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IFE: nº 1.707 - 30 de novembro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
MME: plano decenal de expansão de energia será anunciado em dezembro
2 Agentes pleiteiam agência reguladora mais forte no setor
3 Redefinição de cotas-parte de Itaipu tem audiência pública
4 Governo pretende licitar hidrelétrica de Madeira entre abril e maio de 2006

Empresas
1 EDF vai anunciar finalistas para aquisição da Light
2 Ampla desiste do processo de aquisição de ativos da Light
3 Light pretende reduzir perdas de eletricidade em 1 ponto percentual
4 Tradener vence concurso de preços realizado pela UTE
5 Energia produzida por Ponte de Pedra será fornecida para Cemig
6 Aneel analisa programa de combate à perda de energia da Eletroacre
7 RGE lança código de conduta para mercado de capitais
8 BES analisa papéis da Cemig e da Copel

9 Área de Energia da Siemens no Brasil registra aumento de 12% no faturamento

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Zimmermann: SE não precisa de novos empreendimentos até 2009
2 Siemens no Brasil alerta para possibilidade de desabastecimento de energia
3 Nível dos reservatórios atinge 59% no Sudeste/Centro-Oeste

4 Reservatórios do Sul operam com 88,7% da capacidade

5 Reservatórios da região NE estão com 52,7%

6 Nível dos reservatórios da região Norte está em 34,1%

Gás e Termelétricas
1 Chineses voltam ao país para negociações sobre Candiota II
2 Governo quer identificar novas reservas de carvão

Grandes Consumidores
1 Decreto garante livre acesso de grandes consumidores à rede básica
2 Vale pretende construir subestação
3 Abrace: governo teve uma atitude "corajosa e positiva"
4 Distribuidoras argumentam que tarifa deve subir
5 Vale adquire 93% da Canico
6 CRVD: Compra da Canico não afeta outros investimentos
7 CRVD vai investir US$ 1,1 bi no projeto da mina de Onça Puma

Economia Brasileira
1 Lula rebate críticas à política econômica
2 OCDE: economia brasileira terá crescimento de 3,7% em 2006

3 Serviços: receita encolheu 4,2%
4 Assinatura de acordo de salvaguardas com a Argentina é adiado
5 País capta US$ 500 mi via bônus Global 34
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Blair: Reino Unido deve retomar construção de usinas nucleares
2 Empresa nacional russa de energia alerta para possibilidade de blecautes

Regulação e Novo Modelo

1 MME: plano decenal de expansão de energia será anunciado em dezembro

O governo voltará a elaborar planos decenais de expansão de energia e o primeiro deles, com projeções até 2015, será anunciado no fim de dezembro. "A idéia é incluir as usinas que forem licitadas no leilão de energia nova", afirma o secretário de Planejamento do MME, Marcio Pereira Zimmermann. Retomar o plano decenal, segundo Zimmermann, faz parte da estratégia do governo para reforçar o planejamento do setor e tranqüilizar o mercado. (Eletrosul - 30.11.2005)

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2 Agentes pleiteiam agência reguladora mais forte no setor

Doze associações do setor entregam nesta quarta-feira, 30 de novembro, ao diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, uma carta sugerindo ações para o fortalecimento da agência reguladora. O documento também será distribuído para autoridades dos poderes Executivo e Legislativo. As associações que participam do movimento são ABCE, Abiape, Abrace, Abraceel, Abradee, Abrage, Abragef, Abraget, Abrate, Apine, APMPE e CBIEE. (Canal Energia - 29.11.2005)

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3 Redefinição de cotas-parte de Itaipu tem audiência pública

