
aumento de 0,4%. O nível está 35,4% acima da curva de aversão ao risco.
As usinas de Corumbá I e de Miranda estão com 63% e 67,4% de volume armazenado,
respectivamente. (Canal Energia - 05.12.2005) 2 Reservatórios estão em 86,2% no Sul A região Sul registrou uma leve queda de no volume dos reservatórios, atingindo 86,2% no último domingo. O reservatório de G.B. Munhos está com 91,5% da capacidade de armazenamento. (Canal Energia - 05.12.2005) 3 Região NE está com 53,6% de armazenamento O nível
de armazenamento no submercado Nordeste está em 53,6%, com elevação de
0,2% em comparação com o sábado (3). O nível está 35% acima da curva de
aversão ao risco. Sobradinho está com 48,8% de volume armazenado. (Canal
Energia - 05.12.2005) 4 Região Norte atingiu 34,4% de armazenamento Os reservatórios
da região Norte estão com 34,4% de armazenamento, aumento de 0,1% em relação
ao dia anterior, dia 3. A usina de Tucuruí opera com 26,7% do nível do
reservatório. (Canal Energia - 05.12.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 03/12/2005 a 09/12/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Acordo cria supergasoduto na AL O ministro Silas Rondeau finalizou ontem em Caracas os detalhes de um acordo para a construção de uma rede de gasodutos ligando Brasil, Venezuela, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai. A rede terá 10 mil quilômetros de extensão e custará US$ 20 bilhões. O anúncio do memorando de entendimento para a "grande interligação gasífera regional" será feito sexta-feira, na reunião de cúpula do Mercosul em Montevidéu, da qual participará também o presidente venezuelano, Hugo Chávez. A construção da malha de gasodutos deverá levar cinco anos, e, depois de pronta, terá uma vida econômica de 25 anos. Com exceção do Uruguai, a maioria dos países é ao mesmo tempo consumidora e produtora de gás. Assim, a rede criará uma espécie de "condomínio", no qual os países produtores poderão colocar o seu gás no mercado comum, incentivando a sua comercialização. (O Estado de São Paulo - 06.12.2005) 2 BNDES libera R$ 2,5 bi a gasodutos e plataforma O BNDES e a
Petrobras acabam de assinar contratos de financiamentos de dois gasodutos
e uma plataforma no valor total da ordem de R$ 2,5 bilhões. A P-51, com
financiamento de US$ 402 milhões, vai produzir 180 mil barris de petróleo
por dia no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Com investimento de
US$ 774 milhões, a plataforma é a primeira montada no Brasil após uma
série de encomendas no exterior. Já o Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene),
com R$ 800 milhões do BNDES, escoará o gás natural da Bacia do Espírito
Santo. O investimento total no trecho Cabiúnas Vitória, a linha tronco
do gasoduto, é de R$ 1,3 bilhão. Depois de lentidão no entendimento com
parceiros, a Petrobras terá como sócio o banco Santander no empreendimento.
O Gasoduto Coari-Manaus também, contemplado com R$ 800 milhões de empréstimo
do BNDES, põe fim no abastecimento de energia elétrica a custas de óleo
diesel - caro e poluente. As usinas térmicas da região passarão a usar
gás natural, como destacou o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
O projeto custará R$ 1,44 bilhão e transportará o gás da reserva de Urucu,
localizada no município de Coari, para Manaus e redondezas. (Investnews
- 05.12.2005) 3 Gabrielli: gasoduto no Amazonas reduzirá subsídio A entrada em
operação do gasoduto Urucu-Coari-Manaus deverá acabar com o consumo de
óleo combustível pelas usinas termelétricas do Amazonas, que consomem
um total de R$ 1,8 bilhão em subsídios via Conta de Consumo de Combustíveis
(CCC). Pelo menos é o que espera o presidente da Petrobras, José Sérgio
Gabrielli, ao confirmar ontem que as usinas passarão a consumir o gás
natural transportado pelo gasoduto desde o campo de Urucu. O financiamento
do BNDES para os dois gasodutos soma R$ 1,6 bilhão, enquanto que, para
a plataforma, chega a US$ 402 milhões. O desembolso será intermediado
pelo banco francês BNP-Paribas, indicado pela própria Petrobras. Do total
de recursos, R$ 802 milhões serão destinados ao financiamento do trecho
do gasoduto que liga as cidades de Coari e Manaus. (Jornal do Brasil -
06.12.2005)
Grandes Consumidores 1 CVRD vai implementar programa de redução de custo em 2006 A Companhia
Vale do Rio Doce vai implementar, em 2006, um severo programa de redução
de custos, para compensar as perdas provocadas pelo câmbio sobrevalorizado.
