l IFE:
nº 1.681
- 18
de outubro de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Lula vai tratar de acordos em área energética na Rússia Em sua primeira
visita oficial à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca
fortalecer as relações entre os dois países. Entre os temas a serem discutidos
estão os da área espacial, energética e agrícola. Entre os pontos de discussão
previstos, estão a cooperação energética, em transportes e as possibilidades
de aumento das trocas comerciais entre os dois países. (APMPE - 17.10.2005)
2 Camargo Correa: Governo analisa interligação da hidrelétrica de Tucuruí com Venezuela O diretor
de Engenharia e Gestão da Camargo Correa, Jose Ayres de Campos, informou
que está sendo analisada pelo governo uma proposta da empresa para interligação
da Hidrelétrica de Tucuruí (PA) com a bacia de Coroni, na Venezuela. A
interligação poderia gerar até 3 mil MW adicionais ao sistema, baseado
na diversidade hidrológica dos dois países, que trocariam energia sem
relação comercial. "Na época da seca na Venezuela, forneceremos energia
para eles e vice-versa", explicou o executivo. Ayres afirmou que o projeto
custaria menos de US$ 1 bilhão. Ele ressaltou o potencial hidrelétrico
da bacia amazônica que, segundo seus cálculos, tem 30 mil MW a serem explorados.
(Gazeta Mercantil - 18.10.2005) 3 Comitê estudará alternativa para escoamento de energia proveniente de Itaipu O presidente
da Itaipu, Jorge Samek, disse que o MME determinou a formação de um comitê
com técnicos de Furnas, Eletrobrás e ONS, além da própria geradora e do
MME, para avaliar alternativas de escoamento da energia da hidrelétrica.
Segundo ele, uma das alternativas seria a construção de uma linha com
traçado diferente da LT Foz do Iguaçu - Ivaiporã, em 765 kV, que teve
cinco torres derrubadas em vendaval ocorrido no início deste mês. O secretário
de Energia Elétrica do MME, Ronaldo Schuck, também presente ao XVIII SNPTEE,
disse que o ministro Silas Rondeau determinou ao Comitê de Monitoramento
do Sistema Elétrico a realização de estudos a fim de obter uma solução
estrutural para a região, sujeita a esse tipo de eventualidade. Segundo
Schuck, a saída pode passar pela construção de uma nova linha ou pela
implantação de reforços no sistema existente. (Canal Energia - 17.10.2005)
4
Encontro em Brasília discute uso produtivo da energia elétrica A Associação Brasileira de Agências de Regulação tem novo presidente. Álvaro Machado, que preside a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas, assumiu o comando da Abar no lugar de Maria Augusta Feldman, cujo mandato terminou na semana passada. (Canal Energia - 18.10.2005) A gerente da Divisão de Energia do Banco do Brasil, Erika Reis, informou nesta segunda-feira que a instituição está analisando o financiamento para oito pequenas centrais hidrelétricas no âmbito do Proinfa. Segundo ela "dois ou três empreendimentos estão em vias de contratação".Canal Energia - 17.10.2005)
Empresas 1 Eletrobrás desenvolve projeto de geração de energia do mar Além dos
grandes projetos do setor de energia elétrica, como as usinas hidrelétricas
e as linhas de transmissão, a Eletrobrás está buscando outras formas de
geração de energia. Em parceria com a Coordenação dos Programas de Pós-graduação
de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ),
a empresa construirá, no Porto do Pecém, no Ceará, a primeira usina das
Américas que produzirá energia a partir das ondas do mar. Os primeiros
módulos da unidade geradora deverão ser implantados no início de 2006.
No total, a usina terá 20 módulos com capacidade instalada de 500 kW.
