l

IFE: nº 1.701 - 22 de novembro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Indicados para diretoria da Aneel são sabatinados
2 BNDES aprova financiamento para Proinfa
3 Elektro: setores de energia e gás precisam de estabilidade
4 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás capta US$ 300 mi no exterior
2 Elektro quer melhoria operacional
3 Elektro comemora resultados
4 Celg apresenta Fidc de R$ 200 mi
5 Aneel aprova programa de eficiência energética para Escelsa
6 Programa de eficiência energética da Eletroacre é aprovado
7 Tractebel Comercializadora: oferta para compra de 80 MW médios
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo no estado de São Paulo cresce 2,5%
2 Aneel: audiência pública sobre curvas bianuais de aversão a risco
3 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 58,8%

4
Sul opera com 91,3% de volume armazenado
5
NE: 52,7% de volume armazenado
6
Norte: índice de armazenamento está em 34,7%

Gás e Termelétricas
1 Projeto do governo chega ao Congresso somente em 2006
2 Rondeau: texto do governo complementa o do senador

Grandes Consumidores
1 CAF autoriza empréstimo de US$ 400 mi ao grupo Votorantim

Economia Brasileira
1 Lula sanciona MP do Bem
2 Recuo da atividade industrial preocupa

3 Abdib: apenas 27% do orçamento para infra-estrutura foi gasto
4 S&P: crescimento fraco é maior obstáculo para elevar rating
5 BC faz nova compra de dólar futuro hoje
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 SDE inocenta Enron e AES de manipular venda da Eletropaulo

Regulação e Novo Modelo

1 Indicados para diretoria da Aneel são sabatinados

O governo testa hoje o seu poder de convencimento na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, com a sabatina de dois diretores indicados para a Aneel. Lideranças petistas tiveram que se mobilizar nos últimos dias com o objetivo de afastar a ameaça, feita nos bastidores por senadores do PMDB, de veto a nomeação da economista Joísa Campanher Dutra para um dos cargos. O governo espera uma votação acirrada, já que a oposição tem 11 dos 23 integrantes. O presidente da comissão, Heráclito Fortes (PFL-PI), resolveu colocar antes em votação o nome do outro indicado para a Aneel, Edvaldo Alves de Santana, atual superintendente de estudos econômicos do mercado da agência e que enfrenta menos ameaça de "fogo amigo". Segundo a assessoria de Heráclito, será uma forma de "sentir o clima" entre os senadores. Em abril, a comissão rejeitou, por 12 votos a 11, a indicação do engenheiro químico José Fantine para a ANP. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

2 BNDES aprova financiamento para Proinfa

O BNDES aprovou financiamentos para dois projetos no âmbito do Proinfa. O valor total dos empréstimos é de R$ 87 milhões. Os recursos serão usados na ampliação da capacidade de geração de energia elétrica a partir do bagaço da cana nas usinas Caeté, em Conceição das Alagoas (MG), e Giasa, em Pedras de Fogo (PB). Os dois projetos aprovados pelo banco vão resultar num aumento do potencial das duas usinas de 38 MW. (Folha de São Paulo - 22.11.2005)

<topo>

3 Elektro: setores de energia e gás precisam de estabilidade

Segundo Orlando González, presidente da Elektro, "o que se espera para setores como energia e gás, tão essenciais, é um ambiente de maior estabilidade, independente do cenário político". Mesmo com as diversas mudanças ocorridas para regulamentar o setor na última década, a empresa vem tendo um bom desempenho. Como o consumo de energia cresce a taxas maiores que as do PIB, o presidente da Elektro cita como fatores críticos a atração de novos investimentos e taxas de financiamento adequadas. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

4 Curtas

A Aneel promove na quarta-feira (23/11), sorteio público dos municípios onde será aplicada pesquisa para avaliar a satisfação do consumidor de energia elétrica com os serviços das distribuidoras. Os resultados da pesquisa definirão a base do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) 2005. (Aneel - 21.11.2005)

