l IFE:
nº 1.616 - 15 de julho de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 MP que desonera investimentos pode incluir setor elétrico O setor
elétrico pode ser incluído entre os beneficiários da medida provisória
batizada de "MP do Bem", editada pelo governo para reduzir a tributação
federal sobre áreas como exportações, inovação, previdência privada e
mercado imobiliário. "Se há um setor que merece atenção especial, é o
de energia", disse o relator da MP na Câmara, Custódio Mattos (PSDB).
Segundo o relator, porém, não será possível atender ao principal pleito
das distribuidoras de energia: a redução das alíquotas de PIS e Cofins,
duas contribuições federais, que elevam as tarifas do setor. A proposta,
disse o deputado, implicaria queda de R$ 3 bilhões na arrecadação. A alternativa,
afirmou, será adotar outras medidas de compensação, a serem implementadas
de forma gradual. O consumo familiar seria um dos alvos, assim como empresas
de energia que ingressaram no setor antes das mudanças promovidas pelo
governo Lula. (Folha de São Paulo - 15.07.2005) 2 Programa Nacional de Combate ao Furto de Energia terá início no RJ O Estado
do Rio de Janeiro será o ponto de partida, a partir da segunda-feira (18/07),
do Programa Nacional de Combate ao Furto de Energia, iniciativa conjunta
das secretarias estaduais de Energia, Indústria Naval e Petróleo e de
Segurança Pública, além da Aneel e as concessionárias Light e Ampla. O
prejuízo causado pelos furtos na arrecadação de ICMS é estimado em cerca
de R$ 100 milhões. Duzentos policiais civis passarão por um curso para
intensificar as ações de repressão aos furtos. As ações começarão em São
Gonçalo, onde alguns bairros chegam a registrar acima de 50% de desvio
da energia dos cabos das ruas para as casas. A fiscalização se estenderá
aos estabelecimentos comerciais e indústrias. (Jornal do Commercio - 15.07.2005)
3 Proposta que prevê antecipação de metas de universalização vai à audiência pública A Aneel
vai apresentar em audiência pública proposta que estabelece as condições
para a revisão dos Planos de Universalização de Energia Elétrica, com
o objetivo de antecipar as metas de atendimento aos consumidores rurais
inseridas no Programa Luz para Todos. A audiência pública será realizada
em Brasília no mês de agosto para receber sugestões dos participantes.
A proposta de resolução submetida à audiência pública sugere a antecipação,
para 2008, do prazo máximo para o atendimento pleno das unidades consumidoras
urbanas e rurais que não têm acesso aos serviços de energia elétrica.
Para que isso ocorra, será necessária a revisão dos Planos de Universalização
de Energia Elétrica das concessionárias de distribuição que assinaram
ou venham a assinar os termos de compromisso do Programa Luz Para Todos,
no período compreendido entre 1º de janeiro deste ano e 31 de dezembro
de 2008. A partir de 1º de janeiro de 2009, as novas ligações no campo
e na cidade seriam atendidas de forma imediata, respeitados os prazos
previstos na Resolução Aneel n° 456/00. (Aneel - 14.07.2005) 4
Congresso autoriza implantação de Belo Monte A construção
da linha de transmissão Tucuruí-Manaus, orçada em US$ 400 milhões, tem
sido combatida pelo Ministério do Meio Ambiente. O traçado da linha é
criticado pela ministra Marina Silva, pois a rede se estende por 1,2 mil
km da Floresta Amazônica. (Relatório Reservado - 15.07.2005)
Empresas 1 Light deve oficializar entrada no Novo Mercado da Bovespa no final de julho A Light
vai entrar no Novo Mercado da Bovespa, cumprindo exigência da linha de
capitalização do BNDES. A cerimônia deve ocorrer dia 28 de julho, conforme
acertos ainda em curso entre a empresa e a bolsa paulista. Na ocasião,
a distribuidora carioca não vai fazer lançamento de ações, mas apenas
passar a negociar seus papéis nesse novo nível de negócios da bolsa, informou
seu diretor Paulo Roberto Ribeiro Pinto. O contrato com a Bovespa será
aprovado em assembléia extraordinária do dia 20 de julho. Antes de entrar
no novo mercado da Bovespa, a Light vai proceder uma operação de subscrição
de capital da sua controladora, a EDF, referente a um mútuo (dívida da
controlada) de US$ 400 milhões. Feito isto, o BNDES compra R$ 727 milhões
ou o equivalente a US$ 314 milhões em debêntures conversíveis em ações.
