l IFE: nº 1.656 - 12 de setembro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Novo Modelo 1 BNDES emprestou R$ 4,2 bi em agostov O BNDES desembolsou
R$ 4,2 bilhões em empréstimos em agosto, 27% a mais do que no mesmo mês
do ano passado, quando os financiamentos somaram R$ 3,3 bilhões. No acumulado
de janeiro a agosto, os desembolsos chegaram a R$ 28,8 bilhões, um crescimento
de 18% em comparação com o mesmo período de 2004. O valor, no entanto,
ainda está longe do orçamento disponibilizado para este ano, que é de
R$ 60 bilhões. (Elétrica - 09.09.2005) 2 Agentes não chegam a consenso sobre livre acesso à rede básica Não houve consenso
na reunião promovida na sexta-feira (09/09), em São Paulo, entre representantes
das associações dos grandes consumidores industriais (Abrace), dos autoprodutores
(Abiape) e das distribuidoras (Abradee) de energia elétrica, para discutir
o livre acesso ao sistema interligado. A discussão ocorre em conjunto
com o MME, que espera a possibilidade de acordo antes de arbitrar sobre
o assunto. As indústrias e as empresas que investem em geração própria
defendem o direito de construírem linhas de transmissão entre os centros
de carga e a rede básica. As distribuidoras são contra. "Houve um relativo
avanço (na reunião), apenas pelo fato de que cada parte entendeu a posição
da outra. Mas, por outro lado, não houve convergência de propostas concretas",
comenta Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente da Abrace. (Canal Energia
- 09.09.2005)
Empresas 1 Abradee: distribuidoras aumentam investimentos Segundo dados
da Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica),
as distribuidoras de energia decidiram expandir seus investimentos. Tradicionalmente,
elas investem entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões por ano em ampliação e
modernização da rede de distribuição, mas neste ano e no próximo planejam
investir cerca de R$ 5,8 bilhões. O aumento das inversões visa atender
ao programa Luz Para Todos. Em 2007 e 2008, os investimentos das distribuidoras
somarão R$ 5,1 bilhões e R$ 5,2 bilhões, respectivamente. As empresas
já começam a se preparar para fazer frente à necessidade de novos recursos.
De janeiro a agosto, dez empresas do setor entraram com pedido de emissão
de debêntures na CVM. O valor dessas emissões deverá ultrapassar os R$
4 bilhões. (Folha de São Paulo - 12.09.2005) 2 Economática: elétricas revertem prejuízo no primeiro semestre de 2005 Segundo dados colhidos pela Economática, o lucro líquido do primeiro semestre deste ano de 20 empresas -geradoras e distribuidoras de energia - totalizou R$ 1,6 bilhão. No primeiro semestre do ano passado, elas amargaram prejuízo de R$ 48 milhões. O levantamento da Economática exclui a Eletrobrás que, por seu porte, distorce as conclusões. O lucro líquido, entretanto, não é o melhor parâmetro para avaliar a evolução dessas empresas, segundo Fernando Exel, presidente da consultoria Economática. "O lucro líquido das empresas de energia é fortemente influenciado pelo seu alto endividamento em moeda estrangeira", diz Exel. No entanto, os balanços mostram que operacionalmente as empresas vêm melhorando. O lucro operacional aumentou 80% em valores reais entre junho de 1999 e junho deste ano. (Folha de São Paulo - 12.09.2005) 3 Banco Santander: aponta fatores que contribuíram para recuperação das empresas do setor elétrico Segundo Subhojit
Daripa, analista do Banco Santander, a recuperação do setor elétrico foi
alavancada por um aumento das tarifas de energia acima da inflação, pela
reestruturação de dívidas pesadas em moeda estrangeira e pelo crescimento
do consumo de energia no ano passado. Entre 1998 - véspera da primeira
crise que atingiu o setor elétrico - e 2004, os preços médios das tarifas
de energia elétrica subiram 128%. No mesmo período, a inflação medida
pelo IPCA registrou alta de 64,5%.As empresas de distribuição e as de
geração de energia tiveram melhoras significativas nos seus resultados
também devido ao novo modelo do setor, sancionado por lei em março do
ano passado. "Um setor que melhora do ponto de vista regulatório e tem