Com a alta de 21% do real frente ao dólar e de 39% diante do euro, desde
o início do ano, os resultados financeiros tornaram-se menos atraentes
aos investidores estrangeiros. "Temos que trabalhar fortemente na contenção
de custos, esta é uma das nossas prioridades para o ano que vem. Em reais,
nossos gastos subiram, mas em dólares subiram muito mais. E não há perspectivas
de alterações significativas no câmbio. O fluxo externo continua forte",
afirmou o presidente da CVRD, Roger Agnelli. De acordo com o executivo,
70% dos custos da empresa são em reais, contra 80% de receitas em moeda
americana. Com o dólar em queda, cria-se uma distorção no balanço, que
precisará ser corrigida com cortes de despesas. Agnelli ressaltou que
o foco será no aumento da eficiência. (Gazeta Mercantil - 06.12.2005)
2 CVRD conclui levantamento de operações de minas no Brasil A Vale do Rio
Doce acaba de concluir levantamento detalhado das operações de cada uma
de suas minas no País. Os destaques em cada segmento de atuação servirão
como referência para as demais. Além disso, investiu US$ 50 milhões na
implantação de um Enterprise Resource Planning (ERP, sistema de gestão
integrada) da Oracle, que permite o gerenciamento de estoques e cargas
em tempo real. (Gazeta Mercantil - 06.12.2005) 3 CVRD traça cenário otimista para o Brasil Apesar das perdas
com o dólar fraco, o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, traçou
um cenário otimista para o país, assinalando que o risco Brasil está em
nível historicamente baixo e que os juros cairão, a médio prazo, para
patamares mais civilizados. "Claro que todos gostaríamos que o ritmo de
implantação das reformas estruturais de que o país precisa fosse muito
mais rápido. Mas temos que nos conscientizar de que esse não é um problema
do governo A ou B, mas sim de toda a sociedade", disse o executivo, que
não vê riscos de novas turbulências nos mercados internacionais no curto
prazo. (Jornal do Brasil - 06.12.2005) 4 Braskem vai investir R$ 77 mi na expansão da produção de isopreno A Braskem investirá
R$ 77 milhões para ampliar em 50% a sua capacidade de produção de isopreno,
insumo de alto valor agregado utilizado na fabricação de adesivos especiais,
para 26,5 mil toneladas por ano até o final de 2006. O isopreno é produzido
na Bahia. A empresa informou que a taxa interna de retorno do projeto
está estimada em 49%, um percentual alto de rentabilidade para o setor.
(Gazeta Mercantil - 06.12.2005) 5 Siderúrgica de São Luis é discutida no MA Representantes
do grupo chinês Baosteel, da européia Arcelor e da Vale do Rio Doce se
encontram nesta terça-feira (06/12) em São Luís, com o secretário da Indústria
e Comércio do Maranhão, Ronaldo Braga, para discutir questões relacionadas
à implantação da usina siderúrgica no estado. Entre os assuntos da pauta,
está a definição do texto do documento que formaliza a venda do terreno
de mil hectares, próximo ao porto do Itaqui, que vai abrigar a siderúrgica.
