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IFE: nº 1.603 - 28 de junho de 2005
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel discute proposta para aprimoramento de regras para comercialização
2 Aneel aprova alteração no cálculo dos índices de indisponibilidade
3 MME cria grupo de trabalho para analisar reflexos tarifários do Lua para Todos
4 Curtas

Empresas
1 Prisma Energy tenta consolidação no Brasil
2 Aneel autoriza Light a converter dívida com a EDF
3 Aneel diz que está comprometida a conceder revisão tarifária da Light
4 Eletrobras e Cemig firmam contrato de R$ 25 mi
5 Audiência pública vai discutir reajuste tarifário da Celg em agosto
6 Aneel autoriza reajuste médio de 15,78% para a Hidropan
7 Aneel autoriza reajuste tarifário médio de 18,41% para a Eletrocar
8 Demei vai reajustar tarifas em 8,03%

9 Muxfeldt é autorizado a reajustar tarifas em 9,25%

10 Cotações da Eletrobrás

11 Curtas

Leilões
1 CPFL Brasil realiza leilão de compra e venda de energia elétrica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 82,9% de capacidade armazenada
2 Nível dos reservatórios do Sul está em 92,8%
3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 92%

4
Região Norte apresenta 93,5% de volume armazenado

Gás e Termelétricas
1 Iniciadas negociações para financiamento chinês na construção da fase C da usina de Candiota

Grandes Consumidores
1 Braskem analisa construir fábrica na Venezuela
2 Braskem estuda sair da Bolívia
3 Usiminas faz estudos para ficar com 10% da megausina da Techint
4 BNDES financiará novas unidades do Grupo White Martins com R$ 60,8 mi

Economia Brasileira
1 BIS: Brasil é vulnerável a crise externa
2 União poupa menos e Estados puxam superávit de maio

3 Dívida líquida do setor público cai para 50,3% do PIB
4 Balança comercial deve encerrar junho com o maior saldo da História
5 Fipe: É provável que o IPC feche junho com deflação
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 China intervém na indústria e limita ar-condicionado para evitar apagões
2 Consumo de energia na Venezuela cresce 8%
3 Problemas na rede elétrica de Cuba provocam blecautes

 

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel discute proposta para aprimoramento de regras para comercialização

A Aneel colocará em audiência pública, de 27 de junho a 8 de julho, as propostas para aprimorar as regras de comercialização de energia elétrica, nos módulos relacionados às penalidades aplicadas aos agentes e à caracterização de períodos atípicos para os cálculos das garantias financeiras dos contratos. Segundo o relatório votado na reunião semanal da diretoria desta segunda-feira, 27 de junho, no processo de implementação dessas regras, no início do ano, foram constatadas inconsistências em algumas das expressões algébricas das regras, resultando em aportes de garantias superiores ao montante em liqüidação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O escopo das regras de comercialização também traz para análise o módulo de penalidades, seção que define as punições em caso de lastro físico e financeiro insuficientes para venda, por exemplo, entre outros pontos. (Canal Energia - 27.06.2005)

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2 Aneel aprova alteração no cálculo dos índices de indisponibilidade

A Aneel aprovou proposta que permite ao ONS desconsiderar do cálculo dos índices de indisponibilidade os períodos em que as geradoras ficaram sem despachar por conta de obras de modernização e reforços que tragam ganhos operativos ao sistema elétrico. O objetivo é incentivar a realização de programas de eficiência energética nas usinas que fazem parte do Mecanismo de Realocação de Energia. O ONS desconsiderará a indisponibilidade em manutenções programadas de longa duração feitas entre 1º de janeiro de 2001 a 30 de junho de 2004. A medida vale para geradoras que pararam por até seis meses durante quinze anos de operação comercial ou 12 meses no período de 30 anos de geração comercial. O ONS poderá desconsiderar ainda o não-despacho em períodos atípicos, quando justificados adequadamente. (Canal Energia - 27.06.2005)

