l IFE:
nº 1.565 - 03 de maio de 2005 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 BNDES pode liberar R$ 10 bi para o SE em 2005 O presidente
do BNDES, Guido Mantega, disse ontem que as linhas de financiamento voltadas
especificamente para o setor elétrico poderão ficar entre R$ 8 bilhões
e R$ 10 bilhões, caso a demanda neste segmento gere projetos viáveis.
Lembrando que esse valor ficou em R$ 6 bilhões em 2004, Mantega voltou
a destacar que o financiamento no setor elétrico tem sido visto como prioridade
para assegurar o crescimento da economia brasileira. Apesar de ter concentrado
suas declarações na área de energia, Mantega voltou a destacar uma abundância
de recursos para o financiamento do setor industrial este ano. O presidente
do BNDES lembrou que o banco possui R$ 21 bilhões para a área de infra-estrutura
e classificou o setor elétrico como detentor de uma posição privilegiada
nestes financiamentos. Mantega disse ainda que o BNDES está se preparando
para atender à demanda da ministra Dilma Rousseff e criar uma linha de
crédito específica para a área energética, com vistas a criar as bases
para o novo leilão que ocorrerá neste segmento. Ele destacou que o banco
ainda não tem uma previsão de amplitude desta linha. (Jornal do Commercio
- 03.05.2005) 2 Programa do BNDES de apoio às distribuidoras fica longe da meta Na hipótese
mais otimista, menos de um décimo dos R$ 3 bilhões destinados pelo Governo
ao Programa de Apoio à Capitalização de Empresas Distribuidoras de Energia
Elétrica, lançado em setembro de 2003, será efetivamente desembolsado
pelo BNDES. "Houve uma frustração de R$ 3 bilhões no setor elétrico",
afirmou o presidente do banco, Guido Mantega, creditando à não adesão
ao programa parte do fraco desembolso do BNDES no primeiro trimestre deste
ano (cerca de 15% do orçamento anual de R$ 60,8 bilhões). Apenas dois
pedidos ainda estão em análise. A direção do banco não revela quais as
empresas envolvidas, mas juntos os projetos correspondem a R$ 250 milhões.
Os cerca de R$ 800 milhões aprovados para a capitalização da Neoenergia,
holding controladora das distribuidoras do Nordeste Coelba, Cosern e Celpe,
não foram utilizados. A Light, do Rio, também não foi adiante na apresentação
de propostas, disse Mantega. A empresa, porém, diz que ainda trabalha
para se adequar às condições impostas pelo banco para receber o financiamento.
(Jornal do Commercio - 03.05.2005) 3 Dilma admite realização de novo leilão de energia velha este ano A ministra
Dilma Rousseff disse ontem que o Governo deverá realizar ainda este ano
outro leilão de energia existente, possivelmente antes do leilão de energia
nova, previsto para o segundo semestre. Segundo a ministra, o leilão permitirá
a contratação de energia para períodos de oito anos, com início em 2006,
2007 e 2008. "Com isso, completaremos as contratações dos leilões realizados
no ano passado e em abril deste ano", disse Dilma. Além desses leilões,
a ministra disse que está prevista a realização de um leilão isolado para
a contratação de energia, a vigorar a partir de 2009. (Jornal do Commercio
- 03.05.2005) 4
Dilma: cronologia e metodologia dos leilões não foram definidas 5 Governo quer licitar Belo Monte e usinas do complexo do Rio Madeira em 2006 A ministra
Dilma Rousseff disse que o Governo federal pretende licitar em 2006 as
concessões da Usina Belo Monte e de hidrelétricas do Rio Madeira. "Estamos,
neste momento, formatando o projeto da Usina Belo Monte para enviá-lo
ao Congresso", comentou Dilma. A expectativa da ministra é de que pelo
menos a primeira etapa do projeto de Belo Monte, com cerca de 5.500 MW
(metade dos 11.100 MW planejados), poderá ser licitada no ano que vem.
