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IFE: nº 1.666 - 26 de setembro de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Encontro reúne ouvidores do Setor Elétrico

Empresas
1 Eletrobrás: prejuízo das federalizadas com inadimplência chegou a R$ 541 mi no primeiro semestre
2 Futuro da Light está nas mãos do Goldman Sachs
3 Venda da Light pela EDF terá que ser avalizada pelo BNDES
4 CPFL questiona critério para definição de consumidores de baixa renda
5 RGE amplia capacidade de atendimento com inauguração de nova rede de distribuição
6 RGE: número final de ligações de novas unidades consumidoras pode ficar abaixo do estimado
7 Grupo de Trabalho estudará saída para a CEA
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Leilões
1 EPE: leilão de energia nova pode contar com mais de 80 usinas
2 Aneel posterga prazo final da audiência pública sobre minuta do leilão de energia nova
3 Abrage vai discutir termos da minuta com diretor-geral da Aneel antes de enviar contribuições

4 Segundo pregão de energia elétrica na BVRJ será dia 28

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Novas linhas devem evitar racionamento
2 EPE: risco de déficit no Norte e Nordeste está dentro da faixa padrão
3 Tolmasquim: existem soluções para eventual falta de energia nas regiões Norte e Nordeste

4
Estado de SP registra aumento de 3,6% no consumo de energia em agosto
5
Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Entidades preparam sugestões para o projeto do marco regulatório de gás
2 BNDES quer estimular financiamento de ônibus elétricos ou movidos a gás

Grandes Consumidores
1 Alcoa pode participar de leilão de energia nova
2 Executivo da Alcoa demonstra confiança no Brasil
3 Cade condena três siderúrgicas
4 Até 2015, setor de siderurgia terá US$ 12,7 bi

Economia Brasileira
1 O IBGE vai mudar a base de cálculo do PIB
2 Ipea: investir é essencial para ir além dos 4%

3 Analistas esperam alta de 3,28% no PIB de 2005
4 BNDES capta US$ 1 bi
5 Mercado prevê corte na Selic de 0,5 ponto em outubro
6 Balança comercial teve superávit de US$ 858 mi na semana passada
7 Projeção do mercado para IPCA de 2005 fica estável em 5,21%, diz Focus
8 Deflação perde fôlego em SP, aponta IPC-S
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 CGD reduz participação da EDP

Biblioteca Virtual do SEE
1 SCHEINKMAN , José Alexandre. Para crescer, é preciso investir em infra-estrutura. São Paulo. Folha de São Paulo, 25 de setembro de 2005.

Regulação e Novo Modelo

1 Encontro reúne ouvidores do Setor Elétrico

Os ouvidores das concessionárias de energia elétrica das Regiões Sul e Sudeste estarão reunidos no próximo dia 28, no Hotel Costa Norte, em Ingleses, para levantar contribuições sobre a Resolução 456/2000 da ANEEL, que rege as relações entre os consumidores e as distribuidoras. O evento será realizado simultaneamente ao X Encontro Nacional de Ouvidores/Ombudsman, que terá lugar no Costão do Santinho, de 28 a 30 de setembro. (Celesc - 23.09.2005)

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Empresas

1 Eletrobrás: prejuízo das federalizadas com inadimplência chegou a R$ 541 mi no primeiro semestre

Segundo a Eletrobrás, o crescente nível de inadimplência dos consumidores com as empresas federalizadas, que no primeiro semestre deste ano chegou a R$ 541 milhões, tem prejudicado o esforço feito para sanear as finanças das empresas: Cepisa, Ceal, Ceron, Ceam e Eletroacre. Incluindo as duas distribuidoras controladas pela Eletronorte, a Manaus Energia e a Boa Vista Energia, o débito chegou a R$ 704 milhões. Nos primeiros seis meses de 2003, o prejuízo com a inadimplência chegava a R$ 140 milhões. No caso da Cepisa, nos primeiros seis meses do ano, a dívida chegou a R$ 185,33 milhões, dos quais R$ 90,2 milhões são relativos ao segmento público. Na área da Ceal, a inadimplência alcançou R$ 151,5 milhões, de janeiro a junho. A Ceron registrou uma inadimplência de R$ 122 milhões no período. No caso da Ceam, a inadimplência chegou a R$ 45 milhões. A Eletroacre tem um estoque de dívida de R$ 36,5 milhões. O valor da dívida dos clientes da Manaus Energia fechou o semestre em R$ 103, 87 milhões e da Boa Vista Energia alcançou quase R$ 60 milhões. A Eletrobrás está implantando uma série de ações na tentativa de reduzir o volume de créditos a receber. Uma delas é a contração de uma empresa especializada em recuperar créditos. A outra é um projeto de padronização dos procedimentos comerciais das empresas federalizadas. (Canal Energia - 23.09.2005)