Mês passado, a equipe da Coppe-UFRJ instalou plataforma metálica para
a medição da energia das ondas do mar. O projeto, desenvolvido no Laboratório
de Tecnologia Submarina (LTS) do instituto, utilizará uma câmara hiperbárica
capaz de produzir jatos equivalentes a uma queda d´água de 500 metros
de altura, superior a de uma hidrelétrica convencional. A Eletrobrás financiará
o projeto, que terá investimentos da ordem de R$ 3,4 milhões. (Elétrica
- 17.10.2005) 2 BNDES crê em acordo com a AES sobre dívida da Cemig O diretor do BNDES para recuperação de crédito, Roberto Timotheo da Costa, disse acreditar que ainda este ano a instituição chegará a um acordo com a AES sobre a dívida da Cemig com o banco. A AES é a principal acionista privada da Cemig, empresa de energia controlada pelo governo de Minas Gerais e deve em torno de US$ 850 milhões ao BNDES, segundo Timotheo. Apesar do otimismo, o diretor admite que as negociações têm andado "mornas". "Isso é normal nesta fase das negociações. Eles (a AES) gostam de fazer um certo suspense", disse. Timotheo deu dois motivos para acreditar em um desfecho em 2005. O primeiro é que a AES tem recursos disponíveis para isso. O segundo é que a empresa americana também tem interesse em resolver a questão, já que desde 2003 não está recebendo os dividendos gerados pela Cemig que estão sendo retidos na Justiça a pedido do BNDES. "Eles estão muito incomodados porque nunca mais botaram as mãos nos dividendos", disse o diretor. (Elétrica - 17.10.2005) 3 Assembléia extraordinária da Light vai discutir projeto de desverticalização A Light
realiza no dia 31 de outubro assembléia geral extraordinária para discutir
o projeto de desverticalização da companhia. A assembléia vai ratificar
ainda a contratação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes
para a elaboração do laudo de avaliação de bens e direitos da empresa
vinculados aos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica.
A reunião vai aprovar o laudo de avaliação, também elaborado pela PricewaterhouseCoopers.
A consultoria avaliou em R$ 58,405 milhões os bens e direitos vinculados
aos segmentos de geração e de transmissão de energia elétrica. (Canal
Energia - 17.10.2005) 4
Ampla negocia venda de PCHs para a Arbeit 5 Copel tem interesse em quatro usinas previstas para leilão de energia nova Segundo
o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a participação da hidrelétrica
de Telêmaco Borba (120 MW) no leilão de energia nova está praticamente
descartada. Com problemas ambientais, ela é uma das quatro usinas localizadas
no Paraná e que despertam o interesse da estatal. O executivo contou ainda
que, das três usinas remanescentes no estado, Mauá (388 MW) é a que está
mais adiantada para receber o licenciamento, uma vez que a audiência pública
necessária para o licenciamento já foi realizada. Ghilardi acredita que
a usina de Salto Grande (53 MW) conseguirá solucionar as pendências legais
a tempo de participar da licitação. Ele lembrou que Baixo Iguaçu (340
MW) também caminha para uma solução a fim de ser licitada. Segundo Ghilardi,
uma das alternativas para reduzir o impacto no Parque Nacional do Iguaçu,
seria a redução da potência da usina à metade. (Canal Energia - 17.10.2005)
6 Chesf vai entrar com recurso para participar de leilão de LT O secretário
de Energia Elétrica do MME, Ronaldo Schuck, afirmou no domingo, 16 de
outubro, que a Chesf pretende entrar com recurso administrativo na Aneel
para garantir a participação no leilão de linhas de transmissão, programado
para o dia 17 de novembro. Segundo ele, a estatal julgou que os documentos
apresentados atendiam ao edital, tornando a empresa apta a disputar um
dos sete lotes. A estatal foi desqualificada pela Aneel por apresentar
documentação inadequada. (Canal Energia - 17.10.2005) 7 Copel não vai disputar leilão de LT O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, contou que a empresa não disputará o leilão
de linhas deste ano. Segundo ele, não há previsão de oferta de linhas
no Paraná. "Nossa estratégia envolve apenas ativos que estejam em nosso
