l
IFE:
nº 1.649 - 31 de agosto de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação e Novo Modelo
1 Dilma
negocia com STF pendências que impedem andamento de obras no setor de
energia
2 Tolmasquim: liminar concedida pelo STF afeta expansão
do setor elétrico
3 Câmara Federal debate sobre o licenciamento ambiental
das obras da hidrelétrica Barra Grande
4 Deputado propõe ação contra transferência da operação
do sistema elétrico do Paraná
5 Curtas
Empresas
1
Cemig reduz volume de investimentos para 2005
2 Cotações da Eletrobrás
3 Curtas
Leilões
1
MME fixa novo prazo para entrega de garantia firme de gás
2 Governo revê projeção de usinas para leilão de energia
nova
3 Cgise: empreendimentos dependem de como os órgãos atuarão
nas próximas semanas
Oferta
e Demanda de Energia Elétrica
1
Rodolpho Tourinho prevê falta de energia em 2010
2 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está
em 70,8%
3 Nível dos reservatórios da região Sul está em 82,3%
4 Submercado
Nordeste apresenta 77,3% de capacidade em seus reservatórios
5 Índice
de armazenamento do submercado Norte está em 72,3%
Grandes
Consumidores
1
CVRD estuda a utilização de carvão mineral para reduzir custos na geração
de energia
2 CVRD estuda solução para hidrelétrica de Estreito
3 CVRD não descarta participação em leilão de energia
nova
4 CVRD confirma intenção em se desfazer de participação
na hidrelétrica de Foz do Chapecó
5 CVRD pretende chegar em 2010 com auto-suficiência de
50% em energia
6 Novelis: custos de transmissão são superiores aos custos
de produção da energia
7 Novelis planeja investir US$ 200
mi em hidrelétricas nos próximos anos
8 Votorantin e Suzano recorrem de liminar pata tentar
aprovar incorporação de ações da Ripasa
Economia
Brasileira
1
PIB cresce 1,4% no segundo trimestre, maior expansão em mais de um ano
2 PIB cresce 4,3% nos 12 meses encerrados em junho
3 Ipea poderá elevar
previsão de crescimento do PIB para este ano
4 Furlan prevê para agosto importações de até US$ 7,5
bi
5 CNI prevê aumento de 4,2% para o PIB industrial em 2005
6 Meirelles minimiza impacto da Selic sobre a economia
7 Palocci defende política monetária e não vê exagero
em juros
8 Dólar ontem e hoje
Internacional
1
Plano de Energias Renováveis espanhol terá US$ 29 bi até 2010
Regulação e Novo Modelo
1 Dilma negocia com STF pendências que impedem andamento de obras no setor de energia
A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, entrou no processo de negociação com o
Supremo Tribunal Federal (STF) para solucionar pendências que impeçam
o andamento de obras no setor de energia e de infra-estrutura. A atenção
da ministra está voltada para duas ações diretas de inconstitucionalidade
(Adins), movidas pela Procuradoria-Geral da República, que tratam de entraves
ambientais para a construção de usinas hidrelétricas, entre elas a usina
Belo Monte. "Espero que seja uma decisão que, assegurando o respeito às
normas ambientais, assegure a celeridade dos processos, porque o País
precisa de infra-estrutura, e não é em um horizonte de longuíssimo prazo",
afirmou a ministra ontem ao anunciar um encontro com o presidente do STF,
Nelson Jobim. A ministra pretende tratar ainda de outra Adin que tramita
no STF e já resultou em liminar concedida pelo próprio Jobim, determinando
que as licenças para obras que interfiram em áreas de preservação permanente,
como margens ou nascentes de rios, tenham lei específica do Poder Legislativo,
federal ou estadual. (Jornal do Commercio - 31.08.2005)
2 Tolmasquim: liminar concedida pelo STF afeta expansão do setor elétrico
O presidente
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, mostrou
preocupação com os efeitos da liminar concedida pelo STF, "pois afeta
a expansão do setor elétrico". Ele manifestou, no entanto, confiança em
que a liminar será revista. No fim do ano, o Governo pretende levar a
leilão a concessão de 17 novos projetos de hidrelétricas. Para isso, é
necessária a obtenção de licenças prévias. Até agora, apenas uma dessas
usinas tem essa licença. (Jornal do Commercio - 31.08.2005)
3 Câmara Federal debate sobre o licenciamento ambiental das obras da hidrelétrica Barra Grande
O presidente
da Engevix Engenharia, Cristiano Kok, explicou por que a empresa está
contestando na justiça a multa de R$ 10 milhões aplicada pelo Ibama. Kok
disse que a Engevix cumpriu todas as exigências legais para obter o termo
de referência para a construção, que é o Estudo do Impacto Ambiental (EIA).