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3 MME cria grupo de trabalho para analisar reflexos tarifários do Lua para Todos

O MME publicou nesta segunda-feira (27/06) portaria (n° 297) que constitui um grupo de trabalho com a finalidade de analisar os reflexos tarifários decorrentes da implementação do Programa Luz para Todos e da antecipação de metas dos planos de universalização do serviço de energia elétrica. O grupo será coordenado por Nélisson Sérgio Hoewell, do MME; e será composto ainda por mais três representantes do ministério e outros quatro da Aneel. O grupo de trabalho deverá identificar e propor ações a serem implementadas para minimizar eventuais impactos tarifários para os consumidores. O grupo terá prazo de 60 dias, a contar da data de publicação da portaria, para concluir os estudos e simulações e apresentar a proposta de encaminhamento. (Canal Energia - 27.06.2005)

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4 Curtas

As 52 famílias indígenas da comunidade de Truaru, há 64 quilômetros de Boa Vista, poderão contar com energia 24 horas em suas residências ainda este ano. Os beneficiados terão descontos de até 65% nas contas de energia no final do mês. Essa será a primeira comunidade indígena a ser beneficiada pelo programa Luz para Todos. (Elétrica - 27.06.2005)

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Empresas

1 Prisma Energy tenta consolidação no Brasil

Depois de quatro anos de um dos mais emblemáticos processos de falência (Chapter 11, pelas leis americanas), a Enron consegue aos poucos se reerguer. A Prisma Energy, empresa criada para gerir a massa falida do grupo nos países emergentes, deu o último passo do seu processo de consolidação no Brasil com o anúncio da reestruturação financeira de seu principal ativo - a distribuidora de energia Elektro. A Prisma agora prepara o lançamento de suas ações em bolsa de valores, no mercado americano, no próximo ano. No Brasil, o objetivo é aumentar os investimentos. O presidente do grupo no país, Orlando González, afirma que os objetivos do grupo estão concentrados no crescimento dos ativos já existentes, em operações de transporte de gás e em obras de integração energética entre os países da América do Sul. "Estudamos a possibilidade de crescimento", afirmou. González não descarta enveredar por áreas do setor elétrico que a Prisma ainda não atua no Brasil como a geração hidrelétrica e a transmissão de energia. "Estamos saindo de uma fase ruim, entrando em uma fase nova e temos confiança na estrutura do país", garantiu. O principal executivo da Prisma no país afirmou que os ativos que não faziam parte do foco da Prisma já foram vendidos. (Valor - 28.06.2005)

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2 Aneel autoriza Light a converter dívida com a EDF

Em uma decisão que viabiliza o processo de capitalização da Light, a Aneel autorizou a distribuidora carioca a converter em capital acionário dois empréstimos tomados com uma subsidiária da EDF, sua controladora. Juntos, os empréstimos somam aproximadamente R$ 445 milhões, de acordo com valores atualizados do câmbio. Uma das dívidas é de 147,3 milhões de euros e a outra US$ 8,4 milhões. Elas foram tomadas pela Light junto à LIR Energy Limited, empresa controlada pela EDF. O despacho da Aneel publicado ontem no "Diário Oficial" da União concede anuência prévia à transferência da posse desse crédito para a holding francesa e permite a conversão do empréstimo em capital acionário. A medida é assinada pelo superintendente de fiscalização econômica e financeira da Aneel, Romeu Rufino. De acordo com Rufino, a conversão era uma exigência do consórcio de bancos credores da Light para renegociar a dívida da distribuidora. Também era uma pré-condição do BNDES para participar do processo de capitalização. "Isso torna viável a equação para reestruturar a Light, pelo menos no que se refere às atribuições da Aneel", disse o superintendente. Segundo o despacho firmado por Rufino, a distribuidora terá um prazo de 120 dias para fazer essa conversão. (Valor - 28.06.2005)

