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IFE: nº 1.568 - 06 de maio de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel fiscaliza cumprimento de metas do Luz para Todos
2 Aneel: falta de recursos ameaça fiscalização
3 Frente Parlamentar trabalha para obstruir projeto de reestruturação das agências
4 Negociação sobre mudança de indexador de contratos exige cautela, diz Abdib
5 Quotas da CCC de abril totalizam R$ 251,6 mi
6 Câmara dos Deputados instala CPI do setor elétrico

Empresas
1 Empresas buscam reduzir inadimplência do setor público
2 Economática: valor de mercado da Cteep aumentou em 14,40%
3 Lightpar encerra trimestre com prejuízo de R$ 799 mil
4 Juiz limita reajuste de tarifas da Coelce
5 RS quer retirar obrigatoriedade de plebiscito para aprovação de reestruturação da CEEE
6 Cotações da Eletrobrás
7 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste tem índice de armazenamento em 85,7%
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 42,3%
3 Submercado Nordeste registra volume armazenado de 97,6%

4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 98%

Gás e Termelétricas
1 BNDES vai financiar plataformas
2 Petrobrás: produção de petróleo ultrapassará volume consumido
3 Projeto Alto Uruguai desenvolve sistema de biogás no Sul do país
4 Dirceu volta a defender construção de Angra 3

Grandes Consumidores
1 Vale retoma discussão sobre Usiminas

Economia Brasileira
1 Furlan: Empresas já perdem vendas com real valorizado
2 CNI alerta que juros já estão comprometendo investimentos

3 IBGE: Produção industrial volta a crescer após 2 meses em baixa
4 Vendas reais caem por três trimestres
5 Inflação medida pelo IPC-S fica em 0,88%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 AES Corp. registra lucro líquido de US$ 133 mi no primeiro trimestre
2 Bolívia aprova nova lei que regula exploração de gás

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel fiscaliza cumprimento de metas do Luz para Todos

A Aneel iniciará a fiscalização dos resultados do programa Luz para Todos e do cumprimento das metas de universalização de atendimento entre 9 e 20 deste mês pela Cemig. No mês que vem, será a vez da Coelba. A Aneel verificará documentos e realizará inspeções, por amostragem, nos locais da implementação do programa. Até 2006, a Cemig deverá universalizar todos os 774 municípios de sua área de concessão. Serão fiscalizados municípios de sete regionais da concessionária: Centro, Oeste, Norte, Leste, Triângulo Mineiro, Mantiqueira e Sul de Minas. A escolha dos municípios é feita por uma amostragem estatística elaborada pela Aneel. (Gazeta Mercantil - 06.05.2005)

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2 Aneel: falta de recursos ameaça fiscalização

A Aneel pode reduzir consideravelmente a fiscalização do programa Luz para Todos este ano se parte do orçamento contigenciado do órgão não for liberada. A meta colocada pela Aneel para o acompanhamento in loco do programa de universalização foi de 32 distribuidoras até o final de dezembro. A estimativa depende da liberação de um orçamento de R$ 4 milhões, represado pelo governo como parte do esforço para o cumprimento do superávit fiscal de 4,25% do PIB. Sem o recurso, o alcance do trabalho cairá para apenas 10 empresas. De acordo com o superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade da Aneel, Paulo Henrique Lopes, a agência tem disponível cerca de R$ 1,4 milhão para realizar todos os trabalhos de fiscalização em 2005, envolvendo o Luz para Todos. A necessidade do reforço de caixa, segundo ele, já foi manifestada ao Executivo. "Já colocamos o problema (da falta de recursos) à ministra Dilma Rousseff, que mostrou estar sensibilizada com a nossa situação atual", afirma o superintendente. (Canal Energia - 05.05.2005)

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3 Frente Parlamentar trabalha para obstruir projeto de reestruturação das agências

