l IFE:
nº 1.670 - 30 de setembro de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma: desenvolvimento e crescimento serão possíveis com investimento em logística e energia Durante
encontro da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia
Elétrica (Apine), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que
o desenvolvimento e o crescimento econômico somente serão possíveis com
investimentos em logística e energia e com crédito de longo prazo. Só
pensar em superávit primário, inflação e balança comercial, afirmou Dilma,
não resolverá os problemas do país. "Não é possível funcionar só um olho,
só olhar para as condições mais visíveis, a taxa de inflação, o superávit
da balança comercial e os fundamentos. É fundamental que eu tenha um outro
olho, que é o olho na infra-estrutura, na distribuição de renda e na infra-estrutura
social: educação, saneamento e saúde", alertou. (O Globo - 30.09.2005)
2 Dilma: setor de energia elétrica atingiu a maturidade Para a ministra
Dilma Rousseff, o setor de energia elétrica já atingiu maturidade e passará
a fazer análises de médio e longo prazos. Ela afirmou que o governo tentou
recompor a capacidade do setor de energia elétrica. A ministra disse ainda
que, para que o país cresça, o setor de energia precisa mostrar estabilidade
e segurança de abastecimento, com o menor preço possível. "Um setor assim
permite as condições de viabilidade de investimentos nas mais diferentes
áreas", disse. (O Globo - 30.09.2005) 3 MME realiza estudos para viabilizar início de operação de Belo Monte em 2010 O secretário
de Energia do MME, Ronaldo Schuck, informou nesta quinta-feira (29/09),
que o governo está realizando os estudos técnicos que prevêem o início
de operação da hidrelétrica de Belo Monte em 2010. A estimativa, segundo
ele, baseia-se na licitação do projeto em 2006. De acordo com o secretário,
a análise em torno da implementação da hidrelétrica está em fase final
de ajustes técnicos, especificamente em relação ao dimensionamento da
potência instalada. Além disso, o secretário ressaltou que está em curso
um amplo trabalho visando a liberação do licenciamento ambiental para
a hidrelétrica. (Canal Energia - 29.09.2005) 4
Secretário do MME prevê que usina de Belo Monte pode ir a leilão em 2007
5 Zimmermann: hidrelétricas do Rio Madeira podem ser licitadas no primeiro trimestre de 2006 O secretário
de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Márcio Zimmermann,
destacou que há chances de se licitar as hidrelétricas do Complexo do
Rio Madeira (Santo Antonio e Jirau), com capacidade estimada em 6.450
MW, no primeiro trimestre de 2006. Ele informou que o processo de licenciamento
ambiental já está em curso. Zimermann destacou que "daqui para frente"
o ministério não vai mais licitar usinas sem uma avaliação ambiental integrada.
(Valor Econômico - 30.09.2005) 6 MME prorroga por dois anos início da operação dos projetos do Proinfa O MME publicou
ontem portaria permitindo à Eletrobrás prorrogar por dois anos o início
da operação dos projetos incluídos no Proinfa. O prazo foi estendido de
30 de dezembro de 2006 para 30 de dezembro de 2008. De acordo com a portaria,
os processos de aditamentos contratuais terão de ser concluídos até 30
de novembro de 2005. A portaria atende pedido dos empreendedores que alegavam
dificuldades para cumprir o prazo estabelecido na lei do Proinfa. Márcio
Zimermann, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do
MME, disse que o importante é que a extensão de prazo seja feita em condições
que garantam o cumprimento dos contratos. Segundo o secretário, os empreendedores
das usinas inscritas no Proinfa terão que fazer aditivo contratual para
que possam habilitar-se à condição de entrar em operação até dezembro
de 2008. (Valor Econômico - 30.09.2005 e Canal Energia - 29.09.2005) 7 APMPE: novo prazo garantirá sucesso do Proinfa De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto, os prazos foram prejudicados devido a dificuldades com o detalhamento do programa. "A lei do Proinfa foi publicada em abril de 2002 e os contratos foram assinados somente em julho de 2004, os empreendedores perderam 28 meses", explicou. Pigatto afirmou que a linha de financiamento disponibilizada pelo BNDES dificultou o enquadramento dos empreendimentos o que também atrasou o cronograma das obras. "O BNDES só finalizou a readequação do programa em março", disse. "Mas agora, com este novo prazo, tenho certeza de que não haverá mais problemas e o programa será um sucesso", concluiu. (Gazeta Mercantil - 30.09.2005) 8