Por estar situada em uma área de reserva indígena, a Usina de Belo Monte
precisa da aprovação do Congresso Nacional para a sua construção. O Complexo
Hidrelétrico do Rio Madeira é formado por duas usinas (Santo Antônio e
Jiral), com uma capacidade total de 4.480 MW. (Jornal do Commercio - 03.05.2005)
6 EPE seleciona consultoria para fazer avaliação integrada do rio Uruguai A Empresa
de Pesquisa Energética divulga nesta terça-feira sua primeira licitação
pública. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o processo
selecionará uma empresa de consultoria para realizar a avaliação ambiental
integrada do rio Uruguai. Os estudos, explicou Tolmasquim, são uma exigência
para que os órgãos ambientais, federal ou estaduais, possam emitir a licença
ambiental prévia para os empreendimentos de geração. "A EPE vai assumir
a realização desses estudos que antes ficavam com os investidores interessados
em projetos localizados em determinados rios", comentou o presidente da
instituição. Após a escolha da consultoria, segundo ele, o estudo integrado
do rio deve ficar pronto em cerca de oito meses. Entre as usinas localizadas
no rio, Tolmasquim destacou as hidrelétricas Foz do Chapecó e Barra Grande.
(Canal Energia - 02.05.2005) 7 Programa Luz Para Todos na Paraíba terá investimento de R$ 163 mi em quatro anos O Programa Luz para Todos investirá, em quatro anos, R$ 163 milhões, beneficiando 47 mil famílias rurais no Estado da Paraíba. O Luz para todos foi lançado oficialmente em 10 de junho de 2004, na oportunidade o governador Cássio Cunha Lima assinou o termo de compromisso com a de ministra Dilma Rousseff. O Programa é desenvolvido pelo Governo do Estado, governo federal e as concessionárias Saelpa e Celb. Os recursos já assegurados são da ordem de R$ 150 milhões para a Paraíba. (Elétrica - 02.05.2005) 8
Secretaria de Energia do RS recebe autorização para instalação de novo
parque eólico 9 Projetos aprovados pelo Proinfa para o RS terão capacidade de gerar 400 MW O secretário
de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, enfatiza que os investimentos
nos cinco projetos de energia eólica, oito de PCHs e um de biomassa aprovados
pelo Proinfa para o Rio Grande do Sul alcançarão cerca de R$ 1,1 bilhão,
com a geração de 2,7 mil empregos diretos. "No total, serão gerados 400
MW de potência - em torno de 10% da atual demanda do Estado - suficiente
para atender o consumo da capital Porto Alegre por um ano", compara o
secretário. (Elétrica - 02.05.2005)
Empresas 1 Eletrobrás e Eletrosul vão investir R$ 3,78 mi no Projeto Alto Uruguai A Eletrobrás
e a Eletrosul vão realizar o investimento de R$ 3,78 milhões no Projeto
Alto Uruguai que pretende realizar experiência modelo em produção e consumo
sustentável de energia elétrica, usando como base a bacia hidrográfica
do rio Uruguai. A Eletrobrás financiará R$ 3,6 milhões e a Eletrosul,
os outros R$ 180 mil. O projeto contará com o apoio do Movimento dos Atingidos
por Barragens, da Universidade Comunitária de Chapecó e da Associação
de Proteção e Recuperação da Água e da Natureza do Rio Uruguai. (Canal
Energia - 02.05.2005) 2 Aneel nega pressão para reduzir reajuste da Celpe O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, negou que tivesse sofrido qualquer tipo de pressão por parte do presidente Lula ou da ministra Dilma Rousseff para que baixasse o índice de correção tarifária da Celpe. A revisão tarifária da empresa transformou-se em um grande imbróglio. O índice deveria ter saído em 30 de março, mas foi adiado a pedido da própria empresa porque os valores estavam muito acima dos praticados no mercado. A empresa pediu 56% de correção, e a agência reguladora