l IFE: nº 1.617 - 18 de julho de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Novo Modelo 1 Aneel estima aumento de 2% na carga tributária com novo PIS/Cofins A mudança no
regime de tributação do PIS/Pasep e da Cofins, que resultou no fim da
cumulatividade da cobrança e no aumento das alíquotas, já reflete diretamente
no preço da energia para boa parte dos consumidores do país. Segundo estimativas
da Aneel, com base na média das 20 distribuidoras de energia que passaram
por processos de reajuste e revisão tarifária desde abril deste ano, o
aumento da carga tributária no setor elétrico chegou a quase 2%, a partir
do momento em que as novas regras de repasse para os dois impostos entraram
em vigor. Embora a soma das duas alíquotas tenha passado de 3,65% para
9,25%, a incidência não-cumulativa na prática gerou um aumento médio de
5,5% nos dois tributos este ano. O percentual menor decorre do fato de
que, no novo regime, a definição da alíquota a ser repassada ao consumidor
varia de acordo com a empresa e os custos de cada uma. Segundo o superintendente
de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, Romeu Rufino, algumas
empresas distribuidoras podem se beneficiar mais do que outras, caso apresentem
maior número de itens passíveis de geração de crédito. (Canal Energia
- 15.07.2005) 2 Governo pretende leiloar Usina de Belo Monte até o final de 2006 Na semana passada,
a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram um decreto legislativo
que autoriza a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Fontes próximas
ao governo dizem que o objetivo é leiloar a concessão do projeto até o
fim de 2006, para garantir o abastecimento de energia no país a partir
de 2010. A elaboração dos estudos de impacto ambiental de Belo Monte está
paralisada desde 2001, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu
ao pedido do Ministério Público do Pará, que então argumentava a inexistência
de autorização do Congresso Nacional para o empreendimento. Com a autorização
do Congresso, a Eletrobrás deverá retomar os estudos de impacto ambiental
da usina, e posteriormente será lançado um cronograma de leilão de Belo
Monte, segundo informação de uma nota técnica feita pelo MME. As informações
da nota foram confirmadas pela assessoria de imprensa do ministério. (Valor
- 18.07.2005) 3 Falta de verba atrasa obra da Usina Hidrelétrica de Tucuruí O senador Luiz
Otávio Campos (PMDB-PA) voltou a pressionar o governo pela liberação de
verbas para a conclusão das eclusas e da duplicação da Usina Hidrelétrica
de Tucuruí. De acordo com o senador, o presidente Lula havia afirmado,
no final do ano passado, que seriam liberados R$ 70 milhões para a conclusão
da obra, o que ainda não aconteceu. Situada a 250 km da foz do rio Tocantins,
com um reservatório de 2.875 quilômetros quadrados, a usina de Tucuruí
está com suas obras paralisadas por falta de verba. (Canal Energia - 15.07.2005)
4 Curtas
Empresas 1 Eletrosul pretende adquirir outorgas de PCHs excluídas do Proinfa A Eletrosul
está interessada em adquirir outorgas de autorização de pequenas centrais
hidrelétricas em sua área de concessão, que abrange os estados do Mato
Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O interesse
faz parte da estratégia da empresa em retomar investimentos em geração,
autorizado no ano passado pelo governo federal. Ronaldo Custódio, diretor
Técnico da Eletrosul, diz que não há um número máximo estabelecido para
aquisição de projetos, mas adianta os negócios serão suficientes para
montar um banco de projetos em geração. "Estamos tornando o nosso interesse
público no mercado, mas não necessariamente iremos formalizar negócio.
