l IFE: nº 1.676 - 10 de outubro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Tarifas de energia para a indústria tiveram aumento de 29,17% Segundo dados
da Aneel, as tarifas de energia para o setor industrial subiram em ritmo
quase cinco vezes superior ao das tarifas para o consumidor residencial
nos primeiros sete meses do ano. A tarifa média da indústria (sem impostos)
subiu para R$ 177,84 por MW/h em julho, com variação de 29,71% no período.
O consumidor residencial pagava R$ 287,72 por MW/h em julho - alta de
6,37% ante dezembro passado. A variação da inflação aferida pelo IPCA
atingiu 3,59% de janeiro a julho. Os preços da Aneel são uma média das
tarifas praticadas pelas 64 distribuidoras que atuam no País. A decisão
da Aneel de elevar as tarifas industriais visa reduzir o que chamado 'subsídio
cruzado', em que alguns segmentos pagam mais do que outros, formando um
"preço médio" para as distribuidoras. (O Estado de São Paulo - 09.10.2005)
2 Tarifa média de energia no país ficou em R$ 231,52 A tarifa média
no País, considerando os oito segmentos definidos pela Aneel (residencial,
industrial, comercial, rural, poder público, iluminação pública, serviço
público e consumo próprio), ficou em R$ 231,52, com alta de 17,31% de
janeiro a julho ante dezembro de 2004. Assim, o aumento acumulado nos
últimos 10 anos atingiu 288,59%. Mesmo com o realinhamento feito pela
Aneel, as tarifas residenciais são mais caras, em torno de R$ 287,72 por
MW/h, considerando os preços praticados pelas 64 distribuidoras que atuam
no País. A segunda tarifa mais cara é a de "consumo próprio" (R$ 277,80
por MW/h), seguido por poder público (R$ 266,53), comercial (R$ 257,55),
industrial (R$ 177,84), rural (R$ 164,69), serviço público (R$ 162,60)
e iluminação pública (R$ 158,16). (O Estado de São Paulo - 09.10.2005)
3 Tarifa média das distribuidoras é seis vezes superior ao preço no mercado atacadista Os preços das
distribuidoras - R$ 231,52 - estão quase seis vezes acima dos praticados
no mercado atacadista de energia, regulado pela Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica (CCEE). Segundo a CCEE, o preço do MW médio no Sudeste/Centro-Oeste
e Norte subiu para R$ 40,51 para negócios a serem fechados na próxima
semana, com alta de 8,9% ante o patamar atual. No Nordeste e Sul, o MWh
continuou no patamar mínimo da Aneel, de R$ 18,33. (O Estado de São Paulo
- 09.10.2005) 4 Abradee: alterações na MP do Bem prejudicam os
consumidores 5 Aneel: CCC de agosto e setembro somam R$ 337,1 mi A Aneel fixou
os valores das quotas referentes à Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis
relativos ao uso de combustível para geração de energia elétrica nos meses
de agosto e setembro de 2005 pelos sistemas interligados Sul/Sudeste/Centro-Oeste
e Norte/Nordeste e sistemas isolados. Para o mês de agosto, o valor definido
foi somente para as transmissoras que atendam consumidor livre ou autoprodutor
com unidade de consumo conectada à Rede Básica, que devem pagar, até o
próximo dia 30 de outubro, o total de R$ 20,2 milhões.Já os valores referentes
à CCC de setembro somam cerca de R$ 316,9 milhões, rateados entre empresas
de todo o país. (Canal Energia - 07.10.2005)
6 Aneel define quotas referentes à CDE de agosto A Aneel definiu
as quotas referentes à CDE para o mês de agosto de 2005, relativos às
transmissoras que atendem consumidor livre ou autoprodutor com unidade
de consumo conectada à rede básica. O total a ser pago é de R$ 7,6 milhões,
que devem ser recolhidos até o próximo dia 30 de outubro. (Canal Energia
- 07.10.2005) 7 Emenda constitucional amplia recursos do ICMS para municípios-sede de hidrelétricas Os municípios-sede de hidrelétricas poderão ganhar uma renda adicional, se a proposta de emenda à Constituição (PEC) 462/05 for aprovada. A PEC altera a sistemática de cálculo do valor adicionado do produto da arrecadação do ICMS gerado por hidrelétricas, para fins de distribuição aos municípios. A proposta assegura aos municípios que servem de sede às usinas o direito a 60% do valor adicionado. Os outros 40% devem ser destinados aos demais municípios alcançados pelos reservatórios, sendo 70% proporcionalmente às áreas inundadas e 30% à população. (Canal Energia - 10.10.2005) 8 Unica esperava mudanças relativas