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3 Aneel diz que está comprometida a conceder revisão tarifária da Light

Segundo o superintendente de fiscalização econômica e financeira da Aneel, Romeu Rufino, a agência continua comprometida a conceder em novembro a revisão tarifária da Light, definida em 6,13% em fevereiro. Esse percentual será corrigido pela taxa Selic e deverá chegar a cerca de 8%. No mesmo mês, as tarifas passarão pelo reajuste anual de contrato, com aplicação do IGP-M e da variação do custo de compra da energia. No início do ano, a agência reguladora solicitou ao Ministério da Fazenda que autorizasse a aplicação imediata da revisão tarifária. A concordância da equipe econômica era necessária porque a Light já havia corrigido as suas tarifas em novembro de 2004 e a Lei do Real veta dois reajustes de preços administrados em menos de um ano. A Fazenda negou o pedido, mas a Aneel mantém o compromisso de conceder o aumento em novembro. (Valor - 28.06.2005)

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4 Eletrobras e Cemig firmam contrato de R$ 25 mi

A Eletrobras e a Cemig assinaram um contrato de financiamento no valor de R$ 25 milhões. A medida faz parte do Programa Nacional de Iluminação - Reluz, a assinatura irá beneficiar diretamente 120 municípios mineiros, com 134 mil postos de iluminação, onde 81 mil deles serão destinados a capital. A companhia de energia mineira terá um ano de carência e vai pagar o empréstimo em três anos, com juros de 0.5% ao mês. De acordo com Aluísio Vasconcelos, diretor de Projetos Específicos da Eletrobras, o contrato visa melhorar a iluminação de certas localidades, melhorando a segurança e a estética do lugar. Vasconcelos afirma ainda que a nova iluminação, por ser mais eficiente, poderá diminuir os custos da luz dos municípios em cerca de 12% a 16%. (Elétrica - 27.06.2005)

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5 Audiência pública vai discutir reajuste tarifário da Celg em agosto

A Aneel aprovou na reunião semanal de diretoria nesta segunda-feira, 27 de junho, a realização de audiência pública no dia 4 de agosto com o objetivo de obter subsídios e informações adicionais sobre o processo de revisão tarifária da Celg. O reajuste está previsto para o dia 10 de setembro. A agência colocará nota técnica do processo de revisão da empresa para consulta pública, via internet, de 5 a 28 de julho. (Canal Energia - 27.06.2005)

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6 Aneel autoriza reajuste médio de 15,78% para a Hidropan

A Aneel autorizou nesta segunda-feira, 27 de junho, reajuste médio de 12,89% nas tarifas da Hidropan (RS). O percentual é parte do reajuste de 15,78%, parcelado pela Aneel, dos quais 12,89% aplicados já a partir desta quarta-feira, 29 de junho. Os outros 2,89% serão aplicados ao longo dos próximos três anos. O aumento deste ano envolve a aplicação de 6,33% a título de reposicionamento tarifário e de 6,56%, classificados como "componentes financeiros externos à revisão". O componente Xe do Fator X (ganho de produtividade) foi fixado em 1,0669%. (Canal Energia - 27.06.2005)

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7 Aneel autoriza reajuste tarifário médio de 18,41% para a Eletrocar

A Aneel aprovou reajuste médio de 18,41%, parcelado, para as tarifas da Eletrocar (RS), contra os 14,15% pleiteados pela empresa. A empresa aplicará a partir desta quarta-feira, dia 29 de junho, aumento de 12,53%, ficando a diferença de 5,88% para ser repassada ao longo dos próximos três anos. O percentual autorizado ficou dividido da seguinte forma: 6,95% de reposicionamento tarifário e 5,58% referentes aos "componentes financeiros externos à revisão". A Aneel aprovou o componente Xe do Fator X de 0,3896%, referente aos ganhos de produtividade da empresa. (Canal Energia - 27.06.2005)

