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nº 1.591 - 10 de junho de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Abdib defende isenção de PIS e Cofins para investimentos em geração de energia nova Em meio
à possível crise no abastecimento de gás, Paulo Godoy, presidente da Abdib,
defende a inclusão do setor elétrico na "MP do Bem". A proposta, entregue
aos ministros Luiz Fernando Furlan e Dilma Rousseff, sugere a isenção
da cobrança de PIS e Cofins para os investimentos na geração de energia
nova. Godoy considera injusto as medidas da MP beneficiarem só o setor
exportador. Segundo ele, a receptividade da proposta foi boa por parte
dos ministros. A entidade pede ainda a isenção da cobrança de PIS e Cofins
nos cinco primeiros anos de operação do empreendimento. Godoy diz não
acreditar que a crise política e a instabilidade no fornecimento de gás
da Bolívia influenciem a decisão do governo. A proposta conta com o apoio
de quatro entidades ligadas ao setor elétrico: a CBIEE, a Apine, a Abiape
e a Abrace. (Folha de São Paulo - 10.06.2005) 2 Audiência pública discutirá investimentos federais em energia A situação
dos investimentos do governo federal na transmissão de energia elétrica
para a região Norte será discutida em audiência pública na Comissão de
Minas e Energia. A audiência foi requerida pelo deputado Eduardo Valverde
(PT-RO) e aprovada. Os convidados serão o presidente da Eletrobrás, Silas
Rondeau Cavalcante Silva; o presidente da Eletronorte, Valter Luís Cardeal
de Souza; e o presidente do Ibama, Marcus Barros. O deputado Eduardo Valverde
questiona os custos decorrentes da insuficiência das linhas de transmissão
e as perspectivas de abastecimento energético para a região. (Elétrica
- 09.06.2005) O Senado
aprovou, em votação simbólica, a Medida Provisória 237, que estabelece
o repasse de recursos federais para governos de Estados e prefeituras
como compensação da desoneração do ICMS de produtos exportados. A MP criou
polêmica no Congresso por ampliar o prazo de adequação de 130 administrações
municipais para poderem fazer contratos no Programa Nacional de Iluminação
Pública Eficiente (Reluz), coordenado pelo MME. O texto será encaminhado
agora à sanção presidencial. (Elétrica - 09.06.2005) 4
Aneel apresenta projeto que prevê vazão na bacia do Rio São Francisco
Os processos de licenciamento ambiental podem agora ser acompanhados por meio do Portal Nacional de Licenciamento do Meio Ambiente (www.mma.gov.br/pnla), lançado pelo Ministério do Meio Ambiente. A intenção é integrar informações sobre licenças ambientais nas esferas federal e estadual, com a finalidade de dar mais transparência aos processos de licenciamento no país. (Elétrica - 09.06.2005) Os Estados de Goiás, da Bahia, da Paraíba, do Ceará, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do Paraná assinaram um documento de adesão ao novo sistema. (Elétrica - 09.06.2005)
Empresas 1 Aneel recorre de decisão judicial sobre reajuste da Celpe A Aneel
informou, no início da noite desta quarta-feira, que recorreu da decisão
do juiz da 3ª Vara Federal em Pernambuco, Manoel de Oliveira Erhardt,
que determinou a redução do reajuste das tarifas de energia concedidas
à Celpe no mês passado. O recurso foi interposto no Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, em Recife, na forma de agravo de instrumento com
pedido de efeito suspensivo da liminar concedida. A determinação da Justiça
para a Aneel recalcular as tarifas resultou numa diminuição do reajuste,
de 24,43% para 7,40%. (Elétrica - 09.06.2005) 2 Coelce perde novo recurso contra liminar que impede reajuste integral Os desembargadores federais do Tribunal Regional da 5ª Região, em Pernambuco, decidiram por unanimidade negar provimento ao recurso da Coelce contra à liminar que limita o reajuste da distribuidora a 11,13%. Segundo o tribunal, não há justificativa para o aumento de preços neste nível. Os desembargadores entendem que o aumento no percentual pretendido afetará a economia do estado do Ceará. É a segunda derrota da empresa, que tenta retomar o aumento de 23,59% autorizado pela Aneel, em Abril. O percentual ratificado, de 11,13%, resulta da variação do IGP-M dos últimos 12 meses. A Coelce perdeu o primeiro recurso na 7ª Vara Federal no estado, no fim de maio, em favor da seção cearense da Ordem dos Advogados do Brasil. Com a decisão, a empresa optou por recorrer ao TRF. A Coelce informou que a empresa vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça, após a decisão ser publicada no Diário Oficial da União. (Canal Energia - 09.06.2005) 3 AES ELPA delibera sobre proposta da administração de aumento do capital social A AES Elpa
enviou o seguinte Fato Relevante: a AES Elpa S.A., em cumprimento ao disposto
no parágrafo 4º, artigo 157 da Lei 6.404/76, e na Instrução CVM 358, de