A Frente Parlamentar das Agências Reguladoras trabalha para obstruir o Projeto de Lei 3337/2004, que redefine a estrutura e o funcionamento desses órgãos, afirmaram os deputados Ricardo Barros (PP-PR) e Julio Semeghini (PSDB-SP). O projeto, contudo, não pode ser deixado na gaveta durante muito tempo, o que configuraria um cenário ainda pior para os investidores potenciais. A oportunidade de convencer o governo de que a proposta não é boa e precisa ser revista está nas mãos do empresariado, disseram. A iniciativa privada deveria condicionar sua participação em Parcerias Público-Privadas (PPPs) às definições dos marcos regulatórios, segundo Barros, presidente da Frente. Os deputados concordam em que o único mérito do projeto é padronizar as agências, um benefício considerado pequeno frente ao risco de redução da sua capacidade de regulação dos setores. Ricardo Barros defendeu que se proíba, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o contingenciamento do orçamento das agências reguladoras. Também, que o relacionamento desses organismos com o Congresso Nacional seja definido por lei. (Elétrica - 05.05.2005)

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4 Negociação sobre mudança de indexador de contratos exige cautela, diz Abdib

Para a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, é necessário cautela na discussão a respeito de uma possível negociação entre concessionários e o Estado a fim de alterar indexadores de reajustes tarifários. Segundo o presidente da Abdib, Paulo Godoy, a manutenção do conceito do cumprimento dos contratos é fundamental para a melhoria do ambiente de negócios e para a atração de novos investimentos. O executivo ressaltou que há espaço para negociações, "com transparência e sem pressões unilaterais". Segundo Godoy, "os concessionários, sempre que possível, acolheram diminuições ou parcelamentos em reajustes devidos, com compensações de variadas características, mas é preciso deixar claro que os casos são sempre específicos, o que torna impossível estabelecer uma regra geral". (Canal Energia - 05.05.2005)

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5 Quotas da CCC de abril totalizam R$ 251,6 mi

A Aneel fixou os valores da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) relativos ao mês de abril. As empresas de todas as regiões do país, entre os sistemas interligados e isolados, terão que pagar cerca de R$ 251,6 milhões até o dia 10 de maio. Entre as regiões, as empresas do Sudeste terão que pagar a maior cota, no valor de R$ 143,9 milhões, sendo R$ 5,4 milhões para os sistemas interligados e R$ 138,5 milhões para os sistemas isolados. As empresas das regiões Norte e Nordeste recolherão apenas pelos sistemas isolados: R$ 9,1 milhões e R$ 38,1 milhões, respectivamente. Para o Sul, a Aneel definiu em R$ 1,6 milhão para sistemas interligados e R$ 43,1 milhões para sistemas isolados, totalizando R$ 44,8 milhões. A região Centro-Oeste terá que pagar R$ 15,5 milhões. Deste valor, R$ 551,1 mil referem-se aos sistemas interligados e R$ 14,9 milhões, aos sistemas isolados. (Canal Energia - 05.05.2005)

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6 Câmara dos Deputados instala CPI do setor elétrico

A Câmara dos Deputados instalou na quarta-feira (04/05) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o processo de privatização de empresas do setor elétrico e o envolvimento do BNDES no processo. Os membros da Comissão, no entanto, não elegeram o presidente nem o relator da Comissão - o que na prática inviabiliza os trabalhos. (Elétrica - 05.05.2005)

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Empresas

1 Empresas buscam reduzir inadimplência do setor público

Um levantamento da Abradee sinaliza a dimensão da inadimplência do setor público na receita das empresas distribuidoras. Segundo o estudo, a falta de pagamento da conta de energia elétrica correspondia, em junho do ano passado, a 20,11% dos R$ 41,037 bilhões faturados pelas 16 distribuidoras com capital aberto analisadas. Preocupadas com o problema, as empresas decidiram adotar medidas para reduzir o tamanho do passivo. A estratégia envolve, basicamente, duas ações: a negociação direta com governos estaduais, prefeituras e órgãos de serviços públicos ou o corte de energia, como o caso que, no mês de abril, envolveu a prefeitura de São Paulo e a Eletropaulo. As empresas listam dois de uma série de motivos para reverter o impacto negativo nas receitas: elas são obrigadas a recolher impostos, tributos e taxas referentes à energia faturada e não paga, e têm que provisionar o passivo nos balanços sob a rubrica "recebimento duvidoso". (Canal Energia - 05.05.2005)

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2 Economática: valor de mercado da Cteep aumentou em 14,40%

