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IFE: nº 1.632 - 08 de agosto de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Governo cria grupo de trabalho para analisar custo do Luz para Todos
2 Divulgação do Relatório final da MP do Bem é adiada
3 Comissão de Finanças aprova projeto que beneficia pequena hidrelétrica
4 Governador do RS apóia inclusão da Usina de Roncador no Complexo Garabi
5 Prêmio Abradee 2005 será entregue em agosto
6 Curtas

Empresas
1 Celesc pode realizar venda de ativos para não ter que realizar processo de desverticalização
2 Celesc: desverticalização resultará em perda financeira de R$ 80 mi
3 Cemig realiza convênio com a INPE para utilização de satélites
4 Cotações da Eletrobrás
5 Curtas

Leilões
1 Termelétricas terão contratos diferenciados no leilão de energia nova
2 Kelman: contratos por disponibilidade para térmicas vão beneficiar consumidor
3 Tolmasquim: remuneração virá da eficiência dada na entrada do projeto no leilão

4 Aneel realiza deliberação sobre edital do leilão de LTs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 BEN: consumo final de energia no país teve aumento de 4,9% em 2004
2 BEN: ampliação da oferta interna de energia foi superior ao aumento do consumo
3 Autoprodutores registram aumento de 8,1% na geração de energia em 2004

4 BEM: potência instalada no país teve aumento de 4,9% em 2004

5 ONS: consumo de energia elétrica no sistema interligado teve aumento de 5,8%

6 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 BEN: gás natural foi fonte energética que mais cresceu em 2004
2 Maranhão terá programa de incentivo ao plantio de cana-de-açúcar para geração de energia
3 Setor carbonífero reivindica maior participação na matriz energética nacional

Grandes Consumidores
1 Belgo Mineira inicia construção de dois alto fornos na Usina de Juiz de Fora
2 SPE canadense pretende investir US$ 1,1 bi na construção de usina de beneficiamento de níquel no Pará
3 Aços Villares vai investir R$ 35 mi na construção de usina de ferro-gusa em Pindamonhangaba (SP)
4 Aços Villares registra lucro de R$ 130,9 mi no primeiro semestre de 2005
5 Cade define futuro da Vale amanhã

Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 904 milhões na 1ª semana do mês
2 Associação de Comércio Exterior: balança comercial deve quebrar novos recordes

3 Mercado financeiro eleva estimativa de saldo comercial de 2005 para US$38 bi
4 Previsão de IPCA em 12 meses tem leve redução, apura Focus
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Repsol investe 262 mi de euros em projeto de gás natural liquefeito no Peru

 

Regulação e Novo Modelo

1 Governo cria grupo de trabalho para analisar custo do Luz para Todos

O Programa Luz para Todos, que prevê a universalização do acesso a energia elétrica em todo o país, deverá gerar um custo para os consumidores. Apesar de o custo de construção de novos acessos de energia elétrica ser subsidiado com recursos do próprio setor elétrico, o aumento da rede para atender a mais consumidores deverá elevar os custos das distribuidoras com manutenção. O problema é mais grave nas distribuidoras de energia das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O governo criou um grupo de trabalho para analisar a questão. Em estudos preliminares, verificou-se que o impacto tarifário poderá ficar em 10%. O governo ainda não sabe de que forma esse aumento de custo irá para a tarifa. (Elétrica - 05.08.2005)

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2 Divulgação do Relatório final da MP do Bem é adiada

O relator da Medida Provisória 252 - a MP do Bem, deputado Custódio Mattos (PSDB), adiou para a esta semana a divulgação do relatório que será levado à votação no plenário da Câmara dos Deputados. O motivo da postergação da apresentação do documento, que deveria ser finalizado e levado ao Congresso Nacional na quinta-feira (04/08), é a indefinição quanto à incorporação de medidas de desoneração tributária e incentivo a novos investimentos, especialmente no que tange aos benefícios para o setor de energia elétrica. Além da equipe econômica, a Casa Civil da Presidência também analisa o tema. (Canal Energia - 05.08.2005)

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3 Comissão de Finanças aprova projeto que beneficia pequena hidrelétrica