aos projetos de biomassa no Proinfa 9 Projeto reativa quatro PCHs em SP A usina hidrelétrica
de Corumbataí, em Rio Claro (SP), inaugurada há 110 anos e parada há 35,
faz parte de um projeto de reativação de quatro pequenas hidrelétricas
paulistas - a mais nova com 61 anos de idade -, tocado pela Fundação do
Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (FPHESP). Corumbataí já tem
autorização Aneel para gerar energia. A FPHESP pediu à Aneel para reativar
as outras três usinas, que já iniciaram as obras de modernização. O objetivo
é gerar caixa para manter a instituição, criada após a privatização do
setor elétrico em São Paulo, com o objetivo de preservar a memória do
setor por meio de documentos e patrimônio arquitetônico. A fundação restaurou
as hidrelétricas e transformou-as em usinas-parque, abertas à visitação,
principalmente por estudantes. O projeto é tocado em conjunto com um parceiro
privado, a companhia alemã Arbeit, que atua nos ramos de tecidos e papel
e celulose e se comprometeu a comprar a energia gerada para consumo próprio.
Em troca da garantia de suprimento, a empresa financia as obras. (O Estado
de São Paulo - 10.10.2005)
Empresas 1 Eletrobrás inicia adequação para bolsa de NY O grupo Eletrobrás
pretende concluir, até o final do ano, a fase de documentação para a adequação
de seus controles internos às exigências do artigo 404 da Lei Sarbanes-Oxley
(SOX), que é obrigatório para todas as companhias que tenham ações negociadas
nas bolsas americanas. O objetivo da adequação é obter registro na Securities
and Exchange Comission (SEC), a comissão de valores mobiliários dos Estados
Unidos para negociar seus recibos de ações (ADR) na Bolsa de Valores de
Nova York - nível II. Hoje eles são negociados apenas no mercado de balcão
americano - nível I. Com a mudança, a Eletrobrás espera um aumento significativo
na liquidez de seus ADR. De acordo com o diretor Financeiro da Eletrobrás,
José Drumond Saraiva, isso permitirá que as empresas do grupo adotem sistemáticas
de documentação e controles internos únicos e obtenham credibilidade no
exterior. (InvestNews - 10.10.2005) 2 Telemar examina aquisição da Light Vários candidatos à compra do controle da Light já começam a se preparar para a disputa. A distribuidora já atraiu a atenção até de gente fora do ramo energético. A Telemar está examinando a aquisição da Light, o que amplia o leque de interessados na distribuidora. Há as várias razões que levam ao interesse da Telemar na Light. Além da infra-estrutura da distribuidora (capilaridade da rede de energia), está a possibilidade do uso da tecnologia PLC (Powerline Communications). A rede permite oferecer banda larga para serviços de transmissão de vídeo e também telefonia via rede elétrica. A localização geográfica é outro atrativo. A Light atua em área de 11.132 quilômetros quadrados, 31 municípios, que têm 10 milhões de habitantes. A Telemar opera no Rio, Minas Gerais, Espírito Santo e no Nordeste e Norte do país. (Valor Econômico - 10.10.2005) 3 Cemig estuda participação no processo de venda da Light A Cemig faz
avaliações e aguarda mais detalhes para definir sua participação na disputa.
Um fato já é certo, diz uma fonte da empresa: a estatal buscará um parceiro
do setor privado para formar um consórcio, no qual será minoritária. A
avaliação é que, como estatal, ficaria travada na busca de recursos no
mercado financeiro. (Valor Econômico - 10.10.2005) 4 Processo de venda da Light terá três finalistas
5 Repsol e Endesa articulam uma associação para investimentos em energia Repsol e Endesa
articulam uma associação para investimentos conjuntos em energia no Brasil.
As negociações vêm sendo travadas há pelo menos dois meses, diretamente
entre as duas matrizes, em Madri. No momento, discute-se o modelo da associação.