Ribeiro Pinto disse que é muito importante resolver esta questão da dívida.
O diretor de infra-estrutura do banco, Demian Fioca, disse que a capitalização
do mútuo é condição prévia para o BNDES aportar o recurso financeiro,
mas ainda sob a modalidade de debêntures, renda fixa. Fioca considera
que a entrada no Novo Mercado "contribui para a crescente transparência
e governança da empresa". (Valor - 15.07.2005) 2 Justiça dá decisão favorável para Light cortar energia de consumidor inadimplente O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu decisão favorável à Light, em segunda instância, que permite o corte de energia de consumidores inadimplentes, além da inclusão do nome do devedor em cadastros de crédito. A decisão derruba uma liminar fruto de uma ação civil pública movida pela Associação do Consumidor Carioca, impetrada em 2002. (Canal Energia - 14.07.2005) 3 Portuguesa EDP quer parceria com Furnas A Energias
do Brasil, do grupo português EDP, pretende fechar acordo com uma das
empresas da Eletrobrás para o leilão de energia relativa a novos empreendimentos.
"Vamos avançar na parceria com Furnas para disputar três ou quatro projetos
no leilão do final do ano", afirmou o presidente da companhia, António
Martins da Costa. Segundo ele, a Energias do Brasil e Furnas já têm acordo
na construção da usina hidrelétrica de Peixe Angical, no rio Tocantins,
que deve iniciar as operações em maio de 2006. Costa não revelou quais
projetos a empresa tem interesse no leilão, mas fontes do mercado dizem
que o grupo planeja disputar a hidrelétrica de Ipueiras (Tocantins) e
Mirador (Goiás). "Nunca dissemos que queremos disputar o projeto A ou
B, o que importa é o conceito: vamos investir em geração", disse. "Vamos
estudar também outras alternativas de investimentos, além do leilão de
energia nova". (Elétrica - 14.07.2005) 4
Energias do Brasil investe R$ 40 mi em usina 5 Justiça Federal nega novo recurso da Celpe para retomar reajuste de 24,43% A 4ª Turma
do Tribunal Regional Federal da 5ª Região negou provimento ao agravo regimental
da Celpe (PE) contra a decisão do desembargador federal Marcelo Navarro,
que concedeu liminar limitando o reajuste tarifário da distribuidora em
7,4%. Com a decisão, a distribuidora ainda não pode aplicar o índice de
24,43% homologado pela Aneel no final de abril. O colegiado entendeu que
a suspensão do reajuste "não quebrará a companhia nem inviabilizará a
prestação de serviços", a exemplo do ocorrido em outras companhias que
tiveram os reajustes limitados. (Canal Energia - 14.07.2005) 6 Cteep prepara licitação para ampliar subestação de Santa Bárbara D'Oeste A Transmissão
Paulista iniciou os preparativos para a licitação das obras de ampliação
da subestação Santa Bárbara D'Oeste, no município de mesmo nome em São
Paulo. A empresa informou que aguardava apenas a resolução da Aneel -
publicada na última terça-feira, 12 de julho - para começar a cotação
de preços no mercado para formatar o edital do processo. Segundo a resolução
da Aneel, a Cteep terá até 31 de dezembro de 2006 para iniciar a operação
comercial da unidade. A Aneel estabeleceu ainda o valor total de R$ 5,441
milhões para as parcelas da Receita Anual Permitida (RAP) da empresa,
para os primeiros 15 anos da prestação do serviço, e de R$ 2,72 milhões,
para os 15 anos seguintes, a partir do início da operação comercial. (Canal
Energia - 14.07.2005) 7 Aneel fixa quotas de RGR para quatro concessionárias A Aneel
fixou os valores das quotas anuais da Reserva Global de Reversão referentes
