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IFE: nº 1.658 - 14 de setembro de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Rondeau comenta indicações para Aneel e ANP
2 Luz para Todos cumpre menos de 40% da meta
3 RS incentiva produção de fontes alternativas de energia
4 Curtas

Empresas
1 Programa Luz para Todos vai representar aumento dos investimentos das distribuidoras
2 Cemig tem problemas para a conclusão do Programa Luz pata Todos
3 Atraso no cumprimento das metas do Luz para Todos pode representar penalidades para a Cemig
4 Cemig revisa programa de investimentos de 2005 em função do programa Luz para Todos
5 Eletrobrás: caso da Cemig é exceção no Programa Luz para Todos
6 Cteep diminui estimativa de investimentos para o biênio 2005/2006
7 Ampla bate recorde histórico de demanda de energia
8 Aneel aprovou o contrato de mútuo firmado entre a holding Copel e Copel Geração

9 AES Sul aumenta capacidade no Distrito Industrial de S. Cruz do Sul

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Leilões
1 Rondeau espera liberar 80% dos projetos para o leilão de energia nova
2 Dilma: Governo não desistiu de nenhuma das 17 usinas previstas para entrar no leilão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Rondeau: não existe risco de desabastecimento
2 Horário de verão terá início no dia 16 de outubro
3 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 68%

4 Índice de armazenamento da região Sul está em 91,4%

5 Região Nordeste registra 73,3% de volume armazenado em seus reservatórios

6 Capacidade do submercado Norte está em 65,2%

Gás e Termelétricas
1 Secretaria-executiva de Petróleo e Gás será ocupada interinamente por João Souto
2 Areva Brasil oferece auxílio para financiamento de Angra 3
3 Brasil lança primeiro pregão de carbono na América Latina

Grandes Consumidores
1 Alta demanda deverá manter minério de ferro perto do recorde em 2006

Economia Brasileira
1 Reunião deve aprovar regra de fundo das PPPs
2 IBGE: houve desaceleração do nível de atividade da indústria

3 BNDES vai captar US$ 3 bi do BID e US$ 500 mi do JBIC
4 Mantega: "Queda de juros virá"
5 Juros cobrados do consumidor têm leve recuo
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Presidente do México vai propor abertura do setor energético à participação privada
2 Kirchner busca saída ordenada de companhia

Biblioteca Virtual do SEE
1 Celidônio, L.; Folgosi, R. "O Marco regulatório do setor de gás natural". São Paulo, Valor Econômico, 14 de setembro de 2005

Regulação e Novo Modelo

1 Rondeau comenta indicações para Aneel e ANP

O ministro Silas Rondeau disse que até o fim deste mês o governo indicará os nomes de dois diretores para a Aneel, cujas vagas estão abertas há alguns meses. O ministro não adiantou nomes, mas comenta-se no mercado que o atual superintendente de Estudos Econômicos do Mercado da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, será um deles. Para a ANP, Rondeau disse que José Fantini continua sendo o nome mais apropriado, mas não descartou novas indicações. Fantini foi rejeitado pela Comissão de Infra-Estrutura do Senado em um movimento da oposição à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, hoje à frente da Casa Civil. (Elétrica - 13.09.2005)

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2 Luz para Todos cumpre menos de 40% da meta

Desde seu início, em julho do ano passado, até agora, o programa Luz para Todos, do governo federal, cumpriu menos de 40% da meta para 2004 e 2005. Segundo dados oficiais divulgados ontem pelo Ministério de Minas e Energia, o programa atendeu até o dia 12 deste mês 275.538 domicílios em todo o País. Entretanto, as metas iniciais de atendimento para 2004 e 2005 são de 716.098 domicílios. Assim, somente 38,47% do total previsto para esses dois anos foi executado até agora. O governo federal já repassou R$ 705,3 milhões ao programa. (O Estado de São Paulo - 14.09.2005)

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3 RS incentiva produção de fontes alternativas de energia