estabilidade de regras permite que suas empresas negociem melhor com os
credores", diz Daripa. (Folha de São Paulo - 12.09.2005) 4 CBIEE: revisões tarifárias de 2004 ajudaram na
recuperação das empresas do setor elétrico 5 Abradee: recuperação é resultado da redução das despesas operacionais e de melhorias na gestão Lívia Sá Baião,
diretora financeira da Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras
de Energia Elétrica), credita a recuperação do setor principalmente ao
"esforço das empresas para reduzir despesas operacionais e melhorar a
gestão". Ela considera que "embora a tarifa média de energia tenha acompanhado
o IGP-M, a parte da tarifa que fica com as distribuidoras foi corrigida
em 81%, abaixo, portanto, do indexador do setor". (Folha de São Paulo
- 12.09.2005) 6 Eletrobrás se movimenta para mudar lei que impede financiamentos pelo BNDES O presidente
da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, disse que, além de assumir as usinas
para garantir a continuidade dos projetos, pretende arrematar pelo menos
metade das 17 novas usinas que deverão ser oferecidas no leilão de energia
nova previsto para ser realizado até o final deste ano. Para isso, a empresa
estuda junto com o BNDES financiamento hoje não permitido para empresas
públicas, para que as companhias do grupo -- Furnas, Chesf, Eletronorte
e Eletrosul -- tenham competitividade no leilão. (Gazeta Mercantil - 12.09.2005)
7 Eletrobrás negocia compra de fatia da Vale em Chapecó A Eletrobrás
negocia a compra da participação da Companhia Vale do Rio Doce na hidrelétrica
de Foz de Chapecó para garantir a continuidade do projeto, confirmou o
presidente da estatal, Aloisio Vasconcelos. De acordo com o executivo,
além de Chapecó - em Santa Catarina e com capacidade para 855 MW -, a
estatal estuda a compra da fatia de 16% da anglo-australiana BHP Billiton
na hidrelétrica de Estreito, no rio Tocantins (divisa entre Tocantins
e Maranhão), com capacidade para 1.087 MW, e a usina de São Salvador,
da Tractebel, em Santa Catarina, que pode gerar 241 MW. "A Eletrobrás
tem responsabilidade de dar ao país energia em quantidade e qualidade
para atender a demanda do crescimento do PIB, então estamos tentando reativar
projetos que podem ser ativados no curto espaço de tempo e participar
dos leilões de energia", afirmou Vasconcelos a jornalistas na sexta-feira.
(Gazeta Mercantil - 12.09.2005) 8 Eletropaulo aprova emissão de R$ 800 mi em debêntures O conselho de administração da Eletropaulo aprovou a 8ª emissão pública de debêntures da companhia no montante de R$ 800 milhões, segundo a ata da reunião do conselho, realizada na última quinta-feira, 8 de setembro. Na operação, serão distribuídas 80 mil debêntures, com valor unitário de R$ 10 mil cada, em série única, com prazo de validade de cinco anos a contar da data de emissão. O pagamento das debêntures será semestral, a partir da data de emissão, nos meses de agosto e fevereiro de cada ano, sendo o último pagamento em 20 de agosto de 2010. A 8ª emissão é parte do primeiro programa de distribuição de valores mobiliários da empresa, com prazo de validade de dois anos e limite de R$ 1,5 bilhão. (Canal Energia - 09.09.2005) 9 Copel vai recorrer de decisão da Aneel sobre LT Cascavel Oeste/Foz do Iguaçu Norte A Copel informou que vai recorrer, mais uma vez, da decisão da Aneel sobre a concessão da linha de transmissão Cascavel Oeste/Foz do Iguaçu Norte (PR), em 230 kV, arrematada pela estatal em parceria com a Eletrosul no leilão do ano passado. Em reunião realizada na última quinta-feira, dia 8 de setembro, a Aneel decidiu colocar novamente em licitação o empreendimento após recurso administrativo impetrado pela companhia. A decisão foi tomada porque o consórcio formado pelas duas empresas não enviou os documentos solicitados pela agência no prazo previsto, nem realizou a formação da sociedade de propósito específico, exigida por lei. Segundo a assessoria de imprensa da Copel, os documentos não foram enviados no tempo previsto porque a empresa, controlada pelo governo do estado do Paraná, dependia de aprovação na Assembléia Legislativa estadual para constituir a SPE. (Canal Energia - 09.09.2005) 10 Light corta luz das prefeituras de duas cidades no RJ A Light cortou,