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8 Demei vai reajustar tarifas em 8,03%

A Aneel autorizou a Demei (RS) a aplicar reajuste médio de 8,03% nas tarifas de energia a partir desta quarta-feira, dia 29 de junho. O reajuste foi composto pelo aumento de 5,77%, a título de reposicionamento tarifário e por 2,25% de parcela B. A Aneel estabeleceu o componente Xe do Fator X (referente aos ganhos de produtividade da empresa) de 0,4882%. (Canal Energia - 27.06.2005)

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9 Muxfeldt é autorizado a reajustar tarifas em 9,25%

A Aneel autorizou reajuste médio de 9,25% nas tarifas de energia da Muxfeldt (RS). O índice entrará em vigor a partir da quarta-feira, dia 29 de junho. O percentual envolve o reposicionamento tarifário de 4,71%, mais a adição de 4,54% a título de "componenentes financeiros externos à revisão". O componente Xe do Fator X (ganho de produtividade da empresa) foi fixado em 1,3954%. (Canal Energia - 27.06.2005)

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10 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 27-06-2005, o IBOVESPA fechou a 25.225,77pontos, representando uma alta de 1,24% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 947,2 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,30%, fechando a 7.885,84 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 45,8 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 35,20 ON e R$ 31,85 PNB, alta de 2,47% e 1,92% respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 5,1 milhões as ON e R$ 9,5 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 21% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 28-06-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,20 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 31,85 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 28.06.2005)

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11 Curtas

A Eletrobrás e a Light assinam nesta segunda-feira, 27 de junho, um protocolo de cooperação técnica para implantação de projetos de eficiência energética em postos e hospitais da rede de saúde do Rio de Janeiro. A expectativa é que o setor de saúde pública do estado tenha uma redução de até 30% na conta de energia elétrica. (Canal Energia - 27.06.2005)

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Leilões

1 CPFL Brasil realiza leilão de compra e venda de energia elétrica

A CPFL Brasil realiza nesta terça-feira, dia 28 de junho, leilão eletrônico de compra e venda de energia elétrica. O negócio está previsto para começar às 10 horas e terminar às 17 horas e acontecerá no portal eletrônico da comercializadora (www.cpflbrasil.com.br). Os quatro primeiros produtos têm prazo de suprimento de 1º a 30 de junho deste ano. Esses produtos atenderão os submercados Sudeste, Sul, Norte e Nordeste. Já o quinto produto tem prazo de suprimento de 1º a 31 de julho deste ano para o submercado Sudeste. O último produto que será ofertado tem período de suprimento de 1º janeiro a 31 de dezembro de 2006 e ponto de entrega no submercado Sudeste. Todos os produtos têm lote padrão de 0,5 MW médio. (Canal Energia - 27.06.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 82,9% de capacidade armazenada

O índice de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está em 82,9%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente, 89,1% e 91,4% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 28.06.2005)

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2 Nível dos reservatórios do Sul está em 92,8%

Os reservatórios da região Sul apresentam 92,8% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 90,4%. (NUCA-IE-UFRJ - 28.06.2005)

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3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 92%

O Nordeste apresenta 92% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina de Sobradinho opera com 92,5% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 28.06.2005)

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4 Região Norte apresenta 93,5% de volume armazenado

O nível dos reservatórios do Norte está em 93,5%. A usina de Tucuruí opera com 96,4% de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 28.06.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 Iniciadas negociações para financiamento chinês na construção da fase C da usina de Candiota

A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, a Eletrobrás e uma terceira delegação chinesa iniciaram as conversações referentes ao financiamento de 90% dos investimentos previstos para a construção da fase C, de 350 MW, da termelétrica Presidente Médici de Candiota. Nesta segunda-feira, 27 de junho, e terça-feira, 28 de junho, a delegação chinesa estará em Brasília para se encontrar com representantes do Banco do Brasil, que fará o repasse do financiamento à CGTEE, responsável pela usina. Na quarta-feira, 29, os chineses serão recebidos pela direção da Eletrobrás, quando será discutida a participação da estatal como garantidora na estrutura do financiamento. (Canal Energia - 27.06.2005)