acabou concedendo 34% provisoriamente. Para aliviar o clima, a Celpe ofereceu parcelar 10% do aumento em três anos. Mas, na semana passada, o diretor da Aneel Isaac Averbuch pediu vistas ao processo. Averbuch, que é pernambucano, justificou o pedido de vistas alegando que a Celpe não apresentou a proposta de parcelamento do reajuste de 34,11% no tempo devido, impossibilitando a análise de questões tidas por ele como "obscuras". O caso corre o risco de parar na Justiça, a exemplo do que já ocorreu com a revisão tarifária da Coelce. O Ministério Público Estadual do Ceará conseguiu uma liminar, na última sexta-feira, que suspende os aumentos. (Valor - 03.05.2005) 3 Cataguazes-Leopoldina aprova pagamento de R$ 16,7 mi em dividendos A Cataguazes-Leopoldina
aprovou o pagamento dos dividendos prioritários cumulativos relativos
ao exercício de 2004 sobre as ações preferenciais emitidas. De acordo
com o resultado da assembléia geral de acionistas realizado no dia 29
de abril, a empresa pagará a partir de 27 de maio R$ 0,2092 por lote de
mil ações preferenciais classe A, e R$ 0,1255 por lote de mil ações preferenciais
classe B. No total, a holding pagará R$ 16,722 milhões em dividendos.
(Canal Energia - 02.05.2005) 4
Neoenergia aprova pagamento de R$30,7 mi em dividendos 5 Controladas da Energias do Brasil aprovam proposta de reorganização societária Os acionistas
da Enersul, Escelsa, Bandeirante Energia, Iven e Magistra Participações,
empresas controladas pela Energias do Brasil, aprovaram, durante assembléias
gerais extraordinárias realizadas no dia 29 de abril, a proposta de reorganização
societária. A reestruturação prevê o aumento do capital social do grupo
em R$ 659,743 milhões, passando a ser de R$ 2,012 bilhões. O aumento será
feito mediante à emissão de 48,153 milhões de ações ordinárias, sem valor
nominal, atribuídas aos acionistas da Bandeirante, Escelsa, Enersul e
Iven. O aviso aos acionistas comunicou ainda que "encontram-se em andamento
os procedimentos com vistas ao registro da Energias do Brasil como companhia
aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários, além do interesse em solicitar
a admissão da negociação das ações de sua emissão no segmento do Novo
Mercado da Bovespa". (Canal Energia - 02.05.2005) 6 Mercado faturado da Copel cresce 2,4% no primeiro trimestre do ano O mercado
de fornecimento de energia elétrica da Copel no primeiro trimestre do
ano ficou em 4.503 GWh, um crescimento de 2,4% em comparação com o mesmo
período do ano passado. O resultado é justificado pelo desempenho das
classes comercial e rural, que tiveram aumento de 5,7% e 4,1% no consumo,
respectivamente. O consumo comercial ficou em 821 GWh, enquanto que o
mercado faturado na área rural chegou a 363 GWh nos primeiros três meses
do ano. A área residencial apresentou crescimento de 3,4% nos meses de
janeiro a março deste ano, atingindo 1.160 GWh. Já a classe industrial
manteve-se estável, registrando consumo de 1.727 GWh no período. (Canal
Energia - 02.05.2005) No pregão
do dia 02-05-2005, o IBOVESPA fechou a 24.704,60 pontos, representando
uma baixa de 0,56% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
1,08 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,03%, fechando a 7.311,35 pontos. Este conjunto de empresas movimentou
R$ 68,3 milhões. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 30,79 ON e R$ 28,50 PNB, baixa de 1,94% e 12,60%
respectivamente, em relação ao fechamento do dia anterior. Destaca-se
que estas ações movimentaram R$ 7,2 milhões as ON e R$ 19,8 milhões as
PNB. De todo o movimento das ações que compõem o IEE, as ações da Eletrobrás
foram responsáveis por 29% do volume monetário. Na abertura do pregão