Governo avalia proposta sobre extensão de índice diferenciado para térmicas
9 Kelman: sem nomeação de novos diretores, setor elétrico pode parar O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, disse ontem que, se não forem indicados dois
novos diretores para o quadro da reguladora até dezembro, "o setor elétrico
vai parar". A razão é que a Aneel conta hoje com apenas três diretores
e dois deles terminam seus mandatos em dezembro. O regulamento da agência
exige pelo menos três membros na diretoria para dar segmento a qualquer
projeto. "Não há nomes sendo discutidos, até onde eu sei, mas isso não
é uma questão para a Aneel resolver, mas para o Ministério de Minas e
Energia", disse Kelman. (O Estado de São Paulo - 30.09.2005) 10
Faixas de terras em Goiás e DF são declaradas de utilidade pública A energia elétrica chegará ainda este ano às últimas 100 famílias de produtores rurais do município de Barra Mansa (RJ), na Região do Médio Paraíba, que ainda vivem sem esta tecnologia. O anúncio será feito hoje pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do RJ, Wagner Victer, e pelo prefeito Roosevelt Brasil. (Elétrica - 29.09.2005) O governo do MS inaugura hoje as obras de eletrificação do Programa Luz Para Todos em 33 domicílios rurais do município de Antônio João, a 274 km de Campo Grande. O investimento no projeto foi de R$ 244,2 mil e as obras irão beneficiar cerca de 165 pessoas. (Elétrica - 29.09.2005)
Empresas 1 Eletrobrás não vai ampliar orçamento para a Cemig no âmbito do programa Luz para Todos O presidente
da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, informou ontem, que a estatal federal
não pode ampliar o orçamento por nova ligação dos atuais R$ 6 mil para
R$ 9 mil, como pleiteia a Cemig para dar continuidade ao programa Luz
para Todos. "Não podemos flexibilizar tanto", disse. Cerca de 104 mil
consumidores rurais dependem de um acordo entre as duas estatais para
terem acesso à luz elétrica. De acordo com Vasconcelos, a Eletrobrás é
parceira da Cemig no projeto, mas já atingiu o teto daquilo que poderia
liberar. "Se estou no teto máximo, é preciso que encontremos uma solução
razoável", argumentou o presidente da Eletrobrás. Uma das alternativas
para o impasse, apontou Vasconcelos, seria a Cemig e o Governo de Minas
Gerais aumentarem sua participação no projeto e o uso de recursos de órgãos
internacionais de fomento. (Hoje em Dia - 30.09.2005) 2 AES Sul negocia pagamento de gastos de iluminação pública com prefeitura A AES Sul está disposta a autorizar a instalação de iluminação pública nos novos loteamentos de Santa Cruz do Sul. Mas para isso o governo municipal deve se comprometer a retomar os pagamentos dos gastos do setor. O assunto foi debatido em reunião informal da Câmara na segunda-feira (26/09). De acordo com o diretor de assuntos corporativos da AES Sul, Antônio Carlos de Oliveira, desde o final de 1997 a Prefeitura não está pagando os gastos para iluminar as ruas. Hoje, a dívida chega a R$ 29 milhões. Durante a reunião com os vereadores, o diretor abriu uma possibilidade de negociação. "O ideal seria que recebêssemos uma parcela do atrasado. Mas entendemos as dificuldades da administração. Se houver a retomada dos pagamentos, já muda a realidade atual", afirmou Oliveira. (Gazeta do Sul - 30.09.2005) 3 Audiências públicas abordarão a revisão tarifária de quatro distribuidoras do Norte Consumidores
de energia elétrica da região Norte participarão de audiências públicas
em outubro sobre a revisão tarifária das distribuidoras Manaus Energia
S/A, Boa Vista Energia S/A, Eletroacre, e Ceron. As reuniões promovidas
pela Aneel têm o objetivo de apresentar as propostas de revisão tarifária
de cada empresa e dar oportunidade aos interessados de contribuir pessoalmente
com os processos. Na quinta-feira (06/10), haverá audiência pública sobre
o processo de Manaus Energia. No dia seguinte (07/10), a reunião abordará
a revisão na empresa Boa Vista Energia. No dia 19, será a vez da audiência
pública sobre a Eletroacre. No dia 20, haverá a apresentação do processo
da Ceron. Nas audiências públicas serão apresentados os índices preliminares
de correção das tarifas. Os percentuais propostos são: 16,15%, para a