3/1/2002, comunicou que a assembléia geral extraordinária convocada para
realizar-se em 6/6/2005, às 11h, para deliberar sobre proposta da administração
de aumento do capital social da Companhia, nos termos do edital de convocação
publicado na forma do artigo 124 da Lei das Sociedades Anônimas, não foi
instalada em obediência à ordem judicial contida na medida liminar recebida
pela Companhia em 6/6/2005, determinando a suspensão da assembléia. A
Companhia está tomando as medidas judiciais cabíveis visando à revogação
da referida decisão. Nova assembléia tendo por objeto o aumento de capital
em questão será convocada oportunamente. (Jornal do Commercio-10.06.2005)
4
Coelba define spread para emissão de R$ 540 milhões em debêntures 5 Celg recebe autorização do governo de Goiás para investir R$ 140 mi em obras A Celg recebeu
na quarta-feira, 8 de junho, autorização do governo de Goiás para realizar
investimentos na construção de 24 novas subestações, na ampliação e modernização
de outras 10 unidades, e na implantação de 750 quilômetros de linhas de
transmissão, como parte de um pacote de obras para o biênio 2005/2006.
O valor total autorizado pelo governador do estado, Marconi Perillo, é
de R$ 140,021 milhões. De acordo com o governo estadual, a lista de obras
prevê a construção de 14 novas subestações de transmissão, que demandará
investimentos de R$ 59,515 milhões. Outras dez novas subestações para
o segmento de distribuição exigirão outros R$ 5,307 milhões. Está prevista
ainda a ampliação e a modernização de mais 15 subestações, que totalizarão
investimentos no valor de R$ 25,419 milhões. O governo autorizou investimentos
de R$ 49,778 milhões na construção de 750 quilômetros de linhas de transmissão.
(Canal Energia - 09.06.2005) 6 "Apagão voluntário" contra reajustes da Enersul tem adesão em mais de 30 municípios no MS Moradores
de mais de 30 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande,
aderiram ao manifesto chamado "apagão voluntário", na noite de 7 de junho,
contra os reajustes de quase 90% na tarifa de energia elétrica em apenas
três anos. Conforme os coordenadores do Fórum Permanente do Consumidor,
que organizou o movimento contra os aumentos aplicados pela distribuidora
Enersul e considerados abusivos, a adesão na capital, por exemplo, chegou
a 80% em cinco bairros da região norte, com os moradores desligando os
padrões de energia por mais de meia hora. (Elétrica - 09.06.2005) No pregão
do dia 09-06-2005, o IBOVESPA fechou a 24.483,55 pontos, representando
uma baixa de 0,88% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,78 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,72%, fechando a 7.703,25 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 91,2 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 35,15 ON e R$ 32,00 PNB, baixa de 3,17% e 3,03% respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se que estas ações
movimentaram R$ 18,3 milhões as ON e R$ 36,3 milhões as PNB. De todo o
movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis
por 40% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 10-06-2005 as
ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,99 as ações ON, alta de 2,39%
em relação ao dia anterior e R$ 32,90 as ações PNB, alta de 2,81% em relação
ao dia anterior. (Economática e Investshop - 10.06.2005) A Eletronorte passa a integrar a Rede Metrológica do Pará que pretende melhorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores. A Rempa objetiva sensibilizar o empresariado local sobre a importância dos padrões de qualidade estabelecidos pelo Inmetro. (Canal Energia - 09.06.2005) A Cesp aprovou na assembléia geral extraordinária, realizada nesta quinta-feira, 9 de junho, o nome da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) para fazer a avaliação do valor das ações da Cteep e da Emae. O objetivo é fazer o aumento de capital desta geradora no valor de R$ 120 milhões, decisão aprovada pelo conselho de administração, em abril. (Canal Energia - 09.06.2005) A CEEE lançou na última quarta-feira, 08 de junho, o Programa Luzes da Cidade, integrante do seu programa de eficiência energética para o ciclo 2003/2004. O projeto consiste na realização do espetáculo teatral itinerante "As novas aventuras de João Gastão" e por uma série de ações educativas, voltadas para estimular o uso racional de energia elétrica entre a população gaúcha. (Canal Energia - 09.06.2005)
Leilões 1 Bolsa de energia prevê movimentar, por ano, R$ 1 bi A Associação
Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica e a Bolsa
de Mercadorias & Futuros assinaram nesta quinta-feira, 9 de junho, convênio
para a criação de uma bolsa de energia, com o objetivo de centralizar
os leilões de ajustes entre comercializadores, geradoras e grandes consumidores.
