l IFE: nº 1.705 - 28
de novembro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Aneel: boas perspectivas para reajustes baixos em 2006 Existem boas
perspectivas de que, no próximo ano, aconteçam mais reajustes baixos e,
até mesmo, negativos, segundo a Aneel. "Se permanecer essa taxa de câmbio
e o IGP-M em baixa, é possível que as reduções se repitam em 2006. E a
expectativa é que sim", avalia o superintendente de Regulação Econômica
da Aneel, César Antônio Gonçalves. Na opinião de Gonçalves, a consolidação
do novo modelo do setor elétrico colaborou para essa boa previsão em favor
do consumidor. (Eletrosul - 28.11.2005) 2 BNDES estuda aumentar incentivo à fontes alternativas O BNDES está
efetuando estudos com o objetivo de aumentar ações de fomento à energia
renovável, segundo informou o diretor Antônio Barros de Castro. Sem revelar
detalhes do plano, que ainda depende de aprovação da diretoria do BNDES,
Castro destacou que a cana-de-açúcar responde por 14% da energia primária
utilizada no país. "Essa é a grande oportunidade para darmos força aos
projetos de cogeração no país", destacou. (Canal Energia - 25.11.2005)
Empresas 1 Aloisio Vasconcelos fala sobre metas da Eletrobrás O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, dá sinais claros que pretende fazer
da sua administração um marco na empresa nos últimos anos. A intenção,
pelo menos, fica evidente quando ele começa a discorrer sobre os planos,
metas e projetos pautados para a holding neste final de ano e ao longo
de 2006. O direcionamento, já definido, estará voltado para o retorno
do Grupo - incluindo aí as principais subsidiárias: Furnas, Chesf, Eletronorte
e Eletrosul - nos grandes investimentos. O marco desse vetor deverá ser
o leilão de energia nova de dezembro, para o qual o apetite promete ser
voraz. Vasconcelos confirma que as quatro geradoras deverão participar
em todas as novas usinas hidrelétricas que o governo conseguir disponibilizar
para o processo licitatório - a dependência fica por conta da liberação
das licenças ambientais prévias. Segundo ele, o Ibama precisa estar completamente
identificado com os interesses nacionais, no que tange a área de energia.
Outro ponto que pode marcar a gestão de Vasconcelos à frente da estatal
é a negociação, em diversas frentes, visando à entrada das controladas
em projetos hidrelétricos licitados durante o governo Fernando Henrique
Cardoso, mas que nunca chegaram a sair das pranchetas dos engenheiros.
(Canal Energia - 25.11.2005) 2 TRF dá parecer favorável à Light em disputa contra CSN e Valesul A Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região permitiu à Light Serviços de Eletricidade cobrar das siderúrgicas Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Valesul Alumínio os encargos instituídos pelo Decreto nº 4.652, de 2002. As duas empresas impetraram um mandado de segurança na Justiça Federal alegando que seriam consumidores livres, usando apenas as linhas de distribuição da Light e que, por isso, deveriam pagar apenas os custos de transporte de energia. A primeira instância deu ganho de causa às empresas, mas a Light recorreu da sentença. (Valor Econômico - 28.11.2005) 3 Liminar garante fornecimento da Eletropaulo em São Bernardo A prefeitura
de São Bernardo conseguiu, na Justiça, liminar obrigando a AES Eletropaulo
a restabelecer o fornecimento de energia elétrica em 11 instalações municipais.
Os prédios tiveram o fornecimento de luz cortado na sexta-feira porque
o município deve à empresa R$ 12,6 milhões. A medida impede ainda que
a distribuidora faça novos cortes. A Eletropaulo vai recorrer da decisão.
(O Estado de São Paulo - 28.11.2005) 4 CPFL Brasil faz leilão eletrônico no dia 1° de
dezembro 5 CPFL Paulista investe em pesquisas de satisfação Manter um relacionamento
de qualidade com os clientes é questão estratégica para a CPFL Paulista.