Manaus Energia; 7,29% para a Boa Vista Energia; 5,59% para a Eletroacre;
e 1,78% para a Ceron. (Aneel - 29.09.2005) 4
Ventos do Sul Energia dá início a construção do parque eólico de Osório
No pregão
do dia 29-09-2005, o IBOVESPA fechou a 31.208,82 pontos, representando
uma baixa de 0,35% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,58 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
0,72%, fechando a 9.390,27 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 119,1 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 43,50 ON e R$ 42,51 PNB, alta de 0,23% e 1,21%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 15,2 milhões as ON e R$ 32,7 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 27% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 30-09-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 43,90 as ações ON, alta de 0,92%
em relação ao dia anterior e R$ 42,51 as ações PNB, estável em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 30.09.2005) Os medidores de consumo de energia da Rede Celpa devem dar lugar a um novo sistema eletrônico de medição. Os testes envolvendo a nova tecnologia começam na segunda quinzena de outubro e atingirão quatro mil consumidores, moradores de áreas residenciais dos bairros de São Brás, Guamá e Canudos. (O Liberal - 30.09.2005) A Rede Celpa está levando em frente o projeto de "Adequação de Consumo à Renda". Através desse programa, 180 famílias que vivem com até dois salários mínimos por mês já tiveram, sem custo algum, acesso a aterramento elétrico, instalação de disjuntores, substituição da fiação elétrica interna e troca da borracha da geladeira. (O Liberal - 30.09.2005) A Cemig é a primeira concessionária de energia do Brasil a instalar pára-raios de óxido de zinco em linhas de transmissão de 230 KV. Usada para melhorar o desempenho das linhas frente à ação de descargas atmosféricas, essa tecnologia vai aumentar a confiabilidade do sistema elétrico. (Elétrica - 29.09.2005)
Leilões 1 Leilões de energia existente serão realizados no próximo dia 11 A realização
do terceiro e do quarto leilões de energia existente será concentrada
no próximo dia 11, em São Paulo. A programação inicial previa também a
data de 10 de outubro para o evento, mas a comissão do leilão resolveu
reduzir o período para proporcionar maior comodidade aos agentes vendedores
que acompanharão os negócios em salas isoladas do hotel. A comissão ainda
constatou que há flexibilidade para acelerar os tempos das rodadas dos
leilões. O terceiro leilão, denominado A -1, prevê oferta de energia em
contratos de três anos, com suprimento a partir de janeiro de 2006. O
quarto leilão, designado "leilão de transição", ofertará lotes com contratos
de oito anos e suprimento a partir de janeiro de 2009. A próxima data
no cronograma é o dia 5 de outubro, prazo para o depósito de garantias
financeiras pelas empresas pré-qualificadas. No dia 6, será divulgado
o resultado dos agentes habilitados. (Aneel - 29.09.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Interrupções no fornecimento de energia afetam população do MA Uma série
de interrupções no fornecimento de energia elétrica provocou transtornos
à população de Imperatriz e demais cidades da região sul do Estado, e
norte tocantinense. Foram seis quedas de energia compreendendo o período
da tarde/noite de terça e madrugada de ontem. O uperintendente João Kleber
Viana isse que o principal problema foi a falta de informação sobre a
duração do apagão. O restabelecimento da energia, por volta das 18h, deixou
a população aliviada. Às 21h47 a cidade ficou novamente às escuras. A
energia voltou cerca de 40 minutos depois e não demorou muito para ocorrência
de outra interrupção. (Elétrica - 29.09.2005) 2 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 65,5% A capacidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 65,5%, com queda de 0,2% em relação ao volume registrado no dia anterior. O índice fica 31,3% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Miranda e Itumbiara operam com 56,3% e 83,6% de capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 30.09.2005) 3 Índice de armazenamento da região Sul está em 95,1% A região
Sul registra 95,1% de volume armazenado em seus reservatórios. Em relação
ao dia anterior, dia 28, houve queda de 0,1% no índice de armazenamento.