Isso dependerá da viabilidade do empreendimento", explica. Segundo ele,
os potenciais projetos precisam estar fora do Proinfa e ter licença ambiental
de instalação. Para participar, os interessados devem preencher um formulário
de cadastramento no site da Eletrosul (www.eletrosul.gov.br) até o dia
22 de julho. (Canal Energia - 15.07.2005) 2 Recomendações da Fator Corretora para o setor elétrico brasileiro A Fator Corretora terminou uma atualização de suas recomendações para as ações do setor elétrico brasileiro, inserindo as novas premissas setoriais e as perspectivas específicas de cada empresa. Como resultado, a corretora elevou o preço-alvo das ações preferências classe B (CLSC6) da distribuidora catarinense Celesc de R$ 1,25 para R$ 1,40, das preferenciais da Cemig (CMIG4) de R$ 88,77 para R$ 90,00, das preferenciais classe B da Copel (CPLE6) de R$ 17,00 para R$ 17,50, das preferenciais da Transmissão Paulista (TRPL4) de R$ 16,95 para R$23,50, mas reduziu as preferenciais classe B da Eletrobrás (ELET6) de R$ 45,77 para R$ 38,75. A recomendação para a ação da Celesc é de 'compra', com potencial de valorização por volta de 52%. A Fator foca sua análise em uma recomposição tarifária justa, que deve ser anunciada em agosto e pode ser beneficiada pela adimplência da empresa com Furnas. Para a mineira Cemig, a recomendação também é de 'compra', com um potencial aproximado de valorização de 22%. (Canal Energia - 15.07.2005) 3 Fator eleva preço alvo das ações da Celesc e mantém recomendação de compra Como parte de
um amplo relatório do setor elétrico brasileiro, divulgado na última quinta-feira,
a Fator Corretora elevou o preço alvo das ações da Celesc de R$ 1,25 para
R$ 1,40, o que sugere um upside de cerca de 55% para os papéis, tendo
mantido a recomendação de compra para os ativos em questão. Os analistas
da corretora acreditam que o reajuste tarifário no próximo mês de agosto
será bastante positivo para a companhia, sendo que a revisão da base tarifária
de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,7 bilhão poderá significar um acréscimo extra
de 1,5% na tarifa de energia. Além disso, a Fator afirma que a regularização
das contas em atraso com Itaipu poderá proporcionar uma recomposição tarifária
extra. (Canal Energia - 15.07.2005) 4 Cemat realiza captação de R$ 16 mi através de
recebíveis para financiar investimentos 5 Coelce tem de devolver valores pagos a mais A Agência Reguladora
de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) acatou, no dia
29 de junho, reclamação da OAB-CE de cobrança indefinida por parte da
Coelce. Na reclamação, a OAB-CE afirma que a concessionária de energia
deveria expedir segundas vias das cobranças referentes ao consumo do mês
de abril. A queixa se refere ao fato da concessionária ter aplicado, a
partir do dia 22 de abril, reajuste médio de 23,23% autorizado pela Aneel
até receber a notificação da 7ª Vara Federal no Ceará limitando o aumento
em 11,1321%. No intervalo, a Coelce enviou boletos de cobrança para parte
de seus clientes. Pela decisão da Arce, os consumidores que pagaram as
faturas emitidas com reajuste integral devem receber de volta os valores
cobrados acima do reajuste limite de 11,1321%. (Canal Energia - 15.07.2005)
6 Cemig faz assembléia para aprovar transferência de ativos para subsidiárias A Cemig realiza
no dia 29 de julho assembléia geral extraordinária para discutir a aprovação
dos laudos de avaliação contábil do ativo imobilizado e de avaliação pelo
valor contábil da empresa, além da transferência desses ativos para as
subsidiárias integrais criadas em janeiro deste ano. Nesses laudos, está
prevista a integralização de R$ 622,264 milhões ao capital social da Cemig
Geração e Transmissão. Além disso, será integralizado ao capital social
da subsidiária o valor de R$ 15,491 milhões, relativo à capitalização
dos adiantamentos para futuro aumento de capital. Também está previsto
no laudo o aumento de capital social da Cemig Geração e Transmissão de
R$ 2,259 bilhões para R$ 2,896 bilhões. Esse aumento será feito mediante
a emissão de 637.755.939 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor
nominal. No caso da subsidiária de distribuição, está prevista a integralização
de R$ 1,768 bilhão ao capital social da Cemig Distribuição. Também será
integralizado o valor de R$ 17,291 milhões ao capital social da subsidiária
mediante a capitalização do adiantamento para futuro aumento de capital.
Os laudos prevêem ainda o aumento de capital da Cemig Distribuição, de
R$ 475,761 milhões para R$ 2,261 bilhões, mediante a emissão de 1,786
bilhão de novas ações ordinárias. (Canal Energia - 15.07.2005) No pregão do
dia 15-07-2005, o IBOVESPA fechou a 25.221,53 pontos, representando uma
baixa de 2,69% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1 bilhão.
As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 3,39%, fechando
a 7.671,39 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 65,2 milhões.
