l IFE: nº 1.700 - 21
de novembro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 BNDES desembolsa R$ 3,407 bi para energia até outubro O nível de desembolso
do BNDES para a área de energia elétrica caiu 44% entre janeiro e outubro,
na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo boletim de
desempenho divulgado nesta sexta-feira (18/11) pela instituição, o volume
liberado este ano ficou em R$ 3,407 milhões, contra R$ 4,906 bilhões desembolsados
nos dez primeiros meses de 2004. Em contrapartida, o montante de aprovações
cresceu 12%, passando de R$ 3,553 bilhões, de janeiro a outubro do ano
passado, para R$ 4,038 bilhões em igual período. No total, o total desembolsado
pelo BNDES nos dez meses este ano atingiu R$ 33,896 bilhões, sendo R$
12,706 bilhões para o setor de infra-estrutura. (Canal Energia - 18.11.2005)
2 Projeto de lei prevê retirada de empresas do SE do sistema não-cumulativo de PIS/Cofins O projeto de
lei 6063/05, do deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), que retira as empresas
do setor elétrico do sistema não-cumulativo de contribuição para o PIS/Pasep
e Cofins, está em tramitação no Congresso Nacional. O projeto prevê que
toda a cadeia produtiva do setor volta a ser enquadrada no regime de contribuição
anterior. Dessa forma, as alíquotas dessas contribuições poderão incidir
mais de uma vez ao longo do processo de produção de energia. Se a proposta
for aprovada, as empresas do setor elétrico voltarão a ser enquadradas
nas regras de tributação anteriores, voltando a pagar, cumulativamente,
alíquotas de 3% para a Cofins e 0,65% para PIS/Pasep. A proposta tramita
em caráter conclusivo pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças
e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Canal Energia
- 18.11.2005) 3 CBIEE: Tributos podem encarecer conta de luz Segundo a CBIEE,
em 2005, o peso dos tributos na conta de luz poderá subir de 44% para
51,6%. Isso, explica a entidade, se forem aprovadas no Congresso a unificação
da alíquota de ICMS e a mudança na base de cobrança do INSS - que deixará
de ser sobre a folha de pagamento das empresas e passará a ser sobre a
receita. A CBIEE, segundo o executivo, vem tentando trazer a redução tributária
na conta de luz às discussões no Congresso e no próprio governo. Os tributos
elevados inibem o investimento, porque deixam pouca margem para ganhos
das distribuidoras. Lobby à parte, o aumento da carga tributária para
o setor prejudica mesmo é o consumidor final, ao tornar a conta mais cara.
O problema é que o governo não quer perder essa eficiente forma de arrecadação,
já que a conta de luz chega a 97% dos brasileiros. (Elétrica - 18.11.2005)
4 Faltam verbas para a eclusa de Tucuruí 5 Problemas não interferem na ampliação de Tucuruí Os problemas
na construção das eclusas não interferem na ampliação da hidrelétrica
de Tucuruí. O diretor financeiro da Eletronorte disse que o cronograma
das obras de expansão da hidrelétrica está em dia e a usina deverá ser
concluída até o fim de 2006. Serão investidos na hidrelétrica de R$ 400
milhões a R$ 500 milhões até o próximo ano. Santos comentou ainda que
a hidrovia poderia não se restringir a escoar a produção de grãos mas
também tornar-se uma alternativa mais barata de transporte para mineradoras
e siderúrgicas, como Usipar, Cosipar e até a Vale do Rio Doce. Segundo
o diretor do DNIT, as duas primeiras estariam dispostas a usar a hidrovia
mesmo antes da conclusão das eclusas para transportar seus produtos. (Valor
Econômico - 21.11.2005)
Empresas 1 Emae fecha terceiro trimestre com prejuízo de R$ 3,3 mi A Emae apresentou
prejuízo líquido de R$ 3,311 milhões no terceiro trimestre. O resultado
é inferior ao lucro líquido de R$ 8,678 milhões verificado em igual período
de 2004. No acumulado do ano, o prejuízo líquido foi de R$ 44,691 milhões,
contra lucro líquido de R$ 4,351 milhões no período homólogo de 2004.
