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IFE: nº 1.566 - 04 de maio de 2005
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Governo pode reduzir impostos pagos pelas concessionárias
2 Tarifas teriam tido correção 50% inferior com IPCA
3 Secretário do MME considera viável levar eletricidade para 12 milhões até 2008
4 EPE cria comissões permanente e especial de licitações
5 Aneel revoga quatro projetos de geração
6 MME estabelece garantia física para oito usinas
7 Curtas

Empresas
1 IFC irá obter participação na CPFL Energia
2 Eletronorte registra prejuízo de R$ 211,2 mi no primeiro trimestre
3 Corte de energia em área da Ampla
4 Cotações da Eletrobrás
5 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste tem índice de armazenamento em 85,9%
2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 42,7%
3 Submercado Nordeste registra volume armazenado de 97,5%

4
Nível de armazenamento do submercado Norte está em 97,8%

Grandes Consumidores
1 CST registra lucro de R$ 537 mi no primeiro trimestre de 2005
2 CST apresentou aumento de 9% na venda de laminados no primeiro trimestre
3 CST apresenta redução no endividamento líquido
4 Gerdau registra lucro de R$ 810,5 mi no primeiro trimestre de 2005
5 Gerdau registra aumento de 1% no preço médio dos produtos siderúrgicos
6 Projeção de crescimento de vendas de aços longos é reduzida para 7 ou 8% para 2005

Economia Brasileira
1 Furlan quer compensar câmbio com logística
2 CNI cobra segundo pacote de desoneração

3 Indústria preencheu 8.716 vagas
4 Inflação da Fipe atinge 0,83% em abril, a maior desde agosto
5 FGV: Confiança do consumidor está em declínio
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Projeto internacional da Petrobras chega ao Peru
2 Petrobras vai iniciar exploração em campo na Nigéria
3 AIE: investimento mundial em energia é insuficiente
4 Ministros de Energia definem prioridades para o trabalho da AIE

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Governo pode reduzir impostos pagos pelas concessionárias

A ministra Dilma Rousseff afirmou que o governo poderá reduzir os impostos pagos pelas concessionárias de energia elétrica para compensar um menor reajuste das tarifas. Segundo ela, não há forma de obrigar as concessionárias a negociarem, mas se isso ocorrer "será produtivo" para todos, já que parte da pressão inflacionária vem dos preços administrados. "A discussão com as distribuidoras de energia elétrica para que o aumento das tarifas seja revisto e diminuído ainda não começou, a proposta só foi colocada", disse a ministra. Segundo ela, não há nada que impeça esse debate, desde que sejam respeitados os contratos, mas as negociações apenas serão feitas se forem do interesse dos distribuidores. A possibilidade de uma conversa com as distribuidoras foi levantada na segunda-feira (02/04) pelo presidente do BNDES, Guido Mantega, que ressaltou que não haveria quebra de contrato. (O Globo e Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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2 Tarifas teriam tido correção 50% inferior com IPCA

O índice de preços que reajusta boa parte das tarifas públicas, como telefone, energia e água e esgoto, acumulou alta de 85% nos últimos cinco anos. Se o reajuste desses preços administrados tivesse ocorrido com base no IPCA, ele cairia para menos da metade, chegando a 42%. Na mesma conta, a inflação média pelo IPCA, de 2000 a 2004, cairia de 8,6% ao ano para 7,3%. Isso considerando que a cada ano o aumento das tarifas se daria pelo IPCA acumulado em 12 meses e não pelo Índice Geral de Preços (IGP) e também considerando apenas a parcela do reajuste indexado à inflação passada, pois alguns contratos embutem outras regras. Embora a troca do IGP pelo IPCA como indexador de contratos pareça vantajosa, economistas concordam que o ideal seria a criação de índices setoriais para cada atividade econômica. (Valor - 04.05.2005)

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3 Secretário do MME considera viável levar eletricidade para 12 milhões até 2008

A meta de levar, até 2008, eletricidade para 12 milhões brasileiros que ainda vivem sem energia, como anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (01/04), é perfeitamente viável. A opinião é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmerman. Segundo o secretário, esse desafio está na origem do programa Luz para Todos, montado pela ministra Dilma Rousseff há cerca de um ano e meio, que o presidente "assumiu como programa de governo". Zimmerman disse que o programa prevê para este ano 500 mil ligações, número que deverá aumentar gradualmente até 2008. (Elétrica - 03.05.2005)