na quinta-feira (08/09), o fornecimento de energia elétrica às prefeituras
de Seropédica e Comendador Levy Gasparian, no Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a concessionária, apenas prédios com função administrativa
tiveram a energia desligada. Ainda segundo a Light, o município de Seropédica
deve R$ 1.658.000 referentes ao consumo dos últimos 18 meses. A dívida
de Comendador Levy Gasparian seria de R$ 354.000, acumulada nos últimos
sete meses. (Elétrica - 09.09.2005) 11 União Energia estima crescimento de 20% a 30% no volume de vendas no mercado livre de energia Apostando no crescimento do mercado livre de energia, a União Energia, comercializadora do setor elétrico, estima obter crescimento entre 20% e 30% no volume de vendas até o fim de 2006. A empresa acredita que com o início da implementação do Ambiente de Comercialização Livre de Energia Elétrica, a tendência é de expansão cada vez maior. O presidente da empresa, Francisco Lavor, comemora os resultados da União Energia, que negociou cerca de 40% dos 263 contratos firmados na rodada de negócios realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A União Energia tem autorização da Aneel para comprar energia e grandes geradores, como Furnas Centrais Elétricas, e vender livremente a grandes consumidores, como, por exemplo, a Vale do Rio Doce e a Alcoa. A empresa é subsidiária do Grupo União, que atua há mais de 20 anos no mercado financeiro e de commodities. (Jornal do Commercio - 12.09.2005) No pregão do
dia 09-09-2005, o IBOVESPA fechou a 29.307,91 pontos, representando uma
alta de 1,66% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,34
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,74%,
fechando a 8.407,67 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 114,5
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 34,99 ON e R$ 33,95 PNB, alta de 4,49% e 4,26%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 8,8 milhões as ON e R$ 38,2 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 32% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 12-09-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 34,60 as ações ON, baixa de 1,11%
em relação ao dia anterior e R$ 33,80 as ações PNB, baixa de 0,44% em
relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 12.09.2005) A Eletrobrás realiza no próximo dia 26 de setembro assembléia geral extraordinária com acionistas para discutir, entre outros temas, a adesão da companhia ao nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Na reunião, será eleito ainda membro do conselho de administração para cumprir o restante do mandato do substituído, a encerrar-se na data de realização da assembléia geral ordinária de 2006. (Canal Energia - 09.09.2005) A Eletrosul disponibilizou o edital com as instruções e condições para a licitação de empresa para executar as obras de ampliação da subestação Campos Novos - 500/230/138 kV. Somente poderão participar do negócio empresas nacionais. (Canal Energia - 09.09.2005) A Cemig promoverá, dentro da 2ª Semana de Eficiência Energética, discussões sobre a utilização da energia elétrica de maneira eficiente e sustentável, no agronegócio e no agroturismo. Os debates serão divididos em três painéis, tendo o projeto Integração Eficiente Sustentável como foco. (Elétrica - 09.09.2005)
Leilões 1 Leilão de energia nova: atraso no licenciamento ambiental pode reduzir oferta de energia A oferta de
energia nova no leilão programado para dezembro deve ficar bem abaixo
da programada. Em vez de 17 usinas, podem ser colocados em licitação apenas
sete projetos. Do total de 2.778 MW que deveriam ser licitados, 1.518
MW são de usinas cuja licença ambiental é considerada improvável ou foi
descartada pelos órgãos responsáveis, segundo levantamento realizado pelo
Valor. Das 17 hidrelétricas planejadas, só uma obteve licença ambiental
prévia até agora: a usina Baguari, no rio Doce (MG), com potência de 140
MW. Na avaliação pessimista, a demora em obter licenças ambientais para
a licitação de 17 usinas hidrelétricas eleva as chances de o país voltar