aos períodos de exercício do ano de 2003 e entre agosto de 2005 a julho
de 2006 da Celpa, Escelsa, Celesc e Iguaçu Distribuidora de Energia. Em
relação a 2003, será devolvido à Celpa e à Escelsa cerca de R$ 1 milhão
para cada empresa. Já a Celesc e a Iguaçu terão que pagar R$ 1,5 milhão
e R$ 4 mil, respectivamente. Para o período entre agosto de 2005 e julho
de 2006, as concessionárias deverão pagar o valor total de R$ 46,1 milhões,
sendo R$ R$ 14 milhões para a Celpa; R$ 14,3 milhões para a Escelsa; R$
17,8 milhões para a Celesc; e R$ 52,9 mil para a Iguaçu Energia. Todos
os valores deverão ser recolhidos em 12 parcelas mensais iguais e sucessivas
a partir do dia 15 de setembro de 2005. (Canal Energia - 14.07.2005) 8 Aneel promove audiências para revisão tarifária da Cepisa, Cemar, Saelpa e Ceal A Aneel promoverá quatro audiências públicas em capitais do Nordeste até o final deste mês para apresentar processos de revisão tarifária com índices preliminares para as empresas Cepisa, Cemar, Saelpa e Ceal. Na próxima semana, haverá audiência pública na quinta-feira (21/07) em Teresina, Piauí, sobre a revisão tarifária da Cepisa. No dia seguinte (22/07), a reunião ocorrerá em São Luís, no Maranhão, onde será debatido o processo relativo à Cemar. Na última semana do mês, as audiências serão realizadas em João Pessoa, na Paraíba, no dia 27, e em Maceió, Alagoas, no dia 28, para a apresentação dos processos das empresas Saelpa e Ceal, respectivamente. (Aneel - 14.07.2005) No pregão do dia 14-07-2005, o IBOVESPA fechou a 25.919,95 pontos, representando uma alta de 0,25% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,18 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,68%, fechando a 7.940,53 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 92,8 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 33,50 ON e R$ 30,55 PNB, alta de 1,82% e 1,63% respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 5,4 milhões as ON e R$ 22,4 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 24% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 15-07-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 32,50 as ações ON, baixa de 2,99% em relação ao dia anterior e R$ 30,20 as ações PNB, baixa de 1,15% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 15.07.2005) A Cemig vai construir com a paulista Alusa uma linha de transmissão de energia elétrica entre as cidades de Charrua e Temuco, no Chile. O investimento na obra que será iniciada nos próximos meses é de US$ 60 milhões, informou a Cemig em um comunicado. (Elétrica - 14.07.2005) A CEEE inaugura nesta sexta-feira (15/07) a subestação Tapera 2, no município gaúcho de mesmo nome, que atenderá 17 cidades do entorno, segundo informou a secretária de Minas, Energia e Comunicações do governo do Rio Grande do Sul.. O investimento da CEEE foi de R$ 7,135 milhões. (Canal Energia - 14.07.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Desligamento de linha reduz fornecimento de energia para o NE O fornecimento
de energia para a região Nordeste está reduzido desde às 6:30 horas desta
quinta-feira, 14 de julho, devido ao desligamento automático da linha
de transmissão Teresina 2/Sobral 3, em 500 kV, da Chesf. A causa da interrupção
da operação do equipamento, segundo o ONS, foi a atuação do relé de gás
da fase B do reator número 1 da linha, localizada na subestação em Sobral
(CE). A previsão do ONS é que o retorno da LT ocorra às 16 horas de hoje.