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2 Futuro da Light está nas mãos do Goldman Sachs

Após dois anos de rumores e boatos, a EDF contratou na semana passada o Goldman Sachs para vender a Light ou ao menos buscar um sócio estratégico para a distribuidora fluminense que injete recursos e assuma a gestão. A térmica Norte Fluminense também pode ser oferecida, apesar de não ser uma prioridade dos franceses. A usina gera 780 MW e tem contrato de venda de energia para a Light por 20 anos. A EDF quer melhorar seus resultados porque prepara uma oferta pública de ações na França. O Goldman Sachs já identificou entre 30 e 40 possíveis candidatos à compra da distribuidora. Outra dúvida é sobre o quanto vale a companhia. As ações da Light subiram 4,5% na sexta-feira (23/09), mas poucos acreditam que alguém pague o valor de mercado com base nesses preços. Dependendo do tipo de avaliação e do avaliador, a Light vale entre US$ 300 milhões e US$ 1 bilhão, mas os interessados devem querer baixar o preço usando como argumento a dívida da companhia, seu alto grau de inadimplência e as dificuldades regulatórias que ela vem enfrentando. (Valor Econômico - 26.09.2005)

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3 Venda da Light pela EDF terá que ser avalizada pelo BNDES

Recentemente capitalizada com R$ 760 milhões do BNDES, a Light voltou a ser alvo de boatos sobre uma possível venda. Embora porta-vozes da empresa não tenham confirmado tais informações, o BNDES já se antecipou a qualquer movimento de venda, ao informar que uma operação de transferência de controle terá necessariamente que passar pelo crivo da instituição. Na última sexta-feira, em matéria divulgada pela agência Reuters, uma fonte não-identificada da companhia confirmou que já teria sido iniciado o processo de transferência de parte das ações ou do controle para outras companhias. (Gazeta Mercantil - 26.09.2005)

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4 CPFL questiona critério para definição de consumidores de baixa renda

A CPFL conseguiu suspender uma liminar obtida pelo Ministério Público Federal contra a distribuidora exigindo a devolução das diferenças cobradas até fevereiro de 2004 dos consumidores de Ribeirão Preto considerados de baixa renda. No pedido de liminar, o Ministério Público Federal argumentou que são ilegais os critérios da Portaria nº 261, de 1996, da Aneel. De acordo com a portaria, para fazer parte da subclasse "residencial baixa renda", a unidade consumidora deve ter ainda capacidade instalada de 4,0 kW e ligação monofásica. Mas a CPFL conseguiu cassar a liminar do Ministério Público com o argumento de que apenas o baixo consumo não comprova que os consumidores tenham renda baixa. (Valor Econômico - 26.09.2005)

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5 RGE amplia capacidade de atendimento com inauguração de nova rede de distribuição

A RGE inaugurou na quinta-feira, dia 22 de setembro, a nova rede de distribuição que atenderá 60 mil moradores dos municípios gaúchos de Tapejara, Água Santa e Charrua. A empresa investiu R$ 11 milhões para construir a subestação Tapejara 2, em 138 kV-13,8 kV, e a linha de transmissão Lagoa Vermelha 2/Tapejara 2, em 138 kV. A nova rede irá substituir uma outra de 40 anos, que não atendia mais a demanda e não acompanhava a regulagem de tensão. A subestação é controlada remotamente pelo Centro de Operações do Sistema da RGE, medida adotada dentro do plano de investimento para todas as novas unidades. (Canal Energia - 23.09.2005)