às escuras em 2009 ou 2010. Na visão mais otimista, não faltará energia,
mas a oferta reduzida no leilão cobrirá por pouco a demanda e pressionará
para cima os preços negociados no pregão. As usinas com liberação provável
somam 730 MW. Segundo consulta feita junto a técnicos do Ibama e dos órgãos
estaduais de meio ambiente responsáveis pelo licenciamento de cada usina,
pelo menos quatro hidrelétricas já foram descartadas: Baixo Iguaçu (no
Paraná, com geração de 350 MW), Mirador (Goiás, 80 MW), Paulistas (entre
Goiás e Minas, 52,5 MW) e Telêmaco Borba (Paraná, 120 MW). Juntos, esses
empreendimentos totalizam pouco mais de 600 MW. (Valor Econômico - 12.09.2005)
2 Kelman admite que atraso na liberação de licenças ambientais reduzirá oferta no leilão O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman descarta a possibilidade de racionamento e afirma estar convicto de que o mercado será atendido até 2010. Mas reconhece que o atraso na obtenção de licenças ambientais reduzirá a oferta no leilão e tornará o equilíbrio com a demanda bem mais apertado. "É claro que todos nós torcemos pelo êxito do leilão, mas é inescapável perceber isso", diz Kelman. (Valor Econômico - 12.09.2005) 3 Kelman: não construção de hidrelétricas é uma opção da sociedade por preços mais altos Responsável
pela montagem do leilão de energia nova, o diretor-geral da Aneel, Jerson
Kelman, faz questão de dizer que respeita a decisão tomada pelos órgãos
ambientais, mas enfatiza que a escolha da sociedade terá repercussões,
e ele cita três. "A não-materialização das usinas hidrelétricas é uma
opção da sociedade por preços mais altos de energia, maior risco de desabastecimento
e mais poluição no futuro", afirma o diretor da Aneel, em referência às
centrais termelétricas - mais caras e sujas - que provavelmente serão
construídas para suprir a demanda futura. O diretor da Aneel acha que
o momento requer uma discussão com o objetivo de desobstruir quatro gargalos:
a defesa do meio ambiente, feita pelo Ministério Público, sem consideração
dos "trade-offs" gerados pela construção de hidrelétricas; o ritual excessivamente
longo do processo de licenciamento; o desaparelhamento dos órgãos ambientais;
e o temor dos técnicos e dirigentes das entidades responsáveis pelos licenciamentos.
Em relação a esse último ponto, Kelman observa que são necessárias mudanças
na Lei de Crimes Ambientais. (Valor Econômico - 12.09.2005) 4 Hidrelétrica de Ipueiras deve ficar de fora de leilão de energia nova O Ibama provavelmente
negará nesta semana a licença prévia da hidrelétrica de Ipueiras pelos
impactos que ela causará no Rio Tocantins. A usina é a maior das 17 planejadas:
teria capacidade para gerar 480 MW. "A equipe técnica está fechando o
parecer na próxima (esta) semana e tem dificuldades em declarar o empreendimento
viável ambientalmente", antecipa o diretor de licenciamento do Ibama,
Luiz Felippe Kunz. O órgão ambiental está preocupado com a possibilidade
de transformação do Tocantins de um rio de águas correntes em um rio,
na prática, formado por lagos. Teme ainda o impacto da hidrelétrica nos
seus afluentes. (Valor Econômico - 12.09.2005) 5 Órgão ambiental do PR descarta autorização de 2 empreendimentos para entrarem no leilão O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP), responsável pelo licenciamento de quatro usinas
a serem ofertadas no leilão de energia nova, descarta a autorização em
tempo hábil para pelo menos dois empreendimentos: Baixo Iguaçu e Telêmaco
Borba. A primeira hidrelétrica deverá gerar 350 MW. Segundo o diretor-presidente
do IAP, Rasca Rodrigues, o governador Roberto Requião autorizou a análise
do projeto, mas não há tempo hábil de incluí-lo no leilão. No caso de
Telêmaco Borba, com 120 MW previstos, Requião requisitou ao instituto
ambiental que deixe de lado a avaliação da usina durante o seu mandato
porque ela afeta uma reserva indígena e a sua construção é objeto de polêmica,
segundo Rodrigues. A entrada no leilão da usina de Mauá (382,2 MW) é vista
como provável pelo governo. Rodrigues, porém, diz que é "difícil" terminar
a análise ambiental do empreendimento a tempo de habilitá-lo para o leilão.