A Comissão de Finanças e Tributação aprovou na quarta-feira passada, dia 3 de agosto, o Projeto de Lei 3566/04, que autoriza as centrais hidrelétricas com aproveitamento de potencial hidráulico de potência inferior a 1 mil kW a terem direito de usufruir do rateio da Conta de Consumo de Combustíveis. Segundo o projeto essas centrais devem estar situadas em áreas atendidas por sistema isolado. A proposta recebeu emenda do relator que exclui do rateio a parcela da energia elétrica destinada ao autoconsumo do empreendimento. O projeto será agora examinado pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, em caráter conclusivo. (Elétrica - 05.08.2005)

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4 Governador do RS apóia inclusão da Usina de Roncador no Complexo Garabi

O governador Germano Rigotto recebeu, na quinta-feira, dia 5 de agosto, comitiva da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa. O prefeito de Boa Vista do Buricá, Gilberto Klöckner, pediu ao governador ajuda para que o complexo da Hidroelétrica de Roncador integre o Complexo Garabi, maior projeto de aproveitamento hidrelétrico do sul do país. Rigotto reafirmou seu apoio ao projeto. A finalidade é incluir uma usina, com capacidade de produção de energia de até 900 MW, no Projeto Garabi, localizado no rio Uruguai, junto a mais duas outras barragens, com potência instalada de 1.800 MW e investimento de US$ 2 bilhões. Segundo o secretário de Minas e Energia, Valdir Andres, os argentinos são favoráveis à inclusão de Roncador no estudo e afirmou que o apoio do governador é essencial. (Elétrica - 05.08.2005)

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5 Prêmio Abradee 2005 será entregue em agosto

A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) realiza no próximo dia 15 de agosto, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, a cerimônia de entrega do Prêmio Abradee 2005, que distinguirá as melhores distribuidoras de energia elétrica do país. Mais informações pelo e-mail abradee@abradee.org.br (NUCA-IE-UFRJ - 08.08.2005)

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6 Curtas

A Aneel pretende pedir ao Ministério do Planejamento autorização para realizar concurso público, depois que Ministério Público emitiu Termo de Ajustamento de Conduta no qual determina a demissão, até o final do ano, de 100 funcionários que trabalham como terceirizados e 164 que possuem contratos temporários. (Canal Energia - 05.08.2005)

O Programa Luz Para Todos do Governo Federal inaugurou obras de eletrificação que vão beneficiar 2,5 mil pessoas em 501 domicílios rurais do município de Linhares (ES). Com investimento de R$ 2,2 milhões, as obras foram realizadas pela concessionária de energia elétrica Escelsa. (Elétrica - 05.08.2005)

O Programa Luz Para Todos, do Governo Federal, inaugurou obras de eletrificação rural nos municípios de Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul. O investimento foi de R$ 754, 8 mil, as obras foram realizadas pela Enersul, e beneficiaram cerca de 415 pessoas. (Elétrica - 05.08.2005)

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Empresas

1 Celesc pode realizar venda de ativos para não ter que realizar processo de desverticalização

A Celesc estuda a possibilidade de vender seus ativos em geração e transmissão de energia, eliminando, assim, a necessidade de concluir o projeto de desverticalização, que tem prazo até o dia 15 de setembro para ser entregue à Aneel. Segundo o presidente da empresa, Carlos Rodolfo Schneider, os próprios parceiros da Celesc em geração estão interessados nas participações da empresa nas usinas de Machadinho, Campos Novos e Dona Francisca, e na linha de transmissão Campos Novos-Blumenal. Já os ativos em geração própria despertaram o interesse dos fundos de pensão, segundo Schneider. Caso não opte pela venda, será criada uma holding para administrar as novas empresas. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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2 Celesc: desverticalização resultará em perda financeira de R$ 80 mi

Segundo o presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, o processo de desverticalização resultará em uma perda financeira estimada em R$ 80 milhões. Por este motivo, o projeto está encontrando resistência da Assembléia Legislativa de Santa Catarina o que, segundo ele, inviabilizará sua aprovação dentro do prazo estipulado pela Aneel. "Vamos entrar com o pedido de prorrogação (de 180 dias), pois não vai dar tempo". A prorrogação é permitida pela Aneel quando os fatores que ocasionaram o atraso são externos ao controle da empresa. "Acredito que o pedido será aceito, pois não temos controle sobre os conflitos políticos da Assembléia", disse Schneider. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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3 Cemig realiza convênio com a INPE para utilização de satélites

