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IFE: nº 1.703 - 24 de novembro de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
BB financia projeto de geração de energia eólica
2 Procel firma convênios no Pará
3 Curtas

Empresas
1 Lucro das elétricas reflete queda na demanda
2 Valorização do real não trouxe ganhos no terceiro trimestre
3 Celg adia adesão ao Novo Mercado da Bovespa
4 Celg realiza licitação internacional para a compra de equipamentos
5 Celg pretende ampliar parque gerador
6 Ações da Energia do Brasil entram em índice internacional de ativos
7 Coelba detalha composição do custo da energia na conta
8 Erro leva Copel a recadastrar consumidores rurais

9 Copel reduz desconto para clientes adimplentes

10 ABB amplia vendas para transmissão

11 Cotações da Eletrobrás

12 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 58,6%
2 Sul opera com 90,4% de volume armazenado
3 NE: 52,3% de volume armazenado

4 Norte: índice de armazenamento está em 34,4%

Gás e Termelétricas
1 Leilão negocia 70 milhões de litros de biodiesel
2 Produtor precisa ter "Selo Combustível Social" no Leilão da ANP
3 Deputados do MS rejeitam projeto de instalação de usina de álcool no Pantanal

Grandes Consumidores
1 Liminar libera ICMS de siderúrgica
2 Alcoa investirá US$ 150 mi

Economia Brasileira
1 PIB deve crescer menos de 3%
2 Receita cresce 4,3% para R$ 41,7 bi

3 Resultado das contas externas já supera saldo de 2004
4 IBGE: taxa de desemprego nacional permanece em 9,6% em outubro
5 Renda do trabalhador cai 1,5% perante setembro
6 Inflação em SP medida pelo IPC-S foi a 0,48%, até 22/11
7 Selic cai para 18,5%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Ambientalistas são contra idéia do Governo britânico de aprovar novas usinas nucleares

Regulação e Novo Modelo

1 BB financia projeto de geração de energia eólica

O Banco do Brasil libera hoje a primeira tranche do financiamento, com repasse de recursos do BNDES, para implantação de três parques de geração de energia eólica em Osório (RS). O empreendimento, que tem potencial de geração de 150 MW, consumirá investimentos de R$ 670,1 milhões e financiamentos de R$ 465 milhões, dos quais o BB participara com R$ 100 milhões. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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2 Procel firma convênios no Pará

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica promove nos dias 23 e 24 de novembro a assinatura de um convênio e inaugurações relativas a implementação de ações de eficiência energética no Pará. A Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Pará inaugura o Laboratório de Eficiência Energética em Sistemas Motrizes, no âmbito do Procel Indústria, na quinta-feira, dia 24. Ainda na UFPA, a Eletrobrás firma convênio - voltado para eficiência em edificações - na Faculdade de Arquitetura, no âmbito do Procel Edifica. (Canal Energia - 23.11.2005)

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3 Curtas

O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, entrega, nesta quarta-feira (23), sistemas de energia elétrica para as comunidades de Vereda Funda/Ipiranga/Caraúbas, Maniçoba dos Ribeiros/Oitis/Nunes/Cajazeiras e Núcleo G, no município de São Luís do Curu. A rede elétrica faz parte do Programa Luz Para Todos. São 112 ligações de energia elétrica domiciliar, nas quais foram investidos R$ 317.028,00 e que atenderão 448 pessoas. (Elétrica - 23.11.2005)

O Programa Luz para Todos no Ceará realizou, de janeiro a outubro desse ano, um total de 24.300 ligações domiciliares de energia elétrica, quando foram investidos R$ 69.744.210. Outras 9 mil ligações estão sendo realizadas. Os trabalhos são realizados mediante parceria entre os governos Federal e Estadual e Coelce. O Governo do Estado pretende implantar até o próximo ano 12.642 ligações. (Elétrica - 23.11.2005)