As audiências públicas foram realizadas no início de agosto, mas a colaboração
dos acadêmicos de três universidades - Maringá, Londrina e Ponta Grossa
- foi tão grande que o projeto terá de ser rediscutido. (Valor Econômico
- 12.09.2005) 6 Licenciamento de Usina de Dardanelos ainda necessita de aprovação de conselho Em Mato Grosso,
a usina de Dardanelos está em fase final de análise pela Secretaria Estadual
de Meio Ambiente. O problema é que o órgão dá apenas um parecer, que só
se transforma em licenciamento quando um conselho composto por nove membros
do governo, nove de organizações não-governamentais e nove de entidades
civis aprovar a avaliação inicial. A própria secretaria reconhece que
a polêmica envolvendo o projeto deve dificultar a aprovação. A reunião
do conselho deve ocorrer em outubro. (Valor Econômico - 12.09.2005) 7 Abiape: regras inviabilizam participação de autoprodutores no leilão de energia nova Segundo o diretor-técnico
da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape),
Cristiano Abijaode Amaral, ainda não há regras claras que expliquem como
os autoprodutores vão participar do leilão de energia nova. Diante das
novas regras do setor, que estabelecem que quem apresentar melhor proposta
relativa à modicidade tarifária obtém o direito sobre o empreendimento,
a participação dos autoprodutores fica inviabilizada. "O autoprodutor
não vende o que produz. Sendo assim, não tem como entrar. Uma opção seria
entrar em parceria, para que o sócio pudesse, no caso, realizar a venda
da energia mediante preços acertados no leilão. O problema é que, atuando
em sociedade, perderíamos os benefícios de ser autoprodutor", explica
Amaral. Os benefícios são relativos à exclusão de cobrança dos encargos
relativos à CDE, à CCC e ao custo Proinfa. A regra do setor estabelece
que a empresa que produzir para consumo próprio estará isenta do pagamento
desses encargos. Parte das empresas associadas à Abiape já começam a desistir
de futuros projetos ou até mesmo devolver a concessão das hidrelétricas
já existentes, que representam no total 10 usinas hidrelétricas, englobando
um investimento de R$ 7,5 bilhões para a possibilidade de acréscimo de
3.741 MW à matriz energética. (Jornal do Commercio - 12.09.2005) 8 Abiape quer discutir compensação pelo pagamento do ágio nos antigos leilões de geração Até agora um
problema sem solução no setor elétrico, a compensação pelo pagamento do
ágio nos antigos leilões de geração deve entrar novamente na pauta de
discussão dos agentes. A Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução
de Energia Elétrica, uma das principais interessadas na questão, pretende
iniciar na semana que vem uma nova frente de articulação visando solucionar
o impasse causado pela mudança do marco regulatório, cujos leilões passaram
a considerar o maior deságio. A alternativa agora em vista envolve diretamente
o sistema financeiro na negociação direta com os empreendedores dos projetos.
A idéia é que bancos comerciais privados adquiram direitos, ao longo do
prazo de concessão dos projetos (em média de 30 anos), sobre a energia
das usinas que tiveram algum custo pelo Uso do Bem Público (UBP). Com
isso, os bancos assumiriam o risco pela variação de preço da energia no
mercado. O pagamento por esses direitos, de acordo com a proposta da Abiape,
seria feito à vista aos empreendedores, embutindo uma taxa de desconto
sobre o valor total do ágio. Da mesma maneira, os investidores pagariam
ao Tesouro Nacional também à vista - e não mais durante a concessão -
pelo ágio nos leilões efetuados até 2002. (Canal Energia - 09.09.2005)
9 Leilão de energia de curto prazo deve ocorrer no fim do mês O segundo leilão
do mercado livre de energia de curto prazo vai ser antecipado e deve ocorrer
entre os dias 27 e 29 de setembro. A data está sendo acertada entre a
Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel)
e a Bolsa de Mercadorias & Futuros. A informação é do vice-presidente
da Abraceel, Francisco Lavor. (Elétrica - 10.09.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 MME: existe demanda de energia reprimida O governo
admite que existe uma demanda reprimida no setor elétrico. O MME mostra
que o País precisa ampliar a sua oferta de energia em mais 2.800 MW. O
ministério pretende suprir a carência a médio prazo, uma vez que os empreendimentos
do megaleilão de dezembro só dão resultado em cinco anos. (Jornal de Brasília