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4 EPE cria comissões permanente e especial de licitações

A EPE publicou, no Diário Oficial da União, resolução em que nomeia e institui a Comissão Permanente de Licitação. A comissão é presidida por Roberto de Souza Castilho e será compostas por mais dois membros: Eliane Santos Leite e Luiz Augusto Pereira de Andrade Figueira. Outra resolução da EPE instituiu a Comissão Especial de Licitação para análise e julgamento das propostas técnica e comercial da concorrência para seleção de consultoria para avaliação ambiental integrada do rio Uruguai. A comissão especial será composta por Ricardo Cavalcanti Furtado, presidente; Miriam Regini Nuti, Silvia Helena M. Pires e Ronaldo Câmara Cavalcanti. (Canal Energia - 03.05.2005)

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5 Aneel revoga quatro projetos de geração

A diretoria da Aneel revogou quatro resoluções que autorizavam a implantação de projetos de geração. De acordo com os relatórios em questão, não serão mais implementadas, a pedido dos empreendedores, duas eólicas, uma PCH e uma usina térmica. O volume de energia que deixará de entrar no sistema elétrico, com os projetos que deixarão de ser construídos, soma 598,6 MW. A térmica Cuiabá II, localizada na capital do Mato Grosso, corresponde à maior parte da carga que não será mais produzida. A termelétrica seria capaz de gerar 529,2 MW em ciclo combinado. A Geração Centro-Oeste alegou como motivo para desistência - resolução 187/2000 - entre outras razões, a retração do mercado consumidor e o excesso de oferta de energia atualmente no mercado. (Canal Energia - 03.05.2005)

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6 MME estabelece garantia física para oito usinas

O MME estabeleceu a garantia física de energia para oito usinas, sendo seis centrais geradoras hidrelétricas e duas PCHs, nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Estes valores destinam-se exclusivamente à participação no Mecanismo de Realocação de Energia, da CCEE. As quantias definidas foram: 0,17 MW médios para CGH Ribeirão (MG), 0,72 MW médios para a CGH Dr. Henrique Portugal (MG), 0,34 MW médios para a CGH Congonhal II (MG) e 0,45 MW médios para a CGH Pirambeira (MG), todas da AES Minas PCH; 2,43 MW médios para a PCH Santo Antônio (RS), a Cooperluz; 7,36 MW médios para a PCH Salto Voltão (SC), da Horizontes Energia; 0,64 MW médios para a CGH Caa-Yari (RS), da J. H. M. Geração Elétrica; e 0,31 MW médios para a CGH Monjolinho (SP), da Nova 1 Participações. (Canal Energia - 03.05.2005)

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7 Curtas

A ministra Dilma Rousseff se encontrará hoje com os deputados federais da bancada nordestina para discutir as ações do programa de universalização federal Luz para Todos na região. (Canal Energia - 04.05.2005)

A Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica completou sua diretoria com a escolha do administrador Marcelo Liviero Carvalho de Moraes para o cargo de diretor de Relações Institucionais. (Canal Energia - 03.05.2005)

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Empresas

1 IFC irá obter participação na CPFL Energia

A International Finance Corporation (IFC), o braço financeiro privado do Banco Mundial, pretende exercer o direito de subscrever ações da CPFL Energia, decorrente de cláusula de bônus emitido pela companhia em 2003. Segundo comunicado da IFC à CPFL, a intenção é subscrever, inicialmente, 1.440.409 ações ordinárias da empresa, a R$ 17,57 por ação, totalizando um aumento do capital social de R$ 25,308 milhões. Os papéis deverão ser emitidos em dez dias contados da data da notificação. A IFC subscreverá as ações com direito a voto por meio da conversão de parte do empréstimo de US$ 40 milhões concedido nos termos do Investment Agreement celebrado em 25 de junho de 2003. O valor remanescente será subscrito em três parcelas trimestrais adicionais, durante os próximos 12 meses. (Elétrica - 03.05.2005)

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2 Eletronorte registra prejuízo de R$ 211,2 mi no primeiro trimestre

