l IFE: nº 1.597 - 20 de junho de 2005 Índice Regulação e Novo Modelo Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Regulamentação de contratos gera conflito entre Aneel e Anatel A Aneel e a
Anatel travam uma disputa sobre a regulamentação de contratos celebrados
entre empresas de setores diferentes. Neste caso, em torno do preço do
aluguel de postes de iluminação pública. A diretoria da Aneel deverá aprovar
hoje um parecer técnico que contraria uma decisão da Anatel. O processo
é relativo a um contrato celebrado entre a distribuidora RGE, e a operadora
Embratel. O acordo entre as empresas permite que a Embratel utilize os
1,05 milhão de postes da RGE, pagando um aluguel mensal pelo uso. Esse
compartilhamento de redes entre as duas companhias já existe há alguns
anos. Porém,em janeiro de 2004, a Aneel homologou novo valor do aluguel
mensal em R$ 4 cada poste. Segundo fonte próxima às negociações, as empresas
fecharam acordo de cobrança do aluguel em R$ 2 por unidade. Mas as empresas
de energia têm efetuado cobranças a R$ 4 a unidade e a Aneel têm homologado
esses contratos, segundo a fonte. A Anatel solicitou à Aneel, em julho
de 2004, o cancelamento da homologação do novo acordo por ser contrária
aos valores. A Aneel solicitou então intervenção da procuradoria federal,
que julgou improcedente a solicitação da Anatel. O relatório da Aneel
se baseia na resolução conjunta das agências reguladoras dos setores de
energia, telecomunicações e petróleo sobre o compartilhamento de infra-estrutura
entre os setores. O artigo nº 16 determina que cabe à agência reguladora
do setor de atuação da empresa dona da infra-estrutura homologar os contratos.
(Valor - 20.06.2005) 2 Comissão aprova emendas que criam restrições ao contingenciamento das agências reguladoras A Comissão de
Serviços de Infra-Estrutura do Senado aprovou duas emendas do senador
José Jorge (PFL-PE) que criam restrições ao contingenciamento do orçamento
das agências reguladoras. O senador explicou que o objetivo é proibir
que os recursos próprios das agências reguladoras sejam desviados pelo
governo para pagamento de juros. Na avaliação do senador, a autonomia
orçamentária e financeira foi assegurada pelas leis que criaram as agências,
com o objetivo de garantir o correto desempenho de suas funções institucionais.
(Canal Energia - 17.06.2005) 3 Previ vai reavaliar participação no setor de energia Segundo o diretor
de investimentos da Previ, fundação de previdência do Banco do Brasil,
Luiz Aguiar, até agora, o fundo vem batendo as metas atuariais no segmento
de renda fixa, mas não no de renda variável, em função das turbulências
do mercado de ações. Ele adiantou, no entanto, que este ano, o resultado
do fundo pode ser positivo, mas possivelmente não mostrará o mesmo fôlego
de 2004 - quando obteve superávit de R$ 5,71 bilhões. "De dois em dois
anos as participações em bloco são reavaliadas e, no ano passado isso
ocorreu com a Vale, o que trouxe grande impacto positivo na rentabilidade",
explicou. Este ano, serão reavaliadas participações no setor de energia,
como Neoenergia e CPFL. (Valor - 20.06.2005) 4 Pedida a revogação da licença da Hidrelétrica
de Estreito O evento "Inserção da Bioeletricidade na Matriz Energética", realizado ontem em Ribeirão Preto/SP, reuniu cerca de 100 conselheiros, associados da Unica e empresários do setor para tratar do papel da bioeletricidade no País. A mesa foi composta pela ministra Dilma Rousseff presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho; pelo presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, pelo vice-presidente executivo da Cogen-SP, Carlos Silvestrin. (Elétrica - 17.06.2005) A ministra Dilma Rousseff destacou a complementaridade da energia proveniente da cana de açúcar com a hidrelétrica no período de seca, o que representa um valor adicional a ser discutido. (Elétrica - 17.06.2005)
Empresas 1 Dilma convoca assembléia da Eletrobrás para dia 30 de junho A ministra Dilma
Rousseff convocou assembléia-geral extraordinária dos acionistas da Eletrobrás
para o próximo dia 30, em sua sede, em Brasília. O objetivo é homologar
o aumento do capital social da estatal e eleger dois membros do conselho
de administração, sendo um deles representantes dos acionistas minoritários,
para cumprirem, até 2006, o restante de mandatos de conselheiros substituídos.