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Grandes Consumidores

1 Braskem analisa construir fábrica na Venezuela

A Braskem fará estudos com a estatal PDVSA para analisar a viabilidade de construir uma fábrica de polipropileno (PP) no complexo de Zulia de Pequiven, em El Tablazo, próximo a região venezuelana de Maracaibo. A intenção é avaliar uma unidade de 400 mil toneladas e investimentos de US$ 250 milhões. Em fevereiro, a Braskem assinou um acordo de entendimento com a Pequiven, subsidiária da PDVSA no setor petroquímico, para descobrir oportunidades de negócios na Venezuela. "A nova capacidade cobriria não só a demanda interna da Venezuela, mas permitiria a exportação para os países da costa do Pacífico da América Latina", disse o vice-presidente de investimentos da Braskem, Sérgio Thiesen. A matéria-prima seria fornecida pelo centro de refino de Paraguaná, o maior do mundo, situado à 200 quilômetros de El Tablazo. Thiesen acrescentou que uma das possibilidades em estudo será a integração da eventual unidade à fábrica da Propilven, situada no pólo. Única fabricante de polipropileno daquele país, a Propilven, empresa que tem a estatal venezuelana como sócia, fabrica 85 mil toneladas de polipropileno. A idéia é concluir os estudos de viabilidade da unidade de PP até o fim do ano e o momento mais adequado para sua operação. (Valor - 28.06.2005)

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2 Braskem estuda sair da Bolívia

A Braskem definiu a Venezuela como alternativa para sediar o novo Pólo Gás-Químico de US$ 1 bilhão que, por enquanto, ainda tem chances de ser erguido na fronteira da Bolívia. O presidente da petroquímica do grupo Odebrecht, José Carlos Grubisich, admite que as alternativas para o empreendimento já começaram a ser estudadas, diante do possível recrudescimento da crise político-institucional na Bolívia. O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, afirmou que em meados de 2006 decidirá o destino do Pólo Gás-Químico. (Jornal do Brasil - 28.06.2005)

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3 Usiminas faz estudos para ficar com 10% da megausina da Techint

A Usiminas, maior fabricante de aços planos da América Latina, faz estudos para deter no mínimo 10% do capital da megasiderúrgica que o grupo ítalo-argentino Techint planeja erguer após concluir a compra da mexicana Hylsamex. A Techint pretende reunir essa usina e mais duas outras que controla na Argentina e Venezuela sob uma holding criada especificamente para essa operação. No momento, dentro dos corredores do grupo, essa holding, que deverá ter suas ações listadas na Bolsa de Nova York, ganhou o nome fantasia de "Planaris". Pelos planos da Techint, a holding vai juntar sob seu guarda-chuva as ações do grupo na Siderar, usina de aços planos na Argentina; a participação na Sidor, siderúrgica que produz aço plano e longo na Venezuela; e a Hylsamex, que faz aços planos e cujo controle total está em fase de aquisição. Esse grupo dispõe de capacidade instalada acima de 10 milhões de toneladas ao ano. O conselho da Usiminas, que detém participações na Siderar e Sidor, autorizou a realização dos estudos para incorporar suas ações à holding, conforme comunicado enviado à CVM há poucos dias. (Valor - 28.06.2005)

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4 BNDES financiará novas unidades do Grupo White Martins com R$ 60,8 mi

