l IFE:
nº 1.638 - 16 de agosto de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Abiape: encargos do setor elétrico tornam projetos não-rentaveis para autoprodutores Os grandes
consumidores foram os maiores investidores em hidrelétricas nos leilões
que ocorreram entre 2000 e 2002. Este quadro vem mudando. Levantamento
feito pela Associação Brasileira dos Auto-Produtores de Energia (Abiape)
mostra que nos últimos dois anos, as tarifas de uso da infra-estrutura
elétrica (tarifa fio), mais alguns encargos do setor elétrico como a Conta
de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Conta de Desenvolvimento energético
(CDE) aumentaram em sete vezes. Simulação feita pela Abiape com um associado
na área de concessão da Light mostra que em 2002, esses custos representavam
R$ 7,27 por MWh e agora passaram para R$ 69 por MWh. E, ao contrário das
elétricas, que possuem a prerrogativa de passar o aumento dos custos para
a tarifa, essas empresas exportadoras de commodities ficam com pouca competitividade.
"Quando esses projetos foram leiloados, eram rentáveis. Agora, se tornaram
não-rentáveis por conta de problemas regulatórios", afirma Mario Menel,
presidente da Abiape. A entidade entrou com uma ação na Justiça contra
a Aneel e quer uma liminar que impeça a cobrança da CDE e da CCC para
os auto-produtores. (Valor Econômico - 16.08.2005) 2 Projeto estabelece mais uma ajuda do BNDES ao setor elétrico Deve acontecer
mais uma ajuda do BNDES ao setor elétrico. Por meio do banco, o governo
federal vai estabelecer uma série de benefícios para as empresas de energia
que promoveram ou estão promovendo reestruturação societária. Por reestruturação,
entenda-se o trinômio verticalização das operações (distribuição, geração
e transmissão), criação de uma holding e abertura de capital em Bolsa.
O estudo está nas mãos do MME, da Aneel e do BNDES e deve ser concluído
em, no máximo, dois meses. A alavanca-mestra do projeto é a entrada da
agência de fomento no capital das novas holdings. O aporte de recursos
se dará mediante o lançamento de ações destas companhias em Bolsa. A Eletrobrás
também fará parte do mutirão. A estatal dará prioridade a estas holdings
para a formação de consórcios visando à licitação de linhas de transmissão.
O projeto pode ser considerado uma etapa mais avançada na cadeia de ajuda
do Governo Federal ao setor elétrico. Trata-se, portanto, de um passo
adiante em relação ao programa de reestruturação das distribuidoras. (Relatório
Reservado - 16.08.2005) 3 BNDES reduz desembolsos para setor elétrico em 36% Os desembolsos
do BNDES para energia elétrica continuam em queda ao longo de 2005, na
comparação com o ano passado. De acordo com o boletim de desempenho divulgado
nesta segunda-feira, dia 15 de agosto, a instituição desembolsou, entre
janeiro e julho, R$ 2,56 bilhões ao setor elétrico, resultado 36% inferior
ao verificado no mesmo período do ano passado, quando o volume alocado
para o segmento totalizou R$ 3,48 bilhões. Historicamente tendo o maior
montante de recursos dentro da área de infra-estrutura, o setor elétrico
agora vem atrás do setor de transportes terrestre, que nos sete primeiros
meses do ano obteve recursos totais de R$ 3,74 bilhões - 85% acima de
igual período de 2004. Nos desembolsos voltados para exportações, o BNDES
liberou US$ 1 milhão para o setor elétrico, em duas operações. No total,
o banco desembolsou R$ 24,54 bilhões de janeiro a julho, equivalente a
um crescimento de 16%. (Canal Energia - 15.08.2005) 4
Aneel pretende suspender pesquisa IASC 2005
Empresas 1 Eletrobrás registra prejuízo de R$ 612 mi no segundo trimestre A Eletrobrás
fechou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 612 milhões. Em
igual período de 2004, a empresa obteve lucro de R$ 1,630 bilhão. No semestre,
o prejuízo da companhia foi de R$ 36,438 milhões, contra um lucro de R$
2,075 bilhões, contabilizado em igual período do ano passado. Esse prejuízo
e fruto da depreciação do dólar ante o real e pode ser explicado pelo
perfil da carteira de recebíveis da Eletrobrás: 50% estão atrelados à
moeda americana. A estatal detém 50% de participação na usina de Itaipu,
que vende sua energia em dólar. "Só os financiamentos a receber de créditos
da Itaipu Binacional, indexados pelo dólar, somam R$ 18 bilhões, o equivalente
a US$ 7,7 bilhões", diz comunicado da estatal. A receita obtida com fornecimento
de energia pelas demais geradoras - que não é indexado ao câmbio - ficou
praticamente estável, em torno de R$ 4,8 bilhões ante R$ 4,6 bilhões no
mesmo período de 2004. Pelos cálculos da Eletrobrás, o impacto da variação
cambial no resultado do semestre resultou em uma perda de R$ 2,3 bilhões.
