l IFE:
nº 1.605 - 30 de junho de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Produtores independentes querem entrar na Justiça contra a Aneel A Associação
Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape)
- que representa gigantes como Vale do Rio Doce, CSN e Alcoa - pretende
entrar com ação judicial contra a Aneel a fim de obter a redução de encargos
cobrados dos autoprodutores. Segundo o diretor-presidente da Abiape, Mário
Menel, o objetivo é agilizar, por meio de liminar, o fim da cobrança de
alguns encargos setoriais. Na mira, a Conta de Desenvolvimento Energético,
a Conta Proinfa e a Conta Consumo de Combustíveis, além da cobrança de
perdas comerciais. Segundo Menel, a Aneel já reconheceu o pleito, emitiu
nota técnica e realizou audiência pública sobre o tema, mas ainda não
emitiu nenhuma resolução. (Elétrica - 29.06.2005) 2 Audiências públicas debatem construção de usinas no RS Duas audiências
públicas vão debater a construção de duas usinas hidrelétricas na região
das Missões (RS). As audiências terão a apresentação do Estudo de Impacto
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental das usinas Passo São João, com
77 MW de potência instalada, e São José, com 51 MW. Após cumprida esta
etapa, os dois empreendimentos estarão aptos a receber a Licença Prévia
de Instalação da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente. O investimento
estimado para a construção das usinas é de R$ 350 milhões. (Elétrica -
29.06.2005) 3 RS terá 10% da demanda de energia atendida por fontes renováveis em 2010 O Rio Grande
do Sul deverá ter 10% da demanda de energia atendida por fontes renováveis
até 2010, anunciou o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações,
Valdir Andres. O secretário disse que entram na conta a geração eólica,
de biomassa e de PCHs. Para atingir a meta, o estado conta com o lançamento
da segunda fase do Proinfa, prevista para 2006. Hoje, a participação das
fontes renováveis na geração de energia no RS é de 3%. (Elétrica - 29.06.2005)
4
Curtas
Empresas 1 BNDES acerta plano de reestruturação com a Light A adesão
da Light ao programa de reestruturação das distribuidoras montada pelo
do BNDES foi aprovada ontem. O banco vai subscrever R$ 727,26 milhões
em debêntures conversíveis em ações da distribuidora sediada no Rio. O
empréstimo terá prazo de 10 anos para pagamento, com 4 anos de carência
para o principal, corrigidos pela TJLP mais 4% ao ano. Mas foram impostas
à operação várias condições adicionais àquelas fixadas no programa quando
ele foi lançado em 2003. Antes o BNDES condicionava sua entrada no capital
das distribuidoras (limitado a 30% das ações) à renegociação da dívida
de curto prazo com bancos credores - R$ 1,7 bilhão no caso da Light -
e à conversão de R$ 1,1 bilhão de créditos da EDF, sua controladora, em
ações da companhia. Foi mantida a exigência de que suas ações sejam listadas
no nível 2 do Novo Mercado da Bovespa em até três anos e meio (42 meses),
o que implica ter no mínimo 25% de seu capital acionário pulverizados
no mercado. Se atrasar a adesão ao Novo Mercado, o banco cobrará juros
corrigidos pela TJLP mais 12%. O programa original previa ainda que o
BNDES faria uma capitalização de 30% caso as distribuidoras conseguissem
negociar um alongamento de 30% com credores, sendo que a capitalização
do BNDES estaria limitada a um teto de 50%. Agora, não existe limite para
a capitalização do BNDES. Mas, para converter até 50% das debêntures em
ações o banco exige uma injeção de capital novo pelo acionista e a adoção
de um programa de redução de perdas de energia. (Valor - 30.06.2005) 2 BNDES terá que aprovar qualquer mudança no controle acionário da Light Outro cuidado do BNDES na costura desse plano de reestruturação com a Light foi o de que o banco terá que aprovar qualquer mudança no controle acionário da Light, o que significa que a empresa não poderá ser vendida pela EDF sem sua aprovação. Caso isso ocorra, o BNDES poderá exigir o pagamento antecipado das debêntures. Os recursos aportados também terão de ser utilizados imediatamente no pagamento de dívidas que somam R$ 350 milhões com o sistema Eletrobrás. Não pode ser usado também na quitação de dívidas financeiras. A Light tem perdas de 24%, os maiores níveis registrados no país. Pelo acordo fechado ontem, para cada novo R$ 1 que o controlador capitalizar na Light, o BNDES entra com outros R$ 2. Pelos cálculos do diretor de relações institucionais da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, por essa regra seria necessária uma capitalização de aproximadamente US$ 90 milhões pela EDF para que o BNDES converta US$ 180 milhões, valor equivalentes a 50% de debêntures em ações, na relação de um para dois. (Valor - 30.06.2005) 3 BNDES converterá debêntures em ações em troca da redução no índice de perdas da Light O acordo
firmado ontem também prevê que para cada 1% de redução no índice de perdas
de energia que a Light obtenha (seja por furto ou problemas operacionais),
o banco converterá 15% das debêntures em ações da Light. Essa proporção
equivale a uma conversão de R$ 109,05 milhões em capital para cada 1%
de melhoria operacional. Até o limite de 50%, o BNDES está obrigado a
converter suas debêntures em caso de cumprimento das condições pela Light.