O BNDES financiará com R$ 60,8 milhões a implantação de novas unidades industriais do Grupo White Martins nos municípios de Serra (ES), Paulínia (SP) e Recife (PE). Os recursos do banco correspondem, respectivamente, a 31% desses investimentos que serão realizados pelo grupo no Espírito Santo; 33%, em São Paulo; e 17%, em Pernambuco. Em Serra, serão construídas duas unidades de fabricação de gases. A primeira terá capacidade para produção de 721 toneladas por dia de oxigênio e 710 toneladas por dia de nitrogênio. A segunda, fabricará 976 toneladas por dia de oxigênio. Ambas destinam-se a abastecer a CST, permitindo que essa empresa possa ampliar sua produção de placas de aço. (Jornal do Commercio - 28.06.2005)

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Economia Brasileira

1 BIS: Brasil é vulnerável a crise externa

Apesar de significativos avanços nos últimos anos, a economia brasileira ainda apresenta importantes vulnerabilidades que, combinadas com os desequilíbrios globais, representam riscos à recente recuperação, de acordo com o Bank for International Settlements (BIS). A grande parcela da dívida pública que é pós-fixada preocupa, e a alta taxa dos juros reais revela que os investidores ainda temem um repique inflacionário. Segundo Malcolm Knight, diretor-geral do BIS, no contexto internacional de desequilíbrios nas contas externas de vários países e elevados preços do petróleo, o maior risco para os mercados emergentes da América Latina é uma possível forte desaceleração da demanda externa. Por isso, segundo ele, se houver uma forte desaceleração global, a expansão econômica dos países da região tende a ser comprometida. (Folha Online - 28.06.2005)

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2 União poupa menos e Estados puxam superávit de maio

Puxado pelos Estados, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 6,314 bilhões em maio, maior valor para o mês observado na série do BC, iniciada em 1991. Num mês em que as estatais também tiveram bom desempenho, o destaque negativo foi o governo federal, com superávit 33,48% menor do que o do mesmo mês de 2004.O alto resultado de maio pouco altera o quadro de forte contenção fiscal neste início de ano. Pelos dados acumulados de janeiro a maio, o superávit chega a R$ 50,326 bilhões, ou 6,57% do PIB, frente uma meta anual de 4,25% do PIB. Houve alguma descompressão fiscal quando os dados são comparados ao primeiro quadrimestre, cujo superávit chegava a 7,35% do PIB. Mas, de qualquer forma, o quadro fiscal segue mais restritivo do que em 2004. De janeiro a maio do ano passado, o resultado era menor, de 5,64% do PIB, embora o objetivo do governo para o ano fosse mais ambicioso, de 4,5% do PIB. (Valor Online- 28.06.2005)

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3 Dívida líquida do setor público cai para 50,3% do PIB

A dívida líquida do setor público fechou maio em 50,3% do PIB. O porcentual, divulgado hoje pelo Depec do BC, corresponde a R$ 957,570 bilhões. Em abril, a dívida líquida estava em 50,4% do PIB, o que correspondia a R$ 956,677 bilhões. "O impacto da valorização cambial (sobre a dívida) ocorrida em maio contribuiu para compensar o déficit nominal registrado no mês", diz a nota do Depec. Ainda de acordo com o BC, a dívida líquida acumula no ano queda de 1,4 ponto porcentual. A nota do BC também ressalta que a dívida líquida vem apresentando queda em relação ao PIB em todos os meses deste ano. (O Estado de São Paulo - 28.06.2005)

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4 Balança comercial deve encerrar junho com o maior saldo da História

A balança comercial deverá registrar o maior saldo da História do país em junho. Somente na semana passada, as exportações superaram as importações em US$ 1,075 bilhão - recorde semanal. Faltando poucos dias para fechar o mês, há um superávit de US$ 3,349 bilhões. A média diária exportada, de US$ 472,3 milhões, também deverá ficar acima das médias em 2005 e a receita total de exportações em junho vai, pela primeira vez, superar US$ 10 bilhões, acreditam técnicos do governo e especialistas do setor privado."Esperamos entre US$ 10,3 bilhões e US$ 10,5 bilhões em exportações" disse o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro. Para ele, as importações deverão atingir entre US$ 6,2 bilhões e US$ 6,35 bilhões. (O Globo Online - 28.06.2005)