A Aneel aprovou nesta segunda-feira, 28 de novembro, a realização de audiência pública na modalidade intercâmbio documental, no período de 1° de dezembro de 2005 a 13 de janeiro de 2006, a fim de receber sugestões para a minuta de resolução sobre a redefinição das cotas-parte anuais referentes à compra de energia de Itaipu Binacional. As novas cotas entram em vigor a partir de 1° de janeiro de 2007. Segundo o processo analisado em reunião de diretoria, a Aneel procedeu com o ajuste em função de alterações no mercado das empresas que são cotistas de Itaipu, nos submercados Sul e Sudeste/Centro-Oeste, e alterações na legislação do setor, entre outras razões. A Aneel estabeleceu ainda as cotas anuais de energia referentes aos montantes de potência contratada e energia vinculada de Itaipu para 2006. A medida envolve 19 concessionárias, localizadas nos submercados Sul e Sudeste/Centro-Oeste. (Canal Energia - 29.11.2005)

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4 Governo pretende licitar hidrelétrica de Madeira entre abril e maio de 2006

O governo espera licitar a hidrelétrica de Madeira, no Amazonas, com 6,45 mil MW, entre abril e maio do próximo ano. Os estudos de viabilidade econômica e ambiental, realizados por Furnas e Odebrecht, foram entregues à Aneel em maio, quando foi feito o pedido de licenciamento ambiental. "Nossa expectativa é que a licença prévia seja concedida por volta de março, o que permitirá a realização do leilão logo em seguida", disse o secretário de Planejamento do MME, Marcio Pereira Zimmermann. (Jornal do Commercio - 30.11.2005)

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Empresas

1 EDF vai anunciar finalistas para aquisição da Light

A disputa pela Light entrou na reta final. Até segunda-feira (05/12), o grupo francês EDF anunciará as três propostas que irão para a última fase de negociação da venda do principal ativo da companhia no Brasil. A Goldman Sachs, que coordena o processo, vem analisando as ofertas feitas por 10 grupos. Fontes revelam que os concorrentes com mais chances de chegar à etapa final são o grupo GP Investimentos, o consórcio formado por Andrade Gutierrez e Cemig e o consórcio da família Gouvêa Vieira com o fundo inglês Millennium. (Jornal do Commercio - 30.11.2005)

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2 Ampla desiste do processo de aquisição de ativos da Light

A Ampla e a Arbeit desistiram das negociações em torno dos ativos de geração de energia da Light. A Ampla informou que está aberta para negociar suas usinas com outros possíveis compradores. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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3 Light pretende reduzir perdas de eletricidade em 1 ponto percentual

A Light espera aumento do consumo de energia em sua área de atuação de 6% em 2005 em relação ao ano passado, e pretende reduzir as perdas de eletricidade cerca de 1 ponto percentual. "Continuo no esforço para que a empresa reduza sua inadimplência", afirmou o presidente da Light, Jean-Pierre Bel. De janeiro a setembro, a empresa apresentou índice de perdas totais de energia de 23,3%, o que representa redução de 0,7 ponto percentual contra igual período de 2004. A meta é diminuir as perdas em 1 ponto. (Gazeta Mercantil - 30.11.2005)

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4 Tradener vence concurso de preços realizado pela UTE

A Tradener foi a vencedora do concurso de preços realizado pela empresa uruguaia Administración Nacional de Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE). A comercializadora brasileira ofereceu preço de R$ 0,69 por MWh para fornecer 72 MW para o Uruguai. O fornecimento será feito através da interconexão Rivera-Livramento, de acordo com as necessidades da UTE. Segundo a empresa uruguaia, além da Tradener, outras três empresas brasileiras apresentaram propostas. (Canal Energia - 29.11.2005)

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5 Energia produzida por Ponte de Pedra será fornecida para Cemig

A energia produzida por Ponte de Pedra (176,1 MW) será totalmente repassada para a Cemig. A empresa Ponte de Pedra S.A., consórcio formado pela Skanska e Impreglio, já tem contrato de compra e venda de energia com a estatal mineira por 20 anos. A usina foi inaugurada oficialmente no último dia 18 de novembro, e teve sua última turbina, de 58,7 MW, instalada em setembro deste ano, segundo informou o presidente da empresa, Esteban Maresca. Construída dentro de uma caverna, a usina está localizada na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O investimento na construção do projeto ficou em R$ 585 milhões, sendo 50% financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a outra metade dividida entre os sócios do projeto. (Canal Energia - 29.11.2005)

