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IFE: nº 1.647 - 29 de agosto de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Senador apresenta três emendas do setor elétrico à MP do Bem
2 Ministro do STJ sugere que setor elétrico se aproxime mais do Jurídico
3 Ministro do STJ: carga tributária precisa ser revista para não agravar custos da energia elétrica
4 Abradee: alteração no PIS/Cofins vai reduzir tarifas de energia elétrica
5 MME prorroga prazo para conclusão dos estudos sobre o Luz para Todos
6 Bahia apresenta plano para capacitar gestores ambientais
7 Curtas

Empresas
1 Pactual passa a cobrir ações da Energias do Brasil S.A.
2 AES Elpa aprova aumento de capital social no valor de R$ 1,797 bi
3 Light investe R$ 3 mi na expansão de agências de atendimento
4 CEEE amplia terminais de auto-atendimento
5 Tribunal Regional Federal mantém reajuste da Cosern
6 Coelba lança campanha publicitária para reduzir furtos de energia elétrica
7 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Prazo para habilitação de hidrelétricas no leilão termina dia 31

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Grandes Consumidores
1 Usina entra em operação na terça-feira
2 Vale: geração de energia elétrica é área cheia de "incertezas"
3 Vale viabilizará o suprimento total do consumo de eletricidade do Sistema Sul

Economia Brasileira
1 Superávit da balança comercial ultrapassa US$ 28 bi neste ano
2 Balança registra superávit de US$ 973 mi na 4ª semana de agosto

3 Saldo comercial da indústria cresce 55%
4 Setor público tem superávit primário de R$ 8,796 bi
5 Crise não impede os planos da indústria
6 Focus: mercado projeta IPCA de 5,26% para 2005
7 Focus: mercado prevê corte de 0,5 ponto na Selic em setembro
8 Analistas mantêm projeções para PIB e saldo comercial de 2005
9 IGPs em baixa indicam inflação comportada em 2006
10 IPC: terceira quadrissemana de agosto registra deflação de 0,04%
11 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Presidente do Equador decreta estado de emergência elétrica
2 Califórnia sofre blecaute
3 Plano de reorganização do sistema elétrico da Califórnia é rejeitado
4 Sinopec registra aumento de 4,74% na produção de gás natural no primeiro semestre de 2005

Regulação e Novo Modelo

1 Senador apresenta três emendas do setor elétrico à MP do Bem

O Senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) vai apresentar três novas emendas a medida provisória 252/05, a chamada MP do Bem, a favor do setor elétrico. A primeira emenda prevê o retorno do setor ao regime cumulativo das contribuições sociais. A segunda delas desonera do PIS, da Cofins e do IPI a aquisição de máquinas destinadas a novos investimentos e incorporadas ao ativo imobilizado de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A terceira emenda espera obter o retorno do setor ao regime cumulativo do PIS e da Cofins, de forma restrita a determinados setores: consumidores das classes, residencial, rural, poder público, iluminação pública e serviços públicos. No discurso, no qual elogiou a medida, Tourinho afirmou que o governo poderia ter ousado mais. O senador estranhou como o setor energético não tenha merecido a atenção devida do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional. (Canal Energia - 26.08.2005)

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2 Ministro do STJ sugere que setor elétrico se aproxime mais do Jurídico

O ministro do Superior Tribunal de Justiça, José Augusto Delgado, tratou sobre temas como a especialização de profissionais da área de Direito em assuntos do setor elétrico, a criação de varas especializadas em energia, a unificação da jurisprudência e as incertezas que envolvem o segmento, na sua apresentação no XI Simpósio Jurídico-Tributário, que a Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica promoveu nos dias 24 e 25 de agosto, em São Paulo. Delgado sugeriu aos agentes encontros com o Judiciário para apresentar a eles a complexidade do setor. Essa aproximação com os juízes, segundo ele, permitirá melhor fundamentação nas sentenças. Na avaliação dele, a falta de conhecimento resulta em decisões polêmicas, como os reajustes tarifários da Celpe, Coelce e Cosern, contestados na Justiça Federal. Delgado defendeu que a cadeira Direito da Energia seja obrigatória nos cursos universitários e apoiou a proposta da criação de varas especializadas em energia. (Canal Energia - 26.08.2005)