No mesmo período do ano anterior, houve um ganho de R$ 1,4 bilhão. (Folha
de São Paulo - 16.08.2005) 2 Cataguazes-Leopoldina lucra R$ 32,5 mi no primeiro semestre Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) contabilizou um lucro líquido consolidado de R$ 40,9 milhões (R$ 0,31/lote de mil ações) no segundo trimestre de 2005, contra um prejuízo de R$ 7,4 milhões no mesmo período de 2004. Com esse resultado, reverte o prejuízo do primeiro trimestre e passa a acumular um lucro líquido consolidado de R$ 33,3 milhões (R$ 0,25/lote de mil ações) no primeiro semestre deste ano. Segundo a empresa, contribuíram para o desempenho da CFLCL no semestre a venda das ações da Cat-Leo Energia, o crescimento do lucro de todas as suas controladas, a recuperação do consumo consolidado de energia das classes residencial e comercial, o crescimento da receita operacional bruta em 18% e a redução de 4% das despesas financeiras consolidadas no segundo trimestre. A receita operacional bruta consolidada de venda e/ou serviços da Cataguazes-Leopoldina atingiu R$ 912 milhões e a geração operacional de caixa (EBITDA ajustado) R$ 213 milhões, resultado esse 12% maior que no mesmo período do ano anterior. Ressalte-se os crescimentos de EBITDA da CENF (114%), da CFLCL (36%), Energipe (28%) e Saelpa (17%). A margem consolidada do EBITDA ajustado foi de 33% no semestre. (NUCA-IE-UFRJ - 16.08.2005) 3 Light registra lucro de R$ 33,7 mi no primeiro semestre A Light
divulgou lucro líquido de R$ 33,7 milhões no primeiro semestre do ano,
resultado 190,7% superior ao registrado no mesmo período de 2004, quando
o lucro foi de R$ 11,6 milhões. No segundo trimestre, o lucro líquido
foi de R$ 10,1 milhões, ante um prejuízo de R$ 16,9 milhões contabilizado
em 2004. (Valor Econômico - 16.08.2005) 4
Light registra aumento de 10,1% nas vendas de energia no segundo trimestre
do ano 5 Furnas negocia aquisição de participação do Grupo Rede em Guaporé e Lajeado Furnas Centrais
Elétricas vem negociando a aquisição da fatia do Grupo Rede nas hidrelétricas
Guaporé e Lajeado, no Norte do país. A belga Tractebel, que comprou a
antiga Gerasul na privatização, também está interessada. (Valor Econômico
- 16.08.2005) 6 CEB fecha primeiro semestre com prejuízo de R$ 50,825 mi A CEB registrou
prejuízo líquido de R$ 50,825 milhões no primeiro semestre do ano, contra
os R$ 27,787 milhões, também negativos, verificados no mesmo período de
2004. A receita bruta no período ficou em R$ 571,414 milhões, resultado
5,5% maior que os R$ 541,264 milhões registrados no mesmo semestre de
2004. A receita líquida no acumulado do ano cresceu 4,5%, atingindo R$
401,697 milhões. O resultado operacional no primeiro semestre fechou negativo
em R$ 57,326 milhões. No segundo trimestre, a companhia teve lucro líquido
de R$ 7,761 milhões, resultado superior ao prejuízo líquido de R$ 31,114
milhões registrado em igual período de 2004. A receita bruta no período
ficou em R$ 289,736 milhões, contra os R$ 273,589 milhões do mesmo trimestre
do ano passado. (Canal Energia - 15.08.2005) 7 Neoenergia fecha primeiro semestre com lucro de R$ 403,5 mi A Neoenergia
registrou lucro consolidado de R$ 403,511 milhões no primeiro semestre
deste ano, aumento de 340,7% sobre o resultado do mesmo período de 2004,
quando lucrou R$ 91,56 milhões. O Ebitda fechou o primeiro semestre com