O caminho mais provável aponta para o IPO da Endesa Brasil, previsto para
o fim deste ano. A Repsol deverá aproveitar a abertura de capital para
comprar ações da empresa, tornando-se sócia da operação brasileira. A
Endesa já sinalizou que ficará com aproximadamente 55% das ações. Outros
25% deverão ser ofertados na Bolsa de Valores. Os 20% restantes seriam
a porta de entrada da Repsol na Endesa Brasil, que, entre outros ativos,
englobará as distribuidoras Ampla, no Rio de Janeiro, e a cearense Coelce.
Curiosamente, as conversações entre os dois grupos se desenrolam em um
período crucial da Endesa. (Relatório Reservado - 10.10.2005) 6 Associação com a Repsol pode ser trunfo para a Endesa em leilão Com vistas ao
futuro leilão de energia, a associação entre Repsol e Endesa é um grande
trunfo, sobretudo para a segunda. Diante da escassez de gás no Brasil,
quem tiver parcerias com produtores do combustível largará com alguns
corpos de vantagem. Principalmente, por conta da exigência do MME de que
os concorrentes nos leilões apresentem previamente os contratos firmes
de gás. (Relatório Reservado - 10.10.2005) 7 Requião defende que futuras obras de geração no Paraná sejam outorgadas à Copel O governador
do Paraná, Roberto Requião, defendeu perante o ministro Silas Rondeau
que as futuras obras de geração no Paraná sejam outorgadas à Copel, que
constituirá parcerias onde será sempre a sócia majoritária. O governador
afirmou que o modelo concentrador para compra e venda de energia elétrica
não estimula novos investimentos em geração pelo Estado e pela Copel,
na medida em que a energia produzida deve ser vendida em leilão ao pool.
"Não sou contrário à existência desse modelo, mas acho que suas regras
deviam ser flexíveis o bastante para admitir as exceções representadas
pelas empresas verticalizadas como a Copel, por exemplo, que não pode
mais atender ao seu mercado com energia que ela mesma produz", disse.
(Elétrica - 08.10.2005) A Tractebel Energia encaminhou à CVM na sexta-feira pedido para adesão ao Novo Mercado da Bovespa. A Suez, controladora da empresa, fará uma oferta pública secundária de 8% do capital social e votante da Tractebel. A atual participação da Suez no capital da companhia é de 78,31%. Coordenam a operação o Banco UBS, o Itaú BBA e o JP Morgan. (Valor Econômico - 10.10.2005) 9 Celesc espera resolver sobre desverticalização na assembléia de SC esta semana O novo diretor-presidente da Celesc, Miguel Ximenes, acredita que o impasse sobre a desverticalização da empresa deve ser resolvido nesta semana. A distribuidora necessita de autorização da Assembléia Legislativa para dar continuidade ao processo, que teve o período ampliado até 30 de junho de 2006 pela Aneel. "Nós estamos com pequeno atraso no cronograma devido, justamente, ao projeto de lei que tramita na Assembléia, mas que ainda não impede que o cronograma seja cumprido à risca. No momento, estamos elaborando o edital para contratação de empresa especializada, que fará a modelagem do leilão", frisou Ximenes. (Canal Energia - 10.10.2005) 10 Furnas, Eletronorte e FIP Brasil Energia estão na briga por Estreito A definição
da empresa que ingressará no consórcio responsável pela usina de Estreito,
ocupando a participação da mineradora australiana BHP Billinton, deverá
ocorrer dentro de um mês. De acordo com o cronograma estabelecido para
a negociação, a previsão é que no dia 4 de novembro a administradora Rio
Bravo receba dos players habilitados na fase de inicial de seleção as
propostas visando à entrada no projeto, que terá capacidade instalada
de 1.087 MW. O data room contendo as informações econômico-financeiras
e técnicas do empreendimento já foi aberto. (Canal Energia - 07.10.2005)