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6 Aneel analisa programa de combate à perda de energia da Eletroacre

O superintendente de regulação da comercialização da eletricidade da Aneel, Ricardo Vidinich, participou ontem de uma reunião, no auditório da Eletroacre, onde foi discutido o programa de combate à perda de energia que vem sendo executado pela concessionária. A ida de Vidinich atendeu a um convite feito pelo Procon-AC, que nos últimos meses tem recebido muitas reclamações de consumidores que se queixam do atendimento que vem sendo prestado pela concessionária. Segundo o diretor-presidente da Eletroacre, Celso Mateus, a companhia está tentando combater a perda de energia, que atualmente é 30% do faturamento, bruto da empresa. Desse percentual, 20% se referem ao furto de energia. Ele revelou que a intensificação da fiscalização tem levado muitos consumidores a procurarem o Procon, reclamando do atendimento da concessionária. (Eletrosul - 30.11.2005)

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7 RGE lança código de conduta para mercado de capitais

A RGE (RS) lançou novo código de conduta para o mercado de capitais, já adequado à Lei Sarbanes-Oxley, que rege as operações em níveis de governança corporativa. A distribuidora tem como objetivo enquadrar-se na Sox para obter a certificação no início de 2006. Participaram do lançamento, em Porto Alegre, a KPMG e a Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, além de funcionários da companhia. (Canal Energia - 29.11.2005)

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8 BES analisa papéis da Cemig e da Copel

Nesta terça-feira (29/11) o BES (Banco Espírito Santo) divulgou seu relatório de spread e recomendou operações entre os papéis preferenciais classe B da Copel e os preferenciais da Cemig, já que, para o banco, a melhor performance das ações da Copel frente às da Cemig na última semana será revertida. O BES acredita que as incertezas da Copel em relação à negociação da Usina Araucária, associado à sua participação no leilão de energia nova e a possibilidade de interferências governamentais, por parte do governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, podem afetar negativamente suas ações no curto e médio prazo. Diante deste cenário e em função das melhores perspectivas para a Cemig, como estratégia comercial, margem Ebitda, política de distribuição de dividendos, uso dos investimentos e risco político, o BES recomenda posição long (comprado) nas preferenciais da Cemig, e short (vendido) nas preferenciais classe B da Copel. (Elétrica - 29.11.2005)

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9 Área de Energia da Siemens no Brasil registra aumento de 12% no faturamento

A área de Energia da Siemens no Brasil fechou seu ano fiscal - de 1º de outubro de 2004 a 30 de setembro de 2005 - com faturamento de R$ 793,1 milhões, valor 12% superior ao registrado no mesmo período anterior. Segundo a empresa, contribuiu para esse resultado o segmento de geração, que teve aumento significativo no fornecimento de serviços, turbinas e turbo compressores. No geral, a Siemens no Brasil registrou faturamento de R$ 6,6 bilhões, 11% superior que o verificado no ano fiscal anterior. O lucro líquido da Siemens no Brasil atingiu R$ 256 milhões. (Canal Energia - 29.11.2005)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 29-11-2005, o IBOVESPA fechou a 31.651,55 pontos, representando uma alta de 0,94% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,35 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,73%, fechando a 9.425,39 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 64,6 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 39,20 ON e R$ 39,25 PNB, alta de 1,42% e 1,68%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 12,8 milhões as ON e R$ 16,5milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 25% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 29-11-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 38,71 as ações ON, baixa de 1,25% em relação ao dia anterior e R$ 38,99 as ações PNB, baixa de 0,66% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 29.11.2005)

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11 Curtas

A Aneel realiza nesta quarta-feira, 30 de novembro, audiência pública para apresentação do processo de revisão tarifária da Cooperativa Mista Aliança - Cooperaliança -, de Santa Catarina. A proposta da Aneel para correção das tarifas em -2,83%. (Canal Energia - 29.11.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Zimmermann: SE não precisa de novos empreendimentos até 2009