A Eletronorte encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 211,248 milhões. A receita operacional líquida da companhia nos primeiros três meses do ano ficou em R$ 744,688 milhões, enquanto a despesa operacional chegou a R$ 742,090 milhões. O resultado operacional fechou negativo em R$ 209,248 milhões. A despesa financeira da empresa atingiu R$ 170,930 milhões nos meses de janeiro a março deste ano. Os números foram publicados no Diário Oficial da União e assinados pelo diretor Econômico-Financeiro da Eletronorte, Astrogildo Fraguglia Quental. (Canal Energia - 03.05.2005)

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3 Corte de energia em área da Ampla

Cerca de 35 mil consumidores ficaram sem luz por três horas em São Gonçalo (Grande Rio), em função de protesto de moradora que teve luz cortada há 22 dias em edifício invadido. A moradora subiu em um poste de luz em frente ao prédio. Apoiada em uma trave de madeira e num transformador, ela ameaçou jogar-se do alto do poste. Temendo que ela fosse eletrocutada, a Ampla desligou a energia. Os moradores alegam que uma decisão judicial garantia a manutenção da luz. A Ampla afirma desconhecer tal decisão. Moradores apontaram também como causas do desligamento a descoberta pela Ampla de ligações clandestinas de luz. (Folha de São Paulo - 04.05.2005)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 03-05-2005, o IBOVESPA fechou a 24.715,63 pontos, representando uma alta de 0,04% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 1,04 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,39%, fechando a 7.282,73 pontos. Este conjunto de empresas movimentou R$ 52,1 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 29,31 ON e R$ 27,85 PNB, baixa de 4,81% e 2,28% respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se que estas ações movimentaram R$ 10,6 milhões as ON e R$ 23,3 milhões as PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás foram responsáveis por 45% do volume monetário. Na abertura do pregão do dia 04-05-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 29,99 as ações ON, alta de 2,32% em relação ao dia anterior e R$ 28,00 as ações PNB, alta de 0,54% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop - 04.05.2005)

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5 Curtas

Os presidentes da Eletrosul, Milton Mendes, e da Copel, Rubens Ghilardi, se reúnem nesta quarta-feira, 4 de maio, para estudar oportunidades de parcerias para os próximos leilões de geração e transmissão. (Canal Energia - 03.05.2005)

A Aneel ratificou a participação da Celpa e da Enersul no segundo leilão de energia existente, ocorrido no início do mês de abril. As empresas, no entanto, só poderão celebrar a assinatura dos Contratos de Compra de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) quando o processo de desverticalização das atividades estiver concluído e aprovado pela Aneel. (Canal Energia - 03.05.2005)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste tem índice de armazenamento em 85,9%

O nível do reservatório do submercado está em 85,9%, mesma marca de ontem. As hidrelétricas de Furnas e Nova Ponte operam, respectivamente, com 98,3% e 97% de capacidade. (NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005)

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2 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 42,7%

O índice de armazenamento do submercado Sul está com o mesmo índice de ontem: 42,7%. A hidrelétrica de Passo Real registra capacidade de 45%. (NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005)

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3 Submercado Nordeste registra volume armazenado de 97,5%

A região apresenta 97,5% de volume armazenado em seus reservatórios. A capacidade da usina de Três Marias está em 93,6%. (NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005)

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4 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 97,8%

Os reservatórios da região Norte apresentam 97,8% de capacidade. A usina de Serra da Mesa opera com 52,4% de volume armazenado. (NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005)

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Grandes Consumidores

1 CST registra lucro de R$ 537 mi no primeiro trimestre de 2005

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) anunciou ontem lucro líquido de R$ 537 milhões no primeiro trimestre de 2005, com alta de 207% sobre o mesmo período de 2004 e de 7% sobre o último trimestre do ano passado. O resultado foi motivado pelos bons preços do aço e pela melhoria no mix de produção da empresa, com aumento no volume de vendas de produtos laminados. A CST não divulgou os preços praticados no trimestre. A melhoria do mix de produtos e o controle de custos garantiram à empresa receita líquida de vendas de R$ 1,53 bilhão no primeiro trimestre, 61% maior do que a de idêntico período de 2004. Há previsão de pressão de custos este ano, já que os novos preços do carvão são negociados entre abril e junho. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) ficou em R$ 842 milhões no trimestre, 109% maior se comparado a janeiro-março do ano passado. A margem lajida, de 55%, foi recorde. (Valor - 04.05.2005)