Acima desse percentual, a conversão fica a critério do banco, explicou
o vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca. "Se converter a totalidade
da emissão, o banco ficaria com cerca de 30% do capital da Light", afirmou.
(Valor - 30.06.2005) 4
Negociação para salvar a Light envolveu governo do RJ 5 Light: um dos desafios é reduzir nível de perdas com furtos de energia Para o presidente
da Light, Jean-Pierre Bell, um dos desafios da Light é reduzir em 1%,
por ano, o nível de perdas, como consta do programa de capitalização do
BNDES e já fazia parte do seu plano de ação. Bell comentou que "conseguir
este nível de redução num mercado com o do Rio de Janeiro será muito signifitivo".
A empresa registra atualmente um índice de desvios de 24%, sendo 7% de
perdas técnicas e 17% de perdas comerciais. (Canal Energia - 29.06.2005)
6 Presidente da Light espera reversão de prejuízo em 2005 Segundo
o presidente da Light, Jean-Pierre Bell, a expectativa para este ano é
de bons resultados financeiros, revertendo um período de sete anos de
prejuízos. A Light encerrou o exercício de 2004 com prejuízo de R$ 93
milhões, contra os R$ 400 milhões negativos de 2003. (Canal Energia -
29.06.2005) 7 Copel foi salva da falência, diz presidente da estatal O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, disse ontem que a estatal estava fadada ao
fracasso financeiro até outubro de 2003 se fossem mantidos todos os contratos
e as parcerias firmadas durante a administração do ex-presidente Ingo
Hubert. "Sabíamos que a empresa não passaria de outubro de 2003. Renegociamos
os contratos e conseguimos manter a Copel economicamente estável. A Copel
foi salva da insolvência pela pronta intervenção do governo do Estado",
disse Ghilardi. Se não fossem feitas as renegociações, de acordo com Ghilardi,
a companhia teria encerrado o ano com prejuízo de R$ 475 milhões. Com
a renegociação de três contratos que impunham a compra desnecessária de
energia pela Copel, a empresa fechou com lucro de R$ 171 milhões em dezembro
de 2003. Os contratos renegociados foram: Cien (que determinava a compra
de energia da Argentina) e Itiquira (que impunha a compra de energia da
usina do Mato Grosso). Os dois contratos dariam prejuízo de R$ 2,18 bilhões
ao Paraná. (Elétrica - 29.06.2005) 8 Copel avalia presença em negócios A Copel já se desfez de negócios em três empreendimentos: a comercializadora Tradener, na qual participava com 40%, o provedor Onda, em que detinha 32,4%, e a usina de Campos Novos (SC), na qual a participação era 16,7%. A estatal paranaense ainda possui ativos nas empresas Braspower (49%), Escoelectric (40%), Amec (48%), UEG Araucária (20%), Carbocampel (49%), Dona Francisca Energética (23%), Centrais Eólicas do Paraná (30%), Sanepar (5%), Sercomtel (45%) e Compagás (51%). A companhia ainda pretende aumentar a presença em negócios considerados estratégicos. É o caso da operação realizada na Centrais Elétricas do Rio Jordão (Elejor), empreendimento no qual a companhia aumentou sua presença de 30% para 70%. Entre os estudos mais avançados está o que avalia a participação que a Copel tem na usina Foz do Chopim (Foz do Chopim Energética). A estatal possui 35,73% do capital. O controle pertence à DM Participações, com 64,23%. (Gazeta Mercantil - 30.06.2005) 9 Eletrosul analisa possibilidade de