A usina S. Santiago apresenta 99,4% de capacidade. (Canal Energia - 30.09.2005)
4 Região Nordeste registra 67,9% de volume armazenado em seus reservatórios O nível
dos reservatórios do Nordeste está em 67,9%, com queda de 0,3% em relação
ao dia anterior. O índice fica 42,7% acima da curva de aversão ao risco.
O volume da hidrelétrica de Sobradinho está em 63,5%. (Canal Energia -
30.09.2005) 5 Capacidade do submercado Norte está em 56,6% O índice
de armazenamento da região Norte está em 56,6%, com queda de 0,5% em relação
ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 54,5% de capacidade.
(Canal Energia - 30.09.2005)
Gás e Termoelétricas 1 ANP será responsável pela definição do tamanho da ampliação do Gasbol A ANP será responsável pela decisão final sobre o tamanho da ampliação do Gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol). Essa posição foi comunicada pela agência durante reunião, no dia 15 de setembro, ao diretor superintendente da Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), José Zonis, que opera o trecho brasileiro do Gasbol. Participaram da reunião, além da TBG, a superintendência de Hidrocarburos da Bolívia (Sirese, órgão regulador) e a Gás Transboliviano (GTB), que controla o trecho boliviano do gasoduto. A ANP informou que a ampliação terá de obedecer à portaria ANP nº 98 de 2001, que estabelece a necessidade de oferta pública de capacidade para ampliação dos sistemas de transporte de gás do país. A decisão final dos volumes adicionais de gás depende do resultado do concurso aberto. O superintendente de comercialização de gás natural da ANP, Cesário Cecchi, explicou que o processo de consulta pública começa logo depois da Sétima Rodada de Licitações, marcada para 18 e 19 de outubro, e deve demorar entre dois e três meses. Nesse período todos os interessados em importar gás da Bolívia poderão se manifestar, informando o volume que querem trazer. (Valor Econômico - 30.09.2005) 2 TBG é responsável por cerca de 60% do gás natural movimentado no Brasil A Transportadora
Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) é responsável, atualmente,
por cerca de 60% do gás movimentado no Brasil e este mês bateu o recorde
de movimentação do insumo, quando foram importados 27,5 milhões de metros
cúbicos de gás por dia. Apesar do volume médio de importação, em 2005,
estar na faixa de 25 milhões de metros cúbicos/dia, o novo recorde mostra
que o Gasbol está prestes a atingir seu limite de transporte. E no próximo
ano deve alcançar a capacidade máxima com a conclusão do gasoduto Campinas-Rio.
"Quando o sistema se aproxima do limite, é preciso mais atenção nos procedimentos
de rotina e mais cuidado na gestão do gasoduto", explica ao diretor superintendente
da TBG, José Zonis. (Valor Econômico - 30.09.2005) 3 TGB: Petrobras ainda não se manifestou oficialmente sobre interesse em ampliar importações de gás Enquanto
aguarda o processo de consulta, a Transportadora Brasileira do Gasoduto
Bolívia Brasil (TBG) não recebeu nenhuma manifestação oficial da Petrobras
sobre o interesse de ampliar suas importações de gás. O diretor superintendente
da TBG, José Zonis explicou que já tem prontas as projeções e calcula
que as obras de expansão vão demorar entre 24 e 36 meses, o que significa
que ficariam prontas no final de 2008 se começarem no início de 2006.
(Valor Econômico - 30.09.2005) 4 BG se coloca como potencial interessada em participar de concurso aberto para expansão do Gasbol O presidente
da BG no Brasil, Luiz Carlos Costamilan, disse que a empresa (que divide
com a Shell o controle da Comgás) é uma das "potenciais interessadas"
em participar do concurso aberto. "Achamos que é inevitável que se tenha
uma expansão do Gasbol. A TBG tem caixa para isso e o gás da Bolívia é
o que hoje está mais prontamente disponível para o mercado brasileiro.