- 12.09.2005) 2 Eletrobrás afasta risco de desabastecimento O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, afastou qualquer possibilidade de desabastecimento de energia em 2007 por causa do crescimento que vem sendo registrado no PIB. Para Vasconcelos, o Brasil não passará por falta de energia devido aos programas que vêm sendo desenvolvidos pelo governo federal no setor elétrico, junto com os leilões de energia nova. (Elétrica - 10.09.2005) 3 Queda de duas torres da Cemig provoca desligamento de duas linhas de transmissão Duas torres
de transmissão da Cemig foram derrubadas na tarde da última quinta-feira,
dia 8 de setembro, por ato de vandalismo. A queda das torres provocou
o desligamento de duas linhas de transmissão, em 500 kV, entre as subestações
Bom Despacho 3 e Neves 1, na região Oeste do estado. Segundo a companhia,
essas linhas fazem parte do sistema de extra-alta tensão de transmissão
e transportam energia do Triângulo Mineiro para a região Metropolitana
de Belo Horizonte, Vale do Aço e outras regiões do estado. De acordo com
técnicos da Cemig, os cabos de aço que sustentam as torres foram serradas,
provocando sua queda. Apesar do desligamento das duas linhas, os técnicos
da companhia atuaram de forma a evitar um desligamento de grande proporção
na região Metropolitana ou até mesmo no estado. Em função disso, houve
redução de carga de alguns grandes consumidores, em função, principalmente,
do horário dos desligamentos. (Canal Energia - 09.09.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 10/09/2005 a 16/09/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Ibama libera licença de instalação para gasoduto Urucu-Porto Velho O Ibama concedeu esta semana a licença de instalação para a TNG Participações iniciar as obras dos trechos I e II do Gasoduto Urucu-Porto Velho. O gasoduto vai transportar gás natural para a geração de energia termoelétrica de Urucu (AM) a Porto Velho (RO), passando pelos municípios de Coari, Tapauá e Canutama, no Amazonas e Porto Velho, em Rondônia, segundo informação divulgada no site do Ibama. De acordo com o Ibama, a licença de instalação vale até setembro de 2009, mas o órgão ambiental poderá modificar as condicionantes da licença e até mesmo suspender ou cancelar o documento caso seja detectado que o funcionamento do gasoduto possa causar graves riscos ambientais e de saúde na região. A cada seis meses, segundo a entidade, o empreendedor deve apresentar os relatórios de execução dos programas mitigadores e compensatórios durante toda a fase de construção do gasoduto, com fotos de todas as fases da obra. (Canal Energia - 09.09.2005)
Grandes Consumidores 1 CVRD inicia plano de modernização no segmento de manganês A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) inicia nesta quarta-feira (14/09) seu plano de
modernização de unidades de processamento de manganês. A primeira etapa
será feita na Rio Doce Manganês (RDM), em Simões Filo, na Bahia, que absorverá
desembolso de R$ 140 milhões até 2008. O alvo inicial da Vale será a unidade
de sinterização da RDM, que consumirá a maior parte dos recursos: cerca
de R$ 45 milhões. O objetivo, de acordo com o diretor do Departamento
de Manganês e Ligas da CVRD, Luis Carlos Nepomuceno, é implantar um sistema
de processamento do minério menos poluente e mais produtivo. A estimativa
é de que esta primeira fase do projeto esteja concluída já em agosto do
ano que vem. Após as obras na área de sinterização, a Vale vai entrar,
ainda em 2006, numa segunda etapa da modernização da RDM, que abrangerá
os fornos da unidade baiana. A estratégia aplicada na unidade de Simões
Filho poderá se estender a outras produtoras de ferroliga da Vale no país
(Barbacena, Ouro Preto, Santa Rita e Corumbá). De acordo com Nepomuceno,
''a empresa estuda esta possibilidade''. O volume de vendas do minério
em 2004 atingiu pela primeira vez 1 milhão de toneladas, registrando aumento
de 13,2% em relação ao ano anterior. (Jornal do Brasil - 12.09.2005) 2 Indústrias de plástico oficializam hoje instalação de unidades produtoras no RJ Em cerimônia
a ser realizada hoje, 15 indústrias do setor de plástico oficializam a
instalação ainda neste ano de unidades produtoras no estado do Rio de
Janeiro. Elas se juntam às oito primeiras empresas do setor que aderiram,
no início do ano, ao pacote de incentivos fiscais do Plast Rio, o programa
de incentivos do governo do RJ para atrair potenciais consumidores para
as matérias-primas que serão produzidas pelo Pólo Gás-Químico do Rio de
Janeiro. As empresas, cujos nomes serão revelados hoje, serão instaladas
nos municípios de Guapimirim (oito), Duque de Caxias (três), São João
de Meriti (uma), Bom Jardim (uma) e Sapucaia (duas). O secretário estadual
de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, afirma que elas
serão responsáveis por investimentos de R$ 130 milhões. Das novas linhas
de montagem sairão produtos fabricados a partir do polietileno e do polipropileno