Deixaram o conselho antecipadamente o ex-vice presidente do BNDES e representante
da instituição na empresa, Darc Costa, e Isabel da Silva Ramos Kemmelmeier,
representante dos acionistas minoritários. (Elétrica - 17.06.2005) 2 Luiz Rondon Filho pede demissão da diretoria da Eletronuclear O diretor de Planejamento e Gestão da Eletronuclear, Luiz Rondon, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, dia 17 de junho. O pedido foi feito ao presidente do Conselho de Administração da estatal, José Drumond Saraiva, que aceitou a entrega do cargo, segundo informou a assessoria de imprensa da Eletronuclear. A estatal, por enquanto, não escolheu o nome do seu substituto. Rondon foi um dos indicados pelo PTB para preencher cargos da administração federal. No início da semana passada, Roberto Salmeron, que ocupava a presidência da Eletronorte e também era ligado ao PTB, entregou o cargo ao MME. (Canal Energia - 17.06.2005) 3 Tarifas ficam mais caras para consumidores da Cataguazes-Leopoldina e Cenf As tarifas de
energia elétrica para os consumidores de Eletricidade de Nova Friburgo
(RJ) e da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (MG) ficaram mais
caras a partir do sábado, dia 18 de junho. A Aneel autorizou reajuste
médio de 9,75% para a Cenf e de 4,24% para a Cataguazes. Os reajustes
terão percentuais diferenciados por classe de consumo. No caso de consumidores
de baixa tensão, o reajuste para a Cenf será de 11,25% e de (-1,97%) para
a Cataguazes-Leopoldina. Para consumidores de alta tensão, as tarifas
serão reajustadas em 10,08%, no caso da Cenf, e em 5,70%, para a CFLC.
(Canal Energia - 17.06.2005) 4 Cataguazes pagará spread maior por descumprimento
de índices financeiro de emissão de debêntures 5 Coelba realiza pagamento antecipado de debêntures A Coelba publicou
aviso aos acionistas sobre a antecipação do resgate das debêntures da
4ª emissão em circulação. Os titulares das debêntures não conversíveis
em ações, em série única, podem realizar o resgate total no prazo de dois
dias úteis a partir da publicação do aviso. Segundo o anúncio, a operação
será feita a partir do pagamento do saldo do valor nominal acrescido da
remuneração calculada desde a data do último pagamento até a data do efetivo
pagamento do resgate, e de um prêmio de 0,5% incidente sobre o valor do
resgate calculado. (Canal Energia - 17.06.2005) 6 CPFL Brasil registra aumento de 133% no volume de energia vendida no 1° trimestre Assim como as
demais comercializadoras do país, a CPFL Brasil tem apresentado bons resultados
nos negócios neste início de ano. A empresa, braço de comercialização
do grupo CPFL Energia, registrou crescimento de 133% no volume de energia
vendida nos primeiros três meses do ano. Para o gerente de Análise de
Investimento e de Relação com Investidor da empresa, Vitor Fagá, o resultado
expressivo é reflexo da combinação de contratos com consumidores livres
fora da área de concessão das distribuidoras do grupo (CPFL Paulista,
CPFL Piratininga e RGE) e de contratos bilaterais, firmados com clientes
que deixaram a base cativa das companhias do grupo. Nos primeiros três
meses do ano, as distribuidoras do grupo perderam oito grandes consumidores
para o ambiente de livre contratação. No entanto, a CPFL Brasil reteve
cinco deles. Além disso, a comercializadora trouxe para sua carteira mais
sete clientes livres de fora da área de concessão das distribuidoras.