A receita bruta no trimestre ficou em R$ 57,088 milhões, ante receita
de R$ 64,651 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida
da Emae no período julho-setembro ficou em R$ 54,744 milhões, contra R$
60,968 milhões do mesmo trimestre do ano passado. As despesas financeiras
ficaram em R$ 965 mil no terceiro trimestre do ano, contra R$ 837 mil
no mesmo período do ano passado. (Canal Energia - 18.11.2005) 2 Eletropaulo diz que Prefeitura deve R$ 22,5 milhões em contas de luz A Eletropaulo divulgou que a Prefeitura de São Paulo deve R$ 22,5 milhões em contas de luz não pagas entre os meses de janeiro e outubro deste ano. Segundo a Eletropaulo, a administração municipal acumula 4.264 contas não pagas só neste ano. Estes valores foram enviados ontem ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), no pedido de reconsideração (recurso) da decisão que impediu a Eletropaulo de suspender o fornecimento de energia elétrica a órgãos públicos do município de São Paulo. A Prefeitura, porém, contesta a dívida e diz que as contas estão sendo pagas em dia. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a Eletropaulo contabiliza no total da dívida contas de dezembro de 2004 que venceram em janeiro e contas de outubro deste ano que vencem este mês e que, por isso, podem não ter sido pagas ainda. Segundo a gestão Serra, a dívida cai para algo em torno de R$ 4,4 milhões. (Elétrica - 18.11.2005) 3 Fator: venda da Light será indicativo para aquisições futuras Comentando o
interesse de um número bastante expressivo de compradores para a Light,
a Fator Corretora publicou um novo relatório. Os analistas acreditam que
o mercado de distribuição vai passar por um processo de consolidação onde
muitas outras empresas serão colocadas à venda, sendo que negociação da
Light se apresentaria apenas como um primeiro indicativo e balizador de
preços para futuras aquisições. Os analistas acreditam que distribuidoras
localizadas no interior de São Paulo e outras na região norte serão colocadas
à venda, sendo que privatizações não estão descartadas. No caso da Light,
mesmo com muitos interessados, os analistas esperam ofertas com preços
limitados, devido ao alto risco do negócio. A Light enfrenta uma série
perdas operacionais, situação difícil de resolver, segundo os analistas.
(Elétrica - 18.11.2005) 4 Pactual: potencial aquisição da Light não deve
prejudicar a Cemig 5 Cemig organiza leilão para venda de 86,5 MW médios A Cemig realiza
no dia 24 de novembro leilão para venda de energia elétrica. A empresa
vai ofertar 86,5 MW médios, divididos em cinco lotes com início de fornecimento
em 1° de dezembro de 2005 e término em 31 de dezembro de 2009. Os contratos
terão uma faixa de "take or pay" mensal de 90%, e níveis diferenciados
de ampliação e redução de fornecimento. Os prazos dos contratos poderão
ser prorrogados até 2019. O prazo para envio das propostas vai até o dia
23 de novembro, pelos potenciais compradores. O resultado do leilão será
divulgado pela Cemig no dia 25. (Canal Energia - 18.11.2005) 6 Cteep vai investir R$ 94,1 mi no reforço de rede no Vale do Paraíba do Sul A Cteep vai
investir R$ 94,1 milhões na implantação de reforços em instalações da
rede básica do sistema interligado, para atender a região do Vale do Paraíba
do Sul, em São Paulo. Segundo a Aneel, os reforços estão previstos no
Programa de Ampliações e Reforços 2005/2007 e no Programa Determinativo
da Expansão da Transmissão 2004/2007, e permitirão uma receita anual permitida
de R$ 10,8 milhões para a transmissora nos primeiros 15 anos da prestação
do serviço. Nos 15 anos subseqüentes, a receita será reduzida à metade.