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6 RGE: número final de ligações de novas unidades consumidoras pode ficar abaixo do estimado

De acordo com Sidney Simonaggio, presidente da RGE, o plano de investimentos da empresa para este ano é de R$ 94 milhões, acima da média anual de R$ 72 milhões, devido à demanda dos programas de universalização, principalmente, o Luz para Todos. A RGE ligou até agora cerca de 5 mil unidades consumidoras, contou Simonnagio, das 22 mil da meta prevista para ser atingida até 2008. O executivo frisou, no entanto, que o número final de ligações pode ficar abaixo de 20 mil, tendo em vista a baixa procura pelas ligações. "A meta está baseada no censo 2000 do IBGE, porém, uma parte desses 22 mil pontos escuros foram ligados ao longo do tempo", observou Simonaggio. (Canal Energia - 23.09.2005)

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7 Grupo de Trabalho estudará saída para a CEA

Por sugestão do governador do Amapá Waldez Góes, o ministro Silas Rondeau determinou a criação de um Grupo de Trabalho com o objetivo de realizar um levantamento completo sobre a situação da CEA e apresentar propostas para a solução de uma dívida que vem sendo protelada há mais de uma década. O Grupo de Trabalho que será coordenado pela Eletrobrás com o acompanhamento do governador Waldez Góes e do ministro Silas Rondeau será instalado oficialmente até o final de setembro. Participam do Grupo de Trabalho dois membros do Governo do Estado, dois membros da Eletronorte, dois membros da Eletrobrás e um membro do Sindicato dos Urbanitários do Amapá. O Governo do Estado já definiu as indicações do presidente da CEA, Arnaldo Santos Filho e do secretário especial de Gestão, Joel Nogueira. A Eletronorte também definiu nesta quarta-feira a indicação de Ângelo do Carmo e Mário Gardino que são assistentes técnicos da diretoria. Na audiência com o ministro Silas Rondeau o governador Waldez Góes fez uma explanação sobre a delicada situação financeira da estatal. (Elétrica - 25.09.2005)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 23-09-2005, o IBOVESPA fechou a 31.294,11 pontos, representando uma alta de 2,01% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,85 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,62%, fechando a 9.303,28 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 98,1 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 39,29 ON e R$ 38,00 PNB, alta de 2,85% e 2,70%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 5,5 milhões as ON e R$ 29,2 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 30% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 26-09-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 39,20 as ações ON, baixa de 0,23% em relação ao dia anterior e R$ 38,00 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 26.09.2005)

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9 Curtas

A Aneel autorizou a Paranatinga Energia a ampliar a capacidade instalada das PCHs Paranatinga I e II, localizadas nos municípios de Paranatinga e Caminópolis, no Mato Grosso. A unidade I terá a potência ampliada de 16,5 MW para 22,3 MW, com previsão de entrada em operação em abril de 2006. A usina II terá mais 0,20 MW de capacidade, totalizando 29,02 MW de potência e entra em operação até novembro. (Canal Energia - 23.09.2005)

O furto de 400 metros de cabos de transmissão da CEEE deixou 10,768 mil consumidores sem abastecimento em Pelotas. O crime tirou de operação uma das subestações, que só voltou a funcionar 15 horas depois. Entre os atingidos está uma empresa de beneficiamento de arroz, cujo prejuízo estimado com a falta de fornecimento é de R$ 1 milhão. (Elétrica - 23.09.2005)

A Copel constituiu dentro do programa de eficiência energética um curso no qual gestores, executivos, técnicos e engenheiros descobrem formas melhores de interpretar os dados de consumo de energia, além de descobrirem alternativas para economizar eletricidade sem fazer investimentos. A Copel investiu R$ 200 mil na preparação do curso. (Canal Energia - 23.09.2005)

