l IFE:
nº 1.689
- 01
de novembro
de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo O Instituto
de Economia da UFRJ lança hoje, dia 1 de novembro, no Palácio do Museu
do Catete, o livro "Séries Econômica e Financeira das Empresas do Setor
Elétrica 2005" de autoria do Prof. Nivalde J. de Castro e Patricia de
Salles Vance. O "Séries 2005", que conta com o apoio da Diretoria Financeira
da Eletrobrás, está estruturado em três partes. Na primeira é apresentada
uma síntese dos principais fatos que afetaram o setor elétrico em 2004.
Na segunda parte, é apresentada uma análise comparativa entre as empresas
do setor, a partir de indicadores operacionais e econômico-financeiros
selecionados. Na terceira parte, e mais importante, estão reunidas as
análises econômico-financeiras de cada uma das 91 empresas, utilizando-se
uma metodologia comum o que resulta na apresentação das mesmas tabelas
para todas as empresas. (NUCA-IE-UFRJ - 01.11.2005) A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terras com 1,12 hectares no município de Brasnorte, do Mato Grosso, necessárias às obras de desvio do rio para a implantação do reservatório da PCH Sacre 2. A declaração favorece a empresa Heber Participações Ltda., responsável pelo empreendimento. A PCH terá 30 MW de potência e entrará em operação comercial em julho de 2006. (Aneel - 27.10.2005) O governo do Ceará vai garantir, por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), incentivos para implantação de empresas fornecedoras de equipamentos e de projetos de geração de energia eólica. O decreto 27.951/2005 contempla diferimento de 75% do ICMS por 3 anos ao fabricante de equipamentos. Este, por sua vez, deverá repassar o benefício ao empreendedor do parque. (Elétrica - 31.10.2005) A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul, por meio de convênio com a Aneel, fiscaliza a implantação e operação de geradoras no estado. As inspeções são feitas regularmente nos empreendimentos que estão em fase de outorga, construção ou ampliação e os já em operação. A fiscalização compreende todas as categorias de geração. (Elétrica - 31.10.2005)
Empresas 1 Roubo de produtos feitos de cobre triplica e afeta distribuidoras de energia A alta no
preço do cobre, que chegou a US$ 4 mil a tonelada, está impulsionando
o roubo de produtos feitos com o metal, como cabos, trefilados e laminados.
Em setembro, os casos de roubo triplicaram em relação ao mês anterior,
passando de 30 para 109 toneladas, o que equivale a R$ 1,6 milhão, de
acordo com o Sindicel (sindicato que reúne os fabricantes em São Paulo).
No acumulado do ano até setembro, foram roubadas 708 toneladas, mais que
o dobro do volume registrado ao longo de 2004, com 290 toneladas. Para
o presidente do Sindicel, Sérgio Aredes, a explicação é a escalada nos
preços. Em 2004, o preço médio foi de US$ 2.866 a tonelada, enquanto a
média de 2005 até setembro foi de US$ 3.470 a tonelada. As distribuidoras
de energia elétrica, que têm condutores de cobre instalados em suas redes,
também são alvo de criminosos, o que muitas vezes gera curto-circuitos.
(Valor Econômico - 01.11.2005) 2 Cemig vai comprar 5 empresas de energia O conselho de administração da Cemig decidiu comprar cinco empresas privadas de transmissão de energia elétrica pertencentes à Schain Engenharia: Amazonense, Paraense, Catarinense, Norte e Regional. Bancos de investimentos foram contratados pela estatal para auxiliá-la na compra das distribuidoras de energia em possível associação com fundos de pensão. O valor da transação só será conhecido após a avaliação das empresas da Schain. A nova decisão de expansão da Cemig no setor privado de energia coincide com a viagem do governador Aécio Neves à Europa, justamente para entrar em contato com investidores interessados em se associar à estatal para a compra da Light, a empresa de energia elétrica que atende o estado do Rio de Janeiro. O conselho da Cemig ainda autorizou a distribuição de parcelas do lucro aos acionistas no valor de R$ 195 milhões sob forma de juros sobre capital próprio. (Superávit - 1.11.2005) 3 CPFL vence ação contra município inadimplente A CPFL derrubou
no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) uma ação civil pública que
pretendia obrigar a ampliação da rede de iluminação pública, com a instalação
de novos pontos, no município de Colina, interior de São Paulo, que, segundo
os advogados da CPFL, está em dívida com a distribuidora. A decisão se
alinha à tendência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de favorecer
as concessionárias de energia na disputa com o poder público inadimplente
e contraria decisões recentes do próprio TJSP, que entende que, por ser
um serviço essencial, a iluminação pública não pode ser interrompida.