O valor de mercado da Cteep cresceu 14,40% desde 3 de fevereiro, quando o governo do Estado de São Paulo informou que decidira privatizar a empresa. Segundo estudo feito pela Economática, a Cteep encerrou a sessão de 3 de fevereiro com um valor de mercado de R$ 2,42 bilhões. No fechamento do pregão de 29 de abril, o valor de mercado da Cteep já somava R$ 2,76 bilhões, ou seja, alta de 14,40% na comparação com o dia 3 de fevereiro. Para efeito de comparação, a Cteep valia R$ 2,03 bilhões no dia 3 de janeiro e R$ 2,46 bilhões em 3 de março. Na avaliação do presidente da Cteep, Sidnei Martini,, o aumento do valor de mercado da companhia reflete também a imagem que a Cteep tem junto aos investidores e analistas. A Economática calculou o valor de mercado da empresa multiplicando o preço das ações ON e PN por suas respectivas quantidades. (Elétrica - 06.05.2005)

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3 Lightpar encerra trimestre com prejuízo de R$ 799 mil

A Lightpar, subsidiária do Grupo Eletrobrás, encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 799 mil, mesmo valor do resultado operacional. Segundo dados do balanço financeiro divulgados nesta quinta-feira (5) pela Bolsa de Valores de São Paulo, a empresa obteve uma despesa financeira líquida de R$ 100 mil. O patrimônio líquido entre janeiro e março estava contabilizado em R$ 98,11 milhões. (Canal Energia - 05.05.2005)

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4 Juiz limita reajuste de tarifas da Coelce

A Justiça Federal decidiu limitar o reajuste da tarifa de energia elétrica no Ceará em até 11,13%, percentual bem menor do que o anunciado pela Coelce, de 21% a 32%, e que já havia sido autorizado pela Aneel. A liminar, do juiz Francisco das Chagas Fernandes, da 7a Vara Federal, levou em conta o IGP-M acumulado nos últimos 12 meses. Pela decisão judicial, em caso de descumprimento, a Coelce terá de pagar multa de R$ 1 mil para cada boleto de cobrança emitido com o reajuste maior. A empresa, controlada pelo consórcio Investluz, liderado pelo grupo espanhol Endesa, informou que deverá recorrer da decisão. (Jornal do Commercio - 06.05.2005)

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5 RS quer retirar obrigatoriedade de plebiscito para aprovação de reestruturação da CEEE

O governo do Rio Grande do Sul encaminhou à Assembléia Legislativa proposta de emenda à Constituição Estadual que retira a obrigatoriedade da realizar plebiscito para aprovar a reestruturação da CEEE. A alteração, segundo o governo estadual, prevê a dispensa da consulta popular, mas garante o "caráter estatal das empresas resultantes". De acordo com o presidente da CEEE, Antonio Carlos Brites Jaques, a concessionária tem prazo até 15 de setembro para fazer as adaptações ao novo modelo e um plebiscito demandaria um prazo muito longo para execução. (Canal Energia - 05.05.2005)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 05-05-2005, o IBOVESPA fechou a 25.435,82 pontos, representando uma baixa de 0,15% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,21 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,41%, fechando a 7.689,45 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 69,2 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 31,30 ON e R$ 28,90 PNB, alta de 1,07% e baixa de 0,34% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 5,5 milhões as ON e R$ 10 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 14% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 06-05-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 31,35 as ações ON, alta de 0,16% em relação ao dia anterior e R$ 29,32 as ações PNB, alta de 1,45% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 06.05.2005)

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7 Curtas

A CGTEE lança nesta sexta-feira, 6 de maio, novo site para dar maior visibilidade e informações sobre a empresa. Segundo a estatal, o endereço na internet (www.cgtee.gov.br) estará mais moderno e atual. O diretor-presidente da CGTEE, Júlio Quadros, considera este um bom momento para o desempenho empresarial da estatal. (Canal Energia - 06.05.2005)

A Boa Vista Energia recebeu a Medalha Eloy Chaves, concedida pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica, às empresas que apresentam a melhor performance nos resultados de prevenção e os menores índices de acidentes no trabalho no setor de energia elétrica. A Boa Vista foi a vencedora na categoria de distribuidoras com até 500 funcionários próprios. (Canal Energia - 06.05.2005)

A Aneel aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2004/2005 da Novatrans Energia. Além destes projetos, este ano a empresa desenvolverá também projetos atrasados do ciclo 2003/2004. Para os dois ciclos, o investimento total será de R$ 1,179 milhão, sendo R$ 217,8 mil investidos no ciclo 2003/2004 e R$ 961,5 mil para o ciclo 2004/2005. (Canal Energia - 05.05.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste tem índice de armazenamento em 85,7%