Segundo o deputado Jorge Pinheiro (PL-DF), a Engevix, responsável pela
construção da usina, foi multada por causa de omissões no relatório de
impacto ambiental da obra, que levou ao alagamento de cerca de 6 mil hectares
de florestas de araucária primária ou em estágio avançado de regeneração.
(Elétrica - 30.08.2005)
4
Deputado propõe ação contra transferência da operação do sistema elétrico
do Paraná
O deputado Rafael
Greca vai encaminhar à Justiça uma ação popular contra a transferência
da Operação do Sistema Elétrico do Estado do Paraná, atualmente sob o
comando da Copel, para o ONS, com sede em Florianópolis. Greca diz que
a má notícia vem acompanhada do risco de aumento dos períodos de interrupção
de energia elétrica, de perda do controle das vazões de cheias do Rio
Iguaçu, e o que é pior, poderá ocorrer aumento da tarifa de energia elétrica
no Paraná. Em resposta ao pedido de informações feito pelo deputado, o
diretor presidente da Copel, Rubens Ghilardi confirmou em documento oficial
a transferência em janeiro de 2006 da operação de energia da Copel para
o ONS. (Elétrica - 30.08.2005)
O MME e
o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República assinaram
um acordo de cooperação técnica para implementar uma política de segurança
na área de informação governamental. O Gabinete vai oferecer apoio operacional
de segurança para as redes de computadores do MME, além de apoiar o ministério
na avaliação de riscos e em outras atividades necessárias à elaboração
da política de segurança. (Canal Energia - 30.08.2005)
Empresas
1 Cemig reduz volume de investimentos para 2005
A Cemig
reduziu seu plano de investimentos para 2005. Em vez dos R$ 2,08 bilhões
inicialmente previstos, a estatal mineira deverá aplicar, até o final
do ano, R$ 1,62 bilhões. Em comunicado, a Cemig informou que a revisão
se tornou "imprescindível" devido a mudanças nos cronogramas de entrada
de recursos de terceiros previstos para o financiamento das obras. Entre
os atrasos, a companhia destacou a postergação da entrada de recursos
para o Luz Para Todos. Esta já é a segunda empresa do setor elétrico a
anunciar oficialmente a diminuição de seus investimentos para 2005. Também
neste mês, a AES Eletropaulo informou a reavaliação de seu plano de investimentos.
No caso da distribuidora paulista, a justificativa para a redução foi
o atraso na obtenção de autorizações ambientais para a construção de estações
transformadoras e na aprovação do programa de pesquisa e desenvolvimento.