(Canal Energia - 17.06.2005) No pregão do
dia 17-06-2005, o IBOVESPA fechou a 26.092,88 pontos, representando uma
alta de 1,33% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,39
bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,44%,
fechando a 8.223,44 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 86,5
milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram
cotadas a R$ 36,69 ON e R$ 33,00 PNB, alta de 0,52% e 0,06% respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 6,8 milhões as ON e R$ 21,8 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 25% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 20-06-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 36,40 as ações ON, baixa de 0,79%
em relação ao dia anterior e R$ 32,80 as ações PNB, baixa de 0,61% em
relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 20.06.2005) O governo catarinense quer privatizar a Celesc. Palavra do próprio governador Luiz Henrique. Ele revelou suas intenções a um pequeno grupo de investidores norte-americanos, em encontro realizado há cerca de dez dias em Nova Iorque. (Relatório Reservado - 20.06.2005) A empresa ABC Energia vai investir R$ 18,4 milhões na construção da PCH Covanca, em Minas Gerais. A Aneel autorizou a implantação e exploração da PCH pela empresa, que vai atuar como produtora independente de energia elétrica. A usina terá capacidade de 11,5 MW. O empreendimento deverá entrar em operação até março de 2008. (Canal Energia - 20.06.2005)
Leilões 1 Comissão estima entregar propostas de metodologias para leilões até o final do mês A Comissão Permanente
de Licitação está na fase final de trabalho para concluir as propostas
que definem as metodologias para o próximo leilão de energia existente
e o primeiro de energia nova. Segundo Antonio Carlos Fraga Machado, presidente
do Conselho de Administração da CCEE, até o final deste mês o grupo terá
condições de entregar as propostas ao MME. Segundo Machado, as propostas
serão colocadas em audiência pública pelo ministério. Em relação à colocação
da energia existente no mercado, o trabalho feito pela comissão, observou
Machado, leva em conta as propostas apresentadas pela Abrage e pela Apine.
(Canal Energia - 17.06.2005) 2 APMPE propõe ao MME inclusão de eólicas e PCHs no leilão de energia nova A Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) pretende encaminhar proposta ao MME para incluir as usinas eólicas e PCHs nos leilões de energia nova. O pedido acompanha a intenção do próprio ministério de colocar a energia gerada por usinas a biomassa na licitação. Ricardo Pigatto, presidente da APMPE, comentou que existe um potencial grande para este mercado e citou como exemplo a segunda fase do Proinfa. A estimativa, segundo ele, é que eólicas e PCHs possam garantir cerca de 2,2 mil MW na segunda etapa do Proinfa, praticamente o mesmo montante que o governo planeja oferecer com hidrelétricas no leilão de energia, que deve acontecer em novembro deste ano. Em termos de preço, o executivo disse que o custo destes empreendimentos seria de R$ 150 por MWh. (Canal Energia - 17.06.2005) 3 Apine apresenta ao MME proposta para energia existente Depois da Comissão
Permanente de Licitação, a Associação Brasileira dos Produtores Independentes
de Energia Elétrica (Apine) apresenta ao MME, na próxima semana, sua proposta
para a colocação da energia existente no mercado. A Apine propõe que seja
feito um leilão para englobar os anos de 2006, 2007 e 2008, com contratos
de três anos, e outro para 2009, com contratos de oito anos. Segundo o
presidente do conselho de administração da Apine, Luiz Fernando Vianna,
apenas os anos de 2006 e 2007 apresentam um volume a negociar de 729 MW
médios. Somado a 2008, o total deve ultrapassar os 3 mil MW médios. Para
2009, a estimativa é de 2,5 mil MW médios. (Canal Energia - 17.06.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Município do AP sofre racionamento de energia Os moradores
do município de Laranjal do Jari, terceiro maior do Estado do Amapá, estão
enfrentando um racionamento de energia elétrica, que já dura mais de três
dias. O fornecimento de eletricidade chega a ser interrompido por até
12 horas. O presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Arnaldo
Santos Filho, disse que o racionamento em Laranjal acontece porque três
geradores da empresa Soenergy, responsável pela geração de energia em
Laranjal, deram defeito. De acordo com Arnaldo, apenas uma das três máquinas
voltou a operar, na terça-feira. "A Companhia nada tem a ver com o racionamento
que acontece na região de Laranjal do Jarí", declarou o presidente. (Elétrica
- 17.06.2005) 2 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 83,3% de capacidade armazenada O índice de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está em 83,3%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente, 88,1% e 87,9% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 20.06.2005) 3 Nível dos reservatórios do Sul está em 83,2% Os reservatórios
da região Sul apresentam 83,2% de volume armazenado. A hidrelétrica S.
