l IFE:
nº 1.593 - 14 de junho de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Prefeitos travam batalha por verba gerada pela hidrelétrica de Irapé (MG) As turbinas
da hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, ainda nem começaram
a funcionar, mas os prefeitos dos municípios atingidos pela barragem já
travam uma queda-de-braço para abocanhar os royalties e os impostos resultantes
do empreendimento. Quando a usina começar a gerar energia, Cristália,
José Gonçalves de Minas, Botumirim, Grão-Mogol, Turmalina, Berilo e Leme
do Prado deverão receber cerca de R$ 2,2 milhões por ano como compensação
pelas áreas inundadas. A divisão dos recursos tem como critério o tamanho
da área alagada. Cristália ficará com a maior fatia, aproximadamente R$
640 mil, e Leme do Prado, com a menor parte (pouco mais de R$ 83 mil).
A Cemig ressalva que os valores são ainda uma previsão. A maior briga
dos prefeitos é com relação ao ICMS pela geração de energia. Segundo a
Cemig, por lei, apenas o município onde está instalada a casa de força
da usina tem direito ao repasse, no caso Grão-Mogol, que receberia em
torno de R$ 32 milhões por ano. (Elétrica - 13.06.2005) 2 BNDES realiza desembolso de R$ 1,367 bi para o setor elétrico entre janeiro e maio O volume
de desembolsos do BNDES para o setor elétrico atingiu R$ 1,367 bilhão
nos cinco primeiros meses do ano. O resultado é 40% menor do que o registrado
em igual período de 2004. O valor desembolsado para a área de energia
elétrica representou 9% do total liberado pelo banco de janeiro a maio,
que chegou a 15,1 bilhões. (Canal Energia - 14.06.2005) 3 TCU realiza avaliação das ações do Governo no setor de infra-estrutura em 2004 O Tribunal
de Contas da União pretende avaliar as principais ações do governo federal
na área de infra-estrutura durante 2004, abordando os principais obstáculos
para viabilizar o aumento do volume de recursos investidos nos setores
de energia elétrica, transportes, telefonia, petróleo e gás. O tema está
inserido em um relatório que o órgão apreciará nesta terça-feira, dia
14 de junho, como parte da prestação de contas do governo no ano passado.
O documento estuda as principais ações desenvolvidas pelo governo em 2004.
A análise engloba ainda o funcionamento das agências reguladoras. (Canal
Energia - 14.06.2005) 4
Ibama quer padronizar processo de licenciamento ambiental para hidrelétricas
O Centro
de Pesquisas de Energia Elétrica contratou os serviços de projetos da
attps Informática para desenvolver projeto de interface gráfica. O projeto
consiste na criação de um programa que permita facilitar e agilizar a
entrada de dados do programa de cálculo de distribuição de campos eletromagnéticos
em linha de transmissão no país. (Canal Energia - 14.06.2005)
Empresas 1 AES Eletropaulo: crise do gás x substituição pela energia elétrica As concessionárias
de distribuição de energia elétrica já observam no possível racionamento
de gás natural uma oportunidade de negócio. A eletricidade poderá ser
oferecida às indústrias e ao comércio, em substituição ao gás natural
importado da Bolívia. A AES Eletropaulo saiu na frente e já lançou um
novo produto aos seus clientes que se encaixa nesta necessidade. Com o
nome de "energia para substituição de equipamentos bi-energéticos", o
produto lançado oferece prazos mais flexíveis e, segundo o vice-presidente
da Eletropaulo, Ricardo Lima, preço bastante competitivo. Lima diz que
a distribuidora fez um mapeamento de seu mercado consumidor e identificou
12 clientes potenciais que poderiam vir a comprar mais energia elétrica
caso venham a ser obrigados a desligar seus equipamentos a gás. Esses
clientes, juntos, consumiriam 150 MW - ou deixariam de consumir 320 mil
metros cúbicos diários de gás. Com dois destes clientes, as conversas
já estão adiantadas, disse. Segundo o executivo, há um espaço ainda maior
para ser explorado. Ontem, a Eletropaulo iniciou uma pesquisa junto a
outros 280 grupos industriais para saber se outras empresas têm o interesse
em trocar energia elétrica pelo gás. (Valor-14.06.2005) 2 CPFL: crise do gás x substituição pela energia elétrica A CPFL, que atende o interior do Estado de São Paulo, afirmou que tem energia "interruptível" (cujo contrato é mais flexível) que poderá atender a este novo consumidor (dependentes do gás natural importado da Bolívia), caso haja necessidade. Mas a empresa acredita que, se as dificuldades de abastecimento de gás realmente vierem a ocorrer, serão passageiras e, portanto, não se configurará em uma grande oportunidade de negócio. (Valor-14.06.2005) 3 Copel: crise do gás x substituição pela energia elétrica A Copel
informou que já está recebendo consultas de consumidores que eventualmente
desejam substituir o uso do gás pela energia elétrica. Segundo a assessoria
da Copel, a empresa está aberta a essas consultas para verificar a possibilidade
de cobrir eventual falta de gás. Para vender a esses novos consumidores,
as distribuidoras podem se valer do direito legal de contratação de até
103% dos seus mercado. Ou seja, podem extrapolar em até 3% a previsão
anterior que haviam feito à Aneel e ao governo. (Valor-14.06.2005) 4
Light quer empréstimo de R$ 727 mi 5 Iberdrola, Abengoa e Elecnor devem entrar no setor de transmissão brasileiro Três grandes
empresas estão prestes a surgir no setor de transmissão de energia brasileiro.
