l IFE:
nº 1.590 - 09 de junho de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma defende o cumprimento dos contratos Preocupada
com a questão da reavaliação dos reajustes tarifários pela justiça, a
ministra Dilma Rousseff, almoçou na terça-feira com o presidente do Superir
Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal. No encontro, a ministra disse
que condena os altos aumentos, mas defende o cumprimento dos contratos.
"Nós, do ministério, somos contrários a essa forma de regulamentar o setor
elétrico, o que levou a tarifas muito altas. No entanto temos consciência
de que, quando isso ocorreu, estava respaldado na legislação. Apesar de
não concordarmos com essa metodologia, não significa que sejamos a favor
do desrespeito aos contratos". O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman,
também se encontrou com o presidente do STJ na tarde da última terça-feira.
Ele manifestou a preocupação de que uma batalha jurídica em torno do reajuste
das tarifas de energia possa resultar numa revisão de investimentos para
o setor por parte dos grupos nacionais e estrangeiros. (Valor - 09.06.2005)
2 Abracee: gap pelo atraso da energia nova pode ser preenchido por térmicas Segundo
Evandro Coura, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias
de Energia Elétrica e do Grupo Rede, a demora na entrada de energia nova,
em função de atrasos nos leilões e na viabilização de projetos, pode impor
ao governo a rediscussão da inserção térmica na matriz elétrica. Segundo
Coura, o gap de quatro a cinco anos que deve haver entre as primeiras
licitações e o início de geração pode ser preenchido por termelétricas.
Mesmo com várias questões em aberto no suprimento do gás natural, agravadas
com instabilidade na Bolívia, a viabilização das térmicas deve ser olhada
com atenção pelo MME. "É uma solução intermediária, de médio prazo, na
medida em que as hidrelétricas leioloadas este ano só vão gerar energia
do final de 2009 em diante", avalia. A principal vantagem seria o pouco
tempo de construção, cerca de 18 meses, e a menor dificuldade no processo
de licenciamento ambiental. Ele admite que o aumento da base térmica,
no longo prazo, não é uma boa solução do ponto de vista econômico, pois
a geração mais cara em razão do custeio do combustível vai de encontro
à modicidade tarifária. Além das termelétricas, Coura aponta que algumas
hidrelétricas paradas até há pouco tempo podem avançar, embora, segundo
ele, não haja a garantia de que um número suficiente entre em operação
antes de 2009. (Canal Energia - 08.06.2005) 3 Luz para Todos implementou mais 20,6% dos projetos em maio No mês de
maio, o programa Luz para Todos concluiu 3.038 obras e 1.695 estão em
execução. As informações são do último relatório do comitê gestor estadual.
Existem 5.362 projetos prontos e 14.392 cadastrados. Estes números referem-se
ao atendimento efetuado através das concessionárias, além disso, existem
os projetos executados através do Cooperar, que até abril somaram 1.724
domicílios. (Elétrica - 08.06.2005) 4
Curtas A Federação da Indústria do Estado de Mato Grosso do Sul realiza nesta quarta-feira, 8 de junho, seminário para discutir o reajuste das tarifas de energia. O seminário pretende analisar as perspectivas da indústria e do comércio frente aos recentes aumentos. (Canal Energia - 08.06.2005)
Empresas 1 BC: empresas do SE são as maiores devedoras do sistema financeiro nacional Segundo
levantamento feito pelo Banco Central, o setor elétrico é o maior devedor
do sistema financeiro nacional. Segundo os balanços fechados em dezembro
de 2004, as dívidas dessas empresas com os bancos que atuam no país somam
R$ 19,9 bilhões, valor 25% maior do que o registrado em 2003. Na segunda
colocação da lista estão as companhias de telecomunicações, cujos compromissos
somam R$ 8,3 bilhões. Os números constam do Relatório de Estabilidade
Financeira produzido pelo BC e servem apenas de referência para a análise
do nível de endividamento de cada setor empresarial. (Folha de São Paulo