(Gazeta Mercantil - 31.08.2005)
No pregão do dia 30-07-2005, o IBOVESPA fechou a 27.603,74 pontos, representando uma alta de 0,80% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,09 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,30%, fechando a 7.993,41 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 56,1 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 32,20 ON e R$ 30,80 PNB, alta de 0,78% e 0,88%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 6,5 milhões as ON e R$ 17,4 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 22% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 31-08-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 32,30 as ações ON, alta de 0,31% em relação ao dia anterior e R$ 30,85 as ações PNB, alta de 0,16% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 31.08.2005)
A AES Eletropaulo realiza nesta quarta-feira, 31 de agosto, o seminário "Energia elétrica: fator de competitividade para a indústria", em parceria com a FIESP, para 150 clientes industriais. O evento pretende demonstrar o potencial econômico dos projetos de eficiência energética para os negócios destes clientes. O seminário faz parte da estratégia da distribuidora de relacionamento com os clientes corporativos. (Canal Energia - 30.08.2005)
Consórcio liderado pela Alstom fechou contrato com Furnas para modernização da hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho (1.050 MW), localizada no município de Pedregulho (SP). O contrato, no valor aproximado de R$ 452 milhões, prevê a modernização dos equipamentos das seis unidades geradoras da usina. A modernização tem prazo de conclusão prevista para 2010. (Canal Energia - 30.08.2005)
A Celesc está investindo na modernização de todas as suas 181 agências de atendimento. O projeto inclui a normatização de solicitações e padronização de todos os escritórios, que absorve cerca de 37,8% dos atendimentos da empresa. Para o próximo ano, o orçamento da Celesc inclui R$ 400 mil para a reforma das demais agências. (Canal Energia - 30.08.2005)
A Celg inaugurou nesta terça-feira, dia 30 de agosto, a subestação Independência, localizada no município de Aparecida de Goiânia. O empreendimento atenderá 200 mil habitantes, podendo ter a potência inicial, de 33 mil KVA, duplicada em uma eventual segunda etapa. O custo total da obra foi de mais de R$ 6 milhões. (Canal Energia - 30.08.2005)
O Conselho de Administração da Copel elegeu o presidente do conselho fiscal, Paulo Roberto Trompczynski, para o cargo de diretor de Finanças e de Relações com Investidores. Ele substituirá Rubens Ghilardi, que acumulava a pasta com a presidência da estatal. A vaga de Trompczynski no conselho fiscal, que preside desde 2003, será ocupada pelo suplente Serafim Charneski. (Canal Energia - 30.08.2005)
Leilões
1 MME fixa novo prazo para entrega de garantia firme de gás
O MME determinou,
nesta terça-feira, 30 de agosto, um novo prazo para entrega dos contratos
de suprimento firme de gás pelos agentes termelétricos que participarão
do leilão de energia nova. Pela portaria nº 415, os agentes deverão encaminhar
os contratos até o dia 23 de setembro. Já o prazo para requerer a habilitação
técnica e o respectivo cadastramento do empreendimento térmico, vai até
o dia 12 de setembro. Para os agentes hídricos, a data fica mantida em
31 de agosto. (Canal Energia - 30.08.2005)
2 Governo revê projeção de usinas para leilão de energia nova