No pregão do dia 07-10-2005, o IBOVESPA fechou a 29.972,29 pontos, representando uma alta de 2,55% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,61 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,76%, fechando a 9.130,26 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 92,9 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 41,80 ON e R$ 41,06 PNB, alta de 3,21% e 3,69%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 10,2 milhões as ON e R$ 37,1 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 40% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 10-10-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 42,22 as ações ON, alta de 1,00% em relação ao dia anterior e R$ 41,56 as ações PNB, alta de 1,22% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 10.10.2005) A Standard & Poor's atribuiu rating preliminar 'brAAf', em sua escala nacional Brasil, à operação de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da Cesp, no valor de R$ 650 milhões, anunciada esta semana. (Canal Energia - 07.10.2005) Um funcionário da Aneel foi nomeado, a pedido da bancada do PMDB de Rondônia, diretor da Eletronorte. A Aneel informou que "o pedido de cessão foi apreciado pela Procuradoria Federal, que não colocou óbices legais à cessão. A Comissão de Ética da Aneel também analisou o caso e não encontrou impedimentos, fazendo apenas sugestões para evitar eventuais conflitos de interesse futuros". (Folha de São Paulo - 08.10.2005) A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a RGE a pagar uma indenização de R$ 3.000 a um consumidor, por oscilação de energia elétrica que causou a queima de equipamentos de informática de uma joalheria. De acordo com o relator do recurso no TJ-RS, o autor da ação "comprovou os prejuízos decorrentes da queima de seus equipamentos e a relação de causa e efeito entre este evento danoso e a falha no fornecimento de energia". (Elétrica - 10.10.2005) A Celesc foi condenada a pagar R$ 3.182,04, corrigidos desde setembro do ano passado, por danos e lucros cessantes a um restaurante que pediu ressarcimento por prejuízos decorrentes do apagão que atingiu Florianópolis em 29 de outubro de 2003 e que por 55 horas deixou a parte insular da capital catarinense às escuras. A decisão deu-se em primeira instância na 3ª Vara Cível da cidade e cabe recurso. (Elétrica - 08.10.2005) A Bandeirante Energia figura em 6º lugar na lista das dez empresas com o maior número de reclamações fundamentadas feitas ao Procon de São José dos Campos. Os sistemas comerciais da empresa geraram milhares de contas erradas de uma só vez, fazendo com que centenas de consumidores ingressassem com processos no PROCON e DECON. (Elétrica - 10.10.2005) A vigilância ambiental na região dos lagos das hidrelétricas de Itá e Machadinho vai aumentar. Um acordo entre a Tractebel Energia, empresa que administra as duas usinas, a Polícia Ambiental de Santa Catarina e a Brigada Militar do Rio Grande do Sul fará com que seja aberto um posto avançado de proteção ambiental em Itá. O objetivo é coibir a pesca predatória. (Elétrica - 08.10.2005)
Leilões 1 Leilão tenta fechar contratos para o suprimento de energia amanhã Amanhã o governo
tentará, pela segunda vez, fechar contratos para o suprimento de energia
no País em 2009. Pela manhã, será realizado o terceiro leilão do setor,
para assinatura de contratos de abastecimento em 2006. O quarto leilão,
e mais aguardado, será à tarde e garantirá o fornecimento de energia em
2009. A primeira tentativa, em abril deste ano, não foi bem sucedida.
Apesar de as 18 geradoras terem se inscrito para o leilão, poucas ofereceram,
de fato, energia no pregão. Como não houve oferta suficiente para atender
à demanda das distribuidoras, o Governo cancelou a rodada. Apesar disso,
empresas e consultores estão otimistas sobre as duas rodadas agendadas
para terça-feira. O principal motivo para a análise positiva é o ajuste
das regras do leilão na tentativa de evitar um novo fracasso. Uma alteração
importante será a ausência de um preço mínimo a ser atingido (preço de
reserva) para vencer a disputa. Nos leilões do setor elétrico, vence (fecha
o contrato) a geradora que oferecer sua energia pelo preço mais baixo.