investir em energia de fontes renováveis A Eletrosul está acompanhando o desenvolvimento do mercado de geração de energia por fontes alternativas. Ronaldo Custódio, diretor técnico da estatal, contou que opções de investimento estão sendo analisadas, mas, no entanto, ainda é cedo para dizer quando os projetos serão apresentados. Uma das condições é a abertura da segunda chamada do Proinfa. "A Eletrosul está se preparando, no momento, para o leilão de energia nova e, por isso, qualquer outro investimento em geração ficará para uma segunda oportunidade", afirmou. A empresa tem interesse em algumas das 17 usinas que serão oferecidas. Sobre o segmento de energia renovável, o executivo disse que os projetos eólicos ou de energia solar só são viáveis com programas como o Proinfa, pois eles amenizam a diferença do custo do MW. De acordo com Custódio uma das vantagens do investimento é o impacto sócio-ambiental reduzido dos projetos. (Canal Energia - 29.06.2005) 10 CEEE pode pedir prorrogação do prazo para conclusão do processo de desverticalização A CEEE deve
pedir a Aneel a prorrogação do prazo para concluir a desverticalização
das atividades de geração, transmissão e distribuição, previsto para terminar
no dia 15 de setembro deste ano. A empresa fez há trinta dias uma consulta
à Aneel para saber as conseqüências do pedido de adiamento do processo
de cisão. O presidente da CEEE, Antônio Carlos Brittes, explica que a
lei 10.848 permite a ampliação do prazo, que pode chegar a mais 18 meses.
Brittes diz que, por enquanto, a empresa ainda trabalha com o prazo de
15 de setembro para conclusão da desverticalização, e que, por isso, ainda
não sabe quando oficializará o pedido de prorrogação. (Canal Energia -
29.06.2005) 11 Fipecafi conclui avaliação sobre valores de mercado de ações preferências da Cteep e da Emae A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Contábeis Administrativas e Financeiras (Fipecafi) concluiu a avaliação a cerca do valor de mercado das ações preferenciais da Cteep e ordinárias da Emae. O trabalho faz parte do processo de aumento de capital da Cesp, no montante de R$ 120 milhões. De acordo com o laudo da Fipecafi, as ações PN da Cteep foram avaliadas ao preço de R$ 19,96 por lote de mil ações. O valor baseia-se no comportamento das cotações dos papéis na Bovespa nos pregões de 60 dias antes do dia 20 de junho. Segundo o laudo, as ações ON da Emae foram avaliadas em R$ 5,38 por lote de mil ações, também considerando os pregões dos 60 dias anteriores ao dia 20 de junho de 2005. O preço dos papéis ON que serão emitidos pela Cesp no aumento de capital será apurado com base na média ponderada, pela quantidade de ações, das cotações médias das ações ON da empresa nos 90 pregões da Bovespa antes da data de inicio da subscrição. (Canal Energia - 29.06.2005) 12 CEB tem ratings colocados sob revisão pela Moody´s A Moody's
América Latina colocou sob revisão os ratings Ba3 na escala global em
moeda nacional e Baa1.br na escala nacional das debêntures emitidas pela
CEB, com vencimento no final de 2006. Segundo a Moody´s, a medida reflete
a deterioração dos índices financeiros da empresa devido à fraca recuperação
da venda de energia elétrica após o período de racionamento. A classificadora
destaca ainda as elevadas taxas de inadimplência e perdas de energia elétrica.