O secretário de Planejamento do MME, Marcio Pereira Zimmermann, afirma que até 2009 não há necessidade de novos empreendimentos para o setor elétrico. A partir de 2010, o aumento de demanda previsto poderá ser suprido com os empreendimentos que serão licitados no fim deste ano. "Além disso, o governo está prevendo outros dois leilões de usinas novas para 2006. Isso sem contar a licitação da hidrelétrica de Madeira". A necessidade de energia adicional é estimada pelo governo entre 3 e 3,5 mil MW por ano entre 2010 e 2015. (Eletrosul - 30.11.2005)

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2 Siemens no Brasil alerta para possibilidade de desabastecimento de energia

Com menor participação do setor elétrico em seu faturamento, a Siemens no Brasil advertiu ontem que é grande a possibilidade de um desabastecimento de energia para a partir de 2008. Para o presidente da Siemens Brasil, Adilson Primo, o baixo nível de investimento no setor elétrico do País a partir de 2002, especialmente em geração, aumenta o risco de faltar energia nos próximos anos. Ele lembrou que embora concessões de linhas de transmissão tenham sido leiloadas nos últimos anos, não houve oferta de novas usinas. O diretor-geral da área de energia da Siemens, Newton Duarte, informou que, no caso de um crescimento de 5% na demanda por energia, como previsto para 2005, o País precisaria de 4,5 mil MW adicionais por ano. "Não há como garantir esse crescimento", afirmou. Ele informou que hoje, das 45 novas usinas concedidas, só 25 estão em construção e dos 13 mil MW que devem ser acrescidos ao sistema, apenas há "alguma certeza" para 10 mil MW. (Gazeta Mercantil - 30.11.2005)

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3 Nível dos reservatórios atinge 59% no Sudeste/Centro-Oeste

Os reservatórios operam com 59% da capacidade de armazenamento na região Sudeste/Centro-Oeste, com elevação de 0,1%. O nível está 33,7% da curva de aversão. Os reservatórios de Furnas e Marimbondo estão com 76,2% e 34% do nível de armazenamento, respectivamente. (Canal Energia - 29.11.2005)

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4 Reservatórios do Sul operam com 88,7% da capacidade

O nível dos reservatórios da região Sul está em 88,7% do nível de armazenamento, queda de 0,4% em comparação ao dia anterior. Machadinho opera com 81,8% da capacidade. (Canal Energia - 29.11.2005)

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5 Reservatórios da região NE estão com 52,7%

Na região Nordeste, o nível dos reservatórios aumentou 0,2%, atingindo 52,7% da capacidade de armazenamento. O nível está 34,5% da curva de aversão. O reservatório de Sobradinho está 46,9% da capacidade de armazenamento. (Canal Energia - 29.11.2005)

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6 Nível dos reservatórios da região Norte está em 34,1%

Os reservatórios da região Norte estão com 34,1% da capacidade de armazenamento, com leve queda em relação ao dia anterior (27). A usina de Tucuruí opera com 26,5% do nível de armazenamento. (Canal Energia - 29.11.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Chineses voltam ao país para negociações sobre Candiota II

Uma delegação chinesa composta por representantes do Citic Group e do China Development Bank (CDB) está no país desde a semana passada para negociar os últimos detalhes do Projeto Fase C de Candiota II, antes do leilão de energia nova. A usina está credenciada para participar do leilão previsto para o dia 16 de dezembro. A Fase C de Candiota II terá capacidade instalada de 350 MW, com um custo estimado de US$ 332,530 milhões. O período de construção é estimado em 36 meses. Esta é a quarta missão chinesa recebida pela CGTEE, desde a assinatura de protocolo em novembro de 2004, entre a Eletrobrás, a CGTEE, o Citic e o CDB. (Canal Energia - 29.11.2005)

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2 Governo quer identificar novas reservas de carvão