estado", explicou. (Canal Energia - 17.10.2005) 8 Ágora vê potencial de ganhos com Energias do Brasil A Ágora Senior prevê uma valorização de 41% no valor de cada uma das ações ordinárias (com direito a voto) da Energias do Brasil até o fim do ano. O primeiro relatório emitido pela corretora sobre o papel tem recomendação de compra e a estimativa de preço justo é de R$ 32,00 até o fim do ano. Ontem, a ação da segunda empresa do setor elétrico a aderir ao Novo Mercado da Bovespa, fechou cotada a R$ 22,70. No segundo trimestre deste ano, a controladora Energias de Portugal (EDP) promoveu uma ampla reestruturação societária de seu grupo no Brasil. Empresas de geração, distribuição e comercialização de energia foram agrupadas sob a holding Energias do Brasil. Em 13 de julho, a empresa foi para a bolsa com uma capitalização de R$ 670 milhões e aderiu ao Novo Mercado - o mais alto nível de governança corporativa. Da venda inicial, por R$ 18,00 até ontem, a ação já valorizou 26,1%, enquanto o Ibovespa subiu 18,4% no mesmo período. (Valor Econômico - 18.10.2005) 9 Geração de energia puxa crescimento da Koblitz A crescente busca pela auto-suficiência de energia e o surgimento do mercado livre desse insumo está motivando a pernambucana Koblitz a investir R$ 5 milhões na ampliação da capacidade de produção. Especializada no desenvolvimento de projetos de co-geração de energia e fabricação de equipamentos, a empresa estima crescer 50% nos próximos dois anos. A maior parte dos investimentos, cerca de R$ 3,5 milhões, está sendo aplicada na ampliação da unidade industrial localizada no Recife. Ali a produção de cubículos - colunas e painéis de controle - está sendo duplicada. Em relação ao mercado livre, o executivo diz que muitas empresas estão investindo na geração para serem auto-suficientes, mas também pretendem vender o excedente. "Somente o Proinfa está implantando 3,3 mil MW. Fora disso, as empresas produzem cerca de outros 400 MW novos anualmente. Este volume deve crescer para algo em torno de 1 mil MW nos próximos anos. É aí onde está nossa aposta", explica o empresário. (Valor Econômico - 18.10.2005) No pregão
do dia 17-10-2005, o IBOVESPA fechou a 30.241,61 pontos, representando
uma alta de 1,58% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,69
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,58%,
fechando a 9.530,30 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 135,2
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 41,95 ON e R$ 41,40 PNB, baixa de 0,59% e 1,19%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 11,9 milhões as ON e R$ 21 milhões as PNB. De todo o movimento
das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 16% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 18-10-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 42,20 as ações ON, alta de 0,60%
em relação ao dia anterior e R$ 42,00 as ações PNB, alta de 1,45% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 18.10.2005) O programa de pesquisa e desenvolvimento da El Paso Rio Claro, ciclo 2004/2005, vai receber investimentos de R$ 2,5 milhões. Os projetos, aprovados no dia 14 de outubro, pela Aneel, devem ser concluídos até o dia 30 de novembro de 2006. (Canal Energia - 17.10.2005)
Leilões 1 Modal monta FIP para leilão de linhas de transmissão Para reforçar
sua estratégia de atuar mais fortemente no mercado de capitais com produtos
estruturados e fundos diferenciados, o carioca Banco Modal lança no fim
do mês um Fundo de Investimento em Participações (FIP) para investidores
interessados no leilão de linhas de transmissão de energia, a ocorrer
em novembro, com patrimônio de até R$ 800 milhões. Pedro Marcelo Luzardo,
sócio do banco e responsável pela área de produtos e distribuição da instituição
financeira que está trabalhando no FIP, contou que os potenciais cotistas
do novo fundo são os grandes fundos de pensão. "Já assinamos um termo
de compromisso com essas fundações, que se consolidará com o arremate
das participações acionárias das linhas. Também já foi criada uma sociedade
de propósito específico (SPE) para atuar na licitação e abrigar os ativos
a serem resgatados no leilão", adiantou Luzardo. "A linha de transmissão
tem renda fixa, uma receita corrigida pelo IGP-M e o pagamento é feito
por gente forte", argumentou. Para ele, esta modalidade de fundo de private
equity, como é o caso do FIP, se ajusta perfeitamente à estratégia financeira
de longo prazo dos fundos de pensão. O leilão deverá ofertar um mínimo
de cinco linhas de transmissão. (Valor Econômico - 18.10.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Abraget: escassez de chuvas poderia acarretar racionamento ainda em 2007 O presidente
da Associação Brasileira de Geradoras Termoelétricas (Abraget), Xisto
Vieira Filho, disse que um ano hidrologicamente crítico poderia acarretar
em racionamento de energia já em 2007. Segundo ele, caso não haja problemas
com as chuvas, a crise no abastecimento de energia pode chegar em 2009,
quando a demanda chegaria a 58,9 mil MW, ultrapassando a oferta projeta
em 58,7 MW. O MME afirma que o abastecimento para os próximos anos está
garantido. O presidente da Abraget não concorda, e diz que os estudos
e análises do governo não contam com a participação de todos os agentes
do setor. "Esse é um dos motivos da divergência de opiniões", disse ele.