Além de reduzir o recebimento de energia pela região Nordeste, o operador
nacional solicitou a geração de 200 MW através da termelétrica S.C. Jereissati,
no Ceará, visando manter a confiabilidade na interligação das duas regiões
e no atendimento às cargas da área Norte da região Nordeste, especialmente
para a região de Fortaleza. (Canal Energia - 14.07.2005) 2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram capacidade de 80,7% O submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 80,7% de volume armazenado em seus reservatórios. As hidrelétricas Emborcação e Furnas operam com 85,3% e 96,6% de capacidade, respectivamente. (NUCA-IE-UFRJ - 15.07.2005) 3 Nível dos reservatórios do Sul está em 89,7% O submercado
Sul opera com capacidade de 89,7% em seus reservatórios. A hidrelétrica
G. B. Munhoz registra 88,3% de volume armazenado. (NUCA-IE-UFRJ - 15.07.2005)
4 Nordeste opera com capacidade de 88,3% em seus reservatórios O índice
de armazenamento do submercado Nordeste está em 88,3%. A hidrelétrica
de Sobradinho apresenta 87,6% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 15.07.2005)
5 Reservatórios do Norte operam com capacidade de 90,3% O nível
dos reservatórios do submercado Norte está em 90,3%. A hidrelétrica de
Tucuruí opera com capacidade de 93,6%. (NUCA-IE-UFRJ - 15.07.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras estuda licitação para Gasene A Petrobras está se preparando para lançar uma licitação internacional para construir os trechos Cabiúnas (RJ)-Vitória (ES) e o Cacimbas (ES)-Catú (BA) do Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene). A estatal tem promessa de financiamento do China Eximbank, e a chinesa Sinopec é a responsável pela engenharia, montagem e construção dos trechos. Quando o financiamento foi fechado, a Sinopec se associou a um consórcio integrado pelas empreiteiras Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht, OAS, Etesco e o consórcio GDK/Conduto, chamado Brasil Group, para tocar as obras. O Valor apurou que os chineses estão cobrando uma taxa de administração de 11% sobre o valor global da obra, aumentando muito os custos do financiamento. A companhia tem planos de construir sete gasodutos com 3,12 mil km de extensão para aumentar a oferta de gás natural, o que quase dobrará a atual malha brasileira. (Valor - 15.07.2005) 2 Governo do RJ negocia investimentos de cerca de US 1,5 bi para ativar cinco termelétricas O Estado
do Rio de Janeiro está próximo de receber, nos próximos anos, investimentos
de até US$ 1,5 bilhão para novos projetos de usinas termelétricas ou para
a reativação de empreendimentos parados. O valor seria referente a cinco
usinas que incrementariam em mais de 1.300 MW a capacidade de geração.
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, mostrou-se
otimista com as negociações que vem tendo para a reativação dos projetos
referentes às termelétricas em Paracambi, da EDF, com capacidade de geração
de 480 MW, e da El Paso, com geração máxima de 280 MW, e em Resende, a
cargo da Tractebel, com geração de 480 MW. O secretário vem negociando
também com Furnas a reativação da usina termelétrica de São Gonçalo, com
capacidade para 20 MW, e a ampliação da usina Roberto Silveira, em Campos,
de 30 MW para 110 MW de capacidade. Os dois projetos foram enquadrados
no programa de incentivos fiscais do Governo. (Jornal do Commercio - 15.07.2005)
Grandes Consumidores 1 Braskem investe R$ 2,5 mi em dois projetos A Braskem,
petroquímica que possui seu pólo integrado na cidade de Camaçari, na Bahia,
anunciou que vai investir R$ 2,5 milhões em dois projetos: o EcoBraskem
e o Zoneamento Hídrico da região. Os projetos têm como objetivo principal
melhorar a gestão de recursos hídricos na região de influência do Pólo
Petroquímico de Camaçari. O pólo petroquímico de Camaçari consiste em
uma grande central petroquímica na qual são fracionados derivados de petróleo.