Porém, o Governo mantinha o preço mínimo como um mecanismo para forçar
lances cada vez menores. Assim, o leilão só terminava quando o piso era
atingido. (Jornal do Commercio - 10.10.2005) 2 CCEE divulga lista de participantes dos leilões de energia existente A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica divulgou nesta sexta-feira a lista dos agentes que participarão do terceiro e quarto leilões de energia existente, que ocorrerá na próxima terça-feira, 11. Participarão 18 agentes, sendo cinco compradores e 13 vendedores, no caso do terceiro leilão que será negociada energia a ser entregue a partir de 2006, com contrato de três anos. No quarto leilão, confirmaram presença 32 agentes, sendo 17 compradores e 15 vendedores que ofertarão energia a ser entregue a partir de 2009, com contratos de oito anos. (Canal Energia - 07.10.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 08/10/2005 a 14/10/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Governo do Paraná comprova incapacidade de operação da Termelétrica de Araucária O governador do Paraná, Roberto Requião, informou ao ministro Silas Rondeau, durante encontro na sexta-feira (07/10), os resultados de dois laudos periciais atestando que a Usina Termelétrica de Araucária - UEG Araucária - não é capaz de operar em condição de segurança. Os novos laudos foram emitidos pelo Instituto Superior Técnico - IST, vinculado à Universidade Técnica de Lisboa, e pela Scott Wilson Raymond, empresa de consultoria em engenharia estabelecida em Londres. "Os laudos nos chegaram recentemente e confirmam a conclusão apontada nos laudos judiciais já realizados perante a Justiça do Paraná de que há riscos e que eles são muito sérios", contou Requião. A usina é de geração de energia elétrica a partir do gás natural vindo da Bolívia e está parada desde o fim de 2002. Entre os problemas apresentados pela usina está a unidade de processamento de gás natural, construída para adequar o combustível que alimentaria a usina e que custou US$ 43 milhões. A El Paso detém 60% das ações da usina, a Copel é dona de outros 20% e a Petrobrás dos 20% restantes. (Elétrica - 08.10.2005) 2 Rondaeu delega ao Governo do Paraná decisão de negociar ou não com El Paso O ministro Silas
Rondeau declarou que a Petrobras não tem interesse em negociar nenhuma
alteração na participação acionária que mantém na UEG Araucária, e conferiu
ao Paraná a decisão se negocia ou não com a El Paso. "Cabe à Copel decidir
se vai negociar com a empresa controladora do projeto", afirmou. O Estado
já levou a questão a discussões judiciais numa corte de arbitragem em
Paris e no Judiciário brasileiro. (Elétrica - 08.10.2005) 3 Governo do Paraná garante esforço para buscar licenciamento de usinas O governador
do Paraná, Roberto Requião, disse ao ministro Silas Rondeau que o Paraná
fará o possível para que o licenciamento das futuras usinas seja feito
no menor prazo, mas observou que as maiores prioridades são o cumprimento
da legislação ambiental e o aproveitamento racional dos recursos naturais
disponíveis no Estado. "O Governo do Paraná não se opõe à utilização do
seu potencial energético, mas também não aceita liberar projetos que ainda
possam ser melhorados, com redução dos impactos ambientais e sociais,
sem perda de viabilidade", afirmou. Existem três projetos sob análise
das autoridades ambientais paranaenses aguardando a concessão de licença
para que possam ser incluídas no próximo leilão da Aneel: Baixo Iguaçu,
Salto Grande e Mauá. Mas, para tanto, as permissões teriam que ser dadas
até o dia 1º de dezembro. (Elétrica - 08.10.2005) 4 Incertezas sobre fornecimento de gás limitam expansão da geração térmica, diz CNI As unidades
de Competitividade Industrial e de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento
da CNI desenvolveram nota técnica sobre a situação da geração térmica
no Brasil. No documento, as duas unidades afirmam que as incertezas sobre
o fornecimento de gás natural são um dos fatores que limitam a expansão
da geração térmica no país. Além disso, o documento aponta outros fatores
que dificultam o crescimento desse mercado: a rigidez das regras dos contratos,
o alto custo do gás e a incompatibilidade entre a regulamentação do setor
elétrico e a do gás natural. (Canal Energia - 07.10.2005)
Grandes Consumidores 1 CSN acirra disputa em aço pré-pintado Depois de dominar
sozinha o mercado de aços pré-pintados durante 20 anos, a paulista Tekno
está enfrentando a concorrência feroz de uma gigante nacional do aço,
a CSN, que entrou nesse setor em 2003. O poder de competição é desigual:
a Tekno teve receita líquida de R$ 115 milhões em 2004; a companhia controlada
pela família Steinbruch chegou a R$ 9,8 bilhões. A participação da Tekno
no segmento, que passou de 100% para 60%, está ainda mais ameaçada pelos
investimentos previstos pela siderúrgica, que tem planos de instalar nova
linha no ano que vem para produzir telhas de aço pré-pintadas. Com isso,
sua capacidade atual de 150 mil toneladas ao ano vai aumentar para 250
mil. O diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, explica que a
companhia tem grande interesse no aço pré-pintado devido a seu alto valor
agregado. Enquanto uma bobina de aço sem pintura custa US$ 620, a pré-pintada
chega a valer US$ 1,3 mil, segundo ele. "Mesmo assim, o cliente final
tem uma economia de até 15% ao eliminar a etapa de pintura", diz o executivo.