do dia 03-05-2005 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 30,50 as ações
ON, baixa de 0,94% em relação ao dia anterior e R$ 28,54 as ações PNB,
alta de 0,14% em relação ao dia anterior. (Economática e Investshop -
03.05.2005) Em fato relevante publicado nesta segunda-feira (02/05), a GTD Participações comunicou ao mercado a troca de sua participação acionária na Escelsa por 9,9% do capital da holding EDP Energias do Brasil, em operação que corresponde a R$ 381 milhões. A operação foi coordenada pelo Pátria Banco de Negócios. (Canal Energia - 02.05.2005) O Banco Santander Brasil informou ao mercado nesta segunda-feira, 2 de maio, que pagará nesta terça-feira, dia 3 de maio, a amortização do fundo de recebíveis de Furnas aos investidores que detinham cotas do fundo na sexta-feira, 29 de abril. Segundo a instituição, o valor total da operação corresponde a R$ 401,9243176750 por cota. (Canal Energia - 02.05.2005) A Ceron assinou contrato com Alusa para a realização da primeira etapa do Programa Luz para Todos em Rondônia. Segundo a distribuidora, serão investidos R$ 101 milhões para atender 17,6 mil consumidores da zona rural em todos os 52 municípios do estado. As obras, de acordo com a Ceron, devem ser iniciadas ainda em maio, com previsão de durar 18 meses. (Canal Energia - 02.05.2005)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Palestra de José Bonifácio de Souza Amaral Filho na UFRJ Em função
do processo de reestruturação do Marco Regulatório e da dinâmica do Setor
Elétrico brasileiro há uma necessidade, por parte dos agentes econômicos
e institucionais, de conhecimentos e informações mais técnicas sobre as
funções e características operacionais de segmentos do SE. Nesta perspectiva,
o GESEL - Grupo de Estudos do Setor Elétrico - IE-UFRJ, programou a palestra
"CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (ex-MAE): Funções
e características operacionais". A apresentação terá José Bonifácio de
Souza Amaral Filho (membro do Conselho de Administração do CCEE) como
expositor e será realizada no dia 9 de maio, segunda-feira, às 14 horas
no Campus da Praia Vermelha da UFRJ. Caso tenha interesse em participar,
enviar e-mail para ifes@nuca.ie.ufrj.br (NUCA-IE-UFRJ - 14.04.2005) 2 Interior do RJ registra apagões após fortes chuvas A população do interior do estado do Rio de Janeiro está prejudicada com a falta de energia logo depois dos temporais. Na madrugada desta segunda-feira, o apagão atingiu os municípios de Itaperuna, Bom Jesus de Itabapoana, Cardoso Moreira e Italva, no noroeste fluminense, e ainda Angra dos Reis na Costa Verde. A falta de luz durou mais de duas horas, mas segundo a concessionária Ampla, o problema ocorreu em pontos isolados, o que não caracteriza um apagão. (Elétrica - 02.05.2005) 3 Secretário de Energia do RJ critica Ampla por apagões O secretário
estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, acusa
a Ampla, que atende a 66 municípios do interior do estado, de negligência
devido à demora no atendimento às reclamações e também por conta das repetidas
vezes que os apagões vêm ocorrendo. Na semana passada Victer encaminhou
à Aneel um pedido de fiscalização extraordinária na concessionária. (Elétrica
- 02.05.2005) 4 Sudeste/Centro-Oeste tem índice de armazenamento em 85,9% O nível
do reservatório do submercado está em 85,9%. As hidrelétricas de Furnas
e Emborcação operam, respectivamente, com 98,2% e 95,1% de capacidade.
(NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005) 5 Nível de armazenamento do submercado Sul está em 42,7% O índice
de armazenamento do submercado Sul está com o mesmo índice de ontem: 42,7%.