De acordo com a argumentação do advogado Alexandre Pedroso, que defende
a CPFL, a continuidade da prestação do serviço não é sinônimo da instalação
de novos pontos. (Valor Econômico - 01.11.2005) 4
Light aprova desverticalização em assembléia de acionistas 5 TRF proíbe Light de suspender o fornecimento de energia do INSS A Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região confirmou
uma sentença da Justiça Federal do Rio que proibiu a Light de suspender
o fornecimento de energia para as agências do INSS no Estado do Rio. O
argumento foi a de que uma concessionária de energia não pode cortar a
luz de um órgão de prestação serviço essencial. A agência do INSS de Itaguaí,
que estava inadimplente, corria risco de ter a luz cortada. (Valor Econômico
- 01.11.2005) 6 Aneel conclui revisão tarifária de Manaus Energia e Boa Vista Energia A Aneel
concluiu a revisão tarifária da Manaus Energia e da Boa Vista Energia,
às quais foram autorizadas a aplicação de reajustes de 19,07% e 6,01%,
respectivamente, a partir desta terça-feira. Para os consumidores de baixa
tensão, o aumento será de 11,10% em Manaus e de 2,92% em Boa Vista. Já
a alta tensão terá reajuste de 25,64% para o grupo A3 e de 19,80% para
o A4 na capital amazonense, e de 7,15% para A4 na capital de Roraima.
(Canal Energia - 31.10.2005) 7 Copel registra aumento de 3,3% no consumo de energia até setembro A Copel
registrou aumento de 3,3% no consumo de energia entre os meses de janeiro
e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo a estatal, as classes residencial, comercial e rural apresentaram
crescimento de 4,1%, 6,7% e 6,2%, respectivamente, também no período janeiro-setembro,
frente aos nove primeiros meses de 2004. (Canal Energia - 31.10.2005)
8 Manaus Energia investirá R$ 170 mi A partir de investimentos em torno de US$ 170 milhões, a Manaus Energia irá inaugurar, no próximo ano, as usinas de distribuição energética, Jaraqui e Tambaqui, e as subestações de Marapatá e Redenção. As duas inaugurações previstas para janeiro irão resultar em um potencial efetivo de acréscimo em 120 MW de energia e as subestações que serão concluídas em setembro irão disponibilizar a oferta de mais 100 MW. (Elétrica - 31.10.2005) 9 Cteep investe R$ 65 mi em modernização do sistema O procedimento de teleproteção, que desliga ao mesmo tempo as duas pontas da uma linha em caso de falha no sistema de transmissão é realizado desde a década de 1970 por concessionárias de transmissão. No entanto, as companhias com ativos mais antigos, como a Cteep, muitas vezes ainda trabalham com processos analógicos, que devem agora passar por programas de modernização, segundo indicação dos procedimentos padrão da rede, estabelecidos pela Aneel e pelo ONS. A estatal paulista trocará cerca de 400 equipamentos, o que exigirá um investimento de aproximadamente R$ 65 milhões. O programa, definido em 2000, começou a ser implementado em 2003 e deve ser concluído em mais quatro anos. Até agora, foram implementados cerca de 150 equipamentos e já está em andamento a terceira etapa do projeto, que vai resultar na instalação de cerca de 115 equipamentos, em 25 subestações de 440 kV e 230 kV. Embora a companhia esteja passando pelo processo de preparação para a privatização da companhia, o diretor técnico da Cteep, Celso Cerchiari, garante que os investimentos programados devem manter o cronograma. (Gazeta Mercantil - 1.11.2005) 10 Coelce aplicará R$ 7,5 mi em eficiência Os investimentos
da Coelce no Programa de Eficiência Energética incluem treinamento em