A produção de fontes alternativas de energia será incentivada no Rio Grande do Sul por um Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de Bioenergia. A idéia é gerar energia a partir de matéria-prima agrícola, estimulando o cultivo de cana-de-açúcar e de oleaginosas como canola, colza, girassol, amendoim, soja, linhaça e mamona. O decreto que institui o AP-Bionergia-RS, apoiado por setores da área tecnológica pública e privada, foi assinado na segunda-feira (12/09) pelo governador Germano Rigotto. "A bioenergia é o futuro como fonte alternativa e vai gerar novas fábricas e empregos", disse o governador, que preside o Comitê. Ele explicou que a partir de 2008, o diesel comercializado no país terá, obrigatoriamente, 2% de biodiesel, percentual que subirá para 5% cinco anos depois. Para a adição inicial de 2% de biodiesel, será necessária a oferta de mais 900 mil toneladas/ano de óleo vegetal, até 2008, e de 2,7 milhões de toneladas/ano, até 2013. (Elétrica - 13.09.2005)

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4 Curtas

O senador José Jorge (PFL) apresentou nesta terça-feira, 13 de setembro, projeto de lei que concede ao Senado poder de indicar diretores de agências reguladoras decorridos 90 dias de vacância do cargo. A prerrogativa só poderá ser exercida se o presidente da República, através dos respectivos ministérios, não indicar ninguém aos cargos. (Canal Energia - 13.09.2005)

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados vai se reunir nesta quarta-feira, dia 14 de setembro, para votar o Projeto de Lei 4265/04, do deputado Julio Lopes (PP), que estabelece prazo de 180 dias para concessão de licenciamento ambiental. Atualmente, esses procedimentos são executados pelo Ibama e o instituto tem até 18 meses para conceder as licenças necessárias. (Canal Energia - 13.09.2005)

A construção de uma hidrelétrica no noroeste de Mato Grosso vai extinguir uma área turística que integra um programa do governo federal de fomento ao ecoturismo na região amazônica. A avaliação é de especialistas em questões ambientais e membros do Ministério Público Estadual. Segundo técnicos, a cidade de Aripuanã, poderá desaparecer caso a hidrelétrica seja construída. (Folha de São Paulo - 14.09.2005)

A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica promoverá no dia 29 de setembro, em Brasília, o "VI Encontro dos Associados da Apine com seus convidados". O evento pretende debater o atual momento do setor elétrico do país. (Canal Energia - 13.09.2005)

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Empresas

1 Programa Luz para Todos vai representar aumento dos investimentos das distribuidoras

Em virtude do programa Luz Para Todos, os investimentos das empresas distribuidoras deverão alcançar em 2005 e 2006 o patamar de R$ 5,8 bilhões por ano, montante que representa um crescimento de 70% em relação à média registrada nos últimos dois anos. Entre 2003 e 2004, os recursos aplicados pelas distribuidoras giraram em torno de R$ 3,4 bilhões, em média. Segundo a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), os maiores valores a serem aplicados no Luz para Todos estão concentrados nos anos de 2005, com R$ 2,2 bilhões, e 2006, com R$ 2 bilhões. Em 2007 e 2008, serão de R$ R$ 1,2 bilhão a R$ 1,3 bilhão. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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2 Cemig tem problemas para a conclusão do Programa Luz pata Todos

A Cemig enfrenta sérios problemas para cumprir o seu cronograma de investimentos no programa Luz Para Todos. O projeto conta com dinheiro da União, repassado às distribuidoras pela Eletrobrás. Mas os valores contratados pela Cemig junto às construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão são duas vezes maiores que a média do repasse feito pela Eletrobrás às outras concessionárias. O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, disse que o valor médio nacional utilizado pela holding de repasse é R$ 4 mil por ponto a ser ligado. No caso da Cemig, levando-se em conta as distâncias e o difícil acesso, pode ser aceita uma flexibilização de até R$ 6 mil para cada nova unidade ligada à rede. O presidente do conselho de administração da Cemig, Wilson Brumer, disse que recebeu R$ 3,6 mil por ponto novo na primeira tranche liberada pela Eletrobrás, e agora pede R$ 9,3 mil para cada unidade. Na licitação feita pela Cemig, o orçamento chegou a R$ 1,255 bilhão, o que dá uma média de R$ 8,9 mil cada unidade ligada à rede. "A Cemig é uma ótima parceira e estamos dispostos a flexibilizar e chegar a um consenso. Mas não podemos passar de R$ 6 mil o valor por unidade porque senão comprometeremos o equilíbrio econômico-financeiro da Eletrobrás. O que ultrapassar esse valor terá de ser coberto pela própria Cemig ou pelo governo de Minas Gerais", disse Vasconcelos. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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3 Atraso no cumprimento das metas do Luz para Todos pode representar penalidades para a Cemig