(Valor Econômico - 10.10.2005) 2 Braskem reajusta os preços das resinas pela segunda vez neste ano O segundo semestre
está redimindo o setor petroquímico, que durante toda a primeira metade
do ano não conseguiu fazer reajustes apesar dos picos no preço do petróleo.
A Braskem fará o segundo reajuste de preços no ano este mês. A empresa
repassará aumentos de até 15% aos preços das resinas plásticas que espera
sejam absorvidos até dezembro, de acordo com as negociações. Os motivos
para esse aumento são a demanda crescente, que começou na Ásia e chegou
ao Brasil, além de ser o melhor momento, já que no final do ano os produtos
são consumidos em maior escala (sacolas plásticas, carros, brinquedos).
(Gazeta Mercantil - 10.10.2005) 3 Tarpon continua na disputa pela Acesita A disputa pela
siderúrgica mineira Acesita não se encerrou na última quinta-feira, quando
o grupo europeu Arcelor arrematou os 25% do controle acionário da empresa
que estavam em poder dos fundos de pensão Previ e Petros. A briga pelas
ações ordinárias da Acesita havia se acirrado no dia anterior por conta
de uma proposta do fundo Tarpon pela mesma participação, só que com oferta
maior do que os R$ 42,28 oferecidos inicialmente pela Arcelor. O grupo
europeu cobriu a oferta - de R$ 45 por ação - e conseguiu fechar negócio
com os fundos. Mas a Tarpon não desistiu. "Não mudamos de idéia. A única
diferença é que agora ao invés de negociarmos com duas partes, vamos ter
nossas conversas concentradas em um único grupo, a Arcelor", disse o gestor
da Tarpon, José Carlos Magalhães, que já administra 10% de ações ordinárias
da Acesita e outros 20% de preferenciais. (Gazeta Mercantil - 10.10.2005)
Economia Brasileira 1 Analistas esperam crescimento de 3,3% para PIB e saldo comercial de US$ 41,5 bi em 2005 O mercado financeiro manteve praticamente estáveis as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,30% neste ano, pouco acima dos 3,29% previstos na semana anterior. Para 2006, a estimativa média permaneceu em 3,50%, onde está há 23 semanas. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano subiu de US$ 41 bilhões para US$ 41,54 bilhões. Para 2006, porém, continuou em US$ 35 bilhões. Os analistas conservaram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 16 bilhões. A estimativa para 2006, porém, caiu de US$ 16 bilhões para US$ 15,95 bilhões. Os dados referem-se à mediana das expectativas de analistas de cerca de cem instituições financeiras consultados semanalmente pelo Banco Central em seu relatório de mercado. A previsão dos analistas para o superávit das contas correntes brasileiras em 2005 continuou em US$ 13 bilhões. O resultado esperado para 2006 é de superávit de US$ 6,7 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,31% neste ano. Em 2006, a estimativa é de alta de 4,50%. (Valor Econômico - 10.10.2005) 2 Iedi: importações no Brasil cresceram a uma tacha média anual de 21,5% Segundo estudo recém-concluído pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), de dezembro de 2002 a setembro de 2005, as importações no Brasil cresceram a uma taxa anual média de 21,5% e mensal de 1,6%,. Nesses três anos, a importação cresceu 70% em volume total por dia útil. A tendência é que em 2006 continuem em alta. O Iedi prevê uma expansão de 22,36%. Segundo o Iedi, o grande aumento das importações no período recente se concentra nos itens de bens de capital e intermediários. Há também um aumento das importações de combustíveis, mas esse está ligado à elevação do preço do petróleo. Já o aumento das importações de bens de consumo tem sido em geral muito pequena. Para o Iedi, a valorização do câmbio talvez esteja gerando um novo ciclo de substituição e investimento em novas máquinas e equipamentos. Na prática, a extensão do PIS e da Cofins aos importados fez o papel de um aumento de tarifas sobre os bens de consumo. (Folha de São Paulo - 10.10.2005) 3 Balança tem saldo de US$ 1 bi na 1ª semana de outubro 4 Focus: mercado prevê corte de 0,5 ponto na Selic em outubro, novembro e dezembro Os analistas
financeiros continuam a prever corte de 0,5 ponto percentual no juro básico