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Empresas

1 Lucro das elétricas reflete queda na demanda

As empresas de energia no país registraram um modesto crescimento de 6,7% nos seus ganhos do terceiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, depois de uma temporada onde os lucros chegaram a crescer mais de 400%. O fraco desempenho entre julho e setembro é reflexo de uma desaceleração do consumo de energia, fruto da freada da atividade econômica no país. Em São Paulo, por exemplo, enquanto em 2004 como um todo as empresas apresentaram um crescimento do consumo industrial de 8,4%, nos primeiros nove meses deste ano essa taxa acumula uma alta de apenas 3,2%, segundo levantamento da secretaria paulista de Energia e Recursos Hídricos. Os números são de um levantamento feito pela Economática e o Valor Data com os resultados de 22 empresas do setor elétrico, cujo lucro líquido somado atingiu R$ 1,56 bilhão de julho a setembro de 2005. No mesmo período de 2004, os ganhos dessas empresas chegaram a R$ 1,46 bilhão, valor 87,7% maior em comparação ao mesmo período de 2003. Há dois anos, essas empresas registraram um lucro líquido de R$ 768 milhões. O levantamento exclui a Eletrobrás. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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2 Valorização do real não trouxe ganhos no terceiro trimestre

A valorização do real, que elevou os resultados das empresas de energia nos dois primeiros trimestres de 2005, não trouxe ganhos volumosos no terceiro trimestre do ano. De julho a setembro, o resultado financeiro das elétricas cresceu 3,6%. No mesmo período, o real teve valorização de 4,66% frente ao dólar. O endividamento total diminuiu 14,2%. Também refletiram no resultado do último trimestre as provisões relativas a créditos duvidosos em relação a clientes inadimplentes; e tributos e encargos do setor a receber como os valores decorrentes da mudança de cobrança do PIS/Cofins. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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3 Celg adia adesão ao Novo Mercado da Bovespa

A decisão da Celg de ir ao Novo Mercado da Bovespa pode ficar para depois de 2006. A estratégia da empresa é, antes de ingressar no nível mais elevado de governança corporativa, melhorar a gestão econômico-financeira e operacional. Entre os planos definidos pela companhia para melhorar a imagem da distribuidora no mercado estão a desverticalização das atividades (geração e transmissão de um lado e distribuição do outro), os investimentos na rede elétrica e a possibilidade de realizar uma operação de Fundo de Investimento em Direito Creditório (Fidc). "Nossa intenção é ir ao Novo Mercado para vender as ações pelo melhor preço para nós. Talvez isso possa acontecer em 2006 ou pode ficar para mais tarde. Tudo dependerá do resultado dos planos definidos pela empresa", afirma André Rocha, presidente da Celg. Entre os interessados nas ações da estatal, segundo o executivo, estariam as espanholas Iberdrola e Endesa e a portuguesa Energias do Brasil. (Canal Energia - 23.11.2005)

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4 Celg realiza licitação internacional para a compra de equipamentos

A Celg realizou nesta semana licitação internacional para a compra de equipamentos. A estimativa de investimento é de US$ 140 milhões somente para realizar a aquisição. Outro projeto considerado prioritário pela empresa é a construção da subestação Carajá, em Goiânia. A obra receberá investimentos de R$ 35 milhões e tem caráter emergencial devido à sua localização. Com essa nova subestação, a Celg poderá melhorar o atendimento na região de Goiânia, desafogando a única opção da região atualmente, a subestação Xavantes. Não é só na melhoria do sistema elétrico que a companhia está preocupada. (Canal Energia - 23.11.2005)

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5 Celg pretende ampliar parque gerador

Segundo Andre Rocha, presidente da Celg, a empresa olha com atenção para o segmento de geração. Prova disso é que a distribuidora pretende ampliar seu parque gerador dos atuais 17 MW para 200 MW. A companhia está em negociações com outras empresas a participação no leilão de energia nova, que acontecerá em 16 de dezembro deste ano. Segundo o executivo, cinco empresas já fizeram propostas de interesse e a estimativa é terminar o processo de seleção dos parceiros até o final da semana que vem. Outra possibilidade seria a entrada da companhia na sociedade da usina de Corumbá III, com potência de 96 MW. A usina, que ainda não iniciou as obras, é controlada por um consórcio de empresas formado pela Strata Construções Concessionárias Integradas, com 32,5%; Energ Power, com 32,5%; CEB, com 15%; Construtora RV, com 10%; e C&M Engenharia, também com 10%. Rocha explica que a Celg poderia entrar como sócia no lugar da Construtora RV e da C&M Engenharia, que estariam se desfazendo de suas participações no empreendimento. As PCHs também estão no foco da empresa. Por enquanto, a companhia avalia os melhores projetos, mas não há previsão de conclusão das negociações com os empreendedores. (Canal Energia - 23.11.2005)