Xisto apontou problemas em todos os ramos da geração de energia no País,
como a dificuldade na obtenção de licenças ambientais para as hidrelétricas
e as dúvidas referentes ao abastecimento de gás para as usinas térmicas.
(Gazeta Mercantil - 18.10.2005) 2 Copel estima redução de 5,5% no consumo durante horário de verão A Copel estima em 5,5% a redução no consumo de energia elétrica no Paraná durante o horário de verão. De acordo com informações divulgadas pela empresa, a economia deve ser de 200 MW no horário de pico de consumo (das 19 às 22 horas). Segundo a gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel, Ana Rita Xavier, a adoção do horário de verão permite que instalações importantes do setor elétrico como usinas, linhas de transmissão e subestações trabalhem com folga, elevando os níveis de confiabilidade do sistema. (APMPE - 17.10.2005) 3 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 62,6% A capacidade
do submercado está em 62,6%, com queda de 0,13% em relação ao volume registrado
no dia anterior. O índice fica 31,2% acima da curva de aversão ao risco.
As usinas de Nova Ponte e Camargos operam com 80,5% e 36,4% de capacidade,
respectivamente. (Canal Energia - 17.10.2005) 4 Índice de armazenamento da região Sul está em 93,5% A região
registra 93,5% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação
ao dia anterior, dia 15, houve aumento de 0,7% no índice de armazenamento.
A usina de S. Santiago opera com 100% de capacidade. (Canal Energia -
17.10.2005) 5 Região Nordeste registra 61,9% de volume armazenado em seus reservatórios O nível
dos reservatórios do Nordeste está em 61,9%, com queda de 0,31% em relação
ao dia anterior. O índice fica 38,9% acima da curva de aversão ao risco.
O volume da hidrelétrica de Sobradinho está em 56,2%. (Canal Energia -
17.10.2005) 6 Capacidade do submercado Norte está em 49% O índice
de armazenamento da região está em 49%, com queda de 0,3% em relação ao
dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 44,7% de capacidade.
(Canal Energia - 17.10.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Governo quer minuta da Lei do Gás pronta em novembro O governo pretende encaminhar ao Congresso até o final de novembro a minuta da Lei do Gás. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse que ainda pretende ouvir todos os agentes envolvidos, tanto a Petrobras quanto os privados, antes de finalizar a proposta. "Nesse momento estamos tentando diminuir o conjunto de discórdias e aproximar ao máximo (os interesses)", disse ele. Rondeau reagiu às interpretações de que os interesses da Petrobras não estão sendo contemplados no projeto porque o desafio do governo ao desenhar a nova Lei do Gás é chegar a um ponto de equilíbrio que permita incentivar o mercado sem desestimular a estatal. "É claro que não vamos contemplar todos os pontos de interesse de cada um dos investidores. Existem pontos em que, naturalmente, a Petrobras vai sentir que poderia ser melhor atendida. Outros, o próprio mercado livre exige que contemplemos. Nesse momento estamos tentando diminuir o conjunto de discórdias e aproximar (os interesses) ao máximo", explicou o ministro. (Valor Econômico - 18.10.2005) 2 Rondeau não quer disputa entre projetos O ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, frisou que não quer uma disputa entre
os projetos de Lei do Gás do governo e o do senador Rodolpho Tourinho
(PFL-BA) que já está tramitando no Senado. "O que se quer é que saia uma
nova Lei do Gás e que ela seja não só uma boa lei , mas que seja também
a melhor que nós pudermos construir nesse momento, com a contribuição
do ministro Tourinho", disse Rondeau. Ele adiantou que deve se encontrar
com o senador esta semana e lembrou que existem pontos coincidentes entre
ambas, como a criação de um órgão que vai operar a rede nacional de gasodutos,
a exemplo do ONS. "A melhor lei (do gás) é aquela que atenda melhor as
partes, que tenha o menor conflito, estimule e dê segurança aos investidores
e promova uma expansão no mercado. Isso que é importante", disse o ministro.