Já o tamanho dessa expansão vai depender de uma série de fatores, entre
eles o posicionamento do governo boliviano com relação à Lei de Hidrocarbonetos",
disse Costamilan. (Valor Econômico - 30.09.2005) 5 Decisão da ANP em arbitrar ampliação do Gasbol é apoiada A decisão da ANP de arbitrar a ampliação do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) foi bem recebida pelo mercado. Existem previsões entre os agentes do setor de que a demanda não atendida de gás no Brasil em 2009 seria entre 12 milhões a 15 milhões de metros cúbicos, no mínimo, já incluindo a oferta, pela Petrobras, do gás a ser produzido no campo de Mexilhão. O assunto tem reflexos no mercado de energia elétrica, onde já falta gás para atender todas as térmicas instaladas no país. Esse problema poderá deixar a maior parte dessas usinas fora do leilão de energia nova, por falta de contrato de suprimento do insumo. Essas são algumas das preocupações que vêm sendo manifestadas por analistas privados e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). A definição do tamanho da ampliação do Gasbol terá de levar em conta a capacidade de produção de gás no país vizinho, além dos investimentos necessários para ampliar não só a oferta de gás como também sua movimentação, processamento e armazenagem até sua passagem pela fronteira. (Valor Econômico - 30.09.2005) 6 BG: novos investimentos na Bolívia vão depender dos atuais produtores de gás O presidente da BG no Brasil, Luiz Carlos Costamilan, ressalta que novos investimentos na Bolívia dependem da disposição dos atuais produtores de gás, que ainda convivem com um quadro de muitas incertezas. Os produtores aguardam definições importantes daquele governo, como a regulamentação da nova lei de Hidrocarbonetos, que prevê a migração compulsória dos atuais contratos para um novo modelo que ainda é desconhecido pelas empresas que têm investimentos naquele país. (Valor Econômico - 30.09.2005) 7 IBP: geração térmica a gás será necessária para atender demanda de energia em 2008 e 2009 O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) aponta a necessidade de geração térmica a gás para suprir a demanda de energia em 2008 e 2009. Pelo estudo do IBP, o consumo de energia no Brasil, em 2008, será de 54,3 mil MW/médios, dos quais 50.209 MW/médios providos por hidroelétricas e 6.391 MW/médios por térmicas a gás. Já para 2009, a previsão de demanda é maior, atingindo 56,9 mil MW para a mesma oferta de energia hídrica e térmica, o que mostra que nesses dois anos a termoeletricidade será responsável por cerca de 11% da energia assegurada. (Valor Econômico - 30.09.2005) 8 Petrobras e Galp firmam parceria para aquisição da Gás Brasiliano A Petrobras e a petrolífera portuguesa Galp selaram a parceria para disputar a compra da Gas Brasiliano, concessionária de gás canalizado do noroeste de São Paulo. O diretor de gás da Petrobras, Ildo Sauer, confirmou a parceria com a Galp para a compra da distribuidora paulista de gás. A empresa é atualmente controlada pelo grupo Eni e da sua subsidiária Italgás. Pelo modelo da associação firmada, se for efetivada a aquisição, a empresa portuguesa ficará com 50% mais uma ação. (Valor Econômico - 30.09.2005) 9 Gás Brasiliano desperta interesse de outro seis grupos Pelo menos outros seis grupos já demonstraram interesse pelo ativo. Dentre eles, a espanhola Gas Natural, a belga Suez, a colombiana Promigas e ainda as companhias nacionais Gasmig e Comgás, além do grupo de engenharia Arecco, com base na Argentina. A Comgás deverá participar em sociedade com o grupo Arecco. Os italianos já estão recebendo as propostas financeiras e o resultado deverá ser conhecido em outubro, segundo informou fonte próxima às negociações. O banco Santander coordena a operação. Depois que a Eni vender a concessão, o processo precisará da aprovação da Comissão de Serviços Públicos de Energia de São Paulo (CSPE). Os novos controladores terão que assumir o compromisso de investir R$ 280 milhões nos próximos quatro anos na extensão de sua rede de distribuição. (Valor Econômico - 30.09.2005) 10 