As espanholas Iberdrola, Abengoa e Elecnor articulam uma parceria para
investir no país. Só do caixa da Iberdrola devem sair cerca de US$ 200
milhões. (Relatório Reservado - 14.06.2005) 6 Aneel realiza revisão dos montantes das quotas-parte de Itaipu para 2005 A diretoria
da Aneel aprovou, nesta segunda-feira, 13 de junho, a revisão dos montantes
das quotas-parte de Itaipu Binacional para 2005. Serão incorporados 10
MW na potência contratada pela Eletrobrás junto à usina, o que equivale
a 8 MW médios na energia vinculada. Essa variação, segundo a Aneel, representa
um acréscimo de 0,097% aos montantes originais informados pela Eletrobrás
em fevereiro deste ano - que somam pouco mais de 10,3 mil MW de potência.
Os 10 MW incorporados no contrato com a Eletrobrás serão repassados as
64 empresas de distribuição do país. O valor cabia ao Paraguai, que acabou
demandando menos energia em relação à informação encaminhada pela Eletrobrás.
(Canal Energia - 14.06.2005) 7 Eletronuclear espera receber R$ 110 mi relativos a geração durante o racionamento A Eletronuclear
espera solucionar até agosto todos os impasses que impedem o recebimento
de R$ 110 milhões relativos à geração de energia durante o racionamento,
quando gerou aproximadamente 1,3 mil médios. Segundo o presidente da empresa,
Paulo Figueiredo, o problema começou com a falta de contrato entre Furnas
e a geradora. A empresa negocia uma solução com a Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica, Aneel e MME. O executivo lembrou que, durante o racionamento,
o preço para a geração das usinas nucleares foi cotado a R$ 42/MWh, valor
muito abaixo do que o praticado pelo antigo MAE, hoje CCEE, de cerca de
R$ 600. "Na ocasião, a geração disponibilizada pelas centrais nucleares
era equivalente a 80% do potencial do complexo", contou Figueiredo. (Canal
Energia - 14.06.2005) 8 Eletronuclear resolve recomposição tarifária para realizar reestruturação da dívida A Eletronuclear espera resolver até o mês de agosto a recomposição da tarifa para energia nuclear com o objetivo de iniciar o processo de reestruturação da dívida de R$ 2,4 bilhões. O atual valor da tarifa, estabelecida pela Aneel, é de R$ 91,52/MWh. Apesar de considerar o valor suficiente para cobrir os custos de operação, o presidente da Eletronuclear, Paulo Figueiredo, diz que o preço da energia ainda é um ponto que precisa ser revisto para ajudar no processo de saneamento financeiro. A idéia de Figueiredo é encaminhar no mês de agosto um processo de reestruturação tarifária à Aneel. Para ele, os encargos resultantes da dívida da empresa são resultado da política tarifária. Para Figueiredo, R$ 120/MWh é um valor justo para a operação da empresa, tendo em vista que com a fixação de valores mais compatíveis com os custos, a Eletronuclear poderá readequar a dívida à geração de caixa, além de abrir espaço para repactuação de prazos. (Canal Energia - 14.06.2005) No pregão do dia 13-06-2005, o IBOVESPA fechou a 24.901,83 pontos, representando uma baixa de 0,20% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 836,8 milhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,24%, fechando a 7.962,32 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 53,4 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 35,57 ON e R$ 32,10 PNB, baixa de 1,19% e 1,23% respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 7,9 milhões as ON e R$ 11,6 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 22% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 14-06-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,80 as ações ON, alta de 0,65% em relação ao dia anterior e R$ 32,60 as ações PNB, alta de 1,56% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 14.06.2005) A Celesc
recebeu da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina
(Fatma) a licença ambiental de dez usinas, construídas antes
da aprovação da lei que exige estudos de impacto ambiental.