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2 CST apresentou aumento de 9% na venda de laminados no primeiro trimestre

O diretor de relações com investidores da CST, Leonardo Horta, destacou que apesar de a produção da CST ter se mantido estável, com 1,2 milhão de placas produzidas no trimestre, as vendas de laminados somaram 523 mil toneladas, volume 9% maior se comparado a igual período do ano passado. A CST não só vendeu mais bobinas, como aumentou a comercialização do produto para o mercado interno, que representou 83% do volume de laminados vendido no período, e concentrou-se em segmentos de maior valor agregado, como autopeças, compressores e tubos. (Valor - 04.05.2005)

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3 CST apresenta redução no endividamento líquido

O endividamento líquido da CST caiu de US$ 384 milhões, em 31 de dezembro, para US$ 299 milhões, em 31 de março. O diretor de relações com investidores da CST, Leonardo Horta, previu que a dívida deve continuar a cair, mas reconheceu que é difícil projetar se será no mesmo ritmo do primeiro trimestre já que a empresa está envolvida em um projeto de expansão que demandará grande volume de investimentos. A expansão da CST é orçada em cerca de US$ 1 bilhão. (Valor - 04.05.2005)

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4 Gerdau registra lucro de R$ 810,5 mi no primeiro trimestre de 2005

O crescimento das vendas nas unidades do exterior e o incremento dos preços internacionais das commodities alavancaram os resultados do grupo Gerdau, cujo lucro atingiu R$ 810,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, acréscimo de 89,7% sobre o mesmo período de 2004. A receita líquida atingiu R$ 5,83 bilhões, mais 39,8% sobre o primeiro trimestre de 2004. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortizações) foi de R$ 1,4 bilhão, um aumento de 60,2% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Segundo o vice-presidente executivo de finanças e diretor de Relações com Investidores do Grupo Gerdau, Osvaldo Schirmer, a demanda chinesa continuou a aquecer as vendas, enquanto o grupo foi beneficiado pela consolidação das unidades adquiridas nos Estados Unidos. As fábricas americanas - já incluindo integralmente as operações das Norsteel - foram responsáveis por R$ 3,1 bilhões do faturamento total da empresa no trimestre. O total faturado pela Gerdau com o exterior chega a 62,5% do total. (Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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5 Gerdau registra aumento de 1% no preço médio dos produtos siderúrgicos

O preço médio dos produtos siderúrgicos vendidos pela Gerdau subiram em média 1% de janeiro a março deste ano em comparação com igual período anterior, sendo que o reajuste médio no Brasil foi de 39%, nos Estados Unidos de 21% e na América Latina de 48%. O diretor de Relações com Investidores da Gerdau, Osvaldo Schirmer, acrescentou que em maio haverá remarcação de cerca de US$ 20 por tonelada dos produtos siderúrgicos em geral nos Estados Unidos, por conta do aumento de preços da sucata. Os executivos da Gerdau garantiram que não há previsão de aumento de preços dos produtos siderúrgicos para este ano. Schirmer lembrou, porém, que a indústria siderúrgica está pressionada pelo aumento de preços dos insumos, como minério de ferro e carvão e que estes preços terão que ser absorvidos. (Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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6 Projeção de crescimento de vendas de aços longos é reduzida para 7 ou 8% para 2005

O vice-presidente sênior da Gerdau, Frederico Gerdau Johannpeter, afirmou que a Gerdau e toda a siderurgia brasileira reduziram a projeção de crescimento de vendas de aços longos para este ano, de 15 a 12% para 7% ou 8%. "No primeiro trimestre deste ano, a demanda caiu 5%. Com o aumento dos juros e do custo das empresas, além da quebra de safra no sul, a projeção de crescimento foi revisada para baixo", destacou Johannpeter, acrescentando que a expectativa de crescimento do PIB também foi reduzida de 4 a 4,5% em 2005 para 3%. (Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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Economia Brasileira

1 Furlan quer compensar câmbio com logística

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que é possível compensar parte das perdas de exportadores com o real valorizado por meio de redução de custos logísticos e devolução de impostos. O ministro citou como exemplo de uma medida que poderia resultar em mais lucros para exportadores a "monetização de créditos tributários". Segundo ele, devolução de impostos e redução de custos de logística trariam aumento de lucratividade permanente e não transitório, como ocorre com variações no câmbio. Furlan admitiu que o câmbio no nível atual "espreme a lucratividade de muitos setores". (Valor Online - 04.05.2005)

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2 CNI cobra segundo pacote de desoneração

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, cobrou ontem do Governo urgência para a implementação do segundo pacote de medidas de desoneração tributária dos investimentos produtivos. Segundo Monteiro, o setor espera que as medidas sejam anunciadas ainda neste mês.Para o dirigente da CNI, o Governo precisa dar ao País um sinal de continuidade da chamada "agenda positiva", para afastar o clima negativo que se instalou com o ciclo de altas sucessivas da taxa de juros promovido pelo BC. Entre as medidas que devem ser anunciadas, está a desoneração tributária dos novos investimentos feitos na compra de máquinas e equipamentos pelas empresas que têm a maior parte da produção vendida ao exterior - programa que está sendo chamado de "plataforma de exportação". Outra medida seria a desoneração de tributos na área de informática. (Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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3 Indústria preencheu 8.716 vagas

Embalada pela ampliação do crédito para a pessoa física e pelo nível elevado das exportações, a indústria paulista abriu 8.716 vagas em março. Foi o terceiro mês consecutivo de saldo positivo de contratações na indústria de transformação paulista, segundo levantamento divulgado pelo Ciesp. O número de vagas criadas em março representou um crescimento de 0,45% no nível de emprego da indústria diante de fevereiro. Foi o melhor resultado já registrado para o mês de março desde 2003. Com esse movimento, o nível de geração de vagas voltou ao mesmo patamar de outubro.Apesar do resultado positivo verificado até agora, o diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Boris Tabacof, disse que a capacidade de geração de vagas começa a se estabilizar. "Há uma perda do dinamismo que caracterizou 2004." Segundo ele, as exportações - que ajudaram a sustentar a geração de vagas - podem ser prejudicadas pelo dólar barato. (Jornal do Commercio - 04.05.2005)

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4 Inflação da Fipe atinge 0,83% em abril, a maior desde agosto

A inflação do município de São Paulo acelerou para 0,83% em abril, segundo dados do IPC-Fipe. Trata-se do maior índice de inflação para meses fechados desde agosto do ano passado (0,99%). A taxa ficou bastante próxima da última previsão feita pelo coordenador da pesquisa de preços da Fipe, Paulo Picchetti, que projetava 0,80%. Em março, o IPC-Fipe havia apontado variação positiva de 0,79% e, em abril do ano passado, de apenas 0,29%. Além de alimentação, teve peso significativo no IPC-Fipe de abril o reajuste dos medicamentos. Dos grupos pesquisados pela Fipe, a maior alta no mês passado foi do grupo Saúde (1,79%). Os demais itens apresentaram as seguintes variações: Alimentação (1,55%), Transportes (1,32%), Vestuário (0,83%), Despesas Pessoais (0,39%), Habitação (0,15%) e Educação (0,04%). (Folha Online - 04.05.2005)

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5 FGV: Confiança do consumidor está em declínio

A confiança do consumidor brasileiro está em declínio. Essa é a principal conclusão da 17ª Sondagem das Expectativas do Consumidor da FGV, segundo o coordenador Aluísio Campelo. A evolução do mercado de trabalho é um dos principais focos de preocupação do consumidor brasileiro, conforme sondagem realizada em abril, quando analisa o cenário nos próximos seis meses. As expectativas com relação ao trabalho pioraram pela quarta vez consecutiva, desde o fim do ano passado, e, agora, apenas 7,1% das pessoas ouvidas acredita que será "mais fácil" conseguir emprego nos próximos seis meses - menor taxa desde o início da pesquisa, em outubro de 2002. O levantamento mostra que de março para abril subiu de 49,4% para 55,4% a parcela que considera que será "mais difícil" conseguir trabalho, enquanto a parcela que acha que será "mais fácil" encolheu de 9,2% para 7,1%. Para efeito de comparação, estas duas parcelas eram bem maiores em janeiro deste ano, de 14% e 45,4%, respectivamente. (O Estado de São Paulo - 04.05.2005)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera em queda moderada nesta manhã e já atinge novos recordes. Às 11h05m, a moeda americana recuava 0,60% e era negociada por R$ 2,476 na compra e R$ 2,478 na venda. É o menor preço do dólar desde 17 de maio de 2002, quando a cotação fechou exatamente nesse valor. Ontem, a forte presença vendedora e a aparente diminuição da expectativa de leilão de swap cambial reverso do Banco Central (BC) fizeram o dólar cair abaixo dos R$ 2,50 - patamar considerado piso por muitos analistas - e atingir o menor preço desde maio de 2002. O dólar cedeu 0,71%, a R$ 2,4910 na compra e a R$ 2,4930 na venda - no menor valor desde 21 de maio de 2002 (R$ 2,4820). Chegou a marcar R$ 2,51 no maior preço e R$ 2,4920 na menor cotação. (O Globo Online e Valor Online - 04.05.2005)

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Internacional

1 Projeto internacional da Petrobras chega ao Peru

O projeto internacional da Petrobras terá mais um endereço. A diretoria da estatal trabalha na criação da Petrobras Peru, subsidiária que reunirá todos os negócios no país andino. A nova empresa já chega a este mundo com uma missão fundamental. Vai investir na compra de uma participação no consórcio que explora a reserva de gás de Camisea. A Petrobras quer arrematar 20% do capital, fatia avaliada em aproximadamente US$ 300 milhões. Metade desse percentual deverá vir da cota da norte-americana Hunt Oil, que detém 36% do consórcio. A outra parte será comprada junto à argentina Pluspetrol, dona de 26%. Também fazem parte do gasoduto a sul-coreana SK Corporation (18%), a Tecpetrol, leia-se Techint, e a argelina Sonatrach - estas três últimas com 10% cada uma. As conversações da Petrobras com a Hunt Oil e a Pluspetrol estão bem adiantadas. A dupla já sinalizou que aceita vender suas ações. De Camisea, ambas miram em outros negócios. (Relatório Reservado - 04.05.2005)

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2 Petrobras vai iniciar exploração em campo na Nigéria

A empresa estatal de energia da Nigéria, NNPC, autorizou ontem o início da exploração do campo de Akpo, maior projeto da Petrobras no exterior que desenvolve com a francesa Total, operadora do campo. ATotal informou em comunicado que o campo, localizado em águas profundas a 200 km da costa, poderá produzir cerca de 225 mil barris diários de óleo equivalente (petróleo e gás) a partir de 2008. (Valor - 04.05.2005)

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3 AIE: investimento mundial em energia é insuficiente

A Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu ontem que os investimentos dos países produtores de petróleo e das companhias energéticas estão sendo insuficientes para atender ao crescimento da demanda. Ao término de um encontro de 26 ministros de Energia em Paris, Claude Mandil - o chefe da AIE - disse que nem mesmo o fato de os preços de energia estarem próximos dos níveis recordes está sendo capaz de gerar investimentos na produção de petróleo e gás, refinamento e geração e transmissão de energia. Segundo o representante australiano, Ian Macfarlane, na reunião discutiu-se a necessidade de investimentos de US$ 20 trilhões a US$ 30 trilhões. A AIE estima em US$ 16 trilhões os gastos necessários até 2030, mas, de acordo com o chefe da agência, sequer essa estimativa mais modesta está sendo atendida pelos investimentos globais. O comunicado da AIE divulgado ao final da reunião classificou como "grande desafio" o atendimento à crescente demanda energética na China. (Valor - 04.05.2005)

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4 Ministros de Energia definem prioridades para o trabalho da AIE

Os países presentes ao encontro de 26 ministros de Energia concordaram em definir prioridades para o trabalho da AIE, destacando a eficiência energética nos transportes e edifícios, o desenvolvimento de tecnologias de combustão menos poluentes - como o chamado "carvão limpo" - e a redução, captura e armazenamento do dióxido de carbono produzido pelos combustíveis fósseis. No entanto, os ministros não definiram metas específicas para obter melhor eficiência energética e tampouco os métodos pelos quais pretendem "reduzir o impacto ambiental da crescente dependência do mundo em relação a combustíveis fósseis". (Valor - 04.05.2005)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Diego Garbayo e Diogo Bravo

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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