R$ 1,171 bilhão, superando em 85,24% os R$ 632,67 milhões apurados nos
seis primeiros meses de 2004. A receita operacional bruta consolidada
totalizou R$ 3,534 bilhões no primeiro semestre, superando em 28,2% o
resultado obtido no mesmo período no ano passado. A holding teve receita
líquida consolidada de R$ 2,467 bilhões entre janeiro e junho de 2005,
aumento de 33,1% em relação ao montante somado no ano passado, de R$ 1,854
bilhões. No segundo trimestre, o lucro consolidado foi de R$ 152,23 milhões.
(Canal Energia - 15.08.2005) 8 Mercado do grupo Neoenergia tem aumento de 5,3% no segundo trimestre de 2005 O mercado das três distribuidoras do grupo Neoenergia - Coelba, Celpe e Cosern, cresceu 5,3% no segundo trimestre de 2005, com fornecimento consolidado de 7.260.725 MWh no segundo trimestre, contra consumo de 6.894.630 MWh no mesmo período do ano passado. (Canal Energia - 15.08.2005) 9 Celesc fecha primeiro semestre com lucro líquido de R$ 46,6 mi A Celesc apresentou um lucro líquido de R$ 46,6 milhões e 600 mil no segundo trimestre de 2005, desempenho melhor que em 2004. O resultado é 82,4% superior ao desempenho entre os meses de abril, maio e junho de 2004. A receita operacional líquida da companhia apresentou acréscimo de 15% neste segundo trimestre. Os fatores que mais contribuíram para o bom resultado foram o crescimento de 0,9% do mercado, os aumentos tarifários concedidos pela Aneel em agosto de 2004 e a renegociação dos contratos referentes ao compartilhamento de infra-estrutura com as empresas de telecomunicações. No primeiro semestre de 2005, o resultado da Celesc apresenta uma queda de 12,4% em relação a igual período de 2004. Nos primeiros seis meses deste ano de 2005, a Celesc apresentou lucro de R$ 69,8 milhões contra R$ 79,7 milhões do primeiro semestre do ano passado. A Celesc registrou prejuízo líquido de R$ 612 milhões no segundo trimestre deste ano. (Diário Catarinense - 16.08.2005) 10 Plano de investimentos da Celesc pode ser reduzido em até R$ 55 mi este ano A Celesc
prevê encerrar o ano com um volume investido em sua área de concessão
entre R$ 250 milhões a R$ 280 milhões. Inicialmente, o programa de investimentos
da companhia era de R$ 335 milhões, mas em função de questionamentos com
processo de licitações e construção de subestações, o volume a ser investido
pode ser menor do que o planejado, segundo informou Gerson Pedro Berti,
diretor Econômico e Financeiro da distribuidora. Até junho deste ano,
foram aplicados R$ 102 milhões. Apesar da projeção, o diretor garantiu
que o programa de investimentos estabelecido no início do ano está mantido,
mas os projetos que não puderem ser iniciados neste ano serão realizados
em 2006. "Não vamos mudar o nosso planejamento e nem rever investimentos
em função dessas dificuldades. Somente estamos postergando o início desses
projetos de acordo com a resolução de cada um deles", justificou. O executivo
comentou ainda a expectativa de crescimento do mercado consumidor para
os próximos anos. Segundo ele, a estimativa da Celesc é de um crescimento