Santiago registra capacidade de 64%. (NUCA-IE-UFRJ - 20.06.2005) 4 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 93,4% O Nordeste apresenta
93,4% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina de Sobradinho
opera com 94,6% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 20.06.2005) 5 Região Norte apresenta 94,3% de volume armazenado O nível dos
reservatórios do Norte está em 94,3%. A usina de Tucuruí opera com 96,9%
de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 20.06.2005) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 18/06/2005 a 24/06/2005. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Abraget defende aproveitamento do carvão mineral em termelétricas Mesmo com a crise da Bolívia dando sinais de arrefecimento, e com problemas de produção na Argentina, começam a ganhar força as discussões sobre a necessidade de diversificação da matriz energética nacional para incluir o aproveitamento do carvão mineral como combustível para as termelétricas. O Brasil produz apenas 1.415 MW a partir de carvão, mesmo possuindo grandes reservas do insumo. Apesar das grandes reservas, o Brasil tem oportunidades restritas para aproveitá-lo na produção de energia. Os altos custos em relação ao transporte limitam a operacionalidade do carvão em termoelétricas às regiões próximas às minas, ou a portos, por onde chega a produção importada. A diversificação é defendida pelo diretor da Associação Brasileira dos Geradores Termoelétricos (Abraget), Xisto Vieira. Ele sugere que a geração térmica seja ampliada na matriz nacional, para pelo menos, 25% do total gerado. "Temos que aumentar não somente as usinas a carvão, mas também as movidas a gás e biomassa. Temos que aproveitar todas as fontes", afirma. (Jornal do Commercio - 19.06.2005) 2 Região Sul apresenta maior reserva de carvão no país A estimativa
é de que as reservas totais de carvão no Brasil atinjam 32 bilhões de
toneladas, dos quais a Região Sul é responsável por quase a totalidade.
O Rio Grande do Sul detém 89%, o equivalente a 28,8 bilhões de toneladas.
O Brasil tem sete termelétricas movidas a carvão, localizadas nos Estados
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Somadas, as usinas a carvão acrescentam
1,4 mil MW ao sistema elétrico nacional. Isso corresponde a 1,4% da capacidade
total da geração elétrica brasileira e 7,2% da capacidade de geração térmica,
incluindo as usinas a biomassa. (Jornal do Commercio - 19.06.2005) 3 Centro Brasileiro de Infra-Estrutura: investimento em usinas movidas a carvão é superior às movidas a gás O diretor do
Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Rafael Schechtman destaca que, apesar
de o preço do carvão não estar sujeito a grandes flutuações como o do
gás, o investimento na construção e manutenção das usinas movidas a carvão
é bem mais elevado do que as que dependem do gás. Para ele, o custo operacional
da usina a carvão é 20% superior ao da movida a gás. "O combustível é
mais barato, porém o investimento é mais alto. Isso é o que interessa
ao empresário que quer investir. A implantação da tecnologia do gás é
mais rápida e tem um custo menor", afirma. Schechtman lembra que o fator
ambiental pesa contra a utilização de usinas movidas a carvão. O carvão
brasileiro, com raras exceções, tem alto teor de enxofre e de cinza (matéria
que não vai ser queimada). Além disso, o custo com o transporte é maior,
já que 50% do que será transportado não serão aproveitados. (Jornal do
Commercio - 19.06.2005) 4 Victer: viabilidade de usinas movidas a carvão depende da proximidade das minas produtoras Para o secretário
de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro,
Wagner Victer, o aproveitamento do carvão para a produção de energia elétrica
é totalmente viável, desde que se construam usinas próximas às minas produtoras.