Em seguida, será marcada a data oficial para a transferência do terreno
aos investidores. De acordo com o secretário, o terreno não era o único
entrave do projeto, que prevê investimentos no valor de US$ 2,5 bilhões
para uma produção e 7 milhões de toneladas de placas de aço por ano. Os
custos com impostos também pesavam no orçamento. Com a aprovação da MP
do Bem, os custos caíram de US$ 400 milhões para US$ 217 milhões. (Gazeta
Mercantil - 06.12.2005)
Economia Brasileira 1 Governo já admite crescimento de 3% Após o IBGE ter apontado na semana passada recuo de 1,2% do PIB no terceiro trimestre do ano, governo e mercado reduziram ontem suas previsões para o crescimento da economia neste ano. O governo Lula, que iniciou 2005 prevendo alta de ao menos 4% do PIB no ano, disse que ele deve ficar em torno de 3%, caso a recuperação neste último trimestre seja consistente. O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, reconheceu ontem que o resultado de 2005 não será dos melhores. "Há uma expectativa de que o último trimestre aponte para uma recuperação e que a gente possa fechar o ano alguma coisa acima ou em torno de 3% de alta do PIB." (Folha de São Paulo - 06.12.2005) 2 FT: BC deveria ser mais agressivo na política monetária O jornal Financial Times afirma hoje, em editorial, que o presidente Lula gosta de ressaltar que o Brasil está avançando rumo a um status de país desenvolvido e, com base na performance dos mercados financeiros do País neste ano, muitos investidores ao que parece concordam com ele. "Entretanto, raspe a superfície, e o novo milagre econômico do Brasil é muito menos sólido do que parece", disse o diário financeiro britânico. "O problema é que o País não está crescendo com a rapidez necessária." O FT afirma que o Brasil precisa muito recuperar ritmo. No médio prazo precisa implementar mais reformas estruturais para permitir a melhora da qualidade do gasto público. O governo precisa agir rapidamente para livrar as pequenas e médias empresas de cargas regulatórias excessivamente pesadas. "E no curto prazo o BC deveria ser mais agressivo na sua política monetária", disse. "Isso também ajudaria colocar pressão sobre a moeda permitindo aos exportadores manter seus ganhos em dólares por um longo período, ao invés de ter que vendê-los imediatamente." (O Estado de São Paulo - 06.12.2005) 3 Meirelles reage a críticas 4 BC fará novo leilão de leilão de swap cambial reverso hoje O Banco Central
realiza nesta tarde novo leilão de até 12,5 mil contratos de swap cambial
com posição ativa em variação do câmbio e passiva em taxas de juros. Serão
oferecidos contratos com vencimentos em 02 de maio de 2006 (até 4,1 mil),
13 de outubro de 2006 (até 4,1 mil), 17 de janeiro de 2007 (até 2,1 mil)
e 2 de janeiro de 2008 (até 2,2 mil contratos). No discurso oficial do
BC, os leilões de swap cambial teriam o objetivo exclusivo de reduzir
a parcela da dívida interna vinculada à taxa de câmbio. (Valor Econômico
- 06.12.2005) 5 CNI: Vendas da indústria caem pelo 4º mês e frustram expectativas As vendas da
indústria apresentaram em outubro a quarta queda consecutiva, recuando
para 0,91% na comparação com setembro. Entre julho e outubro, o faturamento
das indústrias acumula retração de 3,61%, segundo dados divulgados pela
CNI. A expectativa de um quarto trimestre melhor tem sido alimentada pelo
governo federal que, após a divulgação na semana passada de que a economia
brasileira encolheu 1,2% no terceiro trimestre, considerou o resultado
apenas um "ponto fora da curva" de crescimento. A CNI, no entanto, também
destaca a desaceleração do ritmo de crescimento das vendas da indústria.
No primeiro semestre, o aumento do faturamento foi de 4,8%. Já no acumulado
de janeiro a outubro, o crescimento está em 2,28%. Apesar da queda nas
vendas, foi registrado em outubro um pequeno aumento no índice que mede
a utilização da capacidade instalada. O dado dessazonalizado passou de
80,7% em setembro para 81,1% em outubro. Em relação a outubro de 2004,
no entanto, houve queda. (Folha de São Paulo - 06.12.2005) O mercado financeiro brasileiro teve uma manhã de otimismo nesta terça-feira, com todos os ativos nacionais em alta. O dólar caiu 0,64% frente ao real, cotado a R$ 2,181 na compra e R$ 2,183 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,58%, valendo R$ 2,1940 na compra e R$ 2,1960 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 06.12.2005)
Internacional 1 Irã anuncia que construirá usina nuclear O governo do
Irã anunciou ontem que construirá uma usina nuclear, a segunda do país.
O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Larijani,
deu poucos detalhes sobre o projeto da usina, que deve ser erguida no
sudoeste do país. Larijani, que é também o líder das negociações nucleares
do Irã com outros países e a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica),
da ONU, disse que empresas multinacionais serão convidadas a participar
da concorrência para a construção da planta. "É para atender nossas necessidades
de energia elétrica; não é nada secreto", disse Larijani. A afirmação
do secretário iraniano vem a propósito da tensão entre seu país, de um
lado, e os EUA e a União Européia, de outro, por conta da retomada pelo
Irã do enriquecimento de urânio. (Folha de São Paulo - 06.12.2005)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MME. "Cenários Macroeconômicos Para projeção do Mercado de Energia Elétrica". EPE - dezembro de 2005. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 MME. "Estudos das Premissas Básicas para as Projeções do Mercado de Energia Elétrica". EPE - dezembro de 2005. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 3 Abreu, Yolanda Vieira de. "Biodiesel: vantagens, desvantagens e limites a serem superados". Universidade Federal do Tocantins. Palmas - dezembro de 2005. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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