Os novos equipamentos, segundo a Aneel, têm previsão de entrada em operaçaõ
comercial entre março de 2007 e agosto de 2008. (Canal Energia - 18.11.2005)
No pregão do
dia 18-11-2005, o IBOVESPA fechou a 31.102,37 pontos, representando uma
alta de 0,05% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,07
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,51%,
fechando a 9.465,63 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 61,2
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 39,10 ON e R$ 38,90 PNB, baixa de 0,76% e 1,04%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 9,6 milhões as ON e R$ 16,5 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 32% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 21-11-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,50 as ações ON, alta de 1,02%
em relação ao dia anterior e R$ 39,30 as ações PNB, alta de 1,03% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 21.11.2005) A Eletronorte investirá R$ 9,524 milhões no programa de pesquisa e desenvolvimento relativo ao ciclo 2004/2005. O programa foi aprovado pela Aneel, que estabeleceu ainda um percentual de 0,009% da receita operacional líquida que deve ser acrescido ao seu programa de P&D relativo ao ciclo 2005/2006. (Canal Energia - 18.11.2005)
Leilões 1 Abrate: deságio de leilão de LTs superou expectativas O presidente
da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia
Elétrica, José Cláudio Cardoso, disse que o leilão de linhas de transmissão
superou todas as expectativas feitas pela entidade. Antes do leilão, Cardoso
estimava deságio médio pouco superior a 20%, enquanto o percentual ficou
em 43,32% ao fim da licitação. Na visão do executivo, os lotes com maior
disputa foram os pertencentes à interligações inter-regionais, conforme
previsto pela associação. Para ele, a disputa das estatais em consórcio
com empresas privadas tem se mostrado uma saída adequada para atender
à necessidade de expansão das linhas, uma vez que os grupos reúnem a infra-estrutura
das estatais com a agilidade dos agentes privados na contratação de serviços
e aquisição de material. (Canal Energia - 18.11.2005) 2 Leilão de energia nova: lista com empresas credenciadas será divulgada no dia 22 de novembro A Aneel divulga na terça-feira, 22 de novembro, a lista das empresas credenciadas para participar do leilão de energia nova. O cronograma estabelece o dia 14 de dezembro como data para a entrega da garantia de proposta e das garantias financeiras. Na semana passada, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, recebeu a documentação de 145 empresas interessadas no credenciamento. (Canal Energia - 18.11.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Usina embargada pode evitar apagão no DF A dependência
quase que absoluta do Distrito Federal de fontes externas de energia elétrica
já poderia ter chegado ao fim, com a inauguração da Usina Hidrelétrica
de Corumbá I, que destinará exclusivamente ao DF 127 MW/mês de energia.
Mas a entrada em operação da usina está esbarrarando em exigências ambientais.
Para a hidrelétrica começar a operar, falta uma última licença ambiental.
Mas não há sinais de que o Ibama liberará o empreendimento nas próximas
semanas. A concessionária, a Corumbá Concessões, alega que todas as cláusulas
do licenciamento foram cumpridas. Para o Ibama, há pendências importantes,
como a falta de um plano de maneja para a mão-de-obra rural que trabalhava
na área alagada para a construção da usina. De acordo com o contrato firmado
com a Corumbá e a Aneel, Corumbá IV já deveria estar suprindo o DF com
eletricidade desde 30 de setembro. Com capacidade instalada para gerar
15% da energia consumida no DF, Corumbá IV reduziria significativamente
a dependência do sistema Furnas, fonte de mais de 99% do consumo. (Jornal
do Commercio - 21.11.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 19/11/2005 a 25/11/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Consultoria estima necessidade de 32 milhões de m3 de gás adicionais no Brasil O suprimento de gás natural para a indústria e para atender as termelétricas a plena capacidade, que parecia abundante e com "sobra" de gás boliviano há dois anos, agora é incerto. Isso devido ao crescimento do consumo e à indefinição quanto à origem do gás adicional. O Brasil consome atualmente cerca de 40 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, excluído o consumo próprio da Petrobras. Pelos cálculos do consultor Marco Aurélio Tavares, ex-diretor da Repsol e hoje sócio da consultoria Gas Energy, o país vai precisar, a partir de 2008, de 32 milhões de metros cúbicos adicionais de gás por dia para que as térmicas tenham 