(Valor Econômico - 18.10.2005) 3 Rondeau: Petrobras não será o "carro-chefe" do setor O ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, garantiu que a Petrobras não será o
"carro-chefe" do setor, mas ponderou que apesar da orientação da nova
lei ser pró-mercado, ela deve atender ao mesmo tempo aos interesses da
estatal, que, segundo suas palavras, é quem garante dinheiro. Rondeau
também minimizou a importância do fato de a nova Lei ainda não ser conhecida
pelo mercado no momento em que se realizada a 7ª Rodada da ANP com blocos
marítimos com maior perspectiva de descoberta de gás do que petróleo.
(Valor Econômico - 18.10.2005) 4 Petrobras lidera leilão, mas novas empresas também ganham áreas O surgimento
de novas empresas com apetite para investir e a volta da espanhola Repsol
ao investimento de risco na exploração de petróleo no país marcaram o
primeiro dia de leilões da Sétima Rodada de Licitações da ANP. A disputa
confirmou também a posição de liderança da Petrobras. A estatal, que detém
o virtual monopólio da indústria do petróleo no Brasil, foi a única a
adquirir blocos em todas as bacias que tiveram interessados, ficando com
31 trechos exploratórios. Foram arrematados 140 blocos exploratórios,
gerando bônus no valor total de R$ 546,62 milhões, mais de 80% do total
arrecadado na Sexta Rodada (R$ 665 milhões). As empresas Geobrás, de capital
nacional, e Oil M&S, de capital argentino, foram as grandes surpresas.
Juntas, elas arremataram 29 blocos da bacia terrestre do São Francisco,
em Minas Gerais, de um total de 37 blocos arrematados. Outro participante
dos mais ativos no primeiro dia dos leilões foi a portuguesa Petrogal,
que, sozinha ou em parceria com a Petrobras, arrematou dez blocos exploratórios.
(Valor Econômico - 18.10.2005) 5 Petrobras não vai disputar blocos já devolvidos à ANP na segunda etapa O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, comentou que a empresa continuará na briga nesta quarta-feira (19/10), quando será realizada a segunda etapa, e que só não vai disputar os blocos já devolvidos à ANP. (Jornal do Commercio - 18.10.2005) 6 Rondeau: leilões devem ajudar o Brasil a manter a auto-suficiência até 2015 O ministro Silas Rondeau, de Minas e Energia, afirmou que os leilões dos poços devem ajudar o Brasil a manter a auto-suficiência em petróleo até 2015. Essa meta deverá ser alcançada no ano que vem. Rondeau destacou a decisão da ANP de priorizar na atual rodada blocos com maior potencial para descoberta de gás natural, além de atender a um mercado em fase de crescimento. A possibilidade de atingir logo a auto-suficiência na produção de petróleo tem um lado negativo, na visão do físico Luiz Pinguelli Rosa. Segundo ele, a auto-suficiência pode fazer com que as empresas que compraram poços exportem o produto. Com mercado interno saturado pela Petrobras, podem optar por vender no exterior. "O grande problema é que nossas reservas não são muito grandes", afirmou. "Por isso, vejo com preocupação a continuação dos leilões." (Valor Econômico - 18.10.2005) 7 Gabrielli critica MP que define prazo de seis anos para uso exclusivo de dutos O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse discordar da medida provisória publicada ontem no Diário Oficial da União, que determina a utilização exclusiva dos dutos por seis anos pela empresa que os construírem. "Nenhum gasoduto tem vida útil de seis anos", disse Gabrielli. "Defendemos prazo de 15 anos de utilização". Outra discordância foi quanto à tarifa por distância que, segundo Gabrielli, inviabilizaria o Gasene, que vai ligar os gasodutos do