l IFE: nº 1.652 - 05 de setembro de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Aneel: queda da inflação e dólar baixo devem reduzir revisão tarifária no 2o semestre Segundo análise
da Aneel, os próximos índices de correções das tarifas de energia deverão
ser baixos ou até mesmo virar descontos tarifários. Desde julho, três
empresas já aplicaram índice negativo no reajuste de suas tarifas para
o cliente residencial: a Eletropaulo fez em julho uma redução de 7,8%
nas tarifas; a CEB, diminuiu 4,78% o preço de sua energia em agosto e
a Elektro, no interior paulista, reduziu em 0,9%. Vários fatores influenciam
essa queda. O IGP-M registrou em agosto a quarta deflação seguida, acumulando
alta de 0,75% no ano. Outro fator é o comportamento do dólar, que continua
abaixo de R$ 2,40. O superintendente de regulação econômica da Aneel,
César Antônio Gonçalves, ressalta que a queda do dólar barateia a compra
de energia da hidrelétrica de Itaipu. Hoje, 25% da energia comprada pelas
distribuidoras do Sul e do Sudeste para revenda vem de Itaipu, cujo preço
é em dólar. Além disso, segundo Gonçalves, os leilões de energia existente
feitos no fim do ano passado e começo deste ano colocaram os preços da
energia em patamares mais baixos. (Valor Econômico - 05.09.2005) 2 Aneel: pequena alta dos IGPs não terá grande impacto sobre as revisões tarifárias O superintendente
de regulação econômica da Aneel, César Antônio Gonçalves, explica que
nos casos de revisão tarifária, no entanto, a pequena alta dos IGPs não
terá grande influência. Isso porque, para a Aneel, os reajustes tarifários
e as revisões de tarifa são coisas distintas. Os reajustes, feitos anualmente,
levam em consideração uma fórmula que envolve o IGP-M, e dele se subtrai
o fator X, que funciona como um redutor tarifário. Mas, nas revisões tarifárias,
feitas a cada quatro anos, a Aneel leva em conta os custos financeiros
e a remuneração dos ativos da concessionária. Nas revisões, portanto,
é aplicada outra fórmula. (Valor Econômico - 05.09.2005) 3 Economista da UFRJ estima redução na alta dos preços de energia Com a perspectiva
de os IGPs fecharem o ano abaixo de 2% e a forte valorização do câmbio,
o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), traça um cenário bem mais tranqüilo para a alta
da energia no resto deste ano e também em 2006. Gomes Filho estima que
o grupo energia no IPCA deve subir 7,5% em 2005. No começo do ano, ele
previa uma alta de 9,5%. Para atingir a previsão de 7,5%, o reajuste médio
de agosto a dezembro deve ficar em 0,41% ao mês. Segundo Gomes, depois
da mudança do regime de câmbio em 1999, os preços de energia foram uma
das principais fontes de pressão inflacionária, dificultando a vida do
BC em sua tentativa de controlar a inflação. De janeiro de 1999 a julho
deste ano, o grupo energia aumentou 175,6%, enquanto o IPCA teve alta
de 70,1% no mesmo período. Gomes Filho prevê que a diferença vai se estreitar
bastante, principalmente em 2006. Ele acredita que os preços de energia
vão subir 5% no ano que vem e o IPCA, 4,9%. (Valor Econômico - 05.09.2005)
4 ABN AMRO estima que reajustes de energia em 2006
devem ser ainda mais baixos 5 Desembolsos do BNDES com o setor de energia têm redução de 53% no primeiro semestre O BNDES registrou
queda de 53% nos desembolsos para projetos ligados ao setor de energia
elétrica nos seis primeiros meses deste ano, em comparação com igual período
no ano anterior. O volume total financiado chegou a R$ 1,568 bilhão. O
chefe do Departamento de Energia Elétrica do órgão, Nelson Siffert, lembra,
no entanto, que o financiamento de R$ 727 milhões liberado para a Light
no final de junho não está computado neste balanço, por ter sido incluído
apenas em julho. Com a adição deste valor, o volume real chega a R$ 2,2
bilhões no primeiro semestre. Siffert ressalta que, apesar de menores,
os financiamentos foram liberados para um número bem maior de empreendimentos,
que já superam os do ano passado. Enquanto que em 2004 o montante liberado
foi destinado a 14 projetos, este ano, 16 empreendimentos já obtiveram
recursos do BNDES. (Jornal do Commercio - 05.09.2005) 6 BNDES analisa liberação de financiamento de cerca de R$ 6 bi para projetos no segmento de energia Apesar da queda
nos desembolsos para o setor elétrico, registrada no primeiro semestre,
o BNDES ainda espera superar o montante liberado para o setor no ano passado,
de R$ 6,5 bilhões. Para alcançar este objetivo, a área de energia do banco
analisa a liberação de financiamentos de aproximadamente R$ 6 bilhões
em projetos de infra-estrutura, que contemplariam três grandes empreendimentos
hidrelétricos, quatro linhas de transmissão e 20 projetos de menor porte,
sendo que 16 deles dentro do Proinfa. Mesmo assim, o volume ao final do
ano deverá ficar abaixo dos R$ 9 bilhões reservados no orçamento do BNDES.