A Cemig registrou, entre janeiro e agosto deste ano, cerca de 3.700 focos de queimada em todo o estado de Minas Gerais, principalmente nas regiões Norte, Noroeste, Triângulo e parte do Leste do estado. Só nos dois primeiros dias de agosto foram 112 focos. Em relação aos anos anteriores, o número de focos registrados também aumentou. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento do número de satélites para monitorar a área. Hoje, seis satélites realizam 14 passagens diárias, fazendo a detecção através de sensores termais. O monitoramento é feito em convênio com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e os dados são recebidos e trabalhados dentro da malha de transmissão de energia da Cemig. (Canal Energia - 05.08.2005)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 05-07-2005, o IBOVESPA fechou a 26.517,92 pontos, representando uma alta de 0,18% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,20 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,62%, fechando a 8.013,86 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 54,5 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,30 ON e R$ 30,31 PNB, estável e alta de 1,03%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 13,2 milhões as ON e R$ 20,9 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 38% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 08-08-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,89 as ações ON, alta de 1,88% em relação ao dia anterior e R$ 30,73 as ações PNB, alta de 1,39% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 08.08.2005)

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5 Curtas

A Celesc estuda a possibilidade de abrir uma empresa de telecomunicações, para explorar serviços de Power Line Comunications (PLC), que consiste em transmissão de dados via rede elétrica. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, afirmou que a Celesc atuará apenas como compradora no leilão de energia nova, programado para o mês de dezembro. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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Leilões

1 Termelétricas terão contratos diferenciados no leilão de energia nova

O leilão de energia nova de dezembro vai oferecer dois tipos de contratos de compra e venda de energia, chamados oficialmente de Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulador (CCEAR). A questão já está praticamente fechada pelos órgãos do governo à frente do negócio, capitaneados pelo MME e pela EPE, faltando a formalização da modelagem. A expectativa é que as minutas sejam divulgadas até a sexta-feira da semana que vem, 12 de agosto, através de consulta pública a ser aberta pela Aneel. O governo optará por utilizar as duas modalidades de contratos dispostas pelo decreto 5.163, que prevê CCEAR por quantidade e por disponibilidade (conhecido também por capacidade). O primeiro formato, que aloca os custos recorrentes dos riscos hidrológicos aos agentes vendedores, ficará restrito somente à venda de energia de usinas hidrelétricas. Este modelo já foi aplicado nos leilões de energia existente de 2004 e 2005. Já os contratos por disponibilidade serão aplicados para a comercialização de energia de usinas termelétricas, sejam a gás natural, biomassa, diesel, óleo combustível e carvão mineral. Ao permitir que negociem contratos por capacidade, onde o risco de despacho pelo ONS será assumido pelo consumidor, o governo pretende dar maior competitividade às térmicas no leilão. (Canal Energia - 05.08.2005)

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2 Kelman: contratos por disponibilidade para térmicas vão beneficiar consumidor

O diretor da Aneel, Jerson Kelman, disse nesta sexta-feira, 5 de agosto, que a proposta de licitar térmicas no leilão de energia nova com base na disponibilidade de energia vai beneficiar o consumidor. A proposta está sendo debatida entre a Comissão de Licitação e os agentes do setor. Atualmente, os contratos são feitos com base na energia assegurada, o que encarece o custo da energia. As duas modalidades, lembrou Kelman, estão previstas na lei 10.848/04. Kelman destacou ainda que o modelo atual só permite o despacho de térmicas quando os reservatórios possuem baixos níveis de armazenamento. Apesar disso, as térmicas são remuneradas mesmo quando não estão despachando. Nesta segunda-feira, 8 de agosto, a EPE se reúne com os geradores para apresentar as primeiras propostas para a formatação do leilão de energia nova, entre elas a que prevê a contratação das usinas com base na disponibilidade. (Canal Energia - 05.08.2005)

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3 Tolmasquim: remuneração virá da eficiência dada na entrada do projeto no leilão