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3 Ministro do STJ: carga tributária precisa ser revista para não agravar custos da energia elétrica

Durante sua apresentação no XI Simpósio Jurídico-Tributário, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, José Augusto Delgado, afirmou que a alta carga tributária - segundo ele, de cerca de 40% do PIB - precisa ser revista urgentemente para não agravar os custos da energia elétrica. Delgado destacou, por exemplo, a incidência do ICMS sobre os subsídios e isenções para a baixa renda - política cuja implantação ele discorda, por considerar difícil o seu gerenciamento pelos estados. Para Delgado, não existe nenhum dispositivo legal que autorize a cobrança do encargo dos consumidores de baixa capacidade financeira. (Canal Energia - 26.08.2005)

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4 Abradee: alteração no PIS/Cofins vai reduzir tarifas de energia elétrica

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, avaliou que as tarifas de energia elétrica no país para consumidores residenciais, poder público, iluminação pública e em regiões rurais poderão se reduzir, em média, de 2,5% a 3% por conta do destaque à Medida Provisória 252 (a chamada MP do Bem) aprovado na Câmara dos Deputados. A alteração faz com que a cobrança de PIS/Cofins volte a ser cumulativa para esses clientes. Com isso, a alíquota cai dos atuais 9,25% para 3,65%. Guimarães explicou que esses segmentos de consumidores não se beneficiavam da não cumulatividade de PIS/Cofins, uma vez que não tinham como compensar o imposto pago na conta do fornecimento de energia. A mudança ainda precisa ser aprovada pelo Senado. (Elétrica - 26.08.2005)

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5 MME prorroga prazo para conclusão dos estudos sobre o Luz para Todos

O MME prorrogou por 60 dias o prazo de entrega da proposta do grupo de trabalho que vai analisar os reflexos tarifários decorrentes da implementação do Programa Luz para Todos e da antecipação de metas dos planos de universalização do serviço de energia elétrica. O prazo anterior para a conclusão dos estudos era 24 de agosto de 2005. A portaria do MME, n° 387, de 25 de agosto, altera este prazo para o dia 24 de outubro. O grupo de trabalho adotará como diretrizes limitar em 10% o impacto tarifário para os consumidores decorrente dos custos adicionais da implantação do programa entre 2005 e 2008; preservar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão; e assegurar o cumprimento das metas do programa pelas concessionárias. A equipe é composta por representantes do MME, que coordena o grupo, e da Aneel. (Canal Energia - 26.08.2005)

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6 Bahia apresenta plano para capacitar gestores ambientais

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia apresentou esta semana ao Ministério do Meio Ambiente o Plano Estadual de Capacitação de Gestores Ambientais, com o objetivo de qualificar municípios para exercer as ações de gestão ambiental. A idéia é capacitar instituições governamentais e sociais dos municípios, incluindo os seus agentes, para assumirem o seu papel de sujeito das ações de gestão ambiental. O plano foi apresentado ao MMA durante o lançamento do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O objetivo do programa é incluir os municípios brasileiros na gestão ambiental, para que possam fiscalizar e licenciar empreendimentos com impacto local. No próximo mês será assinado convênio entre o MMA e o estado da Bahia nesse sentido. (Canal Energia - 26.08.2005)

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7 Curtas

O Programa Luz para Todos inaugurou obras de eletrificação para 29 domicílios da área rural do município de Itaiópolis, no norte catarinense, na sexta-feira (26/08). As obras foram realizadas em parceria pela Celesc, pelo Governo Federal e Governo do Estado. O investimento de R$ 176 mil vai beneficiar 145 pessoas da localidade de Rio da Lousa. (Elétrica - 26.08.2005)