escolas estaduais e municipais, aumento da racionalização com substituição
de aparelhos de ar-condicionado e lâmpadas e modernização de centrais
elétricas e pontos de iluminação de órgãos públicos. A Coelce irá investir,
em 2006, R$ 7,5 milhões no programa. (Elétrica - 31.10.2005) 11 Neoenergia negocia parceria com Cemig para leilão de energia nova A Neoenergia, joint entre a Iberdrola e o Banco do Brasil, está negociando parceria com a Cemig para o leilão de energia nova de dezembro. A Neoenergia, ao lado da CPFL Energia, é um dos veículos prioritários da Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, cuja direção é de maioria petista, para o leilão. A geografia e a rentabilidade, no caso, são a alma do negócio e, como tal, pesam mais do que a política. Com a escalada nas tarifas de transmissão, acordos entre empresas de estados limítrofes, como Minas Gerais e Bahia, por exemplo, tendem a se tornar freqüentes e promissores. (Jornal do Commercio - 01.11.2005) 12 Leilão da Eletronorte arrecada mais de R$ 600 mil no Pará A Regional
de Transmissão do Pará da Eletronorte arrecadou mais de R$ 600 mil no
leilão realizado no sábado na antiga subestação do Tapanã para comercializar
bens que não são mais utilizados pela Empresa. Com lances mínimos entre
R$ 250,00 e R$ 18 mil, foram vendidos os 65 lotes, que incluíam produtos
como sucatas, materiais de escritório, automóveis e cabos de cobre e de
telefone. (Eletronorte - 31.10.2005) 13 Eletropaulo e LG.Philips vão à Justiça Fabricante
de tubos para TV e monitores de computador, a LG.Philips quer encerrar
o contrato de fornecimento de energia elétrica com a Eletropaulo e comprar
no mercado livre. A LG.Philips acredita que a data de vencimento do contrato
é hoje e calcula que economizaria até R$ 240 mil por mês se passasse a
ser consumidora livre de energia. Mas não é o que pensa a distribuidora:
para a Eletropaulo, o contrato vai até 31 de outubro de 2007 e foi renovado
em 2004. A briga já foi parar na Justiça. A fábrica da LG.Philips pagou
quase R$ 900 mil de energia em setembro. A empresa alega que está sendo
prejudicada pela Eletropaulo, que se recusaria a fornecer documentos para
que possa migrar para o mercado livre. A Eletropaulo calcula os custos
da rescisão contratual em até R$ 3 milhões. (APMPE - 01.11.2005) No pregão
do dia 31-10-2005, o IBOVESPA fechou a 30.193,51 pontos, representando
uma alta de 2,99% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,47
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,86%,
fechando a 9.281,54 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 110,8
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 39,40 ON e R$ 38,90 PNB, alta de 1,29% e 1,04% respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 12,2 milhões as ON e R$ 40,1 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 38% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 01-11-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,30 as ações ON, baixa de 0,25%
em relação ao dia anterior e R$ 39,03 as ações PNB, alta de 0,33% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 01.11.2005) A Cemig
Distribuição S.A foi a grande vencedora do ciclo 2005 do Prêmio Mineiro
da Qualidade. A companhia estatal ainda recebeu o Troféu Prêmio Mineiro
da Qualidade pelo seu destacado desempenho dentre as classificadas. (Hoje
em Dia - 1.11.2005)
Leilões 1 MME consegue liberar sexta usina para leilão de energia nova O MME obteve
ontem licença ambiental prévia para mais uma das 13 usinas hidrelétricas
que pretende licitar em dezembro, no leilão de energia nova. Trata-se