(Jornal do Commercio - 05.09.2005) 7 Siffert: baixa adesão das distribuidoras ao programa de capitalização contribuiu para redução dos desembolsos Um fator que contribuiu para a queda dos desembolsos do BNDES foi a baixa adesão das empresas de distribuição de energia ao programa de capitalização destinado a elas. O chefe do Departamento de Energia Elétrica do órgão, Nelson Siffert, diz que, de certa forma, isso se refletiu nos resultados do semestre, mas que, em comparação ao ano passado, não houve grandes mudanças, já que o quadro de poucos desembolsos foi o mesmo. "Muitas empresas conseguiram melhorar o desempenho e se reestruturaram sem ter que aderir ao programa", lembra Siffert. (Jornal do Commercio - 05.09.2005) 8 Siffert: financiamentos aprovados
atingem maior número de projetos 9 BNDES estima financiamento para três grandes empreendimentos de geração no segundo semestre Para o restante
do ano, Nelson Siffert menciona, na área de grandes empreendimentos de
geração, três hidrelétricas que poderão obter recursos do BNDES. O maior
aporte é referente à Usina de Estreito, que será construída no Rio Tocantins,
com capacidade de geração de 1.087 MW. O investimento total previsto pode
chegar a R$ 3 bilhões, e a linha de crédito pleiteada é de R$ 1,5 bilhão.
O que pesa contra o projeto é a falta de licença ambiental prévia, condição
obrigatória para que os recursos do banco sejam liberados. De menor porte,
as usinas de Foz do Chapecó (capacidade de geração de 850 MW), que será
construída no Rio Uruguai, e de São Salvador (241 MW), prevista para o
Rio Tocantins, demandarão um total de investimentos de pouco mais de R$
2,5 bilhões. Para Foz do Chapecó, dos R$ 1,8 bilhão orçados, está sendo
pleiteada uma linha de crédito de R$ 1,2 bilhão. No caso de São Salvador,
o pedido de financiamento engloba R$ 500 milhões do total de R$ 773 milhões
estimados para todo o projeto. (Jornal do Commércio - 05.09.2005) 10 Idec pode entrar na Justiça contra adoção do IASC 2003 nas tarifas
11 Ponte de Pedra coloca terceira e última unidade geradora em funcionamento A hidrelétrica Ponte de Pedra recebeu autorização da Aneel para colocar em teste a partir da última quinta-feira, 1° de setembro, a terceira unidade geradora de 58,7 MW. A operação comercial da turbina começará no próximo dia 10, segundo informou a Ponte de Pedra Energética, consórcio formado pelos grupos europeus Skanska (Suécia) e Impreglio (Itália). Com 176,1 MW, a usina terá toda sua produção fornecida para a Cemig (MG), por meio de um contrato de PPA, com validade de 20 anos. A hidrelétrica está localizada entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. (Canal Energia - 02.09.2005) 12 Construção da hidrelétrica de São Salvador depende de definição sobre o repasse do Uso do Bem Público O início das obras de construção da hidrelétrica São Salvador (241 MW), prevista para maio de 2006, depende basicamente da definição, pelo MME, sobre o repasse do Uso do Bem Público para os preços a serem praticados no leilão de energia nova, programado para a primeira quinzena de dezembro. Segundo o diretor da Companhia Energética São Salvador, Vitor Paranhos, caso