A Aneel homologou nesta segunda-feira, 21 de novembro, os processos de certificação de conformidade dos sistemas computacionais da CCEE, utilizados, entre outras operações, na contabilização relativa ao MCSD. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

 

Empresas

1 Eletrobrás capta US$ 300 mi no exterior

A Eletrobrás finalizou ontem captação externa de US$ 300 milhões, por meio de um eurobônus de vencimento em dez anos. A demanda total chegou a US$ 500 milhões, mas a empresa não quis ampliar o total captado. O cupom (juro nominal) foi de 7,75% ao ano e o preço, de 99,146% do valor de face, o que corresponde a um rendimento de 7,875% ao ano. O prêmio sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos foi de 341 pontos básicos. Os recursos entram no caixa da empresa no dia 30 de novembro e o vencimento final do papel será no dia 30 de novembro de 2015. O líder da operação foi o Dresdner Kleinwort Wasserstein. A operação teve classificação de risco de crédito da Standard & Poor's de "BB-", segundo informou o Dresdner. A Standard & Poor's informou que os recursos serão utilizados para fortalecer o caixa da empresa, que será usado parcialmente neste ano para o pagamento de US$ 475 milhões em dívidas que estarão vencendo. O dinheiro obtido com a captação vai também ser usado para financiar parte dos projetos de investimento da companhia em geração e transmissão de energia elétrica. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

2 Elektro quer melhoria operacional

Reduzir a inadimplência e melhorar a qualidade dos serviços estão entre as próximas metas da Elektro Serviços de Eletricidade, subsidiária da Prisma Energy, que administra os ativos da antiga Enron. A distribuidora inicia a nova fase buscando melhorar índices como freqüência e duração das interrupções no fornecimento, além da adimplência de seus clientes. O novo diretor financeiro e de relações com investidores da Elektro, Marcelo Schmidt informou que, concluído o processo de reestruturação financeira, seu trabalho deverá se concentrar "em dar suporte para melhorar as operações, para cumprir os objetivos da companhia e corresponder às indicações estabelecidas pela agência reguladora", afirmou. A dívida da empresa totaliza de R$ 1,09 bilhão, totalmente em moeda nacional. Além das debêntures, existem R$ 173,4 milhões com o BNDES e outros R$ 36,8 milhões com a Fundação Cesp. (Gazeta Mercantil - 22.11.2005)

<topo>

3 Elektro comemora resultados

Além da reestruturação, os executivos da Elektro comemoram o bom resultado obtido até agora. Segundo o novo diretor financeiro e de relações com investidores da Elektro, Marcelo Schmidt, os resultados são decorrentes do aumento das receitas com venda de energia e uso do sistema de distribuição; de efeitos os cambiais favoráveis; e menores custos com a compra de eletricidade. A venda a clientes finais cresceu 18%, para R$ 2,2 bilhões, devido, principalmente, ao aumento da tarifa em 2004, de 19,46%. O volume físico de vendas de energia elétrica, no entanto, caiu quase 7%, em decorrência da saída de consumidores livres, totalizando 6.924 GWh. Entre os consumidores cativos, o crescimento no consumo foi de 7,1%. Para Schmidt, para o ano que vem, o volume físico de vendas deve estabilizar. (Gazeta Mercantil - 22.11.2005)

<topo>

4 Celg apresenta Fidc de R$ 200 mi

A Celg inicia nesta terça-feira, dia 22 de novembro, data room para apresentar a estruturação e colocação de cotas do Fundo de Investimentos em Direito Creditório (Fidc), no valor de R$ 200 milhões. Deste total, R$ 155 milhões serão em garantia firme e R$ 45 milhões na modalidade de melhores esforços. Segundo a empresa, o Fidc antecipará recebíveis das contas de energia dos consumidores residenciais, que se constituem em garantia à operação em um prazo de 48 meses, sendo três meses de carência. Os bancos mandatados da operação são Bradesco, com R$ 50 milhões; Banco do Brasil, com R$ 50 milhões; Santander, com R$ 35 milhões; e HSBC, com R$ 20 milhões. O restante (R$ 45 milhões) está em negociação com instituições financeiras interessadas. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