da usina Retiro Baixo, que deverá ser construída em Minas Gerais e terá
capacidade para gerar 82 MW. Com isso, já são seis as usinas autorizadas
a participar do leilão, marcado para o dia 16 de dezembro. (Jornal do
Commercio - 01.11.2005) 2 Leilão da Abraceel tem poucos compradores Os grandes consumidores de energia abandonaram o mercado à vista em outubro e, como conseqüência, o pregão mensal de venda de eletricidade, realizado pela Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), ficou vazio ontem. Compareceram cerca de 12 vendedores e um número reduzidíssimos compradores. O volume de negócios fechados despencou de 25, em setembro, para somente 4 em outubro. Em vez de comprar à vista, as empresas preferiram obter a energia extra das próprias geradoras com as quais têm contrato de longo prazo. Isso porque o custo de referência do leilão, estabelecido pela CCEE, cresceu cerca de 30% de um mês para o outro. "Ficou mais interessante para os consumidores exercerem o contrato de compra das próprias geradoras", justifica Fabiana Perobielli, economista da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). (Gazeta Mercantil - 1.11.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Fiesp teme racionamento em 2009 A Fiesp
vai atuar com o MME para monitorar e acompanhar todas as ações do governo
com o objetivo de evitar uma crise de energia a partir de 2009. Ela teme
a possibilidade de um novo racionamento ou de uma alta significativa no
preço da energia. "Nós queremos ter acesso às informações para termos
tranqüilidade de que não faltará energia", diz Saturnino Sérgio, diretor
de infra-estrutura da Fiesp. A aproximação da entidade em relação ao governo
tem outro motivo. Está previsto para o dia 16 de dezembro o primeiro leilão
de geração nova de energia. A Fiesp quer ter certeza de que o leilão será
bem-sucedido. Para isso, irá mobilizar os empresários para que se interessem
a participar do leilão. Para a Fiesp, há ainda tempo para tomar medidas
para evitar uma crise de racionamento ou uma alta extravagante no preço
de energia a partir de 2009. Um dos grandes problemas é saber se a Petrobras
irá garantir uma produção de gás suficiente para abastecer as termelétricas,
que serão a grande saída para evitar o racionamento. (Folha de São Paulo
- 01.11.2005) 2 Índice de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste está em 60,4% A capacidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 60,4%, com aumento de 0,1% em relação ao volume registrado no dia anterior. O índice fica 31,2% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Nova Ponte e Miranda operam com 77,9% e 73,2% de capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 31.10.2005) 3 Capacidade do submercado Sul está em 89,9% A região
Sul registra 89,9% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação
ao dia anterior, dia 22, houve aumento de 1,1% no índice de armazenamento.
A usina de Machadinho apresenta 96,2% de capacidade. (Canal Energia -
31.10.2005) 4 Região Nordeste registra 57,4% de volume armazenado em seus reservatórios O nível
dos reservatórios do submercado Nordeste está em 57,4%, com queda de 0,3%
em relação ao dia anterior. O índice fica 36,3% acima da curva de aversão
ao risco. O volume da hidrelétrica de Sobradinho está em 50,7%. (Canal
Energia - 31.10.2005) 5 Nível dos reservatórios do submercado Norte está em 41,8% O índice
de armazenamento da região Norte está em 41,8%, com queda de 0,3% em relação
ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 35,5% de capacidade.