não haja equacionamento da questão, a viabilidade da usina pode ficar comprometida. O executivo explicou que o grupo será obrigado a repassar o UBP automaticamente para os preços, se não existir mecanismo que permita às usinas "botox" amortizarem o ágio pago pelas hidrelétricas já licitadas. Como provável conseqüência, observou ele, a Cess corre o risco de não vender energia e, sem contratação, o BNDES não financiará a obra. (Canal Energia - 02.09.2005) 13 RJ pode ser primeiro estado a completar Luz para Todos Os fluminenses podem ser os primeiros cidadãos a terem atendimento total de energia elétrica. A informação foi dada na sexta-feira (02/09) pelo coordenador estadual do programa Luz para Todos, Luiz Carlos Oliveira, que prevê a superação da estimativa inicial de ligações para o Rio de Janeiro, devido a grande procura que a iniciativa vem gerando. Desde sua implantação no estado, em julho de 2004, o Luz para Todos já completou 3.700 ligações e deverá ser concluído até o final deste ano, devendo fechar somente em março de 2006, devido a dificuldade de acesso a algumas áreas. (Elétrica - 03.09.2005) 14 OGU vai destinar R$ 2,4 bi exclusivamente para energia no Centro Oeste O ministro do Planejamento entregou ao presidente do Congresso o Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2006. O Projeto do Executivo prevê uma estimativa de receita de R$ 523,3 bilhões e, excluindo as reservas e transferências a estados e municípios, um total de despesas de R$ 389,5 bilhões. O Projeto de Lei, além dos recursos destinados a saúde e educação, prevê investimentos no valor de R$ 2,4 bilhões somente para energia nas regiões Centro-Oeste e Sudeste com recursos próprios das estatais. (Elétrica - 02.09.2005) 15 Região Sul terá investimentos para os setores de energia elétrica e infra-estrutura O Governo Federal espera destinar aos Estados da Região Sul um volume principal de investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 625,1 milhões oriundos de recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e R$ 729 milhões das empresas estatais. Os recursos para a Região Sul estão contidos na Proposta de Lei Orçamentária encaminhada em 31 de agosto ao Congresso Nacional pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. De acordo com o que está projetado no Orçamento para o ano que vem, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná terão respaldo de recursos para os setores de energia elétrica e de infra-estrutura de transportes rodoviário, ferroviário e marítimo. (Elétrica - 02.09.2005)
Empresas 1 Light tem garantido reajuste mínimo de 6,13% em função de erro da Aneel A Light enfrenta
uma situação peculiar em relação ao reajuste tarifário. Para novembro
ela já tem garantido um percentual de 6,13% - corrigido pela variação
do IGP-M - sem contar os custos que têm repasse automático garantido pela
lei. O reajuste de 6,13% foi concedido pela Aneel em fevereiro, quando
a agência admitiu que tinha calculado "para baixo" a base de remuneração
da Light, um dos itens que serviram para definir a revisão tarifária da
distribuidora que começou em 2003 e demorou dois anos para ser concluída.