A aprovação do licenciamento é parte do contrato
de resultados da Celesc do ano passado. (Canal Energia - 14.06.2005) O Conselho de Administração da Coelba aprovou o resgate antecipado do total das debêntures da quarta emissão. O pagamento será feito mediante o saldo do valor nominal, calculado pro rata temporis desde a data do último pagamento da remuneração até o dia do resgate. (Canal Energia - 14.06.2005) A Comerc lançou um seguro para a venda de energia entre submercados no mercado livre. O seguro tem a intenção de mitigar os riscos existentes na comercialização de energia entre os submercados. O seguro será pago em energia, através de um percentual sobre os volumes transacionados. Inicialmente o objetivo é fechar contratos com agentes que tenham ao todo 100 MW médios. (Canal Energia - 14.06.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 84,1% de capacidade armazenada O índice
de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está
em 84,1%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente,
88,8% e 88,1% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 14.06.2005) 2 Nível dos reservatórios do Sul está em 68,5% Os reservatórios da região Sul apresentam 68,5% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 44,1%. (NUCA-IE-UFRJ - 14.06.2005) 3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 94,4% O Nordeste
apresenta 94,4% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina
de Sobradinho opera com 95,6% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 14.06.2005) 4 Região Norte apresenta 95,4% de volume armazenado O nível
dos reservatórios do Norte está em 95,4%. A usina de Tucuruí opera com
98% de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 14.06.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras anuncia que refinarias retomaram produção na Bolívia A Petrobras informou na segunda-feira que suas refinarias bolivianas começaram a operar normalmente, depois de sofrer com bloqueios de estradas e de terminais de combustíveis no país em crise. A empresa avalia que a situação começa a voltar à normalidade, mas vai manter, junto com o governo federal, o comitê de acompanhamento da crise instituído na quinta-feira. A operação das refinarias é fundamental para a manutenção da oferta de gás ao mercado brasileiro. A empresa corria o risco de ter de reduzir a produção local de gás porque não tinha mais espaço para armazenar os líquidos que saem dos poços junto ao gás natural - chamados de gasolina natural. Desde sexta-feira, quando foi escolhido o novo presidente boliviano, Eduardo Rodríguez, não há mais incidentes na Bolívia. (Diário do Grande ABC - 14.06.2005) 2 Consumidores industriais de gás natural do RJ podem substituir o combustível A decisão
sobre a necessidade de os 50 maiores consumidores industriais de gás natural
do Rio de Janeiro substituírem o produto por outro combustível foi comunicada
pelo secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio,
Wagner Victer, após uma reunião com o presidente da distribuidora CEG/CEG-Rio,
Daniel Lopez Jordá; o secretário de Defesa do Consumidor, Sérgio Zveiter;
e o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos (Asep),
João Paulo Dutra de Andrade. Além da substituição do gás nas indústrias,
Victer anunciou que não permitirá a suspensão do fornecimento de GNV para
fins de racionamento, mesmo que o MME adote tal iniciativa. A medida,
segundo Victer, visa a minimizar o impacto econômico para as cerca de
400 mil famílias que dependem do GNV para seu sustento. (Gazeta Mercantil
- 14.06.2005) 3 Victer: construção de Angra 3 reduzirá dependência do gás boliviano Para o secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer,
a construção da usina nuclear Angra 3 é uma importante saída para a redução
da dependência do gás natural boliviano. Victer estima que a produção
da terceira usina será equivalente a cerca de um terço do volume de gás
natural boliviano demandado. "Encaminhamos parecer técnico ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
sobre os impactos de Angra 3 na composição da matriz energética e no que
isso implica na redução da dependência de outras matrizes", contou. O
secretário ressaltou que a implementação da unidade é ponto de partida
para o novo programa nuclear brasileiro e abre espaço para uma melhor
integração entre os países da América Latina. (Canal Energia - 14.06.2005)
4 Zieli Dutra defende programa nuclear para reduzir dependência do gás boliviano O presidente
da seção latino-americana da Sociedade Americana de Energia Nuclear (LAS),
Zieli Dutra, defendeu a ampliação do programa nuclear brasileiro, com
a construção da usina Angra 3, como alternativa para diminuir a dependência
da importação de petróleo e gás natural. Ao participar da abertura da