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Empresas

1 Pactual passa a cobrir ações da Energias do Brasil S.A.

O Banco Pactual iniciou a cobertura das ações da Energias do Brasil S.A., com recomendação de compra. Pelas estimativas do departamento de análise da instituição, o preço considerado justo para os papéis ordinários (com direito a voto) da empresa é de R$ 32,00 por ação até dezembro. O potencial de valorização é de 27,49% frente à cotação de R$ 25,10, registrado na sexta-feira (26/08). A Energias do Brasil - que atua na área de geração, transmissão e distribuição de energia - lançou suas ações na Bovespa no dia 13 de julho. Os papéis da empresa estão listados no Novo Mercado da bolsa. Vale lembrar que as estimativas de preço justo levam em conta as projeções de resultados da companhia, mas dependem das condições de mercado e da procura pelo papel. Segundo relatório distribuído a clientes, a expectativa do banco é de que o ganho das ações supere a média do mercado nos próximos 12 meses. E destaca o fato de a Energias do Brasil deter 6% do mercado de distribuição de energia no país, além da administração eficiente, controlador forte (EDP Portugal) e alta governança. (Valor Econômico - 29.08.2005)

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2 AES Elpa aprova aumento de capital social no valor de R$ 1,797 bi

A AES Elpa aprovou em assembléia geral extraordinária realizada nesta sexta-feira, 26 de agosto, um aumento de R$ 1.797.776.321,00 do capital social da empresa, que passou de R$ 797.404.777,00 para R$ 2.595.181.098,00. Segundo fato relevante enviado à Bolsa de Valores de São Paulo, a operação será feita mediante emissão de 81.033.842.870 de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, ao preço de R$ 22,1855, por lote de mil ações. Segundo o comunicado, as ações emitidas foram integralizadas por meio da capitalização, em favor da acionista Brasiliana Energia da seguinte forma: por créditos detidos pela Brasiliana Energia contra a AES Elpa, no valor de R$ 1.797.226.321,00 , e por AFAC (Adiantamento de Futuro Aumento de Capital)detido pela Brasiliana Energia contra a AES Elpa, no valor de R$ 550.000,00. (Canal Energia - 26.08.2005)

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3 Light investe R$ 3 mi na expansão de agências de atendimento

A Light está investindo mais de R$ 3 milhões na expansão e melhoria das agências de atendimento ao cliente. O projeto inclui a remodelagem de todas as agências já existentes, adequando-as ao mesmo padrão de identidade visual, e a inauguração de novas unidades. De acordo com o gerente funcional de Atendimento e Sistemas, Maurício Benchimol, o objetivo do projeto, que teve início em 2004 e será concluído no final de 2006, é melhorar o atendimento ao consumidor, incluindo também o treinamento dos atendentes. Segundo o gerente, algumas das novas unidades, onde a demanda de atendimento não é tão grande, serão apenas voltadas para auto-atendimento, onde o cliente poderá realizar todo tipo de serviço através de terminais e de telefones diretamente conectados à central de atendimento da Light. (Canal Energia - 26.08.2005)

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4 CEEE amplia terminais de auto-atendimento

Com a instalação de mais 20 terminais de auto-atendimento em setembro, a CEEE se aproxima da meta de implantar 150 pontos dotados desse serviço no Estado. A idéia é que, em 2006, todos os 72 municípios gaúchos atendidos pela companhia contem com esses equipamentos, semelhantes aos caixas de auto-atendimento bancário. (Zero Hora - 29.08.2005)

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5 Tribunal Regional Federal mantém reajuste da Cosern

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiu na quinta-feira, dia 25 de agosto, manter em 11,1321% o percentual médio do reajuste tarifário da Cosern. A decisão do TRF/5ª mantém a liminar expedida pelo juiz Francisco Glauber Pessoa Alves, da 2ª Vara Federal do RN. Com a decisão, a distribuidora continua impedida de aplicar o índice médio de 19,58% autorizado, no mês de abril, pela Aneel. A Cosern entrou no TRF/5ª com agravo de instrumento, para reverter a decisão judicial, alegando a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. O relator do processo, desembargador federal Ridalvo Costa, disse não acreditar em risco de dano irreparável para a saúde financeira da empresa. (Canal Energia - 26.08.2005)

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6 Coelba lança campanha publicitária para reduzir furtos de energia elétrica