A pouco mais de três meses do primeiro leilão de novas usinas do modelo institucional implantado em 2004, o governo começa a refazer as previsões dos empreendimentos que deverão integrar a disputa. Inicialmente prevendo a colocação de 17 hidrelétricas em sete estados, cuja capacidade instalada total soma 2.831 MW, o MME já admite que pelo menos três projetos dificilmente estarão em condições de entrar na licitação. A provável redução para um número máximo de 14 usinas deve-se às dificuldades nos processos de licenciamento ambiental nos órgãos estaduais e no federal, o Ibama. Três dos 17 projetos apontados pelo MME desde o ano passado como foco do leilão não têm qualquer previsão de conclusão da análise dos estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA-Rima) pelos órgãos responsáveis. São as usinas de Baixo Iguaçu (340 MW) e Telêmaco Borba (120 MW), ambos no Instituto Ambiental do Paraná; e Mirador (106 MW), cujo processo está na Agência Ambiental de Goiás. A imprevisibilidade em torno da conclusão da análise dos EIA-Rima impede a realização das audiências públicas necessárias antes da emissão das licenças ambientais prévias (pré-condição para que a usina entre no leilão). Diante deste cenário, o Comitê de Gestão Integrada de Empreendimentos do Setor Elétrico (Cgise), criado há um ano para articular o processo ambiental das hidrelétricas, tem poucas esperanças de ver todas as 17 usinas no leilão, algo que já é admitido pelo comando do MME. (Canal Energia - 30.08.2005)
3 Cgise: empreendimentos dependem de como os órgãos atuarão nas próximas semanas
Apesar de
mapear as condições atuais dos empreendimentos previstos pelo governo,
a coordenadora do Comitê de Gestão Integrada de Empreendimentos do Setor
Elétrico (Cgise), Márcia Camargo, explica que as reais condições dependem
de como os órgãos atuarão nas próximas semanas. Como tentativa de configurar
uma radiografia detalhada dos projetos, consubstanciada no posicionamento
dos licenciadores, o Cgise estipulou a data de 15 de setembro para que
todos os órgãos ambientais enviem ao Comitê o retrato, até aquele momento,
de cada um dos 16 projetos que ainda não obtiveram a licença prévia. Márcia
Camargo frisa que o deadline não se refere a um prazo para emissão das
licenças. "É um prazo interno administrativo nosso, para termos um quadro
completo de como estão os projetos. Esperamos que os órgãos ambientais
se manifestem", comenta. Sem colocar uma data-limite para emissão das
LPs - algo que, ressalta ela, compete apenas aos organismos ambientais
- a coordenadora comenta que a inclusão de usinas no leilão deverá ocorrer
até a publicação do edital de licitação pela Aneel, o que ocorre em torno
de 60 dias antes do leilão. "O prazo vai formalizar o processo. Não quer
dizer que a LP que sair pouco depois de 15 de setembro não será aproveitada",
diz ela. (Canal Energia - 30.08.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Rodolpho Tourinho prevê falta de energia em 2010
O ex-ministro
de Minas e Energia Rodolpho Tourinho disse nesta segunda-feira que há
riscos de o país voltar a ter problemas de escassez de energia em 2010.
Segundo o senador não haverá gás natural suficiente para suprir o consumo
das termelétricas que serão necessárias em 2010. De acordo com o senador,
a Petrobrás terá que fazer um grande esforço para conseguir aumentar a
oferta para 99,3 milhões de metros cúbicos de gás natural em 2010 contra
os cerca de 41 milhões atuais. (Elétrica - 30.08.2005)
2 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 70,8%
O índice de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 70,8%, com queda de 0,3% em relação ao dia 29 de agosto. O volume fica 29,3% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Furnas e M. Moraes operam, respectivamente, com 87,5% e 90,7% de capacidade. (Canal Energia - 30.08.2005)
3 Nível dos reservatórios da região Sul está em 82,3%
O submercado
Sul apresenta 82,3% de capacidade em seus reservatórios. Em relação ao
dia anterior, houve queda de 0,7% no índice de armazenamento. A hidrelétrica
de S. Santiago registra 79,8% de volume armazenado. (Canal Energia - 30.08.2005)
4 Submercado Nordeste apresenta 77,3% de capacidade em seus reservatórios
O volume
armazenado na região Nordeste está em 77,3%, com queda de 0,2% em relação
ao dia anterior. O índice fica 46% acima da curva de aversão ao risco.