Paulo Cesar Tavares, presidente da Abraceel, estima que o negócio movimentará
1 mil MW médios, por mês, gerando uma movimentação financeira de R$ 1
bilhão, por ano. A meta é promover dois leilões mensais, inicialmente,
em contratos de curto prazo, com duração de um mês. No futuro, a idéia
é licitar produtos com contratos de médio e longo prazos. Segundo o presidente
da Abraceel, o primeiro leilão de ajuste pelo sistema de bolsa de energia
acontecerá na última semana de julho, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro,
na modalidade viva-voz. (Canal Energia - 09.06.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste apresenta 84,6% de capacidade armazenada O índice
de armazenamento dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está
em 84,6%. As hidrelétricas Itumbiara e Marimbondo apresentam, respectivamente,
89,9% e 89,2% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 10.06.2005) 2 Nível dos reservatórios do Sul está em 67,5% Os reservatórios da região Sul apresentam 67,5% de volume armazenado. A hidrelétrica S. Santiago registra capacidade de 40,2%. (NUCA-IE-UFRJ - 10.06.2005) 3 Índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 94,8% O Nordeste
apresenta 94,8% de capacidade armazenada em seus reservatórios. A usina
de Sobradinho opera com 96% de volume. (NUCA-IE-UFRJ - 10.06.2005) 4 Região Norte apresenta 96,6% de volume armazenado O nível
dos reservatórios do Norte está em 96,6%. A usina de Tucuruí opera com
99,2% de sua capacidade total. (NUCA-IE-UFRJ - 10.06.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma cria grupo para monitorar crise do gás boliviano Ontem, a ministra Dilma Rousseff, reuniu-se com a direção da Petrobras e das grandes distribuidoras de gás do país e decidiu criar um "gabinete de crise" para monitorar o problema. (Valor - 10.06.2005) 2 Governo começa a economizar gás Para minimizar
os efeitos da crise na Bolívia sobre o abastecimento de energia e os consumidores
residenciais do país, o governo deu início ontem a um programa de racionamento
de gás natural que estimulará a substituição do insumo por outras fontes
combustíveis. O programa resultará na conversão das refinarias da estatal
e das usinas termelétricas a derivados como óleo combustível e diesel.
Além das medidas de contenção do consumo, a Petrobras também colocará
no mercado mais 3 milhões de metros cúbicos de gás natural na próxima
semana. A medida viabilizará um volume suficiente do insumo para manter,
por exemplo, o abastecimento de Gás Natural Veicular no Rio. (Jornal do
Brasil-10.06.2005) 3 Petrobras nega possibilidade de racionamento de gás no Brasil O diretor
da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, admitiu ontem que
o Brasil poderá enfrentar em seis ou sete dias problemas com o abastecimento
de gás natural importado da Bolívia. O executivo negou a possibilidade
de racionamento de gás no país. (Folha de São Paulo - 10.06.2005) 4 MME e Petrobras não descartam interrupção no fornecimento do gás boliviano Em nota,
divulgada ontem, a Petrobras e o MME não descartaram a possibilidade de
interrupção no fornecimento do gás boliviano, o que traria conseqüências
especialmente para indústrias e demais consumidores não-residenciais,
que podem deixar de receber o produto. Só está assegurado o fornecimento
para residências, disseram. "O abastecimento de gás natural canalizado
aos consumidores residenciais está assegurado, independentemente de medidas
emergenciais que venham a ser adotadas caso a situação envolva a redução,
ou até mesmo a interrupção, do fornecimento de gás ao Brasil", diz a nota.