A Coelba acaba de lançar sua nova campanha publicitária contra as fraudes de energia elétrica. O objetivo é conscientizar a população de que o "gato" de energia é crime previsto no Código Penal, com pena de um a oito anos de detenção, e de que toda a sociedade é prejudicada pelo ato. Com as ações de combate às fraudes, a Coelba já conseguiu recuperar R$ 16,1 milhões no primeiro semestre deste ano. Para coibir o uso ilícito da energia elétrica e água, a Coelba e a Embasa firmaram um convênio com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, que formou um grupo especial com integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Técnica. Além disso, a Coelba vem investindo em equipamentos de alta tecnologia e fiscalizações em todo o estado. (Elétrica - 26.08.2005)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 26-07-2005, o IBOVESPA fechou a 27.094,61 pontos, representando uma baixa de 1,12% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,07 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,62%, fechando a 7.891,56 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 60,7 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,50 ON e R$ 30,05 PNB, baixa de 1,10% e 0,50%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 4,6 milhões as ON e R$ 11,9 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 20% do volume monetário. (Economática e Investshop - 29.08.2005)

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Leilões

1 Prazo para habilitação de hidrelétricas no leilão termina dia 31

Termina na quarta-feira, dia 31 de agosto, o prazo para os empreendedores interessados em participar do leilão de energia nova, com usinas hidrelétricas, efetuarem habilitação técnica junto à EPE. A etapa foi definida pela portaria 328/05 do MME, que lista ainda os documentos necessários para o processo, como licenciamento ambiental prévio e declaração dos empreendedores. O prazo vale principalmente para os projetos que não constam do grupo de 17 usinas apresentadas pelo governo como as que serão incluídas na licitação, prevista para dezembro. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a tendência é que não haja outros empreendimentos hidrelétricos habilitados fora do grupo das 17, embora qualquer um que atenda aos pré-requisitos da portaria esteja apto a se habilitar. No caso dos empreendimentos termelétricos, o prazo estabelecido em portaria para habilitação termina no dia 10 de setembro. Tolmasquim adianta que, neste grupo, apenas a termelétrica Seival (movida à carvão), de 500 MW, já se habilitou. "Acredito que outros projetos térmicos, como Jacuí e Candiota, se interessem em participar", afirma o executivo. (Canal Energia - 26.08.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 27/08/2005 a 02/09/2005.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                            48,35  pesada                     48,35  pesada                     19,53  pesada                    48,35
 média                              47,48  média                       47,48  média                       19,40  média                      47,48
 leve                                 47,10  leve                          47,10  leve                          19,40  leve                         47,10
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Grandes Consumidores

1 Usina entra em operação na terça-feira

O consórcio Candonga, formado pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a produtora de alumínio Novelis, inaugura nesta terça-feira a usina hidrelétrica Risoleta Neves, em Minas Gerais. O investimento de R$ 95 milhões foi dividido pelas duas sócias do consórcio controlador da geradora de energia, que terá capacidade de 140 MW. O investimento contraria a tendência, comentada pelo mercado, de que as grandes indústrias, principalmente na área de mineração, iriam desfazer-se de suas participações em hidrelétricas, principalmente por conta dos encargos elevados, do furto de eletricidade, durante a transmissão, que encarecem a energia, e da lentidão na obtenção de licenças ambientais. O diretor financeiro da Vale, Fábio Barbosa, garantiu que a empresa irá manter a participação nos consórcios de geração, já que tem como estratégia suprir a metade da necessidade de energia elétrica da companhia e suas subsidiárias. (Jornal do Commercio - 29.08.2005)

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2 Vale: geração de energia elétrica é área cheia de "incertezas"

Apesar de a Vale manter firme a posição de investir na geração própria de energia, Fábio Barbosa, diretor financeiro da companhia, observou que a geração de energia elétrica é área cheia de "incertezas", por conta da volatilidade dos preços e dos elevados encargos e custos sobre o furto de energia. O executivo criticou os agentes reguladores, principalmente na lentidão da obtenção de licenciamento ambiental. Barbosa lembrou que a Valesul, subsidiária da Vale para produção de alumínio, tem geração própria de energia e paga encargos elevados na transmissão. "A solução destas questões depende do agente regulador", destaca ele. A própria usina de Candonga teve seu cronograma atrasado por dois anos e a necessidade de aportes foi elevada em R$ 5 milhões. (Jornal do Commercio - 29.08.2005)