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6 Ações da Energia do Brasil entram em índice internacional de ativos

As ações da Energias do Brasil passam, a partir de 30 de novembro, a integrar o Morgan Stanley Capital International (MSCI Brazil Index), índice global de acompanhamento de ativos utilizado pela comunidade internacional de investidores. A participação das ações da empresa será de 0,33% do índice. Segundo a Energias do Brasil, a entrada no índice contribui para o aumento da liquidez das ações da empresa, além de aumentar a visibilidade dos papéis junto aos analistas de mercado de capitais, tanto no Brasil como no exterior. (Canal Energia - 23.11.2005)

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7 Coelba detalha composição do custo da energia na conta

A Coelba começou a informar os clientes de baixa tensão sobre os custos do serviço de energia elétrica. A distribuidora entrega desde a segunda-feira, 21 de novembro, as contas de luz com a discriminação dos valores relativos a geração, transmissão até a rede de distribuição, remuneração pelo serviço prestado de distribuição, encargos setoriais e tributos incidentes na tarifa. A empresa disponibilizou uma tabela, na parte posterior da fatura, na qual são descriminados os valores pagos expressos em reais e o percentual de cada segmento no total. A decisão de detalhar a conta atende a resolução da Aneel. (Canal Energia - 23.11.2005)

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8 Erro leva Copel a recadastrar consumidores rurais

Um erro na classificação tarifária de pelo menos 4,5 mil consumidores rurais provocou distorções no recolhimento do ICMS no Paraná. O estado concede o deferimento do imposto para os consumidores classificados em atividades agropecuária, não abrangendo todos os clientes da classe rural. Neste caso, só as instaladas dentro das unidades rurais recebem o benefício. Há discrepâncias também na classificação em relação as regras da Copel e da resolução 456 da Aneel. A secretaria estadual de Fazenda pediu a revisão da situação de todos os clientes rurais inscritos entre 2000 e 2004. Segundo Ronald Thadeu Ravedutti, diretor de Distribuição da Copel, as pessoas jurídicas precisam apresentar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, e as pessoas físicas o comprovante oficial de órgão da administração pública, para comprovar a condição de cliente rural. (Canal Energia - 23.11.2005)

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9 Copel reduz desconto para clientes adimplentes

A Copel encaminha o fim dos descontos que mantém para os clientes adimplentes, que totalizam, em média, 7%, dependendo da classe de consumo. O desconto vem sendo reduzido na época de implantação do reajuste tarifário. A previsão da empresa é que no próximo reajuste, em 24 de junho de 2006, o desconto se torne irrisório e deixe de ter efeito. A empresa espera efetuar um corte no desconto entre o mês que vem e janeiro de 2006. (Canal Energia - 23.11.2005)

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10 ABB amplia vendas para transmissão

A ABB do Brasil está ampliando suas vendas para linhas de transmissão. A empresa acaba de fechar contratos no valor total de R$ 290 milhões para fornecer equipamentos para dois projetos que vão interligar as regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Os dois negócios indicam que há um potencial de crescimento no segmento de transmissão de energia, principalmente após os últimos leilões realizados pelo governo. Este valor é quase metade do que a empresa faturou nesta área no ano passado, cerca de R$ 650 milhões, de acordo com Roberto Matsushima, diretor de desenvolvimento de negócios da ABB. Ele afirma que a empresa decidiu adotar a dois anos uma postura mais agressiva no mercado, com mais pessoas na área de vendas para acompanhar as necessidades do mercado. De acordo com Matsushima, a empresa planeja conseguir vendas até 30% maiores em 2006. As novas apostas, diz o executivo, são dois lotes de cerca de 600 quilômetros da Abengoa e da Isolux, empresas que a ABB acaba de atender, o que pode facilitar o contato. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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11 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 23-11-2005, o IBOVESPA fechou a 31.942,56 pontos, representando uma alta de 1,44% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,66 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,45%, fechando a 9.427,99 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 104,4 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 38,70 ON e R$ 38,70 PNB, alta de 1,04% e alta de 0,99%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 13,9 milhões as ON e R$ 28,3 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 27% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 24-11-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 38,27 as ações ON, baixa de 0,85% em relação ao dia anterior e R$ 38,70 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 24.11.2005)