de 4,5% para os anos de 2006 e 2007. (Canal Energia - 15.08.2005) 11 Com mercado livre, Eletropaulo vende 13% menos energia para indústria A AES Eletropaulo registrou queda do consumo elétrico das indústrias na Grande São Paulo. Conforme números apresentados pela direção da empresa, o gasto desse setor caiu 13,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2005 e igual período de 2004. A queda fez com que o total da energia faturado pela companhia caísse 3% entre os dois trimestres. O presidente da companhia, Eduardo José Bernini, explicou aos jornalistas que a queda do consumo foi causada pela decisão de algumas indústrias que passaram a comprar energia elétrica no mercado livre de energia. No semestre, a Eletropaulo perdeu 11 unidades consumidoras para o mercado livre. Apesar da baixa, Bernini rejeita a idéia de que a companhia não está conseguindo segurar participação de mercado. Outro sinal da perda de grandes clientes é o aumento da receita obtida com a TUSD, já que a energia está sendo comprada de uma companhia de fora daquela região. A receita líquida da TUSD subiu 45,9% entre o primeiro e o segundo trimestres de 2005, para R$ 78,4 milhões. Em termos de volume de energia, o montante subiu 22,7%, para 1.182 GWh. (Elétrica - 15.08.2005) 12 Elektro é eleita a melhor distribuidora do país A Elektro
conquistou o Prêmio Abradee 2005 de melhor distribuidora do Brasil, entregue
nesta segunda-feira, 15 de agosto, no Rio de Janeiro. A companhia também
levou o título de melhor distribuidora da região Sudeste. Entre as regiões,
a Celesc ficou com o prêmio de melhor concessionária do Sul; a Cemat foi
eleita a melhor na região Norte/Centro-Oeste; e a Cosern ficou com o título
de melhor distribuidora da região Nordeste. A ex-ministra de Minas e Energia,
Dilma Rousseff, atual ministra-chefe da Casa Civil, ganhou o prêmio Personalidade
do Ano. Se a Elektro foi eleita a melhor do Brasil, a CPFL foi a que conquistou
mais prêmios. A distribuidora venceu em três categorias: responsabilidade
social, qualidade da gestão e melhor gestão operacional. A AES Sul ficou
com o prêmio de melhor avaliação pelo cliente e a Coelba com o título
de melhor gestão econômico-financeira. Nas categorias para empresas que
atendem até 400 mil consumidores, a Companhia de Força e Luz do Oeste
ficou com o prêmio de melhor distribuidora do país. A Sulgipe ganhou o
título de maior evolução operacional. Em qualidade da gestão, a vencedora
foi a Borborema. A Cataguazes-Leopoldina ficou com o prêmio de responsabilidade
social. (Canal Energia - 15.08.2005) No pregão
do dia 15-07-2005, o IBOVESPA fechou a 27.375,02 pontos, representando
uma alta de 1,57% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,57
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,13%,
fechando a 7.941,12 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 98,7
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 32,00 ON e R$ 30,47 PNB, alta de 4,27% e 3,29%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 15,9 milhões as ON e R$ 25,3 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 26% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 16-08-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,85 as ações ON, baixa de 0,47%
em relação ao dia anterior e R$ 30,01 as ações PNB, baixa de 1,51% em
relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 16.08.2005)
Leilões 1 Sistemática do leilão de energia nova sai em até duas semanas, diz EPE A elaboração
da sistemática do leilão de energia nova, previsto para dezembro, poderá
ser concluída em até duas semanas, segundo estimativa do presidente da
EPE, Maurício Tolmasquim. Já com relação à portaria com as regras do leilão