O secretário de Planejamento Energético do MME, Márcio Zimmermann, anunciou que o governo federal pretende retomar a realização de pesquisas a fim de identificar novas reservas de carvão no Brasil. A iniciativa seria feita nos moldes do que acontece hoje com os inventários de bacias hidrográficas. Segundo Zimmermann, estudos preliminares apontam para a existência de reservas no Pará e no Maranhão. Na visão do secretário, o aumento da oferta necessária para o país, entre os anos de 2010 e 2015, é da ordem de 6 mil MW, equivalente à metade da hidrelétrica de Itaipu. "O carvão certamente ganhará seu espaço na matriz energética brasileira não só por desejo nosso, mas também por necessidade", garantiu. (Canal Energia - 29.11.2005)

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Grandes Consumidores

1 Decreto garante livre acesso de grandes consumidores à rede básica

Um decreto presidencial publicado ontem no Diário Oficial da União permite que as indústrias de grande porte, chamadas de "consumidoras livres", possam se conectar diretamente à rede de transmissão, sem a necessidade do pagamento do pedágio à distribuidora de energia, pelo uso de sua infra-estrutura. A decisão beneficia diretamente empresas como a Vale do Rio Doce, a CSN e a Valesul, dentre outras. Esses três grupos pleiteiam há tempos o direito de pular a distribuidora na cadeia do suprimento de energia, sendo que a CSN e a Valesul já haviam disputado na Justiça o direito de não pagar pedágio à Light. Não tiveram sucesso na ação. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu, no início do ano, o ganho de causa à concessionária de energia. Mas, com a publicação do decreto ontem a situação poderá mudar. O decreto, além de não obrigar o pagamento do pedágio, chamado de Tarifa pelo Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), as livra do recolhimento de encargos e tributos como a recomposição tarifária extraordinária (RTE) e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que terão que ser divididos pelos clientes sem a opção de sair. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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2 Vale pretende construir subestação

A Vale do Rio Doce pretende construir uma subestação de aproximadamente R$ 40 milhões no Pará, mais uma estrutura de linhas, e conectar diretamente no sistema de transmissão alguns de seus projetos no Estado do Pará, como o Onça-Puma (de níquel e desde ontem em seu poder, após comprar a Canico), o projeto Paragominas e a subsidiária Albrás (que faz alumínio). Esses empreendimentos deixarão de pagar pedágio e encargos à Celpa, distribuidora do Pará. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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3 Abrace: governo teve uma atitude "corajosa e positiva"

O vice-presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Eduardo Spalding, disse que o governo teve uma atitude "corajosa e positiva", que deverá viabilizar muitos projetos. "Os gastos com a distribuição são 100% superiores do que os custos de transmissão. Essa atitude do governo permitirá que projetos avaliados em US$ 8 bilhões se viabilizem", afirmou. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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4 Distribuidoras argumentam que tarifa deve subir

A reação dos executivos das concessionárias de distribuição ao decreto foi de perplexidade. Fonte de um dos maiores grupos de energia do país disse que a decisão prejudica especialmente médias indústrias, o comércio e consumidores residenciais, que pagarão mais caro para que empresas "do porte de uma Vale acabem se beneficiando". Para Fernando Maia, diretor da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), o sistema de condomínio como é feito atualmente, "é mais eficiente e barato do que cada um construir o seu". A Cemig fez simulações e informou que a lei poderá encarecer a tarifa em 7% para os consumidores que ficarão obrigados a permanecer na distribuidora. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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5 Vale adquire 93% da Canico

A CRVD concluiu ontem, 29 de novembro, a aquisição de 93% das ações com direito a voto da empresa canadense de exploração mineral Canico. A compra será concretizada no próximo dia 1º de dezembro, quando a Vale desembolsará 876 milhões de dólares canadenses (US$ 750 milhões) para pagar os acionistas que aceitaram vender os papéis da empresa. A mineradora paga em torno de R$ 39 por ação (20,80 dólares canadenses). Se chegar a 100% dos papéis, o valor poderá ser elevado para US$ 815 milhões. (Jornal do Brasil e Superávit - 30.11.2005)

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6 CRVD: Compra da Canico não afeta outros investimentos