Para fortalecer o trabalho na área de cidadania empresarial, a AES Tietê lançou o Programa Geração Cidadania. Por meio do projeto, a concessionária pretende estimular o voluntariado interno e impulsionar o desenvolvimento sócio-cultural das comunidades onde atua. Com recursos de R$ 1 milhão, a empresa vai apoiar ações culturais, educativas ou de desenvolvimento humano, com incentivos da Lei Rouanet, em cidades do interior de São Paulo. (Canal Energia - 23.09.2005)

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Leilões

1 EPE: leilão de energia nova pode contar com mais de 80 usinas

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, o leilão de energia nova pode superar a marca de 80 usinas estimadas pelo governo. De acordo com Tolmasquim, o processo de habilitação está em fase de fechamento. Os números finais, com o total de participantes e o volume total de energia, serão divulgados nesta segunda-feira, dia 26 de setembro. "Vocês terão uma surpresa", disse o presidente da EPE após participar de almoço-palestra promovido na sexta-feira, dia 23 de setembro, pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro. O número envolve, além das novas concessões, as usinas "botox", PCHs, térmicas a gás, carvão e biomassa. (Canal Energia - 23.09.2005)

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2 Aneel posterga prazo final da audiência pública sobre minuta do leilão de energia nova

A Aneel adiou, para o dia 28 de setembro, o prazo final da audiência pública sobre a minuta do contrato de comercialização de energia no ambiente regulado. O prazo de envio de contribuições para a versão final do documento - que será aplicado no leilão de energia nova de dezembro deste ano - terminaria na sexta-feira, dia 23 de setembro, mas foi postergado a pedido dos agentes, que apontaram dúvidas quanto ao teor da minuta. As contribuições dos agentes podem ser enviadas através do endereço eletrônico ap025_2005@aneel.gov.br. (Canal Energia - 23.09.2005)

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3 Abrage vai discutir termos da minuta com diretor-geral da Aneel antes de enviar contribuições

Segundo Flavio Neiva, presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica. (Abrage), os grupos de trabalho da entidade que discutiram o documento, levantaram algumas incertezas sobre a proposta de contrato do governo, entre elas o anexo que trata da constituição de garantias por parte dos participantes da licitação. "Também ficamos com dúvidas em relação à aplicação de penalidades. Isso impediu que enviássemos nossa manifestação", diz Neiva. Antes de enviar a contribuição, o presidente da Abrage discutirá os termos da minuta com o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, na terça-feira, dia 27 de setembro. (Canal Energia - 23.09.2005)

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4 Segundo pregão de energia elétrica na BVRJ será dia 28

O próximo pregão do Contrato de Curto Prazo de Energia Elétrica, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros, BM&F, e pela Abraceel, Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica, será realizado no dia 28 de setembro, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, BVRJ. O pregão acontece das 10h00 às 12h30. O primeiro pregão de energia foi realizado na Bolsa do Rio dia 30 de agosto passado. A roda de negociação, a viva-voz, teve 19 operadores, dos quais 2 mulheres, representando 11 empresas. Os contratos foram liquidados através do Banco BM&F, pelo sistema de entrega contra pagamento. (Elétrica - 24.09.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Novas linhas devem evitar racionamento

O secretário de Energia Elétrica do MME, Ronaldo Schuck, informou que o governo federal está tomando providências para evitar que ocorra racionamento de energia elétrica na região Nordeste em 2009. O MME negocia com o governo argentino para que seja retomada a exportação integral ou parcial de gás natural argentino para o Sul do País. Atualmente, a Argentina restringe a venda do combustível. Além disso, o secretário espera que acabe a disputa jurídica entre os acionistas da termelétrica de Araucária, fazendo com que a usina entre em operação. Schuck lembrou que a linha Colina-Sobradinho entrará em operação em 2007, uma terceira linha de ligação Norte-Sul está com o edital publicado e a linha Londrina-Assis-Araraquara entrará em operação em outubro. O MME estuda a antecipação de outra obra de transmissão para que opere em 2008. Outra solução é ampliar as térmicas a gás no Nordeste. (Gazeta Mercantil - 26.09.2005)

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2 EPE: risco de déficit no Norte e Nordeste está dentro da faixa padrão