A usina de Sobradinho opera com 74,9% de sua capacidade. (Canal Energia
- 30.08.2005)
5 Índice de armazenamento do submercado Norte está em 72,3%
O nível
dos reservatórios da região Norte está em 72,3%, com queda de 0,5% em
relação ao dia anterior, 29 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 73,7%
de capacidade. (Canal Energia - 30.08.2005)
Grandes Consumidores
1 CVRD estuda a utilização de carvão mineral para reduzir custos na geração de energia
Com o aumento
nos custos de transmissão e de distribuição de energia elétrica, a Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) estuda a possibilidade de utilizar carvão mineral
no abastecimento de suas futuras expansões. "Com os custos atuais de energia,
grandes consumidores, como nós, têm de ir onde a energia é mais barata:
ou busca plantas fora do país ou busca energias alternativas. Esta fonte
pode ser o carvão, mercado em que estamos entrando em países como Austrália,
Venezuela, Moçambique e China. Vamos tentar fazer uma operação logística
que garanta que o carvão chegue aqui a preços competitivos", disse o presidente
da empresa, Roger Agnelli. Segundo o executivo, o carvão já é competitivo
frente ao preço de energia praticado hoje no país. A vantagem das térmicas
frente às hidrelétricas estaria na possibilidade de instalá-las nas proximidades
da unidade de produção da Vale, eliminando os altos desembolsos com transmissão.
(Jornal do Brasil - 31.08.2005)
2 CVRD estuda solução para hidrelétrica de Estreito
Outro projeto
que ficou acima do estimado pela Vale, segundo o presidente da companhia,
Roger Agnelli, é o da hidrelétrica de Estreito, em Tocantins, previsto
para sair do papel no ano que vem. "O consórcio está avaliando o que vamos
fazer. Esta hidrelétrica é importante, mas está difícil tocar projetos
de energia no Brasil", afirmou o executivo. (Jornal do Brasil - 31.08.2005)
3 CVRD não descarta participação em leilão de energia nova
O presidente
da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, não descarta a possibilidade de a
empresa participar dos futuros leilões de energia nova, desde que os projetos
fiquem próximos às unidades da CVRD. A meta da Vale é chegar a 2010 com
50% de auto-suficiência em energia elétrica, que poderão vir por meio
de hidrelétricas ou termelétricas. Atualmente, a empresa produz pouco
mais de 10% de seu consumo, que é de 260 mil MW médios. (Jornal do Brasil
- 31.08.2005)
4 CVRD confirma intenção em se desfazer de participação na hidrelétrica de Foz do Chapecó
O presidente
da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, confirmou que, por conta do aumento
excessivo dos custos de transporte de energia no país, a Vale pretende
se desfazer de sua participação de 40% na usina de Foz do Chapecó, hidrelétrica
localizada o Sul. São sócios da Vale em Foz do Chapecó a CPFL Energia
(40%) e a estatal de distribuição elétrica CEEE (20%). "Para a Vale, o
retorno ficou muito baixo. Para as empresas de energia, que têm outra
equação de custos, o retorno é mais alto". Os custos totais de construção
da hidrelétrica, de 855 MW, superam R$ 1 bilhão. (Valor Econômico - 31.08.2005)
5 CVRD pretende chegar em 2010 com auto-suficiência de 50% em energia
Atualmente,
a Vale do Rio Doce possui um consumo de 2000 MW médios e gera 260 MW médios,
ou seja, pouco mais de 10% de suas necessidades. A meta, segundo o presidente
da companhia, Roger Agnelli, é chegar em 2010 com auto-suficiência de
50% da demanda, com os 50% restantes fechados em contratos de fornecimento
de longo prazo. (Valor Econômico - 31.08.2005)
6 Novelis: custos de transmissão são superiores aos custos de produção da energia
O diretor
de Energia da Novelis, Cláudio Campos, diz que os custos de transporte
de energia da usina Risoleta Neves, na Zona da Mata mineira, até a fábrica
de alumínio primário da empresa, em Ouro Preto, já são duas vezes superiores
aos custos de produção dessa energia. (Valor Econômico - 31.08.2005)
7 Novelis planeja investir US$ 200 mi em hidrelétricas nos próximos anos
O diretor
de Energia da Novelis, Cláudio Campos, afirma que a empresa planeja investimentos
de US$ 200 milhões em usinas hidrelétricas nos próximos anos. Mas o maior
projeto da Novelis, a usina de Caçu/Barra dos Coqueiros, em Goiás, um
investimento de US$ 120 milhões, está paralisado por conta de uma Ação
Civil pública contra os estudos de licenciamento da usina. Segundo Campos,
a alta dos custos de transmissão e os problemas ambientais estão afugentando
a Novelis dos investimentos em energia no país. (Valor Econômico - 31.08.2005)
8 Votorantin e Suzano recorrem de liminar pata tentar aprovar incorporação de ações da Ripasa
A Suzano
e a Votorantim Celulose e Papel recorreram da decisão da 19a Vara Cível
da Justiça de São Paulo, que, em liminar, suspendeu a Assembléia Geral
Extraordinária da Ripasa, convocada para aprovar a incorporação das ações
da empresa ao capital das novas controladoras, que adquiriram a empresa
em abril. O cancelamento da AGE de 29 de agosto levou ao adiamento das
assembléias da Suzano e da Votorantim, marcadas para ontem, que aprovariam
o processo e a contratação de consultoria externa para avaliação das três
empresas envolvidas no negócio. As novas assembléias das três empresas
dependem do pronunciamento da Justiça sobre o pleito de Suzano e Votorantim.