O imbróglio envolvendo os valores do Luz Para Todos na Cemig pode atrasar o cumprimento das metas impostas pelo MME. Caso isso ocorra, a penalidade prevista em lei é a retenção de 10 pontos percentuais do reajuste tarifário da Cemig, previsto para abril de 2006. E a empresa também não terá permissão para receber a segunda tranche dos recursos da Eletrobrás para o programa. O presidente do conselho de administração da Cemig, Wilson Brumer, garante que até dezembro as metas serão cumpridas. "Até o fim do ano, teremos ligado 72 mil novas unidades à rede. Em 2006, outras 104 mil unidades serão conectadas", garantiu. Até agora, a União já repassou à concessionária mineira R$ 176 milhões, segundo o MME. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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4 Cemig revisa programa de investimentos de 2005 em função do programa Luz para Todos

Por conta dos problemas envolvendo o Luz Para Todos, a Cemig já revisou o seu programa de investimentos de 2005. Dos R$ 2,085 bilhões previstos, houve um corte de 22,4%: o total caiu para R$ 1,618 bilhão. O programa receberia R$ 697 milhões da Eletrobrás, mas devido à não conclusão das negociações sobre preços do ponto a ser conectado, o volume passou para R$ 446,9 milhões. Até o momento, a empresa executou apenas 28% do orçamento revisado. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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5 Eletrobrás: caso da Cemig é exceção no Programa Luz para Todos

O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, afirma que o problema da Cemig é uma exceção dentro do programa Luz para Todos, já que a maioria das distribuidoras está com o cronograma em dia. "Ocorreram dificuldades iniciais em Alagoas e Piauí, mas no geral vai muito bem", disse. Além da Cemig, negociaram novos valores de repasse com a Eletrobrás, a Cepisa, no Piauí e a Ceron, em Rondônia, ambas federalizadas, já sob o controle societário da Eletrobrás. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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6 Cteep diminui estimativa de investimentos para o biênio 2005/2006

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) reduziu a estimativa de investimentos para o biênio 2005/2006 em R$ 142 milhões, para R$ 1,1 bilhão. Até o final do ano devem ser aplicados R$ 373,1 milhões, uma redução de 28,6% em relação aos R$ 523,2 milhões previstos em março. Para o ano que vem, houve um ligeiro aumento na projeção, de R$ 8 milhões, para R$ 725 milhões. A revisão foi aprovada em reunião do conselho de administração, com a justificativa de que o ritmo de execução das obras está mais lento que o esperado. Segundo o assessor da diretoria financeira da Cteep, Manoel Coronado, houve atraso nos processos de licitação e contratação de serviços para algumas obras. Ele ressaltou que todas as obras permanecem dentro do cronograma estabelecido pela Aneel. (Elétrica - 13.09.2005)

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7 Ampla bate recorde histórico de demanda de energia

No dia 30 de agosto, às 19h, a Ampla bateu o recorde histórico de demanda de energia no sistema, com o registro de 1.690,8 MW, superando o valor anterior de 1.689,4 MW verificado em janeiro último. Em relação ao mês de agosto de 2004, houve acréscimo de 9,3% na demanda, devendo ser destacado o comportamento normal do sistema elétrico diante desta demanda recorde. (Ampla - 13.09.2005)

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8 Aneel aprovou o contrato de mútuo firmado entre a holding Copel e Copel Geração