A hidrelétrica de Segredo registra capacidade de 35,4%. (NUCA-IE-UFRJ
- 02.05.2005) 6 Submercado Nordeste registra volume armazenado de 97,4% A região
apresenta 97,4% de volume armazenado em seus reservatórios, o mesmo de
ontem. A capacidade da usina de Três Marias está em 93,5%. (NUCA-IE-UFRJ
- 02.05.2005) 7 Nível de armazenamento do submercado Norte está em 98,1% Os reservatórios
da região Norte apresentam 98,1% de capacidade. A usina de Serra da Mesa
opera com 52,3% de volume armazenado. (NUCA-IE-UFRJ - 02.05.2005)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: gás disponível no Brasil não é suficiente O governo trabalha intensamente para garantir a oferta de gás no país, e reverter uma situação de déficit já existente. A ministra Dilma Rousseff admite que, se ligadas todas as termoelétricas já construídas no país, não haveria gás natural suficiente para abastecê-las. Segundo Dilma, hoje existem 5.175 MW de usinas térmicas já prontas, feitas em ciclo combinado (geração de energia e vapor) e outros 2.978 MW de usinas a gás em ciclo simples (somente geração de energia). O gás disponível no Brasil não é suficiente para a geração destes 8.153 MW, disse ela. "Mas é uma situação que nós já recebemos assim", diz ela. (Valor - 03.05.2005) 2 Dilma: exploração do gás do campo de Mexilhão será antecipada A ministra
Dilma Rousseff explica que estão sendo executadas várias frentes de trabalho
para garantir a oferta de gás no país. A primeira e mais importante, segundo
ela, é a antecipação em um ano e meio do início da exploração comercial
do gás do campo de Mexilhão (BS-400), em Santos, do fim de 2009 para junho
de 2008. O cronograma de construção do gasoduto responsável por escoar
essa produção de Mexilhão também será antecipado. A malha terá capacidade
diária de transporte de 17,5 milhões de metros cúbicos do combustível.
Os investimentos nesse projeto são estimados em US$ 3 bilhões. (Valor
- 03.05.2005) 3 Dilma: construção do Gasene está sendo tocada em ritmo acelerado Dilma Rousseff
disse também que está sendo tocada em ritmo mais acelerado a construção
do gasoduto que levará a produção da bacia de Santos para o Nordeste,
o Gasene. A obra, com 1.400 km de extensão é orçada em aproximadamente
US$ 1,4 bilhão. A ministra, porém, não confirma o valor. "Está sendo negociado
pela Petrobras". Além disso, pela primeira vez na história a Agência Nacional
do Petróleo (ANP) fará a licitação de blocos para a exploração de gás,
na 7ª Rodada, prevista para outubro. Até então o gás no país foi sempre
foi explorado em associação com a produção de petróleo. (Valor - 03.05.2005)
4 Dilma: projetos de importação dependem de definições políticas Segundo
Dilma Rousseff, o objetivo primordial é amadurecer o mercado nacional
de gás, embora esteja nos planos do governo projetos de importação do
insumo da Bolívia e da Argentina. Estes projetos dependem de definições
políticas dos países vizinhos. No caso da Bolívia, a Lei de Hidrocarburos
que tramita no país poderá aumentar os royalties de exploração do gás
dos atuais 18% para 50%, o que complicaria ou mesmo inviabilizaria programas
de expansão da importação do insumo daquele país. Hoje, o Gasoduto Bolívia-Brasil
(Gasbol) tem capacidade de transporte de 30 milhões de metros cúbicos
diários, e atualmente traz 24 milhões de metros cúbicos por dia. A Transportadora
Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), empresa que opera o Gasbol e
é controlada pela Petrobras, tem planos de ampliação desta capacidade
atual, mas espera uma definição por parte da Bolívia sobre as taxas e
impostos relativos ao gás que serão adotadas. Também depende da decisão
boliviana o futuro de um projeto de importação de gás por meio da Argentina