O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, já declarou que a Light tem direito
a um reajuste "de partida" de 6,13%, mais a variação do IGP-M, que até
agosto, variou 0,75%. (Valor Econômico - 05.09.2005) 2 Chesf: queda dos indicadores de inflação é um "risco de negócio" A Chesf considera a queda nos indicadores de inflação como um "risco do negócio". De acordo com o superintendente de Comercialização, Belmirando Costa, os reajustes previstos para este ano envolvem apenas os chamados contratos iniciais. "Esses contratos sofrem reajustes periódicos e são regulados por normas específicas. Não somos nós que solicitamos aumento para eles. Isso é feito através de normas e definições contratuais. As alterações para mais ou para menos são o risco do negócio", afirma. Costa afirmou que os impactos provocados pela queda nos indicadores de inflação têm um peso relativamente baixo na estrutura de custos da estatal, uma vez que alguns deles também estão atrelados ao IGP-M. (Valor Econômico - 05.09.2005) 3 Ampla prevê que terá reajuste de 2,5% em dezembro A Ampla prevê
que terá reajuste de 2,5% em dezembro, data-base da distribuidora, mas
informa que esse percentual pode variar "em função da previsão de encargos,
principalmente os atrelados a preços de combustíveis". A Ampla informou
ainda que a queda da inflação não terá impacto sobre a remuneração, porque
ela somente varia a cada cinco anos, na época da revisão tarifária. (Valor
Econômico - 05.09.2005) 4 Cemig pretende concluir em dois meses programa
de investimentos para 2006 5 AES Tietê vai realizar pagamento de dividendos A AES Tietê
vai iniciar, no dia 27 de setembro, a distribuição de R$ 199,8 milhões
em dividendos, correspondente a parcela de 95% do lucro líquido apurado
pela companhia no balanço patrimonial do primeiro semestre do ano. A operação,
que será realizada por meio do Banco Itaú. (Canal Energia - 02.09.2005)
6 CCEE conclui liquidação de R$ 101,5 mi do mês de julho A Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica finalizou nesta sexta-feira, dia 2
de setembro, a liquidação financeira relativa às operações realizadas
no mercado de curto prazo no mês de julho. De acordo com a CCEE, os recursos
liquidados chegaram a R$ 101.544.936,46, correspondentes a 99,22% de adimplência.
O valor contabilizado ficou em R$ 102.347.330,42, com a participação de
312 devedores e 217 credores. Entre janeiro e julho de 2005, a CCEE liquidou
R$ 671.386.470,07, o que significa uma adimplência de 99,88%. O volume
contabilizado no período chegou a R$ 672.188.864,03. (Canal Energia -
02.09.2005) 7 Fitch atribui rating 'BB+(bra)' para debêntures da Eletropaulo A Fitch Ratings
atribuiu rating nacional de longo prazo 'BB+(bra)' para a oitava emissão
de debêntures da Eletropaulo, no valor de R$ 800 milhões. Os recursos
serão utilizados para o pré-pagamento de dívidas renegociadas no ano passado,
sendo a parcela restante direcionada para propósitos gerais da empresa.
A perspectiva do rating é positiva. A instituição destacou a elevação
do rating corporativo da distribuidora para 'BB+(bra)' e em moeda estrangeira
e moeda local para 'B', atribuindo perspectiva positivo. (Canal Energia
- 02.09.2005) 8 Coelba registra lucro de R$ 359,2 mi no primeiro semestre A Coelba registrou lucro de R$ 359,224 milhões no primeiro semestre deste ano. O valor é 116,69% maior que os R$ 165,775 milhões verificados no mesmo período do ano passado. A receita bruta alcançou R$ 1,915 bilhão entre janeiro e junho deste ano, superando em 36,88% o montante de R$ 1,399 bilhão apurado nos seis primeiros meses de 2004. A companhia teve receita líquida de R$ 1,4 bilhão, 45,68% acima da receita de R$ 961,163 milhões em igual período de 2004. Com relação aos resultados do segundo trimestre deste ano, o lucro ficou em R$ 114,955 milhões, 7,95% acima dos R$ 106,486 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Entre abril e junho de 2005, a receita bruta alcançou R$ 891,036 milhões, 24,77% superior aos R$ 714,163 milhões verificados em igual período de 2004. (Canal Energia - 02.09.2005) 9 Eletropaulo notifica prefeitura de SP por falta de pagamento A Eletropaulo informou que a prefeitura de São Paulo não pagou a parcela do acordo de repactuação que venceu em 31 de agosto. A companhia diz que tomou "as medidas judiciais cabíveis" sobre o assunto. "Tratando-se de dívida confessa, com valores determinados, entendemos que as chances de êxito são prováveis", diz o fato relevante da empresa. "Desta forma, a companhia continua avaliando os possíveis impactos em suas demonstrações contábeis, embora considere adequado o nível atual de provisão referente aos recebíveis da Prefeitura". (Elétrica - 03.09.2005) No pregão do