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, disse que estudos preliminares mostram que o risco de déficit nas regiões Nordeste e Norte, em 2009, está dentro da faixa padrão de 5%, considerada aceitável. O "Planejamento Anual da Operação Energética - Ano 2005", divulgado pelo ONS no dia 20 de setembro, aponta que o Nordeste tem risco de escassez de 9,2% para déficit superior a 1% da carga, enquanto o Norte tem risco de 6,2% para déficit acima de 1% da carga. Tolmasquim explicou que a divergência entre os dois resultados ocorre em função das metodologias adotadas. Os cenários considerados pelo ONS, acrescentou, não foram os mesmos adotados pela EPE. Segundo Tolmasquim, os resultados sobre risco de déficit obtidos pela estatal são parte de uma rodada preliminar de avaliações que farão parte do plano decenal 2006-2015, em elaboração pela EPE e com divulgação prevista para dezembro. (Canal Energia - 23.09.2005)

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3 Tolmasquim: existem soluções para eventual falta de energia nas regiões Norte e Nordeste

Maurício Tolmasquim fez questão de ressaltar que haverá soluções para uma eventual falta de energia no Nordeste e no Norte daqui a quatro anos. "Mesmo que haja problema localizado no Nordeste em 2009, existe uma série de soluções possíveis de serem adotadas. Há tempo para resolver este problema", salientou. Uma das soluções, de acordo com Tolmasquim, é a entrada em operação da termelétrica de Camaçari (BA) em ciclo cominado, passando de 350 MW para 600 MW. Ele citou outras medidas como Araucária (PR, 480 MW), a regularização da importação de gás natural da Argentina para atender as térmicas Uruguaiana (565 MW) e Garabi (2.023 MW), no RS, além dos leilões de usinas "A-3" (com operação prevista num prazo de três anos). (Canal Energia - 23.09.2005)

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4 Estado de SP registra aumento de 3,6% no consumo de energia em agosto

Segundo dados do boletim informativo da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do governo do Estado de São Paulo, o consumo de energia elétrica no estado atingiu 8.677 GWh no mês de agosto, um aumento de 3,6% em comparação com o mesmo mês de 2004, No acumulado do ano, o consumo registrou crescimento de 4,2%, se comparado com o mesmo período de 2004. Em termos de consumidores, o número chegou a 13,5 milhões em agosto. O informativo mostrou que a capacidade instalada das principais concessionárias no estado atingiu 14.514,8 MW. A área residencial foi a que teve o maior crescimento no consumo, em agosto, com 5%. De janeiro a agosto, o consumo residencial cresceu 4,8%. A classe comercial registrou aumento de 4,4% no mês de agosto. Nos primeiros oito meses do ano, o crescimento foi de 5,3%. O consumo industrial cresceu 2,1% em agosto e 3,5% no acumulado do ano. (Canal Energia - 23.09.2005)

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5 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 24/09/2005 a 30/09/2005.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             24,55  pesada                      24,55  pesada                     18,33  pesada                    24,55
 média                               24,14  média                        23,09  média                       18,33  média                      24,14
 leve                                  23,09  leve                           18,33  leve                          18,33  leve                         23,09
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Entidades preparam sugestões para o projeto do marco regulatório de gás

A indústria está preocupada com o fornecimento de gás natural. Entidades como a Abividro, IBS, IBP e Abegás preparam sugestões para o projeto do marco regulatório para o mercado de gás, a chamada Lei do Gás. De acordo com o superintendente da Abividro, Lucien Belmonte, o setor estuda sugerir mudanças no texto. "Queremos incluir aspectos como a relação entre as distribuidoras e os grandes consumidores de gás e a falta de uma harmonização das regras dos Estados para o uso do gás. Como está, resolve apenas a questão do transporte do gás".Segundo ele, esses grandes consumidores gostariam de poder negociar livremente com as produtoras de gás, sem necessitar da intermediação das distribuidoras. (Folha de São Paulo - 26.09.2005)

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2 BNDES quer estimular financiamento de ônibus elétricos ou movidos a gás

O BNDES quer incentivar os governos estaduais e municipais a utilizar ônibus elétricos e híbridos (movidos a gás ou diesel) nas frotas urbanas. Para isso, o banco criou condições diferenciadas para a aquisição desse tipo de ônibus. (Elétrica - 23.09.2005)