(Canal Energia - 29.06.2005) No pregão
do dia 29-06-2005, o IBOVESPA fechou a 25.126,36 pontos, representando
uma baixa de 0,53% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
743,8 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,55%, fechando a 7.767,89 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 61,1 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 33,10 ON e R$ 30,50 PNB, baixa de 3,22% e 2,93% respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 3,6 milhões as ON e R$ 12,9 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 21% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 30-06-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 33,30 as ações ON, alta de 0,60%
em relação ao dia anterior e R$ 30,75 as ações PNB, alta de 0,82% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 30.06.2005) A sede administrativa da Vasp, que fica próxima ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, está sem luz desde as 17h05 do dia 28/06. O fornecimento de energia foi interrompido pela Eletropaulo, por falta de pagamento. A Vasp deve à Eletropaulo um total de R$ 234 mil e tem faturas em aberto desde outubro do ano passado. (Elétrica - 29.06.2005) O Sistema Cataguazes-Leopoldina investirão R$ 2,58 milhões, até agosto de 2006, em projetos de pesquisa e desenvolvimento do ciclo 2004/2005. Segundo Eduardo Mantovani, responsável pelo comitê-técnico de P&D do grupo, os projetos selecionados terão aplicação prática e serão integrados às operações das distribuidoras conforme forem sendo concluídos. (Canal Energia - 29.06.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 82,7% de capacidade armazenada O índice
de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está
em 82,7%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente,
88,8% e 90,5% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 30.06.2005) 2 Nível dos reservatórios do Sul está em 93% Os reservatórios da região Sul apresentam 93% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 92,8%. (NUCA-IE-UFRJ - 30.06.2005) 3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 91,6% O Nordeste
apresenta 91,6% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina
de Sobradinho opera com 91,9% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 30.06.2005) 4 Região Norte apresenta 93,2% de volume armazenado O nível
dos reservatórios do Norte está em 93,2%. A usina de Tucuruí opera com
96,3% de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 30.06.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Mamona para biodiesel começa a ser reavaliada Definida pelo governo federal como prioridade no Programa Nacional de Biodiesel por seu potencial de expansão e sua capacidade de geração de empregos, a mamona perdeu o brilho inicial no projeto e sua utilização começa a ser reavaliada. Indústrias que aderiram ao programa questionam a competitividade da matéria-prima em relação a outras culturas como girassol e soja. E o próprio governo, diante dos mesmos questionamentos, decidiu restringir geograficamente a importância da mamona para o programa. Na revisão do projeto, em dezembro de 2004, o governo já incentivou a regionalização do mercado de biodiesel - com a produção da mamona concentrada no Nordeste, a de óleo de palma no Norte e a de soja no Centro-Sul. "A mamona é vista como parte importante do projeto, mas não como cultura prioritária ou exclusiva no programa", esclarece Arnoldo de Campos, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário na Comissão Executiva Interministerial e no Grupo Gestor do Biodiesel. Segundo ele, a expansão do plantio da mamona dependerá de políticas econômicas capazes de atrair investimentos e tornar viável a produção da oleaginosa até 2008, quando a mistura de biodiesel no diesel passará a ser obrigatória no país. (Valor - 30.06.2005) 2 CBIE: plantio de mamona precisa crescer 180% até 2008 Segundo
o Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), para atender à demanda
de biodiesel do Nordeste (estimada em 300 milhões de litros por ano),
o plantio de mamona precisa crescer 180% até 2008, enquanto a produção
de soja terá que aumentar 5% no período para atender à demanda do Centro-Sul.
"Além da necessidade de expandir o plantio, é preciso avaliar que o custo
do biodiesel de mamona é 50% mais caro que o diesel, enquanto o de soja
é 10% mais caro", calcula Rafael Schechtman, diretor do CBIE. (Valor -
30.06.2005) 3 Conab avalia a competitividade de outras sete culturas para biodiesel Levantamento
da Conab apontou que o biodiesel produzido a partir da mamona custaria
hoje R$ 1,4623 por litro, ante R$ 1,3537 do biodiesel de girassol e R$
1,03 do diesel comum. A pedido do governo, a Conab já avalia a competitividade
de outras sete culturas para biodiesel - algodão, amendoim, canola, milho,
nabo forrageiro, palma e soja. Segundo estimativa da Associação Brasileira
das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o preço do biodiesel de soja
seria hoje de R$ 1,31 por litro. "O governo discute a mamona como projeto
de inclusão social, mas quando a mistura do biodiesel for obrigatória
as diferenças de custo serão relevantes e o biodiesel de soja vai acabar
liderando o mercado", acredita Martha Helena de Macêdo, analista da Conab.