- 09.06.2005) 2 Aneel reduz tarifa da Celpe para 7,4% A Aneel decidiu ontem, em reunião pública extraordinária, baixar o reajuste médio de correção das tarifas da Celpe, distribuidora de energia de Pernambuco, de 32,54% para 7,4%. A aplicação do novo índice será retroativa ao dia 29 de abril, data-base de correção das tarifas da concessionária. O índice foi recalculado para cumprir o que determina a liminar expedida pelo juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, Manoel de Oliveira Erhardt. O reajuste anterior autorizado previa 24,43% este ano e 8,11% nos próximos três anos. O juiz mandou desconsiderar no cálculo da tarifa os efeitos do contrato de compra de energia feito pela concessionária com a usina Termopernambuco, o que representa um custo adicional de R$ 256 milhões ao ano. O contrato com a Termopernambuco é de R$ 137 o MWh, enquanto o contrato antigo, celebrado com a geradora estatal Chesf, era de R$ 62 o MWh. (Valor - 09.06.2005) 3 Kelman: revisão do reajuste da Celpe pode aumentar risco regulatório O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, disse antes da reunião que decidiu baixar o reajuste
médio de correção das tarifas da Celpe, que iria cumprir a decisão judicial,
mas que acreditava que tal fato poderia aumentar o risco regulatório do
país e gerar insegurança jurídica aos agentes do setor elétrico. "E insegurança
sempre significa aumento futuro das tarifas para os consumidores", afirmou
Kelman. Ontem mesmo, no fim da tarde, a Aneel entrou com um agravo de
instrumento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, pedindo
a suspensão da decisão. (Valor - 09.06.2005) 4
Kelman: contratos da Celpe foram feitos na época do racionamento 5 Cosern analisa sentença que limitou reajuste autorizado pela Aneel A Cosern
está analisando a sentença que limitou reajuste tarifário em 11,13%, contra
os 19,58% autorizados pela Aneel. A distribuidora tem cerca de 15 dias
para entrar com recurso contra a liminar concedida ao Ministério Público
Federal e ao Procon. O juiz federal substituto Francisco Glauber Pessoa
Alves, respondendo pela 2ª Vara, afirmou, na sentença, que o modelo contratual
é benéfico à concessionária. O reajuste entrou em vigor no dia 22 de abril.
(Canal Energia - 08.06.2005) 6 AES Sul vai investir R$ 65 mi em 2005 A AES Sul
prevê a aplicação de R$ 65 milhões este ano, dos quais cerca de R$ 51
milhões são para distribuição de energia, e o restante para obras de infra-estrutura.
A companhia atende 118 municípios no Rio Grande do Sul. A empresa informou
ontem ao governador Germano Rigotto os investimentos no Estado. (Zero
Hora-09.06.2005) 7 Grupo Rede tenta liberação de licenças ambientais para hidrelétricas Mesmo sem
a pretensão de investir em geração nos próximos anos, o Grupo Rede está
atuando junto com o governo para destravar a liberação de licenças ambientais
prévias para as hidrelétricas do leilão deste ano. A holding trabalhou
na realização do estudo de impacto ambiental da hidrelétrica de Ipueiras,
localizada no Tocantins. A usina, com 480 MW de potência instalada, é
a maior entre as 17 que o MME listou para a licitação prevista para 2005.
A audiência pública será marcada nos próximos 30 dias, e a expectativa
é que a LP seja emitida pelo Ibama em breve. (Canal Energia - 08.06.2005)
8 CPFL Paulista e CPFL Piratininga credenciam estabelecimentos comerciais A CPFL Paulista e CPFL Piratininga iniciaram credenciamento de estabelecimentos comerciais como agentes de recebimento de contas de luz. O objetivo das distribuidoras é cadastrar mil pontos de atendimento até outubro. A implantação dos agentes resultará na oferta de horários diferenciados ao consumidor, em razão dos horários de funcionamento mais flexíveis. O lojista interessado em aderir ao sistema receberá gratuitamente o equipamento necessário, treinamento, manutenção, material promocional e a transmissão de dados. Serão investido R$ 2,3 milhões em sistemas e equipamentos. (Canal Energia - 08.06.2005) 9 Comerc desenvolve seguro contra variação de preços entre regiões A Comerc Comercializadora desenvolveu um seguro para contratos de energia entre agentes de diferentes submercados. Com isso, a empresa mitiga o risco das geradoras em vender energia para um consumidor estabelecido em região diferente da sua. "Contratualmente, é como se a vendedora passasse a gerar no mesmo submercado do comprador", explica o sócio da Comerc, Marcelo Parodi. A proposta da Comerc é assumir este risco e o pagamento pelo seguro seria feito em energia. Ou seja, a geradora fornece o volume contratado mais um percentual que deve variar entre 3% e 7% para a comercializadora e a empresa se responsabiliza por comprar a energia para atender o consumidor. Inicialmente, a Comerc quer assegurar, por um ano, até 100 MW já contratados. "Dependendo da avaliação destas primeiras operações, partiremos para negociações em volumes e prazos maiores, talvez em parceria com instituições financeiras ou seguradoras", disse Parodi. (Abrage - 09.06.2005) No pregão