(Folha de São Paulo - 10.06.2005) 5 Petrobras: ausência de gás boliviano não representará desabastecimento Segundo o diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, no caso de a importação do gás natural da boliviano ser completamente interrompida, o desabastecimento no País não será imediato. Com estoques do insumo, um provável corte na produção de gás na Bolívia só terá reflexos no consumo interno no Brasil em cerca de uma semana, afetando primeiro as refinarias da estatal. (Gazeta Mercantil - 10.06.2005) 6 Diretor da Petrobras: dependência do gás boliviano foi "erro de estratégia" Na avaliação de diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella,, foi um "erro estratégico" o Brasil depender tanto do gás boliviano. Segundo o diretor, o gás é um insumo muito importante para que o país esteja tão dependente de importações. "Foi um erro de estratégia (a decisão de colocar no suprimento energético brasileiro um insumo como o gás). Estamos hoje tratando de uma situação decorrente de uma decisão que foi tomada há décadas, por quem eu não sei", disse Estrella. (Valor-10.06.2005) 7 MME: falta de gás não representa risco quanto ao abastecimento de energia elétrica O MME ressaltou que não há preocupação quanto ao abastecimento de energia elétrica, pois os reservatórios da usinas hidrelétricas estão cheios e podem suprir a falta de energia das termelétricas movidas a gás. Além disso, as térmicas também podem queimar diesel para funcionar. (Folha de São Paulo - 10.06.2005) 8 Abraget: falta de gás natural não vai causar apagão A possível suspensão do fornecimento de gás natural da Bolívia não irá causar problemas imediatos de abastecimento de energia elétrica no Brasil. A usinas termelétricas que usam gás natural estão sendo pouco acionadas. A situação é considerada confortável porque o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas garante o abastecimento mesmo que falte gás para as termelétricas. "A falta de gás boliviano não é grave agora. Há sobra de energia. Mas é um problema sério que tem de ser resolvido, porque é importante que existam usinas termelétricas para regular o abastecimento", disse Xisto Vieira, presidente da Abraget (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas). De acordo com a Abraget, dos cerca de 6.000 MW disponíveis nas usinas termelétricas, aproximadamente 2.000 MW médios dependeriam do gás boliviano. (Folha de São Paulo - 10.06.2005) 9 Indústria de SP seria a maior prejudicada com a interrupção da importação de gás da Bolívia São Paulo será a primeira região a ser afetada no caso de bloqueio do terminal da Petrobras na Bolívia o que poderá levar a uma redução de importação no volume de gás já na próxima semana. Com consumo de 8,6 milhões de metros cúbicos de gás natural, a cidade consome mais de um terço dos 24 milhões de gás importados do País vizinho. A indústria paulista será a maior prejudicada pela possível crise no abastecimento de gás, já que 80% das vendas da Comgás vão para empresas do ramo industrial, e a distribuidora depende fortemente das importações da Bolívia. Depois do setor industrial, serão os usuários de veículos a gás os principais afetados. Das vendas totais da companhia, 10% são destinados aos postos de GNV (Gás Natural Veicular). O consumo residencial é baixo: corresponde a apenas 4% das vendas da Comgás. O comércio compra 2,4% do gás distribuído pela empresa. Os cerca de 3,5% restantes têm como destino a geração de energia elétrica. (Folha de São Paulo e Gazeta Mercantil - 10.06.2005) 10 Empresas já traçam estratégias para enfrentar possível falta de gás natural As empresas começam a traçar planos estratégicos para enfrentar eventuais rupturas no fornecimento de gás para as suas fábricas. A AmBev decidiu realizar um levantamento em suas fábricas para medir o impacto da falta do gás em seu esquema de produção. A Coca-Cola disse ontem que já trabalha com a possibilidade de usar o gás GLP (ou gás de botijão) ou