Ela observa, ainda, que existem problemas logísticos a serem superados.
(Valor - 30.06.2005) 4 Petrobras aponta entraves para utilização da mamona Paulo Kazuo
Amemya, gerente executivo de desenvolvimento energético da Petrobras,
diz que outro fator que tira a competitividade da mamona é a falta de
uso para "torta" - farelo que sobra do esmagamento e que corresponde a
60% da oleaginosa. Por ser tóxica, a "torta" não pode ser usada em ração
animal, como ocorre com o farelo de soja. A estatal está investindo cerca
de R$ 5 milhões em pesquisas para descobrir novos usos para a "torta"
de mamona para elevar a lucratividade do negócio. Mais um entrave apontado
por Amemya é a escassez de mamona e a concorrência que o biodiesel sofrerá
do mercado de óleos para a indústria farmacêutica, que paga em torno de
R$ 1 mil por tonelada de óleo de mamona, ante R$ 256 no caso do óleo de
soja, segundo a Conab. "O óleo de mamona tem alto valor agregado e é um
contra-senso usá-lo como combustível", diz Amemya. Segundo ele, a Petrobras
já estuda a adoção de matérias-primas como algodão e soja e negocia parcerias
para alavancar a produção de mamona. A Petrobras testa uma fábrica de
biodiesel de mamona em Guamaré (RN), que absorveu R$ 14 milhões e produz
400 litros por dia - volume que passará a 7,2 mil litros em julho. (Valor
- 30.06.2005) 5 Governo ainda avalia um novo pacote de incentivos para a produção da mamona Arnoldo de Campos, do Ministério de Desenvolvimento Agrário, diz que o governo federal avalia um novo pacote de incentivos para estimular a produção da mamona. Hoje, a empresa que produz biodiesel a partir da mamona do Nordeste recebe benefício fiscal de R$ 218 por milhão de litros. Se for produção de outras regiões, o benefício é de R$ 152,60. O Ministério também lançou no dia 6 uma linha do Pronaf de R$ 100 milhões para incentivar 38 mil famílias a plantar mamona no Nordeste. O programa já atende 17 mil famílias que plantam, além da mamona, palma, girassol e soja. (Valor - 30.06.2005) 6 Petrobras vai reavaliar os investimentos na Bolívia A tributação de 50% sobre a produção de gás e petróleo na Bolívia (32% de impostos aprovados na nova Lei de Hidrocarbonetos mais 18% de royalties) forçou a Petrobras a reavaliar investimentos no país, da ordem de US$ 850 milhões. O valor equivale à participação da companhia nos projetos de exploração e produção de gás, além da fatia da estatal brasileira no pólo petroquímico que estava sendo tocado em parceria com Brasken e Repsol. O diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou que os projetos da Bolívia perderão prioridade para empreendimentos em outros países. "Os recursos não foram cancelados nem haverá uma troca; o que existe é uma concorrência entre os projetos", afirmou o executivo. Cerveró explica que a carteira da estatal costuma colocar em ordem de rentabilidade cada empreendimento. Como o imposto quase triplicou, os projetos na Bolívia perdem rentabilidade e perdem posição para outros países. Cerveró esclarece que as instalações das companhia na Bolívia não estão sendo invadidas pelo exército daquele País. (Gazeta Mercantil - 30.06.2005) 7 Termopantanal entrega estudo e relatório de impacto ambiental A Termopantanal, usina da MPX, entregou na semana passada os estudo e relatório de impacto ambiental ao Ibama. A termelétrica, de 44 MW, será construída em Corumbá, Mato Grosso do Sul. O Ibama informou que audiências públicas sobre o empreendimento poderão ser requisitadas nos próximos 45 dias. (Canal Energia - 29.06.2005)
Grandes Consumidores 1 Klabin busca valorizar a unidade de embalagens Chegará
à República Tcheca, em breve, vinho brasileiro embalado em caixas especiais
de papelão. E a novidade irá depois para a Polônia e Rússia. Conhecida
como "bag in box", a embalagem possui uma bolsa plástica no interior de
uma caixa de papelão ondulado. Produzida para a vinícola Miolo, o produto
da Klabin é apenas uma das apostas para tentar fugir do papelão comum.