do dia 08-06-2005, o IBOVESPA fechou a 24.701,50 pontos, representando
uma baixa de 1,30% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,39 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,50%, fechando a 7.838,29 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 104,5 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 36,30 ON e R$ 33,00 PNB, alta de 0,28% e baixa de
1,17% respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Destaca-se
que estas ações movimentaram R$ 21,7 milhões as ON e R$ 28,8 milhões as
PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás
foram responsáveis por 29% do volume monetário. Na abertura do pregão
do dia 09-06-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 35,01 as ações
ON, baixa de 3,55% em relação ao dia anterior e R$ 32,71 as ações PNB,
baixa de 0,88% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop -
09.06.2005) A Celg criou a diretoria de Relacionamento com os Investidores para se adequar às normas do Novo Mercado da Bovespa. A diretoria é resultado do desmembramento da diretoria Econômico-Financeira aprovado na terça-feira, 7 de junho, em assembléia geral extraordinária. (Canal Energia - 08.06.2005) A Celg está indicando às prefeituras de Goiás que troquem lâmpadas menos eficientes por de vapor de sódio, que consomem menos energia elétrica, têm a mesma luminosidade e uma vida útil maior. A medida pode gerar uma economia de até 60%, segundo estimativa da empresa. A orientação faz parte do programa de eficiência de energia da concessionária. (Canal Energia - 08.06.2005) O furto de uma grande quantidade de cabos da Rede Celpa, usados para a rede de energia de baixa tensão e avaliados em R$ 10 mil, foi descoberto, ontem. Adaílson Santos de Oliveira foi preso e autuado, em flagrante, na Seccional de São Brás, pelo delegado Fernando Flávio. (O Liberal-09.06.2005) Será inaugurada no dia 09/06/2005 a de linha de transmissão da CEEE em Pelotas que liga as subestações Presidente Médici (em Candiota) e Pelotas 3. A obra foi executada representou investimento de R$ 30 milhões da CEEE. Tem extensão de 127 quilômetros, opera em tensão de 230 mil volts, desde o dia 1º de maio último. (Elétrica - 08.06.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 RS deve investir cerca de R$ 5 bi em para evitar desabastecimento Para contornar
possíveis problemas de desabastecimento de energia no verão de 2007, o
Estado do Rio Grande do Sul conta com uma carteira de cerca de R$ 5 bilhões
em investimentos em geração e transmissão que entrarão em operação em
no máximo em dois anos, a maior parte fruto de investimentos privados.
Em geração serão cerca de R$ 4,5 bilhões em investimentos que acrescentarão
1,17 mil MW de energia ao sistema. Entre os principais empreendimentos
estão a usina de Barra Grande, com potência de 690 MW, na qual serão investidos
US$ 509 milhões. O estado conta também com investimentos em PCHs. Serão
nove unidades que demandarão investimentos de US$ 107,5 milhões e acrescentarão
171,5 MW ao sistema. Entre as PCHs, oito foram selecionadas na primeira
etapa do Proinfa. O programa garantiu também a compra de 220 MW em produção
de usinas eólicas. Quatro parques eólicos, que juntos representam um investimento
de US$ 300 milhões, devem entrar em operação até dezembro de 2006. O governo
do estado aposta na construção da linha Campos Novos-Pólo (525 kV), para
garantir o abastecimento do Rio Grande do SulA capacidade de atendimento
da demanda deve alcançar 5,5 mil MW em 2007, contra os 4,9 mil MW, atualmente,
segundo o secretário. (Canal Energia - 08.06.2005) 2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram capacidade de 84,8% O submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 84,8% de volume armazenado em seus reservatórios. As hidrelétricas Emborcação e Furnas operam com 91,2% e 98,3% de capacidade, respectivamente. (NUCA-IE-UFRJ - 09.06.2005) 3 Nível dos reservatórios do Sul está em 67,5% O submercado
Sul opera com capacidade de 67,5% em seus reservatórios. A hidrelétrica
G. B. Munhoz registra 83,7% de volume armazenado. (NUCA-IE-UFRJ - 09.06.2005)
4 Nordeste opera com capacidade de 95% em seus reservatórios O índice
de armazenamento do submercado Nordeste está em 95%. A hidrelétrica de