5 Aneel aprova programa de eficiência energética para Escelsa

A Aneel aprovou o programa de eficiência energética para o ciclo 2004/2005 da Escelsa. O programa prevê a aplicação de R$ 3.137.662,00, correspondente a 0,2908% da receita operacional líquida (R$ 1,079 bilhão). Ainda segundo o despacho 1.890 da superintendência de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, o saldo equivalente a 0,2092% da receita líquida deverá ser transferido para aplicação no ciclo 2005/2006. Os projetos deverão ser concluídos até 15 de novembro de 2006 e a empresa tem até 15 de dezembro para apresentar o relatório final. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

6 Programa de eficiência energética da Eletroacre é aprovado

A Aneel aprovou o programa de eficiência energética para o ciclo 2004/2005 da Eletroacre. Já a empresa obteve aprovação para investir R$ 1.496.413,12 no seu programa. O valor equivale a 1,5663% da receita operacional líquida da companhia (R$ 95,540 milhões). A Aneel também autorizou que o saldo de 0,971% da receita seja aplicado no próximo ciclo - 2005/2006. Segundo a agência, o prazo final para conclusão do projeto que consta do programa é 31 de outubro de 2006. Por fim, a Aneel determinou que o relatório final seja apresentado até o dia 30 de novembro de 2006. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

7 Tractebel Comercializadora: oferta para compra de 80 MW médios

A Tractebel Energia Comercializadora abriu oferta para compra de 80 MW médios para o período entre 1° de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2008. O montante, de acordo com aviso de compra publicado nesta segunda-feira (21/11), será adquirido dos submercados Sul ou Sudeste/Centro-Oeste e proveniente de agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Os interessados na venda de energia poderão ofertar proposta pelo fax (48) 3221-7166, no próximo dia 24 de dezembro, até ao meio-dia. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 21-11-2005, o IBOVESPA fechou a 31.110,07 pontos, representando uma alta de 0,02% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,39 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,25%, fechando a 9.347,77 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 72,6 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 38,40 ON e R$ 38,20 PNB, baixa de 1,79% e 1,80%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 7,5 milhões as ON e R$ 13,1 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 18% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 22-11-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 38,10 as ações ON, baixa de 0,78% em relação ao dia anterior e R$ 37,88 as ações PNB, baixa de 0,84% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 22.11.2005)

<topo>

9 Curtas

A Cemig Distribuição S.A, na faixa ouro, está entre as empresas contempladas com o Prêmio Mineiro de Qualidade. No total, dez empresas foram contempladas, entre privadas, de economia mista, estatais e órgãos do poder público. (Tribuna de Minas - 22.11.2005)

A CPFL Energia está entre as oito empresas com melhores políticas de governança corporativa na América Latina. O objetivo é fazer das escolhidas um exemplo para as concorrentes e fonte de inspiração para o mercado, afirma a consultora Sandra Guerra, ex-integrante do Rede Internacional de Governança Corporativa (ICGN, na sigla em inglês) e idealizadora do Círculo das Companhias, que engloba as oito empresas. (Valor Econômico - 22.11.2005)

O Grupo CPFL Energia desenvolveu um sistema de gestão integrada onde as áreas de segurança, saúde, meio ambiente, qualidade de vida e responsabilidade social caminham juntas. A empresa criou, por meio da rede interna dos funcionários (intranet), uma ferramenta para atuar, principalmente, na prevenção de acidentes de trabalho. (Canal Energia - 21.11.2005)

A Celg realiza nesta terça-feira, 22 de novembro, licitação internacional para compra de equipamentos para a construção de redes de transmissão e de subestações. O processo faz parte do plano da empresa de ampliar e melhorar o seu sistema elétrico, segundo informou o presidente da companhia, André Rocha.
(Canal Energia - 21.11.2005)

A ABB pretende se consolidar no segmento da gestão dos ativos de empresas do setor elétrico, produto que já oferece às companhias de outras áreas do segmento industrial, como a fábrica da Ford e o pólo petroquímico, ambos localizados em Camaçari (BA). (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo no estado de São Paulo cresce 2,5%