do Pólo e da Polibrasil. A primeira das novas unidades a operar, segundo
Victer, será inaugurada no fim deste mês em Japeri. (Jornal do Brasil
- 12.09.2005)
Economia Brasileira 1 Balança registra superávit de US$ 854 mi na 2ª semana de setembro As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 854 milhões na segunda semana de setembro com quatro dias úteis. O saldo é resultado de exportações de US$ 1,871 bilhão e de importações de US$ 1,017 bilhão. As informações são da Secex. Nas duas primeiras semanas do mês, a balança comercial teve saldo de US$ 1,381 bilhão, com exportações de US$ 2,937 bilhões e importações de US$ 1,556 bilhão. (Valor Econômico - 12.09.05) 2 Superávit comercial acumulado no ano soma US$ 29,729 bi A balança comercial acumula no ano, até o dia 11 de setembro, superávit de US$ 29,729 bilhões. No período, as exportações somam US$ 79,023 bilhões e as importações, US$ 49,294 bilhões. As informações são da Secex. Na primeira semana de setembro, o saldo foi positivo em US$ 527 milhões e, na segunda, em US$ 854 milhões. (Valor Econômico - 12.09.05) 3 Tesouro pode lançar bônus perpétuos 4 Analistas elevam previsão de saldo comercial de 2005 e 2006 O mercado financeiro
elevou levemente as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais
relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas
aponta crescimento de 3,21% neste ano, pouco acima da projeção anterior,
de 3,20%. Para 2006, porém, a estimativa média permaneceu estável, em
3,50%. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste
ano foi de US$ 40 bilhões para US$ 40,50 bilhões. Para 2006, subiu de
US$ 33,73 bilhões para US$ 34,05 bilhões. Os analistas mantiveram a projeção
para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 16 bilhões.
A estimativa para 2006 subiu de US$ 15,45 bilhões para US$ 16 bilhões.
A previsão dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005
ficou em superávit de US$ 12,20 bilhões. O resultado esperado para 2006
passou de superávit de US$ 6,19 bilhões para US$ 6,80 bilhões. Para a
produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento
de 4,18% neste ano. Em 2006, a estimativa é de alta de 4,50%. (Valor Econômico
- 12.09.05) 5 Pesquisa do BC mostra que mercado prevê Selic em 19% em outubro Os analistas
financeiros continuam a prever corte de 0,25 ponto percentual no juro
básico da economia em setembro. A mediana das expectativas dos analistas
para a Selic do nono mês de 2005 aponta para 19,50% ao ano, mesma previsão
da semana retrasada. Se confirmada essa estimativa, para outubro a previsão
é de uma queda maior, de 0,5 ponto, para 19% ao ano. O mercado manteve
a projeção da Selic no encerramento do ano, com a mediana das expectativas
apontando para juro a 18% anuais em dezembro. De acordo com a pesquisa
Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central com instituições financeiras,
a previsão de Selic média deste ano subiu de 19,14% para 19,15% anuais.
Em 2006, a mediana das estimativas aponta para Selic média de 16,51% anuais
e para taxa de 15,75% ao final do ano. A expectativa para a taxa de câmbio
no final deste ano caiu de R$ 2,46 para R$ 2,45. (Valor Econômico - 12.09.05)
6 Projeção do mercado para IPCA aproxima-se da meta do BC Depois de 17 semanas de redução nas expectativas, a projeção do mercado financeiro para o índice oficial de inflação de 2005 se aproxima da meta do Banco Central. No mais recente relatório de mercado, feito pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA deste ano é de 5,20%, abaixo dos 5,23% previstos na semana retrasada. A meta perseguida pelo BC para este ano é de 5,1%. O mercado também voltou a baixar a projeção do IPCA de 2006, que foi de 4,85% para 4,80%. É a quinta semana seguida em que essa previsão cai, depois de ter passado 64 semanas estabilizada em 5%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-DI de 2005 foi de 2,36% para 1,61% e, no IGP-M, baixou de 2,17% para 1,65%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas caiu de 4,68% para 4,37%. (Valor Econômico - 12.09.05) 7 IGP-M pode registrar a 5ª- queda seguida neste mês 8 Previsão de IPCA em 12 meses tem redução, apura Focus A projeção média
do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12
meses teve queda. Segundo o relatório de mercado elaborado em pesquisa
feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas
dos analistas aponta para IPCA de 4,80 %, contra a previsão de 4,89% da
semana retrasada. (Valor Econômico - 12.09.05) 9 Deflação em São Paulo diminui para 0,11% nos últimos 30 dias, diz Fipe Os preços continuam
em queda em São Paulo, mas de forma menos acentuada do que no mês passado.