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Grandes Consumidores

1 Alcoa pode participar de leilão de energia nova

A Alcoa está estudando participar do leilão de energia nova, a partir da compra de novas concessões de usinas hidrelétricas. O interesse foi confirmado pelo presidente da Alcoa para América Latina, Franklin Feder, na sexta-feira, dia 23 de setembro. Feder observou que a produção de alumínio é muito dependente da garantia de fornecimento de energia elétrica, e que neste sentido a empresa estuda novos projetos no âmbito do leilão de energia nova. (Canal Energia - 23.09.2005)

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2 Executivo da Alcoa demonstra confiança no Brasil

O presidente para a América Latina da Alcoa, Franklin Feder, tem total confiança no Brasil. O executivo, que anunciou investimento de US$ 1,6 bilhão para os próximos três anos, afirmou não estar preocupado com o atual delicado ambiente político do País. "Nossos investimentos são baseados nos fundamentos econômicos. Não olhamos de forma conjuntural e como o Brasil está nesta ou naquela semana", disse Feder, citando a história de sucesso da Alcoa nos últimos 40 anos. Na avaliação do executivo, o governo Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado em garantir os investimentos em infra-estrutura necessários, como nos setores de gás natural, energia elétrica e transportes. No entanto, Feder ressalvou que em função da "dimensão continental do Brasil" serão necessários vários anos para que esses investimentos sejam totalmente finalizados. A Alcoa tem participações nas usinas hidrelétricas de Machadinho e Barra Grande, ambas no localizadas no rio Pelotas. Feder disse que essas duas usinas garantem o abastecimento da unidade da Alcoa de Poços de Caldas (MG). No entanto, ele afirmou que a empresa tem um desafio de garantir o fornecimento de energia elétrica para as refinaria de alumina localizada em São Luís (MA). (Investnews - 23.09.2005)

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3 Cade condena três siderúrgicas

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta sexta-feira, por quatro votos a um, as siderúrgicas Gerdau, Belgo Mineira e Barra Mansa por formação de cartel na comercialização de vergalhões, um tipo de aço longo utilizado na construção civil. As siderúrgicas terão de pagar multa equivalente a 7% do faturamento bruto obtido em 1999, ano anterior ao início da investigação das denúncias pelos órgãos de defesa da concorrência. O processo foi aberto em 2000 por denúncia dos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi) de São Paulo, e desde maio do ano passado estava pronto para ser julgado pelo Cade. Sucessivas liminares concedidas à Gerdau vinham impedindo o julgamento. A cartelização é considerada crime contra a economia porque elimina a competição de preços. (Jornal do Commercio - 26.09.2005)

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4 Até 2015, setor de siderurgia terá US$ 12,7 bi

O setor siderúrgico brasileiro iniciou neste ano um novo ciclo de investimentos, que deverá somar US$ 12,7 bilhões até 2015, com o olho posto nos movimentos dos mercados produtor e consumidor de aço da China e no impulso que essa economia vem provocando na atividade mundial. Depois de uma injeção de US$ 12 bilhões na modernização do parque siderúrgico do País, nos últimos dez anos, a estratégia será agora voltada para a elevação da capacidade de produção nacional de 34 milhões para 49,7 milhões de toneladas de aço por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia. (O Estado de São Paulo - 25.09.2005)

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Economia Brasileira

1 O IBGE vai mudar a base de cálculo do PIB

O IBGE apresenta no próximo mês um novo modelo de cálculo para o PIB. O resultado deve culminar num PIB mais sensível às intempéries da economia, tanto para cima como para baixo. A volatilidade do PIB tende a aumentar porque a administração pública, que responde por 16% do conjunto de riquezas, deixará de ter como base de cálculo o crescimento vegetativo, que, segundo economistas, tem provocado inércia no PIB. Como responde por mais de 50% do PIB, a estabilidade dos serviços, criticada por alguns economistas, tem afastado a economia de taxas tão expressivas como as da produção industrial e da agropecuária. O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, antecipou que já está testando indicadores de emprego do setor público e de custos do material consumido pelo governo para calcular o PIB da administração pública. A substituição de dados demográficos por esses indicadores atende às recomendações da ONU. (Gazeta Mercantil - 26.09.05)