O consumo total de energia elétrica no estado de São Paulo no mês de outubro cresceu 2,2%, atingindo 8.930 GWh. No acumulado do ano, as distribuidoras paulistas registraram aumento de 4% no consumo de energia elétrica. Entre as classes de consumo, o segmento residencial foi o que mais contribuiu para esse desempenho, apresentando um crescimento de 6,4% no consumo ao longo do mês passado. Em dez meses, o consumo na área residencial cresceu 5%. A classe comercial apresentou aumento de 3,5% no consumo de energia elétirca no mês passado. De janeiro a outubro, o consumo também cresceu 5% em comparação com o mesmo período de 2004. O segmento industrial teve pequeno crescimento no consumo de energia elétrica, de 1,3%. No acumulado do ano, o consumo cresceu 3%. Em relação à geração de energia elétrica, a capacidade instalada das principais concessionárias do estado de São Paulo ficou em 14.514,8 MW, cujo montante corresponde à cerca de 16% do total da capacidade instalada no país. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

2 Aneel: audiência pública sobre curvas bianuais de aversão a risco

A Aneel aprovou nesta segunda-feira, 21 de novembro, a realização de audiência pública, na modalidade documental, a ser realizada entre os dias 23 de novembro e 14 de dezembro, para proceder a atualização das curvas bianuais de aversão a risco das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul, referente ao período entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007. A Aneel pretende colocar em discussão as propostas apresentada pelo ONS sobre o tema. Conforme resolução normativa 51, da Aneel, as curvas de aversão ao risco deverão ser atualizadas anualmente. Tais curvas são utilizadas como mecanismo de segurança operativa do Sistema Interligado Nacional. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

3 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 58,8%

A capacidade do submercado Sudeste/ Centro-Oeste está em 58,8%, com pequeno aumento em relação ao volume registrado no dia anterior. O índice fica 32,4% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Itumbiara e de Emborcação operam com 74,6% e 45,6% de capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

4 Sul opera com 91,3% de volume armazenado

A região registra 91,3% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação ao dia anterior, dia 19, houve pequeno leve aumento no índice de armazenamento. A usina de Machadinho apresenta 91,8% de capacidade. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

5 NE: 52,7% de volume armazenado

O nível dos reservatórios do Nordeste está em 52,7%, com queda de 0,1% em relação ao dia anterior. O índice fica 33,7% acima da curva de aversão ao risco. O volume da hidrelétrica de Sobradinho está em 46,4%.(Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

6 Norte: índice de armazenamento está em 34,7%

O índice de armazenamento da região Norte está em 34,7%, com queda de 0,3% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 26,9% de capacidade. (Canal Energia - 21.11.2005)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Projeto do governo chega ao Congresso somente em 2006

O envio para o Congresso Nacional de um projeto do governo para a regulamentação do setor de gás pode ficar para o ano que vem, admitiu Silas Rondeau. Apesar da pressa dos empresários em contar com um marco regulatório para a consolidação dos investimentos cujo volume somente na parcela de responsabilidade da Petrobras deve chegar a US$ 4,5 bilhões até 2010, o ministro acredita que não haverá prejuízo para os empresários. A tranqüilidade de Rondeau contradiz a ansiedade das empresas de gás por regras mais claras. O projeto chega depois de outro já apresentado no Congresso pelo ex-ministro de Minas e Energia, o senador Rodolpho Tourinho. Principalmente por ter chegado primeiro aos parlamentares o projeto ganhou o apoio das empresas, que pressionam para que o governo também o apóie. (Gazeta Mercantil - 22.11.2005)