o óleo BPF (específico para a queima das caldeiras de unidades fabris) em sua fábrica em Minas Gerais. Estima-se que o uso do GLP como alternativa ao gás boliviano deve elevar em 20% os custos da empresa com o produto em Minas. No caso do óleo BPF, esse aumento gira em torno de 40%. (Folha de São Paulo - 10.06.2005) 11 Presidente da Abdib defende definição de marco regulatório para a transmissão de gás O presidente da Abdib, Paulo Godoy, defendeu a definição de um marco regulatório para a transmissão de gás de modo a reduzir a dependência em relação ao produto boliviano. "Se houver regras claras, novos investidores poderão ingressar no Brasil para construir gasodutos". (Folha de São Paulo - 10.06.2005)
Grandes Consumidores 1 Caemi passa ações de empresa canadense A Caemi,
empresa do Grupo Vale do Rio Doce, vendeu ontem para a Dofasco, principal
siderúrgica do Canadá, sua participação acionária na Québec Cartier Mining
Company (QCM), mineradora e exportadora de minério de ferro e pelotas,
com operações em Québec. A venda, no valor de US$ 120 milhões, ocorre
num momento em que a Vale prepara novos investimentos em expansão e provocou
protestos, no Brasil, da CSN, que alerta para um eventual aumento de concentração
da Vale. (Estado de São Paulo-10.06.2005) 2 Arcelor deve lançar holding em agosto A reorganização
dos negócios da companhia de aço européia Arcelor no Brasil em uma única
empresa será deflagrada no início de agosto, de acordo com fontes familiarizadas
com a operação. O processo, que envolverá duas grandes etapas, deverá
durar até o mês de outubro. Nesse período serão feitas aos acionistas
minoritários propostas de troca de ações das atuais empresas controladas
pelo grupo por papéis da nova companhia. As principais empresas da Arcelor
no país são a CST, a Belgo-Mineira e a laminadora de aços planos Vega
do Sul. (Valor-10.06.2005) 3 Produção de papel no Brasil teve aumento de 2,9% no primeiro quadrimestre de 2005 No primeiro
quadrimestre deste ano, a produção brasileira de papel aumentou 2,9%,
resultado de uma reação na demanda em abril, mês em que a produção subiu
6,4%. Mas as vendas domésticas cresceram 1,3% em papel e 15,9% no caso
da celulose. A exportação de celulose cresceu 3% no quadrimestre. A produção
brasileira do insumo subiu 8,3% em abril permitindo uma expansão de 4,4%
na comparação dos quadrimestres. De acordo com o vice-presidente da Bracelpa
(Associação Brasileira de Celulose e Papel), Miguel Sampol, o ambiente
atual ainda não é de uma melhoria do mercado, e as vendas dos primeiros
meses do ano ficaram abaixo das expectativas das empresas, mas Sampol
disse que o setor espera que a sazonalidade do segundo semestre melhore
o desempenho das vendas. (Gazeta Mercantil - 10.06.2005)
Economia Brasileira 1 IBGE: Produção industrial cresce em 12 das 14 regiões em abril A produção industrial cresceu em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em abril deste ano na comparação com igual mês de 2004. O maior crescimento foi registrado no Amazonas, onde houve expansão de 21,8%. Segundo o IBGE, o crescimento da indústria foi impulsionado pelo desempenho de material eletrônico e equipamentos de comunicações com a fabricação de telefones celulares (+36,7%). O produto tem sido destinado em grande parte à exportação. A produção paulista cresceu 7%. As únicas quedas foram verificadas em Pernambuco (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,9%). Segundo dados divulgados pelo IBGE, a indústria brasileira ficou estável em abril na comparação com março. Entretanto, em relação a abril do ano passado, apresentou expansão de 6,3%. No ano, acumula crescimento de 4,5%. (Folha Online - 10.06.2005) 2 Indústria negocia novas reduções de preço Depois de meses de forte pressão de custos, as indústrias estão negociando redução de preço com seus fornecedores. A queda das commodities agrícolas e metálicas e o câmbio valorizado aumentaram o poder de barganha das empresas. Nesse