As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas
a R$ 31,80 ON e R$ 29,41 PNB, baixa de 5,07% e 3,73% respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 4,4 milhões as ON e R$ 15,4 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 24% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 18-07-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,32 as ações ON, baixa de 1,51%
em relação ao dia anterior e R$ 29,50 as ações PNB, alta de 0,31% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 18.07.2005) A Aneel autorizou a empresa Jari Celulose S/A a reajustar, a partir desta sexta-feira, dia 15 de julho, em 0,69% as tarifas de fornecimento de energia elétrica de 2.183 unidades consumidoras do distrito de Monte Dourado e das vilas de Munguba, Planalto e São Miguel, localizados no município de Almeirim (PA). (Canal Energia - 15.07.2005) A comissão de sindicância interna de Furnas entregou no último dia 14 de julho o relatório que apurou as denúncias de "sobras financeiras" alimentadoras de atividades político-partidárias. Segundo comunicado fica expressa a "impraticabilidade de transferência de recursos da tesouraria de Furnas para qualquer beneficiário interno ou externo, assim como a possibilidade superfaturamento". (Canal Energia - 15.07.2005) Os clientes da Comerc obtiveram uma economia de R$ 7,2 milhões no mês de junho com a compra de energia elétrica no mercado livre. Isto é o que mostra o índice Comerc, lançado pela comercializadora em maio deste ano para avaliar a atratividade do ambiente de livre contratação para 38 unidades industriais que atende. (Canal Energia - 15.07.2005) Técnicos da Light descobriram em Xerém (Duque de Caxias) ligações irregulares na rede elétrica em 53% dos 193 domicílios e estabelecimentos comerciais fiscalizados. A operação teve o apoio de peritos e agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. (Canal Energia - 15.07.2005) A Justiça do Trabalho determinou novamente a reintegração dos quatro sindicalistas que estavam entre os 259 demitidos das Celpa este ano. A Celpa confirmou, através de nota, que a decisão foi cumprida na última segunda-feira, 11. (Canal Energia - 15.07.2005)
Licitação 1 Primeiro leilão está previsto para o dia 1º de agosto O primeiro leilão
promovido pela bolsa de energia elétrica está previsto para acontecer
no próximo dia 1º de agosto. A estimativa é do vice-presidente da Associação
Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica, Francisco
Lavor. A bolsa de energia é uma parceria da Abraceel com a Bolsa de Mercadorias
e Futuros, com o objetivo de centralizar os leilões de ajuste entre comercializadores,
geradoras e grandes consumidores em um único ambiente. Nas duas últimas
semanas, as duas instituições têm se reunido com agentes geradores para
apresentar os contratos e a operacionalização da bolsa. Na próxima quarta-feira,
20 de julho, Abraceel e BM&F pretendem se reunir com a Aneel. Segundo
Lavor, apesar de apertado, o cronograma para realização do primeiro leilão
deve ser cumprido, a menos que a BM&F não receba a validação de documentos
exigidos pela Comissão de Valores Mobiliários. (Canal Energia - 15.07.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 80,2% de capacidade armazenada O índice de
armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está em
80,2%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente,
89,4% e 86,1% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005) 2 Nível dos reservatórios do Sul está em 89,1% Os reservatórios da região Sul apresentam 89,1% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 95%. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005) 3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 87,6% O Nordeste apresenta
87,6% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina de Sobradinho
opera com 87% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005) 4 Região Norte apresenta 89,3% de volume armazenado O nível dos
reservatórios do Norte está em 89,3%. A usina de Tucuruí opera com 92,9%
de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 18.07.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/07/2005 a 22/07/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 ANP apresenta áreas com potencial de ter gás natural em MG A ANP apresentou as áreas com potencial de ter gás natural em Minas Gerais, que serão leiloadas durante a sétima rodada de licitações. Ao todo serão 43 blocos que integram a bacia de São Francisco, abrangendo 151 municípios do Estado. A possibilidade de encontrar gás natural ou, até mesmo, algum petróleo misturado, em terras do Norte e Noroeste de Minas sempre chamou a atenção de investidores e curiosos. A ANP deixou claro que os estudos que indicam a presença de gás na região foram feitos há quase 20 anos. Contudo, o potencial da região não foi descartado. (Canal Energia - 17.07.2005) 2 Mudanças na diretoria da Petrobras Apesar de as