Em volta dessa central estão empresas de segunda geração, que consomem
estes insumos para o processamento de resinas plásticas ou outros insumos
para a indústria química. (Gazeta Mercantil - 15.07.2005) 2 CVRD já tem alternativa caso perca disputa no Cade A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) já possui uma nova estratégia caso perca no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o direito ao excedente da produção
da mina Casa de Pedra destinado ao mercado interno. Segundo o advogado
da CVRD, José del Chiaro, a companhia vai propor que o montante seja vendido
a terceiros, com prioridade para siderúrgicas nacionais. "Na nossa avaliação,
o mais justo seria oferecer o excedente voltado ao mercado interno a uma
terceira empresa, já que a requerente do processo (CSN) assinou um contrato,
mas agora quer alterá-lo. A oferta deveria ser prioritária a empresas
brasileiras, o que garantiria a manutenção da concorrência", defende Del
Chiaro. O advogado adiantou que a escolha das empresas deve ser um consenso
entre Vale do Rio Doce e CSN junto ao Cade. (Jornal do Brasil - 15.07.2005)
3 Mongólia vai facilitar atuação da Vale A Mongólia
deverá permitir que mineradoras como a Cia. Vale do Rio Doce e a Ivanhoe
Mines Ltd., que pretendem explorar reservas no deserto de Góbi, obtenham
energia elétrica da China para facilitar o início de suas operações de
mineração. O governo mongol quer que as empresas que negociam direitos
de exploração de carvão e cobre utilizem fontes de energia elétrica da
Mongólia que ainda serão construídas. Os depósitos mongóis podem vir a
produzir US$ 1 bilhão em minerais por ano, estima a empresa de consultoria
Mine-Info Inc. Somente o depósito de carvão de Tavan Tolgoi detém 6 bilhões
de toneladas. "Estamos oferecendo às empresas a opção de comprar eletricidade
gerada na Mongólia, mas, por um determinado período, possivelmente aceitaremos
que os projetos adquiriram energia elétrica da China", disse Gund Dugar
Jargalsaikhan. (Gazeta Mercantil - 15.07.2005)
Economia Brasileira 1 FMI destaca forte ambiente econômico e institucional no Brasil O FMI divulgou nota na qual congratula o Brasil pela antecipação do pagamento de US$ 5,12 bilhões à instituição, conforme anunciou ontem o Ministério da Fazenda. O diretor gerente do FMI, Rodrigo de Rato, elogiou as autoridades brasileiras pelas conquistas econômicas nos últimos anos e destacou que "a capacidade do Brasil de repagar as suas obrigações antes do programado reflete o forte ambiente macroeconômico e institucional em curso e uma posição de balanço de pagamento que está muito mais forte do que o anteriormente projetado, em grande parte refletindo um desempenho impressionante das exportações". Segundo Rato, as políticas econômicas sólidas e as reformas "reduziram significativamente as vulnerabilidades econômicas e aumentaram a confiança na economia". (O Estado de São Paulo - 15.07.2005) 2 Mercado prevê que Selic vai ficar estável Apesar da forte desaceleração dos índices de inflação nas últimas semanas, a aposta mais firme do mercado financeiro é de que o Copom manterá a taxa Selic em 19,75% pelo terceiro mês consecutivo, em sua reunião mensal da próxima quarta-feira. Entre 12 analistas consultados pelo Valor, 9 acreditam na estabilidade do juro e apenas três esperam uma redução da taxa - e assim mesmo de 0,25 ponto percentual. Há quem explique que a tendência é de o governo não mexer em nada por enquanto - nem na cúpula do BC nem na política monetária - para não ser acusado de usar os juros para abafar a crise política. Além disso, seria preciso um pouco mais de tempo para se consolidar a tendência de recuo da inflação. (Valor - 15.07.2005) 3
IBGE: Folha de pagamento da indústria volta a crescer em maio 4 IBGE: Emprego industrial fica estável em maio O nível
de emprego na indústria nacional ficou estável em maio, comparativamente
ao mês anterior, em termos dessazonalizados. O número faz parte da Pesquisa
Industrial Mensal de Empregos e Salários divulgada pelo IBGE. Relativamente
a maio de 2004, o nível de emprego industrial apontou expansão de 2%,
o 15º mês seguido de resultado positivo. As admissões superaram as demissões
em dez dos 18 setores pesquisados, com destaque para os setores de alimentos
e bebidas e meios de transporte. Os segmentos de calçados e couro, madeira
e vestuário exerceram as pressões de baixa mais significativas. Nos cinco
primeiros meses, o aumento foi de 2,6% perante o mesmo intervalo de 2004.