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2 Ipea: investir é essencial para ir além dos 4%

A rigidez nas variações do PIB provocada pelo uso do crescimento populacional como base de cálculo para componentes de Serviços, em especial a Administração Pública, já é há algum tempo alvo de discussão do Ipea. "O PIB é produção de riqueza e o crescimento populacional não reflete a variação dessa riqueza, fala-se uma coisa que não é real" diz a economista do instituto Mérida Medina. Em seu mais recente Boletim de o Ipea ilustra a questão com o que chama de uma "conta elementar" para chegar a um crescimento de 4% para o PIB como um todo: "os setores Aluguel e Administração Pública caracterizam-se por um crescimento sistematicamente positivo, porém pequeno e com flutuações menores que a dos demais. Entre as conclusões finais, os economistas do instituto diz que "um crescimento anual do PIB fortemente superior a 4%, após o Plano Real, só foi observado em circunstâncias excepcionais, fenômenos que não se repetem sistematicamente, sendo, portanto, desejável que o crescimento futuro seja liderado pela expansão dos investimentos, e que, para tanto, é preciso uma redução gradual da taxa de juros real da economia nos próximos anos. (Gazeta Mercantil - 26.09.05)

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3 Analistas esperam alta de 3,28% no PIB de 2005

O mercado financeiro manteve praticamente estáveis as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,28% neste ano, pouco acima dos 3,26% previstos na semana anterior. Para 2006, a estimativa média permaneceu em 3,50%, onde está há 21 semanas. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano continuou em US$ 40,50 bilhões. Para 2006, porém, subiu de US$ 34,15 bilhões para US$ 34,25 bilhões. Os analistas conservaram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 16 bilhões. A estimativa para 2006, porém, caiu de US$ 16 bilhões para US$ 15,95 bilhões. A previsão dos analistas para o superávit das contas correntes brasileiras em 2005 subiu de US$ 12,50 bilhões para US$ 12,90 bilhões. O resultado esperado para 2006 é de superávit de US$ 7 bilhões.Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,22% neste ano. Em 2006, a estimativa é de alta de 4,50%.(Valor Econômico - 26.09.05)

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4 BNDES capta US$ 1 bi

O BNDES assinou na sexta-feira com o Banco Internacional de Desenvolvimento contrato no valor de US$ 1 bilhão, destinado ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas. Trata-se do primeiro contrato referente ao convênio firmado no último mês de agosto entre o BNDES e o BID, que prevê a liberação de US$ 3 bilhões para financiar o segmento. A expectativa do banco é liberar US$ 500 milhões ainda este ano. (Gazeta Mercantil - 26.09.05)

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5 Mercado prevê corte na Selic de 0,5 ponto em outubro

Os analistas financeiros continuam a prever corte de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia em outubro. A mediana das expectativas dos analistas para a Selic do décimo mês de 2005 aponta para 19,00% ao ano, mesma previsão há três semanas. O mercado manteve a projeção da Selic no encerramento do ano, com a mediana das expectativas apontando para juro a 18% anuais em dezembro. De acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras, a previsão de Selic média deste ano continuou em 19,15% anuais. Em 2006, a mediana das estimativas aponta para Selic média de 16,51% anuais e para taxa de 16% ao final do ano. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano caiu de R$ 2,43 para R$ 2,40. (Valor Econômico - 26.09.05)

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6 Balança comercial teve superávit de US$ 858 mi na semana passada