100% da suas necessidades atendidas, caso sejam todas ligadas. Isso considerando também que o mercado industrial cresça a uma média de 12% ao ano. "Sem esse aumento da oferta, o Brasil terá de fazer restrição da demanda", avalia Tavares. Ele calcula que, em 2008, serão necessários pelo menos 10 milhões de metros cúbicos de gás da bacia de Santos, mais 15 milhões de metros cúbicos da Bolívia e 7 milhões de metros cúbicos da Argentina. Os planos da Petrobras projetam apenas 16 milhões de metros cúbicos de oferta nova, volume considerado insuficiente caso as previsões mais pessimistas se confirmem. (Valor Econômico - 21.11.2005) 2 Rondeau: fontes de energia exclusivamente a gás só quando houver regaseificação O ministro de
Minas e Energia, Silas Rondeau, ainda não está convencido se o gás é a
fonte de energia com vocação melhor para gerar energia que dê segurança
ao sistema. "Eu, particularmente, defendo as fontes (de energia) exclusivamente
a gás somente quando se tiver regaseificação (conversão de GNL) no Brasil",
disse Rondeau. E já defende um projeto de importação de gás natural liquefeito
(GNL) para o país, de modo que se possa suprir a deficiência de gás natural
no Nordeste. (Valor Econômico - 21.11.2005) 3 TBG finaliza estudos para ampliação do Gasbol A Transportadora
Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) concluiu os planos para ampliação
da capacidade do duto, que transporta gás importado da Bolívia e que está
atingindo sua plena capacidade. A empresa estima que deverá atingir a
capacidade plena em 2006. O diretor-superintendente da TBG, José Zonis,
apresentou a investidores as opções de ampliação do gasoduto, durante
um seminário nos Estados Unidos, na semana passada. O estudo fez várias
simulações de ampliação e custos. O trecho até São Paulo pode ser ampliado
de 4 milhões de metros cúbicos a 12 milhões de metros cúbicos. O custo
poderia variar de US$ 225 milhões até US$ 985 milhões. O trecho que leva
gás para a região Sul pode ser ampliado entre 2,3 milhões e quatro milhões
de metros cúbicos ou apenas ser feita a reversão. O processo de reversão
teria o objetivo de usar a atual rede para trazer gás da Argentina para
o Brasil. Para as obras o TBG estima investimentos entre US$ 89 milhões
a US$ 489 milhões. Segundo Zonis, o desenho final da obra vai depender
do resultado do concurso aberto pela ANP. (Valor Econômico - 21.11.2005)
4 Petrobras aguarda definição de regras contratuais para exploração de gás natural boliviano A Petrobras
ainda não foi informada pelo governo boliviano sobre as novas regras contratuais
para a exploração de gás natural naquele país. O prazo para que a empresa
assine o contrato termina nesta semana. "Quais são as regras? Estamos
dispostos, vamos fazer a migração, mas precisamos antes ver quais serão
os contratos", disse o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Ele
admitiu que isso aumenta o grau de incerteza, "Mas estamos lá e vamos
continuar lá", disse. "A Bolívia é importante para o Brasil e o Brasil
é importante para a Bolívia", afirmou Gabrielli. (A Noíticia - 21.11.2005)
5 Morales quer Petrobras como sócia na Bolívia O líder cocaleiro e candidato à Presidência que lidera as pesquisas de intenção de voto na Bolívia, Evo Morales, disse ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que quer a Petrobras como "o irmão mais velho" das empresas de energia bolivianas, segundo afirmou ao deixar o Palácio do Planalto, depois de se reunir por quase duas horas com o presidente. "Vamos exercer o direito de propriedade se ganharmos as eleições, mas isso não significa confiscar ou expropriar os bens das empresas petrolíferas. Nós necessitamos de sócios e não de donos ou patrões. Queremos contratos com princípios de equilíbrio", disse Morales. Na Bolívia, Morales age em defesa da nacionalização dos hidrocarbonetos. A aprovação da Lei de Hidrocarbonetos em maio gerou um clima de insegurança em relação aos contratos privados das empresas petrolíferas. A lei criou um imposto de 32% sobre a exploração de gás e de petróleo e transferiu a gestão do negócio para o Estado (Folha de São Paulo - 19.11.2005)
Grandes Consumidores A produção brasileira
de alumínio primário atingiu 130,5 mil toneladas no mês de outubro, um
crescimento de 4,6% em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo
a Abal. Entre os meses de janeiro a outubro, a produção cresceu 2,3% e
alcançou 1,239 milhão de toneladas. (Gazeta Mercantil - 21.11.2005) 2 Vale: ação reflete alta de minério de ferro Os maiores destaques
na Vale do Rio Doce foram os comentários otimistas sobre o setor de minério
de ferro e o maior investimento para este ano, de cerca US$ 5 bilhões.