Sudeste e do Nordeste. O presidente da Petrobras defende a tarifa por volume transportado. (Jornal do Commercio - 18.10.2005) 8 Petrobras anuncia investimentos de US$ 56,4 bi em exploração e produção em águas profundas Sobre os investimentos futuros o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, anunciou "o maior investimento em águas profundas do mundo", tanto em recursos financeiros quanto em mobilização tecnológica e de recursos humanos. O montante é da ordem de US$ 56,4 bilhões, numa média de US$ 11,3 bilhões ao ano, sendo 60% em exploração e produção, 20% em abastecimento e refinarias e 12% em gás e energia. (Jornal do Commercio - 18.10.2005) 9 Petrobras tenta adquirir participação na Galp O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou que a estatal tenta um acordo com a companhia italiana Eni - de quem comprou no ano passado a distribuidora de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) Liqüigás - para adquirir sua participação na Galp, companhia energética de Portugal da qual os italianos são sócios. Gabrielli fez questão de afirmar, porém, que as negociações com os italianos ainda se encontram em fase embrionária e, por isso, se negou a revelar maiores detalhes. (Gazeta Mercantil - 18.10.2005) 10 Petrobras confirma participação em leilão de energia nova O diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, confirmou a participação da estatal no leilão de energia nova, previsto para acontecer no dia 16 de dezembro. Segundo o executivo, a empresa tem 1,5 mil MW descontratados de seis, das nove termelétricas que possui, para levar para a licitação. Entre os projetos que participarão do negócio, Sauer citou as usinas TermoRio, Piratininga e Eletrobolt. Segundo ele, as Petrobras tem 1,1 mil MW contratados relativos às outras três termelétricas de sua base. (Canal Energia - 17.10.2005) 11 Consórcio responsável pela construção da termelétrica Seival tem nova configuração O consórcio que detém a concessão da usina termelétrica Seival, de 542 MW de potência, a ser construída em Candiota, Rio Grande do Sul, tem nova configuração. Após a saída da alemã Steag, que detinha 30% de participação, a Copelmi Mineração, que era líder do consórcio, com 40% de participação, associou-se à subsidiária da norte-americana MDU Resources e ao grupo Andrade Gutierrez. Juntas as três empresas possuem 75% de participação e ainda buscam mais um parceiro para os 25% restantes. De acordo com o gerente do projeto Seival, Roberto Faria, a configuração do consórcio ainda pode mudar com a definição do novo parceiro, mas já ficou definido que a mineradora deixará de ser a líder. "A Copelmi deverá ficar com até 5% de participação e vai se dedicar mais ao seu negócio, que é o fornecimento do combustível", afirmou. Por hora, a líder passa a ser a MDU Resources. (Gazeta Mercantil - 18.10.2005)
Grandes Consumidores 1 Petrobrás vai fornecer gás a Usina Siderúrgica do Ceará A Petrobras
e o Governo do Ceará assinaram ontem o contrato que garante o fornecimento
gás natural para a Usina Siderúrgica do Ceará (USC) a partir de abril
de 2008. O acordo viabiliza o projeto de US$ 750 milhões que terá como
sócias a siderúrgica sul-coreana Dongkuk Steel, a fornecedora italiana
de equipamentos siderúrgicos Danieli e a Companhia Vale do Rio Doce. O
Gasene será uma das fontes que vai alimentar a usina siderúrgica. A previsão
é que o Gasene entre em operação em 2008, e o fornecimento de gás para
a usina comece em 2009. O diretor de participações da Vale do Rio Doce,
Murilo Ferreira, deu como certa a participação do BNDES com 20% no projeto.