de energia existente, previsto para outubro, ele espera despachar com
o ministro Silas Rondeau, ainda nesta segunda-feira, 15 de agosto. (Canal
Energia - 15.08.2005) 2 Tolmasquim: leilão de energia nova já tem algumas regras definidas Algumas das regras para o leilão de energia nova já estão definidas, após reunião ocorrida na última sexta-feira (1208) com todos os agentes envolvidos. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, entre os principais pontos está a oferta das hidrelétricas com base na quantidade ofertada, semelhante ao que é praticado nos leilões de energia existente. Já para as térmicas, a negociação será feita com base na disponibilidade da energia. "A vantagem dessa modalidade é que o risco hidrológico foi retirado da elaboração dos preços. O gerador pedirá a receita que ele quer para disponibilizar a energia", explicou ele. Pela idéia, os agentes vão considerar apenas os custos fixos para as ofertas, como remuneração do investimento, tarifas de transmissão e conexões. O custo do combustível para a geração, salientou, pode ser repassado para o consumidor, através de uma regra ainda em estudo. A proposta mais viável, considerou o executivo, seria a adoção de um indexador pré-fixado, com base em uma cesta de moedas. De acordo com o presidente da EPE, embora o risco hidrológico seja repassado para o consumidor final, o impacto será menor do que o praticado anteriormente, uma vez que os geradores, especialmente os térmicos a gás natural, calculavam o preço da energia com base num modelo de risco. (Canal Energia - 15.08.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 EPE: crescimento no consumo de energia pela industria de redução no primeiro semestre O presidente
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, divulgou,
na estréia das pesquisas da EPE, que o consumo de energia pela industria
brasileira no primeiro semestre teve aumento de 5%. O crescimento foi
abaixo dos 5,6% registrados no mesmo período de 2004 e também menor que
as demais classes de consumo. "O crescimento da produção industrial no
primeiro semestre foi menor do que o registrado no mesmo período do ano
passado. No terceiro trimestre de 2004, a indústria acelerou, dando uma
puxada. Por isso, o resultado mostra uma queda agora", explicou Tolmasquim.
(Valor Econômico - 16.08.2005) 2 Consumo de energia no Brasil teve aumento de 5,4% no primeiro semestre Somando-se todas as classes de consumo, incluindo os consumidores livres, o consumo brasileiro de energia elétrica, segundo o EPE, aumentou 5,4% entre janeiro e junho, ficando acima dos 3,3% do mesmo período do ano passado. Considerando-se apenas o mês de junho, o crescimento foi de 6,4%, mas a expectativa de Tolmasquim é de redução do ritmo no segundo semestre. (Valor Econômico - 16.08.2005) 3 Consumo residencial apresenta aumento de 5,1% no primeiro semestre O consumo
de energia pelo setor residencial cresceu 5,1% no primeiro semestre, contra
crescimento de apenas 1,9% no mesmo período do ano passado. Segundo Mauricio
Tolmasquim, esse resultado foi impulsionado em parte pelo aumento da massa
salarial e do crédito, aumentando as compras de eletrodomésticos; e também
pelo aumento da temperatura média. O consumo do setor comercial cresceu
8% no acumulado de janeiro a junho, ante os 3,4% do mesmo período de 2004.