da economia em outubro. A mediana das expectativas dos analistas para
a Selic do décimo mês de 2005 aponta para 19,00% ao ano. Para novembro
é esperado mais um corte de 0,5 ponto, para 18,50% anuais. Essas duas
projeções são mantidas pelo mercado financeiro há cinco semanas, de acordo
com a pesquisa Focus. O mercado manteve a projeção da Selic no encerramento
do ano, com a mediana das expectativas apontando para juro a 18% anuais
em dezembro. Dessa forma, a se cumprirem as previsões, a expectativa dos
analistas é por mais um corte de 0,5 ponto no último mês de 2005. A previsão
de Selic média deste ano continuou em 19,15% anuais. Em 2006, a mediana
das estimativas aponta para Selic média de 16,50% anuais e para taxa de
16% ao final do ano. (Valor Econômico - 10.10.2005) 5 Focus: mercado eleva levemente projeção do IPCA de 2005, para 5,22% Depois de duas
semanas estável, a projeção do mercado financeiro para o índice oficial
de inflação de 2005 subiu 0,01 ponto percentual. No mais recente relatório
de mercado, feito pelo Banco Central na semana passada, a previsão é de
5,22. A mediana das expectativas para o IPCA de 2006, por outro lado,
teve ligeira queda, indo de 4,63% para 4,60%.De acordo com o levantamento
semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão
para o IGP-DI de 2005 permaneceu em 1,40% e, no IGP-M, baixou de 1,35%
para 1,29%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas
aumentou de 4,40% para 4,51%. A expectativa dos analistas para o IPCA
de outubro subiu de 0,41% para 0,45%. No IGP-DI, manteve-se em 0,35% e,
no IGP-M, em 0,30%. No IPC da Fipe, passou de 0,40% para 0,41%. Para o
mês de novembro, a mediana das expectativas para o IPCA baixou de 0,39%
para 0,38%. Nos demais índices, a previsão ficou estável: no IGP-DI e
no IGP-M, em 0,40% e, no IPC da Fipe, em 0,38%. (Valor Econômico - 10.10.2005)
6 Focus: previsão de IPCA nos próximos 12 meses sobe para 4,72% A projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses teve alta. Segundo o relatório de mercado elaborado em pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas dos analistas aponta para IPCA de 4,72%, contra a previsão de 4,69% da semana retrasada. Nos demais índices analisados, as previsões também caíram, com exceção do IPC da Fipe, cuja projeção caiu de 4,59% para 4,57%. No IGP-DI, a estimativa subiu de 4,79% para 4,89% e, no IGP-M, avançou de 4,81% para 4,87%. (Valor Econômico - 10.10.2005) 7 Inflação medida pelo IPC-S fica em 0,61% até 7/10 O início da
semana recheada de feriados foi tranqüilo no mercado financeiro brasileiro.
Mesmo com um leilão de compra do Banco Central, o dólar à vista encerrou
o período em baixa de 0,44%, cotado a R$ 2,238 na compra e R$ 2,240 na
venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 1,91%, para R$
2,2460 na compra e R$ 2,2480 na venda - na cotação mínima do dia. Na semana,
a divisa subiu 0,80%. (O Globo Online e Valor Online - 10.10.2005)
Internacional 1 Governo obriga empresas a aumentarem a produção O governo da
Bolívia pôs em vigor na sexta-feira um decreto que obriga os consórcios
petrolíferos a melhorar sua produção a fim de atender à demanda não coberta
de energia, déficit que gerava há mais de uma semana manifestações de
rua de donas de casa. A medida procura resolver o crescente desabastecimento
de gás liqüefeito de petróleo (GLP) e autoriza a Superintendência de Hidrocarburos
a "iniciar as medidas judiciais cabíveis", em caso de infração do dispositivo.
Outro decreto estabelece a proibição de uso do GLP no transporte público
e sua revenda em armazéns. Por sua vez, a Câmara Boliviana de Hidrocarburos
(CBH) investigou responsabilidades na escassez e afirmou em um comunicado
que "os volumes de produção de GLP aumentaram em mais 5.200 botijões por
dia durante a presente gestão incremento que equivale a 6%". A atual escassez
do combustível "não pode ser atribuída a uma falta de produção deste item
por parte das empresas", defendeu-se a Câmara. (Gazeta Mercantil - 10.10.2005)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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