Apesar da baixa qualidade do carvão nacional, Victer ressalta que a instalação
de filtros nas usinas reduz a emissão de gases poluentes. Victer defende
a necessidade de o País diversificar ao máximo sua matriz energética,
para não ficar dependente de uma determinada fonte. (Jornal do Commercio
- 19.06.2005) 5 Abraget: crise boliviana será resolvida a tempo de uma crise de fornecimento Em relação ao aproveitamento maior do carvão em função do problema atual de escoamento da produção de gás na Bolívia, o diretor da Abraget, Xisto Vieira diz que a questão envolvendo o País andino é conjuntural, e será resolvida a tempo de uma possível falta de energia produzida por vias hidrelétricas. (Jornal do Commercio - 19.06.2005) 6 RJ pode retomar projeto de usina termelétrica movida a carvão O Rio de Janeiro pode retomar o projeto de construção de sua primeira usina termoelétrica movida a carvão. Interrompida em 2002, a instalação da usina, que ficaria em Itaguaí, está sendo discutida novamente entre o Governo estadual e investidores estrangeiros. "Temos conversado a respeito disso. Era um projeto que estava encaminhado, mas foi interrompido quando eu deixei a secretaria, entre abril e dezembro de 2002", explica o secretário de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer. A termelétrica de Itaguaí tinha início de operações previsto para este ano, com capacidade instalada de 1 mil MW. A usina usaria o carvão importado pelo Porto de Sepetiba, o que diminuiria os custos de transporte. (Jornal do Commercio - 19.06.2005) 7 BG: oferta de gás natural no Brasil deve superar demanda em 2008 Pelos cálculos da gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da subsidiária brasileira da Brittish Gas, Valéria Amoroso Lima, a oferta doméstica de gás natural deverá chegar, em 2008, a 40 milhões de metros cúbicos por dia, abaixo da demanda projetada para as usinas termelétricas, de cerca de 75 milhões de metros cúbicos/dia. Tal volume poderá chegar a quase 100 milhões de metros cúbicos/dia, caso as usinas estejam operando com 100% de sua capacidade instalada. (Gazeta Mercantil - 20.06.2005) 8 Sindigás: aumentos no preço do gás e do aço plano contribuíram para queda das vendas de GLP Uma das principais razões para as quedas na vendas de botijões de gás, registradas desde 2002, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), foi o aumento no preço do gás ao consumidor, ocorrido após o fim do subsídio dado pela Petrobras para a comercialização do produto. Até então, os outros fabricantes do GLP seguiam o preço da estatal, principal produtora. "Desde a liberação, o preço do botijão aumentou muito, passando de R$ 15 em dezembro de 2001 para os atuais R$ 30", diz Sérgio Bandeira de Mello, superintendente da entidade. O preço do aço plano utilizado para o produto aumentou quase 300% desde o início de 2002, segundo a Mangels, líder do mercado. Como o aço representa 60% do custo de produção do botijão, o preço da embalagem também foi impactado, reduzindo ainda mais as vendas. (Valor - 20.06.2005)
Grandes Consumidores 1 Siderúrgicas querem ampliar a exportação A desaceleração
econômica, aliada aos altos estoques de aço nas distribuidoras, deverá
fazer com que as siderúrgicas elevem as exportações para compensar a queda
nas vendas internas. Especialistas alertam, porém, que não haverá grande
impacto na receita das companhias, dado o câmbio desfavorável. Em abril,
pela primeira vez desde novembro de 2003, as vendas internas caíram em
relação ao mesmo mês do ano anterior, com recuo de 5, 8%. A retração é
explicada pelo comportamento da demanda por aços longos, que apresentou
um declínio de 18,8% em abril. A comercialização de aços planos, em contrapartida,