Sobradinho apresenta 96,2% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 09.06.2005)
5 Reservatórios do Norte operam com capacidade de 96,9% O nível
dos reservatórios do submercado Norte está em 96,9%. A hidrelétrica de
Tucuruí opera com capacidade de 99,6%. (NUCA-IE-UFRJ - 09.06.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Crise pode causar falta de gás natural no Brasil O agravamento da crise política na Bolívia poderá provocar a falta de gás natural no Brasil dentro de três a quatro dias, prejudicando principalmente São Paulo e estados do Sul do país. As exportações de gás boliviano podem ser afetadas pelo bloqueio de estradas e de um terminal de armazenamento que foi tomado por manifestantes. O governo brasileiro anunciou que um plano está sendo elaborado para contornar o problema. O especialista Adriano Pires Rodrigues, do Centro Brasileiro de Intra-Estrutura, explicou que o gás é produzido associado ao condensado, um óleo leve. Com o bloqueio das estradas e a posse de um terminal, a Petrobras, sem ter onde armazenar produtos líquidos, poderá ter que reduzir a produção do gás. (O Globo-09.06.2005) 2 MME e Petrobras elaboram plano para evitar a falta de gás natural O diretor
de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, garantiu que tanto a produção
como o fornecimento de gás para o Brasil (24 milhões de metros cúbicos
por dia) estão normais. No fim da tarde, o Ministério de Minas e Energia
e a Petrobras informaram que elaboram um plano para evitar a falta de
gás natural no Brasil caso ocorra uma redução nas importações. Entre os
estados que seriam mais afetados está São Paulo, onde 75% do consumo é
de gás boliviano. Técnicos do governo traçaram alguns cenários em que
pode vir a ser adotado um controle maior na distribuição do gás, mas evitam
falar em racionamento. O controle é classificado como política de contingenciamento
porque não implica o corte linear no fornecimento, como já ocorreu com
a energia elétrica na época do apagão. (O Globo-09.06.2005) 3 Petrobras: operações na Bolívia estão normais A Petrobras
informou, por sua assessoria no departamento de Gás e Energia, que as
operações da empresa estão normais na Bolívia. A estatal brasileira afirmou
ainda que os problemas na Bolívia não "afetaram em nada" as atividades
da companhia. Na Bolívia, na área de gás, a Petrobras é sócia da empresa
espanhola Repsol e da francesa Total na exploração dos campos de San Alberto
e San Antonio (os maiores do país). (Folha de São Paulo - 09.06.2005)
Grandes Consumidores 1 Votorantim negocia a venda da Votocel a fundos por US$ 120 mi O grupo
Votorantim está em negociações finais para vender uma empresa do grupo,
a Votocel, líder em filmes flexíveis. O material é empregado na fabricação
de diversos tipos de embalagens, principalmente de alimentos. Na ponta
compradora está a Vitopel, vice-líder do segmento no país e a maior da
América Latina, controlada por fundos de investimento dos bancos JP Morgan
Chase e CSFB. O preço a ser pago, segundo pessoas familiarizadas com os
termos da transação, ficará entre US$ 120 milhões e US$ 140 milhões. A
unificação das duas empresas resultará numa capacidade produtiva de mais
de 120 mil toneladas por ano. Há expectativas de que o contrato seja assinado
nos próximos dias e que a operação seja finalizada no mês de julho. A
única pendência agora é a estruturação do financiamento da aquisição.
A Vitopel e o grupo Votorantim não se pronunciaram sobre as negociações.
(Valor - 09.06.2005) 2 Vale terceiriza as importações com a americana Vastera A Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD) terceirizou completamente o gerenciamento dos
seus serviços de importação com a Vastera, multinacional americana especializada
em serviços de comércio exterior. A diretora geral para a América do Sul
da Vastera, Simone Aguiar, informou que esse é o maior contrato já assinado
pela empresa no Brasil, e que vai aumentar em 30% o faturamento anual
- de US$ 2,2 milhões, no ano passado. Os executivos das duas empresas
passaram quatro meses negociando até conseguirem fechar o acordo, no final
de abril. Entre os artigos de que a Vastera vai gerenciar para a Vale
estão coque, pneus e peças para veículos pesados, vagões, locomotivas
e produtos químicos utilizados na extração de minério. (Valor - 09.06.2005)
3 Inauguração do Pólo Gás-químico do Rio será no dia 23 O Pólo Gás-químico
de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, será inaugurado no dia 23.