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12 Curtas

A Aneel aprovou o programa de eficiência energética para o ciclo 2004/2005 da Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE). A empresa aplicará R$ 401,956 mil, o que corresponde a 0,4863% da receita operacional líquida. Os projetos do programa deverão ser concluídos até novembro de 2006. (Canal Energia - 23.11.2005)

A Aneel aprovou o relatório final do programa de eficiência energética da Cocel, referente ao ciclo 2003/2004. Neste programa, a concessionária aplicou R$ 136,64 mil. A Aneel determinou também que a Cocel adicione 0,038% da receita operacional líquida para o programa de eficiência energética do ciclo 2005/2006. (Canal Energia - 23.11.2005)

Numa operação de combate ao furto de energia na Baixada Fluminense, a Light encontrou irregularidades nas instalações elétricas de 121 das 521 unidades consumidoras inspecionadas fraude no Bairro da Luz, em Nova Iguaçu, e em Belford Roxo, o que corresponde a 23% da energia distribuída nos municípios. (Jornal do Commercio - 24.11.2005)

A Celpe teve postergado o prazo de entrega do relatório final do programa de eficiência energética do ciclo 2003/2004. O novo prazo é de 30 de abril de 2006. (Canal Energia - 23.11.2005)

A CPFL Piratininga efetuou nesta quarta-feira, 23 de novembro, o pagamento de amortização aos investidores detentores das cotas CPFL Piratininga Fidc. O valor total a ser amortizado por cota sênior é de R$ 186,6040479, enquanto o valor do principal por cota sênior é de R$ 141,8374348. (Canal Energia - 23.11.2005)

Após impasses, a Celesc, anunciou ontem a reforma da iluminação pública da Serra Dona Francisca (SC-301), no Litoral-Norte do Estado. A Engeco Projeto e Construções - empresa vencedora da licitação - espera pela homologação da ordem de serviço para iniciar as obras, previstas ainda para este mês. (A Notícia - 24.11.2005)

Com o prêmio Top de Ecologia ADVB 2005, que será entregue no dia 13 de dezembro, em São Paulo, somam-se três as premiações recentes da CEEE. A empresa recebeu o prêmio da ADVB pelo trabalho "Reflorestamento de Eucalipto como berçário de mata nativa: os muitos valores ecológicos no uso de postes de madeira para energização no RS". (Elétrica - 23.11.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 58,6%

Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão com 58,6% do nível de armazenamento, queda de 0,1% em comparação ao dia anterior. O nível esté 32,5% acima da curva de aversão. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas operam com 76,2% e 75,9% no nível de armazenamento, respectivamente. (Canal Energia - 23.11.2005)

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2 Sul opera com 90,4% de volume armazenado

Os reservatórios da região Sul estão com 90,4% da capacidade de armazenamento, com queda de 0,4% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Machadinho está com 89,4% do nível de armazenamento. (Canal Energia - 23.11.2005)

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3 NE: 52,3% de volume armazenado

Na região Nordeste, os reservatórios estão com 52,3% do nível de armazenamento, com diminuição de 0,2%. O nível está 33,5% acima da curva de aversão. O reservatório de Sobradinho opera com 46,2% da capacidade de armazenamento. (Canal Energia - 23.11.2005)

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4 Norte: índice de armazenamento está em 34,4%