continua em expansão, tendo aumentado 3,2% em abril. Este produto é usado
principalmente pela indústria de eletrodomésticos de linha branca e a
automobilística. O desempenho da fabricação de veículos, que tem sido
positivo, é fundamental para as vendas da siderurgia. Esse setor representa
25% da comercialização da Usiminas e 20% dos negócios da Companhia Siderúrgica
Nacional. (O Estado de São Paulo - 20.06.2005)
Economia Brasileira O Brasil caminha para atingir, em outubro deste ano, a marca de R$ 1 trilhão de juros da dívida pública pagos desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Esse montante equivale a toda a geração de riquezas pelos setores industrial, de comércio, de serviços e agrícola do país em 2001, ano em que o PIB superou a marca pela primeira vez. Até abril, as despesas tinham sido de R$ 919,592 bilhões, incluindo União, estados, municípios e estatais. O ano de 2005 deverá registrar também um recorde de gastos com juros, que devem subir de R$ 128 bilhões em 2004 para R$ 155 bilhões, de acordo com cálculos do BC. O motivo para o gasto maior está no aperto dos juros básicos, hoje em 19,75% ao ano, que corrigem metade do endividamento e são usados para cumprir a meta de inflação. (O Globo Online - 20.06.2005) 2 Surgem sinais de retomada de investimento Começam a aparecer os primeiros sinais de que parte das empresas não abandonou o ímpeto de ampliar a capacidade de produzir, apesar da combinação de juro alto e câmbio valorizado. Dados do mês de maio trouxeram duas notícias positivas para o investimento: o volume de importação de bens de capital cresceu 14,4% ante abril já descontados os efeitos sazonais, e os desembolsos do BNDES - assim como as consultas ao banco - se recuperaram com força. Ainda que seja prematuro falar em retomada consistente, outro sinal animador é que a produção de insumos para a construção civil cresceu em março e abril. (Valor Online - 20.06.2005) 3 Mercado baixa projeção do IPCA de 2005 pela quinta vez 4 Analistas baixam previsão de alta do PIB de 2005 para 3,10% O mercado financeiro
voltou a baixar ligeiramente a projeção para o crescimento da economia
em 2005. A mediana das expectativas aponta crescimento de 3,10% para o
PIB neste ano, contra 3,12% na pesquisa da semana retrasada. Para 2006,
a estimativa média continua em 3,50%. Os dados constam do relatório de
mercado pesquisado semanalmente pelo BC junto a instituições financeiras.
Os analistas mantiveram a estimativa média para o superávit da balança
comercial neste ano em US$ 35 bilhões e elevaram a de 2006 de US$ 29 bilhões
para US$ 29,04 bilhões. A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros
em 2005 continuou em US$ 15 bilhões. Em 2006, a expectativa também é de
ingressos de US$ 15 bilhões. A projeção média dos analistas para as contas
correntes brasileiras em 2005 ficou em superávit de US$ 9,2 bilhões. Para
2006, espera-se superávit de US$ 4 bilhões. (Valor Online - 20.06.2005)
5 Segunda prévia de junho registra inflação de 0,07% A inflação do
município de São Paulo, medida pela Fipe, foi de 0,07% na segunda quadrissemana
de junho. O IPC foi menor do que o registrado no período anterior, quando
o porcentual foi de 0,19%. O grupo Saúde registrou, mais uma vez, a maior
alta do período, com elevação de 0,52%, ligeiramente menor do que o resultado
da primeira prévia do mês, que foi de 0,56%. Despesas Pessoais avançou
0,36%, também abaixo do apurado na semana passada, quando a alta foi de
0,46%. Habitação subiu 0,25%, acima do porcentual registrado na primeira
quadrissemana do mês (0,19%). O item Vestuário avançou 0,20%, um pouco
menos do que o apurado na última pesquisa, quando o aumento foi de 0,24%.