Já foram investidos R$ 3 bilhões no projeto, que atraiu 40 empresas para
a região. De acordo com o Governo do Estado, quando o pólo começar a funcionar,
serão criados mais 30 mil empregos, diretos e indiretos. O empreendimento
produzirá 540 mil toneladas por ano de polietileno, matéria-prima para
a produção de artigos de plástico, como sacolas de supermercados, adesivos,
embalagens e filmes. O projeto é considerado inovador no Brasil, já que
usa frações de etano e propano, provenientes do gás natural da Bacia de
Campos, como matéria-prima para a produção de polietileno. Os pólos da
Bahia, do Rio Grande do Sul e de São Paulo usam a nafta, derivado do petróleo.
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, afirma
que o pólo é o maior investimento privado feito no Estado nos últimos
30 anos. (Jornal do Commercio - 09.06.2005) Economia Brasileira 1 Dirceu ataca política econômica O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, fez ontem críticas à condução da política econômica comandada pelo ministro Antonio Palocci e pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Afirmou, em Lisboa, que "o Brasil não pode se dar ao luxo de ser gerido por metas de inflação e política de juros". "Se deixarem, [integrantes da equipe econômica] fazem o superávit primário de 7%, juros de 20%. Isso é uma disputa política. Não falar isso é faltar com a verdade para a sociedade", declarou o ministro. Nos bastidores do governo, Dirceu é um dos principais críticos da política econômica executada pela Fazenda. Ataca os altos patamares dos juros, hoje em 19,75%, e do superávit primário, que tem meta anual de 4,25% e ficou em 7,2% do PIB de janeiro a abril deste ano. Embora tenha dito ser "importante" o papel desempenhado pela "Autoridade Monetária", o Banco Central, Dirceu disse que é importante o Brasil promover "políticas de desenvolvimento". (Folha Online - 09.06.2005) 2 Fundamentos blindam economia, avalia governo A forma mais eficaz de proteger a economia das turbulências políticas é preservando os fundamentos fiscal, monetário e cambial. Essa é a receita que a equipe econômica vem prescrevendo ao presidente Lula e foi nesse sentido que ele deixou claro que não tomará qualquer "medida populista só porque estamos a um ano e meio das eleições". Na avaliação de um economista do governo, se até agora o mercado financeiro reagiu com moderação à crise política foi porque "estamos com os fundamentos sólidos". O superávit primário acumulado este ano, até abril, é robusto: 7,26% do PIB. Em 12 meses encerrados em abril, é de 5,03% do PIB, para uma meta de 4,25% do PIB. Portanto, há margem para realizar alguns investimentos públicos em infra-estrutura e atender um leque de emendas parlamentares sem comprometer a meta, embora a tendência, no governo, seja de ir um pouco além da meta. (Valor Online - 09.06.2005) 3
Ipea baixa projeção de crescimento do país para 2,8% 4 BNDES apressa plano que agiliza empréstimo O BNDES
anunciará nos próximos dias o detalhamento do Programa de Agilização de
Crédito para Investimento. O programa institui o chamado "limite de crédito"
ou "crédito rápido". O mecanismo permite a concessão imediata de recursos
para os clientes tradicionais da instituição, com cinco anos no mínimo
de projetos aprovados, para os quais será concedido crédito imediato,
no limite máximo de até R$ 900 milhões.A informação foi dada ontem pelo
Diretor da Área de Planejamento do BNDES, Antônio Barros de Castro. A
medida visa aproximar o BNDES do "mundo mais complexo das trajetórias
estratégicas alternativas", entre as quais se destaca a Inovação, explicou
Castro. (Jornal do Commercio - 09.06.2005) 5 Furlan avisa que desoneração de investimento não será aprovada O Ministro
do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que a proposta de
desonerar todo novo investimento produtivo no País, independentemente
do porcentual de suas exportações, não deverá ser aprovada. Essa proposta
havia recebido inicialmente a aprovação do próprio Furlan, do ministro
da Fazenda, Antonio Palocci, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas, segundo Furlan, as limitações orçamentárias impedem que essa iniciativa
seja tomada nesta a primeira etapa de desoneração de novos investimentos.