A Aneel aprovou o contrato de mútuo firmado entre a holding Copel e sua subsidiária Copel Geração, no valor de até R$ 400 milhões, referente ao lançamento de debêntures feito pela empresa no primeiro semestre. A Aneel publicou despacho n° 1.186 no Diário Oficial da União. A operação ocorreu porque a companhia pretendia substituir a dívida de US$ 150 milhões em eurobônus por uma outra dívida em moeda nacional. (Canal Energia - 13.09.2005)

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9 AES Sul aumenta capacidade no Distrito Industrial de S. Cruz do Sul

O Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul passará a ter maior disponibilidade de carga elétrica até o início da próxima safra de fumo. A distribuidora de energia AES Sul começa em outubro as obras de instalação de uma nova saída, em rede compacta protegida, na subestação 1, localizada no Bairro Santo Antônio. O investimento na distribuição está estimado em R$ 115 mil, e na transmissão, em R$ 140 mil. A conclusão do trabalho deve ocorrer no mês de dezembro. (Gazeta do Sul - 14.09.2005)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 13-09-2005, o IBOVESPA fechou a 28.873,30 pontos, representando uma baixa de 0,73% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,25 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,63%, fechando a 8.460,25 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 71,8 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 35,45 ON e R$ 34,20 PNB, alta de 1,29% e 0,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 10,2 milhões as ON e R$ 22,2 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 29% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 14-09-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,45 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 33,99 as ações PNB, baixa de 0,61% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 14.09.2005)

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11 Curtas

A Cemig apresenta nesta quarta-feira, dia 14 de setembro, o Projeto BH SUL, que vai melhorar toda a rede de distribuição de energia dos bairros da Região Sul de Belo Horizonte. O investimento total do projeto é de cerca de R$ 14 milhões. (Canal Energia - 13.09.2005)

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Leilões

1 Rondeau espera liberar 80% dos projetos para o leilão de energia nova

O ministro Silas Rondeau, disse ontem que a expectativa do MME é que cerca de 80% das 17 usinas hidrelétricas em fase de licenciamento ambiental estarão liberadas para participar da licitação. Para tanto, o governo negocia com o Ibama e órgãos estaduais medidas que acelerem a liberação de licenças ambientais prévias, mas não descarta fazer novas rodadas. "Temos a expectativa positiva de, pelo menos, colocarmos 80% dos projetos em leilão. Estamos vivendo uma experiência nova, estamos experimentando", afirmou nesta terça-feira o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Rondeau disse que tem recebido sinais positivos dos Estados, que podem garantir a realização do leilão "dentro da primeira quinzena de dezembro. Se não conseguirmos colocar todos os projetos nesse leilão, podemos fazer outro no primeiro semestre (de 2006)". (Valor Econômico - 14.09.2005 e Elétrica - 13.09.2005)

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2 Dilma: Governo não desistiu de nenhuma das 17 usinas previstas para entrar no leilão

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, minimizou os riscos de alguns dos empreendimentos previstos para o leilão de energia nova não conseguirem as licenças necessárias. "Nós ainda não jogamos a toalha em nenhuma das 17 (usinas). Vamos brigar para que todas entrem no leilão", disse ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. "Vamos fazer todas as gestões para que o maior número possível de hidrelétricas seja colocado em licitação no leilão de dezembro, porque é fundamental um leilão bem diversificado", garantiu Dilma, referindo-se à Casa Civil e aos ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente. A ministra admitiu que algumas hidrelétricas talvez não consigam as licenças ambientais, mas serão "bem menos do que estão dizendo por aí". (Valor Econômico - 14.09.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Rondeau: não existe risco de desabastecimento

Questionado sobre o risco de desabastecimento de energia elétrica, o ministro Silas Rondeau descartou qualquer possibilidade de falta de energia elétrica para os próximos anos, mesmo que não sejam levados os 17 projetos ao leilão de energia nova. Segundo Rondeau, não há hipótese de desabastecimento a partir de 2010. "Se não pudermos licitar todos os projetos, temos outras opções, como fontes alternativas. Risco de falta de energia, por conta de frustrações no leilão, não existe", afirmou o ministro. (Valor Econômico - 14.09.2005 e Canal Energia - 13.09.2005)