Por isso, tanto entre os clientes do Grupo A, como para os do Grupo B
(divididos conforme a demanda de energia contratada e o nível de tensão)
são realizadas pesquisas que aferem a satisfação com os serviços recebidos
para que sejam ponderadas as expectativas de melhoria. Os resultados indicam
a evolução da satisfação, dão suporte ao desenvolvimento de novos produtos
e serviços e garantem a fidelidade e o fortalecimento da relação com clientes,
fator diretamente ligado à missão da empresa. (Valor Econômico - 28.11.2005)
6 CPFL de olho no mercado de transmissão A CPFL Energia
vai ampliar a participação da geração em seus ativos, com a inauguração
das usinas hidrelétricas de Barra Grande (em operação desde o início deste
mês, com potência instalada de 690 MW) e de Campos Novos (SC), que começa
a gerar energia a partir de janeiro, com capacidade instalada de 880 MW,
e prepara-se para entrar no mercado de transmissão, participando do leilão
de privatização da CTEEP, marcado para fevereiro. (Jornal do Commercio
- 28.11.2005) 7 Cteep: atendimento aos interessados em adquirir a empresa A Cteep deve
disponibilizar ainda até a próxima semana uma central de informações para
atender os interessados na aquisição da transmissora no leilão programado
para acontecer em 8 de fevereiro do ano que vem. As atividades preparatórias
para a privatização estão a cargo da Cesp, conforme determinação do conselho
diretor do Programa Estadual de Desestatização (PED). A geradora realizou
a licitação para os serviços de avaliação e modelagem de venda da Cteep.
Segundo o presidente da Cteep, Sidnei Martini, a intenção do governo paulista
é divulgar o edital de venda do controle da companhia no início de janeiro.
Com a venda, o governo de São Paulo - que detém 64,4% das ações ordinárias
da Cteep - pretende amortizar parte da dívida da Cesp, que hoje é de cerca
de R$ 10 bilhões, ou aproximadamente quatro vezes seu patrimônio. Segundo
estimativas da secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do
Estado de São Paulo, a arrecadação do governo com a venda pode ultrapassar
o R$ 1 bilhão. (Gazeta Mercantil - 28.11.2005) 8 Coelba investe R$ 12 mi para evitar desperdício A Coelba está investindo cerca de R$ 12 milhões em projetos de conscientização do uso racional da energia elétrica. Através do Programa de Eficientização Energética, o objetivo da empresa é estimular o combate ao desperdício, a partir do desenvolvimento de ações junto à população de baixa renda e aos clientes e instituições parceiras da companhia. (Eletrosul - 28.11.2005) 9 Itaipu pesquisa produção de hidrogênio A Itaipu Binacional poderá se tornar um grande centro produtor de um dos combustíveis do futuro - o hidrogênio, utilizando a capacidade de suas máquinas de produzir energia fora das horas de pico, principalmente à noite. Um projeto nesse sentido está sendo desenvolvido e deverá começar a operar em escala de pesquisa e desenvolvimento a partir do início do ano que vem, em Foz do Iguaçu, num trabalho conjunto com a Unicamp, de São Paulo. O maior problema na produção do hidrogênio é o alto consumo de energia elétrica na sua produção em grande escala e também o seu transporte que, num percurso superior a 200 quilômetros de distância, é inviável economicamente. "Nós temos as duas maneiras de solucionar o problema. Há uma grande quantidade de água que é jogada fora a noite porque não existe consumo. Assim, poderemos usar a energia que seria produzida com ela, e que está sobrando, para a produção do hidrogênio", explica o diretor técnico da Itaipu Binacional, Antônio Otelo Cardoso. (Gazeta Mercantil - 28.11.2005) No pregão do
dia 25-11-2005, o IBOVESPA fechou a 31.919,66 pontos, representando uma
baixa de 0,08% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 977,2
milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,60%, fechando a 9.420,02 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 93,6 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 38,15 ON e R$ 38,25 PNB, baixa de 0,78% e 1,03%,
respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se
que estas ações movimentaram R$ 13,4 milhões as ON e R$ 11,9 milhões as
PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás
foram responsáveis por 13% do volume monetário. (Economática e Investshop
- 28.11.2005) As distribuidoras federalizadas estão adotando um sistema de gestão comercial, conhecido como Ajuri, para melhorar os processos internos relacionados à gestão do negócio de distribuição. Com investimentos de R$ 14 milhões, o sistema inclui aquisição de hardware, software e serviço. (Canal Energia - 25.11.2005) O diretor-geral do ONS, Mario Santos, assumirá na próxima quinta-feira, 1° de dezembro, a presidência do Conselho de Administração da Endesa. (Canal Energia - 25.11.2005) A Cemig foi a vencedora, pela quinta vez, do Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia. Concorrendo na categoria Empresas do Setor Energético, modalidade Empresas de Grande Porte, a concessionária foi premiada pelo MME através da Eletrobrás/Procel. (Elétrica - 25.11.2005) A Celpe começa a enviar para seus clientes em baixa tensão um novo modelo de fatura. A conta irá detalhar a composição do custo da energia elétrica, separado por geração, transmissão, distribuição, encargos setoriais e tributos. A mudança obedece a uma determinação da Aneel. (Eletrosul - 28.11.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Aneel: novas hidrelétricas terão vida útil menor As novas
hidrelétricas terão vida útil menor que a das atuais, por causa do aumento
dos níveis de sedimentação, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste
e Norte do Brasil. O alerta foi feito pelo geólogo Fernando Campagnoli,
da Superintendência de Concessões da Aneel. Apenas para controlar o assoreamento
dos reservatórios das usinas existentes, o país precisaria gastar R$ 100
milhões por ano. A situação dos sedimentos nos rios brasileiros foi feita
no primeiro mapa de sedimentação desenvolvido pela Aneel. A partir do
levantamento, a agência pretende traçar o diagnóstico de cada um dos reservatórios
e a área de influência, para adotar medidas que prolonguem a sua vida
útil. (Canal Energia - 25.11.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 26/11/2005 a 02/12/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras e a El Paso acertam venda da Macaé Merchant A Petrobras e a El Paso chegaram a um acordo para a venda da Macaé Merchant, termelétrica localizada no Rio de Janeiro com 870 MW de potência. A estatal vai assumir o controle da usina no início de 2006, provavelmente em fevereiro, quando já estará encerrado o julgamento do contrato por um tribunal arbitral em Nova York. As partes aguardam apenas a decisão da Justiça, que determinará o valor exato a ser pago pela Petrobras à El Paso. A previsão da estatal é que a parte dos norte-americanos seja avaliada em torno de R$ 230 milhões. Pelo lado da Petrobras, as negociações vêm sendo conduzidas pelo diretor da área de gás e energia, Ildo Sauer, e pelo próprio presidente da estatal, José Gabrielli. Pela El Paso, participam Lisa Stewart, presidente internacional de produção e operações não reguladas, e Antonio Pinho, vice-presidente da mesma área. (Relatório Reservado - 28.11.2005) 2 Petrobras retoma obras do gasoduto Cacimbas-Vitória A Petrobras
informou que está tomando as providências necessárias para reiniciar,
no menor prazo possível, os serviços de construção do gasoduto Cacimbas-Vitória
, interrompidos pelo Consórcio Masa/ARG, responsável pelas obras, com
a justificativa de problemas financeiros. A Petrobras notificou o consórcio
da rescisão do contrato e busca, agora, a resolução das pendências contratuais.
O gasoduto Cacimbas-Vitória, com capacidade para transportar 4 milhões
de metros cúbicos/dia e extensão de 131 quilômetros, integra a rede de
dutos Gasene (Gasoduto Sudeste - Nordeste). (Jornal do Commercio - 28.11.2005)
3 Fórum internacional debate uso do carvão mineral em térmicas no RS O governo do
Rio Grande do Sul promove nos próximos dias 28 e 29 de novembro o "1°
Fórum Internacional do Carvão Mineral - Energia Segura com Responsabilidade
Social", em Porto Alegre. O tema do evento é o maior aproveitamento do
carvão mineral na matriz energética em consonância com a preservação do
meio ambiente. O governo do estado quer viabilizar os projetos de quatro
termelétricas a carvão que necessitam de US$ 2 bilhões em investimento.