A compra da Canico não afeta, de início, a previsão de investimentos para o ano que vem. Agnelli explica que as previsões da companhia tomam por base, sempre, os projetos próprios, sejam greenfield (início de exploração) ou ampliações. Compras de projetos de terceiros já em andamento fazem parte de uma categoria específica, de identificação de oportunidades com uma agilidade que não comporta um planejamento detalhado, embora tenha de combinar com a estratégia geral. (Jornal do Commercio - 30.11.2005)

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7 CRVD vai investir US$ 1,1 bi no projeto da mina de Onça Puma

O presidente da CRVD, Roger Agnelli, anunciou que pretende investir cerca de US$ 1,1 bilhão no projeto da mina de Onça Puma, conhecida como ''Carajás do Níquel''. Juntamente com a mina de níquel de Vermelho, também no Pará, a Vale terá capacidade para produzir cerca de 90 mil toneladas/ano de níquel. Em Vermelho, confirmou Agnelli, serão investidos outros US$ 1,2 bilhão para colocar a mina em operação no fim de 2008. Segundo comunicado emitido no início da manhã de ontem, a empresa anunciou que vai recompor o Conselho da empresa, de modo a ''refletir a nova estrutura acionária da companhia''. A Vale destaca que a oferta é coerente com sua estratégia de se tornar um grande representante do mercado de metais não ferrosos a fim de criar valor para seus acionistas. (Jornal do Brasil e Superávit - 30.11.2005)

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Economia Brasileira

1 Lula rebate críticas à política econômica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de ouvir críticas de uma das integrantes do Conselho de Segurança Alimentar (Consea), defendeu ontem, mais uma vez de forma enfática, a política econômica do governo, afirmando que é preciso fazer um balanço correto para que "a gente não diminua as conquistas, senão fica muito difícil não valorizar o que nós conquistamos". Lula se disse feliz com os números do Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), mostrando que a pobreza e a desigualdade social diminuíram em 2004. Lembrou que o governo só tem 36 meses e que, se mais não foi feito, é porque o primeiro ano de gestão foi de ajuste fiscal. Mas alertou: "Quero dizer para vocês que, para mim, a política econômica nunca foi empecilho para a política social". (Valor Econômico - 30.11.2005)

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2 OCDE: economia brasileira terá crescimento de 3,7% em 2006

Apesar da recente alta dos preços do petróleo, a economia global está em ritmo de expansão, afirmou ontem a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo de 30 países industrializados), em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas". Para o Brasil, a estimativa é que a economia cresça 3,2% este ano, com o ritmo acelerando para 3,7% em 2006 e 3,9% em 2007. No capítulo dedicado ao Brasil, a OCDE recomendou que o país aproveite o superávit de suas contas públicas para reduzir o peso de sua dívida. O relatório afirmou que a recuperação da economia no segundo semestre se deve, em grande parte, ao consumo, puxado pelo acesso maior ao crédito, e ao aumento do poder aquisitivo. O texto destacou também o ritmo dinâmico das exportações. (O Globo - 30.11.2005)

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3 Serviços: receita encolheu 4,2%

Os serviços não-financeiros geraram uma receita operacional líquida de R$ 326,6 bilhões em 2003, com queda real (descontada a inflação) de 4,2%, a primeira desde que a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) começou a ser realizada pelo IBGE, em 1998. Ainda assim, o setor continuou se firmando como o principal empregador da economia: a mão-de-obra ocupada ficou estável no ano e cresceu 28,4% desde 1998, bem acima da expansão de 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA) nesse período. Houve uma mudança estrutural na economia, por meio da terceirização crescente de mão-de-obra e da incorporação de atividades de serviços à fabricação de bens, explicou Juliana Vasconcelos, da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. (O Globo - 30.11.2005)

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4 Assinatura de acordo de salvaguardas com a Argentina é adiado