O restante ficaria dividido entre a Dongkuk, que seria a principal acionista
com 38%, Danieli, com 20%, e a Vale, com 9% de participação. Ferreira
não descartou a hipótese de que a USC tenha suas ações listadas na Bolsa
de São Paulo no futuro. Do total do investimento, US$ 500 milhões serão
financiados, o que significa que o BNDES deverá destinar cerca de US$
150 milhões ao projeto. (Jornal do Commercio - 18.10.2005) 2 Garantia de abastecimento de gás para a USC deve garantir financiamento do BNDES A solução
para o abastecimento de gás natural para a Usina Siderúrgica do Ceará
dá o sinal verde para que o BNDES defina qual será sua participação acionária
e aprove o financiamento à usina. "Esse era o item fundamental e agora
o projeto me parece assegurado. Cerca de 20% do projeto deverão ser financiados
pelo banco, que ainda estuda outras modalidades de participação intermediária
por instrumentos financeiros como a emissão de debêntures conversíveis",
informou o vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca. Segundo Fiocca, o
banco luta por um maior índice de nacionalização para o projeto, que já
foi alvo de reclamações por parte de fornecedores brasileiros de equipamentos,
preteridos em favor da italiana Danieli. (Jornal do Commercio - 18.10.2005)
3 Nova unidade de coque da CST terá centra termelétrica de 175 MW A Companhia
Siderúrgica de Tubarão, em conjunto com outros dois investidores, investe
mais de US$ 400 milhões na construção de uma nova unidade de coque, a
Sol Coqueria Tubarão, que inclui uma central termelétrica de 175 MW. Com
a nova unidade que entra em operação no segundo semestre de 2006, a capacidade
de produção de energia da CST passa para 475 MW. A central termelétrica
funcionará no sistema de cogeração. (Canal Energia - 17.10.2005) 4 VCP registra lucro de R$ 114 no terceiro trimestre A valorização
do real frente ao dólar derrubou o lucro da Votorantim Celulose e Papel
(VCP) no terceiro trimestre. O mercado já esperava por isso e via uma
repetição do que ocorreu com Aracruz. No caso da VCP, há um detalhe a
mais: grande conversora de sua celulose em papéis de imprimir e escrever,
a empresa sentiu a persistência da fraca demanda e a concorrência de preços
no mercado interno, onde vende a maior parte da produção. O lucro líquido
da empresa recuou 44% comparado resultado do mesmo trimestre de 2004,
para R$ 114 milhões. A VCP, segundo explicou Valdir Roque, diretor de
finanças e relações com investidores, compensou o feito do câmbio com
maior eficiência no desempenho de suas fábricas. Informou que as vendas
tiveram aumento de 19% de julho a setembro, sobre igual período de 2004.