O carvão tem participação de 1,2% na matriz energética brasileira, e no
caso gaúcho chega a 12%. (Canal Energia - 25.11.2005) 4 Incêndio paralisa usinas nucleares de Angra 1 e 2 As usinas nucleares
Angra 1 e 2 foram desligadas na madrugada de sexta-feira depois de um
incêndio em um transformador de alta-tensão da segunda instalação. Na
tarde de sexta-feira, Angra 1 voltou a funcionar. Segundo a Eletronuclear,
empresa responsável pelas usinas, não há prazo estabelecido para Angra
2 voltar a operar. As unidades ficam em Angra dos Reis (150 km do Rio).
Segundo técnicos, uma pequena explosão no transformador principal de Angra
2 destruiu o revestimento de saída de alta-tensão, o que provocou a desativação
dos dois outros transformadores da usina nuclear. O incêndio teve início
às 4h33. Por causa de um sistema automático da proteção das usinas, Angra
1 e 2 foram desligadas. As usinas abastecem parte dos municípios dos Estados
do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Não foram detectados problemas
no fornecimento de energia. As razões da falha no transformador estão
sendo investigadas. O superintendente de operação das usinas nucleares,
João Carlos da Cunha Bastos, afirmou que Angra 2 poderá voltar a funcionar
só em fevereiro do próximo ano. (Folha de São Paulo - 26.11.2005) 5 Brasil e Bélgica firmam acordo de cooperação técnica em energia nuclear Em missão econômica no Brasil, o príncipe Phillippe da Bélgica e o ministro da Economia, Energia, Comércio Exterior e Política Científica, Marc Verwilghen, firmaram acordos com o governo brasileiro. Um deles, foi a assinatura do ajuste complementar ao acordo de cooperação científica, tecnológica e industrial, firmado em 1985, entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Centre d'Étude de l'Énergie Nucléaire. De acordo com a CNEN, o acordo estabelece a intensificação da troca de experiência entre brasileiros e belgas no que diz respeito ao setor de energia nuclear. Segundo a comissão, a partir dele serão feitas pesquisas mais aprofundadas sobre o uso da energia nuclear. (Jornal do Brasil - 26.11.2005)
Grandes Consumidores 1 Suzano facilita acesso a matéria-prima A Suzano Petroquímica
finalizará até dezembro a concorrência para a construção de terminal marítimo
próprio para o recebimento de propeno, matéria-prima para a fabricação
do polipropileno em sua unidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, a
antiga Polibrasil. O projeto demandará investimento de US$ 7 milhões e
a previsão é que entre em operação no primeiro trimestre de 2007. O terminal
dará maior autonomia para a aquisição de matéria-prima pela empresa, aumentando
a eficiência logística da operação e favorecendo a diversificação de fornecedores.
Atualmente 40% da matéria-prima da unidade da Suzano em Caxias chegam
pela via marítima. (Jornal do Commercio - 28.11.2005) Economia Brasileira 1 Superávit primário do governo central atinge 3,67% do PIB O resultado obtido entre janeiro e outubro ultrapassou em R$ 12 bilhões a meta deste ano. O governo central registrou superávit primário de R$ 6,141 bilhões em outubro. No acumulado do ano, o superávit é de R$ 58,371 bilhões, o que equivale a 3,67% do PIB, percentual superior à meta de 2,38% do PIB estabelecida para este ano. O resultado obtido entre janeiro e outubro ultrapassou em R$ 12 bilhões a meta estabelecida para o ano todo, que é de R$ 46,337 bilhões. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, se os governos estaduais e municipais não gastarem os recursos adicionais recebidos da União, o setor público como um todo deverá fechar o ano com uma economia para pagamento de juros superior ao estipulado pelo governo. Levy insistiu que o governo federal está trabalhando para fechar o ano com um superávit próximo ao estipulado. (Gazeta Mercantil - 28.1.2005) 2 Balança registra superávit de US$ 925 mi As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 925 milhões na quarta semana de novembro, com cinco dias úteis. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,543 bilhões e de importações de US$ 1,618 bilhão. As informações são da Secex. Nas quatro primeiras semanas do mês, a balança comercial teve saldo de US$ 3,677 bilhões, com exportações de US$ 9,421 bilhões e importações de US$ 5,744 bilhões. (Valor Econômico - 28.11.2005) 3 Superávit comercial acumulado no ano soma US$ 40,027 bi 4 Superávit primário soma R$ 8,553 bi em outubro O setor público