Petrobras, Gasmig e Comgás não poderão ser controladoras da Gás Brasiliano Segundo o secretário de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, dentre os interessados na aquisição da Gás Brasiliano, alguns possuem restrições legais para comprar a Gas Brasiliano. Petrobras, Gasmig e Comgás não poderão ser controladoras da distribuidora, caso uma delas seja vencedora em sua proposta, pois as estatais são impedidas por lei de terem participação majoritária em qualquer empresa estadual privatizada. O veto consta no Programa Estadual de Desestatização (PED) e também estava descrito nos editais das privatizações realizadas pelo governo de São Paulo. A Comgás não é estatal, mas o PED exige que as três áreas de concessão de gás do Estado tenham controladores diferentes. E a Comgás já é uma das concessionárias do Estado, a principal delas, que abrange a região metropolitana da capital. (Valor Econômico - 30.09.2005) 11 Petrobras e PDVSA fecham acordo para investimentos de US$ 4,7 bi Os presidentes da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e da PDVSA, Rafael Ramirez, assinaram ontem cinco acordos bilaterais que deverão gerar investimentos de US$ 4,7 bilhões no Brasil e na Venezuela na área de petróleo. O principal empreendimento é a construção da refinaria de petróleo no Porto de Suape, em Pernambuco, um investimento de US$ 2,5 bilhões. A refinaria terá capacidade para 200 mil barris de petróleo pesado por dia. (O Globo - 30.09.2005) 12 Acordo com PDVSA dará acesso à Petrobras para exploração de gás natural na Venezuela O acordo assinado com a PDVSA dará à Petrobras acesso à exploração de petróleo e gás natural na Venezuela. Serão feitos estudos para a exploração do campo venezuelano de Carabobo, na faixa do rio Orinoco, com reservas estimadas em 150 mil barris por dia. Pelo acordo, uma empresa com 51% de capital da Petrobras e 49% de capital venezuelano irá realizar a exploração. Também será definida uma joint venture para exploração da região chamada Norte de Paria. Os investimentos são estimados em US$ 2,2 bilhões. (Folha de São Paulo - 30.09.2005) 13 Governo revê posição da energia nuclear Novos estudos técnicos em relação à participação da energia nuclear na matriz energética brasileira mudaram a posição do governo. A ministra da Casa Civil vai recomendar à Empresa de Pesquisa Energética a inclusão de mais dois projetos nucleares no Plano Decenal de investimentos do setor elétrico. Trata-se da implantação de uma usina próxima às minas de urânio de Caetité, na Bahia, e de outra no Ceará, perto das jazidas de Itataia. A nova versão do programa nuclear soma investimentos de aproximadamente US$ 13 bilhões pelos próximos 18 anos. Cerca de US$ 3 bilhões seriam gastos nos cinco primeiros anos. O programa prevê a construção de Angra 3 e de mais cinco usinas nucleares. (Relatório Reservado - 30.09.2005)
Economia Brasileira 1 TJLP em 9,75% encarece empréstimo A manutenção da Taxa de Juros de Longo Prazo em 9,75%, decida ontem pelo Conselho Monetário Nacional, vai encarecer os empréstimos do BNDES, afirmou uma fonte do banco de fomento estatal. "Como a inflação recuou e a taxa continuou a mesma, os juros reais que baseiam o custo do crédito do BNDES subiram, elevando, conseqüentemente, o custo do financiamento", disse a fonte. O setor produtivo fez, ontem, pesadas críticas ao governo ao receber a informação de que o CMN optou por manter a TJLP em 9,75%. Para o coordenador da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a decisão foi "surpreende e injustificável". "O momento exige maior compromisso com o crescimento, que apenas ocorrerá com o retorno do investimento produtivo", afirmou. O presidente do BNDES, Guido Mantega, também reagiu com surpresa à decisão do CMN, segundo a fonte do banco. Para o presidente do BNDES, o lógico seria que a taxa acompanhasse a queda do risco-país e das projeções de inflação. (Gazeta Mercantil - 30.09.2005) 2 Carga tributária atinge 39,34% do PIB A carga tributária atingiu 39,34% do PIB no primeiro semestre de 2005. Ou seja, um aumento de 1,5 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário é que o peso dos tributos em 2005 chegue a 37,5% do PIB. A carga tributária per capita do primeiro semestre de 2005 apresentou crescimento de 13,32%, em relação ao mesmo período de 2004. "O constante arrocho fiscal fará com que cada brasileiro pague R$ 452 a mais de tributos neste ano", diz o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. (Gazeta Mercantil - 30.09.2005) 3