Os reservatórios do submercado Norte estão com 34,4% da capacidade de armazenamento, com redução de 0,2% em relação ao dia anterior, dia 21. Tucuruí opera com nível de armazenamento em 26,5%. (Canal Energia - 23.11.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Leilão negocia 70 milhões de litros de biodiesel

No primeiro leilão para a compra e venda de biodiesel, realizado pela ANP, foram negociados 70 milhões de litros. O combustível foi vendido pelos produtores Agropalma, do Pará (5 milhões de litros), Soyminas, de Minas Gerais (5,2 milhões de litros), Granol, de Goiás (18,3 milhões de litros) e Brasil Biodiesel, do Piauí (38 milhões de litros). Os compradores foram Petrobras (93,3% do total) e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), que tem como sócias a Petrobras e a Repsol (6,7%). O objetivo dos leilões é garantir aos produtores de biodiesel e aos agricultores, especialmente os que praticam agricultura familiar, um mercado para a venda da produção. A previsão da ANP é que até dezembro de 2007 sejam adquiridos 800 milhões de litros de biodiesel. A partir de 2008, a adição de 2% de biodiesel ao diesel derivado de petróleo, atualmente facultativa, passará a ser obrigatória em todo o país. O preço máximo de referência estabelecido pela ANP e pelo Ministério de Minas e Energia foi de R$ 1,92 por litro. Esse preço não inclui o ICMS. A menor oferta vencedora foi da Agropalma, com R$ 1,80 por litro. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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2 Produtor precisa ter "Selo Combustível Social" no Leilão da ANP

Para participar do leilão de compra e venda de biodiesel, realizado pela ANP, o produtor precisa ter o "Selo Combustível Social", autorização da ANP para produzir o combustível, e estar regularizado junto à Receita Federal. Para obter o Selo, o produtor teve que seguir a tabela que estabelece a quantidade mínima de matéria-prima que deve ser adquirida de pequenos agricultores em cada uma das cinco regiões do país. No Nordeste, a compra de matéria-prima da agricultura familiar tem de ser, pelo menos, de 50% do volume total. No Sudeste e Sul, o mínimo é de 30% e, no Norte e Centro-Oeste, 10%. Também poderão participar, em caráter especial, empresas que já entraram com processo de obtenção do Selo. Essas empresas terão que estar regularizadas à época da primeira entrega de biodiesel. No leilão realizado, cada produtor pôde fazer uma proposta com até três ofertas de preços. O volume total das ofertas ficou limitado à capacidade de produção anual da empresa. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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3 Deputados do MS rejeitam projeto de instalação de usina de álcool no Pantanal

O projeto de lei que autoriza a instalação de usinas de álcool na bacia do Alto Paraguai, no Pantanal, apresentado pelo governo de Mato Grosso do Sul, foi rejeitado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembléia Legislativa do estado. A comissão considerou o projeto inconstitucional. Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente(Conama) proíbe a construção de usinas de álcool na região do Pantanal. Com a rejeição na comissão da Assembléia, agora o projeto deve ser apreciado pelos deputados na próxima semana, mas não deve sequer ser posto em votação. O Governador, Zeca do PT, diz que não vai insistir na aprovação. (Eletrosul - 24.11.2005)

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Grandes Consumidores

1 Liminar libera ICMS de siderúrgica

Uma siderúrgica de Minas Gerais - com cerca de R$ 2 milhões em créditos do ICMS- conseguiu no Judiciário do Estado uma autorização, por meio de liminar, para transferir para terceiros o imposto acumulado. A empresa entrou na Justiça após a Fazenda do Estado suspender as liberações de créditos às empresas. O fisco é amparado pelo Protocolo nº 30/05 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autorizou a vedação. A norma foi editada em razão de um impasse entre a União e os Estados que aguardam a liberação, pelo governo federal, de R$ 900 milhões para o ressarcimento de empresas exportadoras que acumulam créditos do ICMS em razão da Lei Kandir. O advogado da siderúrgica, Leonardo Guimarães, do escritório José de Castro Ferreira, Décio Freire e Associados, afirma que a empresa já havia negociado o crédito. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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2 Alcoa investirá US$ 150 mi