"Também nesse caso, o resultado foi causado pela ampliação da rede de
varejo e o efeito temperatura", ressaltou. O segmento "outros", que embute
o consumo rural, também apresentou forte retomada, crescendo 7,7% até
junho, ante queda de 1% no primeiro semestre de 2004. (Valor Econômico
- 16.08.2005) 4 EPE projeta aumento de 4,8% no consumo de energia para o ano de 2005 A EPE projeta
crescimento de 4,8% do consumo em 2005, acima do verificado em 2004, quando
o consumo cresceu 4,6%. Se confirmada a previsão para este ano, o mercado
de energia terá crescido menos que a média do primeiro semestre. Isso
é explicado pela diferença de comportamento do mercado de energia no ano
passado: no primeiro semestre desse ano, a produção foi maior do que no
mesmo período do ano passado, enquanto no terceiro trimestre deste ano
a indústria não deve repetir o crescimento acelerado da produção verificado
no mesmo período de 2004. O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, adiantou
que poderá mudar a projeção da EPE para o crescimento do PIB, atualmente
de 3%, já que, segundo, ele tudo indica que o PIB crescerá mais. (Valor
Econômico - 16.08.2005) 5 ONS: consumo no sistema interligado teve aumento de 2,3% em julho Os dados
da carga divulgados pelo ONS mostram que o consumo no sistema interligado
cresceu apenas 2,3% em julho, comparado ao mesmo mês do ano passado. Apesar
de serem diferentes - o ONS trabalha com o conceito de carga transmitida
no sistema e não contabiliza dados do Norte isolado, que integra a medição
da EPE - os dados são convergentes. Por isso, Tolmasquim disse esperar
retração nos dados de julho, ainda não informados à EPE, que utiliza dados
de faturamento fornecidos pelas distribuidoras. (Valor Econômico - 16.08.2005)
6 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 74,8% O índice
de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 74,8%, com
queda de 0,1% em relação ao dia 13 de agosto. O volume fica 29,9% acima
da curva de aversão ao risco. As usinas de Itumbiara e Corumbá I operam,
respectivamente, com 89,4% e 54,1% de capacidade. (Canal Energia - 15.08.2005)
7 Nível dos reservatórios do submercado Sul está em 86,9% O submercado
Sul apresenta 86,9% de capacidade em seus reservatórios. Em relação ao
dia anterior, houve aumento de 0,3% no índice de armazenamento. A hidrelétrica
de Jordão registra 54,7% de volume armazenado. (Canal Energia - 15.08.2005)
8 Submercado Nordeste apresenta 81,3% de capacidade em seus reservatórios O volume
armazenado na região Nordeste está em 81,3%, com queda de 0,1% em relação
ao dia anterior. O índice fica 48,1% acima da curva de aversão ao risco.
A usina de Sobradinho opera com 79,8% de sua capacidade. (Canal Energia
- 15.08.2005) 9 Índice de armazenamento do submercado Norte está em 79,2% O nível
dos reservatórios do submercado Norte está em 79,2%, com queda de 0,3%
em relação ao dia anterior, 13 de agosto. A usina de Tucuruí opera com
81,5% de capacidade. (Canal Energia - 15.08.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras registra aumento de 15% no volume de exportação de petróleo e derivados A Petrobras informou que o volume de exportação de petróleo e derivados cresceu 15% no primeiro semestre, passando de 425 mil barris por dia registrados no primeiro semestre de 2004, para 490 mil neste ano. Por outro lado, a importação de petróleo, derivados, gás e outros caiu 19%, reduzindo a dependência do mercado externo. O volume importado caiu de 639 mil barris por dia no primeiro semestre do ano passado para 518 mil barris no mesmo período deste ano. A importação de petróleo puxou o resultado: teve queda de 28%, de 455 mil barris por dia para 328 mil diários. (Folha de São Paulo - 16.08.2005) 2 Petrobras apresenta endividamento liquido de R$ 33 bi ao final do primeiro semestre do ano O endividamento
líquido da Petrobras em 30 de junho ficou em R$ 33 bilhões, uma redução
de 12% em relação ao endividamento ao fim do primeiro trimestre do ano.
O perfil da dívida também melhorou, já que a empresa reduziu a dívida
de curto prazo em 16%, para R$ 9,6 bilhões. Em 30 de junho, o valor de
mercado da companhia alcançou o recorde de R$ 126,5 bilhões, um aumento
de 40% em relação ao ano passado. (Folha de São Paulo - 16.08.2005) 3 Petrobras aloca maior volume de investimentos para o desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural A maior
parte do investimento de R$ 11 bilhões da Petrobras foi localizada no
desenvolvimento da capacidade de produção de petróleo e gás natural. A
meta da Petrobras é atingir uma produção média de 3,421 milhões de barris
de óleo equivalente por dia, no Brasil e no exterior, em 2010. (Folha
de São Paulo-16.08.2005)
Grandes Consumidores 1 CVRD pretende vender participação na hidrelétrica de Foz de Chapecó A Vale do
Rio Doce estuda a venda de sua participação de 40% na hidrelétrica de
Foz do Chapecó, onde é sócia da CPFL Energia (40%) e da CEEE (20%). A
usina será construída no rio Uruguai, e terá capacidade de gerar 855 MW.