Depois da reestruturação que eliminou três dos seus sete negócios em 2003,
a fabricante vem buscando valorizar a unidade de embalagens, que usa o
papelão ondulado como matéria-prima. "Nossa caixa de papelão não é a mais
barata do país e nem queremos que seja", disse o diretor comercial da
divisão de embalagens da Klabin, Carlos Alberto Masili. "Mas o cliente
começa a entender e valorizar nossas diferenças." A transformação da unidade,
segundo Masili, fez com que o volume de vendas de papelão ondulado da
Klabin já subissem 10% nos primeiros cinco meses deste ano enquanto o
mercado avançou cerca de 3% no mesmo período. Embora não seja a principal
prioridade dos investimentos da empresa - a divisão de papéis deve consumir
US$ 500 milhões para duplicar a capacidade de produção nos próximos anos
-, a área de embalagens leva boa soma dos recursos em inovação da empresa.
(Valor - 30.06.2005)
Economia Brasileira 1 BC eleva previsão de inflação para este ano e reduz de crescimento do PIB O BC elevou a previsão de inflação medida pelo IPCA, indicador usado no sistema de metas do governo, para 2005 e reduziu para 2006. De acordo com o relatório trimestral de inflação, a projeção para 2005 subiu de 5,5% - do relatório de março - para 5,8% em junho, acima portanto da meta ajustada para o ano, que é de 5,1%. De acordo com o relatório, o "crescimento de 0,3 ponto percentual resultou primordialmente da inflação de março a maio ter sido acima do previsto na época e da revisão para cima dos preços administrados para 2005, que mais do que compensou os efeitos do aumento dos juros reais e da apreciação cambial sobre a projeção de inflação". A previsão para inflação de 2006 caiu de 3,8% para 3,7%. Para este ano, a projeção de crescimento do PIB foi reduzida de 4% para 3,4%. (O Globo Online - 30.06.2005) 2 IBGE: PIB brasileiro somou R$ 438,6 bi no primeiro trimestre O PIB brasileiro somou R$ 438,6 bilhões no primeiro trimestre, segundo dados divulgados pelo IBGE. No primeiro trimestre do ano passado, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país havia ficado em R$ 395,7 bilhões. O crescimento do PIB no primeiro trimestre, divulgado há cerca de um mês, foi de 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O resultado representa a menor taxa de crescimento desde o segundo trimestre de 2003, quando houve expansão de 0,1%. A análise sob a ótica da produção mostrou que somente a agropecuária teve desempenho positivo no início deste ano. A indústria, uma das alavancas do crescimento da economia em 2004, chegou a ter queda de 1%. O aperto monetário promovido pelo BC surtiu efeito na atividade econômica e os investimentos tiveram queda de 3%. Sob a ótica da demanda, somente as exportações mantiveram desempenho positivo apesar da taxa de câmbio menos favorável aos exportadores. (Folha Online - 30.06.2005) 3
Indústria de SP reduz ritmo de expansão da produção em maio 4 Uso da capacidade na indústria de SP sobe para 81,1% em maio O nível
de utilização da capacidade instalada da indústria paulista ficou em 81,1%
em maio, patamar superior aos 79,7% registrados em abril. Os números foram
informados hoje pela Fiesp e pelo Ciesp. Em maio, o setor que registrou
o maior índice de utilização da capacidade foi o de coque e refino de
petróleo, combustível nuclear e produção de álcool, com 97%. Em seguida
aparece o segmento de veículos automotores, com 90,1%. O terceiro maior
patamar foi verificado na indústria de celulose e papel (89,3%). A indústria
com o menor nível de uso da capacidade foi a de edição, impressão e reprodução
de gravações (70,7%), seguida do setor de material eletrônico e equipamentos
de comunicação (75,4%). (Valor Online - 30.06.2005) 5 Financiamento para máquinas cresce 135% O financiamento
do BNDES para a compra de máquinas e equipamentos por empresas, principalmente