No acumulado dos 12 meses encerrados em maio, o indicador do emprego na
indústria nacional mostrou avanço de 2,9%, maior taxa desde novembro de
2002. (Valor - 15.07.2005) 5 IGP-10 registra deflação de 0,37% em julho O IGP-10
registrou deflação de 0,37% em julho, segundo dados divulgados pela FGV.
Em junho, a taxa apresentara deflação de 0,41%. No ano, o IGP-10 acumula
alta de 1,8% e nos últimos 12 meses, de 5,86%. A deflação apurada pelo
IGP-10 foi maior que o esperado pelos analistas e pode reforçar a tese
de que o Copom precisa preparar a queda dos juros básicos da economia,
antes que se instale um processo recessivo. Dos dos três índices que compõem
o IGP-10, o IPA foi o que registrou a maior contribuição para o resultado
de julho, passando de -1,10% para -0,64%. Já o IPC passou de variação
positiva de 0,51% para deflação de 0,04%. O INCC apresentou variação de
0,64%, contra 2,21% do mês de junho. (O Globo Online - 15.07.2005) O mercado financeiro brasileiro tem uma manhã de números negativos, gerados principalmente pelos novos desdobramentos da crise política. Às 11h12m, o dólar à vista subia 0,29%, cotado a R$ 2,341 na compra e R$ 2,343 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,80%, a R$ 2,3340 para compra e R$ 2,3360 para venda, na mínima do dia. (O Globo Online e Valor Online - 15.07.2005)
Internacional 1 Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Peru planejam companhia multinacional de gás Os governos
do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Peru acertaram os ponteiros para
a criação de uma companhia multinacional voltada para o setor de gás.
A empresa será responsável pelo transporte do produto que sairá da reserva
de Camisea, no Peru, passará por terras chilenas, argentinas e uruguaias
e, por fim, chegará ao Brasil. O projeto será um hedge - ainda que tardio
- à nova regulamentação para exploração do gás boliviano, que praticamente
inviabilizou investimentos de maior monta no país. A nova companhia terá
como acionistas empresas estatais e privadas dos cinco países fundadores.
Nenhuma delas terá participação majoritária. Todos aprenderam a lição
do modelo adotado nas operadoras do Gasoduto Bolívia-Brasil, que virou
um paiol de conflitos de interesse. O capital da nova transportadora deverá
reunir a Gaspetro, as argentinas Pluspetrol, Techint e Enarsa, a coreana
SK, a espanhola Repsol, a uruguaia Ancap, Shell e BG. Cada trecho do anel
de gasodutos terá um operador específico. (Relatório Reservado - 15.07.2005)
2 Companhia multinacional de gás está orçada em US$ 2,5 bi O projeto
dos governos do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Peru para a criação
de uma companhia multinacional voltada para o setor de gás, orçado em
US$ 2,5 bilhões, contará com financiamento do BID, BNDES e de um sindicato
de bancos internacionais. Os aportes dos sócios vão representar cerca
de 40%. Gaspetro, Repsol e Techint deverão entrar com US$ 1 bilhão. As
três companhias têm muito a perder com o aumento do custo na produção
de gás boliviano. Gaspetro e Repsol sofrem com a alta exposure no país.
Já a fabricante de tubos Techint, controladora da Confab, precisa estimular
novos projetos em gás para compensar a queda dos investimentos na Bolívia.
Mas nem tudo são flores e diplomacia nas conversações para a criação da
empresa. Peru e Argentina defendem que a Bolívia seja incluída no projeto.
O governo brasileiro lidera o bloco do contra, seguido, mais timidamente,
por Uruguai e Chile. O Brasil só aceita a presença boliviana caso o país
promova alterações na Lei de Hidrocarbonetos, principalmente na regra
que alterou de 38% para 50% a carga tributária do setor. (Relatório Reservado
- 15.07.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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