Em paralelo, grupos de minoritários que incluem os fundos já citados e
mais o Dynamo, do Rio, preparam recursos junto à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). (Jornal do Commercio - 31.08.2005)
Economia Brasileira
1 PIB cresce 1,4% no segundo trimestre, maior expansão em mais de um ano
A economia brasileira cresceu 1,4% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. Esta é a maior taxa de expansão desde o primeiro trimestre do ano passado, quando a economia havia crescido 1,8%. O resultado marca o aquecimento da economia nacional após dois trimestres de expansão mais lenta. No primeiro trimestre deste ano, a soma dos bens e serviços produzidos no país havia resultado numa expansão de 0,3%, resultado pouco superior ao dos últimos meses do ano passado, quando o PIB (Produto Interno Bruto) havia crescido 0,4%. Os investimentos cresceram 4,5% em relação aos três primeiros meses do ano. No primeiro trimestre do ano os investimentos haviam recuado 3,6% e no final do ano passado haviam registrado queda de 2,9%.Apesar da recuperação, analistas ainda se mostram reticentes quanto ao impacto do resultado no desempenho do PIB em 2005. Segundo o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco Central, a maioria dos analistas espera uma expansão de 3% em 2005. (Folha de São Paulo - 31.08.05)
2 PIB cresce 4,3% nos 12 meses encerrados em junho
O PIB acumulado nos 12 meses até junho cresceu 4,3% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores. Todos os setores verificaram aumento de atividade: a agropecuária teve expansão de 3,6%; os serviços cresceram 3,1% e a indústria apresentou aumento de 5,4%. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,2% nos 12 meses encerrados em junho, comparativamente aos 12 meses imediatamente anteriores. A formação bruta de capital fixo aumentou 8,6%. Segundo o IBGE, um dos fatores de elevação dessa taxa foi o aumento do total das operações de crédito do sistema financeiro. O consumo do governo subiu 1,3%. As exportações cresceram 15,2% e as importações, 13,8%. (Valor Econômico - 31.08.05)
3
Ipea poderá elevar previsão de crescimento do PIB para este ano
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou hoje que o Ipea deve
revisar para cima a sua previsão para o PIB deste ano. Isso porque, de
acordo com o presidente do Ipea, Glauco Arbix, os dados da indústria estão
acima da expectativa. A previsão do Ipea para o crescimento do PIB em
2005 está em 2,8%, menor que a previsão oficial do governo, de 3,4%. (O
Estado de São Paulo - 31.08.05)
4 Furlan prevê para agosto importações de até US$ 7,5 bi
O ministro
do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan,
confirmou ontem o que os números da balança comercial, divulgados na última
segunda-feira, já sinalizavam: as importações em agosto serão recorde,
podendo alcançar os US$ 7,5 bilhões. Até o dia 28 de agosto, a cifra está
em US$ 6,438 bilhões e já é o maior nível registrado em um mês inteiro.