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5 Fipe: É provável que o IPC feche junho com deflação

O IPC, calculado pela Fipe, deve fechar o mês em um patamar próximo ao apresentado na terceira quadrissemana de junho, de -0,15%. A expectativa é do coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti. "É mais provável que o mês feche com deflação" disse. Segundo Picchetti, a história da inflação no período é muito semelhante à da segunda quadrissemana de junho, com destaque para o comportamento baixista dos preços do setor agrícola. Apesar da surpresa com a deflação, o coordenador mantém a expectativa de que o IPC encerre o ano dentro de um intervalo de 5% a 5,5%. (O Estado de São Paulo - 28.06.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar fechou a manhã em baixa de 0,12%, cotado a R$ 2,370 na compra e R$ 2,372 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,29%, cotado a R$ 2,3730 para compra e a R$ 2,3750 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 28.06.2005)

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Internacional

1 China intervém na indústria e limita ar-condicionado para evitar apagões

Em meio à ameaça de falta de energia, as autoridades de Xangai, uma das maiores cidades do mundo, intervieram diretamente no setor industrial e deram ordens para que as fábricas escalonem seus turnos com o objetivo de economizar eletricidade. A demanda está crescendo na China entre outros motivos por causa de uma onda de calor que vem alçando as temperaturas a até 36°C nos últimos dias, o que provoca o aumento do uso de aparelhos de ar condicionado e de ventiladores em geral. Os bares e karaokês de Xangai receberam ordens de não ligar os aparelhos de ar-condicionado antes das 18h. O suprimento de energia para construções não-essenciais foi cortado. As fábricas terão de mudar parte da produção para horários fora do pico, para reduzir a demanda. "Estamos assegurando que a energia não deixe de chegar para a vida diária da população", disse um porta-voz da empresa de energia de Xangai. "Embora haja uma grande demanda, estamos bem confiantes de que poderemos supri-la", disse. A demanda de energia alcançou 13,29 milhões de quilowatts no sábado, sendo esperado um aumento ainda maior dessa demanda. A capacidade total da rede da cidade é de cerca de 17 milhões de quilowatts. (Valor - 28.06.2005)

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2 Consumo de energia na Venezuela cresce 8%

O consumo de energia na Venezuela cresceu 8% nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. A economia do crescimento do país vem criando maior demanda de eletricidade e por produtos importados. As importações de eletricidade, em sua maior parte do Brasil, cresceram 5,1%. As importações totais do país devem alcançar patamar recorde neste ano. O Ministério do Comércio da Venezuela estima que as importações superem US$ 18 bilhões em 2005. No ano passado, o país importou US$ 15,2 bilhões; em 2003, US$ 16 bilhões. (Valor - 28.06.2005)

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3 Problemas na rede elétrica de Cuba provocam blecautes

Novos problemas na rede elétrica de Cuba provocam longos e freqüentes blecautes que afetam boa parte da população e auguram um verão mais quente do que o habitual na ilha caribenha. Os problemas no serviço elétrico se agravaram em maio devido às avarias na rede e nas centrais, embora não tenham chegado aos níveis do final do ano passado. A imprensa oficial informa regularmente sobre os cortes de fornecimento previstos para as distintas zonas urbanas, que duram até sete horas, mas eles nem sempre se ajustam às previsões e, com freqüência, pegam a população por surpresa. A União Elétrica Cubana anunciou que o serviço deve melhorar no segundo semestre, com a entrada em funcionamento de instalações que foram consertadas e com a renovação de 17.000 km de cabos e de 43.000 postes elétricos. Segundo especialistas, mesmo que a rede funcione com normalidade não poderá satisfazer a crescente demanda, especialmente no verão, quando o consumo cresce entre 15% e 20%. (Elétrica - 27.06.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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