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3 Vale viabilizará o suprimento total do consumo de eletricidade do Sistema Sul

A Vale está investindo também na construção, já em andamento, das usinas de Aimorés - que terá capacidade de gerar de 330 MW -, Capim Branco I - com capacidade de 240 MW - e Capim Branco II - com 210 MW. Estão em fase de planejamento a construção das unidades de Foz do Chapecó - que terá capacidade de 855 MW - e Estreito - com 1087 MW de capacidade instalada. Com as quatro usinas em operação e o início da produção de Aimorés, a Vale viabilizará o suprimento total do consumo de eletricidade do Sistema Sul - formado pelas minas de minério de ferro de Minas e espírito Santo, pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, e pelo porto e usinas de pelotização de Tubarão - e de parte do consumo das minas de cobre em Carajás. A Novellis consumiu em 2004 2,3 milhões de MW por hora, sendo 26% de geração própria das seis PCHs. A empresa estuda a viabilidade de construir novas usinas em Minas Gerais e em Goiás. (Jornal do Commercio - 29.08.2005)

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Economia Brasileira

1 Superávit da balança comercial ultrapassa US$ 28 bi neste ano

O saldo da balança brasileira já ultrapassa os US$ 28 bilhões. Neste ano até ontem, o superávit comercial atingiu US$ 28,133 bilhões, um crescimento de 29,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento. Esse saldo positivo é conseqüência das exportações de US$ 74,631 bilhões e as importações de US$ 46,498 bilhões, um crescimento de 23,1% e 19,4%, respectivamente. No mês, o superávit acumulado já alcança US$ 3,455 bilhões, com exportações de US$ 9,893 bilhões e importações de US$ 6,438 bilhões. Para este ano, os analistas do mercado financeiro prevêem um superávit comercial de US$ 40 bilhões, resultado que seria bastante superior ao recorde histórico de US$ 33,696 bilhões registrado no ano passado. (Folha de São Paulo - 29.08.05)

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2 Balança registra superávit de US$ 973 mi na 4ª semana de agosto

As contas do comércio exterior nacional registraram superávit de US$ 973 milhões na quarta semana de agosto. O saldo é resultado de exportações de US$ 2,702 bilhões e de importações de US$ 1,729 bilhão. As informações são da Secex. Nas quatro primeiras semanas do mês, a balança comercial teve saldo de US$ 3,455 bilhões, com exportações de US$ 9,893 bilhões e importações de US$ 6,438 bilhões. (Valor Econômico - 29.08.05)

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3 Saldo comercial da indústria cresce 55%

O saldo comercial da indústria cresceu 55% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. É um crescimento superior aos 31% de alta registrados pela balança comercial total do país. O setor industrial respondeu por 57% dos US$ 19,7 bilhões de saldo comercial total do país no período. A indústria exportou 29% a mais no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2004, e aumentou o volume de compras no exterior em 21%. (Valor Econômico - 29.08.05)

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4 Setor público tem superávit primário de R$ 8,796 bi

O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 8,796 bilhões em julho. Este é o melhor resultado para um mês, desde que o Banco Central iniciou sua série histórica, em 1991. No ano, a economia acumulada para pagamento de juros da dívida já soma R$ 68,745 bilhões, o equivalente a 6,35% do PIB e recorde para todos os meses. (Gazeta Mercantil - 29.08.05)

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5 Crise não impede os planos da indústria

Nem crise política, nem aperto monetário. Os fatores que compõem o atual cenário desfavorável para o setor produtivo brasileiro não pareceram diminuir a disposição do empresariado industrial para realizar investimentos no mês de julho, indica a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, divulgada sexta-feira pela FGV. De acordo com a pesquisa, das 676 empresas ouvidas, 59,6% prevêem investir este ano um montante maior do que no ano passado. O total dos investimentos previstos chega a R$ 46 bilhões, alta de 18,2% em termos reais ante 2004. Outro indicador que aponta para a evolução dos investimentos em 2005 é a relação investimentos/vendas. Este ano, os investimentos planejados pelas empresas alcançam 11,1% das vendas, o maior percentual da década. No ano passado, a proporção tinha sido de 10%. (Gazeta Mercantil - 29.08.05)