Segundo Furlan, ainda há sugestões para a ampliação das medidas de desoneração
que estão sendo discutidas pelas equipes dos ministérios da Fazenda e
do Desenvolvimento e o lançamento dessas propostas, deverá ser ainda nesta
semana. (O Estado de São Paulo - 09.06.2005) 6 Pesquisa mostra que apenas 1,7% das indústrias investe em inovação Mapeamento concluído pelo Ipea revelou que apenas 1,7% da indústria brasileira adota iniciativas de inovação e de diferenciação de produtos. Essas companhias, entretanto, respondem por 25,9% do faturamento industrial do País e por 13,2% do emprego gerado no setor. Os dados desmistificaram ainda as versões de que as empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil são as que mais investem em pesquisa e desenvolvimento. O estudo apontou que, em 2000, o desembolso de empresas de capital estrangeiro em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento no Brasil foi de R$ 1,7 bilhão. Em média, o dispêndio com a inovação equivale a 0,62% do faturamento. Nas companhias nacionais alcança R$ 2,03 bilhões, 0,75% de suas vendas. Da mesma forma, apontou que as empresas de capital brasileiro respondem por um investimento produtivo no exterior da ordem de US$ 13 bilhões, o que reforça as iniciativas de internacionalização das companhias nacionais. (Jornal do Commercio - 09.06.2005) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina se prepara para falta de gás causada pela crise boliviana A crise
boliviana está obrigando o governo argentino a rever seus planos para
resolver a escassez energética do país. A perspectiva é de que sem a garantia
de abastecimento de gás boliviano, a falta de energia que ocorreu no ano
passado deve se repetir nos próximos anos, e as medidas ao alcance das
autoridades podem servir apenas para amenizar o problema, mas não para
resolvê-lo. Por enquanto, o governo argentino vem se mantendo em silêncio
sobre o assunto, mas, desde que a crise boliviana se agravou, as autoridades
deixaram de mencionar o plano de construir um gasoduto ligando a Bolívia
e o norte argentino. O duto teria capacidade de transportar 20 milhões
de metros cúbicos de gás por dia, justamente a quantidade que falta para
que a Argentina normalize seu abastecimento. Outro problema é o gás que
a Argentina importa atualmente da Bolívia, cerca de 7 milhões de metros
cúbicos. Se o gás for nacionalizado, os contratos para seu envio devem
ser renegociados, significando aumento de custos. (Valor - 09.06.2005)
2 Consumo de energia em Portugal tem aumento de 6,4% entre janeiro a maio O consumo
de eletricidade em Portugal, de Janeiro a Maio de 2005, cresceu 6,4% para
os 20 108 GWh face ao mesmo período de 2004, anunciou a REN-Rede Eléctrica
Nacional. Na Estatística Mensal de Exploração, a REN refere que o consumo
total de eletricidade, Sistema Elétrico Público e Sistema Eléctrico Não
Vinculado, cresceu em Maio último 4,1% para 3.734 GWh. O crescimento homólogo
acumulado nestes primeiros cinco meses do ano, quando corrigido de alterações
nos dias úteis e temperaturas, foi de 5,1%, valor que compara com o aumento
de 3,4% assumido no cálculo das tarifas de 2005 pela Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos (ERSE). No conjunto dos cinco meses deste ano,
o saldo importador caiu 10% para os 2454 GWh, tendo descido em Maio último
oito por cento para os 568 GWh. Entre janeiro e maio de 2005, as importações
caíram 6% para 2898 GWh e as exportações aumentaram 28% para os 443 GWh,
sendo que, em março, as importações caíram 11% para 604 GWh e as exportações
tiveram um queda de 42% para 35 GWh. A produção hídrica caiu 59% para
2105 GWh na totalidade dos cinco meses, enquanto a produção térmica subiu
42% para 13 179 GWh. (Diário Econòmico - 09.06.2005) 3 Dubai Holding anuncia criação de empresa do setor energético A Dubai Holding, conglomerado de Dubai que tem empresas em vários setores, anunciou que vai abrir uma nova empresa, a Dubai Energy, que controlará seus investimentos no setor de energia na região e ao redor do mundo. A empresa vai desenvolver projetos de energia em vários países. O investimento será feito em função das oportunidades que estão surgindo na área. De acordo com a companhia, os voláteis preços de produtos energéticos, a demanda instável, a franca concorrência e os custos crescentes abriram um leque de novas oportunidades para as empresas do setor. (Elétrica - 08.06.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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