que está sendo costurado pela Petrobras. (Valor - 03.05.2005) 5 Dilma: termoelétricas terão que baixar o preço em leilão Sobre a falta de competitividade das usinas termoelétricas, a ministra Dilma Rousseff disse que elas terão que baixar o preço em leilão ou então ficarão sem comprador para a sua energia. O secretário de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, disse que é impossível uma térmica competir com a produção de hidrelétricas, mais baratas, e cobrou uma solução para a questão do governo. Mas a ministra se limitou a dizer que ou as termoelétricas competem em leilão ou ficam sem comprador. (Valor - 03.05.2005)
Grandes Consumidores 1 CBA adapta projeto de Tijuco Alto A usina
Tijuco Alto, com potencial de 144 MW, que a Companhia Brasileira de Alumínio,
do Grupo Votorantim, planeja construir no Rio Ribeira, divisa de São Paulo
com o Paraná, e cujo processo de licenciamento figura entre os mais demorados
da história das concessões hidrelétricas do País, poderá finalmente sair
do papel ainda no decorrer deste ano. Alterações na legislação, diferentes
interpretações entre os órgãos fiscalizadores envolvidos, a reação das
comunidades da área abrangida pela barragem e, com o passar dos anos,
mudanças na realidade sócio-ambiental da região, impediram a CBA de deslanchar
a obra, cuja concessão detém desde setembro de 1988 e na qual prevê investir
entre US$ 100 e US$ 120 milhões. A retomada do processo, em meados de
2004, identifica alguns itens do projeto original que precisam ser modificados
objetivando reduzir os impactos no meio ambiente e junto às comunidades
locais. Ronaldo Luis Crusco, coordenador de projetos da Cnec Engenharia,
empresa contratada em 2004 pela CBA para cuidar da consultoria ambiental
do projeto, acredita que até o final de junho esse trabalho esteja concluído,
quando serão entregues ao Ibama o EIA/Rima. (Gazeta Mercantil - 03.05.2005)
2 Usiminas conclui integração total da Cosipa A Usiminas
concluiu a operação de fechamento de capital da Cosipa, que passa a ser
sua subsidiária integral. Com o fim da operação, Usiminas e Cosipa terão
a partir de agora única diretoria, aumentando o processo de integração
entre as duas empresas, com o objetivo de maximizar resultados futuros.
A operação consolida a Usiminas/Cosipa como maior complexo siderúrgico
da América Latina, com capacidade de produção de cerca de 9,5 milhões
de toneladas de aço/ano. "A integração consolida Usiminas/Cosipa como
líder no mercado de aços planos no Brasil e nos possibilitará ser mais
competitivos", disse Rinaldo Campos Soares. Ele será o diretor-presidente
da companhia. O antigo presidente da Cosipa, Omar Silva Júnior, assume
o cargo de diretor industrial da Usiminas/Cosipa. A transformação da Cosipa
de sociedade aberta para companhia fechada e subsidiária integral encerra
amplo processo de reestruturação iniciado em 1999. Em 2001, uma operação
de conversão das debêntures elevou de 32% para cerca de 93% a participação
da Usiminas no capital social da Cosipa. (Jornal do Commercio - 03.05.2005)
3 Usiminas e Cosipa investirão cerca de US$ 600 mi Com o fim
do processo de reestruturação, Usiminas e Cosipa deverão dar início ao
programa de investimentos, estimados em US$ 600 milhões, para a expansão
da produção e modernização de equipamentos. O montante inclui a construção
de avançada coqueria, de termelétrica para a geração de energia e montagem
de máquina de linguotamento contínuo de última geração. (Jornal do Commercio
- 03.05.2005) 4 Gerdau Açominas será ampliada O Grupo
Gerdau assinará hoje, em Brasília, contrato com empresas chinesas para
ampliar a Gerdau Açominas, a sua maior usina siderúrgica nas Américas,
localizada em Ouro Branco (MG). Apesar de a companhia não adiantar detalhes,
o projeto da empresa é elevar a produção da unidade das atuais 3 milhões
de toneladas para 4,5 milhões de toneladas até 2007. Entre 2005 e 2007
os investimentos totais do grupo no Brasil devem somar US$ 2,4 bilhões,
o que inclui ampliação de outras plantas, que resultarão em aumento de
capacidade de 4,1 milhões de toneladas para 11,7 milhões de toneladas.