cenário, a baixa dos preços industriais, pode se intensificar em junho. Na cadeia do aço, siderúrgicas e montadoras estão em negociação pelos preços. No setor alimentício, as empresas estão repassando a queda das commodities ao varejo. E, para os produtos de alta tecnologia, o impacto do dólar barato é praticamente imediato. As cotações das bobinas a quente, matéria-prima da indústria automobilística, despencaram 22% desde o início do ano no mercado internacional. As cotações das placas de aço caíram 14% desde janeiro. No vergalhão, insumo para a construção civil, a queda foi de 13%. (Valor Online - 10.06.2005) 3
Criados mais de 200 mil empregos em maio 4 IPCA desacelera para 0,49% e tem menor variação em 7 meses A inflação
medida pelo IPCA desacelerou para 0,49% em maio, menor taxa desde outubro
do ano passado, quanto ficou em 0,44%. O recuo da inflação no mês passado
ocorreu por conta dos aumentos menores nos preços controlados e nos alimentos,
aliados aos combustíveis mais baratos. Em abril, o IPCA havia registrado
variação positiva de 0,87%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. O resultado
ficou abaixo também das projeções de analistas. Segundo o último Relatório
de Mercado do BC, a expectativa era de uma variação de 0,56% em maio.
No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 3,18%. Em maio, os medicamentos
tiveram a maior contribuição individual na formação do IPCA, com alta
de 1,81% e impacto de 0,07 ponto percentual no índice. Também contribuíram
para pressionar a taxa os ônibus urbanos, com aumento de 0,82% --devido
ainda ao aumento das passagens no Rio em abril. Energia elétrica teve
alta de 1,78% com o reajuste em quatro regiões: Porto Alegre, Belo Horizonte,
Salvador e Recife. (Folha Online - 10.06.2005) 5 IGP-M tem deflação de 0,30% na 1ª prévia. A primeira
prévia do IGP-M de junho teve deflação de 0,30%, ante queda de 0,03% em
igual prévia de maio. A informação foi divulgada hoje pela FGV. O IPA
, que representa 60% do IGP-M, teve queda de 0,79% ante queda de 0,40%
apurada na primeira prévia de maio. Por sua vez, o IPC, que representa
30% do IGP-M, registrou alta de 0,08% ante aumento de 0,72% registrada
em maio. Já o INCC, que representa 10% do IGP-M, teve elevação de 2,10%
ante aumento de 0,57% observada em maio. No ano, a inflação medida pelo
IGP-M acumula elevação de 1,89% até a primeira prévia de junho; em 12
meses, o indicador registra taxa acumulada de 7,27%. (O Estado de S. Paulo
- 10.06.2005) Às 12h42m, o dólar deu uma pausa na tensão com o cenário político. A moeda americana recua 0,92%, cotada a R$ 2,472 na compra e R$ 2,474 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 1,42%, negociado a R$ 2,4950 para a compra e R$ 2,4970 para a venda. (O Globo Online e Valor Online - 10.06.2005)
Internacional 1 Enarsa contará com financiamento do BNDES Está em
curso uma negociação em torno de um financiamento do BNDES para a Enarsa,
estatal recentemente criada pelo governo argentino para investir em petróleo
e gás. Como contrapartida, a companhia deverá comprar equipamentos de
fornecedores brasileiros. A negociação prevê também a participação da
Petrobras em alguns dos investimentos da Enarsa. O crédito será sacramentado
tão logo o BNDES remova um empecilho. A Enarsa ainda não tem ativos que
sirvam como garantia para o empréstimo. A saída estudada é o próprio banco
financiar os project finance da empresa, o que dispensaria a apresentação
de garantias reais. Seria a primeira investida do banco no exterior usando
essa modalidade de financiamento. Inicialmente, o financiamento chegaria
próximo dos US$ 200 milhões. Os recursos serão usados em atividades de
exploração e produção de petróleo e gás nos próximos dois anos. Também
está em pauta a construção de gasodutos interligando Argentina, Brasil
e Bolívia. (Relatório Reservado - 10.06.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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