O saldo positivo da balança comercial brasileira ficou em US$ 858 milhões na quarta semana de setembro. O resultado é diferença entre as exportações de US$ 2,561 bilhões e as importações de US$ 1,703 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento. O superávit da semana passada foi inferior ao registrado na anterior, quando o saldo positivo havia sido de US$ 1,302 bilhão. O superávit acumulado em setembro está em US$ 3,541 bilhões, com exportações de US$ 8,338 bilhões e importações de US$ 4,797 bilhões. Em agosto, o saldo ficou positivo em US$ 3,672 bilhões. No acumulado do ano, o superávit comercial já supera os US$ 31 bilhões. O saldo positivo entre as exportações e as importações está em US$ 31,889 bilhões, um crescimento de 28,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas ao exterior somam até agora US$ 84,424 bilhões, um crescimento de 22,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizam US$ 52,535 bilhões, ou 19,5% maior. (Folha de São Paulo - 26.09.05)

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7 Projeção do mercado para IPCA de 2005 fica estável em 5,21%, diz Focus

A projeção do mercado financeiro para o índice oficial de inflação de 2005 ficou estável na semana passada, em 5,21%, apurou o mais recente relatório de mercado, feito pelo Banco Central na semana passada. A mediana das expectativas para o IPCA de 2006, porém, voltou a cair, passando de 4,80% na semana retrasada para 4,64% agora. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-DI de 2005 foi de 1,54% para 1,51% e, no IGP-M, baixou de 1,65% para 1,56%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas caiu de 4,37% para 4,35%. A expectativa dos analistas para o IPCA de setembro subiu de 0,33% para 0,35%. No IGP-DI, manteve-se em deflação de 0,10%. No IGP-M, caiu de recuo de 0,35% para deflação de 0,40%. E no IPC da Fipe, avançou de 0,29% para 0,30%. Para o mês de outubro, a mediana das expectativas para o IPCA aumentou de 0,40% para 0,43% e, para o IGP-DI, caiu de 0,40% a 0,38%. Para o IPC da Fipe, continuou em 0,40%. No IGP-M, subiu de 0,33% para 0,35%. (Valor Econômico - 26.09.05)


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8 Deflação perde fôlego em SP, aponta IPC-S

Pela segunda vez consecutiva, a deflação perdeu o fôlego na cidade de São Paulo, no âmbito do IPC-S. Os preços na cidade caíram apenas 0,01% no IPC-S de até 22 de setembro, ante queda de 0,17% apurada no indicador anterior, de até 15 de setembro. No IPC-S de até 7 de setembro, os preços na cidade de São Paulo registravam queda mais forte (-0,32%). Das sete capitais pesquisadas pela FGV, cinco apresentaram aceleração de preços ou até deflação mais fraca, na passagem do IPC-S de até 15 de setembro para o indicador de até 22 de setembro. (Estado de São Paulo - 26.09.05)

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9 Dólar ontem e hoje

A expectativa de manutenção do fluxo cambial positivo levou o dólar a voltar ao terreno negativo nesta segunda-feira, batendo um novo recorde de baixa. Às 12h20m, a moeda americana recuava 0,44%, cotada por R$ 2,253 na compra e R$ 2,255 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,48%, a R$ 2,2630 para compra e R$ 2,2650 para venda, no menor valor desde 10 de abril de 2002. (O Globo Online e Valor Online - 26.09.2005)

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Internacional

1 CGD reduz participação da EDP

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) alienou, na sexta-feira (23/09), 179 372 198 ações não privatizadas da EDP, o que corresponde a 4,906% do seu capital social. Segundo o comunicado entregue pela EDP - Energias de Portugal à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), "a CGD reduziu a sua participação direta e indireta na EDP de 358 176 841 ações, representativas de 9,796% do capital social, para 178 804 643 ações representativas de 4,89% do capital social da EDP". A CGD vendeu as ações para a Parpública, no âmbito da nova fase de privatização da EDP que o ministro da Economia, Manuel Pinho, pretende concretizar até ao final deste ano. Assim, o banco passa a deter apenas uma participação direta na EDP de 175 495 171 ações privatizadas, que correspondem a 4,79% do capital social e a 4,82% dos direitos de voto. (Diário Econòmico - 26.09.2005)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SCHEINKMAN , José Alexandre. Para crescer, é preciso investir em infra-estrutura. São Paulo. Folha de São Paulo, 25 de setembro de 2005.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Alice Fucs, Carolina Pereira, Eduardo Maxnuck, Alexandre Metello, Mariana Araujo, Natassia Nascimento

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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