(Jornal do Commercio - 03.05.2005)
Economia Brasileira 1 Palocci: Ciclo de crescimento se prolongará a longo prazo O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reafirmou hoje sua confiança de que o atual ciclo de crescimento econômico se prolongará a longo prazo. Além da solidez dos fundamentos econômicos, ele citou as reformas que foram feitas, que estão sendo discutidas e um terceiro bloco, que o Congresso receberá nos próximos meses, como fatores de confiança nessa expansão continuada da economia. O ministro reafirmou também sua concordância com a política monetária do BC, ponderando que ela tem garantido uma rápida convergência dos índices de inflação para as metas estabelecidas. Palocci disse que o BC tem usados dos "instrumentos disponíveis" para coibir o descontrole inflacionário. Numa alusão às altas taxas de juros, o ministro disse que a taxa média de 2004 ficou 30% abaixo dos juros médios dos cinco anos anteriores. Palocci também destacou o esforço fiscal do governo, que tem garantido um bom desempenho das contas públicas. (O Estado de São Paulo - 03.05.2005) 2 Lula: EUA são responsáveis por desvalorização do dólar O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou a política americana pela desvalorização do dólar. Segundo o presidente, o dólar está caindo em relação a outras moedas do mundo exclusivamente por conta dos Estados Unidos e não cabe ao Brasil resolver esse problema. "Todo empresário sabe que o câmbio tem um problema com a política americana e não é um problema para que nós resolvamos do jeito que alguns imaginam. Apesar do dólar neste patamar, muitos setores estão exportando bem e o resultado pode ser visto na balança comercial" afirmou Lula. O BC não compra dólares no mercado à vista desde 16 de março. Há dois meses a autoridade financeira também não faz o leilão de swap cambial. Segundo os exportadores, as intervenções do BC seriam a única maneira de fazer a cotação subir em relação ao real. (O Globo Online - 03.05.2005) 3
Exportações podem alcançar US$ 10 bi mensais 4 Governo busca alternativas à política monetária para combater inflação O Governo
já vem buscando alternativas à elevação da taxa de juros para combater
a inflação. Está em andamento, desde o ano passado, uma negociação com
concessionárias de telefonia, energia elétrica e transportes, para escolher
um índice de reajuste que pese menos sobre a inflação. Também podem ser
adotadas medidas como elevar a meta de inflação ou aumentar o volume de
recursos recolhidos compulsoriamente pelos bancos ao BC. Outra linha de
atuação é facilitar a entrada de produtos importados, a exemplo do que
o Governo fez recentemente com o aço. Nenhuma dessas medidas, porém, é
facilmente aplicável nem trará um alívio imediato à inflação. A possibilidade
de mudar os índices contratuais que corrigem os preços e tarifas, como
dos setores de energia elétrica e telecomunicações, por exemplo, esbarra
em regras contratuais rígidas que não podem ser alteradas unilateralmente.
(Jornal do Commercio - 03.05.2005) 5 Projeção da Selic média para o ano volta a subir As projeções
de mercado para a taxa média de juros neste ano subiram de 18,87% para
18,96% em pesquisa semanal Focus, feita pelo BC com instituições financeiras.
Esta foi a terceira elevação consecutiva destas estimativas, que estavam
em 18,83% há quatro semanas. As previsões de juros para o final do ano,
em contrapartida, ficaram estáveis em 17,75%. As expectativas de juros
para este mês de maio, por sua vez, foram ajustadas de 19,25% para 19,50%.