Na primeira quadrissemana de setembro o município registrou deflação de
0,11%, contra uma queda média nos preços de 0,20% no encerramento de agosto.
Nos últimos 30 dias, a maior queda foi registrada no grupo Alimentação
(-1,20%). Já a maior alta ficou com o grupo Saúde, de 1,07%. Até o final
do mês, o IPC deve voltar a subir e encerrar setembro com alta. Inicialmente,
o coordenador da pesquisa de preços da Fipe, Paulo Picchetti, previa uma
alta média de 0,25% nos preços neste mês. Mas com o reajuste dos combustíveis
anunciados na última sexta-feira pela Petrobrás, ele deverá revisar a
estimativa para setembro. (Folha de São Paulo - 12.09.05) O dólar fechou
a manhã em alta de 0,51%, a R$ 2,320 na compra e R$ 2,322 na venda. Na
sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,47%, a R$ 2,3080 para
compra e R$ 2,31 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 12.09.2005)
Internacional 1 EDP vai utilizar meio legais para manter cumprimento das regras no mercado Ibérico A Energias de
Portugal vai usar todos os meios legais para evitar tratamentos discriminatórios
no mercado de energia Ibérico, e está disponível para dialogar com outros
operadores para forçar ao cumprimento das regras estabelecidas, revelou
a EDP em comunicado. A EDP acrescenta que está a acompanhar, "com toda
a atenção e pormenor", o movimento de concentração em curso no mercado
Ibérico, na seqüência da OPA lançada pela Gas Natural sobre a Endesa.
No comunicado, a EDP reafirma que a integração dos mercados de energia
na Europa "obriga à existência de operadores com massa crítica e eficazes",
defendendo "que aos operadores deve ser dada a liberdade para, no âmbito
de um mercado competitivo e de acordo com o enquadramento regulatório,
se fortalecerem e prepararem para essa concorrência". "Dentro do enquadramento
legal que nos é facultado ao nível nacional (em Portugal e Espanha) e
ao nível comunitário, usaremos todos os meios ao nosso alcance para impedir
tratamentos discriminatórios", adianta a EDP. (Diário Econòmico - 08.09.2005)
2 Secretário de Energia dos EUA alerta para alta nas contas de energia O secretário
de Energia dos EUA, Sam Bodman, avisou que os cidadãos americanos terão
contas de energia mais altas no fim do ano, quando começa o inverno no
hemisfério norte, devido aos efeitos do furacão Katrina no setor. "Não
há dúvida de que será um inverno muito duro para a economia americana",
admitiu Bodman. A principal causa é o previsível aumento dos preços da
energia provocado, entre outras razões, pelos transtornos causados pelo
furacão no fornecimento de petróleo e de gás natural. Bodman diz que há
vários métodos muito simples que os cidadãos podem pôr em prática para
melhorar o rendimento energético e evitar o desperdício, como as relacionadas
ao bom isolamento das casas. Os americanos, disse, devem seguir a recomendação
do presidente George W. Bush, de que sejam "conservadores" na hora de
gastar combustível. (Elétrica - 08.09.2005) 3 Residências dos EUA devem enfrentar aumentos em torno de 17% nas contas de luz De acordo com a Agência de Informação de Energia (EIA, em inglês), os lares americanos que usam calefação de gás natural podem enfrentar um aumento do custo habitual de até 71% em algumas partes do país. As contas da calefação que consome gas e óleo aumentarão cerca de 31%. As de luz podem subir em torno de 17%, de acordo com a EIA, que é a divisão de análise e projeção do Departamento de Energia. (Elétrica - 08.09.2005)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Gonzáles, Raúl; Nebra, Silvia; Bajay, Sergio. "Indústria de gás natural na América do sul: Retrospectiva e tendências". Universidade Estadual de Campinas, 2005. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ -
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