"Alcançamos eficiência acima da média, como uma resposta à taxa de câmbio,
que não voltará ao patamares de remuneração adequada para as exportações",
disse o executivo. O volume total de vendas somou 378 mil toneladas, 5%
acima do segundo trimestre e 19% sobre o terceiro do ano passado. As exportações,
incluindo celulose e papéis, responderam por 66% dos despachos, ante 67%
no período abril a junho. (Valor Econômico - 18.10.2005)
Economia Brasileira 1 Emprego não acompanha avanço da indústria A recuperação da produção industrial em agosto ainda não surtiu efeito no mercado de trabalho. Em agosto, as demissões voltaram a superar as contratações e o nível de emprego recuou 0,1% sobre o mês anterior. Segundo Isabela Nunes, economista da Coordenação da Indústria do IBGE, a perda de ritmo da indústria do segundo para o terceiro trimestre revela um cenário de manutenção dos empregos, apesar do período mais propício ao aumento das contratações com a preparação para entregas de fim de ano. O valor real da folha de pagamento cresceu 2,2% sobre julho. Segundo Nunes, o resultado reflete o melhor comportamento dos preços e um sinal de recuperação após duas quedas. Nos dois meses anteriores, o indicador acumulara perdas de 2,5%.Em relação a agosto de 2004, a folha de pagamento cresceu 5,3%. (Folha de São Paulo - 18.10.2005) 2 Risco-país desaba e contagia mercados A pesada queda registrada ontem pelo risco Brasil contagiou positivamente todos os demais segmentos do mercado financeiro. A baixa de 4,4% do risco-país, para 370 pontos-base, não tem nada a ver com a economia brasileira. Resultou de um rearranjo promovido nas carteiras dos fundos dedicados a ativos de alto risco. O desabamento do risco estimulou a alta da Bovespa e as quedas do dólar e do juro futuro. O dólar desvalorizou-se 0,31%, cotado a R$ 2,2380. A baixa só não foi mais acentuada devido a leilão de compra realizado pelo Banco Central às 15h17, o nono de outubro. Embora tenha comprado moeda pela mesma cotação vigente no momento do anúncio, de R$ 2,2360, o leilão foi mais efetivo que o de sexta-feira, quando aceitou 15 propostas. Ontem, absorveu 25 propostas e equilibrou a liquidez, sem provocar alta em relação ao preço de sexta-feira, R$ 2,2450. Os juros caíram expressivamente no mercado futuro da BM & F. O alívio das pressões externas cancela um dos pretextos que o Copom do BC poderia levantar para reforçar o seu conservadorismo e manter o ritmo de baixa da Selic em 0,25 ponto percentual. (Valor Econômico - 18.10.2005) 3
Empresários paulistas querem acelerar projetos de PPP 4 IPC-S aponta inflação de 0,49% até 15/10 A inflação
na cidade de São Paulo está acelerando, no âmbito IPC-S. Segundo informou
a FGV, os preços na cidade subiram 0,49% no indicador de até 15 de outubro,
ante aumento de 0,41% no IPC-S anterior, de até 7 de outubro. A FGV divulgou
hoje os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas para
cálculo do IPC-S. De acordo com a fundação, das sete capitais, seis apresentaram
aumento de preços, na passagem do IPC-S de até 7 de outubro para o indicador
de até 15 de outubro. (Estado de São Paulo - 18.10.2005) A inflação
ao produtor americano foi a principal variável do mercado financeiro na
manhã desta terça-feira. O dólar mudou de rumo e fechou a manhã em alta
de 0,49%, a R$ 2,247 na compra e R$ 2,249 na venda. Ontem, o dólar comercial
terminou com queda de 0,31%, negociada a R$ 2,2360 para a compra e R$
2,2380 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 18.10.2005)
Internacional 1 Celso Amorim desmente acordo na área nuclear O ministro
de Relações Exteriores, Celso Amorim, desmentiu qualquer tratativa oficial
entre Brasil, Venezuela e Argentina na área nuclear. "No momento não há
nenhum acordo sendo feito entre os países. Todos os países têm o direito
ao desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos. Isso é normal",
disse ele.Celso Amorim afirmou que o Ministério de Relações Exteriores
não recebeu nenhuma proposta específica de acordo com esses países. Ele
sinalizou que essa não seria uma prioridade para o governo no momento.
"Não há nenhuma dificuldade intrínseca, mas também não há urgência nesse
sentido, até porque o Brasil tem de terminar todo o desenvolvimento de
enriquecimento no acordo feito com a agência atômica", esclareceu o ministro.
Por enquanto, enfatizou Amorim, o acordo está restrito ao campo das idéias.
"O Brasil tem também de examinar todas as ações nessa área à luz das prioridades.
Temos de completar um aspecto importante do nosso programa nuclear. Somos
abertos à cooperação com qualquer país, mas não existe isso ainda. É apenas
uma idéia", afirmou. (Valor Econômico - 18.10.2005)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LIMA, Davi Antunes. Convergência tarifária: remédio regulatório para o livre acesso. Brasília: ANEEL, 2005. 16 p. (Textos para discussão, n. 2). Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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