brasileiro consolidado apresentou superávit primário de R$ 8,553 bilhões
em outubro. No mesmo mês de 2004, o saldo foi de R$ 8,2 bilhões. No acumulado
dos dez primeiros meses do ano, o superávit primário consolidado atingiu
R$ 95,055 bilhões. Em termos de comparação com o PIB, o saldo correspondeu
a 5,97%. No mesmo intervalo de 2004, a economia foi de R$ 77,971 bilhões,
5,40% do PIB. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, nos 12 meses
encerrados em outubro, o superávit primário somou R$ 98,195 bilhões, 5,13%
do PIB. (Valor Econômico - 28.11.2005) 5 Dívida pública líquida marca R$ 979,114 bi em outubro A dívida líquida
total do setor público somou R$ 979,114 bilhões no final de outubro, ou
51,1% do PIB. Em setembro, o endividamento líquido total era de R$ 973,45
bilhões, equivalente a 51,4% do PIB. A relação da dívida com o PIB apresenta
queda no acumulado deste ano, de 0,6 ponto percentual. Uma das razões
para essa redução é o superávit primário recorde das contas públicas.
O resultado primário contribuiu para uma diminuição de 5 pontos percentuais
nessa relação. O crescimento do PIB valorizado reduziu a relação em 1,7
ponto percentual. A apreciação do real frente ao dólar respondeu por uma
baixa de 1,1 ponto percentual. Por outro lado, os juros nominais elevaram
a dívida no correspondente a 7 pontos percentuais e o reconhecimento de
dívidas antigas provocou aumento de 0,3 ponto percentual. Feita a conta,
neste ano houve queda de 0,6 ponto na relação entre dívida líquida e PIB.A
dívida bruta do governo federal, INSS e governos regionais, passou de
R$ 1,422 trilhão, ou 75,1% do PIB, em setembro, para R$ 1,426 trilhão,
ou 74,4% do PIB em outubro. O PIB dos últimos 12 meses a preços do mês
de outubro, considerado nas comparações, é de R$ 1,916 trilhão. (Valor
Econômico - 28.11.2005) 6 Despesa do setor público com juros chegou a R$ 13,3 bi em outubro O setor público consolidado apropriou como pagamento de juros nominais um montante de R$ 13,342 bilhões no mês de outubro. O montante ficou abaixo dos R$ 14,461 bilhões registrados em setembro, mas superou o verificado em outubro de 2004, quando foram apropriados juros de R$ 11,086 bilhões. As informações foram divulgadas pelo Banco Central. Nos dez primeiros meses de 2005, os juros nominais somaram R$ 133,491 bilhões, ou 8,39% do PIB. Em igual período de 2004, os juros apropriados foram equivalentes a R$ 106,370 bilhões, 7,37% do PIB. Nos 12 meses encerrados em outubro, os juros nominais atingiram R$ 155,377 bilhões, ou 8,12% do PIB. O patamar é superior ao registrado em setembro, quando ficaram em R$ 153,121 bilhões, 8,07% do PIB. (Valor Econômico - 28.11.2005) 7 Déficit nominal das contas públicas somou R$ 4,789 bi em outubro
O dólar desafiou
as compras do Banco Central e fechou a manhã desta segunda-feira em queda
de 1,25%, cotado a R$ 2,203 na compra e R$ 2,205 na venda. A realização
de mais um leilão de "swap" reverso do Banco Central não impediu a tendência
de queda da cotação, nem a quase certeza da compra direta de dólares no
período da tarde. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,40%,
valendo R$ 2,2320 na compra e R$ 2,2340 na venda. Na semana, a moeda registrou
leve alta de 0,18%. (O Globo Online e Valor Online - 28.11.2005)
Internacional 1 Fórum Internacional é contra privatizar recursos hídricos Encerrado na
sexta-feira, o Fórum Internacional Diálogos da Bacia do Prata marcou sua
posição contra a privatização dos recursos hídricos e quer realizar um
diagnóstico sócio ambiental da Bacia do Prata e estendê-lo para toda a