Furlan comentou o perfil das importações, que continuam sustentadas principalmente
por bens e capital de matérias-primas. Disse ainda que fará novas propostas
de desoneração às exportações. Sem detalhar o que seriam essas sugestões,
o ministro disse apenas que serão medidas de cunho fiscal sobre as exportações,
financiamentos e câmbio, uma espécie de nova "MP do Bem". (Gazeta Mercantil
- 31.08.05)
5 CNI prevê aumento de 4,2% para o PIB industrial em 2005
A CNI (Confederação
Nacional da Indústria) reavaliou suas projeções de crescimento para o
setor, em virtude do crescimento das exportações e da perspectiva de redução
da taxa básica de juros a partir do próximo mês. Em julho, a entidade
esperava um crescimento de 4,2% para o PIB do setor industrial. Ontem,
o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, disse que essa taxa deverá
ficar entre 4,5% e 5% neste ano. Para o PIB total, a previsão foi mantida
em 3,2% neste ano. (Folha de São Paulo - 31.08.2005)
6 Meirelles minimiza impacto da Selic sobre a economia
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, minimizou o impacto da Selic sobre a economia. "Não há solução fácil (para crescer): o mercado controla as taxas de juros, controla os preços em geral, não só do dinheiro. Portanto, não há solução mágica", disse citando palestra do professor da Harvard University, Kenneth Rogoff. ara Rogoff, reduzir os juros não é tarefa trivial para o Brasil. "Os sete processos de reestruturação da dívida pelos quais passou o País, além de um endividamento alto, impedem que o BC tenha margem para reduzir a taxa básica de juros", disse. Para ambos, a solução para crescer não deve começar pela Selic, mas pelo aumento de exportações, redução da dívida/PIB e reformas microeconômicas. Meirelles defendeu também a continuidade da política fiscal e da conversão da inflação para as metas. (Gazeta Mercantil - 31.08.05)
7
Palocci defende política monetária e não vê exagero em juros
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu ontem a política monetária
e argumentou que, se os juros fossem exagerados, a inflação estaria até
abaixo da meta. "Dizem que o BC atua de forma excessivamente conservadora.
Se o nosso BC fosse mais conservador do que deveria, as taxas de inflação
estariam abaixo da meta", disse. O ministro prevê que a inflação medida
pelo IPCA terá neste ano a menor taxa desde a mudança no regime cambial.
O alvo perseguido pelo Banco Central é de 5,1% e a estimativa do mercado
para o ano, contida no relatório Focus, está em 5,26%. (Gazeta Mercantil
- 31.08.05)
O crescimento
da atividade brasileira impulsionou os negócios na Bolsa de Valores de
São Paulo (Bovespa) nesta primeira etapa do dia. O dólar comercial terminou
a primeira etapa em queda de 1,25%, a R$ 2,353 na compra e R$ 2,355 na
venda. Ontem, o dólar comercial terminou estável, a R$ 2,3830 para compra
e R$ 2,3850 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 31.08.2005)
Internacional
1 Plano de Energias Renováveis espanhol terá US$ 29 bi até 2010
O governo
espanhol aprovou, na sexta-feira passada, um novo Plano de Energias Renováveis
(PER), destinado a fazer com que 12,1% da energia consumida no país provenha
de fontes renováveis, com um investimento de 23,59 bilhões (US$ 29,08
bilhões), anunciou a vice-presidenta Maria Teresa Fernández de la Vega.
Cerca de 30% do consumo bruto de eletricidade deverá ser produzido a partir
de recursos renováveis e aproximadamente 6% do consumo de carburantes
para o transporte será de biomassa, segundo as metas fixadas no plano,
que cobre o período 2005-2010, informou um comunicado governamental. (Gazeta
Mercantil - 31.08.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo
As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente
os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
Copyright UFRJ e Eletrobrás