Alimentação, que subiu 0,16% na primeira prévia de junho, teve queda de
0,24%. (O Estado de São Paulo - 20.06.2005) O dólar à vista inverteu a tendência de baixa do início dos negócios e passou a registrar leve valorização nesta manhã, acompanhando o cenário externo menos otimista. Às 11h08m, a moeda americana subia 0,08% e era negociada por R$ 2,388 na compra e R$ 2,390 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,74%, comprado a R$ 2,3860 e vendido a R$ 2,3880. Na semana, a baixa foi de 3,44%. (O Globo Online e Valor Online - 20.06.2005)
Internacional 1 Projeto de anel energético sul-americano deve ter financiamento do BID Os países sul-americanos
vão se reunir na quarta-feira em Washington para discutir com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) alternativas de financiamento
para o anel energético sul-americano. A idéia é construir um gasoduto
de 1.200 km, do Peru ao norte chileno, que se interligaria com tubulações
já existentes para permitir que Brasil, Argentina, Uruguai e Chile possam
ser abastecidos pelo gás proveniente da área peruana de Camisea. Segundo
o presidente do BID, Enrique Iglesias, a entidade financeira está "muito
interessada" no projeto e pretende dar assistência financeira e técnica
para que ele possa ser viabilizado. O custo estimado é de US$ 2,5 bilhões.
Iglesias afirmou que a Bolívia também foi convidada para o encontro. (Valor
- 20.06.2005) 2 Presidentes discutem questão energética em reunião antes da Cúpula de chefes de Estado do Mercosul A questão energética
e os problemas na Bolívia foram os principais temas discutidos paralelamente
às reuniões realizadas ontem em Assunção, que antecedem a cúpula de chefes
de Estado do Mercosul, que será realizada hoje. O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva participou de encontro com os outros três presidentes dos
países do bloco. Foi a única reunião entre os chefes de Estado do Mercosul,
já que o presidente argentino, Néstor Kirchner, não participará da cúpula
de hoje, que contará com a presença dos representantes dos países do Mercosul
e das nações associadas ao bloco. A declaração final da cúpula de Assunção
deve fazer uma referência ao projeto. "Vamos aprovar um pronunciamento
na reunião de chefes de Estado que esperamos marcar o início da instrumentação
deste projeto", disse o ministro de Relações Exteriores peruano, Manuel
Rodríguez Cuadros. (Valor - 20.06.2005) 3 Bolívia quer participar de projeto de integração energética na América do Sul O chanceler boliviano, Armando Loayza, disse que seu país quer participar de iniciativas de integração energética do continente, mas admitiu que a questão do gás é delicada e não quis fazer mais do que comentários genéricos sobre o assunto. (Valor - 20.06.2005) 4 Ministro peruano: projeto de anel energético sul-americano não exclui
a Bolívia 5 Edesur vai aumentar tarifas de energia em 15% A Edesur, maior
distribuidora de energia da Argentina, chegou a um acordo com o governo
para aumentar as tarifas em média de 15%, encerrando o congelamento que
vinha desde 2002. Em uma carta à bolsa de valores de Buenos Aires, a Edesur
afirmou ter assinado um memorando de entendimento com o governo para fixar
as tarifas de eletricidade mais altas até 1o de novembro, por um ano.
As tarifas não serão elevadas para consumidores residenciais. (Gazeta
Mercantil - 20.06.2005) 6 BG vai continuar operações na Bolívia A BG, do Reino
Unido, não abandonará a Bolívia como foco de investimentos, apesar da
crise naquele país. A gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da
subsidiária brasileira da empresa, Valéria Amoroso Lima, justificou a
decisão ao afirmar que as reservas bolivianas serão necessárias, mesmo
com o desenvolvimento dos campos de gás no Brasil. Segundo ela, por maior
que seja o crescimento da oferta do insumo no Brasil, não superará a demanda
projetada para os próximos anos. "Apesar da crise na Bolívia, é preciso
continuar acreditando na integração regional não só como alavanca de estabilidade
do continente, mas também de desenvolvimento regional e de garantia de
abastecimento", afirmou a executiva. (Gazeta Mercantil - 20.06.2005) Equipe de Pesquisa UFRJ -
Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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