(Canal Energia - 31.10.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Termelétrica de Camaçari inicia operação comercial a bicombustível A Aneel liberou para início da operação comercial as cinco unidades geradoras da termelétrica de Camaçari, da Chesf, que foram convertidas para bicombustível. Com o projeto, cada uma das cinco turbinas da usina vai gerar 70 MW, a gás natural, e 66,7 MW, a óleo diesel. Segundo o gerente do departamento de Engenharia de Obras da Geração da empresa, Robson Botelho, a conversão das unidades foi uma recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, devido à falta de gás natural na Bahia, onde fica localizada a usina. (Canal Energia - 31.10.2005) 2 S&P atribui rating de crédito para Termopernambuco A agência
de classificação de risco Standard & Poor's atribuiu na semana passada
o rating de crédito "brA-" para a primeira emissão de debêntures que será
realizada pela geradora Termopernambuco, no valor de R$ 450 milhões. De
acordo com a classificadora, o rating se baseia na garantia corporativa
apresentada pela Neoenergia , e por isso apresenta a mesma categoria de
risco das dívidas de crédito da holding, Caso haja movimentação no rating
das dívidas da Neoenergia, a classificação da geradora acompanhará a performance.
(Canal Energia - 31.10.2005) 3 Wärstilä constrói duas termelétricas em sistema turn-key em Manaus A multinacional
Wärstilä constrói duas novas termelétricas em sistema turn-key para atender
o sistema isolado de Manaus. A empresa fechou contrato com a Companhia
Energética Manauara para a construção e operação de uma usina com capacidade
instalada de 83 MW movida a óleo combustível. Segundo Robson Campos, gerente
da área de energia da Wärstilä, a unidade é bicombustível e passará a
operar com gás natural assim que o gasoduto chegar à capital amazonense.
A Manauara pediu sigilo quanto aos investimentos necessários para a obra.
(Canal Energia - 31.10.2005)
Grandes Consumidores 1 Falta de energia ameaça crescimento do porto de Santos Um sinal
amarelo está piscando na área do fornecimento de energia elétrica para
o porto de Santos. O aumento das operações no porto, que tem crescido,
nesta década, a taxas superiores a 11% ao ano, provoca uma demanda de
energia que está no limite do atendimento da Codesp. Esse aumento tem
sido provocado por todos os segmentos, mas, em particular, pela movimentação
de contêineres, que utilizam guindastes especiais movidos a energia elétrica.
A movimentação de contêineres cresce a cerca de 20% ao ano. Outra operação
que puxa o consumo de energia são os contêineres-frigoríficos, que cresceram
em volume com o aumento das exportações de carnes. A Codesp, única doca
estatal no país a contar com hidrelétrica própria, com capacidade de geração
de 15 MW, está no limite de sua capacidade e já compra energia da usina
de Piratininga. A usina da Codesp é alimentada pelo rio Itatinga, que
desce da Serra do Mar para o litoral paulista e sofre o efeito das secas.
Já a compra de energia de terceiros tem limitações estruturais. O maior
terminal de contêineres do porto, pertencente à Santos Brasil, já sofre
com a escassez de energia elétrica. A Santos Brasil já comunicou à Codesp
que precisará de pelo menos 6 MW em 2006 e 13 MW, em 2007. (Valor Econômico
- 01.11.2005) 2 BNDES vai destinar R$ 27 bi para compra de bens de capital até 2010 O BNDES
tem um portfólio de projetos de insumos básicos de R$ 68 bilhões para
deslanchar até 2010, dos quais 40%, ou R$ 27,2 bilhões, serão destinados
à compra de máquinas e equipamentos embutidos na expansão da produção
dos setores de siderurgia, papel e celulose, mineração e petroquímica,
informa Wagner Bittencourt, superintendente de insumos básicos do banco.