<topo>

2 Rondeau: texto do governo complementa o do senador

O texto do governo para a regulamentação do setor de gás, de acordo com Rondeau pode ser considerado como complementar ao do senador Rodolpho Tourinho. Entre esses pontos complementares, o ministro destaca que a principal novidade do projeto de lei é a adoção de leilões públicos para as concessões de gasodutos, que passarão a ocorrer nos moldes das concessões de linhas de transmissão de energia elétrica. Hoje, a Petrobras detém o monopólio de toda a malha de transporte de gás do país, já que a legislação atual não prevê licitações públicas. Hoje, a construção e operação das redes de transporte são feitas por meio de autorização concedida pela ANP. Com isso, a empresa perde o monopólio na distribuição. Essa é também uma das principais propostas do texto do senador Tourinho. (Gazeta Mercantil - 22.11.2005)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 CAF autoriza empréstimo de US$ 400 mi ao grupo Votorantim

A Corporação Andina de Fomento (CAF) anunciou a aprovação de um empréstimo de US$ 400 milhões para o grupo Votorantim. O financiamento é dividido em duas etapas: uma primeira tranche de US$ 80 milhões, com carência de 2,5 anos e prazo de dez anos, financiados pela corporação; e uma segunda tranche, de US$ 320 milhões, com 2,5 anos de carência e prazo de sete anos, financiados por um sindicato de bancos liderado pelo espanhol BBVA. "Com esta operação, a CAF contribui para melhorar a estrutura financeira de um dos maiores grupos industriais do Brasil e da América Latina, diversificando suas fontes de financiamento e facilitando o acesso da Votorantim a recursos de longo prazo dos mercados internacionais", acrescentou ontem o presidente do organismo, o boliviano Enrique García. (Jornal do Commercio e Gazeta Mercantil - 22.11.2005)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Lula sanciona MP do Bem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou 12 artigos do pacote de desonerações tributárias e incentivos ao investimento conhecido como "MP do Bem". Dessa maneira, a renúncia fiscal estimada pelo Ministério da Fazenda reduziu-se de R$ 6,3 bilhões por ano para R$ 5,7 bilhões. Segundo o secretário de Política Econômica, Bernard Appy, os benefícios originais da MP 252 foram calculados em R$ 3,24 bilhões por ano e outras alterações promovidas no Congresso (MP 255) custarão aos cofres federais outros R$ 2,46 bilhões anuais. De acordo com informações de Appy, contribuíram para a redução da renúncia fiscal os vetos à redução da contribuição previdenciária na bovinocultura (R$ 400 milhões/ano) e à a redução de 24 meses para 18 meses nas compensações de créditos de PIS/Cofins (R$ 200 milhões/ano). O impacto fiscal da emenda que dobrou os valores de enquadramento de micro e pequenas empresas no regime tributário do Simples foi calculada em R$ 1,8 bilhão/ano. O governo manteve o espírito dessa ampliação, mas vetou a norma que determinava ao presidente editar uma MP até o final do ano com as novas faixas e alíquotas do Simples. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

2 Recuo da atividade industrial preocupa

O recuo da atividade industrial no terceiro trimestre traz um sinal de alerta às lideranças empresariais, mas ninguém prevê um cenário catastrófico para 2006. "Não entraremos num céu de brigadeiro e nem no inferno de Dante", diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os investimentos vêm se mantendo num patamar razoável nos últimos anos e devem chegar perto de 20% do PIB em 2005. A previsão para o ano que vem é que este percentual ao menos se mantenha. "A taxa de investimento vem crescendo, mas o patamar ideal é de 25%, para consolidar o nível de crescimento de 5% da economia", afirma Júlio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O fator-chave para avaliar os projetos do setor privado em 2006 será, sem dúvida, o ambiente de eleições. "Não vamos esperar que, em ano eleitoral, investimentos mais pesados que não aconteceram até agora venham a ser efetivados", avalia Gomes de Almeida. "Investimento está ligado à segurança e o cenário de eleições atrapalha", afirma Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