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a adoção dos contratos por disponibilidade para as usinas termelétricas no leilão de energia nova possibilitará, entre outras coisas, maior eficiência de custo para o consumidor. Isto porque será repassado às tarifas apenas o custo variável que foi dado pelo investidor no leilão. Sendo assim, se o consumo de combustível for maior que o de outra planta a competitividade será reduzida, e o risco de a energia não ser contratada aumenta. "A remuneração virá da eficiência dada na entrada do projeto no leilão, a partir da definição do custo variável", explica ele. Tolmasquim ressalta que o modelo será diferente ao adotado, por exemplo, com a Conta de Consumo de Combustíivel - aplicado nas termelétricas do sistema isolado, na região Norte. Neste caso, comenta o presidente da EPE, o consumidor paga pela quantidade de combustível na usina independente de ela ser eficiente ou não. No caso do sistema isolado, o grau de ineficiência na utilização do combustível na geração é alto, tanto que a Aneel regulamentou esta semana a utilização de medidores de combustíveis nas usinas do Norte. O objetivo é não só racionalizar o consumo, mas também reduzir o peso da CCC nas tarifas finais. (Canal Energia - 05.08.2005)

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4 Aneel realiza deliberação sobre edital do leilão de LTs

A Aneel cancelou a reunião extraordinária da diretoria, marcada para sexta-feira, 5 de agosto, para deliberar sobre o edital do leilão de linhas de transmissão. O tema, segundo a assessoria de imprensa da agência, entrará na pauta da reunião semanal da diretoria da Aneel, na nesta segunda-feira, dia 8 de agosto. (Canal Energia - 05.08.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 BEN: consumo final de energia no país teve aumento de 4,9% em 2004

Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN), elaborado pelo MME, o consumo final de energia apresentou alta de 4,9% em 2004, em relação a 2003. Foram utilizados 191,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), medida que contabiliza diferentes formas de energia comparando o poder calorífico de cada uma em relação ao do petróleo. O estudo conclui que os resultados mostram melhoria do vigor de crescimento da demanda interna. "Em anos anteriores, os setores intensivos em energia, voltados para exportação, foram os principais indutores do consumo de energia", afirmou. "Em 2004, a produção destes setores, ainda crescente, foi acompanhada do crescimento de outras indústrias (5,8%) - setor influenciado pela demanda interna - e do crescimento do consumo de carros de passeio (Ciclo Otto)", completou. Entre os segmentos industriais, o setor químico foi o que apresentou maior taxa de crescimento, 8,7%, seguido do ferro gusa e aço (7,4%) e serviços (6,2%). (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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2 BEN: ampliação da oferta interna de energia foi superior ao aumento do consumo

O Balanço Energético Nacional (BEN) ressalta que o aumento do consumo de energia foi inferior à ampliação da oferta interna de energia (OIE), o que, segundo o MME, indica que as perdas de energia na transformação e na distribuição aumentaram em termos relativos. A OIE cresceu 5,7%, para 213,4 milhões de tep. O aumento foi influenciado pela ampliação dos produtos de exportação intensivos em energia e pelo crescimento interno de setores como materiais de transporte e químico. Apesar do crescimento, a OIE per capita brasileira (de 1,17 tep) ainda está muito abaixo da média mundial de 1,65 tep/hab. O tep per capita da Argentina é de 1,54, o dos Estados Unidos ultrapassa os 7,9. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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3 Autoprodutores registram aumento de 8,1% na geração de energia em 2004

A geração dos autoprodutores teve ampliação de 8,1% na comparação com 2003, atingindo os 37,9 TWh, sendo que os setores de petróleo e metalurgia foram os principais responsáveis pelo incremento. O crescimento da produção de energia por parte das indústrias foi superior ao consumo do segmento, que cresceu 7,1%, para 172,1 TWh. A geração total aumentou 6,3%, totalizando 387,5 TWh, para responder a uma demanda de 359,6 TWh, 5,1% superior à registrada em 2003. Além do crescimento na demanda industrial, contribuíram para a elevação no consumo os segmentos comercial e industrial, que apresentaram aumento de 3,5% e 3,2%, respectivamente. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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4 BEM: potência instalada no país teve aumento de 4,9% em 2004

O levantamento do BEM aponta ainda que o Brasil fechou 2004 com 90,7 GW de potência instalada, o que representa um incremento de 4,9%. Dos 4,2 GW acrescidos, cerca de 2,4 GW são provenientes de grandes obras de térmicas, concedidas no período de crise energética. Das usinas que entraram em operação ano passado destacadas pelo estudo, apenas uma é hídrica, a ampliação na usina de Tucuruí que aumento a capacidade instalada em 750 MW. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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5 ONS: consumo de energia elétrica no sistema interligado teve aumento de 5,8%