Risco-país cai 3,09% 4 Confiança do consumidor melhora em setembro, depois de cair por 3 meses, diz FGV Depois de
três meses de diminuição, a confiança do consumidor brasileiro deu sinais
de aumento em setembro. De acordo com a 22ª Sondagem de Expectativas do
Consumidor realizada pela FGV, comparativamente a agosto houve melhora
em cinco dos oito principais itens pesquisados. Dois pioraram e um ficou
estável. " A recuperação de parte da confiança perdida nos últimos meses
pode indicar um início de mudança de percepção do consumidor, face aos
resultados relativamente favoráveis da economia em meio à turbulência
política dos últimos meses " , diz relatório da entidade. (Valor Econômico
- 30.09.2005) 5 Consumidor está mais otimista com expectativas futuras, diz sondagem da FGV As expectativas
dos consumidores para os próximos seis meses, apuradas em setembro, estão
mais otimistas. "As perspectivas para a situação econômica do país e da
família melhoraram. A deterioração ocorreu no item que trata da perspectiva
de compra de bens de alto valor", concluiu a 22ª Sondagem realizada pela
FGV. Mesmo assim, pondera a FGV, o conjunto dos resultados é o segundo
pior da série histórica - perdendo apenas para o de agosto. (Valor Econômico
- 30.09.2005) 6 Menor variação do IGP-M irá se refletir em menores tarifas públicas em 2006 No próximo ano, as contas de energia elétrica e de outros serviços públicos como água e esgoto subirão menos graças à variação menor do IGP-M - indexador desses serviços. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o IGP-M registra alta acumulada de 2,17%. No mesmo período de 2004, a variação era bem maior: 11,90%. De janeiro a setembro deste ano, o índice teve alta de 0,21%, contra 10,25% em igual período de 2004. De acordo com o economista Alexandre Sant'Anna, da ARX Capital, "sem dúvida a menor variação do IGP-M terá impacto nos reajustes das tarifas" do próximo ano. Além disso, ele destaca que a queda dos IGPs também reduzirá o IPCA, índice que baliza o sistema de metas de inflação. Cerca de um terço da variação do IPCA está atrelada aos preços administrados. Ao fixar os reajustes, a Aneel considera, além do IGP-M, a produtividade das empresas, índices de satisfação do cliente e a variação do dólar (para distribuidoras que compram energia de Itaipu). (Folha de São Paulo - 30.09.2005) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Portugal vai reestruturar mercado local de energia Portugal
irá reestruturar seu setor de energia para aumentar a competição nos mercados
de gás e eletricidade. Como parte do projeto, o governo português está
revogando seu apoio ao plano de aquisição da Gás de Portugal (GDP) pela
Energias de Portugal (EDP), barrada este mês pela União Européia. O governo
anterior, de centro-direta, via a compra como estratégia chave de seu
plano para o mercado local de energia, embora autoridades reguladoras
européias argumentassem que o acordo daria à EDP controle dos mercados
de eletricidade e gás. A EDP controla a holding Energias do Brasil, companhia
que reúne os ativos da portuguesa no país. Sob o novo plano do governo
socialista, a rede de distribuição de gás e energia do país será integrada.
O governo pedirá a empresas para desenvolverem novos modelos de negócios
para o setor. (Elétrica - 29.09.2005) A British
Energy divulgou ontem seus primeiros resultados trimestrais desde a conclusão
de sua reestruturação em janeiro. Auxiliada por preços mais altos da energia
elétrica, a geradora reportou ganho de US$ 81 milhões. (Elétrica - 29.09.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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