dia 02-09-2005, o IBOVESPA fechou a 28.319,11 pontos, representando uma
alta de 1,28% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,52
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,81%,
fechando a 8.119,39 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 90,4
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 33,20 ON e R$ 31,85 PNB, alta de 2,47% 1,11%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 12,4 milhões as ON e R$ 35,7 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 40% do volume monetário. (Economática e Investshop - 05.09.2005) O presidente da Celesc, Carlos Rodolpho Schneider, deixará o cargo na companhia no final deste mês de setembro. O executivo já encaminhou pedido de demissão ao governador do estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), e alegou problemas particulares. A estimativa é que o novo presidente da empresa seja escolhido pelo governador até o dia 21 de setembro deste ano. (Canal Energia - 02.09.2005) A Cemig debaterá com consultores públicos, engenheiros e estudantes da área, a eficiência energética no serviço público dentro da programação da 2ª Semana de Eficiência Energética, de 12 a 14 de setembro, em BH. Quatro palestras estão programadas, das 14 às 18 horas, para compor o painel Eficiência Energética no Serviço Público. (Elétrica - 02.09.2005)
Leilões 1 Governo ainda encontra dificuldades para liberação de hidrelétricas para leilão de energia nova O governo só
conseguiu liberar 1 dos 17 projetos hidrelétricos previstos para o leilão
de energia nova que será realizado no final do ano. Dos 2,8 mil MW previstos,
apenas 140 MW estão hoje em condições de serem licitados. O MME espera
incluir a tempo ao menos 14 projetos. O prazo estipulado para a liberação
termina em 10 dias. O ministério traça um novo panorama no dia 15 e depois
centra esforços nos projetos com mais chances de aprovação. A estimativa
no mercado é que um máximo de 70% dos 2,8 mil MW previstos para o leilão
consiga a licença ambiental. (O Estado de São Paulo - 05.09.2005) 2 Setor sucroalcooleiro estima oferta potencial de até 1,5 mil MW A dificuldade do governo em obter a licença ambiental para os projetos hidrelétricos previstos para entrarem na licitação de energia nova, no final do ano, anima o setor sucroalcooleiro, que está entre os habilitados a participar do novo leilão e estima uma oferta potencial de até 1,5 mil MW, segundo o vice-presidente executivo da Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen), Carlos Roberto Silvestrin. (O Estado de São Paulo - 05.09.2005) 3 Aneel vai disponibilizar manual de instruções sobre procedimentos para leilão de LTs A Aneel disponibiliza,
nesta segunda-feira, dia 5 de setembro, o Manual de Instruções sobre os
procedimentos que serão adotados no próximo leilão de linhas de transmissão.
O documento orientará os investidores no processo de disputa das concessões
de sete lotes com 21 linhas de transmissão e oito subestações no leilão,
marcado para dia 17 de novembro, no Rio de Janeiro. Os interessados poderão
obter o texto no link Licitações/ Editais de Transmissão no site da Aneel
(www.aneel.gov.br). A data para a entrega dos documentos para a pré-qualificação
é o dia 19 de setembro, na sede da Bovespa, em São Paulo. (Canal Energia
- 02.09.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: risco de déficit nas regiões SE, CO e Sul até 2009 está dentro dos padrões Com o cronograma
de expansão que prevê a entrada de 13.320 MW, uma expectativa de crescimento