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6 Focus: mercado projeta IPCA de 5,26% para 2005

Pela 15ª semana consecutiva, o mercado financeiro diminuiu a projeção média para o índice oficial de inflação de 2005. No mais recente relatório de mercado, feito pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA deste ano é de 5,26%, abaixo dos 5,34% previstos na semana retrasada O mercado também voltou a baixar a projeção do IPCA de 2006, que foi de 4,96% para 4,90%. A previsão para o IGP-DI de 2005 é de 2,60% para 2,54% e, no IGP-M, baixou de 2,70% para 2,66%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas caiu de 4,97% para 4,81%. (Valor Econômico - 29.08.05)

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7 Focus: mercado prevê corte de 0,5 ponto na Selic em setembro

Os analistas financeiros mantiveram, pela sexta semana consecutiva, a previsão de corte de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia em setembro. A mediana das expectativas dos analistas para a Selic do nono mês de 2005 aponta para 19,25% ao ano. O mercado manteve a projeção da Selic no encerramento do ano, com a mediana das expectativas apontando para juro a 18% anuais em dezembro. De acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC com instituições financeiras, a previsão de Selic média do ano passou de 19,08% para 19,07% anuais.Em 2006, a mediana das estimativas aponta para Selic média de 16,50% anuais e para taxa de 15,63% ao final do ano. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano caiu de R$ 2,50 para R$ 2,48. (Valor Econômico - 29.08.05)


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8 Analistas mantêm projeções para PIB e saldo comercial de 2005

O mercado financeiro manteve estáveis as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do PIB, a mediana das expectativas aponta crescimento de 3% neste ano, mesmo percentual há nove semanas. Para 2006, a estimativa média também permaneceu em 3,50%. A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano continuou em US$ 40 bilhões. Para 2006, porém, subiu de US$ 33,50 bilhões para US$ 33,60 bilhões. A previsão dos analistas para o superávit das contas correntes brasileiras em 2005 subiu de US$ 11,60 bilhões para US$ 11,85 bilhões. O resultado esperado para 2006 é de superávit de US$ 5,85 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,50% neste ano. Em 2006, a estimativa também é a mesma. (Valor Econômico - 29.08.05)

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9 IGPs em baixa indicam inflação comportada em 2006

Com a forte valorização do câmbio e a queda dos preços agrícolas nos últimos meses, os Índices Gerais de Preços (IGPs) devem fechar o ano em níveis baixos, talvez abaixo de 2%. O comportamento favorável dos IGPs aponta para uma menor inércia inflacionária em 2006, já que boa parte dos preços administrados, como tarifas de telefonia e energia elétrica, são corrigidos por esses indicadores. Isso deve facilitar a tarefa do Banco Central de fazer a inflação medida pelo IPCA convergir para o centro da meta de 2006, de 4,5%, abrindo espaço para uma queda mais significativa dos juros. O alvo de 2005, de 5,1%, também está próximo de ser atingido, mas com uma política monetária excessivamente dura, com juros reais de 13%, o que acentuou a valorização do câmbio. Nos últimos meses, as notícias no front inflacionário são muito positivas. Os IGPs caminham para o quarto mês seguido de deflação. De janeiro a junho, o IGP-DI subiu apenas 1,12% e pode fechar o ano em 1,8%, de acordo com o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, da UFRJ. A projeção média do mercado é de um IGP-DI de 2,6%. (Valor Econômico - 29.08.05)

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10 IPC: terceira quadrissemana de agosto registra deflação de 0,04%

A inflação do município de São Paulo, medida pelo IPC-Fipe da USP, caiu 0,04% terceira quadrissemana de agosto. O IPC ficou dentro das expectativas dos 17 analistas ouvidos pela Agência Estado, que previram uma variação entre -0,05% e 0,07%. O IPC foi menor do que o apurado na segunda prévia do mês, quando o índice foi de 0,07%. Saúde continua a registrar a maior alta do período, com variação de 0,90%, um pouco acima do 0,87% do período anterior. (O Estado de São Paulo - 29.08.05)