Estava correta a impressão do governo brasileiro: com a demissão, segunda-feira, do ministro da Economia, Roberto Lavagna, extinguiu-se a decisão do governo argentino de assinar, hoje, um acordo com o Brasil para estabelecimento de barreiras comerciais entre os dois países em caso de súbito aumento de importações por um dos sócios. O acordo, que ganhou o nome de Cláusula de Adaptação Competitiva (CAC) era exigido por Lavagna e seria assinado na comemoração do Dia da Amizade Brasil-Argentina, no encontro, em Puerto Iguazú, no país vizinho, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nestor Kirchner. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, está marcada para 5 de dezembro, no Rio, uma nova reunião bilateral entre técnicos dos dois países para rediscutir as salvaguardas e o acordo automotivo, que regula o comércio de automóveis e expira no fim do ano. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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5 País capta US$ 500 mi via bônus Global 34

O governo federal finalizou ontem operação de captação externa de US$ 500 milhões, com o relançamento do bônus Global 34, que vence em 20 de janeiro de 2034. Segundo informação de investidores ao Valor, os principais compradores dos papéis foram asiáticos. A operação foi aberta na madrugada de segunda-feira justamente para a venda nos dois centros financeiros da região, Cingapura e Hong Kong. Os US$ 500 milhões já estavam quase totalmente vendidos ontem pela manhã, quando os mercados brasileiro e americano abriram. A demanda chegou a US$ 1 bilhão, segundo a agência "Dow Jones Newswire", mas o governo brasileiro resolveu não ampliar o valor lançado. Os líderes foram a Merrill Lynch e o Barclays Capital. Segundo investidor brasileiro, a reabertura do Global 34 atendeu à demanda específica de investidores da Ásia, principalmente as pessoas físicas chinesas. Esses investidores, com a taxa de poupança elevada, estão em busca de retornos mais altos e o governo brasileiro tem se aproveitado disso e emitidos títulos na região de prazo longo. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

A queda de 1,2% do PIB foi o grande destaque na última manhã de novembro. O desempenho ruim da economia no terceiro trimestre já era esperado, mas foi pior que as previsões mais pessimistas. O mercado financeiro teve reação imediata. O dólar subiu 0,59%, cotado a R$ 2,200 na compra e R$ 2,202 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,59%, valendo R$ 2,1870 na compra e R$ 2,1890, próximo do menor valor do dia de R$ 2,1880. O maior preço foi de R$ 2,2080. (O Globo Online e Valor Online - 30.11.2005)

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Internacional

1 Blair: Reino Unido deve retomar construção de usinas nucleares

O premiê do Reino Unido, Tony Blair, disse ontem que o país poderá voltar a construir usinas nucleares. Segundo Blair, uma decisão será tomada até a metade de 2006. Blair, que havia descartado a energia nuclear, agora convenceu-se de que essa é a única maneira de reduzir as emissões de gás estufa e minimizar a dependência britânica de petróleo e gás do Oriente Médio e da Rússia. (Valor Econômico - 30.11.2005)

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2 Empresa nacional russa de energia alerta para possibilidade de blecautes

Segundo Anatoly Chubais, diretor da RAO Unified Energy System - empresa nacional russa de energia elétrica - Moscou pode voltar a experimentar os blecautes ocorridos em maio passado devido às tarifas controladas para a energia elétrica adotadas pelo governo russo, que impedem a realização de investimentos e ameaçam o boom econômico da Rússia. Chubais enfrenta dificuldades para aprovar uma reorganização da empresa e poder atrair cerca de US$ 50 bilhões em investimentos para atualizar o setor de energia elétrica da Rússia, o maior do mundo em termos de capacidade. As tarifas controladas para a energia elétrica reduziram o lucro conjunto das empresas do setor em cerca de US$ 500 milhões este ano, disse Chubais. A maior parte dos equipamentos da empresa foi fabricada na época da União Soviética e um quarto deles está obsoleto, comparativamente a 12% em 2000, disse Chubais. Pelas suas previsões, Moscou pode vir a enfrentar cortes de energia se a temperatura cair para menos 25 graus Celsius ou menos do que isso pelo período de três dias consecutivos. (Gazeta Mercantil - 30.11.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Alice Fucs, Carolina Pereira, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

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