Os custos com a transmissão da energia da hidrelétrica passaram a ser
inviáveis para a Vale, que pretende consumir essa energia no Sudeste.
Além disso, os encargos do setor elétrico como a CCC e a CDE também aumentaram
significativamente nos últimos dois anos. A principal interessada na parte
da Vale em Foz do Chapecó é Furnas, segundo fonte próxima às negociações.
Corre por fora, ainda, a Eletrosul, que atuava apenas no segmento de transmissão,
mas cujo novo modelo permitiu que investisse em geração. A Vale tem um
orçamento de US$ 109 milhões para investir em energia elétrica neste ano,
volume considerado baixo para a quantidade de projetos onde a mineradora
tem sociedade. (Valor Econômico - 16.08.2005) 2 BHP Billiton Metais pretende se desfazer de participação na hidrelétrica de Estreito A mineradora
BHP Billiton Metais, pretende se desfazer da fatia de 16,48% que detém
na hidrelétrica de Estreito, um projeto de R$ 2,5 bilhões e com capacidade
de produção de 1.087 MW, na divisa entre Maranhão e Tocantins. A Eletronorte
já iniciou as conversas com o consórcio responsável pela construção. A
Billiton já contratou a administradora de recursos financeiros Rio Bravo
para coordenar a operação, e o data-room do projeto deverá ser aberto
em setembro. A disposição da Eletronorte de entrar em Estreito já foi
anunciada formalmente ao MME. A principal vantagem para a estatal ao participar
de Estreito seria contar com um volume de energia a ser comercializado
a partir de 2008, já que toda a energia da estatal já está vendida junto
a clientes. (Valor Econômico - 16.08.2005)
Economia Brasileira 1 Lula mantém meta de superávit de 4,25% em 2006 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu manter em 4,25% do PIB a meta de superávit primário do ano que vem. Essa meta constará da proposta de Orçamento Geral da União para 2006, cujos detalhes finais estão sendo fechados. Com a decisão, Lula sinaliza desejo de manter a política econômica no atual grau de austeridade fiscal. Na prática, a meta de 4,25% será o piso do esforço fiscal. Neste ano, o governo chegou a pensar em elevar a meta oficialmente, mas achou melhor fazer um superávit maior na prática. No acumulado nos últimos 12 meses, o superávit real está em cerca de 5% do PIB. A expectativa da área econômica é que termine 2005 entre 4,6% e 4,7%. (Folha de São Paulo - 16.08.05) 2 Crescimento esperado do PIB de 4,5% O Orçamento de 2006, que será enviado ao Congresso no final do mês, prevê um crescimento 4,5% do PIB, que nominalmente deverá chegar a R$ 2,139 trilhões. Na avaliação do governo, haverá uma forte retomada do crescimento econômico no segundo semestre deste ano que terá reflexos positivos para o crescimento no próximo ano, quando haverá eleição presidencial. Na proposta orçamentária do governo, a intenção é reajustar o salário mínimo de R$ 300 para R$ 320 --correção de 6,86% em relação ao valor fixado por este ano e que o governo espera que seja mantido pela Câmara em votação nesta semana. Na avaliação do governo, a inflação em 2006 será de 4,77%, de acordo como IPCA. (Folha de São Paulo - 16.08.05) 3
Superávit vai a US$ 39,5 bi 4 Emprego e salários na indústria caem em junho, diz IBGE O nível
de emprego industrial caiu 0,6% em junho na comparação com maio, segundo
dados divulgados hoje pelo IBGE. Em maio, a pesquisa havia apontado estabilidade.
Já a renda do trabalhador voltou a cair em junho, após ensaiar uma leve
recuperação em maio. A queda no rendimento em junho ficou em 2,4% na comparação
com o mês anterior. Na comparação com junho do ano passado, entretanto,
o emprego industrial ainda apresenta se mantém com resultados positivos.