Segundo o ONS, o consumo de eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN), que exclui a região Norte isolada, foi de 32,5 mil GWh, 2,3% maior que o registrado em julho de 2004. No acumulado entre janeiro e julho, o consumo de energia aumentou 5,8% em relação aos sete primeiros meses do ano passado, acima do índice de crescimento apresentado em 2004. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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6 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 06/08/2005 a 12/08/2005.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                            27,93  pesada                     27,93  pesada                     18,33  pesada                    27,93
 média                              27,49  média                       27,49  média                       18,33  média                      27,49
 leve                                 27,13  leve                          27,13  leve                          18,33  leve                         27,13
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 BEN: gás natural foi fonte energética que mais cresceu em 2004

Segundo o levantamento realizado pelo Balanço Energético Nacional (BEN), o gás natural foi a fonte energética que mais cresceu. Sua participação na OIE passou de 7,7%, em 2003, para 8,9%, resultado da sua crescente participação na geração elétrica (aumento de 57,5% no consumo), indústria (13,7%) e transporte (19%). (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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2 Maranhão terá programa de incentivo ao plantio de cana-de-açúcar para geração de energia

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, participa nessa segunda-feira, dia 8, em São Luiz, do lançamento do Programa de Bio-Energia do Maranhão. A iniciativa visa a incentivar pequenos, médios e grandes produtores de todo o país a investirem no plantio de cana-de-açúcar para a produção de álcool, açúcar e biocombustível. A meta é construir 20 usinas em cinco anos e, com isso, aumentar em até 15% a produção de álcool no Brasil. Atualmente, o Maranhão conta com seis usinas de álcool, das quais duas foram reativadas este ano a partir do interesse de produtores na competitividade do estado. Entre as vantagens comparativas a serem divulgadas pelo Programa de Bio Energia estão o preço da terra, produtividade, potencial de exportação do estado e bom índice de chuvas. Além disso, o Porto de Itaqui é o segundo maior do mundo em calagem. (Elétrica - 05.08.2005)

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3 Setor carbonífero reivindica maior participação na matriz energética nacional

O setor de exploração de carvão mineral quer uma maior participação na matriz energética brasileira. A intenção é oferecer 1,5 mil MW de energia proveniente de termelétricas a carvão no leilão de energia nova, segundo César Faria, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Extração do Carvão. A proposta será entregue no dia 16 de agosto, durante a instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, no Congresso Nacional. Na avaliação de Faria, o carvão mineral é uma opção para o governo atender a demanda nos próximos anos, já que as térmicas a gás natural enfrentam dificuldades por conta da crise da Bolívia e os principais empreendimentos hidrelétricos ainda não conseguiram as licenças ambientais. Segundo ele, o potencial energético do segmento pode chegar a 5 mil MW, aumentando a sua participação na matriz energética brasileira de 1%, atualmente, para 5% em 10 anos. Outra proposta é a inclusão do segmento na Conta de Desenvolvimento Energético. Segundo Faria, os mineradores estão utilizando tecnologia limpa para implantar usinas a carvão mineral. (Canal Energia - 05.08.2005)

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Grandes Consumidores

1 Belgo Mineira inicia construção de dois alto fornos na Usina de Juiz de Fora

A Belgo Mineira está iniciando a construção de dois alto fornos na usina de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O contrato com a empreiteira Liderança, para as obras civis, já foi assinado e é de R$ 15,5 milhões. O prazo para a empreiteira concluir as obras é de nove meses. A previsão é de que sejam consumidos 1,1 milhão de toneladas de aço e 15 mil metros cúbicos de concreto na estrutura para os alto fornos, que vão garantir a produção de gusa líquido que substituirá parte do consumo de gusa sólido e de sucata utilizado hoje na produção de aço. Segundo a Belgo Mineiraa produção de gusa líquido, cerca de 360 mil toneladas por ano, vai representar uma redução de 5% a 7% no consumo de energia na usina de Juiz de Fora. O investimento total na construção dos dois altos fornos será de R$ 120 milhões. (Valor Econômico - 08.08.2005)

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2 SPE canadense pretende investir US$ 1,1 bi na construção de usina de beneficiamento de níquel no Pará

A canadense Canico Resource Corporation, uma sociedade de propósito específico controlada por fundos de investimentos, concluiu a primeira estimativa de custos para a construção da usina de beneficiamento de níquel por sua subsidiária brasileira, a Mineração Onça Puma, no Pará. O estudo indica que os investimentos deverão ficar em torno de US$ 1,1 bilhão, sendo desembolsados em duas etapas. A primeira linha de produção deverá custar US$ 762 milhões, para produzir 30 mil toneladas de níquel por ano. A segunda linha deverá custar US$ 352 milhões e garantirá uma produção de 22 mil toneladas anuais. Para construir a primeira etapa, o prazo estimado é de três anos. A segunda etapa levaria mais dois anos para ser construída e começaria após a primeira etapa estar operando. No Brasil, a mineradora já garantiu o fornecimento de energia elétrica para a usina, que será feito pela Eletronorte. O projeto Onça-Puma no Pará é considerado como uma das áreas mais promissoras de exploração de níquel no mundo. O levantamento geológico indica que as reservas de níquel chegam a 104 milhões de toneladas. (Valor Econômico - 08.08.2005)

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3 Aços Villares vai investir R$ 35 mi na construção de usina de ferro-gusa em Pindamonhangaba (SP)

A Aços Villares, controlada pelo grupo espanhol Sidenor, definiu que irá construir uma usina de ferro-gusa na cidade de Pindamonhangaba, no interior do estado de São Paulo. A empresa já possui uma unidade industrial na cidade. A siderúrgica vai investir R$ 35 milhões na construção da usina, que terá capacidade para 75 mil toneladas anuais no primeiro módulo e usará tecnologia Tecnored, que permite a construção de pequenas usinas, de forma modular, sem a necessidade de grandes investimentos. A capacidade deste primeiro módulo equivale a cerca de 10% das necessidades da empresa, que consome atualmente cerca de 800 mil toneladas anuais de sucata, ferro-gusa e ferro-ligas. A Aços Villares aguarda a obtenção da licença ambiental para iniciar a construção da usina, que deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2006. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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4 Aços Villares registra lucro de R$ 130,9 mi no primeiro semestre de 2005

A Aços Villares registrou um lucro líquido de R$ 130,9 milhões nos seis primeiros meses do ano, montante 73,38% superior aos R$ 75,5 milhões conseguidos no mesmo período de 2004. A receita líquida atingiu R$ 929,8 milhões, resultado 38,18% superior que os R$ 672,9 milhões verificados entre janeiro e junho do ano passado. A receita bruta cresceu 36,43% e passou de R$ 864,9 milhões de janeiro a junho do ano passado para R$ 1,18 bilhão no primeiro semestre deste ano. (Gazeta Mercantil - 08.08.2005)

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5 Cade define futuro da Vale amanhã

O Cade deve julgar quarta-feira sete atos de concentração e mudanças acionárias da CVRD entre 2000 e 2001. Estarão sob análise do Cade a compra de várias empresas - Socoimex, Samitri, Ferteco, Caemi e parte da Belém -, além do descruzamento de ações com a CSN. As secretarias de Direito Econômico (SDE, ligada ao Ministério da Justiça) e Acompanhamento Econômico (Seae, do Ministério da Fazenda) propõem que o Cade aprove os negócios com restrições. (Zero Hora - 08.08.2005)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial tem superávit de US$ 904 milhões na 1ª semana do mês

A balança comercial brasileira apresentou um saldo positivo de US$ 904 milhões na primeira semana deste mês. O resultado é a diferença entre as exportações somaram US$ 2,333 bilhões e as importações, que totalizaram US$ 1,429 bilhão. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No acumulado do ano, o saldo da balança está em US$ 25,582 bilhões, um crescimento de 31,8% sobre o mesmo período do ano passado. As exportações somam US$ 67,071 bilhões e as importações, US$ 41,489 bilhões. Nos dois casos, o crescimento é bastante expressivo, 23,3% e 18,5%, respectivamente. A média diária das exportações no mês, até o dia 7, está em US$ 466,7 milhões, uma alta de 13,4% na comparação com o mês de agosto do ano passado. Na comparação com julho, a média diária está 11,4% menor. Já a média diária das importações apresentou um aumento de 11,8%, para US$ 285,8 milhões. Em relação ao mês de julho, há uma queda de 0,8%. Para este ano, o mercado financeiro prevê um superávit comercial de US$ 38 bilhões, contra US$ 33,696 bilhões do ano passado. (Folha de São Paulo - 08.08.05)