A Alcoa Alumínio anuncia hoje, 24 de novembro, investimentos de US$ 150 milhões na modernização tecnológica da unidade de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, primeira fábrica da empresa no país. A nova tecnologia possibilitará aumento da produção de alumínio, além da manutenção e desenvolvimento de programas ambientais na região. (Hoje em Dia - 24.11.2005)

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Economia Brasileira

1 PIB deve crescer menos de 3%

O Brasil deve crescer menos de 3% em 2005. Com o péssimo desempenho da indústria no terceiro trimestre e os sinais desalentadores da atividade em outubro, consultorias e bancos revisaram para baixo suas previsões para a expansão do PIB neste ano. Tendências e MCM Consultores apostam em um crescimento de 2,8%, enquanto o Credit Suisse First Boston (CSFB) projeta um número ainda menor, 2,5%. Os juros reais de 13%, o câmbio valorizado e a crise política são apontados como responsáveis pela forte desaceleração da economia. Os analistas apostam que o IBGE vai divulgar na semana que vem uma queda do PIB de 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo. %. Se os indicadores econômicos negativos se confirmarem, será necessária uma alta de 1,9% entre outubro e dezembro para a economia atingir modestos 3% em 2005, calcula o economista-chefe da MCM, Celso Toledo. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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2 Receita cresce 4,3% para R$ 41,7 bi

Em outubro de 2004, as receitas tributárias e previdenciárias somaram R$ 40,04 bi em valores corrigidos. A arrecadação de impostos e contribuições atingiu R$ 41,783 bilhões em outubro deste ano e de R$ 394,6 bilhões, no acumulado do ano. Segundo os dados divulgados o crescimento real foi de 4,35% em outubro, comparado com o mesmo período do ano passado. Em relação ao acumulado de janeiro a outubro de 2004, a alta foi de 5,54%. O destaque na arrecadação no acumulado do ano foi o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido, com crescimentos de 21,96% e 20,65%, respectivamente. De acordo com a Receita, esse desempenho é puxado pelos setores dos combustíveis, telecomunicações, eletricidade, metalurgia básica e extração de minerais metálicos. (Gazeta Mercantil - 24.11.2005)

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3 Resultado das contas externas já supera saldo de 2004

A conta de transações correntes do país teve um saldo positivo de US$ 911 milhões em outubro, contra US$ 2,38 bilhões em setembro. Essa conta representa as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferências de renda. O superávit da balança comercial em outubro, de US$ 3,686 bilhões, foi o item que mais colaborou para esse resultado. Já a conta de serviços e renda teve um saldo negativo de US$ 3,081 bilhões no mês passado e as despesas unilaterais, um superávit de US$ 306 milhões. No ano, o superávit de transações correntes acumulado é de US$ 11,974 bilhões. Esse resultado já supera o registrado em todo o ano passado, que foi de US$ 11,738 bilhões. Já o balanço de pagamentos encerrou outubro com um saldo positivo de US$ 3,513 bilhões. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o superávit é de US$ 10,636 bilhões. Já os investimentos estrangeiros no país foram de US$ 825 milhões no mês passado, contra US$ 43 milhões em setembro. No ano acumulado do ano, os investimentos somam US$ 12,612 bilhões. (Folha de São Paulo - 24.11.2005)

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4 IBGE: taxa de desemprego nacional permanece em 9,6% em outubro

A taxa de desemprego nacional permaneceu estável em 9,6% da população economicamente ativa em outubro, segundo o levantamento do IBGE. Antes de chegar a esse nível em setembro, o patamar havia se mantido por três meses consecutivos em 9,4%. Em outubro de 2004, a taxa de desocupação havia sido de 10,5%. O contingente de desocupados nas seis regiões pesquisadas ficou estável em relação a setembro, em cerca de 2,1 milhões de pessoas. Ante outubro de 2004, a queda foi de 7,3%. As mulheres continuam a representar mais da metade dos desocupados, correspondendo a uma parcela de 56,2% desse contingente. De acordo com o levantamento, o número de pessoas ocupadas manteve-se em cerca de 20,1 milhões. Na comparação com outubro do ano passado, esse contingente subiu 2,1% - o equivalente a 415 mil pessoas. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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5 Renda do trabalhador cai 1,5% perante setembro