mudanças esperadas na presidência e nas diretorias da Petrobras não terem
sido anunciadas, a estatal trocou nos últimos dias três gerências gerais
de unidades de negócios da companhia de peso, entre elas a da Bacia de
Campos, a mais importante da empresa. O novo gerente geral da Unidade
de Negócios da Bacia de Campos é o engenheiro Carlos Eugenio Melro Silva
da Resurreição, que tomou posse quarta-feira no lugar de Plínio Cesar
de Mello. Na Unidade de Negócios do Rio, que é responsável por alguns
campos de produção de petróleo no sul da Bacia de Campos, o engenheiro
Ricardo Abi Ramia da Silva assumiu, também na quarta-feira, a gerência
geral no lugar de Cesar Luiz Palagi. A primeira das três mudanças foi
na Unidade de Negócios da Bacia do Solimões, no Amazonas, no dia 28. O
engenheiro Joelson Falcão Mendes, ex-gerente de produção dos ativos do
campo de Marlim e da P-35, na Bacia de Campos, assumiu a gerência-geral
da Unidade de Negócios da Bacia do Solimões no lugar de Sven Wolf. A Petrobras
alegou apenas que o motivo das mudanças foi um "ajuste do modelo de gestão
da área de Exploração e Produção". (Canal Energia - 17.07.2005) 3 Gaspetro tem interesse na MTGás A Gaspetro quer
abocanhar 40% do capital da MTGás, do Mato Grosso. Trata-se de uma das
poucas distribuidoras estaduais sem a presença da estatal no capital.
A Gaspetro aceita investir na construção de um ramal que ligaria o estado
ao gasoduto que passará por Goiás e Brasília. (Relatório Reservado - 18.07.2005)
Grandes Consumidores 1 Construção da Siderúrgica do Ceará depende de definição quanto ao fornecimento de gás pela Petrobras A decisão da
Petrobras de reavaliar o cronograma da construção do Gasoduto do Nordeste
(Gasene) acendeu um sinal de alerta entre os envolvidos no projeto de
construção da Usina Siderúrgica do Ceará (USC), um empreendimento de US$
750 milhões, destinado a produzir 1,5 milhão de toneladas de aço por ano,
que reúne a Vale do Rio Doce, a coreana Dongkuk Steel e a italiana Danielli.
"Estamos aguardando uma posição final da Petrobras", disse o secretário
de Desenvolvimento do Ceará, Francisco Régis Dias. Segundo Dias, a estatal
tem compromisso com o projeto e ele não tem motivo para duvidar que esse
acordo será cumprido. O compromisso prevê o fornecimento de 1,8 milhão
de metros cúbicos de gás a partir de outubro de 2006. O suprimento de
gás é básico porque a usina vai utilizar a tecnologia de redução direta
do minério (em pelotas) por meio da injeção de gás, dispensando o carvão
mineral. O cronograma da USC prevê 30 meses para a construção. Se as obras
começassem agora, a usina entraria em operação no começo de 2008. O presidente
da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, disse que o projeto "está andando",
mas precisa "assinar o contrato do gás com a Petrobras". (Valor - 18.07.2005)
2 Projeto definitivo da USC deve ser entregue este mês ao BNDES A Vale do Rio
Doce informou à Security Exchange Commission (SEC), o órgão regulador
do mercado de capitais americano, que o arranjo financeiro do projeto
da Usina Siderúrgica do Ceará (USC) seria definido neste mês. O BNDES
já fez o enquadramento do pedido de aproximadamente US$ 110 milhões, mas
ainda aguarda o projeto definitivo para fazer a análise e definir se aprova
o pleito. O diretor-executivo da USC, Giovanni Coassin, representante
da Danielli, afirmou que o projeto definitivo será entregue ao banco até
o fim deste mês, o que implica em definição do arranjo societário. Os
sócios industriais querem que o BNDES e o Banco do Nordeste do Brasil
(BNB) participem como sócios do empreendimento, possibilidade aberta desde
a assinatura do memorando de entendimento, em abril do ano passado. (Valor
- 18.07.2005) 3 CSN: produção de aço é afetada pelo não fornecimento da CVRD O presidente
da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a empresa deixou de produzir
150 mil toneladas de aço em 2004 e outras 70 mil neste ano porque a Vale
do Rio Doce não forneceu pelotas de minério de ferro. "Eles dizem que
estão com a produção totalmente vendida ao exterior", explica. A Vale
informou que tem atendido aos pedidos da CSN. "Neste ano, foram solicitadas
300 mil toneladas. Depois, a CSN ampliou o pedido em mais 70 mil toneladas.