O BNDES faz coro com a indústria para que as empresas de bens de capital
sob encomenda instaladas no país sejam contempladas com uma fatia desse
bolo para se fortalecerem nesse novo ciclo de investimentos que está em
curso. (Valor Econômico - 01.11.2005) 3 BNDES pretende criar condições de financiamento para siderurgia brasileira O superintendente
de insumos básicos do BNDES, Wagner Bittencourt, afirmou que o banco está
atento e empenhado em criar condições de financiamento para mitigar as
dificuldades do setor siderúrgico do país. O banco está condicionando
empréstimos a um índice de nacionalização dos projetos de 60%. No momento,
seus técnicos estão discutindo o crédito a ser dado à Usina Siderúrgica
do Ceará (USC), cujo índice de nacionalização é de 20%. Se esse índice
não for ampliado, o banco não deixará de financiar a empresa, mas pode
reduzir sua participação de 80% para 60%, por exemplo, e encurtar o prazo
de pagamento de dez para quatro anos. "Maximizar a participação de bens
nacionais nos projetos é uma ação do banco, que trabalha com recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)", realçou o superintendente. (Valor
Econômico - 01.11.2005) 4 BNDES: setor de papel e celulose apresenta investimentos de R$ 17,5 No total
do portfólio de projetos do BNDES, o setor de papel e celulose apresentou
investimentos da ordem de R$ 17,5 bilhões, com destaque para o projeto
da Bahia Sul e da International Paper, multinacional americana, que pretende
aplicar R$ 3,4 bilhões para instalar nova fábrica de celulose no país.
O BNDES deverá financiar R$ 2,1 bilhões. (Valor Econômico - 01.11.2005)
5 Siderurgia e mineração lideram carteira de projetos do BNDES Os segmentos
de Siderurgia e mineração lideram a carteira de insumos básicos do BNDES
com R$ 32,5 bilhões em projetos. Entre eles, realça o projeto de expansão
da Alumar, refinaria de alumina da Alcoa, no Maranhão, de 1,4 milhão de
toneladas para 3,4 milhões de toneladas. O valor total alcança R$ 3,7
bilhões e o banco vai financiar R$ 2,2 bilhões. A Companhia Siderúrgica
do Atlântico (CSA), de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão de recursos
só da fábrica de aço, ainda não acertou financiamento com o banco, mas
é um empreendimento de grande relevância no novo ciclo de investimentos.
O banco já está analisando o projeto da CSN de expansão da mina de Casa
de Pedra, de R$ 1 bilhão. (Valor Econômico - 01.11.2005) 6 Participação do setor de petroquímica na carteira do BNDES chega a R$ 17,5 bi O setor
de petroquímica participa na carteira do BNDES com R$ 17,5 bilhões em
projetos, dos quais R$ 5,8 bilhões serão financiados pela instituição
de fomento. O destaque nessa relação é o projeto da nova refinaria de
óleos pesados, avaliado em R$ 10 bilhões, uma associação da Petrobras
com o Grupo Ultra e o BNDES. (Valor Econômico - 01.11.2005)
Economia Brasileira 1 Fiesp divulga documento com críticas e sugestões para a política industrial A Fiesp divulgou ontem um documento em que faz várias críticas e sugestões ao governo referente à política industrial. O documento pede a redução das taxas cobradas nos empréstimos do banco, que já são as mais baixas do mercado, e a liberação de mais recursos para financiar investimentos do setor privado. As propostas da Fiesp incluem pedidos de redução dos impostos que incidem na venda de máquinas e equipamentos. Na avaliação da Fiesp, outro problema da política industrial é a falta de articulação entre os vários órgãos de governo envolvidos. Embora existam um conselho com a presença de vários ministérios e uma agência independente do governo se ocupando do tema, ambos com representantes da Fiesp e de outras entidades empresariais, a Fiesp acha que esses organismos funcionam mal. A Fiesp sugere a criação de um novo órgão governamental, a Câmara de Desenvolvimento Tecnológico, que distribuiria verbas federais e incentivos fiscais para projetos de pesquisa do setor privado. (Valor Econômico - 01.11.2005) 2 Balança registra superávit de US$ 3,686 bi em outubro As contas do comércio exterior nacional fecharam outubro com superávit de US$ 3,686 bilhões. O saldo provém de exportações de US$ 9,904 bilhões e de importações de US$ 6,218 bilhões. As informações são da Secex. Somente na quarta semana de outubro, com cinco dias úteis, viu-se um superávit de US$ 770 milhões da balança comercial, resultado de exportações de US$ 2,023 bilhões e de importações de US$ 1,253 bilhão. Na quinta-semana, que compreende apenas o dia 31, o saldo ficou positivo em US$ 190 milhões, vendas de US$ 460 milhões ao mercado externo e compras de US$ 270 milhões. (Valor Econômico - 01.11.2005) 3
Superávit comercial acumulado no ano soma US$ 36,350 bi 4 Risco-país cai 0,28%, aos 358 pontos O principal
índice de percepção da confiança dos investidores estrangeiros no país
mostrava melhora nesta terça-feira, em relação ao fechamento de ontem.