reunião anual da entidade, nesta segunda-feira (13/06), Dutra destacou
que o Brasil está em uma posição favorável frente a outros países, inclusive
da Europa, porque domina a fabricação e o enriquecimento do urânio. Dutra,
ex-presidente da Eletronuclear, enfatizou que a LAS não interfere nas
políticas internas dos países, mas que faz as recomendações sobre os benefícios
e segurança do uso da energia nuclear. (Elétrica - 13.06.2005) 5 CNEN espera definição do governo sobre construção de Angra 3 A Comissão Nacional de Energia Nuclear espera que o governo federal divulgue até o mês de julho seu posicionamento sobre a construção da usina nuclear de Angra 3, considerado ponto de partida para a implantação do novo programa nuclear brasileiro. O presidente da CNEN, Odair José Gonçalves, acredita em uma resolução favorável do governo em relação ao projeto. O investimento estimado para a instalação dos projetos, segundo Gonçalves, é de US$ 13 bilhões, a serem aplicados ao longo de 18 anos. Os investimentos seriam oriundos de financiamentos do BNDES, Finep e iniciativa privada. Gonçalves disse que a configuração mais provável é a implementação de duas usinas de grande porte e quatro de pequeno porte, além de Angra 3. Segundo ele, a principal justificativa para este novo programa nuclear é a sazonalidade da geração hídrica, que alterna períodos de seca com fases de hidrologia elevada. "Mesmo com as novas usinas, a participação da energia nuclear na matriz energética deve se manter na casa dos 5%", observou. (Canal Energia - 14.06.2005) 6 CNEN: novas usinas nucleares dependem da revisão da política tarifária Para o presidente da CNEN, Odair José Gonçalves, o ponto mais importante para a implantação de novas usinas nucleares no Brasil será a revisão da política tarifária para as centrais nucleares atualmente em vigor. Segundo o executivo, como a estrutura hoje em vigor remunera cada fonte com um valor específico, constata-se que o custo de produção de usinas nucleares é pouco superior ao da geração hidrelétrica e mais barata que fontes alternativas. (Canal Energia - 14.06.2005) 7 Eletronuclear: EPE será responsável pelos estudos para implantação de centrais nucleares A respeito do novo programa nuclear brasileiro, que prevê a implantação de mais seis centrais, além da construção de Angra 3, o presidente da Eletronuclear, Paulo Figueiredo, disse que os estudos de mercado necessários para a empreitada ficarão a cargo da Empresa de Pesquisa Energética. Segundo ele, essas análises envolvem a definição da oferta e a avaliação de cenários de demanda para os próximos 20 ou 30 anos. De acordo com o executivo, a EPE retomará as avaliações conforme atribuição prevista na reestruturação que o modelo de energia passou em 2004. (Canal Energia - 14.06.2005) 8 CONSEMA aprova ampliação da termelétrica de Piratininga O Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) aprovou a proposta da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.(EMAE) considerando viável, do ponto de vista ambiental, a modernização e ampliação da Usina Termelétrica Piratininga - UTE Piratininga, localizada na Zona Sul da capital de SP. A estimativa de aumento na potência elétrica a ser gerada pela ampliação é de 505 MW e, do período de implantação, de 36 meses. Os membros do CONSEMA se basearam na análise produzida pelos técnicos do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental - DAIA, no que se refere à avaliação dos aspectos de poluição do ar, resíduos sólidos, efluentes líquidos e riscos, e também do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, na avaliação dos impactos sobre flora e fauna. O parecer do DAIA destaca que o aumento da produção de energia não resultará no incremento da poluição atmosférica. Pelo contrário, com a modernização, está prevista uma redução das emissões de poluentes, que deverão atender aos padrões legais. (Elétrica - 13.06.2005)
Grandes Consumidores 1 Vale luta por compra da produção de mina Os diretores
da CVRD tentam hoje convencer os integrantes do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade) que não haverá prejuízos à livre concorrência
se a empresa mantiver sua preferência na compra do excedente de produção
da mina Casa de Pedra, pertencente à CSN. Essa é a terceira reunião que
os dirigentes da siderúrgica têm com os conselheiros do Cade para discutir
detalhes dos processos que julgam negócios da Vale. "Depois desta audiência,
o Cade vai ter todo o material para analisar o processo em profundidade",
afirmou um dos advogados da Vale, José Inácio Franceschini. Quando a Vale
decidiu desfazer sua sociedade com a CSN, em 2001, ficou acertado que
ela teria preferência na compra de todo o minério de ferro produzido pela
mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG), que não fosse utilizado pela CSN.