Há um consenso de alta nos preços do minério de ferro em 2006. O Merrill
acredita que a ação da Vale reflete a alta de cerca 10% nos preços do
minério de ferro e que há potencial de alta além desse percentual, pois
o preço à vista está US$ 18 por tonelada maior do que o contrato. No próximo
mês, começam as negociações entre siderúrgicas e mineradoras para a fixação
dos preços do minério de ferro em 2006. Declarações de representantes
do setor siderúrgico contrárias a novo aumento para o minério indica que
o diálogo entre as partes não será fácil. Porém, como a demanda pelo produto
continua aquecida e os preços no mercado livre estão em patamar bem superior
aos contratos atuais, os analistas estimam alta de 10% para o insumo no
próximo ano. (Superávit - 21.11.2005)
Economia Brasileira 1 Desembolsos crescem 6% e atingem R$ 33,9 bilhões O BNDES ampliou em 44% o número de aprovações de financiamentos entre janeiro e outubro deste ano, devido principalmente à indústria. No período, foi registrado um salto de R$ 29,5 bilhões para R$ 42,4 bilhões do total de projetos aprovados, o que, segundo a diretoria da instituição, sinaliza uma perspectiva de maiores desembolsos no futuro. Nos primeiros dez meses deste ano, os desembolsos somaram R$ 33,9 bilhões, resultado 6% maior do que os R$ 31,9 bilhões de igual período do ano passado. Foram aprovados, no período, R$ 23,1 bilhões em financiamentos para a indústria, um volume 123% superior aos R$ 10,4 bilhões dos dez primeiros meses de 2004. Essa mesma indústria foi responsável por desembolsos de R$ 15,9 bilhões no mesmo período, 41% acima do valor de igual intervalo de 2004, quando totalizaram R$ 11,3 bilhões. (Gazeta Mercantil - 21.11.2005) 2 IGP-M tem alta de 0,25% na segunda prévia de novembro O IGP-M registrou inflação de 0,25% no segundo decêndio de novembro. Em outubro, a segunda prévia do índice calculado pela FGV havia indicado elevação de 0,61%. O IGP-M acumula 1,07% de alta no ano e de 1,81% nos últimos 12 meses. Na segunda parcial de novembro, o IPA avançou 0,20%. O IPC marcou inflação de 0,38% na segunda medição de novembro, contra alta de 0,43% em igual período de outubro. O INCC subiu 0,32%. Na segunda apuração de outubro, este indicador tinha tido avanço de 0,31%. (Valor Econômico - 21.11.2005) 3 Balança registra superávit de US$ 924 milhões na terceira semana
de novembro 4 Superávit comercial acumulado no ano soma US$ 39,102 bilhões A balança comercial
acumula no ano superávit de US$ 39,102 bilhões. No período, as exportações
somam US$ 103,501 bilhões e as importações, US$ 64,399 bilhões. As informações
são Secex. Na primeira semana de novembro, o saldo foi positivo em US$
889 milhões e, na segunda, em US$ 939 milhões. Na terceira semana, o superávit
foi de US$ 924 milhões. (Valor Econômico - 21.11.2005) 5 Mercado projeta IPCA de 5,53% para 2005, mas reduz previsão para 2006 a 4,55%, aponta Focus O mercado financeiro
manteve praticamente estável sua projeção para o índice oficial de inflação
de 2005. De acordo com o mais recente relatório de mercado, feito pelo
Banco Central na semana passada, a projeção agora é de IPCA de 5,53% neste
ano, 0,01 ponto acima dos 5,52% previstos na semana retrasada. De qualquer
forma, foi a terceira semana seguida de elevação na perspectiva. A mediana
das expectativas para o IPCA de 2006, porém, caiu de 4,60% para 4,55%.