O nível de emprego cresceu 1,3%. Das 14 áreas pesquisadas, 10 mostraram
crescimento no total de empregos nessa comparação, com destaque para São
Paulo (2,6%) e Minas Gerais (3,6%). O número de horas pagas aos trabalhadores
também caiu 0,2% em junho na comparação com maio. Em relação a junho de
2004 houve aumento de 1%.Os maiores aumentos foram verificados em São
Paulo (1,9%) e Minas Gerais (4,5%). A indústria do Rio Grande do Sul (-7,4%)
teve o pior desempenho, com a queda no setor de calçados e couro. A folha
de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências
sazonais, recuou 2,4% em junho na comparação com maio. No mês anterior,
a renda do trabalhador havia avançado 2%. Em relação a junho de 2004,
houve aumento de 3,3% na folha de pagamento e no acumulado deste ano,
alta de 4,2%. Em junho, a indústria registrou alta de 1,6%, o quarto resultado
positivo seguido, com destaque para a produção de bens duráveis e produtos
voltados para o mercado externo. (Folha de São Paulo - 16.08.05) 5 Previsão para o IPCA converge para a meta e deve fechar em 5,4% A projeção
para o IPCA de 2005 recuou pela décima terceira semana consecutiva, passando
de 5,5% para 5,4%, conforme pesquisa de mercado divulgada ontem pelo Banco
Central, aproximando-se mais da meta oficial de 5,1%. Os analistas também
reviram para baixo a estimativa de alta para o índice em 2006, passado
de 5% para 4,98%. Outros indicadores de inflação também recuaram. A expectativa
de variação do IGP-DI em 2005 ficou em 2,99%, ante 3,35% da medição anterior.
Para 2006, a projeção passou de 5,39% para 5,45%. A estimativa para o
IGP-M também apresentou recuo, passando de 3,58% para 2,96%. A projeção
para o próximo ano passou de 5,50% para 5,30%. A estimativa para a expansão
da produção industrial para este ano apresentou pequeno recuo nesta sondagem,
passando para 4,45%, ante 4,48%. Para 2006, a projeção do mercado também
apresentou recuo, passando de 4,43% para 4,33%. Os analistas mantiveram
a projeção para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB no
final de 2005: 51,20%. Para o próximo ano, a projeção subiu para 50,40%.
(Gazeta Mercantil - 16.08.05) 6 IPC-S tem deflação de 0,20%, o menor resultado desde julho de 2003 O IPC-S, medido pela FGV, apresentou variação negativa de 0,20% ao mês na apuração finda em 15 de agosto. Trata-se de uma queda de 0,26 ponto percentual sobre o cálculo anterior, o que dá ao IPC-S divulgado hoje o menor resultado desde a primeira semana de julho de 2003, quando o índice retrocedeu 0,24%. Segundo comunicado da FGV, o decréscimo desta apuração decorreu de "desacelerações em cinco das sete classes de despesas, mas concentrou-se nos grupos Alimentação e Habitação, que juntos contribuíram com 0,24 ponto percentual para o movimento de queda da taxa do IPC-S". A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22 de agosto, será divulgada no dia 23 de agosto. (Valor Econômico - 16.08.05) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Diretor do FMI defende energia nuclear diante dos atuais preços do petróleo O diretor-gerente
do FMI, Rodrigo Rato, considera que "é lógico que a energia nuclear faça
parte do modelo energético com o atual preço do petróleo", e afirma que
os países consumidores devem se estabilizar em conseguir um mix energético.
O FMI considera que a energia é um tema fundamental, por isso dedica recursos
à pesquisa do mercado de petróleo, "buscando a transparência nos números
do mercado energético". O diretor-gerente do FMI explica que o petróleo
sobe pela demanda da China, a Índia e a Indonésia, que têm uma população
de mais de 2,5 bilhões de pessoas. Rato afirma que a economia mundial
atravessa uma boa conjuntura desde 2003, que se prolonga no atual exercício
e deve se manter durante 2006, apesar de alguns riscos como a evolução
do preço do petróleo e os desequilíbrios globais entre o investimento
e a economia, e ressalta que esta conjuntura deve ser aproveitada para
fazer reformas. (Elétrica - 15.08.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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