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2 Horário de verão terá início no dia 16 de outubro

O ministro Silas Rondeau anunciou que o horário de verão 2005/2006 começará a vigorar à zero hora do dia 16 de outubro e durará até 19 de fevereiro. Dessa vez, terá 125 dias - 16 a mais que na versão anterior. Segundo o ministério, o país deixará de consumir 2.340 MW no horário de ponta, entre 19 horas e 22 horas - energia suficiente para abastecer ao mesmo tempo o Distrito Federal e as cidades de Porto Alegre e Vitória. O horário de verão propicia a redução entre 4% e 5% do consumo. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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3 Nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 68%

O índice de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68%, com queda de 0,3% em relação ao dia 11 de setembro. O volume fica 29,8% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Emborcação e Miranda operam, respectivamente, com 66,8% e 66,7% de capacidade. (Canal Energia - 13.09.2005)

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4 Índice de armazenamento da região Sul está em 91,4%

O submercado Sul apresenta 91,4% de capacidade em seus reservatórios. Em relação ao dia anterior, houve queda de 0,5% no índice de armazenamento. A hidrelétrica de S. Santiago registra 98,2% de volume armazenado. (Canal Energia - 13.09.2005)

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5 Região Nordeste registra 73,3% de volume armazenado em seus reservatórios

O volume armazenado da região Nordeste está em 73,3%, com queda de 0,3% em relação ao dia anterior. O índice fica 44,7% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 70,8% de sua capacidade. (Canal Energia - 13.09.2005)

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6 Capacidade do submercado Norte está em 65,2%

O nível dos reservatórios da região Norte está em 65,2%, com queda de 0,4% em relação ao dia anterior, 11 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 65,2% de capacidade. (Canal Energia - 13.09.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Secretaria-executiva de Petróleo e Gás será ocupada interinamente por João Souto

Com a saída de Maria das Graças Foster para ocupar a presidência da Petroquisa, a secretaria-executiva de Petróleo e Gás do MME será ocupada interinamente pelo sub-secretário João Souto. A atual secretária de Petróleo e Gás foi indicada pela ex-chefe direta Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil. A Petroquisa vem ganhando importância, dada a decisão da estatal de voltar a ser um participante da linha de frente do setor no Brasil. (Valor Econômico e Jornal do Commercio - 14.09.2005)

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2 Areva Brasil oferece auxílio para financiamento de Angra 3

A Areva Brasil aguarda decisão do governo brasileiro para oficializar negociações com bancos estrangeiros interessados em financiar a construção de Angra III. A empresa demonstrou interesse em ajudar o governo em resolver o impasse sobre a usina. Segundo Johannef Hoebart, diretor-executivo da Areva, um dos bancos que estariam interessados é o francês Societè Generale. O executivo explicou que a companhia não está interessada em investir em Angra III, mas deseja concluir o contrato assinado, ainda na década de 70, para construção das usinas de Angra II e III. "Nosso interesse é fazer o contrato valer. Não estamos interessados em investir na usina, conforme vimos na imprensa. Queremos ajudar na parte de financiamento", afirmou. Ele contou que, havendo uma decisão positiva do governo em dar continuidade à usina, a Areva, juntamente com a Eletronuclear, buscaria financiamento com bancos alemães e franceses. (Canal Energia - 13.09.2005)

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3 Brasil lança primeiro pregão de carbono na América Latina

O Brasil terá o primeiro pregão de créditos de carbono dentre os países latino-americanos. No dia 15 de setembro, será lançado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro o Banco de Projetos de Redução de Emissões do mercado brasileiro de carbono, numa parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Bolsa de Mercadorias & Futuros. Este é o primeiro passo para a instalação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, MBRE. Com o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, quem se esforça para não poluir terá a chance de capitalizar esta iniciativa, vendendo o crédito associado às suas reduções para outros países - governos ou empresas - que precisem atender sua meta de diminuição de emissão de gases de efeito estufa, conforme determinou o Protocolo de Quioto. (Elétrica - 13.09.2005)