De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a
instituições financeiras, a previsão para o IGP-DI de 2005 passou de 1,54%
para 1,49% e, no IGP-M, caiu de 1,51% para 1,49%. Para o IPC da Fipe,
a mediana das expectativas dos analistas foi de 4,75% para 4,76%. A expectativa
dos analistas para o IPCA de novembro subiu de 0,39% para 0,40% e a do
IPC da Fipe continuou em 0,40%. No IGP-DI, a estimativa baixou de 0,30%
para 0,29% e, no IGP-M, de 0,32% para 0,30%. Para o mês de dezembro, a
mediana das expectativas para o IPCA caiu de 0,38% para 0,37%. No IGP-DI,
foi de 0,40% para 0,35% e, no IGP-M, desceu de 0,37% para 0,35%. No IPC
da Fipe, passou de 0,41% para 0,40%. (Valor Econômico - 21.11.2005) 6 Analistas reduzem estimativa de crescimento do PIB em 2005 para 3,09% O mercado financeiro baixou a projeção para o crescimento da economia em 2005. A mediana das expectativas aponta crescimento de 3,09% para o PIB neste ano, contra 3,20% na pesquisa da semana anterior. É a terceira semana consecutiva de queda nessa previsão. Para 2006, a estimativa média continua em 3,50%, há 29 semanas. Os dados constam do relatório de mercado pesquisado semanalmente pelo Banco Central junto a instituições financeiras. Os analistas elevaram ligeiramente a estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano de US$ 42,02 bilhões para US$ 42,40 bilhões e aumentaram a de 2006 de US$ 35 bilhões para US$ 35,2 bilhões. A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 permaneceu em US$ 16 bilhões e, para 2006, passou de US$ 15,95 bilhões para US$ 16 bilhões. A projeção média dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005 ficou em superávit de US$ 13 bilhões. Para 2006, espera-se superávit de US$ 6,30 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 3,69% em 2005 e de 4,50% em 2006. (Valor Econômico - 21.11.2005) 7 Mercado prevê corte de 0,5 ponto na Selic em novembro e dezembro
8 S&P: Brasil está menos vulnerável a crises O Brasil está
menos vulnerável a crises, disse a Standard & Poor's. Ainda assim, alerta
a agência de classificação de risco, o país continua com indicadores fiscais
e externos que limitam a possibilidade de melhora nas notas de classificação
dos papéis brasileiros. Na semana passada, a agência anunciou que colocou
os papéis brasileiros em perspectiva positiva. Ou seja, mantido o cenário
de melhora atual, a tendência seria elevar a nota atribuída aos títulos
do governo brasileiro. O movimento não é garantia de elevação da nota,
ou "upgrade", no jargão do mercado financeiro, mas, diz a S&P, em 73%
dos casos a perspectiva positiva acaba levando a ela. Pelo menos, dizem
os analistas, é esse o histórico até agora. Em média, ressalta o relatório,
a mudança de nota demora um ano e três meses. A perspectiva positiva foi
adotada tanto pela melhora no desempenho macroeconômico brasileiro como
pela manutenção da política fiscal apertada, ou seja, dos superávits primários
elevados. (Folha de São Paulo - 19.11.2005) 9 IGP-10 demonstra que inflação já desacelera A inflação medida
pelo IGP-10 desacelerou para 0,35% em novembro, após registrar alta de
0,48% em outubro, segundo dados divulgados ontem pela FGV. Os preços no
atacado foram os principais responsáveis pela desaceleração da inflação
no período. O IPA reduziu o ritmo de alta de 0,57% para 0,33% entre outubro
e novembro, por conta principalmente dos produtos industrializados, que
passaram de 1,42% para 0,16% na mesma comparação. Já o IPC acelerou de
0,33% para 0,43% no período, "puxado" pelos alimentos, que saíram de uma
deflação de 0,69%, em outubro, para inflação de 0,66%, em novembro. No
acumulado do ano, o IGP-10 aponta inflação de 1,41% e, em 12 meses, de
2,19%. Os IGPs voltaram a registrar inflação em outubro, após cinco meses
consecutivos de queda. Puxado por combustíveis, carnes e produtos agrícolas,
o IGP-M subiu 0,60% no mês passado. Já o IGP-DI registrou variação positiva
de 0,63% no mesmo período. E a primeira prévia deste mês apresentou alta
de 0,16%%. (Folha Online - 19.11.2005) O dólar à vista
opera em baixa moderada nesta segunda-feira, refletindo os ingressos de
recursos ao país via exportações. Às 12h28m, a moeda americana subia 0,63%,
cotada por R$ 2,213 na compra e R$ 2,215 na venda. Na sexta, o dólar comercial
terminou com alta de 1,78%, comprado a R$ 2,2280 e vendido a R$ 2,23.