médio do PIB de 4,3% e do consumo de energia de 5,3%, o ONS considera
que o risco de déficit no fornecimento de energia nos subsistemas Sudeste,
Centro-Oeste e Sul, até 2009, está dentro dos padrões. Uma avaliação do
ONS feita com base em dados probabilísticos mostra que só a região Nordeste
registra uma situação considerada fora da normalidade, em 2009, com risco
de 9,2%, para um déficit de carga maior que 1%. Segundo o diretor-geral
do operador, Mario Santos, a situação estará equacionada com um pequeno
ajuste na expansão, na carga ou mesmo data de entrada de um determinado
projeto. "A visão do ONS é otimista dada a avaliação probabiblística,
o cenário de oferta da expansão e o mercado. Estamos tranqüilos porque
o pequeno déficit indicado pode ser superado com ajuste de cronograma
ou obras adicionais", comentou. (Canal Energia - 02.09.2005) 2 Plano de ampliações e reforços do ONS prevê investimentos de R$ 13,7 bi no período 2006/2008 O plano de ampliações e reforços divulgado pelo ONS na sexta-feira, dia 2 de setembro, prevê um volume de investimentos de R$ 13,7 bilhões no período 2006/2008. O conjunto de obras proposto inclui 11.044 km de linhas de transmissão e 36.005 MVA de capacidade de transformação. Segundo o diretor-geral do ONS, Mario Santos, o PAR 2006/2008 é formado por 30% de novas obras e os outros 70% são ratificações de projetos que já estavam propostos em ciclos anteriores. O documento já foi encaminhado aos agentes e para o MME. (Canal Energia - 02.09.2005) 3 Fornecimento de energia elétrica é restabelecido no Mato Grosso O fornecimento
de energia elétrica já foi restabelecido para as 300 mil pessoas no Mato
Grosso. Segundo a Cemat, o serviço foi normalizado às 3:20 horas da sexta-feira,
2 de setembro. A população estava sem luz desde a última quarta-feira,
31 de agosto, em função da queda de três torres da linha de transmissão
Nobres/Sinop, que pertence à Eletronorte. (Canal Energia - 02.09.2005)
De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 03/09/2005 a 09/09/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras libera utilização do gasoduto na Paraíba A Petrobras liberou para o consumo da população, nesta quinta-feira (1) o gás natural que vai abastecer Campina Grande e cidades ao longo da BR 230, através do gasoduto construído pelo Governo do Estado da Paraíba. Sua inauguração, no entanto, acontecerá no dia 10 de setembro pelo governador Cássio Cunha Lima. Segundo os engenheiros da Petrobras que autorizaram a operação, já a partir desta sexta-feira (2) os consumidores poderão ter acesso ao gás natural e destacam que se trata de uma iniciativa que tem uma grande repercussão na economia paraibana, principalmente porque se destinará, também, para o uso industrial. (Elétrica - 02.09.2005)
Grandes Consumidores 1 Mercado nacional de minério de ferro e pelotas registra redução de 5,7% no volume de vendas O mercado nacional
de minério de ferro e pelotas teve queda de demanda no período de janeiro
a julho, por conta da desaceleração da produção de aço. O volume negociado
caiu 5,7%, afetado pela redução de 2,9% na produção brasileira de aço
até julho. No total das vendas, considerando as exportações, o setor mantém-se
bem, puxado pelo consumo de clientes externos - no período o montante
despachado somou 145,4 milhões de toneladas, um salto de 8,3% sobre o
mesmo período de 2004. As exportações cresceram 11,1% em volume e 64,6%
em receita até julho. (Valor Econômico - 05.09.2005) 2 CVRD é responsável por 97,1% do total vendido no mercado de minério de ferro e pelotas Segundo dados
do Sinferbase, entidade do setor de metais básicos, a Vale do Rio Doce
mais coligadas e controladas respondeu por 97,1% do total vendido no mercado
de minérios de ferro e pelotas. A MBR, controlada do grupo Caemi (Vale)
, é o destaque do ano: as vendas totais subiram 17,6% e as exportações
25,6%. A receita de vendas ao exterior cresceu 90,6% no período comparado
a 2004. A Vale e suas coligadas de pelotização responderam por 75%, ou
108,9 milhões de toneladas; a MBR por 28 milhões e a Samarco por 8,4 milhões.