As expectativas de juros para o fim de 2006 subiram na pesquisa divulgada
ontem de 15% para 15,50%. As previsões de juros para o final do próximo
ano estiveram estáveis em 15% por 11 semanas seguidas. As expectativas
de taxa média de juros para o próximo ano, por sua vez, aumentaram de
16,20% para 16,30%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 15,91%.(Jornal
do Commercio - 03.05.2005) O dólar à vista se mantém em baixa nesta manhã e está em pleno teste do piso psicológico dos R$ 2,50. Às 11h38m, a moeda americana caía 0,51% e era negociada por R$ 2,496 na compra e R$ 2,498 na venda. É um novo piso do dólar neste ano, com a cotação oscilando no menor patamar desde 21 de maio de 2002 (R$ 2,482). Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,71%, a R$ 2,5090 para compra e a R$ 2,5110 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 03.05.2005)
Internacional 1 Argentina e Peru ajudam Endesa a crescer na AL A produção
da Endesa na América Latina cresceu 7,98% nos três primeiros meses de
2005 frente ao mesmo período do ano anterior, informou a principal elétrica
espanhola. A empresa produziu no trimestre um total de 48.363 GWh, o que
representa aumento de 13,2% em relação a janeiro-março de 2004. A elétrica
atribuiu este crescimento ao bom comportamento das áreas de negócio da
Europa, onde o aumento foi de 72,7%, e da América Latina, frente a um
aumento na Espanha de 2,8%. Na América Latina, a Endesa gerou um total
de 14.558 GWh nos três primeiros meses do ano, 7,9% a mais, pela recuperação
da demanda na Argentina e no Peru, que cresceu 14% e 23%, respectivamente.
A produção no Chile aumentou 8,8% (4.3012 GWh), no Brasil caiu 13,8% (1.129
GWh) e na Colômbia ficou quase inalterada, com aumento de 0,7% . Na Europa,
a produção subiu 72,7%, para 9.299 GWh, graças à consolidação da francesa
Snet, adquirida em setembro de 2004, cuja cifra de geração chegou a 3.218
GWh. (Gazeta Mercantil - 03.05.2005) 2 Iberdrola reestrutura carteira com participação na EDP A EDP revelou
hoje que a Iberdrola Participações transmitiu no dia 27 de abril para
a Iberdrola Portugal a participação de 208 422 650 ações que esta detinha,
representativas de 5,7% do capital social da EDP. Segundo um comunicado
hoje emitido pela EDP, a transmissão da participação da Iberdrola Participações
para a Iberdrola Portugal foi efetuada a título de prestações acessórias.
"Em conseqüência, as 208 422 650 ações representativas de 5,7% do capital
social da EDP que são detidas diretamente pela Iberdrola Participações
passaram a ser também imputáveis à Iberdrola Portugal", lê-se no texto
do documento. Contudo, atendendo a que a Iberdrola detém a totalidade
do capital social da Iberdrola Portugal, "não se verifica por força da
aludida aquisição qualquer alteração material relativa à entidade a que,
nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, esta participação
qualificada deve ser imputada", nota a EDP. (Diário Econòmico - 02.05.2005)
3 Gás Natural e Repsol firmam acordo de cooperação A Gás Natural e a Repsol assinaram um acordo de cooperação para explorar, desenvolver e vender gás natural liquefeito (GNL), anunciou hoje a maior empresa de gás espanhola. A aliança entre a maior companhia de gás de Espanha e a quinta maior petrolífera européia vai criar o terceiro maior operador mundial de gás natural em volume. As empresas vão fazer a exploração conjunta do gás natural, criar uma joint-venture para comercializar o gás e têm ainda planos para desenvolver terminais de regaseificação. A Gás Natural pretende expandir as vendas de gás natural em Espanha e Itália e a Repsol quer aumentar a sua exploração de gás para conter três anos de quebra nas reservas. (Diário Econòmico - 29.04.2005) Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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