A divisa encerrou a semana somando alta de 3,04%. (O Globo Online e Valor
Online - 21.11.2005)
Internacional 1 CNMV autoriza Gás Natural a reduzir oferta de compra da Endesa O agente regulador
do mercado espanhol de ações (CNMV) anunciou nesta sexta-feira (18/11)
que permitirá que a Gas Natural reduza sua oferta de compra da concorrente
Endesa, se esta pagar dividendos extraordinários provenientes da venda
de sua participação no setor de telecomunicações. A oferta da Gas Natural
vale 21,7 bilhões de euros (US$ 25,4 bilhões), depois que as ações da
empresa de gás subiram 0,9% na sexta-feira, alcançando 23,07 euros. O
presidente da CNMV, Manuel Conthe, disse que ajuste na oferta poderá ser
feito apenas se os dividendos extraordinários forem pagos antes do fechamento
da proposta. A CNMV suspendeu os negócios com ações da Endesa na quinta-feira
(17/11), depois que a companhia divulgou política de dividendos que, segundo
o agente regulador, necessitava de esclarecimento. (Jornal do Commercio
- 20.11.2005) 2 Lançamento de ações recorde na França A EDF lançará
hoje ações na Bolsa de Valores de Paris, dando início à sua privatização
parcial, na maior oferta pública já realizada no mercado francês. Com
a operação, a EDF vai arrecadar 7 bilhões de euros. O governo francês
manterá 86,2% da companhia, sendo que 11,7% serão vendidos a investidores
privados e 2,1% ficarão com funcionários da EDF. As ações da EDF serão
vendidas a um preço de 33 euros por papel, o que dá à empresa um valor
de mercado de 55 bilhões de euros - o maior do setor elétrico europeu.
Mais de cinco milhões de investidores se inscreveram para participar da
oferta pública. Com isso, a operação supera o recorde anterior, alcançado
pela France Telecom em 1997, quando a empresa abriu seu capital e vendeu
ações a 3,9 milhões de investidores, em outra privatização parcial realizada
pelo governo francês. No Brasil, a EDF detém o controle da Light e há
um mês anunciou que pretende vender parcialmente ou por completo sua participação
na distribuidora fluminense. (O Globo - 21.11.2005) 3 Conselheiro de Blair sugere expansão da geração de energia nuclear David Kling, o principal conselheiro do premier britânico, Tony Blair, para temas científicos, afirmou que o primeiro-ministro deveria autorizar o aumento da geração de energia nuclear para ajudar a conter as mudanças climáticas. King rejeitou as suposições de que Blair estivesse abandonando a idéia de metas para a emissão dos gases do efeito estufa. "Temos que tomar uma decisão muito rapidamente, e eu acho que o importante aqui é dar a luz verde às prestadoras de serviços para dar-lhe a energia nuclear como uma opção", afirmou King. Todas as usinas nucleares do Reino Unido, exceto uma, estão previstas para fechar em 2023. O governo está prestes a publicar novos planos sobre como reduzir uso de eletricidade e combustível em 2006. O declínio de energia nuclear coloca em risco os esforços para cortar os gases do efeito estufa, afirmou King. A energia nuclear vai contribuir com 4% da energia que o Reino Unido vai precisar em 2010, sem novos reatores, acrescentou ele. Hoje, segundo King, esse percentual é 21%. (Jornal do Commercio - 21.11.2005) 4 Enel pretende converter usinas elétricas para utilização de carvão
5 Parlamento promete represálias se Irã for ao Conselho de Segurança O Parlamento
iraniano aprovou, no dia 20 de novembro, em primeira instância, uma lei
segundo a qual o país poderá recusar o controle de suas atividades nucleares
e retomar o enriquecimento de urânio se a questão nuclear for enviada
ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Trata-se
de uma ameaça direta de represália, no momento em que a AIEA (Agência
Internacional da Energia Atômica) se prepara para analisar novamente a
questão iraniana. (Diário do Grande ABC - 20.11.2005)
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