Esse é um direito que a Vale afirma deter desde 1993. Essa cláusula, porém,
foi considerada lesiva à concorrência pela Secretaria de Direito Econômico
(SDE) do Ministério da Justiça. Em seu parecer enviado ao Cade, a SDE
recomenda que o fim dessa cláusula seja uma condição para que os negócios
da Vale sejam aprovados. Esse será o tema central da discussão de hoje.
(Hoje em Dia - 14.06.2005) 2 Veracel investe US$ 200 mi em central termelétrica A Veracel
terá 100% do fornecimento de energia elétrica gerado com a própria operação
da unidade, instalada em Eunápolis (BA). Para atender à demanda de fabricação
da planta, com capacidade prevista de 900 mil toneladas de celulose branqueada
de eucalipto por ano, foi montada uma usina termelétrica com capacidade
instalada de 98 MW. A central geradora já opera em testes com potência
de cerca de 60 MW. Além de gerar energia internamente, a fábrica está
utilizando um volume de 10 MW firmado em um contrato de suprimento com
a Chesf, no montante total de 98 MW. A expectativa é que, a partir de
agosto, a demanda de energia da unidade seja integralmente suprida pela
termelétrica. Em caso de ampliação da produção de celulose da unidade,
a central de geração pode produzir mais 25 MW, elevando sua capacidade
para 123 MW. A central térmica recebeu investimentos de US$ 200 milhões.
(Canal Energia - 14.06.2005) 3 Encontro debate expansão e manutenção de programa nucleares na América Latina O encontro
da Sociedade Americana de Energia Nuclear (LAS), que acontece até quinta-feira,
no Rio de Janeiro, tem como tema principal a manutenção e expansão de
programas nucleares na América Latina. Participam especialistas do Brasil,
Argentina, México e Chile, os quatro países da América Latina que dispõem
da tecnologia nuclear. (Elétrica - 13.06.2005)
Economia Brasileira 1 Mantega diz que taxa de juros pode parar de subir O presidente do BNDES Guido Mantega considerou que o atual cenário de "inflação sob controle", juntamente com indicadores favoráveis da economia brasileira, poderia conduzir a uma "parada" na subida na taxa básica de juros. Nesse cenário, acrescentou, pode-se pensar em um movimento de recuo na TJLP. Ele comentou ainda que, esse mês, a TJLP estará na pauta do CMN. Mantega disse ainda que uma política monetária mais branda poderia estimular investimentos. Esse estímulo ao investimento, que se originaria do término da subida da Selic poderia ser benéfico para aquecer a economia. (O Estado de São Paulo - 14.06.2005) 2 Furlan: País tem "folga" para ampliar desoneração O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que o governo federal possui folga orçamentária para a concessão de novos incentivos fiscais. Ele afirmou que a "MP do Bem" está "crescendo" e inclui mais de nove medidas, que abrangem desoneração do mercado de capitais, incentivo à micro e pequena empresa e ao desenvolvimento regional. Segundo ele, o governo estuda a desoneração da construção civil e de itens da cesta básica. "Há espaço para devolução do excesso de arrecadação que tem acontecido pelo aumento da eficiência da máquina pública e pelo crescimento da economia" disse Furlan, acrescentando que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e sua equipe, deram declarações sucessivas de que o objetivo do governo não é aumentar a carga tributária. (Valor Online - 14.06.2005) 3
IBGE: Venda do varejo cai perante março 4 Vendas externas brasileiras batem recorde em junho Mesmo com
a valorização do real frente ao dólar, as vendas externas brasileiras
continuam fortes e bateram novo recorde na segunda semana de junho. As
exportações de US$ 2,510 bilhões são as maiores para períodos semanais.