Por volta das 9h55, o EMBI+ brasileiro, indicador de risco do Brasil calculado
pelo Banco JP Morgan Chase, registrava 358 pontos, com queda de 0,28%
sobre a sessão anterior, quando fechou aos 359 pontos. No mercado secundário
de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40 - papel mais negociado
- apontava alta de 0,21%, saindo a 120,313% do seu valor de face. O segundo
papel mais representativo do índice do JP Morgan, o Global 18 ou A-Bond,
por sua vez, avançava ligeiramente 0,06%, para 103,25% do seu valor de
face. (Valor Econômico - 01.11.2005) 5 Inflação medida pelo IPC-S volta a recuar Após sete
semanas de aceleração, a inflação medida pelo IPC-S voltou a recuar e
apresentou alta de 0,42% no indicador do período até 31 de outubro, ante
aumento mais intenso, de 0,48%, apurado no índice anterior, de até 22
de setembro. A informação foi divulgada pela FGV. O resultado anunciado
hoje ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro, que
esperavam resultado entre 0,40% a 0,44%, e acima da média das expectativas
(0,41%). (Estado de São Paulo- 01.11.2005) O dólar andou "de lado" e encerrou a manhã quase estável, em alta de 0,04%, cotado a R$ 2,251 na compra e R$ 2,253. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,48%, a R$ 2,2510 para compra e R$ 2,2530 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 01.11.2005)
Internacional 1 Enersis tem lucro líquido de 58,5 mi A Enersis,
filial chilena da Endesa, principal operadora espanhola do setor de eletricidade,
registrou lucro líquido de 58,5 milhões (US$ 71 milhões) no terceiro
trimestre do ano, mais 2,3% em relação ao mesmo período de 2004, anunciou
o grupo em Madri. O resultado operacional da holding chilena avançou para
905 milhões (US$ 1,098 bilhão), ou seja, cerca de 12,8% a mais que em
igual período do ano anterior. A Enersis, que é 60% controlada pela Endesa,
enfatizou que "o bom resultado operacional" foi alcançado "apesar dos
efeitos adversos produzidos no Chile pelas restrições de gás natural da
Argentina, cujos maiores cortes ocorreram em abril". Nos primeiros nove
meses do ano, a empresa alcançou um lucro líquido de 123,5 milhões,
o que representa um incremento de 29% sobre o mesmo período de 2004. (Gazeta
Mercantil - 1.11.2005) 2 Lucro líquido da italiana Terna sobe 33% A empresa
italiana de redes de energia Terna anunciou ontem alta de 33% no lucro
do terceiro trimestre, para 94,6 milhões de euros (US$ 113,9 milhões),
puxada pelo desempenho de unidades brasileiras. O grupo italiano controla
no Brasil as empresas de transmissão Novatrans e Transmissora Sudeste
- Nordeste SA. A Terna informou que o Ebitda da empresa avançou 11,5%,
para 204,6 milhões de euros no terceiro trimestre, nível também acima
do esperado pelo mercado. A receita cresceu 8,5%, para 284,8 milhões de
euros, ajudada principalmente pela contribuição das unidades brasileiras.
A Terna informou que espera mesmo nível de receita no quarto trimestre
em relação ao mesmo período do ano passado, e avaliou que os custos subirão
levemente em função de efeitos sazonais e de encargos gerados pela aquisição
da operadora de sistemas de transmissão da GRTN. (Jornal do Commercio
- 01.11.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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