O nível do reservatório do submercado está em 85,7%. As hidrelétricas de Furnas e Marimbondo operam, respectivamente, com 98,4% e 90,1% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 06.05.2005)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 42,3%

O índice de armazenamento do submercado Sul está em 42,3%. A hidrelétrica de Segredo registra capacidade de 39,1%. (NUCA-IE-UFRJ - 06.05.2005)

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3 Submercado Nordeste registra volume armazenado de 97,6%

A região apresenta 97,6% de volume armazenado em seus reservatórios. A capacidade da usina de Três Marias está em 93,9%. (NUCA-IE-UFRJ - 06.05.2005)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 98%

Os reservatórios da região Norte apresentam 98% de capacidade. A usina de Tucuruí opera com 99,7% de volume armazenado. (NUCA-IE-UFRJ - 06.05.2005)

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Gás e Termoelétricas

1 BNDES vai financiar plataformas

A Petrobras receberá do BNDES financiamento de US$ 642 milhões para a construção das plataformas P-51 (US$ 370 milhões) e P-54 (US$ 272 milhões), destinadas à produção de petróleo e gás na Bacia de Campos. Os recursos serão usados na aquisição de bens e serviços produzidos no país, elevando o índice de nacionalização dos projetos para até 70%. A estimativa é de que sejam gerados dez mil empregos diretos. Em resposta às críticas que recebeu pela queda de 3% na produção de petróleo no ano passado, o presidente da Petrobras destacou os resultados positivos deste ano. Segundo Dutra, em abril a produção nacional de petróleo atingiu a média de 1,7 milhão de barris por dia, 8,5% acima da produção do mês anterior e 16,5% maior do que a de abril de 2004. (O Globo - 06.05.2005)

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2 Petrobrás: produção de petróleo ultrapassará volume consumido

Até o final do ano, a produção de petróleo ultrapassará, pela primeira vez, o volume de combustíveis consumido no Brasil. Segundo a Petrobrás, até dezembro a produção atingirá um pico de 1,85 milhão de barris por dia, ante um consumo diário de perto de 1,82 milhão de barris. Dia 25 de abril, a estatal bateu seu recorde histórico de produção, alcançando a marca de 1,792 milhão de barris. A esperada auto-suficiência na produção de petróleo, no entanto, deve ficar para o início de 2006, ressalta o diretor de Exploração de Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella. Isso porque o pico que será atingido no final do ano pode não ser sustentado a curto prazo, já que há previsão de paradas para manutenção em algumas plataformas. A empresa estima que a média diária de produção em 2005 será de 1,7 milhão de barris, um crescimento de quase 14% com relação a 2004, quando o volume caiu pela primeira vez em 12 anos. Em 2006, com o início das operações de novas plataformas, a produção média deve ficar em 1,82 milhão de barris, equivalente ao consumo nacional. (Estado de São Paulo - 06.05.2005)

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3 Projeto Alto Uruguai desenvolve sistema de biogás no Sul do país

Foram necessários mais de doze meses de muitos debates e pesquisas para se chegar ao formato final do Projeto Alto Uruguai, que tem o objetivo de realizar uma experiência em desenvolvimento sustentável na região Sul. O projeto, financiado pela Eletrobrás e Eletrosul, atuará sobre um problema que se tornou grave em Santa Catarina e Rio Grande do Sul: os dejetos da suinocultura. A idéia é transformar esses dejetos em biogás, por meio de biodigestores implantados nas propriedades. As estatais estão aplicando R$ 3,78 milhões na iniciativa, sendo R$ 3,6 milhões da Eletrobrás e R$ 180 mil da Eletrosul. Para o desenvolvimento do Projeto Alto Uruguai, foram selecionados 29 municípios dos dois estados onde serão implantados os biodigestores, cada um deles contará com uma unidade. O projeto tem duração de três anos, nos quais serão estudados a eficiência da produção do biogás e a utilização do produto nas propriedades rurais. O biogás será usado também para a geração de energia elétrica. O Projeto Alto Uruguai contará com o apoio de programas federais como o Programa Nacional de Conservação de Energia, do Luz para Todos e do Proinfa. (Canal Energia - 05.05.2005)