de pequeno e médio portes, deve fechar o semestre com um crescimento de
135% sobre igual período em 2004. Apesar da desaceleração da economia
neste início do ano, está havendo um movimento de modernização e aumento
de produtividade, segundo o BNDES. De janeiro a junho, os desembolsos
para a compra de maquinário pela linha do Finame, que atua nas operações
chamadas "indiretas" (por meio de agentes financeiros, no limite de até
R$ 10 milhões), deverão fechar o semestre perto de R$ 2,6 bilhões, conforme
estimativa preliminar, acima dos R$ 1,1 bilhão no período em 2004. Estes
valores não incluem as operações feitas diretamente pelo banco, em valores
acima daquele teto, mais voltadas aos grandes projetos. (Jornal do Commercio
- 30.06.2005) Contrariando as estimativas iniciais, o dólar à vista inverteu a tendência de baixa com que vinha operando e passou a registrar leve apreciação nesta manhã, em virtude de uma notícia sobre o Tesouro Nacional. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua, afirmou que o Tesouro poderá comprar até US$ 9,497 bilhões este ano para cumprir compromissos externos. A estimativa anterior era de US$ 4,5 bilhões. Às 11h14m, o dólar subia 0,21% e era negociado por R$ 2,360 na compra e R$ 2,362 na venda.Ontem, o dólar comercial terminou com baixa de 0,42%, cotado a R$ 2,3550 para compra e a R$ 2,3570 para venda, no menor patamar desde o dia 22 de abril de 2002. (O Globo Online e Valor Online - 30.06.2005)
Internacional 1 Reator de fusão nuclear será construído na França Depois de
um ano e meio de impasse, os países-membro de um ambicioso projeto de
produção de energia por meio da fusão nuclear finalmente chegaram a um
acordo: vão construir seu reator em Cadarache, no sul da França, o Reator
Internacional Termonuclear Experimental deve levar pelo menos dez anos
para ficar pronto, com a promessa de produzir energia limpa em quantidades
ilimitadas. O principal dilema entre os países que integram o projeto
(União Européia, Estados Unidos, Japão, Rússia e Coréia do Sul) era a
candidatura japonesa. Tanto franceses quanto nipônicos se recusavam a
ceder. Ontem, no entanto, o Japão se comprometeu a acatar a candidatura
da França em troca de uma série de benefícios. Dos cerca de R$ 13 bilhões
necessários para construir o reator, 40% serão bancados pelos parceiros
europeus, e mais 10% virão da França. Cada um dos outros membros deve
contribuir com outros 10% dos custos de construção. No total, o projeto
deve custar cerca de US$ 12 bilhões. (Elétrica - 29.06.2005) 2 I Cúpula Energética de Chefes de Estado do Caribe tem início O presidente
da Venezuela, Hugo Chávez, inaugurou nesta quarta-feira (29/06) a I Cúpula
Energética de Chefes de Estado do Caribe, fazendo referências à integração
latino-americana e críticas ao esbanjamento de energia observado "no norte".
Ante os outros governantes que assistem à cúpula, entre eles o cubano
Fidel Castro e o dominicano Leonel Fernández, Chávez assegurou que a Venezuela,
o quinto maior exportador de petróleo do mundo, "quer compartilhar seu
potencial energético". O principal objetivo desta cúpula, da qual participam
representantes de 16 países, é a criação da organização Petrocaribe, uma
iniciativa venezuelana de integração energética que visa a diminuir as
seqüelas da alta do petróleo. A proposta venezuelana de integração energética
do Caribe inclui iniciativas para reduzir os custos do refino e do transporte.
Além dos presidentes de Venezuela, Cuba e República Dominicana, também
participam delegações de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize,
Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis,
São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago. (Elétrica - 29.06.2005)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|