3 Abdib: apenas 27% do orçamento para infra-estrutura foi gasto

A expectativa não tem sido animadora para a indústria de base, segundo a Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). "Uma porção de promessas não se confirmou", afirma Paulo Godoy, presidente da Associação. De acordo com levantamento da entidade, do orçamento público federal para infra-estrutura, havia sido gasto, até 1º de novembro, apenas 27% do planejado. Projetos estão parados nas áreas de rodovias, ferrovias, energia e saneamento, apenas para citar alguns exemplos, em função da não liberação de verbas e de deficiências na regulamentação. "Em compensação, no setor de petróleo, óleo e gás as perspectivas são muito positivas", diz Godoy. Somente a Petrobras tem um orçamento de 2006-2010 de R$ 47,7 bilhões, ou seja, quase R$ 10 bilhões por ano. Godoy calcula as necessidades de investimento em infra-estrutura da ordem de US$ 22,7 bilhões ao ano. Mas o valor desembolsado tem sido bem inferior às necessidades estimadas pela Abdib. Foram US$ 11 bilhões em 2003, US$ 12,7 bilhões em 2004 e a previsão, para 2005, é de US$ 14,8 bilhões. O ano eleitoral, para o setor de infra-estrutura, tem um aspecto positivo, que é o aumento do gasto público. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

4 S&P: crescimento fraco é maior obstáculo para elevar rating

O fraco ritmo de crescimento da economia é um dos principais obstáculos para o Brasil atingir a categoria de grau de investimento, na visão de David Beers, diretor-geral de rating soberano da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P). Embora tenha dito que o país tem as melhores condições de sua história para obter essa avaliação, principalmente devido à melhora das contas externas, Beers deixou claro que o caminho até lá não será dos mais fáceis. Além de considerar importante uma expansão do PIB nos próximos cinco anos superior à registrada nos últimos cinco, ele disse que o Brasil tem de continuar firme no compromisso com a austeridade fiscal. Uma notícia positiva, do seu ponto de vista, é que parece haver um consenso maior quanto à orientação da política econômica, que deve continuar a mesma independentemente de quem vença as eleições de 2006. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

5 BC faz nova compra de dólar futuro hoje

O Banco Central vai realizar hoje um novo leilão de "swap" cambial reverso, com valor aproximado de US$ 500 milhões. Essa é a segunda oferta em apenas três dias úteis, e consolida o retorno da autoridade monetária ao mercado futuro de dólar. O BC havia feito intervenções agressivas no câmbio futuro entre fevereiro e março, mas suspendeu os leilões de swap cambial devido a condições adversas de mercado. Na semana passada, diante da contínua valorização do real, o BC anunciou a volta desse tipo de operação. Os "swaps" cambiais reversos são instrumentos nos quais o BC assume posição ativa em dólar e passiva em juros. No discurso oficial, a negociação desses instrumentos tem o fim exclusivo de melhorar o perfil da dívida pública, reduzindo a dívida atrelada ao câmbio. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

A tensão deu o tom dos negócios no mercado financeiro na manhã desta terça-feira. Os dois principais assuntos discutidos foram a eventual saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o leilão de "swaps" reversos do Banco Central. Pressionado principalmente pelo leilão, o dólar fechou a manhã em alta de 2,03%, a R$ 2,265 na compra e R$ 2,267 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,31%, a R$ 2,2210 na compra e R$ 2,2230 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 22.11.2005)

<topo>

 

Internacional

1 SDE inocenta Enron e AES de manipular venda da Eletropaulo

Após dois anos de investigações, o Ministério da Justiça concluiu que não houve fraude à concorrência na venda da Eletropaulo em abril de 1998. A Secretaria de Direito Econômico (SDE) pediu o arquivamento da denúncia contra a AES e a Enron. As duas empresas foram acusadas, em maio de 2003, de fecharem um acordo para dividir o mercado brasileiro. Mas o caso não deve acabar ainda. A procuradora Simone Maria Araújo Leite Ferreira analisou a documentação levantada pela SDE e concluiu que a denúncia merece nova investigação. Ela quer que o Cade refaça todo o trabalho da secretaria. A denúncia partiu do jornal britânico "Financial Times" e teve forte impacto político no Brasil. (Valor Econômico - 22.11.2005)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Alice Fucs, Carolina Pereira, Marcelo Machado, Guilherme Branquinho e Larissa Barbosa

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás