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IFE: nº 1.617 - 18 de julho de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel estima aumento de 2% na carga tributária com novo PIS/Cofins
2 Governo pretende leiloar Usina de Belo Monte até o final de 2006
3 Falta de verba atrasa obra da Usina Hidrelétrica de Tucuruí
4 Curtas

Empresas
1 Eletrosul pretende adquirir outorgas de PCHs excluídas do Proinfa
2 Recomendações da Fator Corretora para o setor elétrico brasileiro
3 Fator eleva preço alvo das ações da Celesc e mantém recomendação de compra
4 Cemat realiza captação de R$ 16 mi através de recebíveis para financiar investimentos
5 Coelce tem de devolver valores pagos a mais
6 Cemig faz assembléia para aprovar transferência de ativos para subsidiárias
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Leilões
1 Primeiro leilão está previsto para o dia 1º de agosto

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 80,2% de capacidade armazenada
2 Nível dos reservatórios do Sul está em 89,1%
3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 87,6%

4 Região Norte apresenta 89,3% de volume armazenado

5 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 ANP apresenta áreas com potencial de ter gás natural em MG
2 Mudanças na diretoria da Petrobras
3 Gaspetro tem interesse na MTGás

Grandes Consumidores
1 Construção da Siderúrgica do Ceará depende de definição quanto ao fornecimento de gás pela Petrobras
2 Projeto definitivo da USC deve ser entregue este mês ao BNDES
3 CSN: produção de aço é afetada pelo não fornecimento da CVRD
4 CSN tenta obter fim de sobretaxa na exportação de bobinas de aço nos EUA
5 CSN tem planos de realizar novas investidas no mercado dos EUA
6 Braskem investe R$ 2,5 mi em dois projetos

Economia Brasileira
1 Mercado espera que a Selic fique em 19,75%
2 Dólar barato nos próximos meses deve segurar inflação

3 Saldo positivo da balança comercial supera os US$ 22 bi no ano
4 Mercado volta a reduzir estimativa para o IPCA de 2005
5 Tesouro: Leilão de troca de C-Bond será nesta quinta
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enron vai pagar mais de U$ 1,5 bi a distribuidores de energia

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel estima aumento de 2% na carga tributária com novo PIS/Cofins

A mudança no regime de tributação do PIS/Pasep e da Cofins, que resultou no fim da cumulatividade da cobrança e no aumento das alíquotas, já reflete diretamente no preço da energia para boa parte dos consumidores do país. Segundo estimativas da Aneel, com base na média das 20 distribuidoras de energia que passaram por processos de reajuste e revisão tarifária desde abril deste ano, o aumento da carga tributária no setor elétrico chegou a quase 2%, a partir do momento em que as novas regras de repasse para os dois impostos entraram em vigor. Embora a soma das duas alíquotas tenha passado de 3,65% para 9,25%, a incidência não-cumulativa na prática gerou um aumento médio de 5,5% nos dois tributos este ano. O percentual menor decorre do fato de que, no novo regime, a definição da alíquota a ser repassada ao consumidor varia de acordo com a empresa e os custos de cada uma. Segundo o superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, Romeu Rufino, algumas empresas distribuidoras podem se beneficiar mais do que outras, caso apresentem maior número de itens passíveis de geração de crédito. (Canal Energia - 15.07.2005)

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2 Governo pretende leiloar Usina de Belo Monte até o final de 2006

Na semana passada, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram um decreto legislativo que autoriza a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Fontes próximas ao governo dizem que o objetivo é leiloar a concessão do projeto até o fim de 2006, para garantir o abastecimento de energia no país a partir de 2010. A elaboração dos estudos de impacto ambiental de Belo Monte está paralisada desde 2001, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu ao pedido do Ministério Público do Pará, que então argumentava a inexistência de autorização do Congresso Nacional para o empreendimento. Com a autorização do Congresso, a Eletrobrás deverá retomar os estudos de impacto ambiental da usina, e posteriormente será lançado um cronograma de leilão de Belo Monte, segundo informação de uma nota técnica feita pelo MME. As informações da nota foram confirmadas pela assessoria de imprensa do ministério. (Valor - 18.07.2005)

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3 Falta de verba atrasa obra da Usina Hidrelétrica de Tucuruí

O senador Luiz Otávio Campos (PMDB-PA) voltou a pressionar o governo pela liberação de verbas para a conclusão das eclusas e da duplicação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. De acordo com o senador, o presidente Lula havia afirmado, no final do ano passado, que seriam liberados R$ 70 milhões para a conclusão da obra, o que ainda não aconteceu. Situada a 250 km da foz do rio Tocantins, com um reservatório de 2.875 quilômetros quadrados, a usina de Tucuruí está com suas obras paralisadas por falta de verba. (Canal Energia - 15.07.2005)

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4 Curtas

Levantamento feito pela Aneel revelou que 594 municípios brasileiros receberam R$ 197,42 milhões, no primeiro semestre do ano, em recursos da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos. O crescimento foi de 27,45% em relação ao mesmo período do ano passado, em que foram distribuídos R$ 154,89 milhões a 581 prefeituras. (Canal Energia - 15.07.2005)

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Empresas

1 Eletrosul pretende adquirir outorgas de PCHs excluídas do Proinfa

A Eletrosul está interessada em adquirir outorgas de autorização de pequenas centrais hidrelétricas em sua área de concessão, que abrange os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O interesse faz parte da estratégia da empresa em retomar investimentos em geração, autorizado no ano passado pelo governo federal. Ronaldo Custódio, diretor Técnico da Eletrosul, diz que não há um número máximo estabelecido para aquisição de projetos, mas adianta os negócios serão suficientes para montar um banco de projetos em geração. "Estamos tornando o nosso interesse público no mercado, mas não necessariamente iremos formalizar negócio. Isso dependerá da viabilidade do empreendimento", explica. Segundo ele, os potenciais projetos precisam estar fora do Proinfa e ter licença ambiental de instalação. Para participar, os interessados devem preencher um formulário de cadastramento no site da Eletrosul (www.eletrosul.gov.br) até o dia 22 de julho. (Canal Energia - 15.07.2005)

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2 Recomendações da Fator Corretora para o setor elétrico brasileiro

A Fator Corretora terminou uma atualização de suas recomendações para as ações do setor elétrico brasileiro, inserindo as novas premissas setoriais e as perspectivas específicas de cada empresa. Como resultado, a corretora elevou o preço-alvo das ações preferências classe B (CLSC6) da distribuidora catarinense Celesc de R$ 1,25 para R$ 1,40, das preferenciais da Cemig (CMIG4) de R$ 88,77 para R$ 90,00, das preferenciais classe B da Copel (CPLE6) de R$ 17,00 para R$ 17,50, das preferenciais da Transmissão Paulista (TRPL4) de R$ 16,95 para R$23,50, mas reduziu as preferenciais classe B da Eletrobrás (ELET6) de R$ 45,77 para R$ 38,75. A recomendação para a ação da Celesc é de 'compra', com potencial de valorização por volta de 52%. A Fator foca sua análise em uma recomposição tarifária justa, que deve ser anunciada em agosto e pode ser beneficiada pela adimplência da empresa com Furnas. Para a mineira Cemig, a recomendação também é de 'compra', com um potencial aproximado de valorização de 22%. (Canal Energia - 15.07.2005)

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3 Fator eleva preço alvo das ações da Celesc e mantém recomendação de compra

Como parte de um amplo relatório do setor elétrico brasileiro, divulgado na última quinta-feira, a Fator Corretora elevou o preço alvo das ações da Celesc de R$ 1,25 para R$ 1,40, o que sugere um upside de cerca de 55% para os papéis, tendo mantido a recomendação de compra para os ativos em questão. Os analistas da corretora acreditam que o reajuste tarifário no próximo mês de agosto será bastante positivo para a companhia, sendo que a revisão da base tarifária de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,7 bilhão poderá significar um acréscimo extra de 1,5% na tarifa de energia. Além disso, a Fator afirma que a regularização das contas em atraso com Itaipu poderá proporcionar uma recomposição tarifária extra. (Canal Energia - 15.07.2005)

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4 Cemat realiza captação de R$ 16 mi através de recebíveis para financiar investimentos

A Cemat vai realizar captação de R$ 16 milhões, através do lançamento de recebíveis em garantia, sendo R$ 10 milhões com o Banco Mercantil do Brasil e outros R$ 6 milhões com o banco ABC Brasil S/A. A operação já foi autorizada pela Aneel, com a publicação no Diário Oficial da União dos despachos n° 837 e 838. O diretor financeiro da Cemat, Henrique Jueis de Almeida, informou que o início da operação será imediato. A operação consiste na captação em curto prazo - 12 meses de amortização - remunerada pelo CDI mais 0,5% de spread ao mês. Os recursos serão destinados aos programas de universalização no estado e ao de redução de perdas. (Canal Energia - 15.07.2005)

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5 Coelce tem de devolver valores pagos a mais

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) acatou, no dia 29 de junho, reclamação da OAB-CE de cobrança indefinida por parte da Coelce. Na reclamação, a OAB-CE afirma que a concessionária de energia deveria expedir segundas vias das cobranças referentes ao consumo do mês de abril. A queixa se refere ao fato da concessionária ter aplicado, a partir do dia 22 de abril, reajuste médio de 23,23% autorizado pela Aneel até receber a notificação da 7ª Vara Federal no Ceará limitando o aumento em 11,1321%. No intervalo, a Coelce enviou boletos de cobrança para parte de seus clientes. Pela decisão da Arce, os consumidores que pagaram as faturas emitidas com reajuste integral devem receber de volta os valores cobrados acima do reajuste limite de 11,1321%. (Canal Energia - 15.07.2005)

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6 Cemig faz assembléia para aprovar transferência de ativos para subsidiárias

A Cemig realiza no dia 29 de julho assembléia geral extraordinária para discutir a aprovação dos laudos de avaliação contábil do ativo imobilizado e de avaliação pelo valor contábil da empresa, além da transferência desses ativos para as subsidiárias integrais criadas em janeiro deste ano. Nesses laudos, está prevista a integralização de R$ 622,264 milhões ao capital social da Cemig Geração e Transmissão. Além disso, será integralizado ao capital social da subsidiária o valor de R$ 15,491 milhões, relativo à capitalização dos adiantamentos para futuro aumento de capital. Também está previsto no laudo o aumento de capital social da Cemig Geração e Transmissão de R$ 2,259 bilhões para R$ 2,896 bilhões. Esse aumento será feito mediante a emissão de 637.755.939 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. No caso da subsidiária de distribuição, está prevista a integralização de R$ 1,768 bilhão ao capital social da Cemig Distribuição. Também será integralizado o valor de R$ 17,291 milhões ao capital social da subsidiária mediante a capitalização do adiantamento para futuro aumento de capital. Os laudos prevêem ainda o aumento de capital da Cemig Distribuição, de R$ 475,761 milhões para R$ 2,261 bilhões, mediante a emissão de 1,786 bilhão de novas ações ordinárias. (Canal Energia - 15.07.2005)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 15-07-2005, o IBOVESPA fechou a 25.221,53 pontos, representando uma baixa de 2,69% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 3,39%, fechando a 7.671,39 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 65,2 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,80 ON e R$ 29,41 PNB, baixa de 5,07% e 3,73% respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 4,4 milhões as ON e R$ 15,4 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 24% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 18-07-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,32 as ações ON, baixa de 1,51% em relação ao dia anterior e R$ 29,50 as ações PNB, alta de 0,31% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 18.07.2005)

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8 Curtas

A Aneel autorizou a empresa Jari Celulose S/A a reajustar, a partir desta sexta-feira, dia 15 de julho, em 0,69% as tarifas de fornecimento de energia elétrica de 2.183 unidades consumidoras do distrito de Monte Dourado e das vilas de Munguba, Planalto e São Miguel, localizados no município de Almeirim (PA). (Canal Energia - 15.07.2005)

A comissão de sindicância interna de Furnas entregou no último dia 14 de julho o relatório que apurou as denúncias de "sobras financeiras" alimentadoras de atividades político-partidárias. Segundo comunicado fica expressa a "impraticabilidade de transferência de recursos da tesouraria de Furnas para qualquer beneficiário interno ou externo, assim como a possibilidade superfaturamento". (Canal Energia - 15.07.2005)

Os clientes da Comerc obtiveram uma economia de R$ 7,2 milhões no mês de junho com a compra de energia elétrica no mercado livre. Isto é o que mostra o índice Comerc, lançado pela comercializadora em maio deste ano para avaliar a atratividade do ambiente de livre contratação para 38 unidades industriais que atende. (Canal Energia - 15.07.2005)

Técnicos da Light descobriram em Xerém (Duque de Caxias) ligações irregulares na rede elétrica em 53% dos 193 domicílios e estabelecimentos comerciais fiscalizados. A operação teve o apoio de peritos e agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. (Canal Energia - 15.07.2005)

A Justiça do Trabalho determinou novamente a reintegração dos quatro sindicalistas que estavam entre os 259 demitidos das Celpa este ano. A Celpa confirmou, através de nota, que a decisão foi cumprida na última segunda-feira, 11. (Canal Energia - 15.07.2005)

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Licitação

1 Primeiro leilão está previsto para o dia 1º de agosto

O primeiro leilão promovido pela bolsa de energia elétrica está previsto para acontecer no próximo dia 1º de agosto. A estimativa é do vice-presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica, Francisco Lavor. A bolsa de energia é uma parceria da Abraceel com a Bolsa de Mercadorias e Futuros, com o objetivo de centralizar os leilões de ajuste entre comercializadores, geradoras e grandes consumidores em um único ambiente. Nas duas últimas semanas, as duas instituições têm se reunido com agentes geradores para apresentar os contratos e a operacionalização da bolsa. Na próxima quarta-feira, 20 de julho, Abraceel e BM&F pretendem se reunir com a Aneel. Segundo Lavor, apesar de apertado, o cronograma para realização do primeiro leilão deve ser cumprido, a menos que a BM&F não receba a validação de documentos exigidos pela Comissão de Valores Mobiliários. (Canal Energia - 15.07.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 80,2% de capacidade armazenada

O índice de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está em 80,2%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente, 89,4% e 86,1% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005)

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2 Nível dos reservatórios do Sul está em 89,1%

Os reservatórios da região Sul apresentam 89,1% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 95%. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005)

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3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 87,6%

O Nordeste apresenta 87,6% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina de Sobradinho opera com 87% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005)

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4 Região Norte apresenta 89,3% de volume armazenado

O nível dos reservatórios do Norte está em 89,3%. A usina de Tucuruí opera com 92,9% de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005)

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5 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/07/2005 a 22/07/2005.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                            36,24  pesada                     36,24  pesada                     18,33  pesada                    36,24
 média                              35,42  média                       35,42  média                       18,33  média                      35,42
 leve                                 35,26  leve                          35,26  leve                          18,33  leve                         35,26
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 ANP apresenta áreas com potencial de ter gás natural em MG

A ANP apresentou as áreas com potencial de ter gás natural em Minas Gerais, que serão leiloadas durante a sétima rodada de licitações. Ao todo serão 43 blocos que integram a bacia de São Francisco, abrangendo 151 municípios do Estado. A possibilidade de encontrar gás natural ou, até mesmo, algum petróleo misturado, em terras do Norte e Noroeste de Minas sempre chamou a atenção de investidores e curiosos. A ANP deixou claro que os estudos que indicam a presença de gás na região foram feitos há quase 20 anos. Contudo, o potencial da região não foi descartado. (Canal Energia - 17.07.2005)

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2 Mudanças na diretoria da Petrobras

Apesar de as mudanças esperadas na presidência e nas diretorias da Petrobras não terem sido anunciadas, a estatal trocou nos últimos dias três gerências gerais de unidades de negócios da companhia de peso, entre elas a da Bacia de Campos, a mais importante da empresa. O novo gerente geral da Unidade de Negócios da Bacia de Campos é o engenheiro Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição, que tomou posse quarta-feira no lugar de Plínio Cesar de Mello. Na Unidade de Negócios do Rio, que é responsável por alguns campos de produção de petróleo no sul da Bacia de Campos, o engenheiro Ricardo Abi Ramia da Silva assumiu, também na quarta-feira, a gerência geral no lugar de Cesar Luiz Palagi. A primeira das três mudanças foi na Unidade de Negócios da Bacia do Solimões, no Amazonas, no dia 28. O engenheiro Joelson Falcão Mendes, ex-gerente de produção dos ativos do campo de Marlim e da P-35, na Bacia de Campos, assumiu a gerência-geral da Unidade de Negócios da Bacia do Solimões no lugar de Sven Wolf. A Petrobras alegou apenas que o motivo das mudanças foi um "ajuste do modelo de gestão da área de Exploração e Produção". (Canal Energia - 17.07.2005)

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3 Gaspetro tem interesse na MTGás

A Gaspetro quer abocanhar 40% do capital da MTGás, do Mato Grosso. Trata-se de uma das poucas distribuidoras estaduais sem a presença da estatal no capital. A Gaspetro aceita investir na construção de um ramal que ligaria o estado ao gasoduto que passará por Goiás e Brasília. (Relatório Reservado - 18.07.2005)

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Grandes Consumidores

1 Construção da Siderúrgica do Ceará depende de definição quanto ao fornecimento de gás pela Petrobras

A decisão da Petrobras de reavaliar o cronograma da construção do Gasoduto do Nordeste (Gasene) acendeu um sinal de alerta entre os envolvidos no projeto de construção da Usina Siderúrgica do Ceará (USC), um empreendimento de US$ 750 milhões, destinado a produzir 1,5 milhão de toneladas de aço por ano, que reúne a Vale do Rio Doce, a coreana Dongkuk Steel e a italiana Danielli. "Estamos aguardando uma posição final da Petrobras", disse o secretário de Desenvolvimento do Ceará, Francisco Régis Dias. Segundo Dias, a estatal tem compromisso com o projeto e ele não tem motivo para duvidar que esse acordo será cumprido. O compromisso prevê o fornecimento de 1,8 milhão de metros cúbicos de gás a partir de outubro de 2006. O suprimento de gás é básico porque a usina vai utilizar a tecnologia de redução direta do minério (em pelotas) por meio da injeção de gás, dispensando o carvão mineral. O cronograma da USC prevê 30 meses para a construção. Se as obras começassem agora, a usina entraria em operação no começo de 2008. O presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, disse que o projeto "está andando", mas precisa "assinar o contrato do gás com a Petrobras". (Valor - 18.07.2005)

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2 Projeto definitivo da USC deve ser entregue este mês ao BNDES

A Vale do Rio Doce informou à Security Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais americano, que o arranjo financeiro do projeto da Usina Siderúrgica do Ceará (USC) seria definido neste mês. O BNDES já fez o enquadramento do pedido de aproximadamente US$ 110 milhões, mas ainda aguarda o projeto definitivo para fazer a análise e definir se aprova o pleito. O diretor-executivo da USC, Giovanni Coassin, representante da Danielli, afirmou que o projeto definitivo será entregue ao banco até o fim deste mês, o que implica em definição do arranjo societário. Os sócios industriais querem que o BNDES e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) participem como sócios do empreendimento, possibilidade aberta desde a assinatura do memorando de entendimento, em abril do ano passado. (Valor - 18.07.2005)

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3 CSN: produção de aço é afetada pelo não fornecimento da CVRD

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a empresa deixou de produzir 150 mil toneladas de aço em 2004 e outras 70 mil neste ano porque a Vale do Rio Doce não forneceu pelotas de minério de ferro. "Eles dizem que estão com a produção totalmente vendida ao exterior", explica. A Vale informou que tem atendido aos pedidos da CSN. "Neste ano, foram solicitadas 300 mil toneladas. Depois, a CSN ampliou o pedido em mais 70 mil toneladas. A empresa fez um esforço e vai atender essa demanda adicional", informou a assessoria da Vale. Segundo a mineradora, a CSN tem planos de fazer sua própria pelotizadora e, por isso, recusa-se a assinar contrato de fornecimento de longo prazo, preferindo fazer compras no mercado "spot". O presidente do conselho da mineradora, Sérgio Rosa, afirma que a Vale já propôs construir uma pelotizadora em sociedade com a CSN, mas a siderúrgica não quis fazer o investimento. Steinbruch confirma que a Vale já apresentou proposta de investimento em uma pelotizadora, com participações iguais, mas diz que as condições não eram interessantes. (Valor - 18.07.2005)

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4 CSN tenta obter fim de sobretaxa na exportação de bobinas de aço nos EUA

A CSN espera obter do Departamento de Comércio dos EUA até o fim de agosto a revisão da alíquota anti-dumping aplicada na exportação, ao mercado americano, de bobinas de aço laminadas a quente. Com isso, a empresa poderá abastecer sua laminadora local, que fica no Estado de Indiana. A sobretaxa aplicada ao produto é de 41,2%. "Isso inviabiliza enviar o material", afirmou Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. O empresário explicou que a saída tem sido enviar a matéria-prima bruta (placa) e contratar com laminadores locais o beneficiamento do material para laminado a quente. "O custo chega a US$ 160 a tonelada, que somados com gastos de logística torna nosso produto final mais caro que o da concorrência", disse. Steinbruch está otimista com o desdobramento final dos técnicos americanos. Ele disse que há um caso precedente: a siderúrgica sul-coreana Posco conseguiu liberação da sobretaxa na exportação de bobina a quente para suprir uma unidade própria nos EUA. O entendimento foi de que, ao ter uma unidade local, a Posco não estaria concorrendo com fabricantes americanos e, portanto, não haveria a necessidade da sobretaxa. (Valor - 18.07.2005)

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5 CSN tem planos de realizar novas investidas no mercado dos EUA

A Cia. Siderúrgica Nacional pretende fazer novas investidas no mercado americano, afirmou seu presidente, Benjamin Steinbruch,. Mas, antes, ele quer aperfeiçoar sua operação no Brasil. Não está descartada a construção de uma pelotizadora. (Valor - 18.07.2005)

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6 Braskem investe R$ 2,5 mi em dois projetos

A Braskem anunciou investimentos de R$ 2,5 milhões em dois projetos: o EcoBraskem e o Zoneamento Hídrico da região. Os projetos têm como objetivo principal melhorar a gestão de recursos hídricos na região de influência do Pólo Petroquímico de Camaçari. O pólo consiste em uma grande central petroquímica na qual são fracionados derivados de petróleo. Em volta dessa central estão empresas de segunda geração, que consomem estes insumos para o processamento de resinas plásticas ou outros insumos para a indústria química. (Gazeta Mercantil - 18.07.2005)

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Economia Brasileira

1 Mercado espera que a Selic fique em 19,75%

É praticamente consenso no mercado financeiro a manutenção da taxa básica de juros em 19,75% ao ano na reunião do Copom destas terça e quarta-feiras. Dos 27 analistas e instituições consultados, 26 acreditam que a taxa Selic continuará inalterada pelo terceiro mês consecutivo. Os economistas projetam para agosto a redução da taxa. A redução das expectativas de inflação para os próximos meses e o arrefecimento do nível da atividade econômica, são apontados como fatores suficientes para justificar desde já o início da trajetória de queda dos juros. Mas, na avaliação dos economistas, a ata da última reunião do Copom - segundo a qual a Selic permaneceria inalterada por tempo suficientemente longo - sinaliza que o BC ainda deverá manter a postura conservadora adotada nos últimos meses. (Jornal do Commercio - 18.07.2005)

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2 Dólar barato nos próximos meses deve segurar inflação

O câmbio teve papel decisivo para derrubar os índices de preços nos últimos meses e a expectativa dominante é de que continue a ajudar no controle da inflação. Bancos e consultorias apostam que o dólar vai subir até o fim do ano, mas projetam uma alta modesta, mesmo no caso daqueles que prevêem queda mais forte da taxa Selic, dos atuais 19,75% para 17% no fim do ano. A moeda americana deve terminar 2005 entre R$ 2,50 e R$ 2,60. Com o desempenho excepcional das exportações e a perspectiva de manutenção da ampla liquidez internacional, perdeu força a avaliação de que o dólar poderá subir bastante quando o BC começar a cortar os juros. O economista-chefe da LCA Consultores, Luís Suzigan, acredita que o saldo comercial vai continuar robusto até o fim do ano, projetando um superávit de US$ 40,1 bilhões. (Valor - 18.07.2005)

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3 Saldo positivo da balança comercial supera os US$ 22 bi no ano

Os números do comércio exterior brasileiro continuam positivos e o saldo da balança supera os US$ 22 bilhões no ano. Até a terceira semana de julho, o superávit comercial --saldo positivo entre exportações e importações-- está em US$ 22,369 bilhões, um crescimento de 34% sobre o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 16,681 bilhões). Esse saldo é a diferença entre as exportações, que totalizam US$ 59,433 bilhões, e as importações, de US$ 37,064 bilhões. O crescimento das vendas para o exterior tem ritmo elevado, 23,8% neste ano em relação ao mesmo período de 2004. Já as importações cresceram 18,4%. No mês, o superávit é de US$ 2,698 bilhões, com exportações de US$ 5,755 bilhões e importações de US$ 3,057 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. (Folha Online - 18.07.2005)

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4 Mercado volta a reduzir estimativa para o IPCA de 2005

Pela nona semana consecutiva, o mercado reduziu a estimativa para o IPCA em 2005. De acordo com pesquisa semanal do BC realizada junto a cerca de 100 instituições financeiras, o IPCA deve fechar o ano em 5,67%, contra 5,72% da semana anterior. Já a previsão para 2006 se mantém inalterada há 61 semanas. A mediana das expectativas é de que no próximo ano o índice de inflação oficial do governo fique em 5%. A previsão do mercado para a inflação acumulada nos próximos 12 meses é de 4,97%, o que representa recuo em relação à estimativa anterior, de 5%. Para o mês de julho, o mercado prevê que o IPCA feche em 0,40%, mesma estimativa da semana anterior. Em agosto, a mediana das expectativas indica que a inflação também feche em 0,40%, mantendo a indicação anterior. (O Globo Online - 18.07.2005)

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5 Tesouro: Leilão de troca de C-Bond será nesta quinta

Será nesta quinta-feira, às 9h, o leilão único que o Tesouro Nacional pretende fazer para a troca do título da dívida C-Bond. A oferta será por um papel de mesma estrutura do C-Bond e prazo do vencimento mais longo. O vencimento do C-Bond é 2014. O Tesouro quer que o título de troca tenha vencimento em dois, três, ou quatro anos acima do prazo do C-Bond. Não há como prever a demanda pelo leilão, pois trata-se de operação voluntária. A troca tem o objetivo de redução de encargos, atualmente em torno de US$ 600 milhões. O estoque de C-Bond em mercado chega a US$ 5,6 bilhões. A operação é feita para aproveitar o ágio do papel em favor do governo brasileiro, já que, no momento, cada US$ 100 é cotado a US$ 102,50. (Valor - 18.07.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro brasileiro teve uma manhã relativamente tranqüila nesta segunda-feira, com a maioria dos ativos nacionais em alta. Graças ao fluxo cambial positivo, o dólar à vista encerrou o período em baixa de 0,34%, cotado a R$ 2,328 na compra e R$ 2,330 na venda. É a menor cotação deste ano e também o menor valor desde abril de 2002. Na sexta, o dólar comercial terminou com ligeira alta, de 0,08%, comprado a R$ 2,3360 e vendido a R$ 2,3380. Na semana, registrou 1,56% de queda. (O Globo Online e Valor Online - 18.07.2005)

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Internacional

1 Enron vai pagar mais de U$ 1,5 bi a distribuidores de energia

A companhia de distribuição de energia Enron aceitou pagar mais de 1,5 bilhão de dólares a várias empresas do setor no oeste dos Estados Unidos, depois de um acordo amistoso para resolver queixas de manipulação do mercado. Em comunicado, a Enron destacou que a conclusão do acordo com sete sociedades e organismos com os quais manteve relações comerciais entre 1997 e 2003 não representa o reconhecimento de nenhuma culpa. O secretário de Justiça da Califórnia, Bill Lockyer, afirmou que a Enron, declarada em quebra em dezembro de 2001 após um dos maiores escândalos contábeis da história do país, aceitou pagar 1,52 bilhão de dólares a sete sociedades e organizações. (Canal Energia - 15.07.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

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