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4 Dirceu volta a defender construção de Angra 3

O chefe da Casa Civil, José Dirceu, voltou a defender ontem a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, como fez no Conselho Nacional de Política Energética. Para justificar sua opinião, o chefe da Casa Civil lembrou que Angra 1 e Angra 2 já funcionam normalmente. "Portanto, neste momento, levantar questão ambiental (em relação a Angra 3) é um contra-senso" declarou, ressaltando que hoje não há mais desconfiança em relação aos objetivos brasileiros em desenvolver energia nuclear. "É evidente que há precauções ambientais e que medidas rigorosíssimas de segurança que precisam ser tomadas" disse. Finalmente, Dirceu afirmou que é preciso ampliar a matriz energética. (Jornal do Commercio - 06.05.2005)

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Grandes Consumidores

1 Vale retoma discussão sobre Usiminas

O momento de recuperação das ações do setor siderúrgico coloca novamente na pauta dos controladores da CVRD a venda das ações que detêm na Usiminas, negócio que pode chegar a R$ 2 bilhões. Com 23% do capital votante, ela é a maior acionista da Usiminas, mas não faz parte do bloco de controle, cujos principais integrantes são a Nippon Steel e o fundo de pensão da Usiminas. Segundo uma fonte próxima à Vale, há tempos a mineradora tenta vender a participação, mas tem dificuldade por estar fora do bloco de controle. Para outros projetos no setor siderúrgico, garantiu a fonte, já estará previsto em contrato a saída da empresa, após prazo pré-estabelecido. Para o analista do banco ABN Amro, Pedro Galdi, é um bom momento para a venda, mas a Vale terá trabalho para concretizá-la. Nas últimas semanas, os papéis ligados ao setor vêm mostrando recuperação, depois de sofrerem fortes perdas entre março e abril por conta de realização de lucro. "Não é tão simples assim. A Vale terá que negociar com os controladores", disse Galdi. (Gazeta Mercantil - 06.05.2005)

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Economia Brasileira

1 Furlan: Empresas já perdem vendas com real valorizado

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que algumas empresas já estão perdendo as condições de vendas de seus produtos no mercado externo em função da valorização do real frente ao dólar. Segundo ele, as empresas do setor automotivo, por exemplo, estão revendo contratos, porque acham que não é rentável fazer investimentos com essa taxa de câmbio. "Não são temas de fácil solução, mas indicam que podemos ter queda das exportações, principalmente de manufaturados", disse Furlan, citando o setor de calçados. "Podemos ter risco de perder um número significativo de empregos e investimentos, principalmente de alta tecnologia", afirmou o ministro. Apesar disso, Furlan espera que o País consiga dobrar sua exportações em quatro anos. Segundo ele, as vendas externas devem saltar de US$ 60 bilhões no início do governo em 2003, para US$ 120 bilhões no fim de 2006. (O Estado de São Paulo - 06.05.2005)

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2 CNI alerta que juros já estão comprometendo investimentos

A política de juros altos adotada pela equipe econômica do governo, além de reduzir as vendas internas da indústria, está prejudicando a receita de exportações e pode comprometer novos investimentos industriais, mesmo para investidores que possam ter fontes de financiamento não afetadas diretamente pelos juros internos. A avaliação é feita pela equipe econômica da CNI. O economista Paulo Mol alerta que o uso da capacidade instalada da indústria está elevado e é necessário aumentar o investimento, mesmo diante da desaceleração da atividade industrial, verificada no primeiro trimestre do ano. Se isso não ocorrer, qualquer reaquecimento da economia acontecerá já com um base muito elevada de uso da capacidade. E para estimular o investimento, segundo ele, é necessária a redução dos juros, que estão afetando direta e indiretamente este investimento. (O Estado de São Paulo - 06.05.2005)

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3 IBGE: Produção industrial volta a crescer após 2 meses em baixa

A produção industrial brasileira registrou alta de 1,5% em março na comparação com fevereiro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado interrompe uma seqüência de dois meses seguidos de baixa na produção. Em fevereiro, a indústria recuou 1,3% e em janeiro, 0,4%. Em relação a março de 2004, o desempenho da indústria também permanece positivo, com taxa de crescimento de 1,7%. No acumulado do primeiro trimestre, o crescimento foi de 3,9% em relação aos três primeiros meses de 2004. Em fevereiro, o IBGE havia identificado um cenário de "clara desaceleração" na indústria brasileira. Em março, o cenário foi diferente. Das quatro categorias de uso, duas apresentaram crescimento: bens de capital, de 5,4%, e bens intermediários, de 0,1%. Já bens duráveis tiveram queda de 0,7% e os de consumo semiduráveis e não-duráveis caíram -0,2%. (Folha Online - 06.05.2005)

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4 Vendas reais caem por três trimestres

Em março, número de empregados na indústria cresceu 0,20% e a capacidade instalada passou de 81,2% para 83,2%. A atividade industrial continua em queda, segundo relatório divulgado pela CNI. O estudo aponta que nos três primeiros meses do ano o parque industrial brasileiro sofreu com os altos juros e com a valorização do real, resultando em vendas reais 1,54% menores do que no trimestre anterior. É a terceira vez seguida que esse índice trimestral recua. Considerando apenas março em relação a fevereiro, também houve queda nas vendas, de 1,12%. Em relação a indicadores do mercado de trabalho, a pesquisa aponta sinais contrários: de um lado, as contratações continuam, apesar da queda de faturamento; no entanto, o ritmo de expansão do emprego, e dos salários, está também em desaceleração. (Gazeta Mercantil - 06.05.2005)

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5 Inflação medida pelo IPC-S fica em 0,88%

A inflação medida pelo IPC-S ficou em 0,88% na semana encerrada em 30 de abril, segundo informou a FGV. O resultado anterior do IPC-S, de até 23 de abril, ficou em 0,84%. O desempenho anunciado hoje ficou acima da média das expectativas (0,82%). Segundo síntese do indicador anunciada pela instituição, "as maiores contribuições para a elevação da taxa do IPC-S partiram de classes de despesa influenciadas por reajuste de preços administrados ou efeitos sazonais. Neste sentido, os grupos Habitação, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais exemplificam as pressões que contribuíram para a aceleração do índice". (O Estado de S. Paulo - 06.05.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial inverteu há pouco a tendência e subia às 12h08m 0,08%, a R$ 2,465 na compra e R$ 2,467 na venda. Ontem o dólar comercial fechou em queda pelo quinto dia consecutivo, ainda no patamar mais baixo desde 8 de maio de 2002. A moeda americana encerrou a quinta-feira em queda de 0,08%, a R$ 2,463 na compra e R$ 2,465 na venda. (O Globo Online - 06.05.2005)

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Internacional

1 AES Corp. registra lucro líquido de US$ 133 mi no primeiro trimestre

A AES Corp. anunciou nesta quinta-feira, dia 5 de maio, lucro líquido de US$ 133 milhões no primeiro trimestre do ano. O resultado é 177% maior do que o registrado em igual período do ano passado, quando apresentou lucro líquido de US$ 48 milhões. No mesmo período, a receita da empresa cresceu 17%, passando de US$ 2,257 bilhões, em 2004, para US$ 2,645 bilhões, em 2005. Segundo a AES Corp., esse resultado foi justificado, principalmente, pelos ganhos da empresa nos negócios gerenciados no Brasil, em especial a Eletropaulo. Excluindo o impacto das transações estrangeiras, o crescimento da receita da companhia teria subido 14%. O resultado operacional da AES Corp no primeiro trimestre ficou em US$ 733 milhões, um aumento de 16% em comparação com o mesmo período de 2004, quando a companhia registrou um resultado operacional de US$ 632 milhões. (Canal Energia - 05.05.2005)

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2 Bolívia aprova nova lei que regula exploração de gás

A Câmara dos Deputados da Bolívia aprovou ontem, por maioria absoluta (59 de 110 votos), a nova Lei de Hidrocarbonetos, ponto de profunda discórdia política no país e que levou até o presidente, Carlos Mesa, a apresentar a renúncia ao Congresso, que a negou. A lei agora será enviada ao Executivo, que tem dez dias para ratificá-la ou devolvê-la para eventuais modificações no Congresso. A nova lei aumenta em 32% a tributação sobre as companhias de petróleo que operam no país, além dos 18% que já são cobrados em forma de royalties. (Folha de São Paulo - 06.05.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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