América do Sul. Durante três dias, 1.200 técnicos, políticos, ativistas
e membros de Ongs do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia e Uruguai participaram
do encontro. "Para os países da Bacia do Prata, a água é um patrimônio
público indispensável para a vida, não podendo ser tratada como objeto
mercantil e o saneamento básico que lhe garante a gestão para manutenção
da sua qualidade e quantidade é responsabilidade de toda sociedade", afirma
a carta divulgada ao final do encontro. A Carta afirma também que o plano
estratégico da Comissão Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia
do Prata (CIC) é o instrumento que deve orientar a gestão integrada e
definir as estratégias de uso sustentável da água e que é preciso reforçar
a atuação desta entidade, com sede em Buenos Aires, até porque depois
do acordo tripartite que levou a construção de Itaipu, ela não foi mais
atuante nas questões regionais. A Carta conclui que "é indispensável e
urgente a integração de nossos povos e governos para que o Tratado da
Bacia do Prata seja um instrumento efetivo de sustentabilidade". (Gazeta
Mercantil - 28.11.2005) 2 Gás boliviano à espera das eleições A três semanas
das eleições bolivianas, um estudo publicado neste domingo revela que
a demanda sul-americana pelo gás boliviano vem aumentando, mas a Bolívia
não tem condições de aumentar sua produção devido à nova legislação aprovada
pelo Congresso. A Bolívia possui a segunda reserva de gás da América do
Sul: 48,7 trilhões de metros cúbicos (TPC). Apenas o Peru, que explora
as jazidas de gás de Camisea (14 TPC) não importa gás da Bolívia. A Argentina
compra 7,5 milhões de metros cúbicos diários (MMC) e o Brasil, principal
mercado das exportações hidrocarboníferas bolivianas, até 24 MMC/dia.
A três semanas das eleições presidenciais, o destino do gás é o principal
tema da campanha boliviana. O líder sindicalista Evo Morales, candidato
favorito segundo pesquisas privadas, defende a "nacionalização e a industrialização"
do recurso, enquanto seu principal adversário, o ex-presidente conservador
Jorge Quiroga, quer a "nacionalização dos recursos provenientes do gás
para os mais pobres". (Jornal do Commercio - 28.11.2005) 3 Ministro de Hidrocarbonetos boliviano renuncia O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Jaime Dunn, apresentou na sexta-feira (25/11) pedido de renúncia do cargo em meio à polêmica renegociação dos contratos de exploração de petróleo no país. "Dou um passo difícil e espero que sirva para avançar na solução do problema em relação aos contratos", disse Dunn, Para o lugar de Dunn, o governo boliviano nomeou Mauricio Medinacelli, especialista em energia. O ex-ministro Jaime Dunn articulava junto ao Brasil e Paraguai a implementação de dois projetos energéticos para que a Bolívia deixe de vender gás apenas como matéria-prima. (Gazeta Mercantil - 28.11.2005) 4 Países da EU retomam negociações com o Irã sobre programa nuclear
5 Presidente do Irã defende programa nuclear no país O presidente
do Irã, Mahmud Ahmadinejad, desafiou mais uma vez a comunidade internacional
ao defender o programa nuclear de seu país. "Quem deu a vocês o direito
de impedir o Irã de obter tecnologia nuclear", perguntou, referindo-se
aos países "que suspeitam das atividades nucleares iranianas". A AIEA
(Agência Internacional de Energia Atômica) decidiu na quinta-feira (24/11)
não transferir o debate sobre a questão nuclear iraniana ao Conselho de
Segurança da ONU, para estudar uma proposta russa a respeito. Os Estados
Unidos advertiram, porém, que não descartam o recurso ao Conselho caso
o Irã não cumpra suas obrigações. O anúncio da AIEA sobre a questão foi
feito após a reunião de seu conselho de governadores, em Viena. Pouco
antes, a União Européia, encarregada de negociar com o Irã o abandono
de suas atividades nucleares, aceitou dar mais tempo a Teerã para negociar.
(Diário do Grande ABC - 26.11.2005)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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