A Samarco tem 50% do controle em poder da Vale. (Valor Econômico - 05.09.2005)
3 Analistas: desempenho do minério de ferro não deve ser prejudicado pela desaceleração da siderurgia mundial Analistas de
mineração e siderurgia nâo prevêem que o desempenho excepcional do minério
de ferro possa ser prejudicado pela desaceleração da siderurgia mundial
(exceção China) e pela queda e estabilidade dos preços do aço nos próximos
meses. O cenário para 2006, segundo Luiz Caetano, da Corretora Brascan,
é de expansão da siderurgia chinesa e pequena redução nos volumes produzidos
em todo o mundo. Ele vê resultados crescentes das empresas de mineração,
ao contrário do que se espera para a maioria das siderúrgicas. Para Roger
Downey, analista de mineração do Credit Suisse First Boston (CSFB), considerando
a posição de liderança da China nesse mercado, as usinas de aço do país
deverão ter participação nas negociações de preços para 2006. Downey diz
que é muito cedo ainda para prever o novo aumento, pois a indústria ainda
não iniciou pré-negociações para 2006. Segundo o analista, seus cenários
apontam um mercado apertado para o minério de ferro até 2010, puxado pela
China. Nos próximos cinco anos, segundo sua projeção, a produção siderúrgica
chinesa pode atingir de 510 milhões a 520 milhões de toneladas, gerando
importação de 480 milhões de toneladas de minério de ferro. (Valor Econômico
- 05.09.2005) Economia Brasileira 1 Mercado eleva estimativa de alta do PIB de 2005 para 3,20% O mercado financeiro elevou a projeção para o crescimento da economia em 2005. A mediana das expectativas aponta crescimento de 3,20% para o PIB neste ano, contra 3,00% na pesquisa das oito semanas anteriores. Para 2006, a estimativa média continua em 3,50%, há 18 semanas. Os analistas mantiveram a estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano em US$ 40 bilhões e elevaram a de 2006 de US$ 33,60 bilhões para US$ 33,73 bilhões. A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 subiu de US$ 15,5 bilhões para US$ 16 bilhões. Em 2006, porém, a expectativa baixou de US$ 15,90 bilhões para US$ 15,45 bilhões. A projeção média dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005 ficou em superávit de US$ 12,10 bilhões. Para 2006, espera-se superávit de US$ 6,19 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,48% em 2005 (na semana retrasada, a previsão era de 4,50%) e de 4,50% em 2006. (Valor Econômico - 05.09.05) 2 Saldo da balança comercial é de US$ 527 mi na primeira semana do mês A balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de apenas US$ 527 milhões na primeira semana de setembro. Esse resultado é a diferença entre as exportações de US$ 1,066 bilhão e as importações de US$ 539 milhões. Os números foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento. O baixo movimento deve-se ao fato de a primeira semana do mês ter tido apenas dois dias úteis. Em agosto, o saldo ficou positivo em US$ 3,672 bilhões. No acumulado do ano, o superávit comercial está em US$ 28,875 bilhões, um crescimento de 28,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas ao exterior somam até agora US$ 77,152 bilhões. Já as importações totalizam US$ 48,277 bilhões. Ambas registram um crescimento expressivo, de 23% e 19,9%, respectivamente. (Folha de São Paulo - 05.09.05) 3 Mercado reduz previsão de corte na Selic para 0,25 ponto em setembro
4 São Paulo registra deflação de 0,20% em agosto, diz Fipe O município
de São Paulo registrou deflação de 0,20% em agosto. Trata-se da segunda
taxa negativa no ano. A primeira foi em junho, quando os preços também
caíram em média 0,20%. Os dados são da Fipe. Em julho, o IPC da Fipe havia
apontado inflação de 0,30%, por causa principalmente dos aumentos dos
planos de saúde e da alta sazonal nos pacotes de viagens. No início de
agosto, o coordenador da pesquisa da Fipe, Paulo Picchetti, chegou a prever
uma inflação de 0,40% para o mês. Na semana passada, porém, com a continuidade
da queda em alimentação, ele admitiu que o índice poderia ficar negativo
no mês. Segundo Picchetti, as boas condições de oferta, a queda do dólar
e a demanda interna menos aquecida têm contribuído com a redução dos preços
de alimentos. (Folha de São Paulo - 05.09.05) 5 Projeção do mercado para IPCA de 2005 chega quase à meta do BC Pela 16ª semana
consecutiva, o mercado financeiro diminuiu a projeção média para o índice
oficial de inflação de 2005. No mais recente relatório de mercado, feito
pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas para
o IPCA deste ano é de 5,23%, abaixo dos 5,26% previstos na semana retrasada.