O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas ficou em R$ 966,10 em outubro, com queda de 1,5% em relação a setembro. O movimento ocorre depois de três meses de elevação mensal e um de estabilidade. O pior desempenho foi o da renda de trabalhadores com carteira assinada. Em comparação com outubro do ano passado, porém, houve aumento de 1,8% no rendimento, segundo informou o IBGE. Mesmo nesse confronto, a renda dos trabalhadores com carteira assinada ficou menor. Nesse confronto, os trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado tiveram queda de 2,9% no rendimento médio, para R$ 955,40. Os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado viram alta de 3,8%, para R$ 640,80. Os trabalhadores por conta própria, por outro lado, ficaram com rendimento 0,5% menor, de R$ 804,14, com crescimento em todas as seis áreas. Em relação a outubro de 2004, houve redução de 1% no rendimento dos trabalhadores com carteira assinada, puxada pela baixa de 4,9% em São Paulo. Os trabalhadores sem carteira ficaram com renda 7,3% maior e os trabalhadores por conta própria tiveram aumento de 3,8%. (Valor Econômico - 24.11.2005)

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6 Inflação em SP medida pelo IPC-S foi a 0,48%, até 22/11

A inflação na cidade de São Paulo aumentou, no âmbito do IPC-S. Segundo informou a FGV, os preços na cidade subiram 0,48% no IPC-S de até 22 de novembro, ante alta de 0,47% na apuração anterior, referente ao IPC-S de até 15 de novembro. Hoje, a FGV divulgou os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas para cálculo do IPC-S. Das sete capitais pesquisadas, cinco apresentaram elevação de preços, na passagem do IPC-S de até 15 de novembro para o indicador de até 22 de novembro. Além de São Paulo, é o caso de Porto Alegre (de 0,18% para 0,21%); Recife (de 0,66% para 0,95%); Rio de Janeiro (de 0,56% para 0,65%); e Belo Horizonte (de 0,39% para 0,64%). Ainda segundo a FGV, as duas cidades que registraram recuo de preços, no mesmo período. foram Brasília (de 0,61% para 0,31%) e Salvador (de 0,61% para 0,45%). (Estado de São Paulo - 24.11.2005)

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7 Selic cai para 18,5%

O Copom confirmou a expectativa do mercado financeiro e reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 18,5% ao ano. Desde que o ciclo de queda na taxa foi iniciado, em setembro, os juros caíram 1,25 ponto percentual. A decisão não agradou aos setores produtivos. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, considerou o corte "pífio". (Gazeta Mercantil - 24.11.2005)


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8 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro brasileiro anda "de lado" nesta quinta-feira, já que o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos tira de cena todo o mercado local. Às 12h18m, o dólar à vista recuava 0,22%, cotado a R$ 2,235 na compra e R$ 2,237 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,22%, cotado a R$ 2,24 na compra e R$ 2,2420 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 24.11.2005)

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Internacional

1 Ambientalistas são contra idéia do Governo britânico de aprovar novas usinas nucleares

Ambientalistas britânicos expressaram indignação com as indicações de que o governo está tendendo a aprovar a construção de novas usinas nucleares. "É a decisão errada. A energia nuclear não é segura, a tecnologia não foi testada e é cara demais", afirmou o diretor da Friends of the Earth, Tony Juniper. Todas as usinas nucleares da Grã-Bretanha, com a exceção de uma, serão fechadas até 2023. Sem novas usinas, a energia nuclear será responsável por 4% do fornecimento de eletricidade no país. Hoje, responde por 21%. O governo terá de reduzir nos próximos sete anos suas emissões de dióxido de carbono para 12,5% abaixo dos níveis de 1990, pelo Protocolo de Kyoto. A energia nuclear não emite gases-estufa, segundo o tratado. A Campanha pelo Desarmamento Nuclear contesta esse dado, afirmando que a extração e o refino do urânio produzem emissões. (Gazeta Mercantil - 24.11.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Alice Fucs, Carolina Pereira, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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