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2 Associação de Comércio Exterior: balança comercial deve quebrar novos recordes

A balança comercial brasileira segue firme rumo à quebra de novos recordes - o superávit deve chegar a US$ 42 bilhões e as exportações, a US$ 114,5 bilhões, segundo previsão da Associação de Comércio Exterior. Apesar de significativos, os números estão ainda aquém das necessidades do País, tanto para a formação de reservas cambiais quanto para aumentar de forma consistente a participação no comércio mundial. Este ano a expectativa é de que o market share do Brasil no total das compras mundiais passe de 1,1% para 1,2%, melhor resultado em 20 anos, mas ainda abaixo do 1,4% registrado na década de 80. "O Brasil precisa buscar a meta de US$ 200 bilhões em exportações no prazo mais curto possível", diz o diretor do departamento de economia do Ciesp, Antonio Corrêa de Lacerda. "Com isso não só recuperaríamos nossas reservas como teríamos condições de importar mais e crescer mais, mantendo um saldo comercial forte." Com vendas externas de US$ 200 bilhões, diz o economista, o Brasil estaria em linha com emergentes que disputam o mesmo espaço, como México, Rússia e Coréia do Sul. (Gazeta Mercantil - 08.08.05)

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3 Mercado financeiro eleva estimativa de saldo comercial de 2005 para US$38 bi

O mercado financeiro elevou novamente a previsão média para o superávit da balança comercial neste ano. A estimativa do saldo passou de US$ 37 bilhões para US$ 38 bilhões. Os dados constam da pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central junto a instituições financeiras. Para 2006, a previsão subiu de superávit de US$ 30,75 bilhões para US$ 31,43 bilhões. Para o crescimento do PIB em 2005, a mediana das expectativas aponta taxa de 3%, mesma previsão das últimas seis semanas. Para 2006, a estimativa média permaneceu em 3,50% pela 14ª semana. Os analistas elevaram levemente a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 de US$ 15,40 bilhões para US$ 15,45 bilhões. A estimativa para 2006 continuou em US$ 15,01 bilhões. Os dados referem-se à mediana das expectativas de analistas de cerca de cem instituições financeiras consultados semanalmente pelo Banco Central em seu relatório de mercado. A previsão dos analistas para as contas correntes brasileiras em 2005 ficou em superávit de US$ 10,75 bilhões. O resultado esperado para 2006 é de superávit de US$ 4,40 bilhões. Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,48% neste ano. Em 2006, a estimativa é de alta de 4,43%. (Valor Econômico - 08.08.05)

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4 Previsão de IPCA em 12 meses tem leve redução, apura Focus

A projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses teve queda. Segundo o relatório de mercado elaborado em pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas dos analistas aponta para IPCA de 4,80%, contra a previsão de 4,90% da semana retrasada. A previsão do IGP-M em 12 meses também baixou, de 5,64% para 5,23%. No IGP-DI, porém, a projeção subiu de 4,98% para 5,34%. No IPC da Fipe, as estimativas foram de 4,83% para 4,89%. (Valor Econômico - 08.08.05)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar inverteu a tendência nos últimos minutos e encerrou a manhã em alta de 0,12%, cotado a R$ 2,311 na compra e R$ 2,313 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,21%, transacionado a R$ 2,3090 para compra e R$ 2,31 para venda. A semana, porém, acumulou queda de 2,94%. (O Globo Online e Valor Online - 08.08.2005)

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Internacional

1 Repsol investe 262 mi de euros em projeto de gás natural liquefeito no Peru

O grupo espanhol Repsol anunciou que vai investir cerca de 262,63 milhões de euros para o desenvolvimento do seu projeto de gás natural liquefeito, no Peru. A Repsol efetuou uma parceria com o texano Hunt Oil e o sul-coreano SK Corp., para a construção de uma central de liquefação de gás natural, que vai abastecer os Estados Unidos e a América Central. Este negócio foi anunciado previamente no passado mês de Junho e assinado na semana passada. A Repsol vai deter por 20% do capital social desta 'joint-venture' que será denominada Peru LNG, a qual vai construir e operar a unidade de liquefação de gás natural Pampa Melchorita, que deverá iniciar a sua atividade de produção em 2009. A petrolífera espanhola vai adquirir também 10% de dois blocos de exploração no campo de gás natural de Camisea, no Peru. (Diário Econòmico - 08.08.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

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