No acumulado do mês, a média diária das exportações brasileiras está acima
da casa dos US$ 500 milhões. Se mantido esse valor nas próximas semanas,
as vendas externas ultrapassarão a casa dos US$ 10 bilhões. A média diária
de junho, de US$ 502,3 milhões, é 13,1% maior que a registrada no mesmo
período de 2004, quando atingiu US$ 444,2 milhões. Até a segunda semana
de junho, as exportações acumulam US$ 4,018 bilhões e as importações,
US$ 2,378 bilhões, com superávit de US$ 1,640 bilhão. No ano, as exportações
totalizam US$ 47,490 bilhões e as importações, US$ 30,204 bilhões, com
saldo positivo de US$ 17,286 bilhões. (O Estado de São Paulo - 14.06.2005)
5 BNDES gastou menos que o esperado O desempenho
dos desembolsos do BNDES nos primeiros cincos meses desse ano foi "aquém
do esperado" pela instituição, segundo informou o presidente do banco,
Guido Mantega. Os desembolsos do banco tiveram alta de 7% de janeiro a
maio desse ano, ante igual período do ano passado. "Nossa meta era algo
mais próximo a um crescimento em torno de 20%", disse. Ao justificar o
desempenho, Mantega observou que o resultado poderia ter sido melhor não
fossem os desempenhos de dois setores, basicamente: agropecuária e energia
elétrica. Enquanto o primeiro recebeu desembolsos de R$ 1,750 bilhão nos
primeiros cinco meses desse ano, cifra 30% menor do que o registrado em
igual período no ano passado, o segundo teve desembolsos de R$ 1,367 bilhão
de janeiro a maio de 2005, montante 40% abaixo do registrado em igual
período do ano passado. (O Estado de São Paulo - 14.06.2005) O dólar à vista opera em baixa pelo terceiro dia consecutivo, corrigindo parte das perdas da última semana. Às 12h16m, a moeda americana recuava 0,20%, cotada por R$ 2,443 na compra e R$ 2,445 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,93%, comprada a R$ 2,4480 e vendida a R$ 2,45. (O Globo Online e Valor Online - 14.06.2005)
Internacional 1 América do Sul investirá em rede de gasodutos A ameaça
de desabastecimento de gás, acentuada com a seqüência de crises políticas
na Bolívia, levou o Brasil e mais quatro países a acelerar a criação de
um anel sul-americano de gasodutos. A obra de infra-estrutura é orçada
em US$ 2,5 bilhões e recebeu apoio formal do BID para "assistência técnica
e financeira", segundo declaração conjunta distribuída ontem pelos governos
do Brasil, Peru, Chile, Argentina e Uruguai, após reunião de alto nível
em Lima. O projeto tem como ponto central o aproveitamento da jazida de
gás natural de Camisea, no Peru, que seria ligada ao norte do Chile. Isso
permitiria a exportação de 30 milhões a 35 milhões de metros cúbicos por
dia - volume maior do que os 24 milhões de metros cúbicos por dia importados
da Bolívia pelo Brasil. A fatia brasileira desse total deverá ser o suficiente
para viabilizar o gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. Hoje, o gasoduto não
tem sentido por falta de matéria-prima. Segundo o comunicado, o governo
peruano "concordou com a viabilidade" do projeto e os cinco países vão
constituir imediatamente um grupo de trabalho para "analisar a proposta"
e "recomendar um marco institucional necessário para a materialização
da iniciativa". (Valor-14.06.2005) 2 Anel de gasodutos deixará países menos dependentes do gás boliviano O projeto
do anel sul-americano será encaminhado, na próxima semana, aos presidentes
reunidos no encontro de cúpula do Mercosul, em Assunção, que poderão dar
seu aval ao empreendimento. Com essa alternativa, o Brasil e seus vizinhos
ficarão menos dependentes do fornecimento de gás pela Bolívia. A declaração
conjunta menciona explicitamente a intenção de utilizar o anel sul-americano
para "reduzir os riscos da indústria de gás". O Brasil foi representado
na reunião de Lima pela ministra Dilma Rousseff. Do Chile, onde seria
construído um novo gasoduto, o gás usaria uma infra-estrutura já existente
para atravessar a Argentina. Os dois países inverteriam a sua relação
de exportador e importador. A Argentina, que hoje transfere gás para o
Chile, passaria a comprar o combustível peruano para aliviar a sua crise
energética. Em vez de exportar 5 milhões de metros cúbicos por dia, a
Argentina importaria até 17 milhões de metros cúbicos. O anel garante
abastecimento para Uruguai e Brasil, que já têm conexão com os argentinos,
mas não matéria-prima assegurada para mover as suas centrais termelétricas.
(Valor-14.06.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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