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11 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial tinha, às 10h09m, queda de 0,45%, a R$ 2,390 na compra e R$ 2,392 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,20%, a R$ 2,4010 para compra e R$ 2,4030 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 29.08.2005)

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Internacional

1 Presidente do Equador decreta estado de emergência elétrica

O presidente do Equador, Alfredo Palacio, declarou estado de emergência elétrica com o objetivo de garantir a continuidade do fornecimento a todo o país. Em nota de imprensa, a presidência afirma que o decreto incumbe o Ministério da Economia a fazer os ajustes necessários para que a estatal Petrocomercial forneça combustíveis às geradoras térmicas de eletricidade por meio de linhas de crédito. O objetivo é fazer com que as usinas térmicas supram a redução de produção de energia das centrais hidroelétricas, que produzem atualmente menos que o previsto. A medida é adotada ao mesmo tempo em que o país suspendeu suas exportações petrolíferas devido ao conflito que afeta a região produtora de petróleo do nordeste. (Elétrica - 26.08.2005)

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2 Califórnia sofre blecaute

Um blecaute no sul da Califórnia, na noite da última quinta-feira (25/08), deixou sem eletricidade cerca de 700.000 casas por cerca de meia hora. O governador do estado, Arnold Schwarzenegger, tranqüilizou a população, dizendo que a causa do blecaute foi um problema isolado e que o estado tem energia suficiente para abastecer os moradores até o fim do verão no hemisfério norte. A causa do blecaute ainda não está clara, mas aconteceu em uma linha que abastece os consumidores do sul da Califórnia. As temperaturas eram mais altas que o previsto em Los Angeles, mas aparentemente a linha estava operando sem problemas momentos antes. O Operador do Sistema Independiente (ISO, na sigla em inglês), que é responsável pela distribuição da energia no estado, ordenou à empresa Edison, que abastece o sul da Califórnia, a reduzir a demanda na região. Isso causou blecautes iniciais nos condados de San Bernardino, Los Angeles, Riverside e Orange, segundo os porta-vozes da instituição. O corte na linha de transmissão significou a perda de cerca de 2.800 MW. Como as temperaturas estavam mais altas que o previsto, criaram cerca de 2.000 MW adicionais de demanda, limitando a energia disponível. (Elétrica - 26.08.2005)

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3 Plano de reorganização do sistema elétrico da Califórnia é rejeitado

O blecaute na Califórnia aconteceu no mesmo dia em que o Senado estatal rejeitou o plano de Schwarzenegger para reorganizar o sistema elétrico da Califórnia. A iniciativa de Schwarzenegger, que se queixa de ter herdado um sistema antiquado, é consolidar quatro agências estatais sob um novo departamento, o que - segundo o governador - facilitaria a tomada de decisões. (Elétrica - 26.08.2005)

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4 Sinopec registra aumento de 4,74% na produção de gás natural no primeiro semestre de 2005

A petrolífera China Petroleum Chemical Corp (Sinopec) anunciou que o seu lucro líquido cresceu 17,36%, atingindo 1,97 bilhão de euros no primeiro semestre, contra os 1,68 bilhão de euros, registrados no período homólogo de 2004. Segundo comunicado, a petrolífera adianta que o resultado deve-se à forte procura de produtos petrolíferos e químicos, bem como à forte escalada dos preços do petróleo. O volume de negócios aumentou 31,9% para os 36,97 bilhões de euros. A empresa produziu 136,69 milhões de barris de crude no período em análise, representando uma progressão de 0,62% face ao mesmo período do ano passado. No que diz respeito à produção de gás natural, a Sinopec produziu 2,9 bilhões de metros cúbicos, um aumento de 4,74% face ao período homólogo de 2004. A Sinopec acrescenta ainda que prevê produzir 140,2 milhões de barris de petróleo e 3,08 milhões de metros cúbicos de gás natural no segundo semestre. (Diário Econòmico - 28.08.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

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