A empresa fez um esforço e vai atender essa demanda adicional", informou
a assessoria da Vale. Segundo a mineradora, a CSN tem planos de fazer
sua própria pelotizadora e, por isso, recusa-se a assinar contrato de
fornecimento de longo prazo, preferindo fazer compras no mercado "spot".
O presidente do conselho da mineradora, Sérgio Rosa, afirma que a Vale
já propôs construir uma pelotizadora em sociedade com a CSN, mas a siderúrgica
não quis fazer o investimento. Steinbruch confirma que a Vale já apresentou
proposta de investimento em uma pelotizadora, com participações iguais,
mas diz que as condições não eram interessantes. (Valor - 18.07.2005)
4 CSN tenta obter fim de sobretaxa na exportação de bobinas de aço nos EUA A CSN espera
obter do Departamento de Comércio dos EUA até o fim de agosto a revisão
da alíquota anti-dumping aplicada na exportação, ao mercado americano,
de bobinas de aço laminadas a quente. Com isso, a empresa poderá abastecer
sua laminadora local, que fica no Estado de Indiana. A sobretaxa aplicada
ao produto é de 41,2%. "Isso inviabiliza enviar o material", afirmou Benjamin
Steinbruch, presidente da CSN. O empresário explicou que a saída tem sido
enviar a matéria-prima bruta (placa) e contratar com laminadores locais
o beneficiamento do material para laminado a quente. "O custo chega a
US$ 160 a tonelada, que somados com gastos de logística torna nosso produto
final mais caro que o da concorrência", disse. Steinbruch está otimista
com o desdobramento final dos técnicos americanos. Ele disse que há um
caso precedente: a siderúrgica sul-coreana Posco conseguiu liberação da
sobretaxa na exportação de bobina a quente para suprir uma unidade própria
nos EUA. O entendimento foi de que, ao ter uma unidade local, a Posco
não estaria concorrendo com fabricantes americanos e, portanto, não haveria
a necessidade da sobretaxa. (Valor - 18.07.2005) 5 CSN tem planos de realizar novas investidas no mercado dos EUA A Cia. Siderúrgica
Nacional pretende fazer novas investidas no mercado americano, afirmou
seu presidente, Benjamin Steinbruch,. Mas, antes, ele quer aperfeiçoar
sua operação no Brasil. Não está descartada a construção de uma pelotizadora.
(Valor - 18.07.2005) 6 Braskem investe R$ 2,5 mi em dois projetos A Braskem anunciou
investimentos de R$ 2,5 milhões em dois projetos: o EcoBraskem e o Zoneamento
Hídrico da região. Os projetos têm como objetivo principal melhorar a
gestão de recursos hídricos na região de influência do Pólo Petroquímico
de Camaçari. O pólo consiste em uma grande central petroquímica na qual
são fracionados derivados de petróleo. Em volta dessa central estão empresas
de segunda geração, que consomem estes insumos para o processamento de
resinas plásticas ou outros insumos para a indústria química. (Gazeta
Mercantil - 18.07.2005)
Economia Brasileira 1 Mercado espera que a Selic fique em 19,75% É praticamente consenso no mercado financeiro a manutenção da taxa básica de juros em 19,75% ao ano na reunião do Copom destas terça e quarta-feiras. Dos 27 analistas e instituições consultados, 26 acreditam que a taxa Selic continuará inalterada pelo terceiro mês consecutivo. Os economistas projetam para agosto a redução da taxa. A redução das expectativas de inflação para os próximos meses e o arrefecimento do nível da atividade econômica, são apontados como fatores suficientes para justificar desde já o início da trajetória de queda dos juros. Mas, na avaliação dos economistas, a ata da última reunião do Copom - segundo a qual a Selic permaneceria inalterada por tempo suficientemente longo - sinaliza que o BC ainda deverá manter a postura conservadora adotada nos últimos meses. (Jornal do Commercio - 18.07.2005) 2 Dólar barato nos próximos meses deve segurar inflação O câmbio teve papel decisivo para derrubar os índices de preços nos últimos meses e a expectativa dominante é de que