Assim, a previsão do mercado chegou quase à meta perseguida pelo BC para
este ano, de 5,21%. O mercado também voltou a baixar a projeção do IPCA
de 2006, que foi de 4,90% para 4,85%. De acordo com o levantamento semanal
feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão
para o IGP-DI de 2005 foi de 2,54% para 2,36% e, no IGP-M, baixou de 2,66%
para 2,17%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas
caiu de 4,81% para 4,68%. (Valor Econômico - 05.09.05) 6 Previsão de IPCA em 12 meses fica estável, diz Focus A projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses ficou estável. Segundo o relatório de mercado do Banco Central, a mediana das expectativas dos analistas aponta para IPCA de 4,89%, mesma previsão da semana anterior. Nos demais índices analisados, as previsões foram variadas. No IPC da Fipe, a projeção subiu de 4,69% para 4,75%. No IGP-M, a estimativa caiu de 5,08% para 4,84% e, no IGP-DI, baixou de 5,10% para 4,93%. (Valor Econômico - 05.09.05) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Furacão Katrina expõe falhas na política energética norte-americana A crise energética
provocada pelo furacão Katrina evidenciou o que analistas do setor já
vinham apontando há algum tempo: a falta de incentivos para economia no
consumo de energia e para o uso de fontes alternativas nos EUA. A lei
de energia aprovada em julho prevê gastos de US$ 1,3 bilhão para programas
de economia e US$ 3 bilhões para fontes renováveis - principalmente energia
eólica. É um valor pequeno considerando os totais envolvidos no setor.
Estima-se que os subsídios e créditos fiscais permitidos pela lei cheguem
a US$ 85 bilhões em dez anos. A versão da lei de energia aprovada pelo
Congresso deixou de fora uma proposta que exigia que se atingisse 10%
da matriz energética com fontes renováveis em 2020. Também caíram propostas
para aumentar a eficiência das utilitários esportivos, os veículos preferidos
pela classe média americana. (Valor Econômico - 05.09.2005) 2 AIE: furacão Katrina pode ter impactos a longo prazo sobre o refino e distribuição de petróleo nos EUA Segundo avaliação
da Agência de Informação de Energia (AIE), o furacão Katrina, que reduziu
em um décimo a capacidade de refino das instalações dos Estados Unidos,
terá um efeito muito mais duradouro do que outras catástrofes semelhantes
sobre a infra-estrutura e os sistemas de distribuição do país. Oito refinarias,
que representam pouco mais de 10% da capacidade total de refino do país,
estão paradas nos estados de Louisiana e Mississipi. "Diferentemente do
furacão Ivan, em outubro de 2004, que afetou a produção petrolífera e
teve conseqüências duradouras sobre a capacidade de produção nas plataformas
do Golfo do México, parece que o Katrina pode vir a ter um impacto de
prazo bem mais longo sobre o refino e a distribuição", ressaltou a AIE.
A agência estabeleceu algumas diferenças, indicando que "certas refinarias
poderão retomar suas operações em uma ou duas semanas, enquanto outras
poderão ficar paralisadas provavelmente por um período mais prolongado,
até mesmo alguns meses". (Gazeta Mercantil - 02.09.2005) 3 Campo de gás natural na costa da Índia pode despertar interesse de grandes investidores A Petrobras, as britânicas BP e BG Group e a francesa Total buscam participação no desenvolvimento da maior área de gás natural da Índia já descoberta, informou um representante da petrolífera Gujarat Petroleum, do governo indiano, que descobriu um campo gás natural ao sudeste da costa da Índia em junho. O achado é estimado em 566 bilhões de metros cúbicos de gás, avaliados em US$ 50 bilhões. A Gujarat precisa investir 15 bilhões de rúpias (US$ 341 milhões) para desenvolver o bloco, onde é uma operadora com 80% de participação. A exploradora canadense Geoglobal Resources e a indiana Jubilant Enpro são sócios minoritários. O funcionário da Gujarat informou que a refinaria estatal indiana Indian Oil e a distribuidora de gás GAIL (Índia) mostraram interesse na área. A maior produtora de petróleo da Índia, a Oil and Natural Gas Corp, também deverá fazer uma oferta de participação. (Gazeta Mercantil - 02.09.2005) Equipe de Pesquisa UFRJ -
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