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Grandes Consumidores

1 Alta demanda deverá manter minério de ferro perto do recorde em 2006

Os preços do minério de ferro devem se manter próximos de seu recorde no ano que vem, à medida que a demanda mundial continuar superando a oferta dessa matéria-prima, utilizada na fabricação do aço, disse o JPMorgan Chase & Co. Essa projeção contraria a estimativa anterior do próprio JPMorgan, que previra queda de 5% na cotação do minério de ferro no ano que vem. "Apesar da ameaça que a produção de aço da China representou para as margens de lucro e a oferta do Ocidente, esperamos que o crescimento mundial como um todo faça com que a demanda por minério de ferro continue relativamente próxima dos níveis de oferta em 2006", disse o relatório.Os preços do minério de ferro da Índia subiram 36% no mercado à vista, para US$ 74 por tonelada, no final de agosto passado. (Folha de São Paulo - 14.09.2005)

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Economia Brasileira

1 Reunião deve aprovar regra de fundo das PPPs

O comitê gestor das PPPs faz amanhã uma reunião para aprovar o regulamento do fundo garantidor, que tem como objetivo assegurar que os compromissos do governo com os seus parceiros sejam cumpridos. O fundo é necessário para reduzir o risco dos contratos, que podem durar até 35 anos. Em agosto, ficou decidido que o Banco do Brasil fará a gestão do fundo. De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo já conversou com diversos setores e há um consenso para a aprovação da regulamentação. Bernardo acredita que alguns editais das PPPs possam ser aprovados ainda neste ano. (Folha de São Paulo - 14.09.2005)

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2 IBGE: houve desaceleração do nível de atividade da indústria

Os últimos números disponíveis do nível de atividade da indústria já não mostram mais o mesmo vigor do primeiro semestre e apontam para uma freada na produção do setor. Segundo dados do IBGE, houve uma desaceleração em julho na maior parte das regiões pesquisadas: sete das 14 áreas investigadas tiveram crescimento, contra nove locais com taxas positivas em junho. A freada da indústria já havia sido indicada pelos dados gerais do setor, divulgados pelo IBGE na semana passada. Depois de quatro meses consecutivos em expansão, a produção industrial teve queda de 2,5% de junho para julho, no índice com ajuste sazonal. Foi o pior resultado desde dezembro de 2002 e surpreendeu negativamente analistas e empresários, que responsabilizaram os juros altos pelo fraco desempenho. (Folha de São Paulo - 14.09.2005)

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3 BNDES vai captar US$ 3 bi do BID e US$ 500 mi do JBIC

O presidente do BNDES, Guido Mantega, informou ontem que assinará, até o fim do mês, um contrato com o BID para captar US$ 3 bilhões. A primeira tranche será de US$ 1 bilhão. Conforme a área financeira do BNDES, devem ser repassados ao banco US$ 500 milhões ainda este ano e mais US$ 500 milhões em 2006. O horizonte do convênio com o BID é contratar todos os recursos em nove anos. Os recursos do BID são "carimbados" e, neste caso, direcionados para as micro, pequenas e médias empresas. Até outubro, o banco também começa a receber recursos externos do Japan Bank International Cooperation . Em maio, o BNDES fez um contrato com o JBIC de uma operação de US$ 500 milhões. A primeira parcela de US$ 250 milhões vai ser contratada em outubro. No primeiro semestre de 2006, devem entrar os outros US$ 250 milhões no caixa do BNDES. O dinheiro do banco japonês vai financiar projetos de infra-estrutura e exportações de empresas brasileiras para o Japão, envolvendo projetos de interesse dos dois países. (Valor Econômico - 14.09.05)

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4 Mantega: "Queda de juros virá"

O presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou que a retração da inflação, que já pode ser observada no País, permitirá que o desfavorecimento do câmbio às exportações seja revertido. Segundo ele, a "redução das taxas de juros que, certamente, virá" será acompanhada de um aumento gradual da taxa de câmbio. "O câmbio está sendo influenciado não só pela taxa de juros, mas também pelo sucesso do comércio exterior que trás moeda forte para o País, que não é hot money", disse Mantega. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, assim como todos os brasileiros, espera para hoje um corte da Selic. (Gazeta Mercantil - 14.09.05)

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5 Juros cobrados do consumidor têm leve recuo

Apesar de a Selic não ter começado a ser reduzida, os juros na ponta já ficaram um pouco menos salgados em agosto. Essas taxas finais não refletem necessariamente a evolução dos juros reais. Pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade mostra que as taxas médias das operações de crédito para pessoas físicas recuaram de 142,47% em julho para 141,12% anuais em agosto. No caso de pessoa jurídica, os juros médios caíram de 69,59% para 68,23% anuais. A Anefac aponta dois fatores para explicar o fato de as taxas finais terem caído um pouco: um deles é a maior concorrência no mercado financeiro. O outro, a antecipação por parte das instituições do esperado início do ciclo de quedas da Selic. (Folha de São Paulo - 14.09.05)

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6 Dólar ontem e hoje

A expectativa deu o tom do mercado financeiro nesta manhã. Os dois principais eventos do dia são a definição da taxa Selic e a votação da cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). O dólar subiu 0,38%, cotado a R$ 2,335 na compra e R$ 2,337 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,25%, para R$ 2,3260 na compra e R$ 2,3280 na venda. (O Globo Online e Valor Online - 14.09.2005)

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Internacional

1 Presidente do México vai propor abertura do setor energético à participação privada

O presidente do México, Vicente Fox, propôs um conjunto de medidas para atenuar os efeitos do furacão Katrina sobre os preços dos combustível, especialmente do gás natural, que o país importa dos EUA. Fox disse à imprensa que enviará ao Congresso uma proposta de reformas constitucionais para abrir o setor energético à iniciativa privada. O presidente, que está no quinto de seus seis anos de mandato, destacou que estas medidas pretendem atenuar os efeitos sobre a população da alta das tarifas dos combustíveis, agravada após a passagem do Katrina pelo Golfo do México, de onde o país importa grande parte de seu gás natural. Fox informou ainda que a proposta de reforma da Carta Magna também inclui a proteção das "propriedades e famílias que vivem em áreas onde há dutos de petróleo ou gás natural", depois de vários acidentes fatais nos últimos meses em diversas regiões. "Tais medidas pretendem responder ao aumento da demanda e evitar a vulnerabilidade energética do país no futuro para garantir que os recursos sejam utilizados em benefício dos mexicanos sem perder a soberania", enfatizou. (Elétrica - 13.09.2005)

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2 Kirchner busca saída ordenada de companhia

O presidente argentino, Néstor Kirchner, vai tentar nesta semana obter uma saída ordenada de duas companhias que possuem a concessão do serviço de água e esgoto da cidade de Buenos Aires e que, após atrito com o governo, anunciaram sua intenção de deixar de operar a concessão. Na visão da Suez, a saída do mercado argentino ocorre pela impossibilidade de operar de maneira sustentável com as condições impostas pelo Estado. Por isso, a companhia entende que não terá de assumir uma dívida de US$ 615 milhões, que está em default. Espera-se também que a Suez e a Águas de Barcelona processem a Argentina em um tribunal do Banco Mundial para receber compensações. Já a intenção do governo é conseguir um acordo que permita que a empresa mantenha alguma porcentagem do capital e assegure a operação técnica do serviço. Um acordo desse tipo foi fechado com a francesa EDF, que vendeu 65% de suas ações na argentina Edenor ao fundo local Dolphin, mas manteve 25% do capital e se comprometeu a dar assistência técnica aos novos controladores por cinco anos. (Valor Econômico - 14.09.2005)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Celidônio, L.; Folgosi, R. "O Marco regulatório do setor de gás natural". São Paulo, Valor Econômico, 14 de setembro de 2005.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

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