continue a ajudar no controle da inflação. Bancos e consultorias apostam que o dólar vai subir até o fim do ano, mas projetam uma alta modesta, mesmo no caso daqueles que prevêem queda mais forte da taxa Selic, dos atuais 19,75% para 17% no fim do ano. A moeda americana deve terminar 2005 entre R$ 2,50 e R$ 2,60. Com o desempenho excepcional das exportações e a perspectiva de manutenção da ampla liquidez internacional, perdeu força a avaliação de que o dólar poderá subir bastante quando o BC começar a cortar os juros. O economista-chefe da LCA Consultores, Luís Suzigan, acredita que o saldo comercial vai continuar robusto até o fim do ano, projetando um superávit de US$ 40,1 bilhões. (Valor - 18.07.2005) 3 Saldo positivo da balança comercial supera os US$ 22 bi no ano 4 Mercado volta a reduzir estimativa para o IPCA de 2005 Pela nona semana
consecutiva, o mercado reduziu a estimativa para o IPCA em 2005. De acordo
com pesquisa semanal do BC realizada junto a cerca de 100 instituições
financeiras, o IPCA deve fechar o ano em 5,67%, contra 5,72% da semana
anterior. Já a previsão para 2006 se mantém inalterada há 61 semanas.
A mediana das expectativas é de que no próximo ano o índice de inflação
oficial do governo fique em 5%. A previsão do mercado para a inflação
acumulada nos próximos 12 meses é de 4,97%, o que representa recuo em
relação à estimativa anterior, de 5%. Para o mês de julho, o mercado prevê
que o IPCA feche em 0,40%, mesma estimativa da semana anterior. Em agosto,
a mediana das expectativas indica que a inflação também feche em 0,40%,
mantendo a indicação anterior. (O Globo Online - 18.07.2005) 5 Tesouro: Leilão de troca de C-Bond será nesta quinta Será nesta quinta-feira,
às 9h, o leilão único que o Tesouro Nacional pretende fazer para a troca
do título da dívida C-Bond. A oferta será por um papel de mesma estrutura
do C-Bond e prazo do vencimento mais longo. O vencimento do C-Bond é 2014.
O Tesouro quer que o título de troca tenha vencimento em dois, três, ou
quatro anos acima do prazo do C-Bond. Não há como prever a demanda pelo
leilão, pois trata-se de operação voluntária. A troca tem o objetivo de
redução de encargos, atualmente em torno de US$ 600 milhões. O estoque
de C-Bond em mercado chega a US$ 5,6 bilhões. A operação é feita para
aproveitar o ágio do papel em favor do governo brasileiro, já que, no
momento, cada US$ 100 é cotado a US$ 102,50. (Valor - 18.07.2005) O mercado financeiro brasileiro teve uma manhã relativamente tranqüila nesta segunda-feira, com a maioria dos ativos nacionais em alta. Graças ao fluxo cambial positivo, o dólar à vista encerrou o período em baixa de 0,34%, cotado a R$ 2,328 na compra e R$ 2,330 na venda. É a menor cotação deste ano e também o menor valor desde abril de 2002. Na sexta, o dólar comercial terminou com ligeira alta, de 0,08%, comprado a R$ 2,3360 e vendido a R$ 2,3380. Na semana, registrou 1,56% de queda. (O Globo Online e Valor Online - 18.07.2005)
Internacional 1 Enron vai pagar mais de U$ 1,5 bi a distribuidores de energia A companhia
de distribuição de energia Enron aceitou pagar mais de 1,5 bilhão de dólares
a várias empresas do setor no oeste dos Estados Unidos, depois de um acordo
amistoso para resolver queixas de manipulação do mercado. Em comunicado,
a Enron destacou que a conclusão do acordo com sete sociedades e organismos
com os quais manteve relações comerciais entre 1997 e 2003 não representa
o reconhecimento de nenhuma culpa. O secretário de Justiça da Califórnia,
Bill Lockyer, afirmou que a Enron, declarada em quebra em dezembro de
2001 após um dos maiores escândalos contábeis da história do país, aceitou
pagar 1,52 bilhão de dólares a sete sociedades e organizações. (Canal
Energia - 15.07.2005) Equipe de Pesquisa UFRJ -
Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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